UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO:

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO: MICROPROCESSADORES Prof.: Marcelo Barretto Ano: 2000 Mestre em Engenharia Elétrica - PUC/RJ Professor Adjunto IV Especialista em Redes Locais de Computadores

2 _ Sumário Capítulo 1: Conceitos Básicos Histórico CPU, Memórias e Dispositivos de Entrada/Saída Sistema de Barramentos Arquitetura Padrão de um Microprocessador Execução de Instruções em Microprocessadores Algumas Instruções Importantes Capacidade de Interrupção Técnicas de Entrada/Saída Capítulo 2: Os Microprocessadores da INTEL 2.1. O 8086/ Arquitetura Características Gerais Capacidade de Interrupção 2.2. O Arquitetura e Características Diferenças no Conjunto de Instruções Implicações no Desempenho de um Microcomputador 2.3. Os Diferenças de Arquitetura e Características Diferenças no Conjunto de Instruções Versões 80386, 80386SX e 80386SL Implicações no Desempenho de um Microcomputador Os i Diferenças de Arquitetura e Características Diferenças na Capacidade de Processamento Os Pentium, Pentium MMX e PRO Diferenças de Arquitetura e Características Benchmarks Os Pentium II Arquitetura e Características Benchmarks Implicações no Desempenho de Desktops e Servidores de Rede 2.7 Últimos Microprocessadores da INTEL Capítulo 3: Características Gerais dos Sistemas de Barramentos Os Barramentos Principais ISA, EISA e MCA Os Barramentos Locais Secundários VESA e PCI Os Barramentos Secundários IDE e Enhanced IDE Os Barramentos Secundários SCSI Capítulo 4: Suporte ao Desenvolvimento de Software Básico Estrutura de um Programa na Memória Montadores, Carregadores e Depuradores Uso de um Depurador de Linguagem Assembly Página 2

3 _ Capítulo 5: Características Gerais dos Microprocessadores da MOTOROLA O Arquitetura Diferenças no Conjunto de Instruções Capacidade de Interrupção O O O O O Os PowerPC (IBM/Apple/Motorola) Capítulo 6: Introdução aos Microcontroladores Arquitetura Interna O microcontrolador 8052 da INTEL 6.3 O MPC860 da Motorola Capítulo 7: Introdução às Arquiteturas RISC Noções da Arquitetura RISC Implicações no Desempenho de um Computador Capítulo 8: Arquiteturas Não Convencionais Arquiteturas Paralelas Arquiteturas MIMD Arquiteturas à Passagem de Mensagens Página 3

4 _ CAPÍTULO 1: CONCEITOS BÁSICOS HISTÓRICO A história dos microprocessadores é brevemente resumida a seguir com o destaque de algumas datas importantes: Década de 40: Válvula e Transistor (1948) Década de 50: Comercialização do transistor Década de 60: Circuitos Integrados SSI ("Small Scale Integrated") Década de 70: Circuitos Integrados MSI ("Medium Scale Integrated") 1971: => Circuitos Integrados LSI ("Large Scale Integrated") => INTEL 4004 (CPU do primeiro microcomputador de 4 bits) 1972: => INTEL 8008 (CPU do primeiro microcomputador de 8 bits) 1974: INTEL 8080 (10 vezes mais rápido que o 8008) => MOTOROLA : => TEXAS 9800 (CPU do primeiro microcomputador de 16 bits) 1977: MOSTEK 6502 ==> Apple I, II e II plus ZILOG Z80 ==> TRS : => Circuitos Integrados VLSI ("Very Large Scale Integrated") => MOTOROLA 6809 (Melhor CPU de 8 bits do mercado) INTEL 8088/8086 ( transistores integrados) => Microprocessadores BIT-SLICE (de 2 a 64 bits) Década de 80: 1980: => MOTOROLA ( transistores integrados) 1981: => MOTOROLA : => INTEL 80186/80188 => INTEL ( transistores integrados) 1984: => MOTOROLA : => INTEL (ou 80386DX, ou i386) 1986: => MOTOROLA : => INTEL 80386SX 1989: => INTEL i486 ( transistores) Década de 90: 1991: => INTEL i386sl, i486sx Microprocessadores com tecnologia RISC 1992: => INTEL i486dx2/50 e i486dx2/ : => INTEL Pentium 1995: => INTEL Pentium Pro Página 4

5 _ 1997: INTEL Pentium II Tendências: Máquinas CISC ou Máquinas RISC Pentium 166 Mhz Pentium II a 300 Mhz Máquina de Controle Seqüencial Máquina de Controle Paralelo Máquina de Arquitetura SIMD Máquina de Arquitetura MIMD ("Data-Flow") Arquiteturas orientadas p/ o HW Arquiteturas orientadas p/ o SW Máquinas processando texto Máquinas processando dados multimídia CPU, MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS DE ENTRADA/SAÍDA Os próximos parágrafos procuram dar uma idéia da nomenclatura utilizada no restante deste documento e introduzir os componentes principais da arquitetura de microcomputadores ou de circuitos controlados a microprocessador. HARDWARE: consiste de circuitos eletrônicos responsáveis pela execução direta de instruções em linguagem de máquina: CIs, placa impressa, cabos, fontes de alimentação, etc. SOFTWARE: consiste de algoritmos e suas representações no computador (programas). FIRMWARE: consiste de um software embutido em circuitos eletrônicos. É comum dizer que qualquer operação feita por software pode também ser construída por hardware e qualquer instrução executada pelo hardware pode também ser simulada por software. Um sistema de microcomputador típico é mostrado na figura 1. Basicamente, são três os componentes de qualquer sistema controlado por microprocessador ou mesmo de um sistema de computação: Unidade Central de Processamento (CPU), Memória e Dispositivos de Entrada/Saída (E/S). A CPU tem finalidade óbvia, a de controlar o sistema como um todo. A memória serve para armazenar os dados que serão manipulados e os dispositivos de E/S para a comunicação da máquina com o mundo exterior (usuário). Os vários tipos de Memória são definidos a seguir: RAM - "Random Access Memory": memória de leitura/escrita, volátil, para armazenamento temporário de programas e dados; RAM Estática - RAM com menor densidade e mais rápida que a RAM dinâmica. Não necessita de circuitos adicionais em um microcomputador. RAM Dinâmica - RAM com maior densidade e mais lenta que a RAM estática. Necessita de circuitos adicionais de controle em um microcomputador. ROM - "Read Only Memory": memória programada quando a pastilha é fabricada, não podendo ser modificada. É usada para armazenamento permanente de programas e dados; PROM - "Programmable ROM": memória programada por um dispositivo programador de PROM. Programável uma única vez; Página 5

