ESCOLAS SEGURAS Um direito de todas as raparigas. ESCOLAS SEGURAS Nov 07

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESCOLAS SEGURAS Um direito de todas as raparigas. ESCOLAS SEGURAS Nov 07"

Transcrição

1 ESCOLAS SEGURAS Um direito de todas as raparigas

2 As escolas são lugares onde as crianças devem aprender e crescer. No entanto, muitas raparigas em todo o mundo vão para a escola receando pela sua segurança, temendo humilhações e tratamento violento, esperando simplesmente superar mais um dia. As escolas reflectem a sociedade em que se inserem. As mesmas formas de violência que as mulheres sofrem ao longo da sua vida física, sexual e psicológica estão presentes na vida de muitas raparigas nas escolas. Diariamente, as raparigas são agredidas no caminho para a escola, são gozadas e insultadas pelos seus colegas, humilhadas devido à propagação de rumores difamatórios que circulam boca a boca, através dos telemóveis ou da Internet. Algumas são ameaçadas de abusos sexuais pelos estudantes mais velhos, são alvo de propostas sexuais por parte dos professores em troca de notas mais altas, e são até violadas dentro das escolas. Ainda existem raparigas que são alvo de agressões físicas em nome da disciplina. A violência sobre as raparigas tem lugar dentro e à volta de muitas instituições educativas no mundo inteiro. É inflingida não só pelos professores, como também pelos empregados das escolas, colegas e até estranhos. O resultado é que cada vez mais se assiste a um número incalculável de raparigas que não frequentam, abandonam, ou que não participam plenamente nas actividades escolares Em países onde existe guerra, há raparigas que são raptadas por grupos armados, e algumas são feridas ou mortas no caminho para a escola ou quando as escolas são alvo de ataques. A exploração e abusos sexuais são problemas comuns das raparigas que vivem em campos de refugiados ou em áreas de abrigo para deslocados internos. INFÂNCIA ROUBADA, EDUCAÇÃO PERDIDA Crianças albanesas na sala de aula. A escola foi atingida durante uma ofensiva Sérvia e os alunos têm aulas sem aquecimento ou electricidade. REUTERS/Yannis Behrakis

3 É frequente as autoridades responderem à violência nas escolas com a inacção. Em muitos casos, fazem-no devido às lacunas na lei nacional ou nas políticas escolares. Quando uma rapariga faz queixa de um incidente de violência, especialmente de violência sexual, é mais comum que seja julgado o seu comportamento, do que a pessoa que é acusada do crime. Não há justificação para a inacção oficial. O Estado e os seus funcionários - professores e autoridades escolares - devem prontamente investigar as queixas de abuso, impor sanções apropriadas aos agressores, apoiar as vítimas de violência para que recuperem das suas mazelas físicas e emocionais, tomando medidas que assegurem que esses abusos não se repetem. Se a violência contra as raparigas na escola fica impune, os estudantes apreendem que a violência contra as raparigas e mulheres é aceitável, e que as agressões cometidas pelos homens são norma. A discriminação contra as mulheres e raparigas sai reforçada. A educação é um direito humano, e assegurar o acesso à educação sem violência é responsabilidade do Estado. Ao abrigo do direito internacional, o Estado deve assegurar, como minímo, o acesso universal à educação primária. Essa obrigação não pode ser cumprida se as raparigas não se sentirem seguras na escola. O incumprimento destas obrigações não pode ser justificado pela falta de recursos. Quando os Estados falham nesta matéria, falham sobretudo devido à sua falta de vontade política. DISCRIMINAÇÃO E VIOLÊNCIA Duas meninas regressam a casa em Murhison, uma área rural na pronvíncia de Natal, na África do Sul. Um grande número de violações sexuais ocorre nas escolas ou no caminho de e para a escola. Estes crimes são frequentemente cometidos por pessoas da confiança das meninas, muitas vezes pelos próprios professores. O país debate-se com um crescente número de violações e abusos sexuais de crianças. Per-Anders Pettersson/Getty Images Algumas raparigas enfrentam um maior risco de serem vítimas de violência nas escolas, devido à sua identidade. As raparigas lésbicas, por exemplo, experienciam sexismo e homofobia, e são mais frequentemente sujeitas a assédio sexual e ameaçadas de violência sexual do que as

