ROMA ANTIGA E A IMPORTÂNCIA DE SEUS PRINCÍPIOS E LEIS PARA A CONSTITUIÇÃO CONTEMPORÂNEA

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1 ROMA ANTIGA E A IMPORTÂNCIA DE SEUS PRINCÍPIOS E LEIS PARA A CONSTITUIÇÃO CONTEMPORÂNEA Cristiano Medeiros de Castro Sumário: 1 Introdução; 2 Breve Histórico; 2.1 Realeza; 2.2 República; 2.3 Império; 3 A Lei das XII Tábuas e Constituição Federal; 4 A importância da Lei das doze Tábuas; 5 Princípios Romanos; 6 Considerações Finais. Resumo: O presente artigo tem como principal delegação mostrar vários institutos antigos, principalmente romanos, para a demonstração que muitos não são uma invenção moderna, visto que muitos deles tiveram sua origem e embrião naquela sociedade. Não podemos dizer que em todas as sociedades eles estiveram presentes, mas de certa forma resistiram às passagens dos tempos para serem revividas nas atuais leis e constituições, de certa forma muito semelhantes. Os princípios que se mantiveram possuem um caráter imanente, porém não se deve afirmar que em todos os períodos históricos eles se mantiveram caracterizados, visto o caminho que foi feito do baixo império romano até os dias contemporâneos, princípios e leis que foram resgatados em cada período para o seu melhor adequamento, no caso da constituição federal de 1988 muitos princípios e institutos se mantiveram. Roma Antiga não apenas criou institutos, mas verdadeiros princípios que possuem importância até hoje, um deles é o Honest Vivere ou viver honestamente, mesmo sendo abstrato é altamente importante. Roma Antiga afetou a nossa constituição, mesmo com as grandes diferenças temporais que existiam naquela época, só não podemos esquecer que na aquela época alguns sentidos eram diferentes, visto as culturas e o período histórico. O através de um paralelo histórico da Antiga Roma com as atuais constituições ou princípios que dela surgirem, visto que Roma não possuía apenas um caráter civilista, mas também possuía princípios que podem ser vistos até a sociedade atual, de caráter público e de ordem geral. Palavras-chave: Roma. Princípio. Constituição. Leis. Institutos. Acadêmico do Curso de Direito da UFU. cristiano_high@hotmail.com com Lattes em :

2 1 Introdução A importância do seguinte artigo é demonstrar a importância da Roma antiga para a construção de alguns princípios constitucionais que regem a sociedade atualmente, desde sua atividade jurisprudencial à lei em si. Tem como exposição clarear a origem de alguns desses postulados constitucionais atuais para melhor compreensão do mesmo e assumir a importância que está sociedade antiga possui até hoje. Muitos autores verificam a importância desta sociedade para a formação do conceito atual de Estados e também para a construção de conceitos jurídicos e políticos contemporâneos. Princípios utilizados que foram maximizados, como o valor da propriedade pública como privada, valores de justiça e de boa-fé que mesmo que não consagrados nas constituições estão de formas implícitas na forma de dignidade da pessoa humana e valores sociais, passando de uma origem histórica ao explanar das mais diversas instituições até o que chamamos de moderno atualmente. Analisar a coleta de informação será por doutrinas e artigos sobre os mais variados assuntos, ligando-os com os princípios que regiam aquela sociedade e que regem as de hoje procurando uma consonância sobre eles, tendo como base Luiz Roberto Barroso e Saulo de Oliveira Pinto Coelho para a congruência destes preceitos. Ao comparar as informações analisadas se deverão atingir quais os principais princípios que existem e regem a constituição até os dias de atuais. O seguinte artigo tem como finalidade demonstrar que princípios que existiam naquela época continuam a existir até os dias de hoje, na égide da constituição, valorizando a importância do ensino e estudos de Roma Antiga e demonstrar que ela não foi apenas um exemplo para o direito civil, mas também teve influência na constituição brasileira em seus mais variados princípios, mesmo implícitos. O embate que existe entre se Roma Antiga possuía apenas um o lado privado de direito ou se possuía um caráter público de direito, ao analisar a Lei das XII tábuas e alguns textos de jurisconsultos e imperadores romanos. 2

