Direito das Comunicações

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Direito das Comunicações"

Transcrição

1 Direito das Comunicações Interceção de Comunicações Conteúdos Identificação de Clientes Curso de Direito das Comunicações PROJEP de Outubro de

2 Agenda Interceção de Comunicações Conservação e Transmissão de Dados Caso Digital Rights Ireland Ltd 2

3 3

4 Escutas Telefónicas A interceção e a gravação de conversações ou comunicações telefónicas só podem ser autorizadas durante o inquérito, se houver razões para crer que a diligência é indispensável para a descoberta da verdade ou que a prova seria, de outra forma, impossível ou muito difícil de obter, por despacho fundamentado do juiz de instrução e mediante requerimento do Ministério Público, quanto a crimes: Puníveis com pena de prisão superior, no seu máximo, a 3 anos Relativos ao tráfico de estupefacientes De detenção de arma proibida e de tráfico de armas De contrabando De injúria, de ameaça, de coacção, de devassa da vida privada e perturbação da paz e do sossego, quando cometidos através de telefone De ameaça com prática de crime ou de abuso e simulação de sinais de perigo De evasão, quando o arguido haja sido condenado por algum dos crimes previstos nas alíneas anteriores (artigo 187.º, n.º 1 do CPP) 4

5 Escutas Telefónicas A autorização pode ser solicitada ao juiz dos lugares onde eventualmente se puder efectivar a conversação ou comunicação telefónica ou da sede da entidade competente para a investigação criminal, tratando se dos seguintes crimes: Terrorismo, criminalidade violenta ou altamente organizada Sequestro, rapto e tomada de reféns Contra a identidade cultural e integridade pessoal (previstos no Código Penal e na Lei Penal Relativa às Violações do Direito Internacional Humanitário) Contra a segurança do Estado (previstos no Código Penal) Falsificação de moeda ou títulos equiparados a moeda (prevista nos artigos 262.º, 264.º e 267.º do Código Penal) Abrangidos por convenção sobre segurança da navegação aérea ou marítima (artigo 187.º, n.º 2) 5

6 Escutas Telefónicas A interceção e a gravação previstas só podem ser autorizadas, independentemente da titularidade do meio de comunicação utilizado, contra: Suspeito ou arguido Pessoa que sirva de intermediário, relativamente à qual haja fundadas razões para crer que recebe ou transmite mensagens destinadas ou provenientes de suspeito ou arguido; ou Vítima de crime, mediante o respectivo consentimento, efectivo ou presumido (artigo 187.º, n.º 4) A interceção e a gravação de conversações ou comunicações são autorizadas pelo prazo máximo de três meses, renovável por períodos sujeitos ao mesmo limite, desde que se verifiquem os respectivos requisitos de admissibilidade (artigo 187.º, n.º 6) A gravação de conversações ou comunicações só pode ser utilizada em outro processo, em curso ou a instaurar, se tiver resultado de interceção de meio de comunicação utilizado por pessoa referida no n.º 4 e na medida em que for indispensável à prova de crime previsto no n.º 1 (artigo 187.º, n.º 7) 6

7 Escutas Telefónicas Formalidades O órgão de polícia criminal que efectuar a interceção e a gravação lavra o correspondente auto e elabora relatório no qual indica as passagens relevantes para a prova, descreve de modo sucinto o respectivo conteúdo e explica o seu alcance para a descoberta da verdade (artigo 188.º, n.º 1) O órgão de polícia criminal referido no n.º 1 leva ao conhecimento do Ministério Público, de 15 em 15 dias, a partir do início da primeira interceção os correspondentes suportes técnicos, bem como os respectivos autos e relatórios, e o Ministério Público leva ao conhecimento do juiz estes elementos no prazo máximo de quarenta e oito horas (artigo 188.º, n.ºs 3 e 4) O juiz determina a destruição imediata dos suportes técnicos e relatórios manifestamente estranhos ao processo: Que disserem respeito a conversações em que não intervenham pessoas referidas no n.º 4 do artigo 187.º Que abranjam matérias cobertas pelo segredo profissional, de funcionário ou de Estado Cuja divulgação possa afectar gravemente direitos, liberdades e garantias (artigo 7

8 Escutas Telefónicas Formalidades Durante o inquérito, o juiz determina, a requerimento do Ministério Público, a transcrição e junção aos autos das conversações e comunicações indispensáveis para fundamentar a aplicação de medidas de coacção ou de garantia patrimonial, à excepção do termo de identidade e residência (artigo 188.º, n.º 7) Só podem valer como prova as conversações ou comunicações que: O Ministério Público mandar transcrever ao órgão de polícia criminal que tiver efectuado a interceção e a gravação e indicar como meio de prova na acusação O arguido transcrever a partir das cópias previstas no número anterior e juntar ao requerimento de abertura da instrução ou à contestação O assistente transcrever a partir das cópias previstas no número anterior e juntar ao processo no prazo previsto para requerer a abertura da instrução, ainda que não a requeira ou não tenha legitimidade para o efeito (artigo 188.º, n.º 9) 8

9 Escutas Telefónicas Extensão e Nulidade O disposto nos artigos 187.º e 188.º é correspondentemente aplicável às conversações ou comunicações transmitidas por qualquer meio técnico diferente do telefone, designadamente correio eletrónico ou outras formas de transmissão de dados por via telemática, mesmo que se encontrem guardadas em suporte digital, e à interceção das comunicações entre presentes (artigo 189.º, n.º 1) A obtenção e junção aos autos de dados sobre a localização celular ou de registos da realização de conversações ou comunicações só podem ser ordenadas ou autorizadas, em qualquer fase do processo, por despacho do juiz, quanto a crimes previstos no n.º 1 do artigo 187.º e em relação às pessoas referidas no n.º 4 do mesmo artigo (artigo 189.º, n.º 2) Os requisitos e condições referidos nos artigos 187.º, 188.º e 189.º são estabelecidos sob pena de nulidade (artigo 190.º) 9

10 10

11 QUADRO LEGAL O quadro legal relativo à conservação e prestação de informação de natureza pessoal ou que envolva dados pessoais (dados de base, dados de tráfego, dados de localização e dados de conteúdo) às entidades e autoridades públicas é particularmente complexo Normas aplicáveis: Decreto-Lei n.º 78/87, de 17 de fevereiro (Código de Processo Penal) Lei n.º 67/98, de 26 de outubro (Lei da Proteção de Dados Pessoais) Lei n.º 5/2004, de 10 de fevereiro (Lei das Comunicações Eletrónicas) Lei n.º 41/2004, de 18 de agosto (Tratamento de dados pessoais e proteção da privacidade no setor das comunicações eletrónicas) Lei n.º 32/2008, de 17 de julho (Conservação de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de serviços de comunicações eletrónicas) Lei n.º 109/2009, de 15 de setembro (Lei do Cibercrime) A informação pessoal deve ser conservada por períodos distintos, consoante as finalidades subjacentes ao tratamento dessa informação 11

