< Angola EUA > 50 Anos. Desporto Angola albergou o 41º Mundial de Hóquei em Patins. Dialogar para desenvolver

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1 Magazine Oficial da Embaixada de Angola nos EUA Outono Inverno 2013 / 2014 < Angola EUA > P R O G R E S S A N D P E R S P E C T I V E S 20 ANOS DE RELAÇÕES POLÍTICO DIPLOMÁTICAS! Fórum Nacional Página 44 da Juventude Dialogar para desenvolver 50 Anos Página 26 União Africana celebrou o seu Jubiléu de Ouro Página 32 Página 29 Desporto Angola albergou o 41º Mundial de Hóquei em Patins

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3 P R O G R E S S A N D P E R S P E C T I V E S < Angola EUA > 20 ANOS DE RELAÇÕES POLÍTICO DIPLOMÁTICAS! Magazine Oficial da Embaixada de Angola nos Estados Unidos da América Outono Inverno 2013 / 2014 Director Alberto do Carmo Bento Ribeiro Embaixador de Angola nos EUA Editor/Tradução Laurinda Santos Adida de Imprensa Embaixada de Angola nos EUA Notícias Sector de Imprensa e Angop Fotos Arquivo Sector de Imprensa, Angop e Gentilmente cedidas pelo Departamento de Fotografia e Video do Presidente da República Direitos reservados Artista Gráfico António Salsinha Impressão Tim McClellan Strategic Print Solutions Capa Angola/EUA - 20 Anos de Relações Político-Diplomáticas Embaixada de Angola nos Estados Unidos th Street NW Washington, D.C Tel: (202) Fax: (202) / angola@angola.org Sumário Editorial Carta aos leitores Angola Notícias Breves > 22 POLÍTICA Comunicação Social Ministério das Relações Exteriores (Mirex) Ministro das Relações Exteriores realçou estabilidade política e económica do país Presidente da República endereçou condolências a homólogo das Filipinas A Assembleia Nacional aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE) para Aprovada na generalidade a proposta do OGE para FORMAÇÃO Adidos de Imprensa salientaram importância de acção de superação MINERAÇÃO Conferência do Centenário do Diamante de Angola ENDIAMA E.P. no Angola Industry Forum 2013 A Empresa Nacional de Diamantes de Angola participou no Fórum AIF Angola Industry Forum 2013, HCTA Angola é vice presidente do processo Kimberley Angola e Zimbabwe assinam memorando para cooperação mineira ECONOMIA Fórum da Poupança no Dia Mundial da Poupança Poupança permite encarar futuro com maior segurança Depósitos da banca atingem 3,8 trilhões de kwanzas Comissão económica cria corredores de escoamento de produtos agrícolas Angola pode chegar aos três milhões de barris de petróleo Aberto 1º fórum regional sobre comércio rural e empreendedorismo CULTURA Angola premiada na Bienal de Veneza COMÉRCIO Lançamento oficial do novo Alvará Comercial, no âmbito do Programa do Governo para a reorganização do sector do Comércio SAÚDE Angola terá laboratório para detecção precoce de fonte de radioactividade Ministro destaca importância da doação ao programa Nacional de Combate à Malária ANIP ANIP avalia 177 propostas de investimento em TRANSPORTES Angola na 38ª Assembleia Geral da OMI CFM aumenta frequência de viagens no trajecto Namibe Menongue AMBIENTE Gestão das Bacias Hidrográficas preocupa ministros a nível mundial Fátima Jardim no encontro de Bank Moon com ministros do ambiente de África SOCIEDADE A entrega dos técnicos ao processo do Censo deve ser patriótica Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Secretário executivo da CPLP efectuou primeira visita de trabalho a Angola DEFESA Subsecretária da ONU pede apoio de Angola para resolução da situação nos Grandes Lagos Visitas a Angola > 25 Presidente da República de Cabo Verde visitou o País Presidente da Assembleia Nacional concedeu audiência a Astrid Josephine Laurent Fabius visitou Angola Retrospectiva Oito Chefes de Estado visitaram Angola em Júbileu do Continente > 28 Palácio dos Congressos acolheu cerimónia do Jubiléu da União Africana (UA) º Mundial de Hóquei em Patins > 31 O Presidente angolano inaugurou o Pavilhão Multiusos de Luanda Calendário completo dos jogos do Mundial de Hóquei em Patins Actividade Diplomática > 36 Acto Central do 20º Aniversário Estabelecimento de relações Político Diplomáticas Angola EUA Dia Internacional da Mulher celebrado em Washington, D.C. Diplomatas nos EUA, celebraram o Dia Internacional da Mulher A vida é feita de realizações! Nunca diga nunca! Dra. Sílvia Cruz, uma mulher na linha de frente! Embaixada de Angola celebrou