6 _ EPROM - "Erasable PROM": memória que pode ser apagada e reprogramada várias vezes. Apagável pela incidência de raios ultra-violeta e programável por um dispositivo programador de EPROM; EEPROM - "Erasable Electrically PROM": memória EPROM eletricamente modificável, sem necessidade de dispositivos externos apagadores ou programadores. Os Dispositivos de Entrada/Saída são os componentes que viabilizam a interface com o usuário, tais como: portas seriais, portas paralelas, conversores análogo-digitais, etc Estes componentes são ligados através de um sistema de barramentos, o qual será explicado na próxima seção. Microprocessador (CPU) Memória RAM Memória EPROM Barramento de Endereços Barramento de Dados Barramento de Controle Interfaces de Interação c/ o Usuário Interfaces para Memória Secundária Interfaces de Controle e Sensoreamento HD CD-ROM R/W Imp. Matricial Monitor Sensor Válvula Modem Scanner Figura 1 Sistema de Microcomputador Típico e suas Interfaces Página 6

7 _ SISTEMA DE BARRAMENTOS Um sistema de barramentos é definido como um conjunto físico de linhas de sinal que possuem funções específicas dentro do sistema. O sistema de barramentos de um microcomputador é composto de 3 barramentos (ver figura 1) independentes em suas funções elétricas: o barramento de endereços, o barramento de dados e o barramento de controle. O Barramento de Endereços é apenas de saída (em relação CPU) e define o caminho de comunicação dentro do sistema. O Barramento de Dados é bidirecional, sendo o meio de comunicação entre os componentes do sistema. Na saída de dados da CPU, estes são gerados pelo microprocessador (CPU) e enviados à uma unidade que é selecionada pelo barramento de endereços. Na entrada de dados, estes são gerados por uma unidade particular e enviados ao microprocessador. O Barramento de Controle, como o próprio nome indica, envia e recebe os sinais de controle necessários à transferência de dados no sistema. Este barramento é composto, basicamente, de 4 tipos de sinais: leitura de memória ativa, escrita de memória ativa, entrada através de dispositivo externo ativo e saída através de dispositivo externo ativo ARQUITETURA PADRÃO DE UM MICROPROCESSADOR Depois de se examinar um sistema de microcomputador de forma global, nesta seção será apresentada a arquitetura padrão de um microprocessador, exibida na figura 2. Destacam-se os seguintes blocos: Registrador de Instrução (RI) - registrador que armazena a instrução sendo executada; Contador de programa ("Program Counter - PC") - registrador que armazena o endereço de memória da próxima instrução a ser executada; Acumulador - registrador que contém o dado a ser processado; Apontador de pilha ("Stack Pointer - SP") - registrador que aponta para o endereço de retorno de subrotina, sendo este último armazenado em uma pilha na memória; Unidade Lógica e Aritmética (ULA) - circuito combinacional utilizado para operações lógicas e aritméticas envolvendo dois operandos; Decodificador de instruções - circuito combinacional utilizado para determinar qual a próxima instrução a ser executada. Isto é feito a partir do código de operação armazenado previamente no Registrador de Instrução; Unidade de controle - circuito seqüencial interno ao microprocessador utilizado para gerar os sinais de controle necessários à execução da instrução previamente decodificada; Registradores auxiliares - conjunto de registradores de rascunho que podem ser usados em conjunto ou separadamente para operações intermediárias, sem que seja necessário o acesso sistemático à memória; Página 7

8 _ Flags conjunto de Flip-Flops destinados a guardar as condições resultantes da execução de instruções. Tais flags são fundamentais no sentido em que se constituem no único mecanismo que o programador Assembly dispõe para desvios de processamento e implementação de algoritmos. Buffer de Dados Barramento de Dados RI Código de Instrução Decodificador Informação Complementar SP PC X Apontador de Pilha Contador de Programa R1. Rn Acumulador Unidade Lógica e Aritmética (ALU) S Z Unidade de Controle Sinais de Controle Barramento de Endereços Registradores de Rascunho Buffer de Endereço CY AC P Flags Figura 2 Arquitetura Padrão de um Microprocessador EXECUÇÃO DE INSTRUÇÕES EM MICROPROCESSADORES Nesta seção serão dadas as explicações básicas para o entendimento dos microprocessadores mais comuns do mercado. Antes de mostrar o procedimento de execução de instruções é necessário detalhar alguns aspectos: os flags de condição, o formato das instruções e as operações básicas (de leitura e escrita) de um microprocessador. Flags de Condição: Um "flag" é "SETADO", forçando-se o bit de flag para "1" e é "RESETADO", forçando-se o bit de flag para "0". Quando uma instrução afeta um flag este é alterado da seguinte maneira: ZERO: Se o resultado da instrução tem valor 0, Página 8

9 _ então Z 1 senão Z 0; SINAL: Se o bit mais significativo do resultado da operação tem valor 1, então S 1 senão S 0; PARIDADE: Se a soma dos bits do resultado da operação é 0, então P 1 (paridade PAR) senão P 0 (paridade ÍMPAR); CARRY: Se o resultado da instrução provoca um "carry" (na adição) ou um "borrow" (na subtração ou comparação), então C 1 senão C 0; CARRY AUXILIAR: Se a instrução causou um carry do bit 3 para o bit 4, então AC 1 senão AC 0. Cada microprocessador tem seus próprios bits de flag. Os flags anteriormente mencionados são os mais comuns de serem encontrados na maioria dos microprocessadores. Mostra-se a seguir o formato de instrução, por exemplo, de um microprocessador de 8 bits. A partir deste entendimento, pode-se por analogia, entender o formato de instruções de outros microprocessadores. Assim, o formato de instrução do INTEL 8085 é utilizado como exemplo básico. Formato de Instrução e dado no Instruções de um byte D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Código de Operação Ex.: MOV R1,R2 ; R1 <- R2 Obs.: O endereço do primeiro byte das instruções é sempre usado como o endereço de instrução. 2. Instruções de dois bytes D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Código de Operação D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Info. Complementar Ex.: MVI R,dado ; R <- dado 3. Instruções de três bytes Página 9

10 _ D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Código de Operação D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Info. Complementar D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0 Info. Complementar Ex.: LXI Rp, dado 16 ; Rh <- (byte3) ; Rl <- (byte 2) Nas seções anteriores foram mostrados os componentes básicos de um circuito controlado a microprocessador, a arquitetura padrão dos microprocessadores e a CPU do sistema. Isto era indispensável para a compreensão do capítulo e do curso como um todo. Ainda com o intuito de mostrar como instruções são executadas em microprocessadores, também se faz necessário explicar as operações básicas de um computador ou circuito controlado a microprocessador. Estas, são as operações de leitura de memória e escrita na memória. Operações Básicas de um Computador: Operação de Leitura: 1. A memória recebe o endereço e a solicitação de leitura; 2. A memória localiza a célula decodificando o endereço; 3. Operação de leitura propriamente dita; 4. Intervalo em que a memória não é acessível por razões técnicas ("Descanso"). Ciclo de Acesso à Memória: fases 1, 2 e 3 Ciclo da Memória: fases 1, 2, 3 e 4 Operação de Escrita: 1. A memória recebe o endereço, o dado e uma solicitação de escrita; 2. A memória localiza a célula decodificando o endereço; 3. Operação de escrita propriamente dita; Página 10