12 QUADRO LEGAL Nos termos do Parecer do Conselho Consultivo da PGR n.º 21/2000, de 16 de junho, é (ainda) habitual distinguir-se entre: Dados de base: os dados relativos à conexão à rede e que constituem os elementos necessários ao acesso à rede, designadamente, através da ligação individual e para utilização própria do respectivo serviço, por exemplo, nome e morada Dados de tráfego: dados funcionais necessários ao estabelecimento de uma ligação ou comunicação e os dados gerados pela utilização da rede (p. ex. localização do utilizador, localização do destinatário, duração da utilização, data e hora, frequência) Dados de conteúdo: dados relativos ao conteúdo da comunicação ou da correspondência enviada através da utilização da rede. Os operadores não podem tratar estes dados, exceto se por via e para os efeitos da interceção de comunicações 12

13 LEI 41/2004 Dados de tráfego: quaisquer dados tratados para efeitos do envio de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas ou para efeitos da faturação da mesma (artigo 2.º, n.º 1, d)) Dados de localização: quaisquer dados tratados numa rede de comunicações eletrónicas ou no âmbito de um serviço de comunicações eletrónicas que indiquem a posição geográfica do equipamento terminal de um utilizador de um serviço de comunicações eletrónicas acessível ao público (artigo 2.º, n.º 1, e)) Prazo de conservação dos dados de tráfego: período durante o qual a fatura pode ser legalmente contestada ou o pagamento reclamado (artigo 6.º, n.º 3) CNPD tem entendido que este prazo é de 6 meses: leitura conjugada do artigo 6.º, n.º 3 com o artigo 10.º, n.º 1, da Lei n.º 23/96, de 26 de Julho e Parecer da CNPD n.º 27/2004 Prazo de conservação dos dados de localização: (a) se forem tornados anónimos e na medida ou (b) pelo tempo necessário para a prestação de serviços de valor acrescentado (artigo 7.º, n.ºs 1 e 3) 13

14 LEI 32/2008 Dados: os dados de tráfego e os dados de localização, bem como os dados conexos necessários para identificar o assinante ou o utilizador (artigo 2.º, n.º 1, a)) Objetivo: a conservação e a transmissão dos dados têm por finalidade exclusiva a investigação, detecção e repressão de crimes graves (por ex., terrorismo, criminalidade violenta, criminalidade altamente organizada, sequestro, rapto e tomada de reféns, crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal, contra a segurança do Estado) por parte das autoridades competentes (artigo 3.º, n.º 1) Devem ser conservados os dados necessários para: encontrar e identificar a fonte de uma comunicação encontrar e identificar o destino de uma comunicação identificar a data, a hora e a duração de uma comunicação identificar o tipo de comunicação identificar o equipamento de telecomunicações dos utilizadores, ou o que se considera ser o seu equipamento identificar a localização do equipamento de comunicação móvel (artigo 4.º, n.º 1) 14

15 LEI 32/2008 Conservação: os ficheiros destinados à conservação de dados no âmbito da presente lei têm que, obrigatoriamente, estar separados de quaisquer outros ficheiros para outros fins o titular dos dados não pode opor-se à respectiva conservação e transmissão (artigo 3.º, n.ºs 3 e 4) Competência: a transmissão dos dados às autoridade competentes só pode ser ordenada ou autorizada por despacho fundamentado do juiz de instrução no âmbito da investigação, deteção e repressão de crimes graves (artigos 3.º, n.º 2 e 9.º, n.º 1) Prazo de conservação dos dados e respetiva destruição: um ano a contar da data da conclusão da comunicação (artigo 6.º); cabe às operadoras de comunicações eletrónicas, destruir os dados no final do período de conservação, excepto os dados que tenham sido preservados por ordem do juiz os dados preservados devem ser destruídos quando tal seja determinado por ordem do juiz (artigo 7.º, n.º 1, alíneas e) e f)) 15

16 LEI 109/2009 Dados informáticos: qualquer representação de factos, informações ou conceitos sob uma forma susceptível de processamento num sistema informático, incluindo os programas aptos a fazerem um sistema informático executar uma função (artigo 2.º, b)) Dados de tráfego: os dados informáticos relacionados com uma comunicação efetuada por meio de um sistema informático, gerados por este sistema como elemento de uma cadeia de comunicação, indicando a origem da comunicação, o destino, o trajecto, a hora, a data, o tamanho, a duração ou o tipo do serviço subjacente (artigo 2.º, c)) Interceção: ato destinado a captar informações contidas num sistema informático, através de dispositivos eletromagnéticos, acústicos, mecânicos ou outros (artigo 2.º, d)) Preservação de dados: se no decurso do processo for necessário à produção de prova obter dados informáticos específicos armazenados num sistema informático, incluindo dados de tráfego, em relação aos quais haja receio de que possam perder-se, alterar-se ou deixar de estar disponíveis, a autoridade judiciária competente ordena a quem tenha disponibilidade ou controlo desses dados que preserve os dados em causa (artigo 12.º, n.º 1) 16

17 LEI 109/2009 Preservação de dados: a preservação pode também ser ordenada pelo órgão de polícia criminal mediante autorização da autoridade judiciária competente ou quando haja urgência ou perigo na demora (artigo 12.º, n.º 2) Revelação expedita de dados de tráfego: o fornecedor de serviço a quem a preservação tenha sido ordenada indica à autoridade judiciária ou ao órgão de polícia criminal, logo que o souber, outros fornecedores de serviço através dos quais aquela comunicação tenha sido efectuada, tendo em vista permitir identificar todos os fornecedores de serviço e a via através da qual aquela comunicação foi efectuada (artigo 13.º) Injunção para apresentação ou concessão do acesso a dados: se se tornar necessário obter dados informáticos específicos e determinados, armazenados num determinado sistema informático, a autoridade judiciária competente ordena a quem tenha disponibilidade ou controlo desses dados que os comunique ao processo ou que permita o acesso aos mesmos, sob pena de punição por desobediência; (artigo 14.º, n.º 1) 17

18 LEI 109/2009 Injunção para apresentação ou concessão do acesso a dados: quem tenha disponibilidade ou controlo desses dados comunica-os à autoridade judiciária competente ou permite, sob pena de punição por desobediência, o acesso ao sistema informático onde estão armazenados (artigo 14.º, n.º 3) aos fornecedores de serviço pode ser ordenado que comuniquem dados relativos aos seus clientes ou assinantes, neles se incluindo qualquer informação diferente dos dados relativos ao tráfego ou ao conteúdo, contida sob a forma de dados informáticos ou sob qualquer outra forma, detida pelo fornecedor de serviços, e que permita determinar: o o tipo de serviço de comunicação utilizado, as medidas técnicas tomadas a esse respeito e o período de serviço; o A identidade, a morada postal ou geográfica e o número de telefone do assinante, e qualquer outro número de acesso, os dados respeitantes à facturação e ao pagamento, disponíveis com base num contrato ou acordo de serviços; ou o qualquer outra informação sobre a localização do equipamento de comunicação, disponível com base num contrato ou acordo de serviços (artigo 14.º, n.º 4) 18