3 2 Breve Histórico 2.1 Realeza Começando pelo período da realeza romana, percebe-se que a sociedade era dividida principalmente em dois graus de hierarquia, os plebeus e os patrícios. O rei era chefe do Estado como líder religioso, sendo que ele propunha leis que iam para o censo popular e depois deveriam ser retificados pelo senado. As duas fontes de direito eram a lei e os costumes, sendo os costumes aqueles que um determinado norma ou uso jurídico eram usados costumeiramente e a lei como fora descrita anteriormente. 2.2 República O sistema de governo em Roma era dividido em cônsules, senado e plebe, como descrito no trecho: Em Roma, os cônsules são os árbitros de todos os negócios públicos, porque todos os outros magistrados - exceto os tribunos da plebe - lhes são subordinados e a eles obedecem. São eles que apresentam os embaixadores ao Senado, que tomam as decisões urgentes e têm o controle das leis e dos negócios públicos. A eles compete convocar as Assembleias e executar suas deliberações. Nos negócios de guerra e na condução das batalhas, têm autoridade quase absoluta, a eles cabe impor aos cidadãos as contribuições que julguem convenientes, nomear os tribunos (comandantes), arregimentar os soldados e escolher os melhores entre eles. Além disso, em campanha, têm plena faculdade de punir quem quer faça parte do exército, além de poder gastar o dinheiro público como e quando acharem oportuno, pois são acompanhados sempre por um questor, que executa o que eles lhe ordenam. É ele quem julga os que exerceram qualquer magistratura e só ele pode pronunciar sentenças de morte. A esse propósito, vale lembrar e louvar como junto aos romanos vige um costume segundo o qual, quando um cidadão tiver sido condenado a morte por todas as tribos, à exceção de uma, possa o condenado deixar a cidade em exílio espontâneo em Nápoles, 3

4 Preneste, Tivoli ou outra cidade que, por acordo com a República, possam acolhê-lo livremente. i No direito, pela força da plebe descontente com a situação de muitas leis não serem públicas e guardadas pelos pontífices e pelos patrícios, criaram-se as Leis das XII tábuas, onde foram fixadas no mural do fórum romano. As Doze tábuas regiam a vida privada, mas não era a única forma de lei que existia. Naquela época foram criadas mais formas de leis além das XII tábuas, costumes, Lei, o plebiscito, atualmente como meio de consulta popular, e a respostas dos prudentes, quando havia lacunas das leis os jurisprudentes e jurisconsultos faziam direito no caso concreto, édito dos magistrados e da interpretação dos jurisprudentes. 2.3 Império No império romano, o imperador tinha poderes absolutos, visto que era considerado um deus, tinha o auxílio do senado. Houve um gradual aumento do poder imperial sobre o dito do direito, visto que no começo o senado o auxiliava, mas a posteriori o imperador tornase a única fonte de direito do império romano. Eram fontes do direito na época as leis, os costumes, édito dos magistrados, Senatus Consultas, onde o senado criava as leis e regras, Constituições imperiais, sendo que o imperador podia lançar os éditos, mandatos e os decretos. 3 A Lei das XII Tábuas e Constituição Federal A lei das doze tábuas possui muitos institutos que são utilizados atualmente, não que sejam cópias, mas a sua similaridade impressiona o que demonstra que este corpo de leis por mais antigo que seja ainda se manteve vivo, de forma imanente ou suprimida pelos períodos históricos que existiram. Eis alguns trechos e sua similaridade Livro: A lei das doze tábuas. 4

