CAPÍTULO 11 - GESTÃO PISCÍCOLA DE ALBUFEIRAS 1. GENERALIDADES

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1 CAPÍTULO 11 - GESTÃO PISCÍCOLA DE ALBUFEIRAS 1. GENERALIDADES O homem começou a represar os sistemas fluviais há mais de 2000 anos (Cowx e Welcomme 1998). Todavia, foi somente no decurso dos últimos 100 anos que a construção intensiva de barragens modificou os sistemas fluviais de todo o mundo. A Península Ibérica representa um dos casos mais paradigmáticos nesta dinâmica transformadora e a quase total ausência de lagos naturais deu lugar a um impressionante número de albufeiras construídas (Granado-Lorencio 1996). Portugal tem um número significativo de albufeiras - 73 com mais de 50 ha de área inundada, mais de 120 com áreas inundadas entre os 10 e os 50 ha e milhares de menor dimensão -, apresenta grandes empreendimentos em fase de construção como o Alqueva (~25000 ha de área inundada) e prossegue uma política de implementação de novas estruturas hidráulicas, principalmente para rega. As albufeiras são sistemas ambientais e biológicos complexos, construídos por uma variedade de necessidades sociais, geralmente rega, produção de energia eléctrica, abastecimento humano, regularização de caudais e recreio (Miranda e DeVries 1996). Em cada albufeira uma destas utilizações predomina, na maior parte dos casos, sobre as outras, mas o uso múltiplo dos empreendimentos é realizado e poderá até vir a ser fomentado, em consequência das mudanças de objectivos das sociedades. Das actividades utilizadoras destas novas massas de água, a pesca desportiva associada aos recursos piscícolas produzidos nas albufeiras pode contribuir para gerar desenvolvimento e riqueza em áreas rurais portuguesas, como acontece noutras zonas mundiais desenvolvidas. Além do aumento previsível das actividades de recreio ao ar livre, no geral, e da pesca desportiva, em particular, as albufeiras têm, aparentemente, a capacidade de atrair pescadores desportivos para a prática da actividade piscatória. A pressão de pesca desportiva (resultante não só do número de pescadores mas também da eficiência dos métodos de captura) aumentou de forma explosiva em Portugal nos últimos 20 anos. Os recursos hídricos armazenados nas albufeiras registaram, concomitantemente, um aumento considerável da pressão de uso. A conjugação destes factores com uma gestão Francisco Nunes Godinho, Estação Florestal Nacional e Instituto Superior de Agronomia 346

2 piscícola demasiado administrativa e pouco ajustada à realidade ecológica dos sistemas tem, aparentemente, levado ao decréscimo e grande variabilidade nas capturas de várias espécies piscícolas em albufeiras portuguesas (Ferreira e Godinho 1994). Somente albufeiras com boas populações piscícolas das espécies mais procuradas poderão, de forma sustentada, manter a procura dos pescadores e o turismo associado (Miranda e DeVries 1996). Desta forma, programas de utilização e fomento piscatório em albufeiras pressupõem a gestão eficaz da pesca nestes sistemas. 2. INVESTIGAÇÃO PISCÍCOLA EM ALBUFEIRAS. PARADIGMA DA BIOMANIPULAÇÃO À partida, a construção de uma barragem e o consequente represamento de um rio acarretam alterações drásticas dos habitats existentes para a piscifauna fluvial, com a diminuição ou paragem do fluxo longitudinal, redução da conexão longitudinal fluvial, criação de um sistema lacustre com uma zona pelágica bem desenvolvida e alteração da zona litoral fluvial (Granado-Lorencio 1996). Reorganizações profundas das comunidades fluviais existentes são observadas nos primeiros anos após a construção de uma barragem/albufeira, quer a jusante quer a montante do paredão (Granado-Lorencio e Garcia-Novo, 1981, Petts 1984). Na investigação ictiológica realizada em albufeiras e após o desenvolvimento, até meados da década de 40, do conceito de que estes sistemas conduziam inevitavelmente a desertos biológicos, um novo paradigma ganhou forma e dirigiu os estudos e as práticas de gestão até hoje em todo o mundo - a biomanipulação (Miranda e DeVries 1996 e referências nele contidas). Este paradigma sustenta que a redução do potencial de crescimento e produção das populações/comunidades piscícolas de albufeiras nem sempre é evidente (como salientava o paradigma do deserto biológico) e que as alterações comunitárias registadas numa albufeira ao longo do tempo podem ser conhecidas e manipuladas de forma satisfatória (Miranda e DeVries 1996). 347

3 3. ASSOCIAÇÕES PISCÍCOLAS EM ALBUFEIRAS PORTUGUESAS No total, foram até hoje registadas em albufeiras portuguesas, 24 espécies piscícolas, incluindo 14 nativas e 10 exóticas (Godinho et al. 1998, Quadro 11.1). A carpa comum (Cyprinus carpio) é a espécie mais frequente, seguida pelo achigã (Micropterus salmoides), boga do norte (Chondrostoma polylepis), barbo do norte (Barbus bocagei) e perca sol (Lepomis gibbosus). Espécies presentes em alguns sistemas como a tenca (Tinca tinca), o góbio (Gobio gobio), o lúcio (Esox lucius) e o chanchito (Cichlasoma facetum) são bastante raras, pelo que serão pouco relevantes numa estratégia nacional de fomento piscatório em albufeiras, não sendo especificamente abordadas as acções de gestão potencial relacionadas com esses taxa. Três dos cinco táxones mais frequentes em albufeiras são espécies exóticas, expondo a prática comum de povoar/repovoar albufeiras com espécies não nativas no nosso País. Estas espécies (carpa, achigã e perca sol) são presentemente comuns nas albufeiras, onde aparecem com frequência associadas, mas são consideravelmente menos frequentes em ambientes lóticos, sublinhando a importância das albufeiras para o seu estabelecimento com sucesso em Portugal. A perca sol foi introduzida em Espanha e, provavelmente com a ajuda de pescadores usando-a como isco vivo, expandiu-se através dos rios comuns (Tejo e Guadiana) para Portugal. Consequentemente, muitas das espécies que hoje ocorrem em albufeiras estão dependentes das introduções realizadas, condicionando em consequência a gestão piscatória a realizar nesses sistemas. Os táxones nativos mais comuns nas albufeiras (barbo, boga e escalo) são, da mesma forma, dos mais frequentes em sistemas fluviais, onde muitas vezes ocorrem em simpatria. Uma excepção parece ser a dos pequenos Cyprinidae do género Rutilus (incluindo o Leuciscus (=Rutilus) alburnoides), relativamente frequentes e abundantes em troços lóticos mas raros nas albufeiras (ver Capítulo V). Pelo efeito de barreira as barragens impedem a passagem para montante de espécies migradoras como a lampreia marinha (Petromyzon marinus), o sável (Alosa alosa) e a saboga (Alosa fallax), cujas populações desaparecem geralmente dos regolfos (Granado-Lorencio 1996). 348