19 LEI 109/2009 Pesquisa de dados informáticos: se se tornar necessário obter dados informáticos específicos e determinados, armazenados num determinado sistema informático, a autoridade judiciária competente autoriza ou ordena por despacho que se proceda a uma pesquisa nesse sistema informático, devendo, sempre que possível, presidir à diligência (artigo 15.º, n.º 1) Apreensão de dados informáticos: quando, no decurso de uma pesquisa informática ou de outro acesso legítimo a um sistema informático, forem encontrados dados ou documentos informáticos necessários à produção de prova, a autoridade judiciária competente autoriza ou ordena por despacho a apreensão dos mesmos (artigo 16.º, n.º 1) Apreensão de correio eletrónico e registos de comunicações de natureza semelhante: quando, no decurso de uma pesquisa informática ou outro acesso legítimo a um sistema informático, forem encontrados, armazenados nesse sistema informático ou noutro a que seja permitido o acesso legítimo a partir do primeiro, mensagens de correio eletrónico ou registos de comunicações de natureza semelhante, o juiz pode autorizar ou ordenar, por despacho, a apreensão daqueles que se afigurem ser de grande interesse para a descoberta da verdade ou para a prova (artigo 17.º) 19

20 LEI 109/2009 Interceção de comunicações: é admissível o recurso à interceção de comunicações em processos relativos a crimes (a) previstos na lei 109/2009 ou (b) cometidos por meio de um sistema informático ou em relação aos quais seja necessário proceder à recolha de prova em suporte eletrónico, quando tais crimes se encontrem previstos no artigo 187.º do CPP (artigo 18.º, n.º 1) a interceção e o registo de transmissões de dados informáticos só podem ser autorizados durante o inquérito, se houver razões para crer que a diligência é indispensável para a descoberta da verdade ou que a prova seria, de outra forma, impossível ou muito difícil de obter, por despacho fundamentado do juiz de instrução e mediante requerimento do Ministério Público (artigo 18.º, n.º 2) a interceção pode destinar-se ao registo de dados relativos ao conteúdo das comunicações ou visar apenas a recolha e registo de dados de tráfego, devendo o despa-cho referido no número anterior especificar o respectivo âmbito, de acordo com as necessidades concretas da investigação (artigo 18.º, n.º 3) 20

21 QUADRO LEGAL Dúvidas interpretativas: O regime previsto na Lei 32/2008 foi (parcialmente) revogado pela Lei 109/2009? Qual o prazo de conservação aplicável? Os operadores podem transmitir dados conservados no âmbito da Lei 32/2008 se estiverem em causa crimes previstos na Lei 109/2009 ou no artigo 187.º do CPP? Jurisprudência: Nota Prática n.º 9 do Gabinete Cibercrime Jurisprudência de Tribunais superiores sobre crimes informáticos e crimes cometidos por via de sistemas informáticos, publicada e disponível na Internet Nota Prática n.º 10 do Gabinete Cibercrime Jurisprudência de Tribunais superiores sobre prova digital, publicada e disponível na Internet 21

22 QUADRO LEGAL Síntese - Nota Prática n.º 8 do Gabinete Cibercrime Tipo de dados Âmbito Prazo Competência Fundamento Legal Identificação do cliente Todos os crimes Sem prazo Ministério Público Artigo 14.º, n.º 4, b) da Lei do Cibercrime Endereço IP Todos os crimes 6 meses Ministério Público Artigo 14.º, n.º 4, b) da Lei do Cibercrime Tráfego Crimes do catálogo do Artigo 187.º do CPP 6 meses Juiz de Instrução Artigos 187.º e 189.º, n.º 2 do CPP Tráfego Crimes do catálogo da Lei n.º 32/ ano Juiz de Instrução Artigos 3.º, 6.º e 9.º da Lei 32/2008 Conteúdo da Crimes dos catálogos dos (apenas possível comunicação Artigos 187.º e 188.º, n.º 2 Artigo 187.º do CPP e do para (apenas por Juiz de Instrução do CPP e Artigo 18.º da Lei Artigo 18.º da Lei do comunicações interceção em do Cibercrime Cibercrime futuras) tempo real) 22

23 23

24 ACÓRDÃO DIGITAL RIGHTS IRELAND A Diretiva 2006/24/CE (Diretiva de Conservação de Dados) foi publicada com o objetivo de harmonizar as disposições dos Estados-Membros relativas às obrigações dos fornecedores de serviços de comunicações electrónicas ( ) em matéria de conservação de determinados dados por eles gerados ou tratados, tendo em vista garantir a disponibilidade desses dados para efeitos de investigação, de detecção e de repressão de crimes graves (cfr. artigo 1.º, n.º 1) A Diretiva previa a obrigação de os Estados Membros adotarem medidas que garantissem a conservação, pelos fornecedores de serviços de comunicações eletrónicas, e por um período máximo (entre 6 meses e 2 anos), dos dados necessários para, nomeadamente, (a) encontrar e identificar a fonte de uma comunicação, (b) encontrar e identificar o destino de uma comunicação, (c) identificar a data, hora e duração de uma comunicação, (d) identificar o tipo de comunicação e (e) identificar o equipamento de telecomunicações dos utilizadores, ou o que se considera ser o seu equipamento (cfr. artigo 5.º) Foi transposta para o ordenamento nacional através da Lei n.º 32/2008, de 17 de julho 24

25 ACÓRDÃO DIGITAL RIGHTS IRELAND Acórdão TJUE de (processos apensos C-293/12 e C-594/12) proferido no âmbito de dois pedidos de reenvio prejudicial: High Court (Irlanda) e Verfassungsgerichts (Áustria) Tribunal entendeu que a conservação de dados prevista na Diretiva de Conservação de Dados constitui uma limitação particularmente grave no âmbito dos direitos ao respeito pela vida privada e familiar e à proteção de dados pessoais (artigos 7.º ( Respeito pela vida privada e familiar ) e 8.º ( Protecção de dados pessoais ) da Carta de Direitos Fundamentais da União Europeia) Embora a Diretiva de Conservação de Dados não contenda com o núcleo essencial destes direitos, não respeita o princípio da proporcionalidade (adequação e necessidade face à prossecução dos objetivos legítimos) 25

