Arrábida Granfondo 2017 Palmela

Transcrição

1 Arrábida Granfondo 2017 Palmela Testemunho de José Farinha Foto de João Manuel Sousa Santos Realizou-se no passado dia 4 de março a 3ª edição do Granfondo da Arrábida onde estiveram presentes 5 associados do clube, três para o Granfondo 128Km 2.000D+ (Carlos Abrunhosa, José Farinha e Miguel Cruz) e dois para o Mediofondo 113 Km D+ (Hélder Baptista e Pedro Raposo). Todos eram estreantes, inclusive eu, o único não estreante era o Carlos Abrunhosa. Eu nunca tinha feito uma prova de estrada na verdade pouco percebo da modalidade por isso o meu objetivo seria terminar em condições, de preferência sem quedas. O dia não estava para brincadeiras, estava frio, vento, chuva e até algum nevoeiro, mas no arranque da prova tudo começou a melhorar, a chuva parou e o piso começou a secar o que me deixou mais tranquilo. A prova começou às 10H00 com saída do castelo de Palmela em direção ao Poceirão e ao fim de 10 Km já havia inúmeros bidons no chão, furos, muitos a furar, com má qualidade do piso e ainda íamos no início. Logo pensei que as duas camaras de ar que levava não seriam suficientes, mas lá fui a medo com a esperança de passar imune a este problema típico da modalidade. Até ao Km 50 a prova é rápida apesar do forte vento de frente que se fazia sentir e aqui seria a sorte de conseguir entrar na roda de alguém, bom aqui faltou experiência da minha parte para gerir estas coisas do pelotão, de vez em quando lá ia eu, sozinho, sem ninguém para ajudar, ora descolava de um grupo que estava com andamento mais baixo, ora não conseguia chegar a outro grupo que era rápido demais, por isso fiz muitos Kms sozinho o que me deixou bastante desgastado, só lá para o Km 40 consegui entrar numa dupla que me ajudou durante alguns Kms.

2 Finalmente chegamos à 1ª subida para o Castelo de Palmela para seguir logo em direção a vale dos barris e aqui não percebo porque nos fizeram passar por esta zona, ao fim de 4 Km saímos da estrada principal para entrar numa subida toda esburacada e depois fazer um descida brutal com crateras e lama à mistura, acredito que para os mais experientes façam isto à vontade mas não foi o meu caso, a trepidação era tal que até era difícil de travar (e ainda tivemos que lá voltar e fazer isto tudo outra vez no Km 110, vá-se lá perceber porquê), mas pronto devagar lá cheguei a Setúbal para nos dirigirmos em direção à Arrábida. Foto de Paulo Cardigos Quando chegamos ao Portinho da Arrábida a prova ganha outra dimensão de beleza e dureza, de facto a subida até às antenas, são 10 Km a subir bem mas a ver Troia, o mar estava com uma cor fantástica, a paisagem era deslumbrante o que ajudou a tornar o empeno mais fácil de se fazer. O resto da prova foi tentar gerir o melhor possível. Parar sempre nos abastecimentos, hidratar bem, comer qualquer coisa e tentar nas retas entrar num grupo porque o vento não nos largava, mas bolas, não havia grupo e como tal foi mais e mais desgaste até chegar ao Castelo, e aqui só mais um reparo, a subida da cobra que já por si não é fácil é toda feita em trilhos (seria uma sorte não furar) enfim também não percebi a inclusão deste segmento, mas foi para aprender as supressas que me podem esperar noutros Granfondos. Apesar de tudo foi uma excelente prova com partes de percurso muito bonitas, nunca cai, não furei e deu para terminar bem fisicamente, tendo sido um excelente teste para o triatlo longo de setúbal que se aproxima. Obrigado ao Clube pelo apoio, à organização do evento e aos colegas pelo forte espirito de grupo que nos proporcionou um excelente Sábado desportivo.

