INFLUÊNCIA DO PROCESSO MIGRATÓRIO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA.

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1 INFLUÊNCIA DO PROCESSO MIGRATÓRIO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA. Elisabeth dos Santos Bentes Economista, M.Sc. Professora Adjunta Universidade da Amazônia UNAMA Rua Curuçá nº 914. Bairro do Telégrafo. Belém - Pará. CEP: bbentes@superig.com.br Mário Miguel Amin Economista Agrícola, Ph.D. Professor Titular da Universidade da Amazônia UNAMA Av. Nazaré nº Apto Bairro: Nazaré. Belém Pará CEP: maramin@amazon.com.br Área Temática: 6 Agricultura e Meio Ambiente. Forma de apresentação: Em sessão sem debatedor.

2 2 INFLUÊNCIA DO PROCESSO MIGRATÓRIO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA. RESUMO: O presente estudo tem como objetivo principal analisar a influência do processo migratório sobre o desenvolvimento sustentável da Região Norte brasileira, a partir da década de 1960, tomando-se como base os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE e as diversas pesquisas realizadas pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente Imazon, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA, Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia IPAM, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA, Banco Mundial, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, etc. Partindo-se da hipótese de que há uma correlação positiva entre a migração e a degradação ambiental dessa região, tomou-se como direcionamento para este estudo a evolução histórica da economia amazônica. Assim, através do uso das estatísticas disponíveis em confronto com os fatos históricos, tornou-se possível mostrar que o processo migratório, que se desenvolveu na referida região, quer seja de forma legal ou de forma espontânea, contribuiu de modo sensível com o seu desmatamento, impactando de forma irreversível sobre a sustentabilidade do meio ambiente amazônico. PALAVRAS-CHAVE: Região Norte; processo migratório; desenvolvimento sustentável.

3 3 INFLUÊNCIA DO PROCESSO MIGRATÓRIO NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, secas, incêndios florestais, ondas de calor, inundações, tempestades, terremotos, maremotos e tsunamis fazem parte do cotidiano da humanidade. Isto justifica a crescente preocupação de grande parte da população, especialmente, dos ambientalistas, com a preservação dos recursos naturais, como forma de garantia de vida na Terra, uma vez que é o uso desordenado desses recursos que conduz aos desastres ecológicos, que nada mais são do que manifestações da natureza contra a insanidade humana, exposta pela forma predatória de exploração do meio natural em função da satisfação do seu próprio ego, caracterizada pelo consumo crescente e diversificado de bens e serviços, e pela busca incessante por maiores lucros. Diante da ocorrência de tais fenômenos naturais, buscam-se suas origens na vasta literatura sobre a questão ambiental mundial que, em virtude de sua complexidade, é analisada sob vários enfoques e relacionada às mais diversas causas, que precisam ser combatidas, mediante políticas públicas bem definidas. Tratando-se, especificamente, da Amazônia, o grau de complexidade da questão ambiental é muito maior, em virtude das especificidades dessa vasta região, com 3,9 milhões de Km² de extensão, equivalente a mais de 45% do território nacional, além de possuir uma enorme diversidade biológica. Observa-se que o uso predatório da floresta faz parte de sua história, de tal forma que conduziu ao desequilíbrio da relação homem-natureza, uma vez que, ao utilizar os recursos naturais, geralmente, não se leva em consideração a sua finitude. Nesse processo de degradação do meio ambiente amazônico, que compromete a sobrevivência das gerações futuras, participam, na condição de agentes principais, os madeireiros, os fazendeiros, os agricultores, os garimpeiros e etc., cada um agindo de acordo com suas conveniências, com maior ou menor intensidade. Entretanto, neste trabalho, direcionou-se o foco da questão ambiental para o processo migratório, que ocorreu a partir da década de 1960, período em que teve início a inserção da região ao contexto nacional e, cuja influência sobre a mesma, considerada como vazio demográfico, foi de grandes proporções, haja vista a transformação operada no âmbito econômico, social e ambiental. Dessa forma, objetiva-se analisar sua influência sobre a sustentabilidade da Amazônia, partindo-se da hipótese de que há uma correlação positiva entre a migração e a degradação ambiental dessa região. E, para atingir esse objetivo, tomouse como direcionamento para este estudo a evolução histórica da economia amazônica, na qual estão inseridos os pontos relevantes que constituem o conjunto de elementos necessários para dar resposta ao seguinte questionamento: Qual a influência do processo migratório sobre o desenvolvimento sustentável da Amazônia? A resposta à questão é de grande importância no momento atual, quando se torna cada vez mais forte a preocupação com a sustentabilidade da região diante de dois fatores principais: o crescimento populacional intenso e o conseqüente aumento da demanda de bens oriundos da floresta. 2. METODOLOGIA Considerou-se como área de estudo, no presente trabalho, a Região Norte do Brasil ou Amazônia Clássica, que compreende os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins, em virtude da facilidade de obtenção dos dados necessários para a