4 raparigas heterossexuais. As raparigas com deficiência enfrentam os mesmos problemas de sexismo e discriminação devido ao seu estado físico, tornando-as alvo de chacota, abusos físicos e violência sexual. Sofem níveis mais altos de violência do que as raparigas sem deficiência, e as formas de violência experienciadas acabam por ser mais graves e acentuadas. Outros aspectos da identidade das raparigas como o estatuto de migrantes, orfãs ou refugiadas, a sua situação como portadoras de HIV, a sua casta, etnia ou raça, são factores que fazem aumentar o risco de abuso e moldam a natureza da experiência de violência. A violência contra as raparigas na escola é tanto um produto das atitudes discriminatórias como uma consequência do tratamento negligente e falta de controlo dos comportamentos hostis. Uma intervenção prévia é vital. Os professores devem conter o clima hostil gerado pelos abusos verbais - um clima que muitas vezes conduz a ataques físicos. SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS A violência tem um efeito devastador nas raparigas. Não só lhes causa medo, dor e sofrimento, como também a diminuição da sua auto-estima, mau rendimento escolar, doenças sexualmente transmissíveis, gravidezes indesejadas e depressão. Quando a violência interfere ou acaba com a educação de uma rapariga, as implicações para o seu futuro vão desde a perda de oportunidades de emprego à dependência financeira. A falta de educação aumenta a probabilidade das raparigas se casarem em tenra idade, o que acarreta riscos tanto de saúde como de bem-estar; de serem alvos de tráfico; e de virem a morrer durante o parto. A interrupção da educação de um elevado número de raparigas possui ramificações devastadoras não apenas para elas, mas também para a sociedade. A educação é a chave para quebrar os ciclos de violência e pobreza. Contudo a falta de segurança dentro e fora das escolas está a minar as tentativas de capacitar as raparigas de escaparem de situações violentas e saírem do ciclo de pobreza. A violência contra as raparigas nas escolas reforça os estereótipos e perpetua a discriminação de género nas gerações futuras. Transmite a ideia de que a violência contra as raparigas e mulheres é inevitável e que uma educação segura para as raparigas não é prioridade.

5 PORQUE É QUE NÃO POSSO IR À ESCOLA? Custos com a Educação AP Photo/Gurinder Osan Muitas raparigas de famílias pobres não têm acesso, ou tem acesso reduzido, ao ensino, incluindo o ensino primário, devido aos custos associados à educação que simplesmente não estão ao alcance das posses das suas famílias. Segundo o direito internacional o ensino primário deve ser gratuito para todos. A legislação internacional também obriga os Estados a desenvolver esforços no sentido de tornar o ensino secundário gratuito. Apesar destas disposições, muitas escolas em todo o mundo cobram propinas. Os custos com a educação são um obstáculo inultrapassável para muitas crianças, e é muito comum que as raparigas sejam mais facilmente excluidas da escola que os rapazes, quando o dinheiro não abunda. Muitas vezes estes custos são descritos como contribuições voluntárias para suprir despesas com livros, materiais ou exames. Mesmo em escolas onde não existem tais custos, as raparigas e as suas famílias têm que suportar outras despesas associadas à educação, como o transporte, fardas ou materiais escolares. Quando os custos com a educação são exorbitantes, as raparigas podem ser levadas a procurar soluções para arranjar o dinheiro que precisam. Algumas destas práticas envolvem relacionamentos sexuais com homens mais velhos que lhes dão presentes e dinheiro.

6 A pobreza também leva a que as famílias procurem casar as suas filhas muito cedo. As raparigas que casam jovens tem menos probabilidades de continuar os seus estudos. PROVOCAÇÕES, PERSEGUIÇÕES E BULLYING As perseguições e provocações verbais são comuns nas escolas. As raparigas que são mais altas ou mais baixas que as outras, que são de uma etnia diferente, que são pobres, deficientes, menos femininas ou que se diferenciam das outras de alguma forma podem ser alvos particulares de insultos, agressões, provocações e de bullying. As provocações podem ser por si só uma violação da dignidade e segurança das raparigas, e se não forem travadas podem assumir outras proporções, podendo atingir a violência fisica, emocional e sexual. As provocações sexuais são consideradas inócuas pela maior parte dos rapazes, mas para as raparigas alvos dessas situações podem ser intimidatórias e degradantes. As formas de assédio habituais como os boatos e a exclusão social têm vindo a ser relacionadas com o cyberbullying. Alguns indivíduos usam os telemóveis e a internet fazendo-se passar por outras pessoas, para expor informações pessoais de forma difamatória ou difundir rumores falsos. No ciber espaço, este tipo de violência pode manifestar-se no anonimato, com um receio mínimo de punição e com uma grande audiência, não apenas nos dias de escola como também aos fins-de-semana. Comportamentos agressivos em escalada O assédio dentro ou fora das escolas é diminuído por alguns professores e funcionários que o encaram como inofensivo. Contudo, pode passar de uma brincadeira a algo mais sério. Antes de se tornar fisica e psicologicamente perturbador e destruidor, algo tem de ser feito. Esses comportamentos devem ser travados e devem ser promovidas alternativas. Quando há episódios de assédio sexual na escola que não são condenados, com o tempo, passam a ser considerados como parte das normas sociais e as gerações seguintes acabam por considerar a violência contra as mulheres aceitável. É compreensível que as raparigas não denunciem os incidentes de violência, se temem ser tratadas de forma injusta, serem ridicularizadas ou perceberem que não serve de nada a sua denúncia. Se os agressores puderem cometer crimes sem serem punidos, a prática de violência continuará.

