biomas e ecossistemas

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1 biodiversidade

2 biodiversidade O conceito de ecossistema, de acordo com o dicionário Houaiss, é o sistema que inclui os seres vivos e o ambiente, com suas características físico-químicas e as interrelações entre ambos. É um sistema complexo de interação, em que os organismos vivos (plantas, animais, microorganismos) e o seu meio ambiente abiótico, ou seja, não-vivo (luz, sol, terra, água, ar), são inseparavelmente interrelacionados e interatuantes. Já a ideia de bioma refere-se a uma grande área de vida formada por um complexo de comunidades e hábitats (lugares onde vivem as espécies), ou seja, abrange a soma de diversos ecossistemas que guardam características semelhantes entre sua formação vegetal, seu clima predominante e sua história. O Brasil é o país com a maior diversidade biológica do planeta, abrigando em seus seis grandes biomas (Mara Atlântica, Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa) algo em torno de 15% e 20% do número total de espécies conhecidas no mundo. A proporção exata dessa riqueza biológica provavelmente jamais será conhecida, por causa das dimensões continentais do território, da extensão da nossa plataforma marinha e da complexidade dos ecossistemas. Parte considerável do patrimônio foi perdida de forma irreversível antes mesmo de ser conhecida e continua sendo em função da fragmentação de habitats, da exploração excessiva dos recursos naturais e da contaminação do solo, das águas e da atmosfera. O conceito de biodiversidade parte do binômio, bio, que significa vida, e diversidade, que é sinônimo de variedade. Em seu uso mais corrente, essa ideia abrange a multiplicidade de seres vivos existentes nos diversos biomas e ecossistemas do nosso planeta, porém o termo pode ainda se referir às formas como os organismos vivos funcionam e como interagem com outros seres e com o ambiente em que vivem. A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) define o termo biodiversidade como a variabilidade entre organismos vivos de todas as origens, compreendendo ainda a diversidade genética dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. Outras definições ampliam o termo, já que o indicam não só como um produto da natureza, mas em muitos casos como resultado da ação das sociedades e culturas humanas. Por exemplo: os índios da Amazônia, abriam clareiras na floresta para extrair a madeira de suas canoas, mas isso permitia que a luz do sol chegasse onde antes não conseguia e plantas que não teriam condições de se desenvolver, passassem a crescer. Nesse sentido, a biodiversidade não é sinônimo de natureza intocada pela mão do homem, mas também uma construção cultural e social. A criação de animais pelo homem, cultura amplamente arraigada em sociedades de inúmeros graus de complexidade, também ilustra nossa influência no curso evolutivo das espécies domesticadas. Quando cruzamos animais de raças diferentes para aumentar sua produtividade, por exemplo, ou simplesmente criamos cachorros de diversas raças que porventura deixam descendentes, alteramos de alguma forma a dinâmica natural da biodiversidade. Isso sem falar nas combinações de genes de diferentes espécies que já usamos no cultivo da soja, por exemplo, entre tantos outros produtos agrícolas promovidos pela engenharia genética.

3 Assim percebemos que as espécies vegetais e animais são objetos de conhecimento, domesticação e uso, além de fonte de inspiração para mitos e rituais das sociedades. Por isso, precisamos nos esforçar para que nossas relações com a biodiversidade sejam as mais sustentáveis possíveis e possibilitem que gerações futuras possam desfrutar de uma qualidade de vida igual ou superior a nossa. importância A biodiversidade é de fundamental importância para nossas sociedades, culturas, economias e para a própria manutenção da vida no planeta por diversas razões. Entre outros motivos, nossa fonte de riquezas materiais e espirituais está diretamente relacionada à biodiversidade, já que quase toda produção humana depende dela em alguma etapa pelo menos. A produção alimentícia, farmacêutica ou de cosmésticos, por exemplo, faz uso direto da biodiversidade, utilizando plantas e animais em seus processos industriais. Produtores agrícolas também recebem grandes benefícios a partir de seu uso indireto, como quando criam abelhas em pomares para aumentar a polinização das flores, elevando a produtividade de frutos. Além disso, a Mata Atlântica oferece outras possibilidades econômicas que não implicam na destruição do meio ambiente e em alguns casos podem gerar renda para as comunidades locais e tradicionais. Alguns exemplos são o uso de plantas para se produzir remédios, matérias-primas para a produção de vestimentas, corantes, essências de perfumes, ou ainda a exploração de árvores por meio do corte seletivo para a produção de móveis certificados, o chamado manejo sustentável, o ecoturismo e, mais recentemente, o mercado de carbono. Mas sua importância vai além disso. Quando dizemos que cada espécie possui um valor funcional, entendemos que todos os indivíduos possuem um papel fundamental para a regulação de seu ecossistema, tanto para o meio abiótico, como para com os outros seres vivos. Por exemplo, os predadores precisam se alimentar para se manterem vivos, mas ao mesmo tempo atuam de maneira a controlar o número de presas numa determinada área. Se o eliminamos do seu ambiente de origem, provavelmente haverá o crescimento da população de suas presas e isso pode acarretar outros desequilíbrios, inclusive para o homem, como acontece no caso das pragas. As plantas também são fundamentais, pois participam do balanço de gás carbônico e oxigênio da atmosfera, e ainda resguardam o solo e as águas das intempéries. Além disso, atribuímos à biodiversidade um valor potencial, pois consideramos que espécies subutilizadas no presente podem vir a ter uma utilidade, direta ou indireta, no futuro. E, em última instância, a manutenção da vida no planeta depende da sua diversidade, caso contrário, nossas chances de adaptação a mudanças radicais imprevistas seriam ínfimas.