o Dia da Independência com um acto de confraternização Feliz Natal e Próspero Ano Novo! Beleza Eleita Miss Angola EUA Banco Mundial FMI Reuniões anuais de Outono do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional BPA Conferência Banco Privado Atlântico em Washington, D.C Estado da Nação > 43 Abertura da 2ª Sessão Legislativa da III Legislatura Fórum Nacional da Juventude > 45 Presidente da República garantiu materialização das recomendações do Fórum da Juventude ª Assembleia Geral da ONU > 47 Vice presidente da República participou na 68ª Assembleia Geral da ONU Jantar CC EUA / Angola Jantar Oficial oferecido pela Câmara de Comércio EUA/Angola Discurso de S. E. Manuel Domingos Vicente Vice Presidente da República de Angola Religião Governo angolano desmente perseguição ao Islão Internacional Íntegra da Mensagem do Chefe de Estado Angolano pelo passamento físico de Mandela Mensagem de Ano Novo Mensagem de Ano Novo de Sua Excelência José Eduardo Dos Santos, Presidente da República de Angola Angola em pormenor > 55 Província do Kuando Kubango em Destaque! Terras de Progresso em Franco Desenvolvimento! Relatório Projecto Palanca Negra Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 3

4 Editorial Prezados Leitores, Angola e Estados Unidos da América assinalaram, aos 19 do mês de Maio de 2013, o vigésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, sob o signo da diversificação da cooperação. A celebração da efeméride, destacou o crescimento dos laços comerciais e o relacionamento inter governamental, além da aproximação entre os respectivos cidadãos dos nossos dois Estados. Com efeito, desde o reconhecimento do Governo angolano, por parte dos Estados Unidos da América, a cooperação bilateral passou da diplomacia do petróleo a outras áreas, o que tem contribuído para o desenvolvimento do nosso país, considerado pelos EUA como parceiro estratégico. O reconhecimento de Angola como Nação soberana permitiu a celebração, pela primeira vez, de relações diplomáticas formais, depois do corolário das primeiras eleições multipartidárias em território angolano, em Setembro de 1992, consideradas livres e justas pela comunidade internacional. Ao longo destes anos, ambos os países têm envidado esforços no sentido do reforço da cooperação e demonstração de mais abertura dos EUA para com um país que tem registado passos significativos rumo ao desenvolvimento, a República de Angola. Dos anos 90 a esta parte, as relações foram estreitando se, cada vez mais, e Angola passou a integrar o lote dos parceiros dos EUA, com destaque na exploração e comércio de petróleo, nos sectores da educação e da saúde, neste particular, com a inversão de milhares de dólares no combate à malaria, VIH/SIDA e tuberculose, sem descurar os aspectos da segurança mundial e geo regionais. As nossas relações têm conhecido relevância estratégica a nível do concerto das Nações, devido à experiência de ambos Estados na defesa da soberania e integridade territorial, bem como a definição clara das suas políticas internas e externas em prol do progresso mundial. As autoridades dos EUA têm vindo a expressar a sua vontade de aprofundamento da sua cooperação, nos termos dos compromissos firmados, que de resto, é também apanágio do Executivo angolano, personificado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Angola pretende, a colaboração dos EUA em questões relacionadas com a consolidação da paz no nosso país, assim como em África no geral, como premissa para a manutenção de Estados dotados de instituições fortes, capazes de promover o relançamento do bem estar das suas populações. A estratégia da parceria bilateral, envolve as mais diversas áreas. As relações entre a República de Angola e os Estados Unidos da América assentes nos laços de povo para povo, realçam que, além de congregações religiosas, outras organizações não governamentais dos EUA, particularmente dedicadas à ajuda humanitária e que prestaram serviços ao nosso país durante a guerra, continuam a colaborar com importantes parceiros da sociedade civil nacional. No concernente a investimentos comerciais, lembramos que várias companhias dos EUA operam em Angola há várias décadas e muitas permaneceram durante os difíceis anos de guerra civil, forjando fortes laços com o nosso governo. Em 2013 a República de Angola celebrou igualmente os onze