4 Quadro Espécies capturadas em albufeiras portuguesas. * subsistem duvidas quanto à classificação genérica desta espécie. Apesar de aceitar a integração em Leuciscus, para efeitos de análise é agregada com o Rutilus arcasi. Espécies não incluídas nas análises. = B. steindachneri, Almaça (1967). Quadro adaptado de Godinho et al Espécies nome comum grupo de análise frequência de ocorrência (%) Espécies nativas Cyprinidae Leuciscus alburnoides Pardelha pardelha* 5.4 Leuciscus pyrenaicus escalo do Sul escalo 29.7 Leuciscus carolitertii escalo do Norte escalo 29.7 Rutilus arcasi Panjorca pardelha 13.5 Barbus comiza barbo trombeteiro barbo 5.4 Barbus microcephalus barbo de cabeça pequena barbo 2.7 Barbus sclateri barbo do Sul barbo 2.7 Barbus bocagei barbo do Norte barbo 56.8 Chondrostoma polylepis boga do Sul boga 59.5 Chodrosoma willkommi boga do Norte boga 5.4 Cobitidae Cobitis paludica verdemã do Sul verdemã 10.8 Cobitis calderoni verdemã do Norte verdemã 5.4 Anguilllidae Anguilla anguilla Enguia enguia 24.3 Salmonidae Salmo trutta truta comum truta 32.4 Espécies exóticas Cyprinidae Cyprinus carpio Carpa carpa 70.3 Carassius auratus Pimpão pimpão 32.4 Tinca tinca Tenca 5.4 Gobio gobio Góbio 5.4 Poeciliidae Gambusia holbrooki Gambúsia gambúsia 16.2 Centrarchidae Lepomis gibbosus perca sol perca sol 43.2 Micropterus salmoides Achigã achigã 67.6 Cichlidae Cichlasoma facetum Chanchito 5.4 Esoxidae Esox lucius Lúcio 2.7 Salmonidae Oncorhynchus mykiss truta arco-íris truta

5 No entanto, há relatos de populações retidas de sável em duas albufeiras portuguesas (Castelo do Bode, na bacia do rio Tejo e Aguieira, na bacia do rio Mondego) e exemplares de enguia, provavelmente originados de repovoamentos, em várias albufeiras. Não obstante, também para estes casos, pouco frequentes, não serão explicitadas acções de gestão. Num trabalho recente, os padrões de composição piscícola foram examinados em albufeiras portuguesas para avaliar a existência de tipos distintos de associações ícticas (Godinho et al. 1998). Posteriormente, no âmbito deste PAMAF estratégia foi aplicada numa análise semelhante apenas para a bacia do Tejo, tendo-se confirmado, no essencial, os grupos piscícolas determinados no trabalho citado. Nesse estudo, a classificação da matriz dos táxones piscícolas - por - albufeiras, revelou a existência de quatro grupos distintos (11. 2). As associações do grupo A, simples-de-águas-quentes, distinguiram-se pela presença permanente do achigã e pela ausência das trutas (Salmo trutta e/ou Oncorhynchus mykiss), bogas de boca recta (Chondrostoma spp.) e barbos (Barbus spp.) (11. 1). No grupo B, complexo-de-águasquentes, as associações incluíram, invariavelmente, o achigã, as bogas e os barbos, enquanto que a perca sol foi frequente e a truta extremamente rara. As associações do grupo C, complexo-de-águas-frias, também se caracterizaram pela presença das bogas e barbos, mas em contraste com o grupo anterior, a truta foi extremamente frequente enquanto que o achigã foi raro e a perca sol esteve ausente. As associações do grupo C, simples-de-águas-frias, apresentaram-se compostas apenas por trutas e escalos (Leuciscus spp.). 4. GESTÃO PISCATÓRIA E SISTEMAS PESQUEIROS. DEFINIÇÕES Neste capítulo a gestão piscatória é definida como a manipulação sensata das interacções entre o homem e os recursos aquáticos por forma a permitir ao elemento humano a obtenção de benefícios a partir dos recursos. Apesar desta definição de gestão piscatória ser baseada na recentemente formulada por Ross (1997), não implica a sustentabilidade dos benefícios, obrigatória na definição de Ross, permitindo assim que formas de gestão pesqueira intensiva - como os sistemas baseados no método de pôr e pescar (put and take) com utilização de peixes de repovoamento - sejam incluídas na definição (Nielsen 1993). No entanto, a questão da sustentabilidade deve permanecer como objectivo inerente e central da gestão piscícola realizada em sistemas com alto 350

6 grau de naturalidade (Ross 1997). Pelo contrário, sistemas com alto grau de artificialidade poderão ser manipulados de forma mais intensiva. Por outro lado, neste capítulo os benefícios obtidos pelas pessoas através da utilização dos peixes englobam apenas os benefícios pesqueiros (directos e indirectos, ou seja, associados à experiência de pesca), quer os peixes sejam ou não mortos após a captura. As acções de gestão viradas para a conservação, implicam que nas utilizações dos peixes pelas pessoas sejam contempladas outro tipo de valores e experiências, e.g. estéticos, científicos, patrimoniais. Neste tipo de situação, as medidas sensatas de gestão podem mesmo ser sinónimo de nenhuma intervenção/utilização humana. Todavia, esta concepção alargada de uso sensato não é utilizada neste capítulo, tanto mais que se dirige a sistemas artificias, onde acções de conservação não fazem grande sentido do ponto de vista técnico e científico. Quadro Frequência de ocorrência (%) de cada grupo taxonómico de análise em cada um dos grupos de albufeiras. O número médio de especies em cada grupo também é fornecido. As espécies mais frequentes estão realçadas. Adaptado de Godinho et al. (1998) GRUPOS A B C D Boga Barbo Escalo Pardelha Truta Carpa Pimpão Verdemã Achigã Perca sol Enguia Número médio de espécies