4 4 análise, em um dos principais órgãos de pesquisa que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. A análise contempla, especialmente, as décadas de 1960, 1970 e 1980, pela relevância do processo migratório nesse espaço de tempo. Como instrumento básico, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, tendo como apoio os estudos sobre a região realizados por pesquisadores do Instituto do Homem e do Meio Ambiente Imazon, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA, Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia IPAM, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA, Banco Mundial, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, etc. Tais estudos representam um tesouro de conhecimento sobre a região tão explorada e pouco beneficiada e apontam diferentes causas para a destruição da floresta; as idéias neles contidas, algumas vezes são convergentes e outras são divergentes, no que se refere ao modo de vida dessa floresta. Observa-se que, de modo geral, os diversos pesquisadores, evidenciados neste estudo, percorrendo diferentes caminhos, convergem para um mesmo ponto: a relação existente entre a abertura de estradas, o processo migratório e a destruição da floresta. Por exemplo, enquanto Machado (2004) afirma que há uma relação direta entre a política de reforma agrária e o desflorestamento da Amazônia, técnicos do INPE (2003) evidenciam a associação entre os assentamentos pioneiros, as estradas e o desflorestamento, haja vista que as áreas mais atingidas localizam-se em regiões que se desenvolveram em áreas de assentamento pioneiro e de grandes rodovias. A idéia é compartilhada por técnicos do IPAM (2003) que mostram que dois terços do desmatamento da referida região se encontram dentro de uma faixa de 100 km ao longo das estradas asfaltadas. A correlação entre a questão ambiental da Amazônia e os movimentos populacionais foi estabelecida nos trabalhos de outros pesquisadores como: Veríssimo e Arima (2000) que vêem como causa dos desmatamentos a exploração madeireira predatória, a pecuária extensiva e os assentamentos de reforma agrária e Homma (1993) que afirma que: A agricultura com lavouras temporárias, apesar de existir em menor dimensão de área do que as pastagens, apresenta grande efeito cumulativo nas áreas de matas alteradas. Outros pesquisadores dão sua contribuição para as tomadas de decisões políticas para a região, como Margulis (2003) que, em pesquisa realizada para o Banco Mundial, explica: que a pecuária é a principal atividade econômica na região e que são os médios e grandes pecuaristas os maiores responsáveis pelos desmatamentos. Os pequenos proprietários atuam como fornecedores de mão-de-obra ou agentes intermediários que esquentam a posse da terra, mas sua contribuição direta para os desmatamentos é pequena. Também Diegues (1999) caminha na mesma direção, quando relata: a criação de pastagens para o gado é o principal uso da terra nas áreas desmatadas e pode ser muito mais importante que o impacto das atividades dos colonos sobre a floresta. Entretanto, Kitamura (1994) não vê uma relação direta entre o aumento populacional e a degradação dos recursos naturais da Amazônia. Para ele, o problema está na concentração fundiária, pois a pressão para utilização da terra leva ao seu esgotamento no longo prazo. 3. RESULTADOS Esquecida durante mais de quatro séculos, a Amazônia só teve sua economia inserida no contexto nacional na década de 1960, quando o governo federal, com o intuito de desenvolvimento e segurança nacionais, estabeleceu políticas para a região. Sua ocupação, inicialmente, caracterizou-se como expansão da fronteira agrícola, impulsionada por frentes camponesas espontâneas oriundas do Nordeste. Com a criação da operação amazônica, em 1966, o governo brasileiro deu prioridade máxima à ocupação do vasto território, a fim de

5 5 integrar para não entregar. Essa operação caracterizou-se pela presença efetiva do Estado, através da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia SUDAM, órgão que administrava os incentivos fiscais e do Banco da Amazônia BASA, atuando na área do crédito regional. Segundo Costa (1992), o modelo de desenvolvimento, gerado para o Brasil na segunda metade do século XX, ao incluir a Amazônia, buscava a integração de novas áreas e a ampliação de mercado. A explicação está no fato de que, durante o período militar, o direcionamento das políticas públicas era para a geração de divisas, priorizando-se a agricultura em grande escala, voltada para a exportação, ao mesmo tempo em que se apontava a agricultura de subsistência como autora dos impactos ambientais e negava-se a capacidade da agricultura familiar para desencadear o desenvolvimento regional. Acompanhando a evolução histórica da economia amazônica, analisam-se, a seguir, as variáveis que, em conjunto, explicam a questão proposta neste trabalho, isto é, infra-estrutura rodoviária, processo migratório, crescimento populacional, desmatamento e desenvolvimento sustentável. 3.1 INFRA-ESTRUTURA RODOVIÁRIA Como as políticas públicas, nas décadas de 1960 e 1970, visavam, principalmente, à inserção da região ao contexto nacional, o governo federal tomou como instrumento estratégico para essa integração a construção de estradas, cujo pioneirismo coube à Belém- Brasília (BR-010). Em seguida, construíram-se outras rodovias federais, como a Transamazônica, a Cuiabá-Santarém, a Perimetral Norte, a Porto Velho - Manaus, a Porto Velho-Rio Branco e a Cuiabá-Porto Velho, constituindo-se, assim, a infra-estrutura básica que contribuiu para que em toda a Amazônia se intensificasse um processo de ocupação pelo incremento do crescimento econômico e populacional e por uma integração maior com economia nacional, tendo como conseqüência imediata a maior exploração dos recursos naturais. Com a criação do Programa de Integração Nacional - PIN começaram os projetos de colonização oficial, em torno de agrovilas, localizando-se ao longo das rodovias federais. A meta desse programa era localizar famílias ao longo da Transamazônica e da Cuiabá- Santarém, de acordo com o Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) Também, ampliou-se a colonização espontânea e aumentou a oferta de terra, atraindo milhares de famílias para a região, movidas pelo desejo de uma vida melhor. É evidente que as construções das rodovias Belém-Brasília, Transamazônica, Santarém-Cuiabá, etc., não somente facilitaram a penetração da floresta, como também promoveram a colonização da área por pequenos agricultores. O fato é que, esses pequenos agricultores, ao receberem seus lotes de terra, empregavam o fogo para limpar e fortalecer o solo, em virtude da falta de recursos financeiros próprios, da dificuldade de acesso ao crédito, da carência de assistência técnica para produzir de forma rentável e do desconhecimento sobre a forma de manejo ambiental da terra. Essa é uma técnica antiga, porém perigosa, pois o fogo, encontrando a floresta ressequida, abre caminho para uma maior radiação solar, aumentando a vulnerabilidade da mesma. Analisadas em conjunto vê-se que há uma complementaridade entre ambas as causas da degradação ambiental, o que se justifica pela função social exercida por uma rodovia como elemento de integração. De certa forma, verifica-se uma ligação entre os fatos ocorridos no período analisado: a abertura da Belém-Brasília constituiu-se num marco para o desenvolvimento da região amazônica, tirando-a do isolamento, ligando-a ao Centro-Sul do país; o asfaltamento