5 Lei das doze tábuas (fragmentos ) com base na reconstituição de J. Godefroy. Tábua terceira dos direitos do crédito 2. Se alguém coloca o seu dinheiro a juros superiores a um por cento ao ano, que seja condenado a devolver o quádruplo. (MEIRA, 1972): Visto isto, analisaremos a constituição federal de 1988 em seu art. 192 que fora revogado posteriormente: 3º - As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou indiretamente referidas à concessão de crédito, não poderão ser superiores a doze por cento ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido, em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar. Art. 192 revogado constituição ii Percebe-se que o juros máximo que era em Roma foi de certa maneira colocado em nossa constituição, visto que o juros máximo tinha como fundamento não lesar aquele que obtivera o empréstimo, atualmente não existe ao certo um juros máximo. Na tábua sexta falava-se sobre o direito de propriedade, visto que em Roma Antiga a propriedade era uma parte do corpo, dando assim a sua extrema importância para os romanos. Eles a protegiam assim como atualmente é um direito, visto no artigo 5 da constituição: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade XXII - é garantido o direito de propriedade; (MEIRA, 1972) iii A tábua sétima tem uma lei de direito público, característica penal, que protege a honra da pessoa, visto que em ambas existe uma punição, o que caracteriza a importância da honra para os romanos. Tábua Sétima dos delitos: 10. Se alguém difama outrem com palavras ou cânticos, que seja fustigado.(bater com vara ou outra meio de castigo). (MEIRA, 1972) 5

6 De acordo com a constituição federal de 1988: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. iv A tábua nona regia sobre o direito público: Tábua Nona Do direito Público. 1. Que não se estabeleçam privilégios em leis (ou: que não se façam lei contra indivíduos). (MEIRA, 1972). Tem como fundamento que a lei não deve ser criada para prejudicar alguém. O conceito mesmo não escrito na constituição não se deve criar leis a lesar alguém. Na parte terceira da tábua nona, vemos que o juiz deve ser imparcial para que aja a justiça do direito: 3. Se um juiz ou um arbítrio indicado pelo magistrado recebeu dinheiro para julgar a favor de uma das partes em prejuízo de outrem que seja morto. (MEIRA, 1972). Já de acordo com o artigo 95 da constituição federal: II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) v Percebe-se que o juiz deve ser imparcial em ambos os casos, princípio que rege o direito processual em todas as suas vertentes, o que gera consequências para o juiz e previne que o torne corrupto ou desvirtue a sua razão por favores. Na parte sétima da tábua: Se alguém insuflou o inimigo contra a sua pátria ou entregou um concidadão ao inimigo, que seja morto. (MEIRA, 1972). Percebemos que no caso atual, em tempo de guerra caso alguém traía a nação, este poderá ser julgado morto, um caso excepcional da pena de morte. De acordo com a décima primeira tábua que descreve que a Que a última vontade do povo tenha força de lei (MEIRA, 1972). Deve-se lembrar de que na época o povo não representava todos os cidadãos, ou seja, apenas uma pequena parcela era considerada povo e tinha o direito de votar nas assembleias. Em consonância com a nossa constituição em seu artigo 1 : 6

7 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. vi O povo é soberano, agora com o caráter mais amplo de povo, ou seja, aqueles que sejam considerados naturais ou naturalizados podem votar vide que o nosso sistema é representativo e o plebiscito não forma lei, mas é apenas uma consulta nos dias de hoje. Na tábua Décima segunda percebe-se que possuem características de direito privado e também do código de defesa do consumidor, visto o uso da má-fé e também a pagamento de uma multa aquele que lesou alguém ao comprar algo litigioso. Percebe-se que muitos ramos do direito atual possuem sua influência, visto que os muitos outros povos em outras décadas de basearam em Roma para realizar e criar leis vistoos glosadores e suas importâncias. Tábua Décima Segunda 2. Se alguém fez consagrar uma coisa litigiosa, que pague o dobro do valor da coisa consagrada. 3. Se alguém obtém de má fé a posse provisória de uma coisa, que o pretor para por fim ao litígio, nomeie três árbitros, e que estes condenem o possuidor de má fé a restituir o dobro dos frutos (MEIRA, 1972) Há fragmentos não classificados, visto que só existem fragmentos das doze tábuas, ou seja, muitos ainda não possuem classificam visto que muitos historiadores não conseguiram colocar e uma das partes da tábua, ou para outros, ela necessariamente não era dividida. Algumas partes dos fragmentos não classificados: Fragmentos não classificados Extraído de Hotomano 3. Que ninguém se arrogue o direito de matar um homem que não foi condenado, nem de conduzir arma com esse intento. ( Salvianus, lib. 8, de jud. Etprovid. Cic., pro Milone, n. 11). 7