26 ACÓRDÃO DIGITAL RIGHTS IRELAND A Diretiva aplica-se a quaisquer pessoas e meios de comunicação eletrónica bem como todos os dados de tráfego, sem diferenciação, limitação ou excepção e mesmo a pessoas relativamente às quais não há prova que indicie a existência de uma ligação, ainda que remota ou indireta, entre o seu comportamento e a prática de crimes graves Não se exige qualquer relação entre os dados cuja conservação é exigida e a existência de uma ameaça à segurança pública A Diretiva não estabelece qualquer critério objetivo para determinar que limites se aplicam no acesso e utilização dos dados pelas autoridades nacionais competentes ou que assegure que o número de pessoas autorizadas a ter acesso aos dados, e posteriormente a usá-los, é limitado ao estritamente necessário tendo em atenção os objetivos prosseguidos 26

27 ACÓRDÃO DIGITAL RIGHTS IRELAND O TJUE entendeu que o acesso aos dados conservados pelas autoridades nacionais competentes não é condicionado a uma verificação prévia por parte de um tribunal ou de uma entidade administrativa independente A Diretiva prevê um período de conservação que varia entre (no mínimo) 6 meses e (máximo) 24 meses, mas não estabelece que a determinação do período concreto de conservação se deve basear em critérios objetivos para assegurar que não ultrapassa o estritamente necessário O TJUE considerou que a Diretiva excede os limites impostos pelo princípio da proporcionalidade (artigos 7.º, 8.º e 52.º, n.º 1, da Carta) e é inválida porque: não estabelece regras suficientemente claras e precisas quanto ao alcance da limitação aos direitos fundamentais (artigos 7.º e 8.º da Carta) não confere garantias suficientes para assegurar a proteção efetiva dos dados conservados não garante a destruição irreversível dos dados no final do período de conservação 27

28 ACÓRDÃO DIGITAL RIGHTS IRELAND Apesar de este Acórdão se dirigir apenas ao juiz nacional que apresentou o pedido de decisão prejudicial, os juizes portugueses poderão não aplicar a Lei n.º 32/2008 Os Tribunais superiores têm vindo a aplicar, em concreto, as disposições previstas na Lei n.º 32/2008 O Gabinete Cibercrime defendeu recentemente (Nota Prática n.º 7) que ( ) é o próprio Tribunal quem reconhece que a retenção de dados é necessária e útil. Porém, se assim é, a retenção de dados tem que ser indiscriminada, por um lado e tem que abranger todos os cidadãos, por outro ( ) no momento em que os dados são retidos e conservados, não é possível saber se, porventura, aqueles dados poderão vir a ser necessários, como prova de um crime ( ) após ter ocorrido um crime, os dados entretanto retidos de forma generalizada e indiscriminada assumirão valor probatório 28

29 Muito obrigado. Filipa Santos Carvalho Sérgio Silva 29

NOTA PRÁTICA nº8/ de Fevereiro de Pedido de dados a operadores de comunicações

NOTA PRÁTICA nº8/ de Fevereiro de Pedido de dados a operadores de comunicações NOTA PRÁTICA nº8/2016 18 de Fevereiro de 2016 Pedido de dados a operadores de comunicações Pretende-se com esta nota prática, sumariamente, descrever as informações guardadas por operadores de comunicações

Leia mais

Certificação Digital - Será Que é Para Valer? 29 abril 2015 Auditório Escola Profissional Gustave Eiffel

Certificação Digital - Será Que é Para Valer? 29 abril 2015 Auditório Escola Profissional Gustave Eiffel Certificação Digital - Será Que é Para Valer? 29 abril 2015 Auditório Escola Profissional Gustave Eiffel Apoio Institucional Patrocinadores Globais Prova digital A Perspetiva do Sistema Judicial ÍNDICE

Leia mais

A Nova Lei da Retenção de Dados

A Nova Lei da Retenção de Dados 17 de Dezembro de 2008 A Nova Lei da Retenção de Dados Esta apresentação foi preparada em 17 de Dezembro de 2008 para a Conferência E privacy Como enfrentar os novos desafios. Este documento não pretende

Leia mais

DECRETO N.º 373/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

DECRETO N.º 373/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: DECRETO N.º 373/X Aprova a Lei do Cibercrime, transpondo para a ordem jurídica interna a Decisão Quadro n.º 2005/222/JAI do Conselho, de 24 de Fevereiro, relativa a ataques contra sistemas de informação,

Leia mais

Artigo 373.º do Código Penal Corrupção passiva

Artigo 373.º do Código Penal Corrupção passiva 18.5.2016 Lisboa Artigo 373.º do Código Penal Corrupção passiva 1. O funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro,

Leia mais

DECRETO N.º 147/XIII

DECRETO N.º 147/XIII DECRETO N.º 147/XIII Aprova e regula o procedimento especial de acesso a dados de telecomunicações e Internet pelos oficiais de informações do Serviço de Informações de Segurança e do Serviço de Informações

Leia mais

CÓDIGOS LEI DO CIBERCRIME TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

CÓDIGOS LEI DO CIBERCRIME TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO CÓDIGOS LEI DO CIBERCRIME TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO A selecção dos textos legislativos disponibilizados no sitio Home Page Jurídica (www.euricosantos.pt) rege-se por critérios de relevância

Leia mais

ASSEMBLEIA NACIONAL 318 I SÉRIE N O 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE 20 DE MARÇO DE 2017

ASSEMBLEIA NACIONAL 318 I SÉRIE N O 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE 20 DE MARÇO DE 2017 318 I SÉRIE N O 13 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE 20 DE MARÇO DE 2017 ASSEMBLEIA NACIONAL Ordem do Dia A Assembleia Nacional aprovou a Ordem do Dia abaixo indicada para a Sessão Plenária do dia 20

Leia mais

Política de Proteção de Dados e de Privacidade DreamMedia

Política de Proteção de Dados e de Privacidade DreamMedia Política de Proteção de Dados e de Privacidade DreamMedia Índice Compromisso de Proteção de Dados e Privacidade... 3 Definições... 3 Entidade Responsável pelo Tratamento... 4 Contactos do Responsável pelo

Leia mais

Diploma. Artigo 1.º. Objeto

Diploma. Artigo 1.º. Objeto Diploma Aprova e regula o procedimento especial de acesso a dados de telecomunicações e Internet pelos oficiais de informações do Serviço de Informações de Segurança e do Serviço de Informações Estratégicas

Leia mais

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU. Lei n.º /2004. (Projecto de lei) Regime Probatório Especial Para a Prevenção e Investigação da.

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU. Lei n.º /2004. (Projecto de lei) Regime Probatório Especial Para a Prevenção e Investigação da. REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU Lei n.º /2004 (Projecto de lei) Regime Probatório Especial Para a Prevenção e Investigação da Criminalidade A Assembleia Legislativa decreta, nos termos da alínea

Leia mais

Assim, impõe-se a transposição para o ordenamento jurídico português da referida diretiva.