anos de paz. Angola deu a reviravolta e foi com bastante orgulho que vimos os nossos jovens basquetebolistas da selecção nacional levar para casa a medalha de ouro que nos fez novamente regressar ao lugar que sempre ocupámos, no continente. A realização no nosso país do 41º Campeonato Mundial de Hóquei em Patins, em Setembro de 2013, é igualmente algo que nos enche de alegria e orgulho. Estes e outros assuntos são destaque neste nosso magazine oficial. É meu prazer apresentar mais uma edição do magazine oficial bilingue da Embaixada da República de Angola nos Estados Unidos da América, IMBONDEIRO, a de Outono Inverno 2013/2014. Votos de boa leitura! P R O G R E S S A N D P E R S P E C T I V E S Alberto Ribeiro Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de Angola nos EUA

5 Angola Notícias Breves POLÍTICA Comunicação Social Ministério das Relações Exteriores (Mirex) Georges Chikoti e José Luís de Matos assinaram em Luanda, o projecto de decreto executivo conjunto que aprova o Estatuto dos Serviços de Imprensa para a melhoria do trabalho nas Missões Diplomáticas de Angola. Os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e da Comunicação Social, José Luís de Matos, rubricaram em Luanda, o Decreto Executivo que aprovou o Estatuto dos Serviços de Imprensa nas Missões Diplomáticas e Consulares. O diploma contempla cinco capítulos, entre os quais as disposições gerais, a organização e funcionamento, deveres e direitos, o poder disciplinar, dotação orçamental, patrimonial e prestação de contas, num conjunto de 19 artigos. Nos seus artigos, define se o âmbito, natureza, dependência, fins dos serviços de imprensa, quadro de pessoal, função de adido de imprensa (requisitos legais de acesso aos serviços de imprensa), equivalência do adido dentro da missão, a exoneração, nomeação e capacitação. Este diploma prevê também as competências do adido, deslocações, direitos específicos e incompatibilidades, poder disciplinar, dotação orçamental, prestação de contas, património e as visitas de ajuda e controlo. Em breves declarações no final da assinatura, o ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, agradeceu o engajamento pessoal do Legislação Rubricado Decreto Executivo dos Estatutos dos Serviços de Imprensa nas Missões Diplomáticas Ministros das Relações Exteriores e da Comunicação Social rubricaram Decreto Executivo. seu homólogo das Relações Exteriores para a conclusão do processo, que vem conferir legitimidade na presença dos adidos de imprensa junto às Missões Diplomáticas. Para José Luís de Matos, o mesmo representa também uma responsabilidade acrescida aos adidos de imprensa, uma vez que agora existe um documento que rege a sua actividade com direitos e deveres. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, mostrou a sua satisfação e acrescentou que o Mirex continuará a prestar todo o seu apoio para a implementação do mesmo. Estiveram presentes na sala de conferências do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), directores nacionais das duas instituições, presidentes dos Conselhos de Administração das empresas públicas de comunicação social e adidos de imprensa das Missões Diplomáticas nacionais em diferentes países. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 5

6 Angola Notícias Breves POLÍTICA ministro das Relações O Exteriores, Georges Chikoti, enalteceu em Luanda, os desafios ambiciosos que o Executivo angolano se propôs atingir na consolidação permanente da Paz e da estabilidade política e económica do país. O governante falava durante um almoço oferecido à Princesa Astrid do Reino da Bélgica, que visitou o nosso país para participar no Fórum Económico e Empresarial Angola Bélgica. Neste contexto, realçou que foram traçadas as linhas estratégicas orientadoras que deverão guiar a política do Executivo angolano nos próximos anos, nomeadamente o Programa Nacional de Desenvolvimento para o quinquénio e a Estratégia, a longo prazo, denominada Angola De acordo com o ministro, para materializar progressivamente os compromissos contidos nestes documentos, o Executivo conta com uma Lei sobre o Investimento Privado bastante atractiva e um clima de negócios favorável. Adiantou que tal pressuposto visa também o estabelecimento de parcerias fortes e mutuamente vantajosas, geradoras de emprego e de rendimentos que permitem, dentre