4 biomas e ecossistemas Um bioma é composto pela biodiversidade de uma determinada região geográfica, que apresenta uma vegetação bastante similar, com um clima relativamente uniforme e tendo uma história comum em sua formação. Por isso, toda sua diversidade biológica também é muito parecida. Atualmente, é fundamental que conheçamos os biomas e ecossistemas em que estamos inseridos, para que possamos fazer um uso sustentável da natureza em nosso favor. Precisamos dar conta das especificidades de cada região, com seu clima, recursos hídricos e biodiversidade, para que a exploração do meio ambiente não se torne predatória. E, além disso, podemos considerar o homem como parte integrante e pertencente ao bioma da região em que vive. Sob essa ótica, a importância do estudo e compreensão dos biomas se torna mais relevante ao desenvolvimento de novas formas de relação com o meio ambiente Devido à grande extensão de seu território, o Brasil abrange seis grandes biomas e conhecer melhor cada um deles é de suma importância para o desenvolvimento social, econômico e cultural do país. Biomas Continentais Brasileiros Área Aproximada (km2) Área / Total Brasil Amazônia ,29% Cerrado ,92% Mata Atlântica ,04% Caatinga ,92% Pampa ,07% Pantanal ,76% Área total Brasil Fonte:

5 Caatinga A agropecuária é uma atividade essencial para a sobrevivência do homem no modelo de sociedade adotado atualmente, pois é direta e indiretamente responsável pela produção alimentícia de todo o mundo. A prática da irrigação é a maior consumidora de água do planeta, especialmente em áreas de condições climáticas e ambientais adversas, como é o caso das terras secas do Oriente Médio e do norte da África, em que seu uso pode chegar a 80% de toda água consumida no país. A tendência para as próximas décadas é de que sua utilização nessa atividade cresça, acompanhando o aumento na demanda por alimentos e da população mundial. Os países em desenvolvimento e principalmente os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terão um papel preponderante nessa questão, pois suas populações e economias encontram-se em franca expansão e possuem um grande potencial para exploração de recursos naturais. As estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas) indicam que a população mundial ultrapassará 9 bilhões de pessoas em 2050, o que representa um crescimento de quase 50% em relação aos números do ano De acordo com dados de 2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 1,54 bilhões de hectares no mundo estão sob produção agrícola. Destes, 278 milhões são irrigados, ou 18% da área total cultivada do planeta, o que corresponde a praticamente a metade dos alimentos produzidos no mundo (44%). A expectativa de crescimento da área irrigada em nível mundial é de mais 200 milhões de hectares, dos quais 30 milhões estarão no Brasil, o que credencia o nosso país como o 2º maior potencial para irrigação no mundo, só superado pela China. Apesar de sua utilidade, a água ainda é usada muitas vezes de forma inadequada, o que na agricultura pode ser constatado principalmente na escolha e na má execução de sistemas de irrigação. A eficiência no uso de recursos hídricos é considerada baixa atualmente se levados em conta os critérios de sustentabilidade, mas pode ser melhorada com o desenvolvimento de pesquisas e a implantação de sistemas de irrigação mais racionais. Nesse sentido, precisamos superar os desafios para racionalizar o uso da água, controlar os efeitos sobre o meio ambiente e desenvolver mecanismos para ampliação da produção alimentícia. Os efeitos da atividade agropecuária sobre o meio ambiente são diversos e envolvem quase toda a cadeia de produção, do corte de árvores para uso do terreno, à irrigação e uso de agrotóxicos. A seguir temos alguns exemplos de como isso pode ocorrer. O desmatamento de florestas deixa o solo desprotegido e suscetível à erosão, ou destruição do solo. Quando chove a água escoa, carrega a terra solta e a deposita na cabeceira dos rios, provocando assoreamento e alterando sua dinâmica. O uso de adubos e agrotóxicos também prejudica a saúde dos rios e lençóis freáticos, pois favorece o escoamento e a infiltração de substâncias poluentes (a irrigação possui um papel central nesse processo), afetando não somente a qualidade das águas, mas também todo o ecossistema envolvido, inclusive os homens que se relacionam com ele, por exemplo pescando.