11 _ 4. ("Descanso"). Obs.: A operação de leitura é muito mais freqüente que a operação de escrita. Ciclo de Instrução Uma instrução é executada por um microprocessador durante um intervalo de tempo particular à instrução, chamado, CICLO DE INSTRUÇÃO. Um ciclo de instrução é composto de vários ciclos de máquina que variam de acordo com a instrução. Cada ciclo de máquina, por sua vez tem a duração de vários períodos de relógio. Em seguida, o ciclo de instrução é detalhado. O formato da instrução em linguagem de máquina é mostrado a seguir. Com base neste formato pode-se descrever textualmente o ciclo de instrução. Linguagem de Máquina ==> Código de Operação Informação Complementar CICLO DE INSTRUÇÃO: 1. BUSCA 2. EXECUÇÃO a) Envio de um endereço para a memória e execução de uma leitura; b) Incremento do registrador de endereço de instrução; a) Decodificação do código de operação; b) Execução da instrução; 3. VOLTA PARA FASE 1 --> Pode haver desvio: - Incondicional: o valor do registro de endereço de instrução é alterado; - Condicional: se a condição é satisfeita, a seqüência linear é interrompida. É importante ressaltar que cada ciclo de instrução é composto por vários ciclos de máquina.. A figura 3 procura ilustrar o procedimento de execução de um pequeno programa, passo-a-passo, já armazenado na memória e a figura 4 mostra, sob a forma de diagrama de tempo, a execução da instrução LDA 0420, com todos os seus ciclos de máquina e períodos de relógio. Página 11

12 _ Caracter "A" do teclado 5 5 Porta de Entrada 01 Acumulador 5 Registrador de Instrução 16 Microprocessador Endereço Conteúdo 0100 IN STA OUT Memória de Programa 10 Endereço Conteúdo 2000 A Memória de Dados 16 Porta de Saída Caracter "A" para o monitor de Vídeo Figura 3 Execução de Instruções por um Microprocessador Passo-a-Passo Página 12

13 _ T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 T 1 T 2 T 3 T 4 T 5 Fase Busca Exec. Busca Exec. Busca Exec. Busca Exec. Ciclo Ciclo M1 Ciclo M2 Ciclo M3 Ciclo M4 Oper. PC RI <- LDA >1002 Não Usado RI < >1003 Não Usado RI < Não Usado Bar. Dados <-(0420) A <- (0420) Busca do Código de Operação da Instrução e Transferência deste código para o Registrador de Instrução (RI) Busca do primeiro byte do endereço e transferência para dentro da parte de endereço do RI, byte de menor ordem Busca do segundo byte do endereço e transferência para dentro da parte de endereço do RI, byte de maior ordem A parte de endereço do RI é depositada no barramento de endereços Acumulador recebe o conteúdo da posição de memória, cujo endereço é 0420 RI Figura 4 Execução da Instrução LDA ALGUMAS INSTRUÇÕES IMPORTANTES Normalmente, pode-se separar as instruções de linguagem Assembly de um microprocessador em grupos. Tais grupos podem ser generalizados para a maioria dos microprocessadores com algumas pequenas diferenças. A título de exemplo, os grupos de instruções no 8085 são mostrados abaixo. Página 13

14 _ Grupo de Transferência de Dados Move dados entre registradores ou entre locações de memória e registradores; Ex.: "MOVEs", "LOADs", "STOREs" e EXCHANGE; Grupo Aritmético "ADDs", "SUBTRACTs", "INCREMENTs" ou DECREMENTs" dados nos registradores ou na memória; Grupo Lógico "ANDs", "ORs", "XO Rs", "COMPAREs", "ROTATEs" ou "COMPLEMENTs" dados entre registradores ou entre locações de memória e registradores; Grupo de Salto "JUMPs", "CALLs" e "RETs" condicionais ou incondicionais; Grupo de Instruções de Pilha, E/S e Controle de Máquina Inclui instruções de manutenção de pilha, leitura escrita na/da memória, "seta" ou lê máscaras de interrupção, seta ou limpa "FLAGs" 1.7 CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO Uma das técnicas de Entrada/Saída de dados mais utilizadas na atualidade é a Interrupção. Seu uso aplica-se tanto em computadores de um modo geral, como também no ambiente de automação industrial. INTERRUPÇÃO (IRQ) é um sinal de hardware enviado por um dispositivo periférico necessitando de imediata atenção da CPU. A utilização desta técnica, forçosamente, envolve sinais de hardware. É comum em softwares de apoio tradicionais, como o Norton Utilities, observar a distinção entre Interrupções por Hardware e por Software. Segundo nomenclatura da INTEL, a diferença básica é que na Interrupção por Hardware, o endereço de salto, para o qual o microprocessador irá desviar o processamento é predefinido pelo hardware do microprocessador, enquanto que na Interrupção por Software, este endereço de salto pode ser alterado pelo usuário programador Assembly. Um outro conceito relacionado as interrupções também merece ser comentado. É o mascaramento de Interrupções. Existem as Interrupções Mascaráveis e as Interrupções Não Mascaráveis. Quando as Interrupções são Mascaráveis o processador tem a capacidade de não aceitar o pedido de interrupção do periférico, deixando-o pendente, de tal forma que possa atendê-lo um tempo depois. Já nas Interrupções Não Mascaráveis, o processador não pode fazer isso, sendo obrigado a atender imediatamente a solicitação de interrupção do periférico. A fim de exemplificar estes conceitos e subsidiar as explicações sobre o mecanismo de Interrupção, é fornecida a seguir a sintaxe e a semântica de uma instrução básica para o entendimento deste mecanismo, a instrução RESTART. Página 14