6 6 impulsionou o fluxo migratório para a região, intensificando a demanda por terra e a ampliação da malha rodoviária contribuiu para a dinâmica do processo migratório. Assim, ao longo da Transamazônica promoveu-se a colonização na década de Grande parte dos colonos veio do Nordeste, porém foram substituídos por colonos do Centro- Sul, em virtude de não apresentarem condições para permanecerem na atividade. O fracasso dos assentamentos realizados ao longo dessa rodovia induziu o governo a substituir a colonização baseada na pequena propriedade pelos Grandes Projetos. Com essa finalidade, em 1974, foi implantado o Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia - Polamazônia, que conjugava a construção de infra-estrutura com a concessão de subsídios para as empresas privadas, nacionais e internacionais. O grande interesse do governo brasileiro tanto pela ocupação do Amazônia, quanto pela exploração dos seus recursos naturais abundantes, pode ser avaliado através dos dados da Tabela 1, pois, de km de rodovias no ano de 1960, passou-se para km em 1985, ou seja, sete vezes mais do que a extensão existente no início do processo de ocupação da região. Também, evidenciam-se dois intervalos de tempo importantes na história do transporte brasileiro: o acréscimo de 200% ( km) na malha rodoviária no período , quando a política governamental se firmava na condição de expandir a fronteira agrícola, através dos assentamentos nas novas áreas abertas e o período , quando houve um aumento de 45% ( km) na extensão das rodovias, para atender aos interesses dos grandes projetos, no sentido de escoamento da produção em direção ao exterior. Tabela 1 - Extensão de rodovias na Região Norte (km) Ano Extensão % var. absoluta Fonte: Homma (1993). A expansão da rede rodoviária, unindo o norte ao sul de um país de dimensões continentais como o Brasil, produziu efeitos positivos sobre a região Amazônica, na medida em que, tirando-a do isolamento histórico, proporcionou o crescimento de sua economia, que pode ser observado através da evolução do seu Produto Interno Bruto PIB e de sua renda per capita, no período de 1970 a 1998, cujas variações em termos percentuais foram muito superiores às variações ocorridas nos mesmos indicadores relativos à economia brasileira: enquanto o PIB brasileiro obteve um acréscimo em torno de 1610%, o PIB regional atingiu 3.644%; por outro lado, enquanto a renda per capita brasileira é acrescida em 883 %, a renda per capita regional sofre um incremento de 1.049% (Tabela 2). Entretanto, deve-se levar em consideração que a fabulosa evolução dos dois indicadores econômicos supracitados, também. é uma conseqüência de outros fatores contidos nas políticas voltadas para a região, como é o caso da Zona Franca de Manaus e de ações de política ambiental.

7 7 Tabela 2. PIB a custo de fatores (US$ de 1980) e renda per capita (US$/hab.) do Brasil e da Região Norte, 1970/1998. Ano Brasil Região Norte PIB Renda pc PIB Renda pc % Fonte: FGV (1999); Silva & Medina (1999); Conjuntura Econômica (jul. 2000). Do ponto de vista social, a Região Norte, também, obteve resultados positivos, haja vista a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano IDH, que passou de 0,425, em 1970, para 0,676, em 1991, o que corresponde a um acréscimo de 59%. Entretanto, os ganhos sociais, provavelmente, devem ser contabilizados em função de outros fatores, uma vez que os estados da região que mais evoluíram nesse sentido foram: o Acre (76%) e o Amazonas (74%), que são os estados nos quais os recursos naturais foram, de certa forma, preservados. O Estado do Acre caminhou no sentido da preservação ambiental com a criação de reservas florestais e uso do manejo florestal. O Estado do Amazonas buscou seu desenvolvimento através da criação da Zona Franca de Manaus. Além disso, em ambos, há a predominância de estabelecimentos familiares, cuja filosofia de vida contém a visão de futuro, daí as razões pelas quais continuam avançando no sentido de melhoria de sua população, conforme mostra a Tabela 3. Por outro lado, os efeitos negativos também se manifestaram e se reproduziram, provavelmente, com maior intensidade, haja vista o aumento da violência, a alta concentração de terra e de renda, o aumento da exclusão social, etc. O índice médio de concentração fundiária no período de 1960 a 1985 foi igual a 0,8542 (MDA, 2000). O relatório do IPAM (2003) aponta para o centro da questão: a rápida expansão da fronteira através da construção de estradas sem um investimento proporcional na capacidade do governo de gerenciar a região, resultou na migração e colonização espontânea e desordenada, na extração descontrolada dos recursos naturais (p.e. madeira e ouro), e na diluição, ainda maior da capacidade de gerência do próprio governo. Tabela 3. Índice de desenvolvimento Humano IDH da Região Norte 1970/1996. Região/Estados % (1991/1970 % (1996/1970) Norte 0,425 0,595 0,676 0, Acre 0,376 0,506 0,662 0, Amapá 0,509 0,614 0,767 0, Amazonas 0,437 0,696 0,761 0, Pará 0,431 0,587 0,657 0, Rondônia 0,474 0,611 0,725 0, Roraima 0,463 0,619 0,687 0, Tocantins - - 0,534 0, Fonte: BNDES (2001)