6 Amazônia A Amazônia seduz o mundo pela exuberância de uma natureza primitiva, hoje bastante ameaçada por sua devastação. A Amazônia guarda a maior diversidade biológica do planeta e escoa cerca de 20% de toda água doce da face da Terra. Seu início se deu há 12 milhões de anos, quando os Andes se elevaram e fecharam a saída das águas para o Pacífico. Formouse então um fantástico Pantanal, quase um mar de água doce, coberto só por águas. Depois, com tantos sedimentos, a crosta terrestre tornou a emergir, formando o que é hoje a Amazônia. Ela ocupa km², cerca de 49,29% do território brasileiro, abrangendo a totalidade de cinco unidades da federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade de Mato Grosso (54%), além de parte de Maranhão (34%) e Tocantins (9%). A área desmatada da Amazônia já atinge 16,3% de sua totalidade. Hoje, cerca de 17 milhões de brasileiros vivem no bioma Amazônia, sendo que cerca de 70% no meio urbano. Cerrado O Cerrado é o mais antigo bioma brasileiro. Fala-se em aproximadamente 65 milhões de anos. É tão antigo, que 70% de sua biomassa está dentro da terra. Por isso se diz que é uma floresta de cabeça para baixo e alguns especialistas apontam para a impossibilidade de sua revitalização, pois uma vez devastado, sua recuperação é muito difícil. O Cerrado é ainda a grande caixa d água brasileira, já que do Planalto Central é que se alimentam as bacias hidrográficas que correm para o sul, para o norte, para o oeste e para o leste do país. O Cerrado guarda uma fantástica biodiversidade, porém, 57% do bioma já foi totalmente devastado e a metade do que resta se encontra bastante danificada. Sua devastação é muito veloz, chegando a três milhões de hectares por ano. Nesse ritmo, estima-se que em 30 anos ele estará praticamente devastado por inteiro. A partir da década de 70, sob o embalo do regime militar, a atividade agropecuária se expandiu bastante sobre esse bioma, primeiramente para a criação de gado e depois para o plantio de soja. A devastação de sua cobertura vegetal está comprometendo suas nascentes, rios e riachos. Ao se eliminar a vegetação, também se está eliminando os mananciais. Um rio como o São Francisco tem 80% de suas águas com origem no Cerrado. O Bioma Cerrado ocupa Km², ou seja, 23,92% do território brasileiro e abrange a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados.

7 Mata Atlântica. A Mata Atlântica já foi a grande floresta costeira do Brasil, se estendendo desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do território. Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Ainda é, em termos de biodiversidade relativa (por área ocupada), mas hoje considerase o mais devastado dos nossos biomas, com apenas cerca de 10% de sua cobertura vegetal restante distribuída em manchas isoladas, quase sempre sem comunicação entre si. A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo de desenvolvimento predatório do nosso país. Desde a colonização, quando extraíram grandes quantidades de pau-brasil para o tingimento de tecidos na Europa, até a instalação do atual complexo industrial, passando pela implantação de grandes monoculturas, o bioma sofre com a exploração predatória. Quem vive onde algum dia houve o domínio da Mata Atlântica, muitas vezes desconhece seus vestígios, tamanha sua devastação. A Mata Atlântica ocupa km², ou seja, 13,04% do território nacional. Cobre inteiramente três estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras 11 unidades da federação. Aproximadamente 70% da população brasileira vive na área desse bioma, perto de 120 milhões de pessoas. Por mais precarizado que esteja, é desse bioma que a população depende para beber água e ter um clima ainda ameno. A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia em números absolutos e os animais mais conhecidos são o mico-leão-dourado, a onça-pintada, o bicho-preguiça e a capivara. Ecossistemas, serviços ambientais e paisagens da Mata Atlântica A Mata Atlântica caracteriza-se por uma vegetação exuberante e uma grande diversidade de animais. Entre os povos indígenas que vivem no domínio da Mata Atlântica estão os Wassu, Pataxó, Tupiniquim, Gerén, Guarani, Krenak, Kaiowa, Nandeva, Terena, Kadiweu, Potiguara, Kaingang, Guarani M Bya e Tangang. No estado do Rio de Janeiro, os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira. Se fizermos uma viagem do nordeste ao sul do Brasil, pelo litoral e pelos planaltos interioranos, não iremos admirar simplesmente a bela paisagem de uma face da Mata Atlântica, mas uma série de ecossistemas com características próprias, devido às variações de altitude e latitude. Entre os ecossistemas da Mata Atlântica, podemos citar a mata de araucárias, no sul do país, os campos de altitude, em regiões elevadas, os brejos interioranos, e os manguezais, restingas e ilhas oceânicas no litoral. Abordaremos aqui apenas alguns ecossistemas localizados no estado do Rio de Janeiro, bem como os serviços ambientais que prestam, que são benefícios que obtemos a partir do funcionamento dos ecossistemas, tais como a formação do solo, a regulação climática, a produção de oxigênio, o fornecimento de alimentos e a proteção dos recursos hídricos.