7 O sistema pesqueiro é central nas acções de gestão piscícola realizadas (Nielsen 1993). Este sistema é muitas vezes representado como um triunvirato, composto pelos peixes (recurso), pelo ambiente aquático e pelo pescador (Figura 11.1). Parece-nos útil esta divisão pelo que, em consequência, as acções de gestão serão classificadas em relação ao seu objecto de aplicação imediato, i.e. a um dos três elementos do sistema piscatório. Obviamente que todas as medidas visam gerir o sistema pesqueiro, no geral, e em particular as interacções do homem com o recurso. Além desta divisão, as quatro associações piscícolas referidas no ponto 1.3. são utilizadas para estratificar a apresentação das acções de gestão piscatória (Dolman 1993). Cada grupo piscícola pode, no entanto, sustentar mais do que um sistema pesqueiro - e.g. as albufeiras do grupo A, podem conter um sistema pesqueiro baseado no achigã e outro baseado na carpa, com acções de gestão diferentes para a optimização de cada um deles. Por outro lado, esta apresentação geral não deverá colocar em dúvida a necessidade de se estudar para cada albufeira particular um regime de gestão individualizado, que poderá ser diferente do existente noutra albufeira do mesmo grupo, e que contemple a especificidade desse sistema pesqueiro (quer em relação aos peixes, quer em relação ao homem ou ao ambiente aquático). As acções de gestão apresentadas e os sistemas pesqueiros considerados só se referem a pesca não profissional (i.e. desportiva, lúdica, recreativa, de competição), já que se considera de interesse primordial este tipo de pesca por oposição à pesca profissional, residual em albufeiras. Peixes Homem Ambiente aquático Albufeiras Figura Representação esquemática do sistema pesqueiro 352

8 5. ACÇÕES DE GESTÃO PISCATÓRIA 5.1. ALBUFEIRAS DO GRUPO A, SIMPLES-DE-ÁGUAS-QUENTES No Quadro 11.3 são apresentadas as acções de gestão potencial, para aplicação em albufeiras do grupo simples de águas quentes. Neste grupo, as espécies presentes mais valorizadas em termos desportivos são claramente o achigã (identificado no quadro pela letra A) e a carpa (identificada no quadro com a letra C). O centrarquídeo cria um sistema pesqueiro baseado numa pesca selectiva que lhe é dirigida especificamente (com a utilização de isco vivo ou artificial). Pela pequena dimensão média das albufeiras deste grupo a vertente competitiva da pesca ao achigã, que é feita embarcada, será pouco realizável, pelo que a pesca será realizada por pescadores individuais ou em pequenos grupos. A carpa apresenta também potencial para o desenvolvimento de um sistema pesqueiro, que, no entanto, pode incluir indirectamente também o pimpão e a perca sol, já que a maior parte dos métodos de captura da carpa são efectivos na captura das outras duas espécies. Apesar da pequena dimensão relativa das albufeiras poderá ser possível a realização de provas de competição na modalidade tradicional da pesca em águas interiores - pescadores estáticos nos pesqueiros e concursos ganhos pelo peso de peixe capturado num determinado espaço de tempo. No Quadro 11.3, bem como nos que se seguem, as acções de gestão são caracterizadas pela sua: 1. Aplicabilidade técnica que avalia a capacidade de, com os conhecimentos e tecnologias actualmente disponíveis em Portugal, realizar a acção; 2. Eficácia técnica que avalia a eficácia da medida em relação aos seus objectivos; 3. Durabilidade do efeito que avalia a durabilidade da acção realizada (sem contar com eventuais reforços da mesma); 4. Custo que estima o custo da acção; e 5. Sistema pesqueiro que identifica os sistemas pesqueiros em relação aos quais se podem aplicar as acções de gestão. 353

9 5.1.1.Acções de gestão relacionadas directamente com os peixes Três acções de gestão são relacionadas directamente com os peixes, salientando-se como mais eficaz os repovoamentos correctivos. Estes repovoamentos visam sobretudo corrigir o desequilíbrio entre predador (achigã) e presas (geralmente a perca sol, Godinho e Ferreira 1996, F.N. Godinho, dados não publicados), que muitas vezes se regista em albufeiras Portuguesas. Nesta situação, a reprodução e o recrutamento regulares do predador (a espécie pescada preferencialmente) podem ser afectados por populações demasiado abundantes da presa, que competem (e predam) as fases juvenis do predador (Olson et al. 1995). Os repovoamentos correctivos, desde que realizados com exemplares do predador capazes de consumir as dimensões dominantes da presa (o achigã é um predador que limita o tamanho das presas consumidas pelas dimensões da sua boca, já que as engole inteiras), podem contribuir para i) diminuir a população da presa aliviando a competição sobre os jovens do predador, o que vai permitir aumentar o seu recrutamento e ii) aumentar rapidamente, pela alta disponibilidade de alimento, o número de predadores (achigãs) com dimensões capturáveis. No entanto, outros factores podem intervir nas relações predador-presa, nomeadamente as relacionadas com o habitat, pelo que a eficácia desta acção pode por vezes ser menor do que o antecipado. Por exemplo, albufeiras com muita vegetação aquática reduzem muito a eficácia predatória do achigã, o que limitará a capacidade do predador para consumir as percas sol e assim reduzir-lhes a abundância. Por outro lado, a necessidade de se produzirem em regime de cultura predadores de grandes dimensões, resultam no custo elevado da acção, o que dificultará a sua aplicação generalizada nestas albufeiras. Ainda neste grupo de acções de gestão o controlo directo da abundância de espécies em sobrepopulação através da remoção directa de exemplares pode apresentar algum interesse nos sistemas pesqueiros de achigã, em conjugação com a acção descrita antes, ao contribuir, em adição, para a diminuição da abundância de presas. Todavia, realizada isoladamente pode não justificar os seus custos, elevados, além da sua aplicação isolada ser de eficácia reduzida. Nos sistemas pesqueiros de carpa, muitas vezes a abundância da espécie é elevada (e.g. Martins et al. 1993, Garcia de Jalón et al. 1993, Godinho 1994). 354