Assim, impõe-se a transposição para o ordenamento jurídico português da referida diretiva. Lei N.º 46/2012 de 29 de agosto que transpõe a Diretiva n.º 2009/136/CE, na parte que altera a Diretiva n.º 2002/58/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de julho, relativa ao tratamento de dados

Leia mais

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI N.º /IX/2016

CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI N.º /IX/2016 CONSELHO DE MINISTROS PROPOSTA DE LEI N.º /IX/2016 DE DE ASSUNTO: Estabelece as disposições penais materiais e processuais, bem como as disposições relativas à cooperação internacional em matéria penal,

Leia mais

ANEXOS. Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho

ANEXOS. Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Estrasburgo, 17.4.2018 COM(2018) 225 final ANNEXES 1 to 3 ANEXOS da Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo às ordens europeias de entrega ou de conservação

Leia mais

1) Princípios Gerais. Política de Privacidade Pagina 2 de 5

1) Princípios Gerais. Política de Privacidade Pagina 2 de 5 1) Princípios Gerais A privacidade e a proteção dos dados pessoais de todos os Clientes e Utilizadores dos serviços disponibilizados ou prestados pela empresa Vertente Natural Actividades Ecológicas e

Leia mais

DIÁRIO DA REPÚBLICA SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE S U M Á R I O ASSEMBLEIA NACIONAL GOVERNO. Sexta - feira, 06 de Outubro de 2017 Número 147

DIÁRIO DA REPÚBLICA SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE S U M Á R I O ASSEMBLEIA NACIONAL GOVERNO. Sexta - feira, 06 de Outubro de 2017 Número 147 Sexta - feira, 06 de Outubro de 2017 Número 147 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE DIÁRIO DA REPÚBLICA S U M Á R I O ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n.º 15/2017 Lei sobre Cibercrime. Lei n.º 16/2017 Lei de Segurança Interna.

Leia mais

Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro

Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro Estabelece medidas de combate à criminalidade organizada e económicofinanceira e procede à segunda alteração à Lei nº 36/94, de 29 de Setembro, alterada pela Lei nº 90/99,

Leia mais

Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social

Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social Código de Processo Penal Disposições relevantes em matéria de Comunicação Social Artigo 86. o Publicidade do processo e segredo de justiça 1. O processo penal é, sob pena de nulidade, público a partir

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 181/XI ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

PROJECTO DE LEI N.º 181/XI ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 181/XI ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Exposição de Motivos A última reforma do Código de Processo Penal suscitou controvérsia, polémica e desacordo dos vários agentes

Leia mais

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Normas relevantes em matérias de comunicação social. Artigo 86.º Publicidade do processo e segredo de justiça

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Normas relevantes em matérias de comunicação social. Artigo 86.º Publicidade do processo e segredo de justiça CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Normas relevantes em matérias de comunicação social Artigo 86.º Publicidade do processo e segredo de justiça 1 - O processo penal é, sob pena de nulidade, público, ressalvadas

Leia mais

Política de Protecção de Dados e Privacidade

Política de Protecção de Dados e Privacidade 1 Política de Protecção de Dados e Privacidade A PROBOS cumpre com todas as normas jurídicas comunitárias e nacionais aplicáveis no âmbito da protecção de dados e da privacidade. No âmbito do Sistema de

Leia mais

Lei n. o 5/

Lei n. o 5/ Lei n. o 5/2002 11-01-2002 Diploma consolidado Assunto: Estabelece medidas de combate à criminalidade organizada e económico-financeira e procede à segunda alteração à Lei n.º 36/94, de 29 de setembro,

Leia mais

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU. Lei n.º 11/2009

REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU. Lei n.º 11/2009 REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU Lei n.º 11/2009 Lei de combate à criminalidade informática A Assembleia Legislativa decreta, nos termos da alínea 1) do artigo 71.º da Lei Básica da Região Administrativa

Leia mais

Por força de tal diploma legal, a NOPTIS estabelece a sua POLÍTICA DE PRIVACIDADE, nos termos que se seguem.

Por força de tal diploma legal, a NOPTIS estabelece a sua POLÍTICA DE PRIVACIDADE, nos termos que se seguem. POLÍTICA DE PRIVACIDADE DE DADOS PESSOAIS Foi publicado o Regulamento 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados

Leia mais

Lei n.º 45/96, de 3 de Setembro Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes)

Lei n.º 45/96, de 3 de Setembro Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes) Altera o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro (regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes) A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 164.º, alínea d), 168, n.º 1, alíneas

Leia mais

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação

SECÇÃO III - Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação Código Penal Ficha Técnica Código Penal LIVRO I - Parte geral TÍTULO I - Da lei criminal CAPÍTULO ÚNICO - Princípios gerais TÍTULO II - Do facto CAPÍTULO I - Pressupostos da punição CAPÍTULO II - Formas

Leia mais

Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro *

Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro * Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro * CAPÍTULO I Artigo 1.º Âmbito de aplicação 1 - A presente lei estabelece um regime especial de recolha de prova, quebra do segredo profissional e perda de bens a favor

Leia mais

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto DECRETO N.º 379/X Procede à terceira alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, adaptando o regime de identificação criminal à responsabilidade penal das pessoas colectivas A Assembleia da República decreta,

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei N:º 79/XIII. Exposição de Motivos

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei N:º 79/XIII. Exposição de Motivos Proposta de Lei N:º 79/XIII Exposição de Motivos O Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), através do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Serviço de Informações de

Leia mais

Política de Proteção de Dados, Privacidade e Segurança da Informação

Política de Proteção de Dados, Privacidade e Segurança da Informação Política de Proteção de Dados, Privacidade e Segurança da Informação Página 1 de 11 Índice Compromisso de Proteção de Dados, Privacidade e Segurança da Informação... 3 Definições... 3 Entidade Responsável

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS TEXTO FINAL DOS PROJECTOS DE LEI n.ºs 38/XI/1.ª (PCP) ALTERA O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, VISANDO A DEFESA DA INVESTIGAÇÃO E A EFICÁCIA DO COMBATE AO CRIME 173/XI/1.ª (CDS-PP) ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DE PROCESSO

Leia mais

TÓPICOS PARA A CORRECÇÃO DO EXAME ESCRITO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DE 12/09/2016 ÉPOCA DE FINALISTAS

TÓPICOS PARA A CORRECÇÃO DO EXAME ESCRITO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DE 12/09/2016 ÉPOCA DE FINALISTAS TÓPICOS PARA A CORRECÇÃO DO EXAME ESCRITO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL DE 12/09/2016 ÉPOCA DE FINALISTAS Questão n.º 1 (5 valores) A resposta deverá ser negativa. A suspensão provisória do processo, prevista

Leia mais

MASTER CLASS. Revisão do Pacote Regulamentar das Comunicações Electrónicas ( Revisão 2006 )