8 Floresta A floresta ombrófila densa é o tipo mais característico da Mata Atlântica e se apresenta como uma floresta grandiosa e heterogênea, de solo bem drenado e fértil, sendo caracterizada por árvores de folhas largas e sempre verdes. Sua vegetação apresenta altura média de 15 metros, mas as grandes árvores chegam a atingir até 40 metros. O grande número de cipós, bromélias, orquídeas e outras plantas que se hospedam nas imponentes árvores dão a esta floresta um caráter tipicamente tropical. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. As florestas também podem oferecer uma infinidade de bens e serviços ambientais. Atualmente damos maior ênfase aos recursos comerciais, que possuem um valor de uso direto, mas além dessa primeira percepção elas também oferecem benefícios intangíveis que garantem a sustentabilidade das diversas atividades econômicas e da sociedade de forma geral. Entre outros, os principais benefícios indiretos que a conservação da biodiversidade garante são: a manutenção de serviços ecológicos, como a contenção de encostas, a polinização, a ciclagem de nutrientes, o controle de pragas e vetores de doenças, a mitigação do efeito estufa e a regulação da temperatura e da umidade do ar. Isso sem falar na beleza cênica e nos serviços culturais, que satisfazem as necessidades espirituais, psicológicas e estéticas da sociedade, oferecendo inspiração para a cultura, arte e para experiências espirituais. Populações rurais e particularmente as tradicionais, como caiçaras, indígenas, quilombolas e caboclos, têm sua cultura, crenças e modo de vida muito associados aos ecossistemas nativos. Em relação à mitigação do efeito estufa, é importante lembrar que no Brasil a emissão de gás carbônico (CO2) está intimamente ligada à conversão das florestas em áreas agrícolas e de pecuária pelo desmatamento. As emissões decorrentes das queimadas de floresta e do desmatamento são superiores às geradas por atividades industriais ou pelo uso de automóveis. Através do processo de fotossíntese, as plantas absorvem e armazenam gás carbônico da atmosfera, garantindo melhorias climáticas. Nas florestas em crescimento, o montante de carbono sequestrado aumenta, estabilizando quando elas chegam à maturidade. Em um hectare de floresta tropical são armazenados cerca de 224 toneladas de biomassa, contendo aproximadamente 110 toneladas de carbono. Estima-se que as florestas brasileiras armazenam milhões de toneladas de carbono em sua biomassa: mais do que todas as florestas europeias juntas conseguem armazenar (FAO, 2007). Com relação aos serviços hidrológicos, podemos dizer que as florestas contribuem para a regulação dos fluxos hídricos e a manutenção da qualidade da água. Florestas preservadas em margens de rios, encostas e topos de montanhas reduzem os riscos de inundações e deslizamentos por extremos climáticos. Elas protegem os solos contra erosão e evitam que as águas das chuvas carregadas de sedimentos escorram diretamente aos rios, além de amenizarem a rápida perda de água em épocas de seca. Como exemplo, temos o caso de quase mil mortos por deslizamentos de terra e inundações ocorridas no estado do Rio de Janeiro no ano de 2011, fenômeno esse que acontece em grande parte por conta da retirada da mata de encosta.

9 Manguezal Outro ecossistema de grande importância é o manguezal. Composto por um tipo singular de vegetação litorânea muito influenciada pela mistura da água salgada do mar com os sedimentos provenientes dos rios, possui um solo lodoso de salinidade alta e quase sempre encharcado, variando com a maré. Além disso, é pouco arejado, o que impossibilita a existência de uma flora rica, e apresenta um odor característico de enxofre, por causa da grande quantidade de matéria orgânica em decomposição. Na área metropolitana do Rio de Janeiro podemos encontrar florestas de mangue preservadas na Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba, no interior da Baía de Guanabara, entre outros lugares. O manguezal se constitui como um ecossistema de grande valor. Por ser um local abrigado e com muitos nutrientes, ele atrai uma diversidade de espécies de caranguejos, peixes, moluscos, mariscos, aves e mamíferos que utilizam seu espaço como refúgio para alimentação e reprodução. Apesar disso, não é um local muito rico em variedade de espécies, destacando-se mais pela grande quantidade das populações que neles vivem, como os caranguejos. Consideramos esse ecossistema um dos ambientes naturais mais produtivos do Brasil, já que a população litorânea obtém dele variados benefícios através da pesca. Nesse sentido, o mangue também possui uma forte influência sobre a cultura das populações que abriga. Um exemplo dessa influência pode ser observado no nascimento do movimento pernambucano chamado Manguebeat. A exploração predatória do mangue e do meio ambiente como um todo, contribuindo para o aumento da desigualdade social na região, foi uma das bases para a formação da expressão cultural liderada por Chico Science e Fred Zero Quatro. O manguezal também oferece muitos outros serviços ambientais de grande importância. Serve de zona de desova e de alimento de inumeráveis espécies de peixes e tem, junto com os arrecifes, a função de armazenar e reciclar os elementos nutritivos, regulando o equilíbrio aquático e protegendo as terras da erosão. Oferece uma abundância de alimentos bem maior do que os ecossistemas costeiros próximos e contem grande quantidade de matéria orgânica, tornando-se assim atrativo para larvas e peixes jovens, que encontram um local seguro de predadores e com abundância de alimento. Além disso, os manguezais fazem o controle de enchentes, estabilizando a linha costeira e de rios e também favorece as atividades de subsistência, pois atua como suporte para a pesca e a mariscagem. Serve ainda à preservação das aves, por estar vinculado a rotas de migrações de várias espécies, e à geração e produção de vida animal, principalmente marinha, sendo um verdadeiro berçário da vida.