15 _ Instrução RST n (Restart) RST é uma instrução CALL de propósito especial. RST "push" ou "empurra" bytes do Program Counter (PC) sobre a pilha e então faz a CPU saltar para um dentre vários endereços predeterminados. ((SP) - 1) <-- (PCH) ((SP) - 2) <-- (PCL) (SP) <-- (SP) - 2 (PC) <-- 8 * (NNN) NNN - Número binário entre 000 e 111 (entre 0 e 7 em decimal) SP - Stack Pointer PCH - Byte mais significativo do Program Counter PCL - Byte menos significativo do Program Counter Ex.: Endereços de salto possíveis no INTEL 8085: HEXADECIMAL DECIMAL RST TRAP C C Interrupções por Hardware: Ex.: O 8085 inclui 4 sinais de entrada (hardware) que geram internamente instruções RST: RST 5.5, RST 6.5 e RST 7.5 (Mascaráveis) TRAP (não Mascarável) Interrupções por Software: Quando um dispositivo de E/S pede o serviço de interrupção e a IRQ está habilitada pelo sistema de interrupção do processador, este reconhece o pedido e prepara suas linhas de dados para aceitar qualquer instrução de um byte do dispositivo. RST é geralmente a instrução escolhida, pois é uma instrução CALL de propósito especial que estabelece o retorno ao programa principal. Ex.: O 8085 possui 1 entrada e 1 saída que implementa este tipo de interrupção INTR pino de entrada INTA pino de saída Página 15

16 _ Para o processador não se confundir, ao receber dois pedidos de interrupção simultâneos, é provido um mecanismo de prioridade que estabelece uma ordem no atendimento destes pedidos. Prioridade das Interrupções no 8085 NOME PRIORIDADE ENDEREÇO DE SALTO (1) TIPO DE "TRIGGER"³ TRAP H Pulso Positivo amostrado até Alto Nível RST CH Pulso Positivo "Latched" RST H Sensível a Nível (Alto) RST CH Sensível a Nível (Alto) INTR 5 (2) Sensível a Nível (Alto) (1) O processador coloca o conteúdo do Program Counter sobre a pilha, antes de saltar para o endereço indicado (2) - Depende da Instrução fornecida a CPU quando a Interrupção é reconhecida A figura 5 ilustra o mecanismo de Interrupção no A figura 6 mostra o mesmo para o ZILOG Z80 e a figura 7 exibe os circuitos integrados típicos dos ambientes INTEL e ZILOG. É importante ressaltar a diferença entre os mecanismos de prioridade de interrupção das duas empresas. Página 16

17 _ 1 INTR INTEL INTA RST nn Dispositivo Periférico Ex.: RST 7 3 Endereço Dado 0038 C3 (JMP) A Programa sendo executado Pilha (SP) INTR 6 Subrotina de Serviço de Interrupção RET Figura 5 Mecanismo de Interrupção no INTEL 8085 Página 17

18 _ ZILOG Z INT INTA Dispositivo Periférico Registrador da CPU I Programa sendo executado INT 2 Pilha (SP) Subrotina de Serviço de Interrupção XX RETI 5 4 Tabela de Endereços de Interrupção Figura 6 Mecanismo de Interrupção (Modo 2) no ZILOG Z80 Página 18

19 _ PIO DMA Z80 CPU Barramentos CTC Prioridade Fixa SIO Mecanismo "Daisy Chain" CPU Barramentos 8259 (PIC) Prioridade Controlada Figura 7 Mecanismos de Prioridade de Interrupção ZILOG e INTEL 8259 Controlador de Prioridade de Interrupção (PIC) 8257 Controlador de DMA Programável (PDC) 8272 Controlador de Disco Flexível 8274 Controlador Serial Multiprotocolo 8273 Temporizador Programável 1.8 TÉCNICAS DE ENTRADA E SAÍDA Página 19

20 _ Além da técnica de Interrupção detalhada na seção anterior, existem duas outras técnicas, também muito utilizadas em sistemas de computação de um modo geral. São estas: "Polling" e Acesso Direto à Memória (ou DMA Direct Access Memory ). "POLLING": É uma técnica de Entrada/Saída de dados onde a CPU, explicitamente, consulta o periférico com o objetivo de saber se o mesmo possui dados para transmitir ou se está livre para os receber. Esta técnica não envolve sinais de hardware e pode ser implementada por software; ACESSO DIRETO À MEMÓRIA: É uma técnica de Entrada/Saída de dados onde a CPU não participa do processo de transferência de dados, exceto no seu início e após o seu término. Um outro dispositivo periférico é necessário, o chamado "Controlador de DMA", para assumir o controle dos barramentos do sistema e controlar as transferências de dados. Na maior parte dos casos, o uso desta técnica obriga o uso combinado das anteriores para que o processo de transferência de dados seja iniciado e terminado corretamente. A figura 8 ilustra passoa-passo o procedimento de transferência de dados para a ou da memória, sem interferência da CPU. Memória Disp. 0 Disp. 1 Barramentos CPU Dados 3 2 HOLD HOLDA CDMA DRQ 1 DACK 4 Disp. 3 Disp. 2 Driver Óptico Figura 8 Entrada/Saída por Acesso Direto à Memória 1 DRQ Data Request : Solicitação de Acesso Direto à Memória feito pelo dispositivo periférico ao Controlador de DMA (CDMA); 2 HOLD Hold Request: Solicitação de controle de barramentos feito pelo CDMA ao processador; 3 HLDA Hold Acknowledgement Resposta do processador ao CDMA, avisando que à partir daquele momento, este poderá assumir o controle temporário dos barramentos para a transferência de dados; 4 DACK Data Acknowledgement Resposta do CDMA ao dispositivo periférico, avisando que assumiu o controle dos barramentos e a transferência de dados poderá se iniciar. A programação do CDMA consiste basicamente de informar o mesmo sobre o endereço inicial do bloco de bytes a ser transferido, o sentido da transferência e o tamanho de bloco ou o endereço final. Depois que os comandos são fornecidos ao dispositivo periférico o processo continua, sem Página 20

21 _ interferência da CPU. Após a transferência, o sinal DRQ é retirado, consequentemente, todos os outros sinais são retirados e a CPU reassume o controle dos barramentos. Página 21

22 _ CAPÍTULO 2: OS MICROPROCESSADORES DA INTEL 2.1 O 8086/8088 A figura 9 exibe o Diagrama em Blocos da Arquitetura do Arquitetura Unidade de Execução AH BH CH DH SP BP SI DI AL BL CL DL Unidade de Interface de Barramento 0000 CS DS SS ES IP Unidade de Controle de Barramento ALU (Unidade Lógica e Aritmética) Unidade de Controle Status Registrador de Instrução Fila de Código Objeto de Instrução Figura 9 Arquitetura do 8086 Fonte: "The 8086 Book", Rector R. e Alexy G. - OSBORNE/McGraw-Hill Página 22