7 Desde a provocação às agressões, todas as formas de violência contra as raparigas são negativas e podem potencialmente interromper os estudos dessa jovem, privando-a do seu direito à educação, assim como o seu direito a não sofrer violência. A EDUCAÇÃO É A CHAVE PARA TRAVAR O HIV HIV, SIDA E EDUCAÇÃO Uma organização no Quénia - Dolphin Anti-Rape And Aids Control Outreach - ensina às crianças o que é a violação sexual e como se podem defender. Mais de meninas já receberam esta formação no país inteiro. Paula Allen A educação é um elemento fundamental para travar a propagação do HIV e da SIDA. Segundo estimativas da Campanha Mundial para a Educação, a educação básica universal poderia prevenir novos casos de HIV por ano. Todos os seres humanos têm direito a disfrutar do mais elevado padrão de saúde possível, o que inclui o direito à educação e informação sobre a saúde. As escolas não só proporcionam informação sobre a saúde a crianças e adolescentes, como os capacitem para compreender esta informação e agir em conformidade. Quando a violência que as raparigas sofrem nas escolas, as leva a abandonar os estudos e a não participar nas actividades escolares, impede-as de adquirir uma educação que reduza a sua vulnerabilidade ao contágio do HIV. O HIV é uma das consequências do problema da violência sexual sobre as raparigas. O abuso sexual acarreta perigos como a contracção do HIV, a discriminação posterior ao contágio, bem como o retorno a casa por imposição familiar. A actividade sexual forçada e as relações sexuais são também a causa de numerosas complicações na saúde reprodutiva.

8 Durante os conflitos armados, muitas raparigas vêm-se privadas da educação, além de serem vítimas de outrio tipo de violações de direitos humanos. Algumas são recrutadas à força para prestar serviços sexuais aos combatentes. Em muitos conflitos armados recentes, observa-se uma violência sexual generalizada contra mulheres e raparigas, seguida de índices muito elevados de infecção com HIV. Em muitos países, professores especializado dão formação sobre o HIV e aspectos relacionados com a doença. A educação nesta matéria é fundamental para por fim aos casos de transmissão da doença. SEM DESCULPAS, SEM EXCEPÇÕES E SEM DEMORAS Paula Allen A Amnistia Internacional reconhece a determinação das raparigas em todo o mundo em aceder à educação. A organização pede a todos os Estados para que actuem de imediato para cumprir os seus compromissos internacionais de tornarem as escolas espaços acessiveis e seguros para as raparigas. Pede também às autoridades governamentais e às escolas que, com o apoio dos pais, líderes comunitários e ONG, implementem os seis passos para acabar com a violência sobre as raparigas nas escolas:

9 SEIS PASSOS PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA SOBRE AS RAPARIGAS NA ESCOLA 1. Proibir todas as formas de violência contra as raparigas, incluindo castigos corporais, ofensas verbais, assédio, violência física, abuso emocional, bem como violência e exploração sexual. Promulgar e aplicar leis apropriadas, políticas e procedimentos 2. Tornar a escola segura para as raparigas através de planos nacionais de acção para combater a violência nas escolas. Estes planos devem incluir orientações para as escolas, formação obrigatória para professores e alunos, bem como a designação, pelo governo, de um funcionário responsável e um adequado financiamento público. Assegurar que as escolas tenham casas de banho e balneários separados para rapazes e raparigas, dormitórios seguros e áreas de recreio e campos desportivos com supervisão. 3. Dar resposta a incidentes de violência contra as raparigas através de mecanismos de denúncia, confidenciais e independentes, investigações eficazes, processos penais, quando apropriado, e pelo fornecimento de serviços de apoio a vítimas e sobreviventes. Assegurar que todos os incidentes de violência contra as raparigas são reportados e registados, e que quem seja condenado por violação, assédio sexual ou outras ofensas criminais contra as crianças, não seja empregado em escolas. 4. Providenciar serviços de apoio a raparigas que foram alvo de violência, incluindo aconselhamento; tratamento médico; informação sobre HIV/SIDA, medicamentos e serviços de apoio; informação sobre direitos sexuais e reprodutivos; e apoio à reintegração das raparigas no sistema escolar que são portadoras de HIV, estão grávidas, são casadas ou mães. 5. Remover as barreiras de acesso à escola para as raparigas através da eliminação de todos os custos, directos e indirectos, no acesso à escola primária, tornando as escolas secundárias acessíveis para todos, e desenvolvendo programas para garantir o acesso de raparigas oriundas de grupos marginalizados. 6. Proteger as raparigas de abusos através do desenvolvimento e aplicação de códigos de conduta para todos os funcionários escolares e estudantes. Treinar o

10 pessoal escolar através de intervenções precoces para combater o assédio e a violência contra as raparigas na escola. Stuart Freedman/Panos Pictures

MITOS E REALIDADES A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA

MITOS E REALIDADES A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA MITOS E REALIDADES A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA Mitos e Realidades Algumas considerações O álcool e as drogas são as causas reais da violência. O consumo de álcool pode favorecer a emergência de condutas violentas,

Leia mais

11 Outubro Dia Internacional da Rapariga

11 Outubro Dia Internacional da Rapariga 11 Outubro Dia Internacional da Rapariga As meninas enfrentam discriminação, violência e abuso todos os dias, em todo o mundo. Esta realidade alarmante justifica o Dia Internacional das Meninas, uma nova

Leia mais

Um mundo melhor começa aqui

Um mundo melhor começa aqui Um mundo melhor começa aqui h, 12 de junho de 2009 O Dia mundial contra o trabalho infantil vai ser celebrado a 12 de Junho de 2009. Este ano, o Dia mundial marca o décimo aniversário da adopção da importante

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como o uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra

Leia mais

POSIÇÃO COMUM AFRICANO SOBRE ACABAR COM O CASAMENTO INFANTIL

POSIÇÃO COMUM AFRICANO SOBRE ACABAR COM O CASAMENTO INFANTIL AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIAP. O. Box 3243Telephone +251 11 5517 700 Fax : 00251 11 5517844 www.au.int POSIÇÃO COMUM AFRICANO SOBRE ACABAR COM O CASAMENTO INFANTIL

Leia mais

A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente.