10 Restinga A restinga corresponde à região subsequente a de dunas ou à praia. Possui um relevo plano e é cortado por rios que correm lentos e tortuosos. As espécies de plantas apresentam um gradativo crescimento de seu porte, por isso encontramos espécies mais baixas em localidades junto à praia e espécies de maior porte conforme nos dirigimos ao interior. Assim como os manguezais e as florestas, contribuem para a manutenção da biodiversidade e para a estabilidade do solo, além de serem fontes de recursos naturais para muitas comunidades costeiras. Campos de altitude Os campos de altitude situam-se nas áreas mais elevadas do estado, como o Pico da Agulhas Negras, em Itatiaia. Geralmente essas regiões são forradas por espécies de gramas e possuem poucos e espaçados arbustos, sofrendo uma grande influência do clima mais frio, dos ventos e da erosão. fauna A biodiversidade atlântica também se estende ao reino dos animais. Os principais exemplos são macacos, preguiças, onças, jaguatiricas, papagaios, araras, tucanos, cobras e insetos. Até hoje, são conhecidas no bioma cerca de 260 espécies de mamíferos, mais de mil espécies de pássaros, quase 200 de répteis, cerca de 340 de anfíbios e 350 de peixes. Sem falar nos demais invertebrados e nas espécies que ainda nem foram descobertas pela ciência. Outro número impressionante da fauna da Mata Atlântica se refere ao endemismo, ou seja, às espécies exclusivas desse bioma. Do total de vertebrados pertencentes ao bioma, aproximadamente 700 são endêmicos. Num bioma reduzido a cerca de 10% de sua cobertura original, é inevitável que a diversidade de animais esteja pressionada pelas atividades humanas. A Mata Atlântica abriga hoje mais da metade dos animais ameaçados de extinção no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre as causas para o desaparecimento de espécies e indivíduos estão a caça e a pesca predatórias, a introdução de seres exóticos nos ecossistemas e também a deterioração ou supressão dos habitats dos animais, causados pela expansão da agricultura e pecuária, bem como pela urbanização. No caso dos anfíbios, por exemplo, seus locais de procriação, como brejos e áreas alagadas, são muitas vezes considerados um empecilho às atividades humanas e são eliminadas através de drenagem ou utilizadas

11 para despejo de esgoto. Os anfíbios são animais de extrema importância para o equilíbrio das populações de espécies que se relacionam nas teias alimentares, pois controlam a população de insetos e outros invertebrados e servem de comida para répteis, aves e mamíferos. preservação Atualmente a Mata Atlântica encontra-se em um estado de intensa fragmentação e destruição. Até hoje, na extensão do bioma, são exploradas inúmeras espécies florestais madeireiras e não madeireiras como o caju, o palmito-juçara, a erva-mate e as plantas medicinais e ornamentais, entre outras. Se por um lado essa atividade gera emprego e divisas para a economia, grande parte da exploração acontece de forma predatória e ilegal, estando muitas vezes associada ao tráfico internacional de espécies. A proteção da fauna e da flora está diretamente relacionada à proteção do meio ambiente onde essas espécies se relacionam e sobrevivem. Em paralelo, outras medidas importantes são a fiscalização da caça, da posse de animais em cativeiro e do comércio ilegal de espécies silvestres; fiscalização efetiva da atividade pesqueira e a realização de programas de educação ambiental junto à população, visando à conscientização humana acerca da necessidade de preservar o meio ambiente. É importante também estabelecer limites para a ocupação do solo e incrementar a formação de novas áreas de preservação ambiental em todos os municípios situados dentro desse bioma. A busca do desmatamento zero no bioma passa pela adoção de critérios de sustentabilidade em todas as atividades humanas. Isso significa um esforço coletivo da indústria, do comércio, da agricultura e do setor energético na adoção de novos modelos de produção, menos agressivos ao meio ambiente, bem como do poder público, no sentido de garantir a fiscalização ambiental, a elaboração e o cumprimento das leis e, finalmente, a conscientização dos cidadãos, consumidores que podem exigir padrões de sustentabilidade e cobrar dos governantes se mobilizarem pela manutenção da floresta de pé e pela recuperação das áreas degradadas. Há diversos projetos de recuperação de fragmentos de mata atlântica que esbarram sempre na urbanização e na falta de planejamento do espaço, principalmente na região Sudeste. A nível nacional, graças aos inúmeros parques e bosques dentro de seu perímetro urbano, Curitiba é a cidade brasileira onde a mata atlântica está melhor preservada. Alguns feitos na nossa história tiveram grande importância no caminhar para uma forma mais sustentável de relação com a natureza. Em 1937 foi criado o Parque Nacional do Itatiaia, que possui uma área de 30 mil hectares e localiza-se na divisa dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Antes disso, em 1808, já havia sido criado por Dom João VI o