23 _ Registradores do 8086/8088 Registrador AX = AH + AL BX = BH + BL CX = CH + CL DX = DH + DL SP BP SI DI IP Flags H + Flags L CS DS SS ES Finalidade Acumulador Base (2 º acumulador) Contador (usado em instruções de múltiplas interações) Dado (algumas instruções movem dados de uma porta de E/S para a posição de memória endereçada por DX) Apontador de Pilha Apontador de Base Índice Fonte Índice Destino Apontador de Instrução Flags Segmento de Código Segmento de Dados Segmento de Pilha Segmento Extra Observações: 1. O registrador SP está estreitamente ligado ao ES, em função das operações relacionadas à manutenção da pilha; 2. O registrador IP está estreitamente ligado ao CS, em função das operações relacionadas à execução de instruções; 3. O endereço fonte de um String de dados é obtido à partir de SI + DS; 4. O endereço destino de um String de dados é obtido à partir de DI + ES Características Gerais Capacidade de Endereçamento: 20 bits de endereçamento => 1.0 Megabytes ou 512 Kwords Operações com: Bit, Byte, Word e Bloco Organização da Memória: a) Física: => 2 x 512 Kbytes. End. Ímpar (D7 D0) End. Par (D15-D8) b) Endereçamento relativo à base de endereços de Registradores de Segmento: Code (CS), Data (DS), Stack (SS) e Extra (ES). Endereço Registrador Conteúdo End. da Memória de Programa IP 0 M M M M CS N N N N 0 (IP+CS) Endereço Final P P P P M Página 23

24 _ End. da Memória de Dados XX 0 M M M M DS N N N N 0 (XX+DS) Endereço Final D D D D M End. da Memória de Pilha XX 0 M M M M SS N N N N 0 (XX+SS) Endereço Final S S S S M End. da Memória Extra XX 0 M M M M ES N N N N 0 (XX+ES) Endereço Final D D D D M Observações: 1. Cada registrador de segmento (16 bits) identifica o início de um segmento 64 Kbytes. Como são 4 (quatro) os registradores de segmento, pode-se selecionar apenas um de 4 segmentos de 64 Kbytes de cada vez. Isto significa que de 1 MBytes, têm-se apenas 1 de 16 possíveis segmentos endereçáveis diretamente (1 MBytes / 64 Kbytes = 16); 2. XX pode ser um registrador qualquer da CPU, como por exemplo: IP, quantidade de 16 bits, DI ou SI, BX, BP, etc. c) Posições de FFFF0-FFFFF (32 Bytes) reservadas para Reset => Após o Reset, a CPU executa sempre a instrução contida no endereço FFFFF0, onde normalmente existe um JUMP. d) Posições de FF (1024 Bytes) reservadas para operações com Interrupção => 256 possíveis vetores de interrupção; Endereçamento de Entrada/Saída dispositivos diretamente; - 64 Kbytes indiretamente Tamanho dos Registradores Internos : 16 bits Tamanho do Barramento de Dados: 16 bits Coprocessador matemático: Capacidade de Interrupção 1. Interrupções Predefinidas (requisitadas por hardware ou software) De 0 a 31: IRQ 0 Divisão por Zero IRQ 1 Passo-a-Passo IRQ 2 NMI ( Not Maskable Interrupt ) Interrupções de Hardware (definidas pelo usuário) De 32 a 255: Solicitadas via pino INTR da CPU Página 24

25 _ Observação: O dispositivo solicitante deve colocar em D0-D7 (8 bits menos significativos do barramento de dados) o Número de Interrupção para a CPU. A CPU multiplica este número por 4 e com o resultado, endereça a posição de memória contendo o vetor correspondente na TABELA DE VETORES DE INTERRUPÇÃO. A figura 10 ilustra estes conceitos. 1a. Instrução Rotina de Serviço de Interrupção IRET Número de Interrupção Tabela de Vetores de Interrupção x 4 003FF IP CS Figura 10 Busca da Rotina de Serviço de Interrupção no 8086 Dos 4 bytes do VETOR DE INTERRUPÇÃO, os 2 primeiros formam o conteúdo do IP ( Instruction Pointer ) e 2 bytes restantes formam o conteúdo do CS - Registrador de Segmento de Código ( Code Segment ). Desta maneira é formado o Endereço de Início da Rotina de Serviço de Interrupção. 3. Interrupções de Software (definidas pelo usuário) De 32 a 255: Solicitadas via instrução "INT nn" nn = Número da Interrupção a ser executada Para finalizar este item deve-se comentar a posição do microprocessador 8088 em relação ao Sobre o 8088 Página 25

26 _ Uma das únicas diferenças entre os dois processadores é a de que o barramento de dados no 8088 possui um comprimento de 8 bits (o barramento do 8086 é de 16 bits). Este fato possibilitou aos fabricantes de microcomputadores o aproveitamento quase total dos circuitos periféricos do 8080 (mais conhecidos e mais baratos), reduzindo sobremaneira o custo final da máquina. Como o 8086, efetivamente, não era utilizado como um microprocessador de 16 bits, propagandeou-se em larga escala que microcomputadores com CPU 8088 possuíam o mesmo desempenho e mais baixo custo do que máquinas com CPU A verdade é que o momento era de transição para uma CPU mais poderosa e os fabricantes de placas ainda não haviam tomado uma posição definitiva à respeito. Assim, o 8088 é arquiteturalmente (rodava os mesmos programas) igual ao 8086, com a diferença principal apenas no comprimento do barramento de dados. Sobre o par 80186/80188 Após os microprocessadores 8086 e 8088, a INTEL lançou o processador 80186, com desempenho cerca de 30% superior ao O era um 8086 com novos blocos de hardware internos. Tal microprocessador encontrou sua utilização na área de controle de processos, gerenciamento de terminais e automação industrial. Entretanto, não fez sucesso comercial na área de microinformática, pois suas melhorias em relação a software eram muito poucas. A exemplo do par 8086/8088, uma CPU também foi produzida pela INTEL, com as mesmas características do 80186, à exceção do barramento de dados, dimensionado para 8 bits 2.2 O Arquitetura e Características O microprocessador surgiu com duas grandes novidades para a área de microinformática. A primeira foi que o barramento de endereços da pastilha cresceu para 24 bits (não mais os 20 bits do 8086 e 80186), o que implica em uma capacidade de endereçamento de 16 MBytes. A segunda foi a introdução de dois modos de funcionamento da CPU: o MODO REAL (compatível com o 8086) e o MODO PROTEGIDO (específico para o 286). Uma terceira inovação, o suporte a memória virtual (na época, não totalmente explorada), permitia o endereçamento de até 1 Gigabytes. Os itens que se seguem procuram fornecer mais detalhes sobre esta CPU. Modo Real: Neste modo, o é compatível em software (a nível de código objeto) com o 8086/8088. O fato de emular o 8086/8088 significa dizer que a memória a ser utilizada pelo programa não pode ultrapassar 1.0 MBytes, consequentemente, não utilizando toda a capacidade de endereçamento disponível. Sendo a CPU mais evoluída em hardware e permitindo a utilização de osciladores a cristal de freqüências mais altas, sem dúvida máquinas com esta CPU, mesmo operando neste modo, possuíam maior desempenho que os famosos XTs. Modo Protegido: Neste modo, o 80286, também pode rodar programas 8086/8088 e além disso, rodar programas escritos especificamente com o código fonte Neste modo, o automaticamente mapea 1.0 Gigabytes de endereços virtuais por tarefa dentro de um espaço de endereço real de 16.0 Megabytes. No modo protegido, o provê proteção de memória para isolar o sistema operacional e assegurar a privacidade de cada tarefa sendo executada. Assim, o 80286, foi especialmente otimizado para suportar sistemas multitarefa e multiusuário. Página 26