A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente. A violência doméstica é um problema universal que atinge milhares de pessoas, em grande número de vezes de forma silenciosa e dissimuladamente. Trata-se de um problema que acontece em ambos os sexos e

Leia mais

Maus -tratos. ACÇÃO DE FORMAÇÃO ANO de 2010 FÁBIA SOUZA

Maus -tratos. ACÇÃO DE FORMAÇÃO ANO de 2010 FÁBIA SOUZA ACÇÃO DE FORMAÇÃO ANO de 2010 FÁBIA SOUZA Os maus-tratos a crianças têm uma longa história, possivelmente do tamanho da humanidade. (Martins, 2002:23). Maus - tratos Maus - tratos Maus-tratos Martínez

Leia mais

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER Acreditamos que as empresas só podem florescer em sociedades nas quais os direitos humanos sejam protegidos e respeitados. Reconhecemos que as empresas

Leia mais

Worldwide Charter for Action on Eating Disorders

Worldwide Charter for Action on Eating Disorders Worldwide Charter for Action on Eating Disorders - CARTA MUNDIAL DE ACÇÃO PARA AS PARTURBAÇÕES ALIMENTARES- DIREITOS E EXPECTATIVAS PARA PESSOAS COM PERTURBAÇÕES ALIMENTARES E AS SUAS FAMÍLIAS PREÂMBULO

Leia mais

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA Proclamada pela Resolução da Assembleia Geral 1386 (XIV), de 20 de Novembro de 1959 PREÂMBULO CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, a sua

Leia mais

BANCADA FEMININA. UM ESPAçO DE EMPODERAMENTO DA RAPARIGA EM SSR EM MOÇAMBIQUE

BANCADA FEMININA. UM ESPAçO DE EMPODERAMENTO DA RAPARIGA EM SSR EM MOÇAMBIQUE BANCADA FEMININA UM ESPAçO DE EMPODERAMENTO DA RAPARIGA EM SSR EM MOÇAMBIQUE NILZA DOS SANTOS, Brasília, 15 Outúbro 2013 Conteúdo Contexto Conceito de Bancada Feminina Principais Resultados Factores de

Leia mais

NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS DOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE VIOLÊNCIAS PRATICADAS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE

NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS DOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE VIOLÊNCIAS PRATICADAS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS DOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE VIOLÊNCIAS PRATICADAS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE Márcia Regina Ribeiro Teixeira Promotora de Justiça de Salvador Agosto de 2014 VIOLÊNCIA:

Leia mais

FORMAÇÃO SOBRE: GÉNERO E DESENVOLVIMENTO

FORMAÇÃO SOBRE: GÉNERO E DESENVOLVIMENTO Projecto PIGEM FORMAÇÃO SOBRE: GÉNERO E DESENVOLVIMENTO LUBANGO 28 DE ABRIL DE 2015 ELABORADO POR: MARIANA SOMA /PRELECTORA 1 GÉNERO E DESENVOLVIMENTO CONCEITO É uma abordagem que se concentra nas relações

Leia mais

MANUAL PARA PAIS E RESPONSÁVEIS SOBRE COMO LIDAR COM O "BULLYING/IJIME"

MANUAL PARA PAIS E RESPONSÁVEIS SOBRE COMO LIDAR COM O BULLYING/IJIME MANUAL PARA PAIS E RESPONSÁVEIS SOBRE COMO LIDAR COM O "BULLYING/IJIME" Consulado Geral do Brasil em Tóquio 2014 1. DEFINIÇÃO DE "IJIME" A expressão japonesa "ijime" significa maltrato. Já a expressão

Leia mais

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996)

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará,

Leia mais

Diretrizes Consolidadas sobre Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados em HIV para as Populações-Chave

Diretrizes Consolidadas sobre Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados em HIV para as Populações-Chave Diretrizes Consolidadas sobre Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados em HIV para as Populações-Chave Gabriela Calazans FCMSCSP, FMUSP II Seminário Nacional sobre Vacinas e novas Tecnologias de Prevenção

Leia mais

Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil.

Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil. Mitos e equívocos sobre sobreviventes de cancro infantil. 1 MITO Crianças com cancro e sobreviventes de cancro infantil, representam um risco de saúde para a saúde das outras crianças / adolescentes. Eles

Leia mais

Princípios da ONU sobre Empresas e DH. junho/2013 Juana Kweitel

Princípios da ONU sobre Empresas e DH. junho/2013 Juana Kweitel Princípios da ONU sobre Empresas e DH junho/2013 Juana Kweitel Processo prévio aos GPs e sua adoção 1999-2003: Debate de um projeto de tratado na Subcomissão de DH diretamente aplicável às empresas. 2003:

Leia mais

Declaração de Brighton sobre Mulheres e Desporto

Declaração de Brighton sobre Mulheres e Desporto Declaração de Brighton sobre Mulheres e Desporto A I Conferência Mundial sobre Mulheres e Desporto realizou-se em Brighton, no Reino Unido, entre os dias 5 e 8 de Maio de 1994, reunindo à mesma mesa políticos

Leia mais

AGENDA DE ENFRENTAMENTO

AGENDA DE ENFRENTAMENTO AGENDA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS JUVENTUDES novembro 2012 INDIGNAÇÃO Será preciso maltratar e dizimar toda uma geração para que a violência contra as juventudes se torne visível? ENTENDIMENTO

Leia mais

25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. Carta de Brasília

25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres. Carta de Brasília Anexo VI 25 de novembro - Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres Carta de Brasília Na véspera do Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres nós, trabalhadoras dos

Leia mais

INTRODUÇÃO. Olweus Bullying Prevention Program http://olweus.org/ public/bullying.page 2

INTRODUÇÃO. Olweus Bullying Prevention Program http://olweus.org/ public/bullying.page 2 IntroduÇÃO INTRODUÇÃO O bullying acontece quando uma criança ou adolescente intencionalmente diz ou faz algo para prejudicar um(a) colega que, por sua vez, tem dificuldade para se defender. É um padrão

Leia mais

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL Manual de GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/9 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia

Leia mais

Curso de Capacitação em Bullying

Curso de Capacitação em Bullying Curso de Capacitação em Bullying Segundo pesquisa do Instituto Cidadania e da Fundação Perseu Abramo, a violência é o tema que mais preocupa os brasileiros entre 15 e 24 anos (55% do total), à frente de

Leia mais

PROJETO APE E PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA

PROJETO APE E PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA PROJETO APE E PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA O enfrentamento do BULLYING, além de ser uma medida disciplinar, também é um gesto cidadão tremendamente educativo, pois prepara os alunos para a aceitação, o respeito

Leia mais

Roteiro de Diretrizes para Pré-Conferências Regionais de Políticas para as Mulheres. 1. Autonomia econômica, Trabalho e Desenvolvimento;

Roteiro de Diretrizes para Pré-Conferências Regionais de Políticas para as Mulheres. 1. Autonomia econômica, Trabalho e Desenvolvimento; Roteiro de Diretrizes para Pré-Conferências Regionais de Políticas para as Mulheres 1. Autonomia econômica, Trabalho e Desenvolvimento; Objetivo geral Promover a igualdade no mundo do trabalho e a autonomia

Leia mais

Perfis de vítimas e agressores. Resultados do inquérito EU Kids Online 4 Fevereiro 2011 Ana Jorge

Perfis de vítimas e agressores. Resultados do inquérito EU Kids Online 4 Fevereiro 2011 Ana Jorge Perfis de vítimas e agressores Resultados do inquérito EU Kids Online 4 Fevereiro 2011 Ana Jorge Objectivo / Plano Caracterizar os perfis de vítimas e agressores online, para os riscos: Ver imagens de

Leia mais

Escola secundária de S. Pedro da Cova BULLYING. Trabalho realizado por: Joana Aurora e Sara Sousa

Escola secundária de S. Pedro da Cova BULLYING. Trabalho realizado por: Joana Aurora e Sara Sousa Escola secundária de S. Pedro da Cova BULLYING Trabalho realizado por: 1 Joana Aurora e Sara Sousa INTRODUÇÃO Este trabalho foi realizado na disciplina de área de projecto. Este trabalho tem como objectivo

Leia mais

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS. UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS UNICEF 20 de Novembro de 1959 AS CRIANÇAS TÊM DIREITOS DIREITO À IGUALDADE, SEM DISTINÇÃO DE RAÇA RELIGIÃO OU NACIONALIDADE Princípio I - A criança desfrutará

Leia mais

Neste dia, apelamos:

Neste dia, apelamos: Neste dia, apelamos: A reformas legislativas e políticas para garantir a eliminação do trabalho infantil no trabalho doméstico e a criação de condições de trabalho dignas e de proteção adequada para os(as)

Leia mais

1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial

1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial Décima Oitava Sessão Agenda item 43 Resoluções aprovadas pela Assembléia Geral 1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial A Assembléia Geral,

Leia mais

Conceituando a violência

Conceituando a violência Conceituando a violência A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Violência como o uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade

Leia mais

Como proceder à notificação e para onde encaminhá-la?