MASTER CLASS. Revisão do Pacote Regulamentar das Comunicações Electrónicas ( Revisão 2006 ) MASTER CLASS Revisão do Pacote Regulamentar das Comunicações Electrónicas ( Revisão 2006 ) eprivacidade: A Directiva eprivacy o novo regime dos data breaches e o impacto económico e legal das novas obrigações

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS POLÍTICA DE PRIVACIDADE E TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DEVER DE INFORMAÇÃO PROTEÇÃO DE DADOS A fim de dar cumprimento ao regime jurídico especial do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, a MIL MOTOR,

Leia mais

L i s b o a, 5 e 6 d e N ove m b r o d e GRA ARO

L i s b o a, 5 e 6 d e N ove m b r o d e GRA ARO Os Crimes de Fraude na Obtenção de Subsídio ou Subvenção e Desvio de Subvenção, Subsídio ou Crédito Bonificado L i s b o a, 5 e 6 d e N ove m b r o d e 2 0 1 5 GRA ARO Legislação da União Decisão nº 2007/845/JAI

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS POLÍTICA DE PRIVACIDADE E DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS ÍNDICE Proteção de dados...3 Definições relevantes...3 Entidade responsável pelo tratamento de dados.5 Encarregado de proteção de dados 5 Categorias

Leia mais

A DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DA DIRETIVA 2006/24/CE: PRESENTE E FUTURO DA REGULAÇÃO SOBRE

A DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DA DIRETIVA 2006/24/CE: PRESENTE E FUTURO DA REGULAÇÃO SOBRE 11 de abril de 2014 A DECLARAÇÃO DE INVALIDADE DA DIRETIVA 2006/24/CE: PRESENTE E FUTURO DA REGULAÇÃO SOBRE CONSERVAÇÃO DE DADOS POR PARTE DE FORNECEDORES DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES ELETRÓNICAS Na passada

Leia mais

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP).

DETENÇÃO. - Os actos processuais com detidos são urgentes e os prazos correm em férias (art. 80º CPP). DETENÇÃO 1- Definição. Medida cautelar de privação da liberdade pessoal, não dependente de mandato judicial, de natureza precária e excepcional, que visa a prossecução de finalidades taxativamente 1 previstas

Leia mais

DECRETO N.º 210/IX REGULA A UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS DE VÍDEO PELAS FORÇAS E SERVIÇOS DE SEGURANÇA EM LOCAIS PÚBLICOS DE UTILIZAÇÃO COMUM

DECRETO N.º 210/IX REGULA A UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS DE VÍDEO PELAS FORÇAS E SERVIÇOS DE SEGURANÇA EM LOCAIS PÚBLICOS DE UTILIZAÇÃO COMUM DECRETO N.º 210/IX REGULA A UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS DE VÍDEO PELAS FORÇAS E SERVIÇOS DE SEGURANÇA EM LOCAIS PÚBLICOS DE UTILIZAÇÃO COMUM A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo

Leia mais

Política de Privacidade

Política de Privacidade O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) reconhece a importância do tratamento dos dados pessoais, pelo que adotou medidas técnicas e organizativas adequadas para assegurar

Leia mais

ANEXO Propostas de alteração Código do Processo Penal

ANEXO Propostas de alteração Código do Processo Penal CPP EM VIGOR PJL 38/XI e 178/XI (PCP) PJL 181/XI/1 (BE) PPL 12/XI/1 (GOV) Artigo 86º Publicidade do processo e segredo de justiça 1 O processo penal é, sob pena Artigo 86.º 1 O processo penal é, sob pena

Leia mais

Política de Privacidade e Tratamento de Dados Pessoais

Política de Privacidade e Tratamento de Dados Pessoais Política de Privacidade e Tratamento de Dados Pessoais Introdução A Beltrão Coelho, no âmbito da prestação dos seus serviços, necessita de recolher regularmente alguns dados pessoais. A Política de Privacidade

Leia mais

(...) SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO

(...) SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO SEÇÃO III DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO SISTEMA INFORMÁTICO Artigo 150-A - Para efeitos penais, considera-se: a) sistema informático : qualquer dispositivo ou o conjunto de dispositivo, interligados

Leia mais

Política de Privacidade

Política de Privacidade Política de Privacidade A CENATEL, é uma empresa com mais de 20 anos de atividade na área de Reparação de Eletrodomésticos. No exercício da sua atividade, a CENATEL recolhe e processa dados pessoais dos

Leia mais

Política de privacidade e proteção de dados pessoais

Política de privacidade e proteção de dados pessoais Política de privacidade e proteção de dados pessoais A proteção e a privacidade dos seus dados pessoais constituem uma prioridade para a Academia dos Pimpolhos. Nessa medida, desenvolvemos a presente política

Leia mais

Exame de Prática Processual Penal

Exame de Prática Processual Penal Exame de Prática Processual Penal I No dia 20/02/06 António foi surpreendido na sua caixa do correio com uma notificação do Tribunal ali colocada nesse dia que, recebendo a acusação que contra si era deduzida

Leia mais

9116/19 JPP/ds JAI.2. Conselho da União Europeia

9116/19 JPP/ds JAI.2. Conselho da União Europeia Conselho da União Europeia ATOS LEGISLATIVOS E OUTROS INSTRUMENTOS Assunto: DECISÃO DO CONSELHO que autoriza a Comissão Europeia a participar, em nome da União Europeia, nas negociações respeitantes a

Leia mais

Código de Processo Penal

Código de Processo Penal Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Penal 2019 19ª Edição Atualização nº 4 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 4 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes

Leia mais

O REGIME JURÍDICO DAS ESCUTAS TELEFÓNICAS Condicionantes constitucionais e garantias processuais

O REGIME JURÍDICO DAS ESCUTAS TELEFÓNICAS Condicionantes constitucionais e garantias processuais DIREITO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL E DA PROVA O REGIME JURÍDICO DAS ESCUTAS TELEFÓNICAS Condicionantes constitucionais e garantias processuais Miguel Prata Roque Professor Auxiliar da Faculdade de Direito

Leia mais

Política de Privacidade e Tratamento de dados

Política de Privacidade e Tratamento de dados Política de Privacidade e Tratamento de dados A Gália - Empresa de Segurança, S.A. doravante designada por Gália segue um conjunto de medidas para proteger a informação pessoal dos seus Clientes, Fornecedores,

Leia mais

I - DESCRIÇÃO DOS FACTOS

I - DESCRIÇÃO DOS FACTOS Diploma: CIVA FICHA DOUTRINÁRIA Artigo: al a) do nº 1 do art 1º e al a) do nº 1 do art. 2º; art. 9.º, n.º 1, al. 27), subalínea d). Assunto: Operações sobre moeda - Criptomoeda ("bitcoin"), por despacho

Leia mais

Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento

Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento 20-05-2016 Temas Supervisão Registo Índice Texto da Instrução Anexo I Texto da Instrução Assunto: Apresentação de requerimentos de autorização, não oposição e

