ELEIÇÕES Legislação Consolidada. junho Florianópolis - Santa Catarina. Atualizada até a Lei Complementar n. 135/2010
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- Cláudia Coradelli de Sequeira
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3 ELEIÇÕES 2010 Legislação Consolidada Atualizada até a Lei Complementar n. 135/2010 junho Florianópolis - Santa Catarina
4 Associação Catarinense do Ministério Público Av. Othon Gama D Eça, 900, Torre A, Sala 106, 1 o andar Centro - Florianópolis - SC - CEP Fone: (48) acmp@acmp.org.br Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina R. Esteves Júnior, 68 Centro - Florianópolis - SC - CEP Fone: (48) Fax: (48) publicacoes@tre-sc.gov.br Compilação, consolidação e editoração Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina SJ/CGI. Coordenadoria de Gestão da Informação Seção de Legislação, Doutrina e Jurisprudência Seção de Publicações Técnico-Eleitorais Capa AICSC. Assessoria de Imprensa, Comunicação Social e Cerimonial E38 Eleições 2010 Legislação consolidada/[compilada por] Coordenadoria de Gestão da Informação, TRESC. Florianópolis: Tribunal Regional Eleitoral, Secretaria Judiciária; Associação Catarinense do Ministério Público, p. 1. Eleições Legislação 2. Legislação eleitoral 3. Eleição federal e estadual 4. Eleições 2010 I. Santa Catarina. Tribunal Regional Eleitoral. CDU: (81) (094) 2010
5 ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO Diretoria Rui Carlos Kolb Schiefler Presidente Rogério Ferreira Vice-Presidente Eduardo Sens dos Santos 1 o Secretário Durval da Silva Amorim Diretor Financeiro Ary Capella Neto Diretor de Patrimônio Lara Peplau Diretora Cultural e de Relações Públicas Fabiano Henrique Garcia Diretor Administrativo Walkyria Ruicir Danielski Diretora da Escola Conselho Fiscal Cid Luiz Ribeiro Schmitz Cesar Augusto Grubba Ivens José Thives de Carvalho Paulo Cezar Ramos de Oliveira Valberto Antônio Domingues
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7 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SANTA CATARINA Presidente Newton Trisotto Vice-Presidente Corregedor Regional Eleitoral Sérgio Torres Paladino Juízes Efetivos Eliana Paggiarin Marinho Rafael de Assis Horn Oscar Juvêncio Borges Neto Cláudia Lambert de Faria Leopoldo Augusto Brüggemann Juízes Substitutos José Mazoni Ferreira Irineu João da Silva Julio Guilherme Berezoski Schattschneider Francisco J. Rodrigues de Oliveira Neto Vânia Petermann Ramos de Mello Procurador Regional Eleitoral Claudio Dutra Fontella Procurador Regional Eleitoral Substituto André Stefani Bertuol Diretor-Geral Samir Claudino Beber
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9 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO - ACMP, 11 APRESENTAÇÃO - TRESC, 13 CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Matéria eleitoral, 15 LEIS Lei Complementar n. 64/ Estabelece, de acordo com o art. 14, 9 o, da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, 55 Lei Complementar n. 135/ Altera a Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o 9 o do art. 14 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato, 67 Lei n / Estabelece normas para as eleições, 73 RESOLUÇÕES TSE - ELEIÇÕES 2010 Resolução n / Dispõe sobre os modelos das telas de votação da urna eletrônica, 131 Resolução n / Estabelece o calendário eleitoral, 133 Resolução n / Dispõe sobre pesquisas eleitorais, 159 Resolução n / Dispõe sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas em campanha eleitoral, 165 Resolução n / Dispõe sobre representações, reclamações e pedidos de resposta previstos na Lei n /1997, 197 Resolução n / Dispõe sobre as cédulas oficiais de uso contingente, 211 Resolução n / Dispõe sobre os formulários a serem utilizados nas eleições, 213
10 Resolução n / Dispõe sobre a cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do voto, da votação paralela e dos procedimentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais, 215 Resolução n / Dispõe sobre o voto do eleitor residente no exterior, na eleição presidencial, 233 Resolução n / Dispõe sobre os procedimentos especiais de votação nas seções eleitorais dos Municípios que utilizarão a biometria como forma de identificação do eleitor, 239 Resolução n / Dispõe sobre o voto em trânsito na eleição presidencial, 245 Resolução n / Dispõe sobre a arrecadação de recursos financeiros de campanha eleitoral por cartões de crédito, 249 Resolução n / Dispõe sobre a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros e, ainda, sobre a prestação de contas, 255 Instrução Normativa RFB/TSE n / Dispõe sobre