12 Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que atualmente possui 137 hectares e é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Outro fato de relevância para a preservação do meio ambiente foi a criação do Código Florestal em 1965, que determinou as florestas e demais formas de vegetação como bens de interesse comum de todos os habitantes do país e definiu a Amazônia Legal, os direitos de propriedade e restrições de uso para algumas regiões que compreendem estas formações vegetais e os critérios para supressão e exploração da vegetação nativa. Atualmente, está em processo de discussão um novo Código Florestal, que pretende alterar drasticamente a legislação florestal brasileira. Polêmico em diversos pontos, tais como no percentual de mata necessária para proteger margens de rios e encostas de morro, e na quantidade obrigatória a ser preservada de mata dentro das propriedades rurais, a alteração do Código Florestal vem sendo alvo de uma campanha pelo veto da presidente Dilma Rousseff aos seus trechos mais prejudiciais à conservação das matas. Há milhares de ONGs e grupos de cidadãos espalhados pelo país que se empenham na preservação e revegetação da Mata Atlântica. A Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA: template/display.php?style=index ) tem um projeto de monitoramento participativo, e desenvolveu com o Instituto Socio-Ambiental (ISA: ) um dossiê da Mata, por municípios do domínio original. No domínio do bioma existem 131 unidades de conservação federais, 443 estaduais, 14 municipais e 124 privadas, distribuídas por dezesseis estados, com exceção de Goiás. Falaremos mais adiante sobre o papel desenvolvido pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro nas áreas de pesquisa e conservação do meio ambiente. o rio de janeiro e a floresta da tijuca Como já vimos, o estado do Rio de Janeiro está completamente inserido nos domínios da Mata Atlântica e, apesar da maior parte da sua cobertura vegetal ter sido danificada pela intervenção humana nos últimos séculos, apresenta grande parte dos ecossistemas componentes desse bioma. Podemos encontrar preservadas ainda hoje algumas áreas de mangue, restinga e florestas pelo seu território. A Floresta da Tijuca é, sem dúvida, uma importante área de preservação ambiental e contribui bastante para a qualidade de vida que a capital oferece. Reconhecida como a terceira maior área verde urbana do Brasil, ela localiza-se no município do Rio de Janeiro e é superada em área apenas pelo Parque Estadual da Pedra Branca e pelo Parque da Cantareira. Trata-se de vegetação secundária, uma vez que é fruto de um reflorestamento promovido na época do Segundo Reinado, quando se tornou patente que o desmatamento, causado pelas fazendas de café, estava prejudicando o abastecimento de água potável da então capital do Império.

13 Em 1760, o café foi introduzido no Rio de Janeiro e despontou como uma atividade promissora, espalhando-se pelos sítios existentes na cidade. No início do século XIX, o lugar onde mais se plantava café no Brasil era a Tijuca. A partir daí, ele se projetou na história brasileira. Para a Mata Atlântica, a introdução do café significou uma ameaça mais séria que qualquer outra anterior. A chegada da família real com toda a sua corte (em torno de 15 mil pessoas) ao Rio de Janeiro causaria fortes impactos numa cidade que era pequena até então. Um dos graves problemas era o de como fornecer água a tanta gente, se o único manancial hídrico existente se mostrava insuficiente. A intensificação da crise do abastecimento d água permeou todo o período joanino e se estabeleceu também em todo o período imperial. Já em 1817, D.João VI baixou um decreto que determinava o fim do corte de árvores junto a mananciais e nas beiras dos riachos nas proximidades da capital. Na década de 1830 os cafezais alcançaram predominância ainda maior no Maciço da Tijuca e o plantio do café foi associado a uma redução da disponibilidade de água. A cidade foi atingida por secas severas nos anos de 1824, 1829, 1833 e 1843, entremeadas com algumas estiagens menos graves. No ano de 1843 a história da expansão do café pelo maciço da Tijuca iria começar a se modificar. Neste ano, os cafezais aí existentes sofreram os efeitos de uma violenta praga, que diminuiu drasticamente a sua produtividade. A produção cafeeira já vinha decrescendo bastante, afetada pela exaustão progressiva do solo e pela total ausência de cuidados com a terra. Plantados sem qualquer preocupação com a manutenção da fertilidade do solo, os cafezais logo aceleraram o processo de esgotamento da terra e a aceleração dos processos erosivos, pois facilitavam que camadas superficiais do solo fossem carregadas pela ação das chuvas. O fenômeno das enxurradas se tornou rotineiro: a falta de cobertura vegetal fazia com que todas as águas das grossas chuvas de verão escorressem em grande volume e velocidade diretamente para as calhas dos riachos, provocando inundações repentinas nas partes baixas da cidade. Foi também no ano de 1843 que o problema periódico da falta d água atingiu proporções críticas na cidade, fazendo com que o governo passasse a tomar medidas de preservação dos mananciais. Em 1860, o Governo Imperial propõe um Plano Geral de Abastecimento d Água e nomeia uma comissão para sua elaboração. Em 1861, o Imperador D. Pedro II nomeia o major Manuel Gomes Archer como Administrador da Floresta da Tijuca, dando início ao processo de restauração florestal, que durou13 anos, plantando cerca de 80 mil mudas de espécies variadas de árvores, nativas e exóticas. Em 1868, uma nova seca atingiu o Rio de Janeiro e tornou-se urgente à captação de alguns mananciais que ainda não haviam sido utilizados no alto da Tijuca (rio Cachoeira), no Andaraí Grande (Joana) e no Jardim Botânico (rio Macacos e afluentes) que passaram a fazer parte do sistema de abastecimento hídrico da cidade. Em 1877, Gastão de Escragnolle assumiu o posto de Administrador da Floresta da Tijuca e continuou a tarefa de replantio das árvores, inclusive de plantas exóticas (originárias de outros continentes), embora em escala, e ritmo inferiores aos de Archer. Escragnolle dedicava sua gestão à tarefa de tornar a Floresta da Tijuca acessível a seus visitantes, transformando-a num lugar de lazer e recreação. Contou com a ajuda do naturalista e paisagista francês Auguste Glaziou e abriu estradas, parques, belvederes, chafarizes, trilhas, pontes e lagos artificiais na Floresta da Tijuca. A recuperação dos mananciais hídricos continuava sendo uma tarefa importante. No período da gestão de Escragnolle, entre 1877 e 1887,