8 5. Aquele que adotou como filho que o paillhe vendeu, tenha sobre ele o poder de vida e de morte que esse filho adotivo seja considerado como se fosse nascido do adotante e sua mulher. (MEIRA, 1972) No número 3, vemos que deve existir a condenação para se tomar uma atitude, ou seja, enquanto a pessoa não for julgada ela não merece sofre represálias. No número 5 percebe-se que existe a influência do direito de família, vemos o começo do instituto da adoção. 4 A importância da Lei das doze Tábuas A lei das doze tábuas foi importante para a sociedade atual, visto também outros meios de lei que existiam na época, ela não possuía como visto nas comparações características apenas de direito privado, mas também de direito público. Alguns de seus institutos foram mantidos ao longo do tempo, mas não utilizados em todas as sociedades. De acordo com Sílvio Meira (1972, p.178): [...] defendemos que essa lei não foi um simples estatuto de agricultores, nem limitou-se a codificação de direito privado. Teve maior alcance. Foi um autêntico ato constitucional, sem o rigor técnicos das cartas modernas, mas ditando preceitos estruturais do estado, ao lado de normas privadas, algumas delas por demais minuciosas. O aspecto constitucional defluiria de diversos mandamentos nela incorporados. Durante muitos anos foram respeitados os alicerces nas XII Tábuas, como resultado de acordo entre duas classes patriciado e plebe [...] Violar a lei seria romper o pacto firmado entre as duas categorias. Somente o costumas poderia destruir certas disposições. Foi o que aconteceu com a adoção entre cônjuges, permitida pela lei e condenada pelos rígidos hábitos romanos antigos. A lei das doze tábuas foi além de um código uma compilação dos costumes da sociedade de uma época, foi importante fator para o direito escrito, visto que antes dele muitas decisões eram de maneira obscuras para a população. O ramo público existia nela, assim como descrito por Silvio Meira (1972, p. 179): Da solução desse problema decorreria ser a lei uma fonte de todo o direito público e privado. Cícero fazia distinção entre direito público e direito privado, [...] além do direito público, aplicável ao Estado e ao Império, os monumentos do passado, os exemplos extraídos dos tempos antigos devem ser conhecidos do orador. (Cic. De orat. L. I XLVI). 8