10 Esta abundância poderá limitar o crescimento individual da espécie, embora na Península Ibérica não existam trabalhos que o documentem de forma conclusiva. Desta forma, a remoção de parte dos exemplares numa determinada albufeira poderá estimular o crescimento individual, aumentando o tamanho médio dos exemplares e, eventualmente, o valor recreativo da mesma. Embora remoções maciças sejam caras, para esta espécie poderá ser fomentada, com vantagem global, a captura com morte dos exemplares pescados, prática que se tem vindo a circunscrever com a utilização frequente das mangas e a evolução da mentalidade dos pescadores, em particular dos de competição. Para este tipo de albufeiras é ainda referida a possibilidade de introdução de novas espécies. Por novas, entenda-se taxa não presentes na albufeira, mas presentes na bacia onde a albufeira estiver instalada. Nesta situação, e para este grupo piscícola, pouco rico em espécies, poderá ser interessante a diversificação das espécies presentes, nomeadamente através da introdução de ciprinídeos nativos como o barbo e a boga. Estes ciprinídeos são já produzidos em pisciculturas ibéricas e, quando introduzidos em albufeiras, conseguem crescer a um ritmo rápido (dependente da produtividade primária do sistema), fornecendo uma espécie com interesse desportivo em albufeiras anteriormente sem a sua presença. No entanto, pelas características potamódromas das duas espécies será pouco provável que se mantenham de forma sustentável nestas albufeiras (Godinho et al. 1998), pelo que a sua persistência terá de ser assegurada por reintroduções continuadas. Além deste aspecto, albufeiras construídas de novo e isoladas da rede de drenagem fluvial podem ser povoadas inicialmente com espécies que se introduzem no sistema. Na área geográfica de implantação das albufeiras do grupo simples de águas quentes (Godinho et al. 1998) as espécies a introduzir poderão incluir as presentes neste grupo, em particular o achigã e a carpa, eventualmente com a presença adicional de algum ciprinídeo potamódromo. Como espécie forragem para o achigã a perca sol poderá ser considerada com espécie a utilizar. Em albufeiras resultantes da intersecção de linhas de água estas práticas poderão ser também realizadas embora preocupação sobre a incidência ambiental das introduções no zona do sistema fluvial onde são instaladas. Neste grupo de acções insere-se ainda a implementação de sistemas de por e pescar (ou por e tirar). Nestas situações, exemplares produzidos em piscicultura e já com dimensões capturáveis são introduzidos na albufeira para serem pescados pouco tempo após a sua introdução (Ross 1996). No entanto, para as espécies deste grupo 355

11 subsistem problemas relacionados com a produção rápida de exemplares de grandes dimensões em cultura, em particular para o achigã (Godinho e Ferreira 1998), o que dificulta a aplicação desta medida. Igualmente, o custo de produção destes exemplares poderá tornar pouco rentável a sua aplicação Acções de gestão relacionadas directamente com o habitat Em relação às acções associadas ao habitat, salienta-se, pela sua eficácia a manipulação dos níveis de água armazenada na albufeira. Quer para o sistema pesqueiro da carpa quer para o do achigã, esta medida é funcional, já que as duas espécies desovam na zona litoral das albufeiras, o achigã em ninhos reprodutivos (depressões no substrato) geralmente realizados na proximidade de abrigos submersos (e.g. Heidinger 1976, Annett et al. 1996) e a carpa sobre vegetação submersa (terrestre ou aquática), onde deposita os seus ovos adesivos (Balon 1984). Em particular para os Centrarchidae (perca sol e achigã), os anos de bom recrutamento em albufeiras americanas são muitas vezes concordantes com anos de níveis de água armazenada altos e estáveis, em particular se estes assim se mantiverem desde a Primavera até ao Outono. A água afluente (originada pela precipitação) arrasta consigo nutrientes e o aumento de nível permite a submersão da vegetação terrestre e aquática emergente. Vários mecanismos decorrentes da inundação podem influenciar o recrutamento. O aumento do número de abrigos, naturalmente raros em albufeiras, estimula a postura dos Centrarchidae e aumenta a sobrevivência de larvas e juvenis; por outro lado, os nutrientes obtidos nas áreas entretanto inundadas, a maior área de insolação e a maior abundância de substratos para colonização por perifiton e macroinvertebrados aumentam a disponibilidade de alimento (Heidinger 1976, Annett et al. 1996). A eficácia técnica desta medida pode, no entanto, ser restringida, já que a perca sol responde também aos aumentos do nível de água, o que, nos sistemas predador-presa desequilibrados, pode não contribuir para o aumento do recrutamento do achigã. A aplicabilidade desta acção pode ser dificultada pelo uso principal (e prioritário) da água das albufeiras, muitas vezes incompatível com os níveis aconselhados para o aumento do recrutamento do achigã e da carpa. Em Portugal, há alguma evidência indirecta do efeito do nível de água armazenada sobre o recrutamento de achigãs e de percas sol, com anos de bom recrutamento coincidentes com anos chuvosos (F.N. 356

12 Godinho, dados não publicados). Não obstante, a nosso conhecimento esta acção de gestão nunca foi deliberadamente realizada numa albufeira com o objectivo específico de manipular a desova e o recrutamento do achigã, perca sol e carpa.. Esta acção de gestão pode também ser aplicada no seu sentido negativo, ou seja, no fomento do insucesso reprodutivo. Esta acção é realizada em albufeiras americanas para reduzir o sucesso reprodutivo das percas (Lepomis spp.) sem perturbar a desova do achigã. Como as percas geralmente desovam mais tarde o nível de água armazenada é mantido alto durante a desova do predador e baixado drasticamente durante a desova da perca. Desta forma, além de muitas posturas ficarem a seco e da desova, no geral, se retrair, os alevins de perca que eventualmente sobrevivam são presas fáceis dos jovens achigãs, que os reduzem rapidamente (Heidinger 1976). Seja como for, aplicações futuras desta acção em albufeiras portuguesas terão de ter em conta que parte do período reprodutivo da perca sol e do achigã são coincidentes (F.N. Godinho, dados não publicados). Além desta acção, são também elencadas duas medidas que se relacionam com manipulações da zona litoral das albufeiras. Esta zona é de importância capital para a carpa e para o achigã. Além de as duas espécies realizarem a desova na zona litoral, como referido acima, o achigã passa grande parte do seu ciclo de vida, em particular enquanto jovem, na zona litoral, sendo mais abundante em zonas abrigadas (Heidinger 1976). No entanto, dependendo da utilização principal da massa de água, esta zona é muitas vezes pobre em estruturas, naturais ou artificiais, que forneçam refúgio, diminuindo assim a sua capacidade de sustentar os achigãs. Em albufeiras americanas são frequentes manipulações desta zona para aumentar o número de abrigos, ou através da instalação de abrigos artificiais (de diversos materiais, orgânicos ou não) ou através da plantação de macrófitos. No entanto, em particular em relação à instalação de plantas aquáticas, o custo da operação e a dificuldade de compatibilizar as áreas de instalação com os níveis adequados de água na albufeira podem reduzir a sua aplicabilidade. Para o sistema pesqueiro da carpa é também referida a possibilidade de fomentar a sua pesca através da criação de pesqueiros fixos (ver Cowx e Welcomme 1998 acerca dos tipos e métodos de instalação destes pesqueiros). É ainda considerada a hipótese de se manipular a trofia do sistema, embora seja uma medida dispendiosa e com efeitos sobre os sistemas pesqueiros complexos e nem sempre os esperados. Acresce que a diminuição da carga de nutrientes e logo a redução 357