Como proceder à notificação e para onde encaminhá-la? Se a família não quiser ou não puder assumir a notificação, o educador deverá informar a família que, por força da lei, terá que notificar o fato aos órgãos competentes. Como proceder à notificação e para

Leia mais

Resolução 1325(2000) Aprovada pelo Conselho de Segurança na sua 4213 a reunião, em 31 de Outubro de 2000. O Conselho de Segurança,

Resolução 1325(2000) Aprovada pelo Conselho de Segurança na sua 4213 a reunião, em 31 de Outubro de 2000. O Conselho de Segurança, Resolução 1325(2000) Aprovada pelo Conselho de Segurança na sua 4213 a reunião, em 31 de Outubro de 2000 O Conselho de Segurança, Tendo presentes as suas resoluções 1261(1999) de 25 de Agosto de 1999,

Leia mais

convicções religiosas...

convicções religiosas... apresenta Cartilha O termo DISCRIMINAR significa separar; diferenciar; estabelecer diferença; distinguir; não se misturar; formar grupo à parte por alguma característica étnica, cultural, religiosa etc;

Leia mais

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

PROJETO DE LEI N o, DE 2012

PROJETO DE LEI N o, DE 2012 PROJETO DE LEI N o, DE 2012 (Do Sr. Alfredo Kaefer) Autoriza o Poder Público a realizar a internação compulsória, para tratamento médico especializado, de crianças, adolescentes e adultos apreendidos em

Leia mais

Igualdade de oportunidades e não discriminação: elementos centrais da Agenda do Trabalho Decente

Igualdade de oportunidades e não discriminação: elementos centrais da Agenda do Trabalho Decente Igualdade de oportunidades e não discriminação: elementos centrais da Agenda do Trabalho Decente Laís Abramo Socióloga, Mestre e Doutora em Sociologia Diretora do Escritório da OIT no Brasil Salvador,

Leia mais

Vamos Combater o Abuso e a Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes

Vamos Combater o Abuso e a Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes Vamos Combater o Abuso e a Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes A violência sexual contra crianças e adolescentes acontece em todo o mundo, em diversas famílias e classes sociais. O QUE É A

Leia mais

Violência contra a pessoa idosa Discutindo Indicadores Maria Cecília de Souza Minayo

Violência contra a pessoa idosa Discutindo Indicadores Maria Cecília de Souza Minayo Violência contra a pessoa idosa Discutindo Indicadores Maria Cecília de Souza Minayo Marco Referencial Considero o tema Violência Contra Idosos como o avesso dos direitos consagrados do Estatuto da Pessoa

Leia mais

Educação: a resposta certa contra o trabalho infantil

Educação: a resposta certa contra o trabalho infantil Educação: a resposta certa contra o trabalho infantil Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil 12 Junho 2008 Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil 12 de Junho de 2008 O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil

Leia mais

do Idoso Portaria 104/2011

do Idoso Portaria 104/2011 DEVER DE NOTIFICAR- do Idoso Portaria 104/2011 Lei 6.259/75l Lei 10.778/03, ECA, Estatuto n Médicos n Enfermeiros n Odontólogos n Biólogos n Biomédicos n Farmacêuticos n Responsáveis por organizações e

Leia mais

Carta Política. Campanha Cidades Seguras para as Mulheres

Carta Política. Campanha Cidades Seguras para as Mulheres Carta Política Campanha Cidades Seguras para as Mulheres Brasil - 2014 Nós, mulheres de diversas localidades e comunidades de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo, que há muito

Leia mais

Assinalar o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância; Dar a conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos;

Assinalar o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância; Dar a conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos; Oleiros, abril 2014 Objetivos: Assinalar o Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância; Dar a conhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos; Divulgar a Declaração/ Convenção dos Direitos da Criança;

Leia mais

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCONAL

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCONAL SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCONAL Abrigo Casa lar Casa de passagem Beatriz Guimarães Bernardeth Gondim Cláudia Souza A PNAS Situando o acolhimento institucional e familiar Proteção Básica Proteção Especial

Leia mais

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Mediação Familiar Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Altera a Organização Tutelar de Menores, nomeadamente através da introdução de novos artigos de que destacamos aquele que se refere à mediação Artigo 147.º

Leia mais

Barómetro APAV INTERCAMPUS Perceção da População Portuguesa sobre Stalking, Cyberstalking, Bullying e Cyberbullying Preparado para: Associação

Barómetro APAV INTERCAMPUS Perceção da População Portuguesa sobre Stalking, Cyberstalking, Bullying e Cyberbullying Preparado para: Associação 1 Barómetro APAV Perceção da População Portuguesa sobre Stalking, Cyberstalking, Bullying e Cyberbullying Preparado para: Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) Junho de 2013 2 Índice 2 Metodologia

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA ou ADOLESCENTE

VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA ou ADOLESCENTE VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA ou ADOLESCENTE Equipe LENAD: Ronaldo Laranjeira Clarice Sandi Madruga IlanaPinsky Maria Carmen Viana Divulgação: Maio de 2014. 1. Porque esse estudo é relevante? Segundo a Subsecretaria

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

Muito obrigada por esses dias, por essa capacitação sei que hoje não sou mais a mesma, posso ser mais feliz (promotora capacitada)

Muito obrigada por esses dias, por essa capacitação sei que hoje não sou mais a mesma, posso ser mais feliz (promotora capacitada) Muito obrigada por esses dias, por essa capacitação sei que hoje não sou mais a mesma, posso ser mais feliz (promotora capacitada) não podemos ficar paradas, vou dar o máximo de mim eu prometo (promotora

Leia mais

Cartilha de Prevenção Orientações para o combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

Cartilha de Prevenção Orientações para o combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão,

Leia mais

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995)

Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) Declaração de Pequim adotada pela Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres: Ação para Igualdade, Desenvolvimento e Paz (1995) 1. Nós, os Governos, participante da Quarta Conferência Mundial sobre as

Leia mais

15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa 15 de junho: Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa O dia 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data foi instituída em 2006,

Leia mais

BULLY L IN I G G N A E SCOLA O O Q U Q E É?

