Sierra Nevada. ASSUNTO: Serra Nevada. Reservados os Direitos do Autor: Autor: Teresa Moutinho Pág. 1

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Baltazar Chaplin de Carvalho
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1 Sierra Nevada Eu, o Tiago e um amigo decidimos ir fazer uma caminhada para a Sierra Nevada. O nosso amigo já conhecia e o objectivo era nós conhecermos mais um sítio onde pudéssemos treinar caminhada em alguma altitude. Saímos de Lisboa às 17,30 e chegámos à Sierra Nevada por volta da 1,30 da manhã. Na zona de parqueamento, perto do Albergue Militar, a tenda foi montada em cinco minutos e outros cinco depois já dormia. Era preciso descansar o mais possível pois a jornada prevista era dura. Às 8,30, hora Portuguesa, começámos a jornada. Seria: Zona de parqueamento (2.500 m) Velleta (3.398 m) Mulhacén (3.482 m) Refugio La Cariguela (3.200 m) Pág. 1

2 A subida demorou cerca de duas horas e a parte final foi muito dura para mim, mas fiz o meu primeiro cume, sei que é um cume pequeno, mas foi o meu primeiro cume e como tal foi tirada a fotografia da praxe. A jornada continuou em direcção ao Refúgio La Cariguela onde descansámos um pouco antes de fazermos a travessia até à base do Mulhacén. O caminho até lá é fácil mas longo Pág. 2

3 Alcançamos o Refúgio La Caldera por um trilho alternativo pela Punta de Loma Pelada. Descansámos mais um pouco no Refúgio. A visão do trilho a subir pelo Mulhacén acima assustou-me. Já me sentia um pouco cansada e sabia que ainda tínhamos de voltar para trás. Depois de recuperar forças e beber mais um pouco de Powerade (toda a ajuda é pouca), decidi, se é para atacar é para atacar. Arranquei primeiro já que o meu ritmo é mais lento Pág. 3

4 A primeira parte do trilho foi feita sem grande dificuldade, apesar de a um ritmo bastante lento. O meu segundo cume estava cada vez mais perto. Havia muita gente a subir ao Mulhacén. O facto de este ser o ponto mais alto da Península Ibérica atrai muita gente, e gente muito diferente, desde pessoas bem equipadas e de grandes mochilas às costas a casais de casaquinho na mão a subir por ali acima, passando pelo inesperado e sempre surpreendente grupo de chineses Pág. 4

5 Eu lá fui subindo, encorajada por aqueles que já desciam e me davam alento para continuar a subir. Já perto do final, como podem ver pela foto, tirada de cima para baixo, ainda fui ultrapassada pelo Tiago, mas isso não interessa. Poucas horas depois do meu primeiro cume eis-me no ponto mais alto da Península Ibérica. Desta vez não houve lugar a foto com bandeirinha, o frio era muito, as mãos estavam a ficar geladas e não ficámos por ali muito tempo. A descida foi Pág. 5

6 rápida, queríamos vermo-nos livres daquele vento gelado o mais depressa possível. O caminho de volta foi feito com um sentimento de dever cumprido. Quando chegámos ao Refugio, 10 horas depois do início da jornada, o Mulhacén já estava envolto em neblina Pág. 6

7 No Domingo de manhã descemos novamente até ao Albergue Militar e arrancámos para Lisboa. Até agora, a Sierra Nevada era para mim sinónimo de esqui e desportos de neve, mas afinal é também uma bela montanha sin Nevada. Para quem estiver interessado este percurso pode ser consultado no site É quase a rota de montanha 11. A rota descrita é um pouco diferente já que não sobe ao cume do Veleto. Voltarei para contar as cenas dos próximos cumes Teresa Moutinho Pág. 7

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