atos, perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), dos comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes, 281 Carta-Circular Bacen n / Esclarece acerca da abertura, da movimentação e do encerramento de contas de depósitos à vista específicas para a campanha eleitoral de 2010, 285 Resolução n / Dispõe sobre os atos preparatórios das eleições de 2010, a recepção de votos, as garantias eleitorais, a justificativa eleitoral, a totalização e a proclamação dos resultados, e a diplomação, 289 Resolução n / Dispõe sobre a instalação de seções eleitorais especiais em estabelecimentos penais e em unidades de internação de adolescentes e dá outras providências, 345 Resolução n / Dispõe sobre o número de membros da Câmara dos Deputados e das Assembleias e Câmara Legislativa, 351 Resolução n / Dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos, 355 Resolução n / Dispõe sobre a apuração de crimes eleitorais, 379
11 Resolução n / Proposta. Alterações. Leiaute. Folha de votação. Eleições Aprovação, 383 Resolução n / Dispõe sobre os modelos de lacres e seu uso nas urnas, etiquetas de segurança e envelopes com lacres de segurança, 385 RESOLUÇÃO TRESC - ELEIÇÕES 2010 Resolução n / Designa os juízes responsáveis pelo exercício do poder de polícia e demais atos relativos à propaganda, 391 Provimento CRESC n. 1/ Dispõe sobre as rotinas para o exercício do poder de polícia nas Eleições 2010, 401 ÍNDICE REMISSIVO Lei n /1997 e Lei Complementar n. 64/1990, 407 PRAZOS DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO Quadro sinótico contendo os prazos resultantes do cruzamento entre o cargo eletivo pretendido e o cargo ocupado, 419 FLUXOGRAMAS ELABORADOS PELO TRESC Registro de candidatos, 429 Com impugnação, 430 Em grau de recurso, 431 Cronograma, 432 Pesquisas eleitorais, 433 Mesas receptoras, 434 Fiscalização perante as mesas receptoras, 435 Juntas Eleitorais, 436 Reclamações ou representações, 437 Representações específicas, 438 Direito de resposta por ofensa veiculada na imprensa escrita, 439
12 Direito de resposta por ofensa veiculada em programação normal das emissoras de rádio e de televisão, 440 Direito de resposta por ofensa veiculada no horário eleitoral gratuito, 441 Direito de resposta por ofensa veiculada na internet, 442 Direito de resposta em grau de recurso, 443 Investigação Judicial Eleitoral, 444
13 APRESENTAÇÃO Visando consolidar de vez e para sempre a profícua parceria, bem assim para reeditar a incomparável obra técnica eleitoral quiçá a melhor do País, é que a Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP) e o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRESC) novamente somaram forças nesse início do ano de Como nas eleições anteriores, a preocupação em consolidar, num só documento, todas as regras vigentes e aplicáveis às eleições nacionais deste ano, moveu o excelente corpo técnico do TRESC no sentido de compilar e sistematizar as leis e resoluções eleitorais existentes, organizando-as de forma fácil e útil. A publicação do ingente trabalho, então, foi o desafio abraçado pela ACMP. A presente obra obrigatório livro de cabeceira dos promotores e juízes eleitorais, dos cidadãos catarinenses e, notadamente, dos candidatos que disputarão o certame de outubro próximo foi confeccionada com muita atenção, dedicação e atualidade. Ainda que algumas outras resoluções eleitorais, em Brasília, possam ser editadas durante o processo eleitoral, aqui foram reunidas todas as regras pertinentes e necessárias para a fiscalização e correção dos procedimentos eleitorais. Como se vê, a obra é técnica e útil. O momento político, como sempre, é histórico e democrático. A parceria aqui consolidada é necessária e positiva. Assim, que o Brasil consiga, uma vez mais, demonstrar toda a sua capacidade democrática, realizando eleições livres e soberanas em Que o eleitor brasileiro possa bem escolher os seus legítimos representantes. Que a parcela egoísta e desinteressada do bem comum, existente na sociedade, escolha cada vez menos representantes, fazendo com que as pessoas de bem e sérias possam ascender aos Parlamentos brasileiros. No plano do Poder Executivo, que os candidatos eleitos possam efetivamente bem representar o sofrido povo brasileiro e corretamente gerir as riquezas deste País, assumindo o cargo e o compromisso de lutar por um Brasil mais justo e solidário, fraterno e estruturado, feliz e pujante. Que a presente obra possa contribuir, de alguma forma, para o sucesso e a liberdade das escolhas que serão feitas! O Brasil precisa de mais soberania, democracia, justiça e paz social. Nunca é demais!