9 Muitos dizem que não passam de uma compilação de leis privadas ou na grande maioria seria lei privada. No texto de Ulpiano dizia que fazendo a sua adaptação restropectiva à lei dos decenviros, deduziríamos que ake existem vários preceitos de direto publico. A mesma observação procede quanto ao direito público, que, em nosso entender, foi objeto de estudo profundo por partes dos decênviros, os quais procuraram elaborar uma verdadeira constituição, a fim de pôr termo às divergências existentes ou pelo menos amenizá-las. O conceito de direito público e privado variava em Roma, visto que muitas vezes o que seria privado atualmente era público na época, como descritos nos trechos abaixo: O conceito de direito público para os romanos era bem diferente do conceito moderno. Como ensina Matos Peixoto o que para os romanos se afigura interesse público, isto é, que afeta o Governo do estado, nem sempre coincide com o que como tal é considerado pelos modernos. (MEIRA, 1972, p. 182 a 183) A distinção moderna: Nisso Distinguem-se do direito moderno, em que o Poder Público desde de sua condição superior ara nivelar-se ao indivíduo, quando pátria atos equiparáveis ao dos particulares. Essa uma das distinções entre o critério romano e o atual. No primeiro, o interesse público estava acima de tudo: o poder estatal chamava a si toda e qualquer atividade, regulando-as por leis de caráter público. O Jus Publicum não era apenas o que dizia respeito ao estado, mas também o que emanava do estado, enquanto o privado o privado referia-se as normas que os particulares estabeleciam para a própria conduta ou de outrem nos seus contratos. (MEIRA, 1972, p. 186) O critério romano da distinção entre dois ramos do direito público e privado é o critério finalístico, è o fime não a origem e as sanções, ou o objeto, como fazemos hoje ) que serve de marco separador entre os dois campos : a ordem pública, a organização da república romana eis o campo do direito público, regulado pelas formas do jus publicum; a utilidade, o interesse particular eis o âmbito do jus privatum (JUNIOR, 2001, p. 11) Referente a legislação decenviral: decenviros unificaram os poderes estatais, foram verdadeiros constituintes, organizando uma nova ordem assentada na sabedoria e na experiência do passado ou na assimilação de leis estrangeiras, especialmente gregas. Foi uma verdadeira constituição que se perpetua no século de Justiniano e depois mais de um milênio depois de sua elaboração. Dessa conclusão, em nosso modo de entender, surgirá a verdadeira fisionomia daquela legislação, como corpo de direito privado ou como verdadeiro ato constitucional. (MEIRA, 1972, p. 191) 9

10 A importância à lei das doze tábuas como descrita em diversos autores a seguir: Além de ser uma legislação uniforme, orgânica e avançada em nosso entender, continha numerosos princípios de direito público, ao lado de direito privado [...]. Sem dúvida alguma podem ser considerados como preceitos do jus publicum todos aqueles que se referem à igualdade social, liberdade, à proteção e a segurança da sociedade, ao processo civil, ao direito penal, à tutela, a ad- rogação, e outros que ad statum rei romanaespectante. (MEIRA, 1972, p. 204) conceituamo-la como um ato constitucional, amplo, e através dele procuraram os magistrados estabelecer a paz em Roma. Foi o tronco de onde brotaram as ramificações de todo o direito posterior. Não seria mesmo exagero afirma-se que a lei das XII Tábuas constitui uma poderosa fonte de direito universal. (MEIRA, 1972, p. 228 e 229) De acordo com José Cretela (2001, p. 24): A importância da lei das XII tábuas é incontestável Os próprios romanos conderavam-na com fonte de todo o Direito público e privado. O Conteúdo Da leis das XII Tábuas é variado; não foi esquecido o direito público, nem o privado, nem o sagrado e o processo civil. 5 Princípios Romanos Muitos princípios romanos ainda atingem a constituição atual como também outros ramos do direito público e privado. O HonestVivere ou o princípio da honestidade quem tem como balizador a finalidade do direito. Quanto ao primeiro princípio, o da honestidade, ele guia a elaboração e a aplicação das normas jurídicas e, de certa, é o meio pelo qual se realiza o fim do direito. È visando a garantir o estabelecimento de uma ordem justa que o direito deve zelar para que as relações entre os homens baseiem-se na honestidade e boa-fé de cada um. (COELHO, 2009, p. 72) Tem como basilar a boa-fé, viver com a razão no lado Humano, e depois seguir os bons costumes, visto que em Roma os costumes deveriam ser seguidos, eram Lei tantos costumes quanto às leis escritas: respeitar os pactus, procurar o justo, buscar a equidade e reprimir a má-fé. 10