27 _ Registradores do Registrador AX = AH + AL BX = BH + BL CX = CH + CL DX = DH + DL SP BP SI DI IP Flags H + Flags L CS DS SS ES Finalidade Acumulador Base (2 º acumulador) Contador (usado em instruções de múltiplas interações) Dado (algumas instruções movem dados de uma porta de E/S e a posição de memória endereçada por DX) Apontador de Pilha Apontador de Base Índice Fonte Índice Destino Apontador de Instrução Flags Segmento de Código Segmento de Dados Segmento de Pilha Segmento Extra Observação: Exatamente os mesmos registradores do 8086 Capacidade de Endereçamento: 24 bits de endereço 16.0 MBytes Operações com: byte, word, double word, quad word, BCD, ASCII, apontador e ponto flutuante; Relógio: ==> 4.0 Mhz ==> 6.0 Mhz ==> 8.0 Mhz 80286x ==> 12.0 Mhz e 16 Mhz Organização de Memória: a) física 2 x 8.0 MBytes; b) Endereçamento: Seletor de Segmento Offset O seletor de segmento (16 bits) especifica um índice dentro de uma tabela em memória residente cujo conteúdo é um endereço base de 24 bits. O endereço real de memória é obtido com a soma deste endereço base (24 bits) mais o offset (16 bits), totalizando 24 bits de endereço. c) Posições de FF (1024 bytes 256 possíveis vetores de interrupção) reservadas, como no 8086, para operações com interrupção, no modo real; d) Posições de FFFF0-FFFFF reservadas para "reset", no modo real; Página 27

28 _ Endereçamento de Entrada/Saída: dispositivos diretamente; - 64 Kbytes indiretamente Tamanho dos Registradores Internos: 16 bits Tamanho do Barramento de Dados: 16 bits Coprocessador matemático: Capacidade de Processamento de Instruções: aprox. 1.5 MIPS (80286 a 8 Mhz) Diferenças no Conjunto de Instruções O conjunto de instruções do é dividido em sete categorias: transferência de dados, aritméticas, deslocamento/lógicas, manipulação de strings, controle de transferência, de alto nível e de controle de processador. Entre as instruções adicionais podem ser citadas as seguintes: PUSHA salva o conteúdo da totalidade dos registradores; POPA restaura o conteúdo da totalidade dos registradores; INS entra string de caracteres; OUTS sai string de caracteres; ENTER chama procedure; LEAVE libera procedure; e mais 15 instruções que somente podem ser executadas no modo protegido; Implicações no Desempenho de um Microcomputador Sistemas de microcomputador baseados no foram os primeiros sistemas com capacidade para rodar sistemas operacionais de rede multiusuário e/ou multitarefa, na época, por exemplo, o Netware 2.x da Novell, o qual era escrito em C e Assembly Tais sistemas, paulatinamente, passaram à função de computador pessoal ( desktop ) e não mais a de servidor OS Diferenças de Arquitetura e Características O microprocessador é compatível em software com o A INTEL optou por manter esta compatibilidade para aproveitar toda a enorme base de software escrita para os 8086 e Sendo Página 28

29 _ assim, o 386 executa a maioria dos programas escritos para o 8086 e 80286, simplesmente por que este emula estas CPUs, não fazendo uso de todas as suas capacidades. Primeiro microprocessador de 32 bits da INTEL, o trouxe um novo modo de operação, em adição aos dois modos do (Real e Protegido), o modo Virtual. O microprocessador abordado nos próximos parágrafos é o mais potente da família, que na literatura é chamado de 80386DX, ou "Full" ou ainda, como a INTEL o denominou, simplesmente, A figura 11 mostra os registradores do Registradores Gerais de Endereço e Dados AH AL BH BL CH CL DH DL SI DI BP SP EAX EBX ECX EDX ESI EDI EBP ESP Registradores Seletores de Segmento 15 CS SS DS ES FS GS 0 Código Pilha Dados Apontador de Instrução e Registrador de Flags IP FLAGS EIP EFlags Figura 11 Registradores do No MODO REAL, o é compatível em software (a nível de código objeto) com o 8086/8088, inclusive com a mesma limitação de memória (1.0 MBytes). Sendo a CPU mais evoluída em hardware (p.e. registradores de 32 bits) e permitindo a utilização de osciladores a cristal de freqüências ainda mais altas que os 80286, sem dúvida, máquinas com esta CPU possuem desempenho bem maior que os 286. Assim, neste modo, o mecanismo de endereçamento, o tamanho de memória e a manipulação de interrupções são todos idênticos ao modo real do As instruções também podem ser utilizadas neste modo. No MODO PROTEGIDO, o 80386, se comporta exatamente como no modo de mesmo nome do 80286, sendo que endereçará 4.0 Gigabytes de memória real (ao invés dos 16.0 MBytes do 80286) e 64 Terabytes de memória virtual. Neste modo, o mecanismo de endereçamento também é diferente daquele utilizado no Enquanto no o endereço base é de 24 bits (aos quais são adicionados 16 bits de offset), no este endereço é de 32 bits (aos quais são adicionados 16 ou 32 bits de offset). Quando operando no modo protegido, o pode fazer uso de uma técnica chamada de SEGMENTAÇÃO. Esta técnica organiza a memória em módulos lógicos chamados segmentos. Este modo de gerenciamento de memória provém a base para a proteção de segmentos de memória. Por Página 29