8 8 3.2 PROCESSO MIGRATÓRIO A partir da década de 1950, verifica-se, na Amazônia, ativa expansão populacional, mostrada por Bentes (2003) da seguinte forma: Com cerca de 50 milhões de hectares de terras férteis prontas para serem incorporadas ao processo produtivo, o vasto e rico espaço amazônico foi apropriado de maneira rápida, razão da existência dos conflitos generalizados. Seu ritmo de urbanização foi mais rápido que o do resto do Brasil, sendo o fluxo migratório o fator fundamental para que isso ocorresse. É importante observar que a Região Norte vem seguindo a tendência nacional de forte concentração urbana, haja vista que a participação de sua população urbana passou de 35,54%, em 1960, para 69,87%, em 2000 (Tabela 4). Porém, apesar dessa tendência, verificase que 30% da população ainda permanecem no campo, ou seja, são habitantes que não podem ser esquecidos; é preciso que sejam criadas políticas públicas para as áreas rurais, a fim de melhorar a qualidade de vida da população local, garantindo a sua permanência no local de origem e, também, para que a zona rural possa se transformar em atrativo para a população que vive comprimida nas periferias dos grandes centros urbanos, sujeita às mais diversas privações de suas liberdades substantivas. Tabela 4. Evolução da participação das populações urbana e rural do Brasil e da Região Norte 1950/2000 (%). Brasil Região Norte Períodos Urbana Rural Urbana Rural ,16 63,84 29,64 70, ,08 54,92 35,54 64, ,94 44,06 45,13 54, ,59 32,41 51,63 48, ,59 24,41 59,05 40, ,25 18,75 69,87 30,13 Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005). O avanço da urbanização, mostrado na Tabela 5, chama a atenção para o fato de que, a partir de 1960, a urbanização da Região Norte acontece com maior intensidade do que no Brasil, especialmente na década de 1980, quando a taxa de variação da urbanização regional (131,77%) foi, aproximadamente, três vezes maior que a taxa nacional (53,01%). Um outro ponto que pode ser observado é que, no período de 1960 a 1991, tanto a população urbana quanto a rural apresentam taxas de variação positivas e crescentes, indicando a ocorrência do movimento populacional inter e intra-regional, conforme explicação dada por Bentes (2003): Nas décadas de 1970 e 1980, as grandes obras para suporte dos Grandes Projetos constituíram-se em incentivo ao processo migratório. É um período em que também se verificou uma mobilização intra-regional, uma vez que, ao terminar uma obra, a mão-de-obra liberada partia em busca de novo trabalho em outro projeto ou nos garimpos. Os resultados do Censo Demográfico 2000 mostram a persistência da maior intensidade da urbanização regional comparada à do país, porém, as taxas de variação populacional urbana ocorrida na última década do século XX são declinantes. Tal

9 9 comportamento dos últimos anos da série é justificado, em parte, pelo arrefecimento do movimento migratório para a região em função da falta de um estimulo maior nesse sentido. Entretanto, a migração ainda persiste nos dias atuais, em direção às áreas de florestas ou detentoras de recursos minerais, isto é, pela imensa riqueza natural nelas contidas. Tabela 5 - Variações das populações urbanas e rurais do Brasil e da Região Norte /2000 Período Brasil (%). Região Norte (%). Urbana Rural Urbana Rural ,83 16,95 43,14 19, ,66 16,90 64,88 26, ,39 5,90 69,34 23, ,43-6,06 86,72 43, ,01-11,86 131,77 49, ,29-11,13 52,20-5,39 Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005). Diegues (1999) explica o processo de ocupação do espaço amazônico da seguinte forma: A fim de ocupar a região, o governo estimulou a chegada de camponeses sem terra do nordeste e do sul. Centenas de milhares de colonos de áreas temperadas foram atraídos para a região amazônica sem o conhecimento de práticas agrícolas adequadas a um ambiente de floresta tropical. Parte destes novos colonos chegou espontaneamente, atraídos pela propaganda de terras baratas, e parte chegou à região através de assentamentos organizados, como foi o caso do estado de Rondônia. Grande parte desses assentamentos fracassaram devido a baixa fertilidade da terra, a carência de serviços básicos (comercialização, extensão rural e infra-estrutura) e condições ecológicas, culturais e políticas distintas. Os Grandes Projetos levaram a uma intensificação no uso dos recursos naturais e, portanto, a um grau elevado de interferência no meio ambiente. Devido à ação dos grandes investimentos nessa direção, é visível a modificação das paisagens amazônicas, uma vez que as florestas deram lugar ao cultivo e às pastagens artificiais ou a grandes buracos a céu aberto, deixados pela extração de minérios. É o que se vê, por exemplo, no Estado do Pará, como resultados de projetos como: Jarí, Serra Pelada, Icomi, etc. Becker (1998) evidencia a importância do papel dos migrantes na expansão da fronteira amazônica, explicando que: Nas décadas de 1950 e 1960 a maior parte do fluxo migratório era espontânea, destinava-se ao norte de Goiás e ao sul do Pará e era formada por trabalhadores rurais, pequenos ocupantes, posseiros e proprietários sem capital vindos do Nordeste. /.../ a partir de 1970, contudo, a intensificação da apropriação privada das terras e o controle das terras virgens pelo governo impediram o movimento espontâneo de ocupação. Simultaneamente a migração passa a ser fortemente induzida e orientada pelo governo e é acrescida de pequenos e médios produtores e pequenos investidores do Sul que se destinam também a Rondônia e ao Mato Grosso. Isto porque a colonização constitui condição não só do povoamento, mas também da formação da força de trabalho. Em virtude da grande extensão de terras, é possível verificar que a migração da região apresenta diferenças no seu modo de ser, haja vista que, enquanto a Amazônia Ocidental foi

