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- Melissa Branco Batista
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3 Adquira o livro de apoio para subsidiar seus estudos, no site da CPAD ( nas melhores livrarias ou como autor.
4 TEXTO DO DIA Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram (Mt 4.11).
5 SÍNTESE A narrativa da tentação de Jesus enaltece a importância do estudo sistemático da Bíblia como alicerce seguro à vida cristã.
6 LEITURA BÍBLICA MT
7 1 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; 3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. 5 Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
8 7 Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 8 Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás. 11 Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
9 INTRODUÇÃO A tendência é entendermos que a tentação de Jesus foi apenas um momento. No entanto, a tentação foi um clima que marcou toda a sua vida e sua missão. O meio de resposta de Jesus à tentação foi sempre foi a Palavra de Deus. A Bíblia sustenta e fortalece a fé para a entrega total nas mãos do Pai e vitória sobre as tentações que provocam a injustiça e a desigualdade.
10 I. A TENTAÇÃO DO SUSTENTO MATERIAL NO DESERTO (MT 4.1-4)
11 Introdução ao tópico A primeira tentação de Jesus está relacionada com necessidade básicas de sobrevivência e confiança em Deus. Ela está relacionada diretamente com o impulso do povo hebreu de infidelidade durante a caminhada no deserto (Dt 6-8).
12 a) A relação de Mateus com a caminhada dos hebreus no deserto Todo ser humano tem necessidade básicas de sobrevivência e pode passar por momentos de crise. Existe uma relação direta entre a narrativa de Mt e a narrativa da travessia dos hebreus pelo deserto, em especial três capítulos de Deuteronômio (Dt 6-8). Ver quadro comparativo:
13 QUADRO COMPARATIVO Mt Dt 6 a 8 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, Deus conduz o povo ao deserto e o submete à prova (Dt para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1) ). Subindo eu ao monte a receber as tábuas de pedra, as e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, tábuas do concerto que o SENHOR fizera convosco, então depois teve fome (Mt 4.2). fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; pão não comi e água não bebi (Dt 9.9). Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4). e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra (Mt 4.6). Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus (Mt 4.7). Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles (Mt 4.8). Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás (Mt 4.10). (NEVES, 2017, P ) E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem (Dt 8.3). E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem (Sl ). Não tentareis o SENHOR, vosso Deus, como o tentastes em Massá (Dt 6.16). Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está defronte de Jericó; e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra, desde Gileade até Dã (Dt 34.1) SENHOR, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás (Dt 6.13).
14 b) A tentação de Israel no deserto por 40 anos No êxodo (saída do Egito, lugar de injustiça), os hebreus saíram com a incumbência de criarem uma sociedade justa, antes, tiveram de conviver com o deserto por 40 anos. Deserto é lugar de fome (Mt 4.2-4), porém também é lugar de aliança, purificação e encontro com Deus (Ex 19.1ss; Os 2,16ss). Na caminhada pelo deserto, o povo teve que demonstrar sua confiança na dependência da ação divina.
15 b) A tentação de Israel no deserto por 40 anos No entanto, muitos dentre o povo, nestas condições, colocaram em dúvida a proteção e o cuidado de Deus, tentando-o. No momento da necessidade, duvidaram e murmuravam contra Deus (Ex ), por isso ficaram pelo caminho. Jesus, apesar da tentação no deserto, demonstrou sua confiança e reconheceu sua dependência de Deus.
16 c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias Mateus narra que Jesus foi levado para ser tentado logo depois de seu batismo. Após a revelação de sua filiação divina e uma autorização para iniciar sua missão. Não parece ser desproposital essa sequência, pois as tentações de Jesus estão diretamente relacionadas quanto ao modo dele cumprir a sua missão como resgatador da humanidade.
17 c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias Advertência para que o cristão esteja atento em relação ao que pode impedir (injustiça e desigualdade) o reino da justiça e o cumprimento da missão solidária. O Salvador da humanidade precisava se submeter às mesmas condições que a criatura a ser libertada (Hb 2.1,18; 4.15; 5.7-9). O 40 dias de jejum recordam os 40 anos de Israel no deserto, antes de entrar na Terra Prometida.
18 c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias A narrativa do jejum por 40 dias não era uma inovação (Moisés - Dt 9.9,18; Ex 24.18; 34.28; Elias -1Rs19.8). O ser humano não tem condições de se abster de alimento e água por 40 dias. O número 40 é utilizado várias vezes na Bíblia (Gn 7.4,12; Ex 24.18; 34.26; Dt ; 10.10; Nm 4.33; 32.13; Dt 8.2; 29.4; Mt 4.2; Mc 1.12; Lc 4.2; At 1.3; Dt 25.3; 2Cor 11.24; entre outras citações). Quando se refere a dias ou anos, pode significar um período necessário e suficiente para determinada ação.
19 c) A tentação de Jesus no deserto por 40 dias Jesus foi desafiado como Filho de Deus a fazer uso de seus atributos divinos para satisfazer suas necessidades de natureza humana. Isso comprometeria sua missão. Jesus rebate: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3). Se for oferecida alternativa para suprir suas necessidades materiais com violação dos princípios bíblicos, não ceda!
20 PENSE O povo hebreu e Jesus responderam de forma diferente quanto à prova do deserto. Jovem, e você, como tem se comportado quando passa pelo deserto?
21 PONTO IMPORTANTE Conhecer as Escrituras foi fundamental para as respostas de Jesus ao adversário. A Palavra de Deus continua uma arma eficiente contra as tentações.
22 II. A TENTAÇÃO DO USO DO TEMPLO PARA EXPLORAÇÃO (Mt 4.5-7)
23 Introdução ao tópico Impressionante como um lugar considerado santo pode se tornar um lugar de tentação. Infelizmente é isso que acontece ( uso indevido da Palavra e poder eclesiástico para benefício próprio). Jesus deixa uma advertência: Não tentarás ao Senhor teu Deus!