3 Testemunho de Carlos Abrunhosa Cerca de 15 dias depois da minha participação no GF do Algarve, mais um local onde há muito gostaria de pedalar. Tão perto de casa, zona bem conhecida pelas suas paisagens extraordinárias e esta era uma excelente oportunidade. As previsões meteorológicas não eram famosas, mas, o rigor das mesmas foi fantástico: Noite de muita chuva e vento, com previsão de paragem cerca das 9h da manhã! Ótimo, a prova começava ás 10h. E assim foi! De facto, ambicionava percorrer as maravilhosas estradas da Serra da Arrábida com aquele azul do mar difícil de descrever. Que sorte! Partida do Castelo de Palmela, percorrendo cerca de 50km em plano. Vento quanto baste, e quem teve oportunidade de apanhar bons pelotões, certamente efetuou médias excelentes. Finalmente a Serra, com subidas duras e já com calor a mais (algum excesso de roupa para combater o inicio do dia ). Portinho da Arrábida e a mais longa subida - 6km com pendente média de 4.8%. Depois a (anunciada) maior dificuldade do dia conhecida como o muro 1.5km com 6.8%. Algumas descidas perigosas agravadas por algum piso em mau estado, acrescentavam o stress adicional á prova. Para o final estava reservado cerca de 2km em sterrato e uma subida em paralelo já dentro da zona do Castelo de Palmela. Gostei desta fase final, mas não gostei de repetir cerca de 13km (após separação do Médiofondo). Onde o piso estava em pior estado! Não havia necessidade! Quanto á organização, boa qualidade dos abastecimentos excetuando o 1º ao km 36 que quase ninguém viu!. Boa sinalética geral até que, no ultimo abastecimento, vejo aproximar-se o carro vassoura!!! Ultrapassou-me e na chegada a Setúbal já não havia ninguém a orientar o transito estávamos por nossa conta! Enfim, fiz 5h e 18 e não andei a fazer turismo! Apenas duas paragens que totalizaram cerca de 10 e foi sempre a pedalar. De facto, a organização tinha estipulado um limite de 5h para a prova (estava no Regulamento), mas, também, o 1º ponto desse regulamento era: 1 O Granfondo da Arrábida é um evento de ciclismo para todos, enquadrado no conceito habitualmente designado por Granfondo, respeitando a regulamentação respectiva, bem como as regras do Código da Estrada. Trata-se de um evento desportivo com fins de ócio, turísticos e culturais, características que, de resto, definem esta variante do ciclismo. Enfim, faço estas provas com caracter meramente desportivo e com o intuito de disfrutar, mas estarei mais atento ao mencionado nos Regulamentos! Tempo total: 5h18 Agora, até Portalegre!!

4 Testemunho de Hélder Baptista Do GF da Arrábida começo pelo fim, pelo sorriso da colaboradora do staff que me presenteou com um prato de grão com bacalhau (sim é verdade) e um copo de vinho branco (Azeitão ) quase gelado, mal cortei a meta. Este gesto final foi a cereja em cima de um bolo de um dia que acordou chuvoso (até à hora da partida), para logo depois aparecer o sol que nos acompanharia até final. Um dia que nos proporcionou percursos belíssimos, onde as subidas foram atenuadas pelas paisagens magnificas da península de Setúbal, pela lama (parte do percurso..) e pelas estonteantes velocidades atingidas nas decidas. Foi a minha estreia, mas fiquei fan e com toda a certeza idênticos desafios surgirão de futuro. Foto de João Manuel Sousa Santos Testemunho de Miguel Cruz Prova ciclisticamente exigente para qualquer estreante em Granfondos, mas muito gratificante no momento em que se corta a meta. De destacar a beleza local, as estradas na Arrábida sempre com o mar à vista, felizmente com Sol, boas abertas sem chuva, chuva que parou no inicio da prova. Gostei da dureza das subidas, bastante ingremes e longas, fazem-nos sentir pequenos comparados com os profissionais do ciclismo mundial que devoram estas subidas e ainda fazem sprintes para prémios de montanha, enquanto eu, e outros, apenas tentávamos chegar ao fim de cada subida e começar a descer. A diversidade de superfícies de pavimento também foi muita, como alguns (muitos) momentos, que mais pareciam adequados a bicicletas de BTT. Elogio também o espirito de Companhia Desportiva dos Colegas do Clube em prova, e fora de prova, de outros desconhecidos que em prova, nos últimos quilómetros, conseguem dar-nos incentivo e força para não quebrar e

5 continuar a rolar para a meta, experiência única neste ambiente e que eu não conhecia. Experiência a repetir. Testemunho de Pedro Raposo O GF da Arrábida foi a minha primeira prova de ciclismo, decidi participar para me preparar para um triatlo, numa distância que também será a primeira vez e tinha como objetivo acabar a prova e, em simultâneo, treinar a alimentação e hidratação no segmento da bicicleta. Claro que também queria perceber se conseguia pedalar os 113 km do Mediofondo... Apesar do mau estado do piso numa grande parte do percurso e das condições meteorológicas no momento da partida, a prova correu de acordo com as minhas expectativas. Tive a sorte de fazer grande parte do percurso na companhia (ou melhor, na roda.) do Miguel Cruz, +/- 95/100 km e depois segui sozinho. Tirando a questão do piso, gostei bastante do percurso, com duas subidas mais duras (uma mais longa e outra mais íngreme), zonas rápidas, outras que valiam pela paisagem e será, seguramente, uma experiência a repetir. CLASSIFICAÇÕES MEDIOFONDO

6 GRANFONDO