30 _ exemplo, uma tabela do sistema operacional pode residir em um segmento e, como tal, deve ser protegido da interferência de usuários não privilegiados, os quais poderiam "derrubar" o sistema. Uma outra técnica útil de gerenciamento de memória para sistemas operacionais multitarefa em memória virtual é a técnica chamada de PAGINAÇÃO. Independentemente da segmentação, a qual modulariza programas e dados em segmentos de comprimento variável, a paginação divide programas em páginas uniformes múltiplas. Dessa forma, somente um pequeno número de páginas de cada tarefa precisa estar na memória em um dado instante. A paginação é útil para o gerenciamento da memória física do sistema. O possui 4 níveis de proteção otimizados para suportar as necessidades de sistemas operacionais multitarefa, os quais devem proteger e isolar programas de usuários, uns dos outros, e programas do próprio sistema operacional, dos usuários. Tais níveis de proteção se constituem, em outras palavras, em um sistema de privilégio hierárquico de 4 níveis: PL=0 (mais privilegiado) - Núcleo do sistema operacional; PL=1 - Serviços do Sistema Operacional; PL=2 - Extensões do Sistema Operacional e PL=3 - Aplicações. Quando operando no MODO VIRTUAL, o permite a execução simultânea de aplicações 8086, sistemas operacionais 8086 e suas aplicações, aplicações e, ainda, aplicações Assim, em um computador 386 multiusuário, uma pessoa pode estar rodando uma planilha DOS, enquanto outra usa o DOS e uma terceira roda múltiplos utilitários e aplicativos UNIX. A MEMÓRIA CACHE é um bloco de memória RAM (do tipo estática) que, tendo tempo de acesso menor que a memória principal (do tipo dinâmica), pode ser lido muito mais rapidamente. Assim, antes de se executar um programa que está na memória principal, a região contendo o programa é transferida para a memória cache e só então o programa é executado. Isto reduz drasticamente o tempo de acesso à RAM e aumenta a velocidade de execução dos programas. No 80386, o uso de memória cache era opcional, isto é, apenas algumas máquinas (dependendo do fabricante) incluíam uma pastilha controladora de memória cache, o (gerenciavam até 256 Kbytes), e sua inclusão implicava em um aumento da placa mãe. Esta pastilha só era encontrada nas últimas versões micros 386. Características Principais: Capacidade de Endereçamento: 32 bits de endereço 4.0 Gigabytes Operações com: bit, campos de bit, string de bits, byte, word, double word, quad word, BCD, ASCII, apontador e ponto flutuante; Relógio: Mhz Mhz 80386x 20.0 Mhz 80386x 33.0 Mhz Am Mhz Organização de Memória: a) Física: 2 x 2.0 Gigabytes; 4 x 1.0 Gigawords; 8 x 0.5 Gigalongwords b) Endereçamento: Página 30

31 _ 3 espaços de endereço ==> lógico, linear e físico Endereçamento Lógico (ou Virtual): Consiste de um segmento seletor (14 bits) e de um offset (soma de componentes de endereçamento: BASE, INDEX, DISPLACEMENT => 32 bits), totalizando 46 bits de endereçamento, consequentemente, um espaço de 64 Terabytes; Endereçamento Linear: A unidade de segmentação translaciona o endereço lógico para um endereço linear de 32 bits, implicando em 4.0 Gigabytes; Endereçamento Físico: Se a unidade de paginação não está habilitada, o endereço linear de 32 bits corresponde a um endereço físico, também de 4.0 Gigabytes. c) Posições de FF (1024 bytes 256 possíveis vetores de interrupção) reservadas, como no 8086 e 80286, para operações com interrupção, no modo real; d) Posições de FFFFFFF0-FFFFFFFF reservadas para "reset", no modo real; Endereçamento de Entrada/Saída: dispositivos diretamente, como nos 8086 e 80286; - 64 Kbytes indiretamente Tamanho dos Registradores Internos: 32 bits Tamanho do Barramento de Dados: 32 bits Coprocessador matemático: Capacidade de Processamento de Instruções: aprox. 4.0 a 10.0 MIPS ( bits em 16, 20 e 25 Mhz) Diferenças no Conjunto de Instruções O conjunto de instruções do é dividido em nove categorias: transferência de dados, aritméticas, deslocamento/lógicas, manipulação de strings, controle de transferência, suporte de linguagem de alto nível, suporte de sistema operacional e de controle de processador. As diferenças no conjunto de instruções estão intimamente ligadas às instruções de suporte de linguagem de alto nível e de sistema operacional. Uma das fraquezas do projeto 286 foi a sua incapacidade de emular o 8086, mantendo a proteção e a memória virtual. Com o 286, só se poderia emular o 8086 se este estivesse no modo real, quando a proteção está completamente desabilitada. O projeto do 386 corrigiu este problema e permitiu então que várias tarefas 8086 sejam emuladas ao mesmo tempo no seu modo VIRTUAL. A fim de fornecer compatibilidade em software com os 80286, o podia executar instruções de 16 bits no modo real e no modo protegido. Prevendo a expansão para o 386, a INTEL, especificou para o 286 que os bits não usados por um descritor de segmento deveriam ser posicionados em "0". O 386 interpreta isso como um identificador de segmento 286. Assim, o processador examina o conteúdo de um bit D do descritor de segmento. Se é "0", então todos os comprimentos de operando e endereços efetivos são assumidos como de 16 bits (código 286). Se é 1, então o comprimento default é de 32 bits (código 386). Independentemente da precisão default, o pode executar instruções de 16 ou 32 bits, através de um prefixo automaticamente adicionado pelos montadores Assembly da INTEL. Página 31

32 _ Fonte: "80386 High Performance Microprocessor with Integrated Memory Management", INTEL Corporation - Advance Information, october 1985; Além das diferenças anteriormente mencionadas, pode-se ainda citar algumas outras: 1. O tempo de execução das instruções é diferente em vários casos. Na maior parte, o 386 é mais rápido que o 286; 2. Existem vários códigos indefinidos no 286 que, se executados, provocariam uma falha de código (INT 6). No 386 a instrução será executada; 3. O prefixo LOCK (impede que outros dispositivos acessem a memória do processador) para o 8086 é irrestrito, mas para o 386 é proibido em várias instruções. O problema era que o uso indiscriminado do LOCK resultava em que dispositivos eram inibidos por períodos inaceitavelmente longos. No ambiente não protegido do 8086, cabia às aplicações não deixar que isto ocorresse. No ambiente protegido do 386, apenas algumas instruções podem ser precedidas deste prefixo, àquelas que não interferem com a velocidade de execução de tarefas Versões 80386, 80386SX e 80386SL O 80386SX podia ser interfaceado a circuitos periféricos de 16 bits, mas roda os softwares de 32 bits escritos para o 386, pois sua arquitetura interna é de 32 bits. O seu barramento de dados é de 16 bits (a metade dos 32 bits do 80386). Endereça até 16 MBytes de memória real (bem menos que os 4 Gigabytes do 80386). Era comercializado pela INTEL com relógio máximo de 20 Mhz (o era encontrado com relógio de 33 Mhz). Sua capacidade de execução de instruções varia entre 3 e 4 MIPS (menos da metade dos 11,4 MIPS do a 33 Mhz). O coprocessador utilizado com o 386SX era o 80387SX. O 80386SL era um microprocessador também derivado do e foi projetado especialmente para uso em computadores portáteis ("Lap Tops"). Esta pastilha foi o resultado da integração de três circuitos: a CPU 386SL, um controlador de barramento e um controlador de vídeo gráfico, diminuindo assim, o tamanho e o peso do equipamento, além de proporcionar uma característica particular de economia de energia. A memória real endereçável do 386SL era de 32 MBytes (16 MBytes a mais que o 386SX), sua freqüência de operação era de 20 Mhz e o barramento de dados de 16 bits (como no 386SX). A unidade gerenciadora de energia era capaz de baixar a zero a atividade na CPU, enquanto se lê a tela do micro ou no intervalo da digitação. A aplicabilidade do 386SL em "lap Tops" foi indiscutível Implicações no Desempenho de um Microcomputador Com base nas explicações fornecidas nos itens anteriores pode-se dizer o seguinte: A exemplo do que ocorreu com o em relação ao 8086, sistemas de microcomputador baseados no 80386, paulatinamente, passaram de servidores a desktops. Uma versão do Netware da Novell, a versão 3.12, até os dias atuais muito utilizada, usa toda a capacidade deste microprocessador, uma vez que foi escrita em C e assembly 386. Página 32