10 10 ocupada por pessoas, em grande parte, vindas dos Estados do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e do interior de São Paulo, na Amazônia Oriental, a ocupação se deu a partir da abertura da rodovia Belém-Brasília, em grande parte por nordestinos e foi consolidada com os grandes projetos agrícolas e mineradores. 3.3 CRESCIMENTO POPULACIONAL A população da Região Norte apresentou crescimento acelerado em comparação com a população do país, em particular no período de 1970 a 1980, quando se verifica uma variação percentual de 63,2% e uma taxa anual de 5,02%, superior à taxa nacional de 2,48% a.a. Também, no período de 1980 a 1991, houve uma variação de 70,6% e, apesar de a taxa de crescimento anual desse período (3,96%) ser inferior à do período anterior, persistiu o avanço da região em relação ao país (1,89% a.a.). Em termos absolutos, a população regional cresceu de 2,9 milhões em 1960 para 5,9 milhões em 1980, uma variação de 51%, no período em foco. Essa evolução populacional de forma marcante é justificada pela evolução do processo migratório em função da colonização e dos Grandes Projetos. E mais, se a comparação for estabelecida entre os anos de 1991 e de 1950, verificar-se-á que a população regional quintuplicou, haja vista que passou de dois para dez milhões de habitantes (Tabela 6). A década de 1980 é evidenciada pela intensificação do extrativismo mineral, atraindo milhares de pessoas de outras regiões do país. Além disso, observa-se, nos dados da Tabela 6, que em todas as décadas do período em estudo, a taxa geométrica de crescimento regional foi superior à nacional. A dinâmica desse processo de crescimento pode ser justificada em função da intensificação do processo migratório, uma vez que a taxa de crescimento vegetativo para a região deve acompanhar o ritmo de queda da taxa nacional e que vem se situando em torno de 1,3%, conforme dados do IBGE (2005). Tabela 6. Indicadores demográficos do Brasil e da Região Norte 1920/2000. Ano Taxa geométrica de População (milhões) % crescimento (%) Região Região Região Brasil Brasil Brasil Norte Norte Norte ,6 1, ,2 1,6 34,6 13,1 1,49 0, ,9 2,0 26,0 25,9 2,34 2, ,0 2,9 36,7 43,0 2,76 3, ,1 3,6 31,2 23,0 2,48 3, ,0 5,9 27,8 63,2 2,48 5, ,8 10,0 23,4 70,6 1,89 3, ,1 11,3 7,0 12,5 0,80 2, ,8 12,9 8,1 14,3 1,80 3,40 Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005) A questão populacional regional também pode ser olhada sob o ângulo da participação da região no total nacional. A Tabela 7 mostra o aumento da participação da região no total do país em torno de 95%, no período de 1960 a 1996, passando de uma participação de 3,7% (1960) para 7,2% (1996). Nota-se que, no período de 1960 a 1980, a participação da população da Região Norte no total do Brasil é a menor comparada às participações de todas as outras regiões brasileiras. Porém é percebível que, enquanto a participação da população da

11 11 região Norte cresceu em 95%, as regiões Nordeste, Sudeste e Sul tiveram suas participações reduzidas, em 10%, 3% e 10%, respectivamente. Tabela 7. Participação da população regional no total do país (%) Regiões % (1996/1960) Norte 3,7 3,9 4,9 6,9 7,2 7,6 95 Nordeste 31,6 30,2 29,3 28,9 28,4 28,1-10 Sudeste 43,8 42,8 43,5 42,7 42,7 42,6-3 Sul 16,7 17,7 16,0 15,1 15,0 14,8-10 Centro-Oeste 4,2 5,4 6,3 6,4 6,7 6,9 60 Brasil 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 - Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005). As Fguras 1a e 1b estabelecem uma comparação entre o aumento das participações das regiões Norte de Centro-Oeste no total populacional brasileiro do ano de 2000 em relação ao ano de 1960 e das reduções nos percentuais das demais regiões. Sul 17% Centro-Oeste 4% Norte 4% Nordeste 32% Sul 15% Centro-Oeste 7% Norte 8% Nordeste 28% Sudeste 43% Sudeste 42% (a) (b) Figura 1 Participação da população regional no total do País, em 1960 e Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005). Embora tenha ocorrido um incremento substancial no contingente populacional, no período em análise, a Região Norte caracteriza-se por possuir a menor densidade demográfica, em função de sua grande extensão territorial, comparada às demais regiões (Figura 2); enquanto a referida região ocupa 45% do território brasileiro, as demais ocupam: 19% (Centro-Oeste), 18% (Nordeste), 11% (Sudeste) e 7% (Sul). E mais, vê-se que sua densidade passou de 0,53 para 3,35 habitantes/km², no intervalo de tempo de 1950 a 2000, enquanto que a densidade demográfica do país passou de 6,1 para 19,92 habitantes/km², no mesmo período (Tabela 8). Centro-Oeste 19% Sul 7% Norte 45% Sudeste 11% Nordeste 18% Figura 2 - Participação da área regional no total da área do País (%) Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005).

12 12 Tabela 8. Densidade demográfica (habitantes /km²). Períodos Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro- Oeste ,6 0,37 7,24 14,77 6,14 0, ,84 0,42 9,29 19,84 9,95 0, ,1 0,53 11,57 24,39 13,61 0, ,34 0,76 14,43 33,6 20,64 1, ,1 1,09 18,45 43,62 28,95 2, ,23 1,76 22,79 56,87 33,63 4, ,26 2,66 27,33 67,77 38,38 5, ,92 3,35 30,69 78,2 43,54 7,23 Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005). Técnicos do IPEA (1997), em estudo sobre o crescimento econômico da Amazônia relativo ao período de 1960 a 1995, afirmam que: Muito menos que o crescimento econômico, é a explosão populacional que perturba os equilíbrios ecológicos originais. E, apontam como uma alternativa para recuperar o equilíbrio a redução do número de habitantes. Entretanto, acredita-se que essa não é a solução eficiente, se for levada em consideração a participação da população regional no total nacional comparada às demais regiões brasileiras, conforme mostra a Tabela 7, na qual se verifica que as regiões de maiores participações são o sudeste e o nordeste brasileiros, cuja participação conjunta atingiu 71,1% do total nacional em Também, é importante considerar a sua densidade demográfica, que sempre foi a menor em relação às demais regiões brasileiras (Tabela 8). O acelerado crescimento demográfico ocorrido na Região Norte em função da migração intensa, no período em questão, torna-se evidente quando se analisa o crescimento populacional dos principais municípios localizados ao longo das principais rodovias (Tabela 9). Observa-se que a variação média da população residente nos municípios selecionados no ano de 1991 em relação à residente em 1970 foi de 598%. Entre eles, destacam-se: Itaituba, no Estado do Pará, cujo acréscimo foi sete vezes mais que no início do período. Neste caso, além da estrada como fator de atratividade para as atividades agrícolas, tem-se como fator desencadeador do processo migratório para a região a existência de ouro em abundância no município. Itupiranga com 592% de variação populacional no período de 1970 a 1991, em função de fatores locacionais existentes na área de influência da BR-230, às proximidades de Marabá, do qual foi desmembrado. Jacundá, cujo incremento populacional foi de 1.838%, no período de 1970 a 1991, tem sua sede localizada às margens da Rodovia PA-150 e foi desmembrado de Marabá, tendo, portanto, sofrido a influência do processo migratório ocorrido na área de influência da BR-230. Na área desenvolveu-se a pecuária e o extrativismo vegetal, principalmente de castanha-do-pará e de madeiras de lei. Marabá, localizado no Estado do Pará, na BR-230; também, como os demais, seu crescimento populacional sofreu a influência da estrada e teve como centro de atração para a migração, em um primeiro momento, os programas de colonização do governo federal para a Transamazônica; depois, houve a fase dos Grandes Projetos, na qual o