14 A ACMP e o TRESC, com essa parceria singela, porém simbólica, por certo cumprem a função social e democrática à qual se comprometeram. Cabe à sociedade em geral fazê-la se consolidar. Uma ética, livre e soberana eleição geral em 2010, é o que se deseja! Florianópolis, junho de Rui Carlos Kolb Schiefler Presidente da ACMP
15 APRESENTAÇÃO A Constituição da República, no seu primeiro artigo, prescreve que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos (art. 1º, parágrafo único); no art. 14, caput, estatui que a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos [...]. À Justiça Eleitoral confere ela competência para coordenar todos os trabalhos relacionados com a eleição dos representantes do povo, trabalhos que têm como objetivo principal assegurar o respeito à soberania popular. Renova-se neste ano em que o povo mais uma vez é chamado a escolher o seu Presidente, o seu Governador e os seus representantes no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas a parceria do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRESC) com a Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP), com a finalidade de ofertar aos agentes comprometidos com o processo eleitoral uma coletânea das regras a ele relacionadas contidas no ordenamento jurídico pátrio. A Legislação Consolidada, conteúdo integralmente elaborado, revisado e editorado por servidores do TRESC, é um instrumento extremamente valioso de consulta; reúne disposições da Constituição da República, a Lei Complementar n. 64/1990 (Lei das Inelegibilidades); a Lei n /1997 (Lei das Eleições) e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral que têm pertinência com as eleições de Apresenta, ainda, fluxogramas dos principais procedimentos administrativos e das ações judiciais eleitorais. A parceria é mais uma entre as numerosas e elogiáveis ações desenvolvidas pela Associação Catarinense do Ministério Público em prol da sociedade. Florianópolis, junho de Desembargador Newton Trisotto Presidente do TRESC
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17 Constituição Federal - Matéria Eleitoral CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL* Preâmbulo CF Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. Título I Dos Princípios Fundamentais Art. 1 o A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2 o São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3 o Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.... Eleições
18 ACMP / TRESC Título II CF Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. 5 o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;... XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;... LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: 16 Eleições 2010
19 Constituição Federal - Matéria Eleitoral a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;... LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 1 o As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 2 o Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.... CF Art. 12. São brasileiros: I - natos: Capítulo III Da Nacionalidade a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; Eleições
20 ACMP / TRESC CF c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 1 o Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 2 o A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 3 o São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa. 4 o Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 18 Eleições 2010
21 Constituição Federal - Matéria Eleitoral 1 o São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 2 o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. CF Capítulo IV Dos Direitos Políticos Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. 1 o O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 2 o Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 3 o São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; Eleições
22 ACMP / TRESC CF c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. 4 o São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 5 o O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. 6 o Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 7 o São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 8 o O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 9 o Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 20 Eleições 2010
23 Constituição Federal - Matéria Eleitoral II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; CF IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5 o, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4 o. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Capítulo V Dos Partidos Políticos Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 1 o É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. 2 o Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 3 o Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 4 o É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. Eleições
24 ACMP / TRESC Título III CF Da Organização do Estado Capítulo I Da Organização Político-Administrativa Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 1 o Brasília é a Capital Federal. 2 o Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 3 o Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 4 o A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Capítulo II Da União... Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; Eleições 2010
25 Constituição Federal - Matéria Eleitoral XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;... Capítulo III CF Dos Estados Federados Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.... Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. 1 o Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 2 o O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, 4 o, 57, 7 o, 150, II, 153, III, e 153, 2 o, I. 3 o Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 4 o A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art o Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. 2 o Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, 4 o, 150, II, 153, III, e 153, 2 o, I. Eleições
26 ACMP / TRESC Capítulo IV CF Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1 o de janeiro do ano subseqüente ao da eleição; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até (quinze mil) habitantes; b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de (quinze mil) habitantes e de até (trinta mil) habitantes; c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de (trinta mil) habitantes e de até (cinquenta mil) habitantes; d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de (cinquenta mil) habitantes e de até (oitenta mil) habitantes; e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de (oitenta mil) habitantes e de até (cento e vinte mil) habitantes; f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de (cento e vinte mil) habitantes e de até (cento sessenta mil) habitantes; g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de (cento e sessenta mil) habitantes e de até (trezentos mil) habitantes; h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de (trezentos mil) habitantes e de até (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; 24 Eleições 2010
27 Constituição Federal - Matéria Eleitoral i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até (seiscentos mil) habitantes; j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de (seiscentos mil) habitantes e de até (setecentos cinquenta mil) habitantes; k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até (novecentos mil) habitantes; l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de (novecentos mil) habitantes e de até (um milhão e cinquenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até (um milhão e duzentos mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até (um milhão e quinhentos mil) habitantes; p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até (um milhão e oitocentos mil) habitantes; q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até (três milhões) de habitantes; s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de (três milhões) de habitantes e de até (quatro milhões) de habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de (quatro milhões) de habitantes e de até (cinco milhões) de habitantes; u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de (cinco milhões) de habitantes e de até (seis milhões) de habitantes; CF Eleições
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