Leia mais

Juízes: Viriato Manuel Pinheiro de Lima (Relator), Song Man Lei e Sam Hou Fai. SUMÁRIO:

Juízes: Viriato Manuel Pinheiro de Lima (Relator), Song Man Lei e Sam Hou Fai. SUMÁRIO: . Recurso jurisdicional em matéria penal. Recorrente: A. Recorrido: Ministério Público. Assunto: Revista. Autorização. Validação. Data do Acórdão: 21 de Novembro de 2018. Juízes: Viriato Manuel Pinheiro

Leia mais

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 367/X REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET

Partido Popular. CDS-PP Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 367/X REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET Partido Popular CDS-PP Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 367/X REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET Exposição de motivos 1 A utilização massiva e generalizada dos sistemas

Leia mais

Exame Época de recurso 19 de Julho de 2018 TÓPICOS DE CORRECÇÃO

Exame Época de recurso 19 de Julho de 2018 TÓPICOS DE CORRECÇÃO DIREITO PROCESSUAL PENAL 4.º ANO DIA/2017-2018 Regência: Professor Doutor Paulo de Sousa Mendes Colaboração: Prof.ª Doutora Teresa Quintela de Brito, Mestres João Gouveia de Caires, David Silva Ramalho

Leia mais

Protecção de Dados na Informação de Saúde

Protecção de Dados na Informação de Saúde Protecção de Dados na Informação de Saúde Proteção de Dados um Direito Fundamental Evolução na Europa Linhas Directrizes da OCDE(1973) Convenção 108 do Conselho da Europa (1981); Diretiva 95/46/CE Carta

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

POLÍTICA DE PRIVACIDADE POLÍTICA DE PRIVACIDADE Unimadeiras Produção Comércio e Exploração Florestal, SA A privacidade e a proteção de dados pessoais na Unimadeiras Arruamento Q Zona Industrial de Albergaria-a-Velha 3850-184

Leia mais

Cibersegurança - aspetos económicos - Um desafio ou uma oportunidade?

Cibersegurança - aspetos económicos - Um desafio ou uma oportunidade? Cibersegurança - aspetos económicos - Um desafio ou uma oportunidade? 5 Prioridades fundamentais ENQUADRAMENTO Alcançar a resiliência do ciberespaço Reduzir drasticamente a cibercriminalidade Desenvolver

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

POLÍTICA DE PRIVACIDADE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES POLÍTICA DE PRIVACIDADE DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES I. Introdução e Considerações Gerais A SPA, SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES. CRL., Pessoa Colectiva nº 500257841, com sede na Av. Duque de Loulé,

Leia mais

Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais

Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais Esta Politica de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais aplica-se aos serviços da Quinta da Lixa - Sociedade agrícola, Lda. O Quinta da Lixa, no âmbito

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE SUBLIME STAY, LDA

POLÍTICA DE PRIVACIDADE SUBLIME STAY, LDA 1. O nosso compromisso POLÍTICA DE PRIVACIDADE SUBLIME STAY, LDA A SUBLIME STAY, LDA., sociedade comercial por quotas, com sede em Hotel Sublime Comporta, Estrada Nacional 261-1, Caixa Postal 3954, Muda,

Leia mais

PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica

PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica ORDEM DOS ADVOGADOS CNA Comissão Nacional de Avaliação PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica Prática Processual Penal e Direito Constitucional e Direitos Humanos (8 Valores) 22 de Julho de 2011 Responda a todas

Leia mais

Política de Privacidade de Dados Pessoais NOWO COMMUNICATIONS, S.A (NOWO)

Política de Privacidade de Dados Pessoais NOWO COMMUNICATIONS, S.A (NOWO) Política de Privacidade de Dados Pessoais NOWO COMMUNICATIONS, S.A (NOWO) Princípios Gerais A garantia que os clientes e utilizadores da NOWO COMMUNICATIONS S.A (NOWO) sabem e conhecem, a cada momento,

Leia mais

Prestação de informações aos titulares de dados pessoais

Prestação de informações aos titulares de dados pessoais Prestação de informações aos titulares de dados pessoais Finalidade(s): (i) Celebração e execução de contrato (incluindo diligências pré-contratuais) (ii) Inquéritos de avaliação de satisfação (iii) Ações

Leia mais

Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais

Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais 1. Enquadramento: A presente Política de Privacidade e de Proteção de Dados Pessoais explicita os termos em que a Direção Regional de Agricultura e

Leia mais

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEI E PROCESSO CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 2018 6ª Edição Atualização nº 2 CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 2 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás nºs 76, 78,

Leia mais

Regime dos Ficheiros Informáticos em Matéria de Identificação Criminal e de Contumazes

Regime dos Ficheiros Informáticos em Matéria de Identificação Criminal e de Contumazes CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Regime dos Ficheiros Informáticos em Matéria de Identificação Criminal e de Contumazes (REVOGADO) Todos os direitos

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 217/IX REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET. Exposição de motivos

PROJECTO DE LEI N.º 217/IX REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET. Exposição de motivos PROJECTO DE LEI N.º 217/IX REGIME JURÍDICO DA OBTENÇÃO DE PROVA DIGITAL ELECTRÓNICA NA INTERNET Exposição de motivos 1 A utilização massiva e generalizada dos sistemas informáticos, potenciada pelo crescente

Leia mais

Atualizado a 25 de Maio de Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD)

Atualizado a 25 de Maio de Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) Atualizado a 25 de Maio de 2018 - Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) Com a finalidade de cumprir a nova legislação sobre o novo Regulamento de Proteção de Dados, a aplicar no contexto das atividades

Leia mais

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS DO GRUPO CESPU

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS DO GRUPO CESPU POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS DO GRUPO CESPU As empresas do Grupo CESPU estimam e valorizam a privacidade dos dados das diferentes partes interessadas, nomeadamente alunos, ex-alunos, utentes,

Leia mais

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS 1. INTRODUÇÃO Com a entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPDP), aprovado pelo Regulamento (EU) nº 2016/679, de 27 de abril de 2016, cabe à AECOPS definir a sua Política de Proteção

Leia mais

Política de Privacidade

Política de Privacidade Política de Privacidade A presente Política de Privacidade fornece uma visão geral sobre o modo de recolha e tratamento de dados pessoais pela UNICRE Instituição Financeira de Crédito, S.A. (doravante

Leia mais

* A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral

* A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral Workshop Base de dados de perfis de ADN e cooperação internacional na investigação criminal Coimbra, 10.5.2017 * A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral José Luís Lopes

Leia mais

Regime do Segredo de Estado

Regime do Segredo de Estado CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Regime do Segredo de Estado REVOGADO Todos os direitos reservados à DATAJURIS, Direito e Informática, Lda. É expressamente

Leia mais

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça

Título. Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça Direção-Geral da Administração da Justiça - 2013 DO ARGUIDO (artigo 57.º CPP) Assume a qualidade de arguido todo aquele contra quem for deduzida acusação ou requerida

Leia mais

DECLARAÇÃO DE CONFIDENCIALIDADE. Qual é o objetivo da recolha de dados? Qual é a base jurídica do tratamento de dados?