BULLY L IN I G G N A E SCOLA O O Q U Q E É? BULLYING NA ESCOLA O QUE É? HISTÓRICO Os primeiros trabalhos sobre o Bullying nas escolas vieram de países nórdicos, a partir dos anos 60 - Noruega e Suécia. CONCEITO É uma forma de agressão caracterizada

Leia mais

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de

Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de Recomendação CM/Rec (2013)1 do Comité de Ministros aos Estados-Membros sobre a Igualdade de Género e Media (adotada pelo Comité de Ministros a 10 de julho de 2013, na 1176.ª reunião dos Delegados dos Ministros)

Leia mais

ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho

ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho Conferência sobre Assédio Moral: Uma Realidade no Local de Trabalho? Ana Paula Viseu UGT 7 de Março de 2009 1 TIPOLOGIA DO ASSÉDIO Assédio sexual Assédio

Leia mais

Conselho da Europa Plano de Acção para a Deficiência 2006-2015

Conselho da Europa Plano de Acção para a Deficiência 2006-2015 Conselho da Europa Plano de Acção para a Deficiência 2006-2015 Versão Linguagem Fácil Conselho da Europa Plano de Acção para a Deficiência 2006-2015 Versão Linguagem Fácil Página 1 de 60 Plano de Acção

Leia mais

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE WHOQOL-120 HIV AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE Genebra Versão em Português 1 Departamento de Saúde Mental e Dependência Química Organização Mundial da Saúde CH-1211 Genebra

Leia mais

SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS

SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS 01 - Modelo de protecção das crianças e jovens em risco 02 - O que são as CPCJ? 03 - Qual o papel/funções do Ministério Público? 04 - Modelo de intervenção 05 - Conceito

Leia mais

Declaração de Estocolmo. Declaração de Estocolmo

Declaração de Estocolmo. Declaração de Estocolmo Declaração de Estocolmo Declaração de Estocolmo Como resultado do Congresso Mundial sobre Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado em Estocolmo, em 1998, foi apresentada uma Declaração e

Leia mais

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial,

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial, 192 Assembleia Geral 39 a Sessão suas políticas internas e exteriores segundo as disposições básicas da Convenção, Tendo em mente o fato de que a Convenção está sendo implementada em diferentes condições

Leia mais

Violência escolar: construindo diálogo na escola

Violência escolar: construindo diálogo na escola Violência escolar: construindo diálogo na escola O que é violência escolar? Influência é influenciada Escola inserida num contexto social permeado de violências Violência Violência ação intencional* que

Leia mais

Direitos das Vítimas. Convenção do Conselho da Europa relativa à Luta contra o Tráfico de Seres Humanos

Direitos das Vítimas. Convenção do Conselho da Europa relativa à Luta contra o Tráfico de Seres Humanos Direitos das Vítimas Convenção do Conselho da Europa relativa à Luta contra o Tráfico de Seres Humanos O tráfico de seres humanos viola os direitos e destrói as vidas de inúmeras pessoas na Europa e fora

Leia mais

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS. Edinilsa Ramos de Souza CLAVES/ENSP/FIOCRUZ

VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS. Edinilsa Ramos de Souza CLAVES/ENSP/FIOCRUZ VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS Edinilsa Ramos de Souza CLAVES/ENSP/FIOCRUZ O que é Violência contra idosos? É um ato (único ou repetido) ou omissão que lhe cause dano ou aflição e que se produz em qualquer relação

Leia mais

Princípios de Empoderamento das Mulheres

Princípios de Empoderamento das Mulheres Princípios de Empoderamento das Mulheres Igualdade Significa Negócios Princípios de Empoderamento das Mulheres 1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de Gênero, no mais alto nível. 2.