24 a) A tentação de mercantilizar a religião O pináculo demonstra a responsabilidade de estar no ponto mais alto do poder religioso. Quem está nessa posição muito pode fazer para o bem ou para o mal. O diabo faz uso da própria Palavra de Deus para colocar dúvida. Ele cita o Sl 91, em que Deus promete proteger o justo. Infelizmente muitos pregam um relacionamento mercantil com Deus, o famoso toma-lá-dá-cá.
25 a) A tentação de mercantilizar a religião A Bíblia deve ser interpretada como um todo. Jesus afirma que todas as pessoas passam por aflições, mesmo seus discípulos (Jo 16.33). A teologia da retribuição, protótipo da atual teologia da prosperidade, já estava presente no livro de Jó. A sociedade contemporânea é, basicamente, uma sociedade de consumo, tendo como principais características o imediatismo e a busca desenfreada do TER.
26 a) A tentação de mercantilizar a religião Características que têm determinado a vida de algumas pessoas e influenciado as práticas teológicas. A teologia consumista é o oposto da teologia pregada por Jesus, que privilegiava a solidariedade, a vida em comunidade, simples e sem excesso de consumo. O diabo propôs a Jesus fazer uso de sua intimidade com Deus em seu benefício próprio, porém ele recusou e preferiu se colocar na dependência de Deus.
27 b) A tentação de fazer de Deus um instrumento de capricho e ostentação Jesus cita Dt 6.16 não tentarás o Senhor, teu Deus, demonstrando a seriedade que é tentar manipular Deus. Muitos requerem, como se pudessem, exibição de Deus. Se comportam como crianças mimadas. Creem em Deus na teoria, mas são ateus na prática.
28 b) A tentação de fazer de Deus um instrumento de capricho e ostentação A prática de legitimar a autoridade dos discursos por meio de supostas revelações e visões é antiga. As pessoas que buscam a prosperidade egoísta alimentam esse processo. A educação cristã deve ocupar uma postura profética contra esta prática. Jesus denunciou a prática religiosa opressora e abusiva.
29 PENSE As práticas religiosas podem levar as pessoas para mais perto de Deus ou distanciá-las, se for para benefício próprio. Jovem, qual tem sido sua opção?
30 PONTO IMPORTANTE Jesus, maior exemplo de quem ajudou a muitos e tinha autoridade em seus discursos, nunca usou essas qualificações para seu benefício próprio.
31 III. A TENTAÇÃO DO USO INDEVIDO DO PODER (MT )
32 Introdução ao tópico O risco de dar lugar ao impulso de desfrutar das glórias do mundo, em detrimento da adoração ao Deus verdadeiro. Jesus se deparou com vários momentos que impulsionariam a tomada do poder, mas não cedeu a essa tentação.
33 a) O poder dos impérios e reinos do mundo A última tentação está relacionada à idolatria. O lugar da tentação agora é um monte muito alto. As montanhas altas tinham um significado especial nas tradições do povo israelita (Gn ); 1Rs 19.8; entre outros). Do monte escolhido se dá uma visão de todos os reinos. Não existe um monte com essa característica (analogia).
34 a) O poder dos impérios e reinos do mundo O texto dá a entender que o adversário do Reino dos céus domina os reinos do mundo. Que mundo é esse? A esfera da vida política, social, econômica e religiosa quotidiana. Embora criado por Deus e objeto dos propósitos de Deus (Sl 24,1), é reclamado pelo diabo e com necessidade de salvação (5,14; 13,38; 24,21). Ditado popular: Fulano fez um pacto como diabo.
35 b) O poder idolátrico das glórias dos reinos do mundo Cultura judaica da centralidade de Sião estava relacionada com o centro da adoração de todos os povos. Um poder centralizador assim seria visado por muitos. O ser humano tem tendência pelo gosto do poder e de ser bajulado. Essa é uma tentação que precisa ser constantemente monitorada.
36 b) O poder idolátrico das glórias dos reinos do mundo Tentação de pensar fazer o bem. Estar sincronizado com Deus para não ser enganado pelo mal, pensando fazer o bem. Jesus estava consciente do caminho a ser seguido para cumprir sua missão e atender os propósitos de Deus. Ele chegou á glorificação porque passou pela cruz. A vitória sobre a tentação trouxe a possibilidade de libertação para toda humanidade.
37 PENSE Jovem, reflita sobre o motivo que leva muitas pessoas que começam bem intencionadas a obra de Deus, mas como o aumento do poder, elas se perdem.
38 PONTO IMPORTANTE Jesus estava consciente que para cumprir sua missão e os propósitos de Deus deveria trilhar pacientemente o caminho da cruz e não da glória humana.
39 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta lição aprendemos que: 1. A fidelidade à Deus deve preceder a satisfação pessoal e de bens materiais; 2. Deus não pode ser tentado e seu nome não deve ser usado em benefício próprio; 3. Não se deve buscar a glória, mas glorificar à Deus. 4. Todas as pessoas passam pelo modelo das tentações de Jesus. O caminho da vitória também é o mesmo.
40 REFERÊNCIAS LIÇÕES BÍBLICAS DE JOVENS. Seu Reino não Terá Fim: vida e obra de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus. 1 TRI Rio de Janeiro: CPAD, NEVES, Natalino das. Educação Cristã Libertadora. São Paulo: Fonte Editorial, NEVES, Natalino das. Seu Reino não terá Fim: vida e obra de Jesus, segundo o Evangelho de Mateus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
41 Pr. Natalino das Neves Facebook: Contatos: (41) (TIM)
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