13 de trofia do sistema, necessária para utilizações da água das albufeiras como o abastecimento, podem ser prejudiciais para a produtividade das espécies piscícolas Acções de gestão relacionadas directamente com o homem Este tipo de acções de gestão, incidem directamente sobre a relação entre o homem (como pescador) e o recurso, o que as torna particularmente úteis na gestão da pesca. Aliás, as acções de gestão existentes no actual regime legal português são maioritariamente deste tipo. Por outro lado, o custo de quase todas estas medidas é baixo, ao implicar apenas i) informação aos pescadores sobre os regimes existentes para cada albufeira e ii) fiscalização eficaz. A implementação de defesos, que podem ser espaciais (quando uma zona da albufeira se torna interdita à pesca) ou temporais (quando um período de tempo apresenta restrições à pesca) pode contribuir para a gestão pesqueira. Embora a maioria dos defesos existentes sejam defesos reprodutivos, ou seja, visem proteger o período de desova das espécies, não parece ser através do aumento do número de recrutas, que esta acção funcione (Ross 1997). De facto, não estão documentadas com clareza relações entre o número de recrutas produzidos e o número de reprodutores de determinada espécie em águas interiores (Ross 1997). Assim sendo, o defeso reprodutivo poderá funcionar essencialmente através da protecção que confere aos reprodutores da espécie, reduzindo a respectiva taxa de captura. Esta redução pode ser particularmente eficaz para espécies cuja vulnerabilidade à captura é aumentada neste período, como acontece com o achigã (Heidinger 1976). Seja como for, a redução da taxa de captura é circunscrita no tempo pelo que poderá não reduzir, em sistemas muito pescados, a taxa de captura anual para a espécie. Por essa razão, a sua eficácia técnica é apenas média (Quadro 11.3). Em Portugal, a carpa e o achigã apresentam legalmente definido um defeso reprodutivo em águas ciprinícolas. A aplicação de quotas de captura contempla os mesmos problemas da medida anterior, já que poderá não conseguir reduzir eficazmente o esforço de captura global, além de requerer informação populacional regular e com alta fiabilidade para a sua aplicação consequente, o que torna o seu custo alto. Neste grupo de acções insere-se aquela que terá utilização mais universal e que, quando bem aplicada, conduz a excelentes resultados na gestão piscícola de albufeiras a restrição nas dimensões capturáveis. Em Portugal, o regime legal vigente estipula 358

14 dimensões mínimas de captura para o achigã e para a carpa de 20 cm de comprimento até à forquilha. Ambas as dimensões terão sido definidas com o objectivo de permitir às duas espécies atingirem a idade adulta e conseguirem, pelo menos uma vez, reproduzirem-se com sucesso. No entanto, tal como para a existência de defeso, não parece ser esta a via para o funcionamento ecológico da acção. Com o estabelecimento de uma dimensão mínima de captura, a população da espécie acumula exemplares abaixo dessa dimensão, desequilibrando-se de forma deliberada. Esta fracção da população abundante permite i) manter altas taxas de captura desportiva para esses exemplares e ii) reorganizar as comunidades onde as espécies estão inseridas. Esta acção é particularmente indicada para espécies como o achigã, já que a reorganização da comunidade é obtida através da pressão de predação que a fracção não capturável da população do predador mantém sobre as outras espécies, em particular sobre as populações de perca sol. De facto, populações abundantes de achigã podem conseguir controlar a tendência que as populações de perca têm para povoar em excesso os sistemas onde ocorrem. No entanto, pelas limitações nas dimensões das presas ingeridas pelo achigã, a dimensão mínima de captura, para funcionar, tem de permitir um espectro alargado de tamanhos capturáveis aos achigãs. Utilizando um valor de 1/4 (tamanho do achigã) = dimensão capturável de perca sol (Hoyle e Keast 1987), tal implica que um achigã de 20 cm (dimensão mínima de captura em Portugal) pode capturar percas até aos 5 cm de comprimento. Todavia, o grosso das populações de perca sol estudadas até ao momento em Portugal, apesar das reduzidas dimensões médias, apresentam fracções importantes acima destas dimensões, invulneráveis para achigãs com 20 cm (F.N. Godinho, dados não publicados). Esta fracção importante de percas não vulneráveis dificultam a efectividade da acção de gestão em Portugal com a tamanho mínimo de captura actualmente em vigor. De facto, as medidas mínimas de captura geralmente aplicadas nos EUA, e que se demonstraram aí ser eficazes, são substancialmente superiores aos 20 cm contemplados na lei portuguesa. Dimensões mínimas de 30 cm e 35 cm são as mais frequentes, embora algumas albufeiras tenham limites mínimos de captura ainda superiores. Só assim se consegue, de facto, contribuir para a manutenção de uma associação predadorpresa entre a perca sol e o achigã equilibrada. Por outro lado, estas medidas mínimas de captura elevadas permitem manter um stock de peixes de dimensões de qualidade (sensu Anderson 1978), que mantém taxas de captura satisfatórias por parte dos pescadores. 359