14 foram plantadas novas mudas de plantas. Estima-se que a Floresta da Tijuca foi restabelecida entre 1862 e 1887, com cerca de 95 mil mudas de plantas. Em 1889, foi proclamada a república no Brasil e muitos atos de gestão do Governo Imperial passavam a despertar certo desprezo pelos criadores do novo regime. Entre 1889 e 1943, a Floresta da Tijuca viveu um tempo de certo abandono administrativo. No final da década de 1920, a prefeitura elaborou o Plano Diretor da cidade, com a sugestão de que fosse criado o Parque Nacional do Rio de Janeiro, que teria como utilidade ser um reservatório eterno de ar, água e vegetação. Em 1943, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro convocou Raymundo Ottoni de Castro Maya para ser o novo Administrador da Floresta da Tijuca e recuperá-la. Quando Castro Maya assumiu a maior parte das obras de jardinagem e paisagismo tinham sido encobertas pela floresta e pelo desprezo das autoridades públicas. Parques, praças, trilhas, casas, lagos e outros equipamentos se encontravam em péssimas condições. Castro Maya conseguiu aumentar significativamente o número de visitantes atraídos para a Floresta da Tijuca durante o período de sua gestão ( ) e recuperou várias das instalações da Floresta da Tijuca. Em 1960, a Floresta da Tijuca passava a ser gerida administrativamente pelo recém-criado Estado da Guanabara. Em 6 de julho de 1961, o governo federal criou, através do Decreto nº , o Parque Nacional da Tijuca, onde incluía a Floresta da Tijuca. Enfim, realizava-se o projeto de Raymundo Ottoni Castro Maya de transformar a Floresta da Tijuca num Parque Nacional. Em 1966, o Parque Nacional da Tijuca foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, em 1967, o Decreto nº redefiniu os limites espaciais do parque e modificou seu nome oficial para Parque Nacional da Tijuca, que até então era reconhecido por Parque Nacional do Rio de Janeiro. Mas parte da floresta na área da Covanca e Andaraí foram excluídas do Parque, devido ao fato de várias favelas estarem implantadas nas suas encostas. Atualmente a Floresta da Tijuca é uma importante área de lazer, com trilhas e espaços privilegiados para prática de esportes, ciclismo, corrida e montanhismo. Dispõe de praças com brinquedos para crianças, espaços reservados para churrascos, confraternizações familiares e comunitárias e restaurantes. E, de acordo com Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), é a Área de Conservação federal mais visitada do país, recebendo uma média de 2 milhões de visitantes ao ano. uso sustentável, unidades de conservação e o jardim botânico A questão dos usos sustentáveis de cada bioma, no nosso caso a Mata Atlântica, passa, em primeiro lugar, pela conscientização de instituições públicas, privadas e da própria população sobre a importância que o meio

