AS S E M B L E I A M U N I C I P AL D E ESPINHO

Transcrição

1 ACTA Nº 13/ No dia 30 de Junho de 2009 teve lugar a 1ª reunião da Sessão Ordinária de Junho do mesmo ano, da Assembleia Municipal de Espinho, agendada para as horas com a seguinte Ordem de Trabalhos: DELIBERAR SOBRE ASSUNTOS AGENDADOS NO PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA; ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL NO CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA DE ESPINHO; ELEIÇÃO DO REPRESENTANTE DO MUNICÍPIO DE ESPINHO NO CONSELHO DA COMUNIDADE DO AGRUPAMENTO DE CENTROS DE SAÚDE DE ESPINHO/GAIA; DELIBERAR SOBRE PROPOSTAS QUE VISAM PROSSEGUIR AS ATRIBUIÇÕES DA AUTARQUIA; TOMAR CONHECIMENTO DA ACTIVIDADE LEVADA A CABO, EM 2008, PELAS: ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE ESPINHO;----- FUNDAÇÃO NAVEGAR; APRECIAR A INFORMAÇÃO ESCRITA DO PRESIDENTE DA CÂMARA ACERCA DA ACTIVIDADE MUNICIPAL; APROVAÇÃO DE ACTAS; A Sessão foi presidida pela Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Maria da Graça Ribeiro de Sousa Guedes e Secretariada por António Cavacas e Manuel Salvador Iniciou a reunião a Presidente da Mesa com os pedidos de substituição dos vogais Ângela Couto (CDS-PP), António Regedor BE), António Castro (PSD), Ana Marta (PS) e Gabriela Cierco (PS) pelos vogais Eugénia Lourenço, Victor Santos, Paulino Ribeiro, José 1

2 Ferreira e Manuel Dias respectivamente. A Assembleia aprovou por unanimidade as respectivas substituições De seguida, a Presidente da Mesa informou que o Senhor Presidente da Câmara tinha enviado um ofício à Assembleia dando conta da sua impossibilidade em estar presente nesta reunião, por motivos de ordem familiar, sendo substituído pelo Vice-Presidente, Senhor Rolando de Sousa A Mesa fez depois a entrega de uma lista contendo a relação de correspondência expedida e recebida Seguidamente o Presidente da Mesa informou que tinha dado entrada um requerimento de um munícipe solicitando autorização para intervir no início da reunião, no período destinado ao público Interveio o munícipe Filipe Armando, tendo feito uma analise generalista sobre o concelho de Espinho Neste momento a Presidente da Mesa perguntou ao plenário se este se opunha a que o ponto dois da Ordem de Trabalhos fosse discutido numa outra sessão da Assembleia Municipal, num período posterior à realização das eleições autárquicas, já com uma nova configuração da Assembleia Municipal resultante destas mesmas eleições, ficando então suspenso este ponto e transitando para uma sessão posterior Colocada à votação foi esta proposta aprovada por maioria DECLARAÇÃO DE VOTO JOAO PASSOS (PSD) Embora concorde que estamos em fim de mandato e muito em breve seriam eleitos outras pessoas a verdade é que estamos ainda em Junho e portanto faltam 5 meses para que a próxima Assembleia torne posse. Isto quer dizer que Espinho fica sem representantes neste concelho durante 5 meses. Só por essa razão eu preferiria que estivéssemos lá representados

3 ----- A Presidente da Mesa perguntou ao plenário se este opunha a que o ponto 3 da Ordem de Trabalhos fosse discutido numa outra sessão da Assembleia Municipal que tivesse lugar depois da realização das eleições autárquicas Colocado à votação esta proposta foi a mesma aprovada por maioria DECLARAÇÕES DE VOTO: JORGE PINA (PS) Se formos a usar essa linha de pensamento estou de acordo com o João Passos, ninguém na Área Metropolitana em que fazem partes estes municípios e estas freguesias é eleito e não se forma. Quer dizer há aqui uma incongruência incrível por parte das pessoas. Eu acho que uma coisa não implica a outra. E o João Passos para mim tem razão Seguidamente a Presidente da Mesa informou que tinham dado entrada na Mesa os seguintes documentos para serem discutidos no primeiro ponto da Ordem de Trabalhos Deliberar sobre documentos agendados, nos termos regimentais, para o período de Antes da Ordem do Dia : Moção da CDU sobre assassinato do dr. Ferreira Soares Moção do PSD sobre almoços grátis aos viajantes, a convite da câmara Municipal de Espinho Entrou-se na discussão da Moção da CDU sobre assassinato do dr. Ferreira Soares O documento é do seguinte teor: António Carlos de Carvalho Ferreira Soares, nascido em Viana do Castelo a 1903, fixou-se ainda na infância na Beira Litoral onde desenvolveu o seu gosto pela Natureza e pelas gentes simples. A esta vivência social rústica, que sempre soube cultivar e que tantas simpatias lhe granjearam, veio juntar a sua formação de médico, feita na Universidade do Porto, e a prática intelectual feita no âmbito da revista Seara Nova, como etnógrafo, crítico literário e contista. Foi a Seara que me 3