DECLARAÇÃO DE CONFIDENCIALIDADE. Qual é o objetivo da recolha de dados? Qual é a base jurídica do tratamento de dados? DECLARAÇÃO DE CONFIDENCIALIDADE Esta declaração refere-se ao tratamento de dados pessoais no contexto de investigações em matéria de auxílios estatais e tarefas conexas de interesse comum levadas a cabo

Leia mais

TERMOS E CONDIÇÕES. 1. Disposições gerais

TERMOS E CONDIÇÕES. 1. Disposições gerais TERMOS E CONDIÇÕES 1. Disposições gerais A plataforma WELPHI foi desenvolvida e é gerida pela WISEDON, LDA., sociedade por quotas com sede na Rua Dr. Nascimento Leitão, n.º 6, 3810-108 Aveiro, Portugal,

Leia mais

Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro

Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro Lei n.º 130/2015 De 4 de Setembro Lei Anterior Lei Atualizada Artigo 1.º Objeto A presente lei procede à vigésima terceira alteração ao Código de Processo Penal e aprova o Estatuto da Vítima, transpondo

Leia mais

Prestação de informações aos titulares de dados pessoais

Prestação de informações aos titulares de dados pessoais Prestação de informações aos titulares de pessoais Finalidade(s): (i) Celebração e execução de contrato (incluindo diligências pré-contratuais) (ii) Inquéritos de avaliação de satisfação (iii) Ações de

Leia mais

Política de Privacidade da APELA Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica

Política de Privacidade da APELA Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica Política de Privacidade da APELA Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica A APELA, Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, com estatuto de IPSS desde 2009, doravante APELA,

Leia mais

Altera o Código de Processo Penal visando a defesa da investigação e a. eficácia do combate ao crime

Altera o Código de Processo Penal visando a defesa da investigação e a. eficácia do combate ao crime Projecto de Lei n.º 38/XI-1ª Altera o Código de Processo Penal visando a defesa da investigação e a eficácia do combate ao crime Preâmbulo As alterações introduzidas no Código de Processo Penal na X Legislatura,

Leia mais

DECRETO N.º 42/XIII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

DECRETO N.º 42/XIII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: DECRETO N.º 42/XIII Regime da restituição de bens culturais que tenham saído ilicitamente do território de um Estado membro da União Europeia (transpõe a Diretiva 2014/60/UE do Parlamento Europeu e do

Leia mais

MINISTÉRIOS DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA, DA JUSTIÇA E DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

MINISTÉRIOS DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA, DA JUSTIÇA E DAS OBRAS PÚBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES 3536 Diário da República, 1.ª série N.º 158 16 de Agosto de 2010 2) Dote o Programa de Luta contra o Nemátode da Madeira do Pinheiro (PROLUNP) de meios para que exista uma efectiva requalificação e gestão

Leia mais

A privacidade e a proteção dos seus dados pessoais são fundamentais para a Associação do Premio Infante D. Henrique ( Associação ).

A privacidade e a proteção dos seus dados pessoais são fundamentais para a Associação do Premio Infante D. Henrique ( Associação ). POLÍTICA DE PRIVACIDADE 1. O compromisso A privacidade e a proteção dos seus dados pessoais são fundamentais para a Associação do Premio Infante D. Henrique ( Associação ). Por este motivo, criámos a presente

Leia mais

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEI E PROCESSO CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 2019 8ª Edição Atualização nº 3 CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 3 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás nºs 76, 78,

Leia mais

Política de Privacidade

Política de Privacidade Política de Privacidade A RIMAWARE, Unipessoal, Lda., está empenhada no cumprimento do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados* (RGPD), assegurando a proteção de dados pessoais. A presente Política

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

POLÍTICA DE PRIVACIDADE POLÍTICA DE PRIVACIDADE Leia por favor esta Política de Privacidade com atenção, pois no acesso a este site, a disponibilização dos seus dados pessoais implica o conhecimento e aceitação das condições

Leia mais

Este site é propriedade do Banco Sabadell S.A. Aviso legal. Condições Gerais de utilização do site. Objeto

Este site é propriedade do Banco Sabadell S.A. Aviso legal. Condições Gerais de utilização do site. Objeto Aviso legal do Banco Sabadell - Sucursal em Portugal Este site é propriedade do Banco Sabadell S.A. Aviso legal. Condições Gerais de utilização do site. Objeto Toda a informação contida neste site é fornecida

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE Site

POLÍTICA DE PRIVACIDADE Site POLÍTICA DE PRIVACIDADE Site www.autodromodoalgarve.com A Parkalgar garante aos visitantes deste site ( Utilizador ou Utilizadores ) o respeito pela sua privacidade. A visita ao site www.autodromodoalgarve.com

Leia mais

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

POLÍTICA DE PRIVACIDADE POLÍTICA DE PRIVACIDADE SECÇÃO 1 CONTACTOS Os temas relacionados com a recolha e tratamento de dados pessoais são da responsabilidade do Responsável pelo Tratamento de Dados Pessoais. Qualquer comunicação

Leia mais

Informação sobre tratamento de dados pessoais

Informação sobre tratamento de dados pessoais Informação sobre tratamento de dados pessoais 1. Objecto O presente documento destina-se a facultar informação aos titulares de dados pessoais tratados pelo Banco Efisa, no âmbito das suas atividades nas

Leia mais

Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241º da Constituição, da Lei da Protecção de Dados Pessoais, do Código do Trabalho e do disposto na alínea a)

Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241º da Constituição, da Lei da Protecção de Dados Pessoais, do Código do Trabalho e do disposto na alínea a) Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241º da Constituição, da Lei da Protecção de Dados Pessoais, do Código do Trabalho e do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 64º da Lei n.º169/99, de 18 de Setembro,

Leia mais

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS. PRF - Gás Tecnologia e Construção, S.A.

POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS. PRF - Gás Tecnologia e Construção, S.A. POLÍTICA DE PROTEÇÃO DE DADOS PRF - Gás Tecnologia e Construção, S.A. Ed.0 / 3 de Maio de 2018 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 OBJETIVO E ÂMBITO... 2 REGRAS E PROCEDIMENTOS... 3 DEFINIÇÃO DE DADOS PESSOAIS... 4

Leia mais

Código de Processo Penal

Código de Processo Penal Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Código de Processo Penal 2017 18ª Edição Atualização nº 3 1 [1] Código do Trabalho CÓDIGO DE PROCESSO PENAL Atualização nº 3 EDITOR EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes

Leia mais