11 O Nemine Laedere ou não lesar tem como ramos os: princípios da solidariedade, responsabilidade sobre os danos. Tem como finalidade que os tanto o direito como as pessoas em suas relações não lesem umas as outras, visto que a lesão é ruim tanto para o direito como para a sociedade. É por isso que o romano Marco Aurélio, após afirmar que a natureza do todo fez os seres racionais a fim de mutuamente se auxiliarem, e nunca se lesarem [...]É que ser racional está apto a agir sem lesar o seu semelhante. Portanto, deve ele estar apto para, se lesar, reparar ele mesmo a lesão, devendo a ordem jurídica agir na busca dessa metade, somente quando não é possível, buscar outras formas de reparação, ainda que paliativas, como compensações [...]. (COELHO, 2009, p. 74) Atribuir a cada um o que é seu ou Suum Quique Tribuere, princípio balizador de muitos outros princípios, visto que o direito e a sociedade dão o que é de cada um de direito, e caso não der deve ser restituído. O que é de cada um, agora entendido essa expressão, como de cada pessoa, é a sua perfeição de ser, ou seja, para que é necessário para realizar todas as suas potencialidades enquanto ser humano. Ora, se o que realiza a perfeição de ser do homem é um bem, esse bem deve ser protegido pelo direito passa a ser bem jurídico. (COELHO, 2009, p. 76) Aquilo que me particular modo está unido ao sujeito e determinado à sua utilidade própria, de tal forma que no uso do objeto tenha preeminência sobre os demais, e ninguém dele pode servir-se contra a vontade do sujeito sem que se cometa uma injustiça. (COELHO, 2009, p. 77) 6 Considerações Finais O Direito Romano influenciou muitas sociedades e constituições que existem atualmente, visto que muitas vezes a uma grande similaridade entre os artigos antigos e os artigos atuais, como demonstrados. Muitos princípios continuam vigentes atualmente, mas não devemos supor que eles existiram em todas as sociedades antigas. A nossa constituição sofreu muitas influências de Roma, influências que se perpetuaram no tempo, levando em conclusão que muitos institutos que muitos autores dizem serem novos já existiam naquela sociedade. 11

12 A Lei das Doze Tábuas foi um marco para aquela sociedade antiga e também para as contemporâneas, visto que continua a existir implicitamente em algumas constituições contemporâneas. Roma antiga continua a influenciar muito o direito com os seus princípios e leis. REFERÊNCIAS BARROSO, Luiz Roberto, Direito Constitucional Contemporâneo, os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo, 2 Edição, 2010 São Paulo, Ed: Saraiva. COELHO, Saulo de Oliveira, Introdução ao direito Romano, Constituição, categorização e concreção do Direito em Roma. 1º Edição, 2009 Belo Horizonte, Ed: Atualizar. Constituição Federal, Disponível em: < Acesso em: 23/12/2012. FILHO, Clovis Rodrigues,Direito Romano, análise sobre o direito romano, Disponível em: < Acesso em: 02/01/2013. JUNIOR, JoséCretela, Direito Romano Moderno, introdução ao direito civil brasileiro, 10 Edição, Editora Forense, Rio de Janeiro MEIRA, Silvio A. B., A Lei das XII Tábuas, fonte do direito público e privado, 3 edição, Editora Forense. 1972, Rio de Janeiro PORTAL São Francisco, Direito Romano, Disponível em:< Acesso em: 20/09/2012. TRINDADE, Raul,Períodos Romanos ( Fontes ), Disponível em: < Acesso em: 23/12/2012. UOL EDUCAÇÃO, Roma antiga - República: A organização do governo republicano de Roma, Disponível em: < republica-a-organizacao-do-governo-republicano-de-roma.htm>. Acesso em: 01/01/

13 WIKIPEDIA,Lei das Doze Tábuas, Disponível em: < Acesso em: 01/01/2013. i ii Constituição Federal, Disponível em: < Acesso em: 23 dez iii Idem. iv Idem. v Idem. vi Idem. 13

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