4 despertou e orientou o meu interesse pelos negócios do espírito e me defendeu de encantamento pelos turvadores de águas já pouco potáveis escreve a Câmara Reis. Deste perfil multifacetado surgiu o popular dr.prata, como era conhecido e estimado, o médico dos pobres : muitos e muitos pacientes examinava e prescrevia sem se fazer remunerar, para além de oferecer ou custear os medicamentos. Socialmente era presença esperada de romarias e festas populares, onde espalhava a sua bonomia, cantava e tocava viola. Resolve as contradições entre a sua formação e prática diária e o regime fascista de Salazar entrando para o Partido Comunista Português. Torna-se destacado quadro do PCP, membro do Comité Regional do Douro, e empenha-se activamente na construção de uma frente unitária de opositores ao fascismo. A sua acção não passa despercebida à Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE, antecessora da PIDE) que começa a vigiar e a apertar o cerco ao indivíduo mais perigoso do Norte» (segundo o legionário Silva Leal). Obrigado a uma semi-clandestinidade, foi auxiliado pelo povo da sua região de residência, Nogueira da Regedoura, que lhe providenciou locais de abrigo, alimentação, sigilo e alertas à aproximação de gente suspeita. Esta situação manteve-se durante longos 7 anos. A 4 de Julho de 1942 é-lhe armada a cilada final. Uma alegada doente, acompanhada pelos incógnitos inspector António Roquete e agentes Laranjeira e Coimbra da PVDE, solicitalhe consulta de urgência. Apesar do risco conhecido, Ferreira Soares recebe-a na casa da sua irmã Laura Soares, envergando a sua bata de médico. São ceifados a rajada metralhadora e à queima-roupa os seus 39 anos de generosa vida. Chega à Casa de Saúde do Dr. Gomes de Almeida, na rua 8 de Espinho, já cadáver, crivado com 14 balas, indignando o destacado médico espinhense. O seu nome foi atribuído à rua 19 desta Cidade. A Assembleia Municipal de Espinho, reunida a 30 de Junho de 2009, homenageia o Dr. Ferreira Soares, na passagem do 67º aniversário do bárbaro assassinato daquele militante comunista pela Polícia de Vigilância e Defesa do Estado do governo de António 4

5 Salazar, lembrando o seu contributo do seu sacrifício para a construção do regime democrático alcançado em Abril de O documento foi apresentado pelo vogal Alexandre Silva (CDU). O vogal João Passos (PSD) sugeriu que se alterasse a expressão bárbaro assassinato daquele militante comunista por bárbaro assassinato daquele lutador pela liberdade. O Presidente da J. F. Anta disse que ia votar favoravelmente este documento. O vogal Alexandre Silva (CDU) Disse que não ia alterar nada no seu documento Colocado o documento à votação foi o mesmo aprovado por maioria, com 2 abstenções Entrou-se na discussão no pedido de esclarecimento do PSD sobre o PDM Neste momento deram-se 10 minutos de intervalo O documento é do seguinte teor: A Câmara Municipal de Espinho, na sequência da discussão pública da Revisão do PDM, decidiu suspender os procedimentos de informação prévia, de comunicação prévia e de licenciamento até à data da entrada em vigor do novo PDM, ou decorridos 150 dias úteis do inicio da discussão pública. Assim, considerando que: a elevada contestação social que a revisão do PDM tem revelado, é possível que o processo venha a ser adiado; dado que este é um documento de elevada importância estratégica, seria normal que a aprovação do PDM ocorresse após as eleições autárquicas; da suspensão dos licenciamentos, decorrem elevados prejuízos para as pessoas, para o próprio concelho e para as finanças da autarquia. A Assembleia Municipal de Espinho, reunida a 30 de Junho de 2009, delibera solicitar esclarecimentos ao executivo da Câmara Municipal de Espinho, sobre a aplicação da suspensão dos procedimentos de informação prévia, de comunicação prévia e de licenciamento até à data da entrada em vigor do novo PDM, ou decorridos 150 dias úteis do inicio discussão pública