15 ambiente possui no nosso modo de vida. Historicamente, o pensamento preponderante foi aquele que distinguiu o homem e a sociedade da natureza, como se ambos não fossem parte integrante de um mesmo sistema. O que ocorre atualmente é que as consequências da relação humana predatória para com a natureza vem causando cada vez mais danos à saúde do planeta. Isso significa que o anacronismo da antiga forma de entender a relação homem-natureza está sendo colocado em xeque e um novo modelo de relação já está sendo pensado para que possamos garantir às gerações futuras e ao meio ambiente condições de vida adequadas. Nesse caso, há dois tipos de sustentabilidade em jogo: a ambiental e a social. Entendendo que a educação desempenha um papel central nessa nova configuração social, econômica e cultural, podemos destacar a importância das atividades desenvolvidas pelos Jardins Botânicos e Unidades de Conservação na promoção de um espaço propício ao diálogo e à confrontação do diversos pontos da vista acerca de questões ambientais. Os projetos educativos propõem de início o reconhecimento do sentido que o meio ambiente tem para o homem que o habita, contextualizando situações próximas ao seu cotidiano e suas relações com a biodiversidade local, evidenciando a importância do meio ambiente, assim como os direitos e deveres que devemos ter para com o mesmo. Apesar de ser um processo de certa lentidão, deve ser mantido em continuidade, visto que as mudanças no pensamento e na postura de certa população em relação aos seus costumes exigem grandes esforços para serem consolidadas. Outro aspecto das áreas protegidas ou Unidades de Conservação é o de atuar no intento de proteger espécies da fauna e flora, garantir a manutenção da biodiversidade, a regulação do clima e o abastecimento de mananciais de água, proporcionando qualidade de vida às pessoas, além da proteção de locais de grande beleza cênica. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) define unidade de conservação como espaço territorial e seus recursos ambientais com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Na Mata Atlântica, essas áreas vão de pequenas Reservas Particulares do Patrimônio Natural, com apenas 1 hectare, até grandes áreas públicas como o Parque Estadual da Serra do Mar, com 315 mil hectares. O SNUC estabelece duas grandes categorias para a criação, gestão e implantação de Unidades de Conservação (UCs). São elas: Unidades de Proteção Integral onde é permitido apenas o uso indireto da biodiversidade, por meio de visitação pública, atividades de educação ambiental e pesquisa, fazendo parte desse grupo as Estações Ecológicas, Reservas Biológicas e Parques Nacionais, entre outros; e as Unidades de Uso Sustentável que permitem a utilização racional de uma parcela dos seus recursos naturais, onde a exploração do ambiente visa garantir a continuação dos recursos naturais com usos socialmente justos e economicamente viáveis. Incluem-se aqui seis categorias, tais como Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Florestas Nacionais (Flonas), entre outros. As Unidades de Conservação de proteção integral são as mais importantes para a proteção da biodiversidade, mas ainda cobrem somente 2% do território original da Mata Atlântica. Existem hoje mais de 960 unidades de conservação protegendo o bioma e visando à manutenção de diferentes formações florestais.

16 O Jardim Botânico do Rio de Janeiro atua basicamente de três formas na conservação do meio ambiente. Através do Programa Mata Atlântica (PMA), procura gerar conhecimento sobre o bioma para assegurar sua preservação, sendo que ao longo dos anos estabeleceu várias parcerias que potencializaram a geração de informação e conhecimento sobre este importante patrimônio da humanidade. Entre os focos do projeto estão o Parque Nacional do Itatiaia e nas Reservas Biológicas Poço das Antas, União e Tinguá. Nestas unidades de conservação federais são desenvolvidos estudos em anatomia, ecologia, taxonomia e etnobotânica, que em última análise subsidiam ações de conservação, restauração ecológica e manejo das áreas remanescentes. Além disso, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico procura promover reflexões sobre a temática ambiental e estimular mudanças de atitudes, visando à conservação da biodiversidade. perda de espécies Em decorrência da histórica exploração predatória que fizemos da Mata Atlântica, hoje possuímos uma série de espécies ameaçadas de extinção, tanto de animais como de plantas. Esse tipo de ameaça se refere ao momento em que o número de indivíduos de uma determinada espécie não é suficiente para assegurar a permanência da mesma ao longo do tempo, nas atuais condições ambientais em que vivem. E suas principais causas são a destruição do habitat de origem das espécies, através do desmatamento ou da poluição, da caça, e até mesmo do turismo irresponsável. Para termos uma ideia das consequencias, seguem alguns números. De um total de 627 espécies brasileiras na lista vermelha do Ministério do Meio ambiente (2010), mais de 60% são originárias da Mata Atlântica (380). Uma em cada quatro espécies endêmicas desse bioma está ameaçada de extinção. No Estado do Rio de Janeiro, atualmente há 257 espécies ameaçadas de extinção, das quais 43 são invertebrados terrestres (borboletas, libélulas, mariposas), 28 invertebrados aquáticos (camarões,caranguejos, moluscos), 48 peixes (39 de água doce e 9 de água salgada), 4 sapos e pererecas, 9 répteis (1 lagarto, 2 cobras, 1 jacaré e 5 tartarugas), 82 aves e 43 mamíferos.

17 Referências: Instituto Brasileiro de Florestas (Mata Atlântica): bioma-mata-atlantica.html Lista Fauna Ameaçada do Rio de Janeiro (2000): downloads/view.download/5/19.html) Aliança para a conservação da Mata Atlântica: Projetos Educativos no Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro: diadia/arquivos/file/conteudo/artigos_teses/ teses_geografia2008/dissertacaomilenarodrigues.pdf A Importância da Floresta da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro: CGABHMonografiaEduardoCoelho.pdf Biomas Brasileiros: noticia_visualiza.php?id_noticia=169

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