15 Este aspecto é tanto mais importante quanto maiores são as flutuações no recrutamento. Em Espanha existem já algumas albufeiras com dimensões mínimas de captura de 30 e 35 cm, cujos resultados parecem ser muito promissores. Uma acção de gestão que se pode considerar um caso limite das restrições nas dimensões capturáveis é a técnica de pescar e libertar. Nesta técnica, todos os exemplares capturados, independentemente da sua dimensão, têm de ser devolvidos vivos à água. Esta técnica de gestão (a pesca sem morte dos espanhóis) permite as vantagens da acção anterior, embora impeça os pescadores de matar qualquer dos exemplares capturados. Esta prática separa claramente a acção de pesca em duas componentes distintas a captura inicial e a morte posterior do exemplar, permitindo apenas a primeira. Esta acção é cada vez mais praticada (mesmo não estando regulamentada) pelos pescadores desportivos portugueses e é a única capaz de permitir sustentar altas taxas de captura das espécies mais pescadas em sistemas com elevadas pressões pesqueiras. Finalmente, é apresentada como acção relacionada directamente com o pescador a restrição nos métodos de captura desportivos. Por exemplo, a implementação de acções de gestão como o pescar e libertar ou a restrição nas dimensões capturáveis podem aumentar a sua eficácia, ao permitir a utilização de métodos de captura menos mortíferos e assim aumentando a sobrevivência dos exemplares devolvidos à água. Para o achigã sobressaem os iscos artificiais, como causadores de menor mortalidade ALBUFEIRAS DO GRUPO B, COMPLEXO-DE-ÁGUAS-QUENTES Neste grupo de albufeiras, além do sistemas pesqueiros baseado no achigã, definido no grupo anterior, são considerados dois novos, o sistema pesqueiro baseado em ciprinídeos potamódromos (essencialmente o barbo e boga), designado por BB no Quadro 11.4, e o sistema pesqueiro baseado em ciprinídeos sedentários, incluindo a carpa, o pimpão e o escalo, designado por CPE no mesmo quadro. Os métodos de captura utilizados para os diferentes ciprinídeos são, no global, semelhantes entre si, recorrendo-se a pesca estática, com isco naturais (vegetais ou animais) e utilizando-se, muitas vezes, engodo. Pela maior dimensão média destas albufeiras será provável a realização de pesca embarcada ao achigã, incluindo a realização de competições. 360

16 Acções de gestão relacionadas directamente com os peixes Todas as acções apresentadas para o grupo anterior são aplicáveis neste grupo, não se considerando a possibilidade do sistema de por e tirar, dada a maior dimensão das albufeiras e a mobilidade dos peixes introduzidos, e as introduções de novas espécies. Para as outras acções, os princípios e os mecanismos de actuação permanecem os mesmos. Os repovoamentos correctivos são aqui considerados como aplicáveis ao sistema pesqueiro BB, na possibilidade de suplementar eventuais problemas de recrutamento que estas espécies podem apresentar, através da introdução de peixes de cultura das mesmas espécies. Pela dimensão destas albufeiras, superior à dimensão das integradas no grupo precedente, a aplicabilidade e eficácia técnicas desta acção também da remoção de exemplares - na correcção dos desequilíbrios entre o achigã (predador) e a perca sol (presa) é menor Acções de gestão relacionadas directamente com o habitat Todas as acções de gestão consideradas no grupo anterior são também aplicáveis neste grupo, embora a aplicabilidade e eficácia de algumas diminua nestas albufeiras de maiores dimensões. A manipulação do nível de água armazenada pode condicionar o sistema pesqueiro dos ciprinídeos potamódromos, já que níveis baixos podem reduzir a conexão longitudinal da albufeira com os troços fluviais existentes a montante, impedindo as deslocações reprodutivas de barbos e bogas (Godinho et al. 1998). Sequências de anos com níveis baixos em albufeiras têm sido associados a anos de desova e recrutamento nulo destas espécies, que correspondentemente muitas vezes apresentam populações envelhecidas em albufeiras (F.N. Godinho, dados não publicados). Consequentemente, para estimular a migração reprodutiva destas espécies e a sua desova de Primavera início de Verão com sucesso os níveis das albufeiras deverão permitir a conexão com os troços fluviais existentes a montante da mesma. Mais uma vez este propósito poderá entrar em conflito com as utilizações prioritárias da água armazenada. 361

17 Acções de gestão relacionadas directamente com o homem As acções de gestão contempladas no grupo simples de águas quentes são contempladas no grupo complexo de águas quentes, observando os mesmos princípios de aplicação e as mesmas vantagens relativas da sua aplicação ALBUFEIRAS DO GRUPO C, COMPLEXO-DE-ÁGUAS-FRIAS As albufeiras deste grupo apresentam diferenças em relação às do grupo anterior, distribuindo-se mais a Norte, em zonas mais altas e frias. Este contexto ambiental determina associações piscícolas diferentes com trutas, barbos, bogas e sem perca sol. Apesar da presença esporádica do achigã em algumas albufeiras deste grupo, são definidos somente dois sistemas pesqueiros base que ignoram esta espécie, o sistema dos ciprinídeos potamódromos, barbo e boga (BB no Quadro 11.5) e o sistema da truta (T, no mesmo 11.5). A truta pode ser capturada de diversas formas, mas as mais frequentes utilizam isco animal vivo ou iscos artificiais para predadores (colheres, ninfas, moscas), sendo geralmente realizada com o pescador em movimento. Nestas albufeiras poderá ainda ser realizada a partir de embarcação Acções de gestão relacionadas directamente com os peixes As acções consideradas são as mesmas anteriormente apresentadas nos outros grupos. Para as trutas, os repovoamentos correctivos visam restabelecer problemas na estrutura das populações, nomeadamente os associados a quebras de recrutamento. O custo desta medida aplicada às trutas é menor do que quando aplicada aos achigãs, já que as técnicas culturais dos salmonídeos estão mais apreendidas em Portugal, permitindo a produção mais económica de exemplares destas espécies. Em algumas situações, as trutas podem competir com populações abundantes de ciprinídeos. Desta forma, a remoção de exemplares de espécies pertencentes a esta família poderá melhorar as condições de habitabilidade para as trutas. No entanto, além da baixa aplicabilidade e eficácia técnica, problemas relacionados com o valor patrimonial das espécies em presença pode limitar esta prática, para além das limitações associadas ao seu elevado custo. 362