33 _ O dispunha de um modo de execução muito melhor adaptado ao funcionamento multitarefa do que o Na época, sistemas baseados neste microprocessador eram os únicos capazes de suportar de uma só vez os sistemas operacionais DOS, OS/2 e UNIX OS I486 A INTEL, segundo decisão da justiça dos EUA, não pode registrar números, 386 e 486 p.e., como suas marcas. Optou então, por acrescentar um "i" (i minúsculo) na frente dos números. Assim, 486, ou i486 eram nomes encontrados na literatura para designar o mesmo processador. Inicialmente será abordado o i486 e em seguida o i486sx Diferenças de Arquitetura e Características A arquitetura interna do i486 foi otimizada em relação ao ou i386. Isto possibilitou a introdução na pastilha de algo acima de um milhão de transistores (quatro vezes mais que o i386 possui). Os fabricantes de computadores foram diretamente beneficiados por esta densidade de integração, uma vez que a placa mãe sofreu uma redução significativa de tamanho e o processo de projeto e montagem foi simplificado. Também o microcódigo de instruções foi otimizado, de forma a manter o máximo possível as operações no interior da pastilha e, consequentemente, eram necessários menos ciclos de relógio para executar as mesmas instruções que o i386 já executava. O 486 usa ambas as bordas do sinal de Relógio para a CPU, enquanto os 286 e 386 usavam apenas uma borda. Pode-se dizer que, a grosso modo, o ganho de desempenho veio, essencialmente, da memória cache e do coprocessador (essencial em ambientes de CAD/CAM). Entretanto, em ambientes de microinformática, considerados mais simples, que usam planilhas e bancos de dados, o ganho de desempenho com o uso do coprocessador foi praticamente nulo. O i486 incorpora o i386 com as suas instruções, memória cache de 8 Kbytes de RAM estática (mais rápida que a dinâmica) e gerenciador próprio (80385) e coprocessador aritmético (80387). Foram adicionadas ao conjunto de instruções do i386 cinco instruções: três para gerenciamento da memória cache e duas, incluídas a pedido da Microsoft, para tratamento de tarefas concorrentes pelo OS/2. Como no i386, a pastilha endereça diretamente até 4.0 Gigabytes e indiretamente até 64 Terabytes Diferenças na Capacidade de Processamento O i486 a 25 Mhz possui uma capacidade de processamento de instruções de aproximadamente 20.0 MIPs (duas vezes mais rápido que um i386 nos mesmos 25 Mhz) e é totalmente compatível com este último. Como mencionado, a capacidade de processamento do 486 foi amplamente influenciada pela memória cache. Isto é detalhado a seguir. Há muitas discussões sobre o melhor tamanho da memória cache, mesmo entre os fabricantes de microcomputadores, por isso mesmo são oferecidas ao usuário as mais diferentes opções. Uma vez que esta é a responsável direta pelo aumento de desempenho da máquina, uma escolha acertada Página 33

34 _ poderia beneficiar grandemente o usuário. O que se constata na literatura especializada é que o melhor tamanho para a memória cache é o tamanho do maior programa que vai ser executado naquela máquina. Entretanto pode-se tornar excessivamente caro colocar o máximo possível de memória cache, não compensando os benefícios correspondentes. O i486 permitiu memória cache externa, além dos 8 Kbytes internos. Assim, algumas máquinas eram oferecidas com 256 Kbytes externos. Considerando-se o desempenho relativo a um XT 4.77 Mhz, pode-se fornecer alguns dados de desempenho, como discriminados abaixo: i486, 33 Mhz, cache externo de 64 Kbytes Cache interno e externo desabilitado Somente cache externo habilitado Somente cache interno habilitado Caches interno e externo habilitados 6,5 vezes mais rápido; 26 vezes mais rápido; 38 vezes mais rápido; 72 vezes mais rápido; Conclui-se destes dados que o cache interno é extremamente importante, mesmo sendo muito menor que o externo. Isto se deve a sua lógica de construção e, obviamente, ao fato de estar dentro da própria pastilha de CPU. Quando se carrega um programa na memória cache e este é executado, considera-se que isto é um "acerto" e cada vez que se deve movimentar um bloco da memória principal para a RAM de cache, considera-se que isto é um "erro". Existe, portanto, uma taxa de acertos ("Hit Rate") relacionada com o tamanho da memória cache. Um cache externo maior, evidentemente, possibilitará uma melhor taxa de acertos, uma vez que poderá conter mais programas. Assim, a velocidade do cache interno aliada a uma melhor taxa de acertos provida pelo cache externo, possibilitará um melhor desempenho da máquina como um todo. Sobre o i486sx O i486sx foi lançado pela INTEL para fazer frente a concorrência acirrada do microprocessador Am de 40 Mhz da Advanced Micro Devices (AMD), mais veloz que o seu microprocessador mais rápido, o i Mhz. Deve-se entender o "SX" com uma versão desprovida de algo que sua versão completa, ou "full", ou ainda "DX", continha. O i486sx possui um barramento de dados de 32 bits, exatamente como o i486. Isto não aconteceu com o i386sx, o qual possui 16 bits para dados, 16 a menos que i386. Basicamente, o i486sx opera a uma taxa de relógio de 20 Mhz e possui uma unidade de ponto flutuante interna (como o i486), mas esta encontra-se desativada. Estes dois fatores levaram a uma diminuição no custo da pastilha de 60% em relação ao i486. O i486sx, mesmo a 20 Mhz segundo a INTEL, era 45% mais rápido que o i386 (33 Mhz), com um custo apenas 17 % superior. Já o i Mhz era 20% mais rápido que o i486sx (20 Mhz) e custava 270% mais caro (custo em março de 1992). Um quadro exibido pela revista Micro Sistemas em março de 1992 mostrava o seguinte: CPU (clock) Custo (US$) MIPs Custo do MIP (US$) i386 (33) ,4 18,77 i486sx(20) ,5 15,15 Página 34

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