Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT - UEA. Gênese e Morfologia do Solo

Transcrição

1 Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal Mestre em Ciências de Florestas Tropicais Professora Assistente CESIT - UEA z Gênese e Morfologia do Solo

2 2 z Conceito de solo O recurso solo Breve histórico da ciência do solo Ramificações da ciência do solo Conceito e funções do solo Composição do solo

3 3 Bibliografia base: LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. 2.ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

4 4 O recurso solo O homem primitivo usava o solo como material para expressão artística e confecção de objetos Num período mais recente, o homem precisou se fixar em determinados territórios, dando início ao cultivo de plantas

5 5 Nascimento e desenvolvimento da agricultura Embora não existam registros detalhados, sabe-se que a qualidade das terras dos territórios em que o homem se estabelecia condicionava o avanço de uma civilização

6 6 Nascimento e desenvolvimento da agricultura As primeiras cidades situavam-se em áreas com solos férteis, próximas a boas reservas de água e pouco sujeitas à erosão Na civilização chinesa, o valor de uma propriedade era estabelecido pela produtividade do solo

7 7 Nascimento e desenvolvimento da agricultura Na Grécia, há anos, os estudos de Aristóteles e, principalmente, Theofastes, um dos fundadores da Botânica, mostraram que características do solo estão relacionadas com o desenvolvimento das plantas

8 8 Nascimento e desenvolvimento da agricultura Hipócrates, um dos primeiros médicos, comparou a relação do solo com as plantas com o estômago para os animais O estômago transforma os alimentos para o crescimento e a manutenção do corpo, da mesma forma que o solo transforma e cede nutrientes à planta

9 9 O surgimento da Pedologia Genetic soil Science Vasilli V. Dokouchaev (1877) Naturalista russo Foi nomeado para estudar os efeitos de uma seca ocorrida na Ucrânia naquela época

10 10 O surgimento da Pedologia Ele estudou detalhadamente os solos da região e posteriormente estudou as florestas de Gorki, próximo a Moscou Fez comparações e descobriu que os solos das regiões eram diferentes e que essa diversidade se dava principalmente por causa do clima

11 11 Vasilli V. Dokouchaev ( ) Estabeleceu as bases da Pedologia Reconheceu o solo como corpo dinâmico e naturalmente organizado que podia ser estudado por si só

12 12 O surgimento da Pedologia Paralelamente, Charles Darwin também deu sua contribuição ao estudo dos solos quando descreveu animais que habitavam e interagiam diretamente com o solo Muitos outros estudos foram realizados por pesquisadores em outras regiões do planeta

13 13 Conceito de Pedologia Do grego pedon = solo + logos = estudo Estuda o solo no seu conceito total e essencial, ou seja, a pedologia interessa-se tanto pelas camadas superficiais como pelas demais e procura entender a pedogênese (como os solos se formam)

14 14 z Pedologia é o estudo dos solos em seu ambiente natural.

15 15 Ramificações da ciência do solo Sob o ponto de vista edafológico: Fertilidade do solo e nutrição de plantas Biologia do solo Física do solo Conservação do solo

16 16 Fertilidade do solo e nutrição de plantas Preocupa-se com a capacidade de suprir nutrientes no horizonte mais superficial de solos agriculturáveis Enfatiza a análise química para o diagnóstico das necessidades nutricionais das culturas

17 17 Ramificações da ciência do solo Sob o ponto de vista pedológico: Gênese, morfologia e classificação do solo Levantamento de solos Química e mineralogia do solo

18 18 Ramificações da ciência do solo Em áreas como a Engenharia Civil: Mecânica dos solos: o solo é estudado como material de construção ou suporte de edificações

19 19 Conceitos e funções do solo O conceito de solo pode variar sob o ponto de vista do observador: Para um engenheiro civil é um material Para um agricultor é a fonte de sustento Para uma empresa mineradora um empecilho

20 20 Conceito de solo do ponto de vista pedológico: z Solo é a coleção de corpos naturais dinâmicos, quem contém matéria viva e resulta da ação do clima e de organismos sobre um material de origem, cuja transformação em solo se realiza durante certo tempo e é influenciada pelo tipo de relevo. LEPSCH, 2010.

21 21 Definições técnicas: z Solo é a superfície inconsolidada que recobre as rochas e mantém a vida animal e vegetal na Terra. VIEIRA, 1988.

22 22 Definições técnicas: z Solo é uma coleção de corpos naturais, constituídos por parte sólida, líquida e gasosa, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, que ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e podem ser vegetados na natureza, onde ocorrem. Ocasionalmente podem ter sido modificados por atividades humanas. EMBRAPA, 1999.

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26 26 Limites de ocorrência dos solos Limite superior: biosfera Limite inferior: difícil de ser estabelecido Alguns autores consideram a PEDOSFERA como um alicerce da vida dos ecossistemas terrestres

27 27 A camada de rocha desgastada que se transforma em solo é de espessura ínfima quando consideradas as dimensões do globo terrestre.

28 28 Processos que iniciam a formação do solo INTEMPERISMO Fenômeno responsável pela formação do material semi consolidado que dará início à formação do solo Intemperismo Físico (Desagregação) Processos que alteram o tamanho e formato das rochas Intemperismo Químico (Decomposição) Processos que modificam a composição química das rochas

29 29 Exemplos de intemperismo físico: Variação de temperatura ao longo dos dias e noites Congelamento da água nas fissuras das rochas Crescimento de raízes nas fissuras das rochas

30 30 O regolito Regolito ou manto é a rocha alterada após o início dos processos de intemperismo, uma camada que recobre as que estão em processo de decomposição (SAPROLITO + SOLUM) É na parte mais superficial do regolito que ocorre a formação do solo (SOLUM)

31 31 Saprolito Saprolito refere-se ao material resultante do intemperismo mais ou menos intenso da rocha e que ainda mantém a textura e estrutura originais da mesma

32 32 Fatores que controlam a ação do intemperismo: Clima: que se expressa na variação sazonal da temperatura e na distribuição das chuvas Relevo: que influencia no regime de infiltração e drenagem das águas pluviais

33 33 Fatores que controlam a ação do intemperismo: Flora e fauna: que fornecem matéria orgânica (M.O.) para reações químicas e remobilizam materiais Rocha: que, segundo sua natureza, apresenta resistência diferenciada aos processos de alteração intempérica Tempo: que a rocha fica exposta aos agentes intempéricos

34 34 Constituição do solo Prof. Iane Gomes

35 35 Fração sólida

36 36 Fração sólida

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39 39 Proporções areia/argila

40 40 Fração líquida

41 41 Fração gasosa

42 42 Matéria Orgânica

43 43 Qual a influência da presença de matéria orgânica no solo? Quais as implicações da baixa disponibilidade de M.O.?

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45 45 A incorporação de nutrientes no solo proporcionada pela adição de matéria orgânica promoveu o incremento significativo em DAC e altura das plantas.