18 Acções de gestão relacionadas directamente com o habitat Em relação às acções relacionadas com o habitat, a manipulação da trofia do sistema pode ser importante para o sistema pesqueiro da truta, já que esta espécie é muito sensível a aumentos de produtividade que em associação apresentem pioria da qualidade da água. Assim, o controle da entrada de nutrientes em albufeiras em progressão trófica recente pode ser vantajoso para aumentar a capacidade de suporte do habitat para os salmonídeos Acções de gestão relacionadas directamente com o homem As vantagens relativas apresentadas em relação à restrição nas dimensões capturáveis e na prática do pescar e libertar no sistema pesqueiro do achigã permanecem iguais para o sistema da truta. Nesta espécie, embora as relações predador-presa não sejam tão determinantes da estrutura populacional, o recrutamento anual, muito variável, e a alta taxa de captura resultante da pesca dirigida que lhe é especificamente dirigida, justificam a funcionalidade desta medida de gestão. A lei portuguesa determina para a truta arco-íris e para a truta comum dimensões mínimas de captura de 19 cm. Em sistemas com boa habitabilidade e boas condições de crescimento da espécie esta dimensão mínima deverá ser aumentada. A prática do pescar e libertar foi originariamente desenvolvida para os salmonídeos e é praticada nestas espécies de forma crescente, por exemplo em Espanha. É o método mais eficaz para permitir manter elevadas taxas de captura por parte dos pescadores em sistemas intensamente pescados ALBUFEIRAS DO GRUPO D, SIMPLES-DE-ÁGUAS-FRIAS Apesar da presença do escalo, nestas albufeiras só se considera o sistema piscatório da truta. Pela sua reduzida dimensão, será de prever apenas a realização de pesca à truta a partir da margem ou vadeando. Estas albufeiras apresentam portanto a potencialidade de serem geridas exclusivamente para a pesca de salmonídeos. 363

19 Acções de gestão relacionadas directamente com os peixes Todas as acções referidas no grupo anterior são realizáveis neste grupo. No entanto uma acções que nas albufeiras de dimensão superior não é realizável, nas deste grupo tornam-se aplicáveis a implementação de sistemas de por e tirar, ainda para mais em relação a uma espécie cuja cultura está bem definida, reduzindo assim o custo da sua aplicação Acções de gestão relacionadas directamente com o habitat As acções aqui consideradas já o foram nas albufeiras do grupo C, e apresentam os mesmos princípios de actuação Acções de gestão relacionadas directamente com o homem Também nesta categoria as acções de gestão são iguais às aplicáveis ao sistema piscatório da truta nas albufeiras do grupo anterior. 6. SÍNTESE ESTRATÉGICA Das acções de gestão apresentadas em 1.5., sobressaem - i) pela sua aplicabilidade e eficácia técnicas, ii) pela durabilidade da sua acção e iii) pelo custo reduzido - as relacionadas com as limitações das dimensões capturadas, que na prática do capturar e libertar são levadas ao limite (i.e. dimensão mínima de captura indeterminada). Esta acção apresenta vários pontos fortes e é a mais utilizada na gestão piscícola de águas interiores a um nível mundial. É também cada vez mais aceite pelos pescadores desportivos portugueses. No entanto, para funcionar com eficácia, e em particular para as espécies mais valorizadas desportivamente existentes em albufeiras portuguesas, como o achigã e a truta, terá de ser i) aumentada no geral, em particular para o achigã, em relação ao qual há já justificação técnica para tal e ii) ajustada a cada sistema específico. 364

20

21 Quadro Acções de gestão piscatória potenciais em albufeiras simples de águas quentes. Acção de gestão Aplicabilidade Eficácia Durabilidade Custo Sistema Técnica técnica do efeito pesqueiro Relacionadas directamente com o recurso Repovoamentos correctivos Alta Média Média/Alta Alto A Introdução de novas espécies ou variedades Alta Baixa Alta Médio A/C Sistema de por e pescar (put-and-take) Média/Baixa Média Baixa Alto C Controlo directo da abundância através da remoção de exemplares Baixa Baixa Baixa Alto A/C Relacionadas directamente com o habitat Manipulação da trofia do sistema Média Média Média Alto A/C Aumento do número de abrigos artificiais na zona litoral Alta Média/Alta Média Alto A/C Plantação directa de macrófitos na zona litoral Média Média Média Médio/Alto A/C Manipulação do nível de água armazenada Média Alta Média/Alta Alto A/C Criação de pesqueiros estáticos em zonas manipuladas para o efeito Alta Média Alta Alto C Relacionadas directamente com o homem/pescador Restrições nas dimensões capturáveis Alta Alta Alta Baixo A/C Defesos (temporais ou espaciais) à captura Alta Média Média Baixo A/C Sistema de capturar e libertar (catch-and-release) Alta Alta Alta Baixo A/C Quotas de captura Baixa Baixa Média Alto A/C Restrição nos métodos de captura Alta Média Média Baixo A 366

22 Quadro Acções de gestão piscatória potenciais em albufeiras complexas de águas quentes. Acção de gestão Aplicabilidade Eficácia Durabilidade Custo Sistema Técnica técnica do efeito pesqueiro Relacionadas directamente com o recurso Repovoamentos correctivos Média Média/Alta Média/Alta Alto A/BB Controlo directo da abundância através da remoção de exemplares Baixa Baixa Baixa Alto A/CPE Relacionadas directamente com o habitat Manipulação da trofia do sistema Baixa Baixa Média Alto A/CPE/BB Aumento do número de abrigos artificiais na zona litoral Alta Média Média Alto A/CPE Plantação directa de macrófitos na zona litoral Média Média Média Alto A/CPE Manipulação do nível de água armazenada Média/Baixa Alta Média/Alta Alto A/CPE/BB Criação de pesqueiros estáticos em zonas manipuladas para o efeito Alta Média Alta Alto CPE/BB Relacionadas directamente com o homem/pescador Restrições nas dimensões capturáveis Alta Alta Alta Baixo A/CPE/BB Defesos (temporais ou espaciais) à captura Alta Média Média Baixo A/CPE/BB Sistema de capturar e libertar (catch-and-release) Alta Alta Alta Baixo A/CPE/BB Quotas de captura Baixa Baixa Média Alto A/CPE/BB Restrição nos métodos de captura Alta Média Média Baixo A 367