13 13 extrativismo mineral serviu como ponto de atratividade para trabalhadores de outras regiões brasileiras e de outros estados da própria região, ávidos pelo desejo de enriquecimento rápido. São Félix do Xingu com um incremento populacional de 967%, acentuando-se (1657%) na primeira metade da última década do século XX. A proximidade da rodovia foi o principal fator de atração, levando ao desenvolvimento do extrativismo madeireiro em larga escala. Senador José Porfírio, com uma variação populacional de 1.213%, tem como elemento integrador a Transamazônica. Na década de 1970, houve um forte fluxo migratório para a região, baseado, principalmente, na agricultura e pecuária. Na década de 80, o dinamismo econômico continuou num ritmo similar, no entanto, com forte desmatamento e exploração irracional dos recursos florestais. Outros municípios apresentaram no período um elevado crescimento populacional, como é o caso de Tucuruí (491%), no Estado do Pará, em função da construção da Hidrelétrica de Tucuruí, que serviu de incentivo para o processo migratório regional, impactando substancialmente sobre o meio natural e sobre o modo de vida da população local e Manaus (225%) em função da Zona Franca, haja vista que de uma população de aproximadamente 312 mil habitantes, em 1970, ultrapassou o total de um milhão de habitantes, duas décadas mais tarde. O que chama a atenção nos dados da Tabela 9 é que a maioria dos municípios, de maiores incrementos populacionais, pertence ao Estado do Pará, que, de acordo com as pesquisas desenvolvidas em relação ao meio ambiente, é o estado que apresenta maior índice de desmatamento da Região Norte ou Amazônia Clássica; entretanto, considerando-se o espaço geográfico da Amazônia Legal, o Pará, atualmente, é superado pelo Estado de Mato Grosso, conforme dados do Balanço Ambiental realizado pela Embrapa (2002) Tabela 9. Municípios da Região Norte com maiores taxas de crescimento populacional, localizados ao longo das principais rodovias, 1970/1996. Municípios População residente % (1991/ % (1996/ ) 1970) Altamira - Pa Ananindeua - Pa Araguaína - To Boa Vista - Rr Itaituba - Pa Itupiranga - Pa Jacundá - Pa Marabá - Pa Paragominas - Pa Paraíso Tocantins To Porto Velho - Ro São Félix do Xingu - Pa Senador J. Porfírio Pa Variações médias (%) Fonte: Elaborada com base nos dados do IBGE (2005).

14 DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA Dois problemas principais são gerados pela forma como a agropecuária e o extrativismo têm sido praticados na Região Norte: o desmatamento, em grande escala e as queimadas, que provocam o aumento da poluição atmosférica devido ao lançamento no ar de dióxido de carbono (CO 2 ), metano (CH 4 ), óxido nitroso (N 2 O), ozônio (O 3 ) e outros gases. As queimadas são muito utilizadas na região com a finalidade de limpar o terreno para a formação de pastagens e para a lavoura. Ambos são responsáveis pela diminuição da infiltração de água no solo, uma vez que as águas das chuvas, ao invés de penetrarem no solo, passam a correr por sua superfície, carregando sedimentos que são depositados nos leitos dos rios, provocando o assoreamento dos mesmos. O fenômeno dificulta não só a navegação como também facilita o transbordamento do rio durante o período das chuvas. Além disso, o uso de agrotóxicos e de máquinas agrícolas provoca contaminação do solo e dos rios, a erosão do solo e a destruição de microorganismos nele existente. Existem divergências não somente quanto às causas, mas também quanto à amplitude do desmatamento na Amazônia, conforme pode ser visto nos seguintes resultados de pesquisas: enquanto técnicos do INPE (2003) estimam que a área desflorestada total na Amazônia brasileira cresceu de 10 milhões de hectares, em 1970, para 53 milhões de hectares em 1997, com base em imagens de satélite, Veríssimo e Arima (2000) estimam que o desflorestamento que ocorreu nas três ultimas décadas do século passado foi de 15% da área da floresta tropical amazônica de 4 milhões de km² e afirmam que nas décadas de 1970 e 1980, o fato aconteceu em função dos incentivos fiscais para infra-estrutura rodoviária e energética e que, na década de 1990, foi em função da exploração madeireira predatória, da pecuária extensiva e dos assentamentos de reforma agrária, Entretanto, segundo relatório do IPAM (2003), o processo de ocupação eliminou km2 de florestas através do corte e da queima da vegetação, cujo resultado é a liberação de 2 a 4% das emissões globais de carbono para a atmosfera, o que vem contribuir para o efeito estufa. Há a estimativa de um desmatamento de 33 a 55% das florestas existente dentro da faixa de 100 km de largura ao longo das rodovias. Considerando-se os dados do desmatamento da Amazônia contidos na Tabela 10, verifica-se que para cada quilômetro de estrada construída, há uma área desmatada de 27,3 km². Logo, fazendo-se o confronto com os dados da Tabela 1, na qual estão registrados km de rodovias construídas no período de 1960 a 1980, estima-se um desmatamento igual a ,3 km², área superior à apontada nas diversas pesquisas. Tabela 10. Desmatamento ao longo das rodovias pavimentadas na Amazônia. Rodovias Extensão (km) Área desmatada¹ (km²) Belém-Brasília (BR-010) Cuibá-Porto Velho (Br -364) PA Total (¹) Área desmatada se refere à faixa de 50 km para cada lado da rodovia. Fonte: Homma (1998) As divergências existentes quanto à extensão do desmatamento na Amazônia são mostradas por Homma (1993) através de uma metodologia que permite estimar o período de pousio e o tempo de cultivo consecutivo nas lavouras temporárias da região amazônica. Pelo estudo desenvolvido por esse pesquisador, verifica-se que só com as lavouras temporárias, a