Leia mais

JOVEM HOMOSSEXUAL substituir por JOVENS GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGÊNEROS (GLBT) ou por JUVENTUDE E DIVERSIDADE SEXUAL

JOVEM HOMOSSEXUAL substituir por JOVENS GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGÊNEROS (GLBT) ou por JUVENTUDE E DIVERSIDADE SEXUAL JOVEM HOMOSSEXUAL substituir por JOVENS GAYS, LÉSBICAS, BISSEXUAIS E TRANSGÊNEROS (GLBT) ou por JUVENTUDE E DIVERSIDADE SEXUAL OBJETIVOS E METAS 1. Prover apoio psicológico, médico e social ao jovem em

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO

RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DO ACESSO DA MULHER À JUSTIÇA NAS AMÉRICAS: QUESTIONÁRIO INTRODUÇÃO Objetivos: Este questionário foi preparado como parte do plano de trabalho da Relatoria Especial sobre os

Leia mais

1ª Edição do CURSO DE FORMAÇÃO DE VOLUNTARIADO Corações Capazes de Construir Iniciativa e responsabilidade da Associação Corações com Coroa (CCC)

1ª Edição do CURSO DE FORMAÇÃO DE VOLUNTARIADO Corações Capazes de Construir Iniciativa e responsabilidade da Associação Corações com Coroa (CCC) 1ª Edição do CURSO DE FORMAÇÃO DE VOLUNTARIADO Iniciativa e responsabilidade da Associação Corações com Coroa (CCC) OBJECTIVOS: Formar equipas de voluntariado da CCC. Promover o conhecimento em torno das

Leia mais

O que fazemos em Moçambique

O que fazemos em Moçambique 2008/09 O que fazemos em Moçambique Estamos a ajudar 79.850 crianças afectadas pelas inundações Estamos a proporcionar kits para a escola a 1.000 órfãos e crianças vulneráveis Registámos 1.745 crianças

Leia mais

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica

Introdução. Procura, oferta e intervenção. Cuidados continuados - uma visão económica Cuidados continuados - uma visão económica Pedro Pita Barros Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Introdução Área geralmente menos considerada que cuidados primários e cuidados diferenciados

Leia mais

Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro

Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro A Campanha Nacional pela Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma colheita para o futuro, é uma ação estratégica do Movimento Sindical de Trabalhadores

Leia mais

11º GV - Vereador Floriano Pesaro PROJETO DE LEI Nº 128/2012

11º GV - Vereador Floriano Pesaro PROJETO DE LEI Nº 128/2012 PROJETO DE LEI Nº 128/2012 Altera a Lei nº 14.485, de 19 de julho de 2007, com a finalidade de incluir no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo o Dia Municipal de Combate a Homofobia, a

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR

CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR CÓDIGO DE CONDUTA DO FORNECEDOR A Weatherford construiu sua reputação como uma organização que exige práticas comerciais éticas e altos níveis de integridade em todas as nossas transações comerciais. A

Leia mais

2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV

2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV 2. REDUZINDO A VULNERABILIDADE AO HIV 2.1 A Avaliação de risco e possibilidades de mudança de comportamento A vulnerabilidade ao HIV depende do estilo de vida, género e das condições socioeconómicas. Isso

Leia mais

Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião LÍNGUA PORTUGUESA

Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião LÍNGUA PORTUGUESA 2 Aula 28.2 Conteúdos: A estrutura de construção de um texto argumentativo Características do gênero Artigo de opinião 3 Habilidades: Apreender a estruturação de um Artigo de opinião 4 Artigo de opinião

Leia mais

Orientação para requerentes à Série 8 da Solicitação de Propostas ao Fundo Mundial de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e o Paludismo

Orientação para requerentes à Série 8 da Solicitação de Propostas ao Fundo Mundial de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e o Paludismo Orientação para requerentes à Série 8 da Solicitação de Propostas ao Fundo Mundial de Luta contra a SIDA, a Tuberculose e o Paludismo Minorias sexuais Historial: O conselho do Fundo Mundial de Luta contra

Leia mais

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS CRIANÇAS E JOVENS COM DEFICIÊNCIA

GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS CRIANÇAS E JOVENS COM DEFICIÊNCIA Manual de GUIA PRÁTICO APOIOS SOCIAIS CRIANÇAS E JOVENS COM DEFICIÊNCIA INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/7 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Apoios Sociais Crianças

Leia mais

QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres

QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres QUESTIONÁRIO Formas de discriminação que limitam o exercício pleno dos direitos econômicos, sociais e culturais das mulheres Este questionário foi preparado como parte do plano de trabalho da Relatoria

Leia mais

REDE SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL

REDE SOCIAL DIAGNÓSTICO SOCIAL REDE SOCIAL INQUÉRITOS POR QUESTIONÁRIO ASSOCIAÇÕES INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO ÁS ASSOCIAÇÕES DO CONCELHO DE A pobreza e a exclusão social embora não sendo fenómenos recentes, têm vindo a surgir nas nossas

Leia mais

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens Resumo O que se entende por disparidades salariais entre mulheres e homens Por que razão continuam a existir disparidades salariais entre mulheres

Leia mais

Posição do Secularismo e dos Direitos Humanos

Posição do Secularismo e dos Direitos Humanos ELEIÇÕES da UE 2014 Posição do Secularismo e dos Direitos Humanos Memorando da EHF NOVEMBRO 2013 A s eleições europeias de maio de 2014 serão cruciais para os humanistas da Europa. A ascensão de partidos

Leia mais

A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, RECOMENDAÇÃO 190 SOBRE PROIBIÇÃO DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL E AÇÃO IMEDIATA PARA SUA ELIMINAÇÃO Aprovadas em 17/06/1999. No Brasil, promulgada pelo Decreto 3597de 12/09/2000. A Conferência

Leia mais