23 Quadro Acções de gestão piscatória potenciais em albufeiras complexas de águas frias. Acção de gestão Aplicabilidade Eficácia Durabilidade Custo Sistema Técnica técnica do efeito pesqueiro Relacionadas directamente com o recurso Repovoamentos correctivos Alta Média Média/Alta Médio T/BB Controlo directo da abundância através da remoção de exemplares Baixa Baixa Baixa Alto T/BB Relacionadas directamente com o habitat Manipulação da trofia do sistema Média Média Média Alto T Manipulação do nível de água armazenada Média Média Média/Alta Alto T/BB Criação de pesqueiros estáticos em zonas manipuladas para o efeito Alta Média Alta Alto BB Relacionadas directamente com o homem/pescador Restrições nas dimensões capturáveis Alta Alta Alta Baixo T/BB Defesos (temporais ou espaciais) à captura Alta Média Média Baixo T/BB Sistema de capturar e libertar (catch-and-release) Alta Alta Alta Baixo A/C Quotas de captura Baixa Baixa Média Alto T/BB Restrição nos métodos de captura Alta Média Média Baixo T 368

24 Quadro Acções de gestão piscatória potenciais em albufeiras simples de águas frias. Acção de gestão Aplicabilidade Eficácia Durabilidade Custo Sistema Técnica técnica do efeito pesqueiro Relacionadas directamente com o recurso Repovoamentos correctivos Alta Média Média/Alta Médio T Sistema de por e pescar (put-and-take) Alta Alta Baixa Médio T Controlo directo da abundância através da remoção de exemplares Média Média Média Alto T Relacionadas directamente com o habitat Manipulação da trofia do sistema Média Média Média Alto T Manipulação do nível de água armazenada Média Média Média Alto T Relacionadas directamente com o homem/pescador Restrições nas dimensões capturáveis Alta Alta Alta Baixo T Defesos (temporais ou espaciais) à captura Alta Média Média Baixo T Sistema de capturar e libertar (catch-and-release) Alta Alta Alta Baixo A/C Quotas de captura Baixa Baixa Média Alto T Restrição nos métodos de captura Alta Média Média Baixo T 369

25 ESTUDO ESTRATÉGICO PARA A GESTÃO DAS PESCAS CONTINENTAIS PAMAF MEDIDA 4 IED, ACÇÃO 4.4: ESTUDOS ESTRATÉGICOS 7. BIBLIOGRAFIA Anderson, R.O New approaches to recreational fishery management. In: New Approaches to the Management of Small Impoundments. American Fisheries Society Special Publication. G.D. Novinger e G. Dillard (eds.) 5: Annett, C., Hunt, J. e Dibble, E.D The compleat bass habitat: habitat use patterns of all stages of the life cycle of largemouth bass. Em: Multidimensional approaches to reservoir fisheries management. American Fisheries Society Symposum 16: Balon, E.K Patterns in the evolution of reproductive styles in fishes. In: Potts, G.W. & Wooton, R.J., eds. Fish reproduction: strategies and tactics. Academic Press, London, pp Cowx, IG e Wlcomme RL (eds.) (1998) Rehabilitation of Rivers for Fish. FAO. Fishing News Books. Dolman, W.B Classification of texas reservoirs in relation to limnology and community associations. Transactions of the American Fisheries Society 119: Ferreira, M.T. e Godinho, F.N Ictiofauna e disponibilidade de habitats em albufeiras a sul do Tejo: fraquezas e prioridades do seu ordenamento. Revista Florestal 7: Garcia de Jálon, D., M. Rustarazo, B. Gallego e F. Hervella Las comunidades piscicolas de los embalses de Madrid. Directrices para su gestion. Ecología 7: Godinho, F.N., Nota sobre os impactes potenciais do esvaziamento de albufeiras nos peixes: Caso particular da albufeira de Vale do Gaio. 4 ª Conferência Nacional Sobre a Qualidade do Ambiente, I: E33-E41. Godinho, F. N. e M. T. Ferreira Diet composition of largemouth bass Micropterus salmoides (Lacepède) in southern portuguese reservoirs: its relation to habitat characteristics. Fisheries Management and Ecology 1: Godinho, F. N. e Ferreira, M. T. (1996): The application of size-structure indices to Micropterus salmoides (Lacepède, 1802) and Lepomis gibbosus (L., 1758) as a management tool for southern Iberian reservoirs. - Proceedings of the VIII Congress of the Societas Europea Ichthyologorum (SEI). Publicaciones Especiales del Instituto Español de Oceanografia 21:

26 ESTUDO ESTRATÉGICO PARA A GESTÃO DAS PESCAS CONTINENTAIS PAMAF MEDIDA 4 IED, ACÇÃO 4.4: ESTUDOS ESTRATÉGICOS Godinho, F. N. e M. T. Ferreira A cultura do achigã em Portugal: aspectos alimentares e de maneio. Revista de Ciências Agrárias. Godinho, F.N., Ferreira, M.T. e Castro M.I Fish assemblage composition in relation to environmental gradients in Portuguese reservoirs. Aquatic Living Resources 11: Granado-Lorencio, C Ecologia de Peces. Universidad de Sevilla. Secretariado de Publicaciones. Heindinger, R.C Synopsis on biological data on the largemouth bass. FAO Fisheries Synopsis. Granado-Lorencio, C. e Garcia-Novo, F Cambios ictiológicos durante las primeras etapas de la sucesión en el embalse de Arrocampo (Cuenca del Río Tajo). Bol. Inst. Esp, Oceano. 319: Hoyle, J. A. e Keast, A The effect of prey morphology and size on handling time in a piscivore, the largemouth bass (Micropterus salmoides). Can. J. Zool. 65: Martins, L., S. Bruxelas, T. Cravo, J. Bochechas e F. N. Godinho Contribuição para o ordenamento de uma albufeira hidroagrícola. Em: Congreso Florestal Español. Actas do I Congresso Florestal Espanhol, IV: Pontevedra, Espanha. Miranda, L.E. e DeVries, D.R. (eds). Multidimensional approaches to reservoir fisheries management. American Fisheries Society Symposum 16. Nielsen, L History of inlanf fisheries in Norteh America. Em: Inland Fisheries in Norteh America, pág American Fisheries Society, Bethesda, Maryland. Petts, G.E Impounded Rivers. Willwy & Sons, New York. Ross, M.R Fisheries Management and Conservation. Prentice Hall. 248

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