15 15 extensão da área alterada foi praticamente o dobro das estimativas baseadas em imagens de satélite. Por exemplo, enquanto para 1980, as estimativas de satélite acusam uma área alterada de hectares, o resultado da pesquisa aponta para hectares. A justificativa está no fato de que as imagens de satélite na maioria das vezes não captam ações de degradação ambiental encobertas pelas árvores de maiores portes. Homma (1998) mostra que a pressão do desmatamento na Amazônia apresenta-se em dois extremos: enquanto entre os índios o tempo de pousio é longo e a freqüência das queimadas e das derrubadas é baixa, entre os pequenos agricultores, o tempo de pousio é curto e a freqüência das derrubadas e das queimadas é alta (Figura 3). Com grande conhecimento sobre o desenvolvimento regional, Pandolfo (1994) afirma que a extensão atribuída aos desmatamentos da região amazônica apóia-se, freqüentemente, em dados numéricos dissociados da realidade e que, no Brasil, a instituição credenciada para levantamentos dessa natureza é o INPE, que atribui, no período de 1970 a 1988, uma taxa de desmatamento de 5,124% para a Amazônia Legal. Nº de derrubadas e queimadas Pequenos produtores índios Anos de pousio. Figura 3. Relação entre o tempo de pousio e a freqüência de derrubadas e queimadas praticadas pelos pequenos produtores e pelos índios. Fonte: Homma (1998). A influência do processo migratório sobre os desmatamentos ocorridos no Norte brasileiro, no período em análise, também, pode ser vista através da relação com a dinâmica da lavoura temporária, refletida nos dados contidos na Tabela 11, na qual se evidencia o período de 1970 a 1975, em que a área destinada à lavoura temporária praticamente duplicou (97%). É o período em que, Homma (1993), com base nas estimativas populacionais do IBGE, mostra a face invisível do desmatamento, na Amazônia, a uma taxa de 14,5% ao ano, coincidindo com a maior intensidade do fluxo migratório para a região. Foi o desmatamento feito por pequenos agricultores para lavouras temporárias. Esse período de grande acréscimo nas áreas de lavouras temporárias traduziu-se em maior utilização dos recursos naturais de forma predatória, na qual predominam as queimadas e o desmatamento.

16 16 Tabela 11 - Indicadores da dinâmica da lavoura temporária na Região Norte. 1950/1985. Taxa geométrica de Ano Área (1.000 ha) % crescimento (%) ,4 3, ,1 14, ,4 4, ,8 2,2 Fonte: IBGE (1998) Segundo Almeida (1996), o desmatamento em larga escala tem se concentrado em um arco que vai do Estado do Pará, no leste, passando por Mato Grosso, até Rondônia, no Oeste, chamado de arco do desmatamento. Com base no último relatório do Programa Piloto para a Preservação das Florestas Tropicais (PPG-7), Savini (2005) diz que o modelo de redistribuição de terras praticado pelo Incra na Amazônia está contribuindo para o desmatamento da região, porque os assentados recebem os lotes de terra, mas nenhuma assistência técnica para produzir nem para aprender a manejar essa terra. Então, para se capitalizarem, derrubam e vendem madeira. Portanto, existe uma incompatibilidade entre as políticas ambientais e fundiárias do governo federal. A conclusão obtida, a partir de viagens às regiões onde o processo de desmatamento da Amazônia brasileira é mais acelerado, é que a lógica do reassentamento do Incra é fadada ao fracasso sócio-ambiental. Não somente porque se concentra em simples distribuição de terra, baseada em critérios mais políticos que econômicos, como, também, porque contribui para o fracasso de pequenos projetos familiares, estimula o desmatamento e alimenta os esquemas criminosos de controle da terra. 3.4 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Um dos fenômenos mais discutidos na atualidade é a destruição da camada de ozônio como conseqüência do uso desordenado dos recursos naturais. A mudança do clima no planeta Terra tem levado as pessoas a perceberem que, da preservação do meio ambiente, depende o futuro da humanidade. Essa tomada de consciência é importante para que a natureza seja menos agredida e a vida na terra seja preservada. Dentre os principais problemas da vida moderna que afetam o meio ambiente citam-se: o desmatamento, a poluição do ar, da água e do solo. Em grande parte são as atividades humanas que provocam o aquecimento da terra e as mudanças climáticas, através da crescente emissão de gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono e do desmatamento (Medeiros, 2004). No primeiro caso, o Brasil ainda esta incluído na lista de paises de menores emissões, porém, no segundo caso, é considerado como vilão, em virtude dos desmatamentos ocorridos de forma intensa na região amazônica, uma vez que as riquezas, nela contidas, despertam o interesse e a cobiça daqueles que já convivem com a escassez de recursos, conseqüência do uso predatório de seu capital natural. Determinados fatos históricos registram que o interesse pela sustentabilidade da Amazônia já existe desde muito tempo, tanto que Branco (1995) enfatiza o trabalho de Robert Goodland e Haward Irwin denominado de A selva Amazônica: do inferno verde ao deserto vermelho?, baseado em suas expedições à América tropical, no período de 1799 a 1804, no qual já estava contida a preocupação de fazer sem destruir, colonizar sem impactar, ocupar sem violentar seus legítimos residentes. São ações que, segundo o referido autor, atendem ao conceito de desenvolvimento sustentável, apresentado pelo CMMAD (1991)