6 O documento foi apresentado pelo vogal Vicente Pinto (PSD). O Vice-Presidente da Câmara disse que o PDM estava pronto desde Junho de 2007 com o parecer favorável da Comissão de Acompanhamento, não se tendo então colocado em discussão pública porque essa discussão iria ocorrer durante o período de férias. Contudo em 2007, a lei foi alterada e foi obrigatório a existência de um Planeamento Estratégico Ambiental, tendo a elaboração deste demorado um ano. Informou que neste momento a equipa técnica do PDM. estava a analisar as reclamações existentes. O vogal Jorge Carvalho (CDU) considerou que o executivo camarário agiu prudentemente em relação a esta matéria. O vogal Vicente Pinto (PSD) afirmou a Assembleia Municipal tinha que medir o impacto do PDM na população. O vogal José Luís Peralta (PS) disse que não ia votar este pedido de esclarecimento. O vogal João Passos (PSD) considerou que aquilo o que PSD estava a propor não era ilegal Colocado este documento à votação foi o mesmo recusado com 16 votos contra e 10 votos a favor DECLARAÇÕES DE VOTO JORGE PINA (PS) Eu não votei contra o pedido de esclarecimento, eu declaro que o meu voto contra é nem mais nem menos que reprovar a aceitação deste documento como está redigido e como eu quero a politica da verdade, não poderei de forma alguma votar isto favoravelmente JOSE SALVADOR (PS) Votei contra porque considero que isto é uma matéria muito importante que nos foi devidamente esclarecida pelo senhor vice-presidente da Câmara oralmente Entrou-se na discussão da Moção do PSD sobre almoços grátis aos viajantes, a convite da câmara Municipal de Espinho O documento é do seguinte teor: Promove esta Câmara (e bem.), com alguma 6

7 frequência viagens de, passeio e convívio, para os idosos do Concelho de Espinho, além dos jantares e almoços, alguns destes, dançantes. Não consta que, nesses convívios, os idosos tenham de pagar o seu almoço. Está bem que assim seja, o contrário é que não faria sequer sentido. Por outro lado: Oferece a Câmara, desde há alguns anos, a viagem de finalistas, aos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, do Município de Espinho, ao Jardim Zoológico de Lisboa. De facto, algumas crianças não teriam, de outro modo, a oportunidade de viajarem até Lisboa e conhecerem o Jardim Zoológico. É, com certeza, uma viagem memorável, para a grande maioria das crianças, senão mesmo para todas elas. Há, todavia um senão: Por que razão as crianças têm de pagar o seu próprio almoço? Comerão mais, e mais caro, que os idosos? E comerão elas tão caro, em relação aos idosos, que a Câmara não possa suportar essa despesa? Cremos na bondade destas acções e não admitimos sequer a existência de razões ocultas ou insidiosas, mas apenas aquelas que digam respeito à atenção e mero lapso, por parte da organização do evento. Assim, A Assembleia Municipal de Espinho, reunida na sua 3ª Sessão Ordinária, no dia 30, de Junho de 2009, delibera recomendar à Câmara Municipal de Espinho: Que, à semelhança do que já acontece com os passeios dos idosos, passe a incluir, no passeio anual ao Jardim Zoológico de Lisboa, a oferta do almoço, a todas as crianças que participem nessa viagem O documento foi apresentado pelo vogal João Passos (PSD). O Vice-Presidente da Câmara prestou um conjunto de esclarecimentos de carácter pertinente sobre esta matéria. O vogal José Luís Peralta (PS) disse que ia votar favoravelmente este documento. O vogal Jorge Carvalho (CDU) considerou que deveriam ser divulgadas as verbas que estão envolvidas nestas viagens. Afirmou que se ia abster. O vogal Carvalho e Sá (PSD) defendeu a validade deste documento. O Presidente J. F. Espinho disse que ia votar favoravelmente este documento

8 ----- Colocado o documento à votação foi o mesmo aprovado com 24 votos a favor e 2 abstenções JORGE CARVALHO (CDU) A CDU absteve-se neste documento porque discorda da ida sistemática dos políticos que andam nestes intervenções desnecessariamente à custa do erário público e por isso é que nos abstivemos neste documento JOSE LUIS PERALTA (PS) O Partido Socialista disse desde o seu início manifestou a sua inteira concordância com este documento. Recordo que decorrer que da sua discussão adiantou e deixou a sugestão na discussão de efectivamente este almoço, a ser um almoço pedagógico no sentido de incentivar a alimentação saudável e correcta e a um correcto convívio entre todos os intervenientes neste evento. Lamento claramente a postura de grande parte desta assembleia por ter levado esta discussão de uma forma menos séria e correcta, situação que as nossas crianças não mereciam nem naturalmente deverão seguir o exemplo Seguidamente e nos termos regimentais, a Presidente da Mesa abriu o período para intervenção do público presente Não tendo havido qualquer intervenção, a Presidente da Mesa deliberou marcar uma nova reunião para o dia 8 de Julho, às horas A MESA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, 8