17 17 como: desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. Entretanto, Kitamura (1994), ao analisar o desenvolvimento sustentável da Amazônia, afirma que os problemas ambientais, que nela ocorrem, resultam das políticas públicas mal planejadas e surgiram com o estilo de desenvolvimento implantado à partir da década de 1960, podendo ser vistos sob as seguintes formas: desmatamento, poluição dos rios por mercúrio e contaminação dos ambientes urbanos. Porém, o desenvolvimento sustentável dessa região começou a ser discutido somente na década de 1970, em nível internacional, devido aos danos causados ao meio ambiente pelos desmatamentos e queimadas, sob a forma de diminuição do oxigênio da terra e a aceleração do efeito estufa. Para Nepstad (2000), as atividades humanas na floresta amazônica têm diferentes impactos ecológicos. Fazendeiros e agricultores derrubam e queimam a floresta para implantar pastagens e culturas agrícolas. Os madeireiros, para cada árvore que retiram, danificam várias outras, reduzindo o numero de espécies vegetais e animais. Outros coletam vários produtos não-madeireiros como látex, frutos e animais. Dos três níveis de uso, o primeiro tem grande impacto ecológico, pois a floresta é substituída por outros tipos de vegetação resultando em mudanças drásticas na hidrologia, no conteúdo de carbono e na diversidade biológica. Com um índice de pluviosidade acima de 1500 mm, um dos maiores do mundo, segundo Coutinho (2002), a Amazônia vem sentindo os efeitos dos desmatamentos, caracterizado pela redução desse índice nas três ultimas décadas. Segundo Homma (1998) existem na região amazônica pequenos produtores que usam as queimadas e os desmatamentos como garantia de sobrevivência. Eles cultivam 2 a 3 hectares durante 2 a 3 anos, de forma que há sempre uma demanda por terras. Ele conclui: Pode-se afirmar que a maior parte dos desmatamentos são atualmente realizados por este seguimento de pequenos produtores. A saída que Homma (1993) encontra para reduzir a pressão sobre os recursos da região amazônica é a redução das correntes migratórias, através do aumento da produtividade e da reorganização fundiária nas áreas de agricultura tradicional. Na visão da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento CMMAD (1991) o desenvolvimento sustentável requer inúmeras ações, entre as quais destaca-se a administração do crescimento demográfico, que, no caso da região amazônica, aconteceu de forma intensa e desordenada, refletindo negativamente sobre o meio ambiente. 3.5 CONCLUSÕES O modelo de desenvolvimento econômico implantado na Amazônia gerou graves problemas ambientais e sociais, em virtude da falta de sensibilidade na análise dos fatores relacionados às especificidades dessa vasta região. No momento atual, quando o mundo todo, diante da preocupação com a questão ambiental e a conseqüente escassez de alimentos para suprir uma população que cresce em um ritmo galopante, se volta para a Amazônia, pela sua imensa riqueza natural, é preciso que seja aplicada uma política estratégica especifica para a região, cujo foco principal devem ser as comunidades locais e para as quais o atendimento, do ponto de vista da educação, da saúde e da melhoria de renda, deve ser prioritário. Em virtude da ligação entre as questões sociais e as questões ambientais, as políticas públicas atuais são voltadas para a melhoria de vida das populações regionais, olhando sempre o crescimento econômico sustentável, uma vez que é a partir da preocupação e da prioridade dada ao homem que se pode atingir o desenvolvimento, em toda a sua plenitude. Por isso, as diretrizes básicas da Política Nacional Integrada para a Amazônia, compreendem: a) reorientação do crescimento adequando-se aos sistemas ambiental e social da região; b) Integração interna e externa cuja estratégia de ocupação será desenvolvida através da gestão ambiental que utilizará instrumentos como: plano de manejo, licenciamento ecológico-

18 18 econômico; c) Valorização humana. Portanto, considera-se o desenvolvimento com base no tripé: econômico, social e ambiental. É preciso que as intenções contidas nas políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável regional sejam efetivadas, pois, o que se verifica, na prática, é a prevalência do econômico, em virtude de interesses maiores que não condizem com os interesses locais. A questão social deveria estar acima de tudo, uma vez que, o homem, através de sua capacidade criadora, pode atingir o fim desejado, ou seja, o desenvolvimento sustentável, tendo como base a estratégia regional, em que as atividades produtivas são praticadas de forma racional. Resolvida a questão social, conseqüentemente, a questão ambiental terá solução. Neste caso, as estradas que, conforme os resultados da pesquisa, serviram de elemento de destruição, passarão a funcionar como vetor de progresso, facilitando o escoamento da produção e a integração da região ao contexto nacional e internacional. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Oriana Trindade (org.). A evolução da fronteira amazônica oportunidades para o desenvolvimento sustentável. Belém: Imazon, BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BNDES. Desenvolvimento regional no Brasil: tendências e novas perspectivas. Revista do BNDES, Rio de Janeiro. V. 8 N. 16. Dezembro de BECKER, Bertha K. Amazônia. São Paulo: Ática, BENTES, Elisabeth dos Santos. Segurança alimentar no Estado do Pará: situação atual e perspectivas. Dissertação de mestrado. Belém: Unama, BRANCO, Samuel Murgel. O Desafio amazônico. São Paulo: Moderna, COMISSÃO MUNDIAL PARA O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CMMAD. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: FGHV, COSTA, J. M.M. Amazônia: desenvolvimento ou retrocesso. Belém,: CEJUP, COUTINHO, L. A seca é fogo. Revista Veja, Disponível em: httm:/ Acesso em: DIEGUES, Antonio Carlos (org.). Desmatamentos e modos de vida na Amazônia. São Pulo: NUPAUB/USP, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA EMBRAPA. Balanço ambiental. Brasília, DF, CDD (21 ed.) HOMMA, A.K.O. Extrativismo vegetal na Amazônia: limites e oportunidades. Brasília: Embrapa-SPI, Amazônia: meio ambiente e desenvolvimento agrário. Brasília: Embrapa- SPI; Belém: Embrapa-CPATU, 1998.

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