outros, o intercâmbio de experiências, a criação de condições para a transferência de tecnologia e conhecimento e a concretização de possíveis acordos no domínio das parcerias público privadas. Ministro das Relações Exteriores realçou estabilidade política e económica do país Particular destaque para o reforço desta parceria, recai nos domínios da formação de quadros, saúde, transportes, ciência e tecnologia, geologia e minas, petróleo e seus derivados, referiu o governante angolano. Georges Chikoti considerou de extrema importância o relançamento das relações económicas entre os dois países, e lembrou que a efectivação da Missão Económica Belga à República de Angola, deve se também ao estado das relações político diplomáticas existentes entre ambos os Governos desde 1979 e à assinatura do Acordo de Cooperação Económica, Científica e Cultural, de 26 de Abril de 1983, definindo assim o quadro jurídico que regulamenta a cooperação bilateral. Ao abrigo desse instrumento jurídico, sublinhou que alguns contactos têm sido desenvolvidos no sentido de elevar as relações económicas e empresariais à natureza e ao nível das relações políticas. Mais adiante, o titular do MIREX disse que se verifica actualmente um crescimento visível dos investimentos belgas no mercado angolano, com cerca de 19 empresas em diferentes sectores económicos com um volume de investimento financeiro significativo. Queremos incentivar essas acções para apoiar o crescimento económico de Angola que neste momento se encontra em franco crescimento, sendo por isso numerosas as oportunidades para os operadores económicos estrangeiros interessados em investir no nosso país, expressou. Com efeito, enalteceu a iniciativa da parte belga em realizar essa missão Económica à República de Angola e disse esperar que os resultados e compromissos assumidos durante a realização das actividades do Fórum Económico e Empresarial Angola-Bélgica, contribuam continuamente para o estabelecimento de uma parceria profícua para ambas as partes. v Presidente da República endereçou condolências a homólogo das Filipinas Presidente da República, O José Eduardo dos Santos, disse ter sido com muita tristeza e consternação que tomou conhecimento da passagem do tufão, Haiyan, pelas Filipinas, causando cerca de quatro mil vítimas mortais e enormes prejuízos materiais, além de milhares de pessoas feridas e desabrigadas. Este facto veio expresso numa mensagem de condolências enviada ao seu homólogo das Filipinas, Noy Noy Aquino, proveniente da Casa Civil do Presidente da República. Nesta hora de profunda comoção, por tão trágico acontecimento que enlutou o vosso país, cumpre me, em nome do Governo angolano, e no meu próprio endereçar à Vossa Excelência, ao Povo e ao Governo das Filipinas as nossas condolências e sentimentos de solidariedade que peço fazer também presente às famílias enlutadas lê se na missiva. Aceite Sr. Presidente a expressão da minha mais alta consideração concluiu José Eduardo dos Santos. v 6 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

7 Armando Manuel, Ministro das Finanças. Neste contexto, cento e 41 recomendações de partidos políticos e parceiros sociais, relativas à Proposta de Lei do Orçamento Geral do Estado 2014, foram acolhidas pela Assembleia Nacional, para enriquecer o programa financeiro do Executivo. Angola Notícias Breves POLÍTICA A Assembleia Nacional aprovou o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2014 Com 145 votos a favor (MPLA, FNLA), 33 contra (UNITA, CASA-CE, PRS) e zero abstenções, os deputados da Assembleia Nacional aprovaram a Proposta de Lei do OGE, que comporta receitas estimadas em ,00 kwanzas e despesas fixadas em igual montante. Ainda no âmbito das actividades parlamentares, a Assembleia Nacional aprovou a Conta Geral do Estado referente ao ano financeiro de 2011, que iniciou um novo ciclo no processo de prestação de contas das estruturas do Estado. v Aprovada na generalidade a proposta do OGE para 2014 Cento e trinta e um votos a favor, vinte e nove contra, e dez abstenções, são as contas finais da aprovação no dia 08/11/2013, pelos deputados à Assembleia Nacional. Destes documentos, o Executivo argumentou as linhas de força da proposta orçamental que comporta despesas e receitas, avaliadas em mais de sete trilhões de Kwanzas. A deputada e porta voz da Assembleia Nacional, Emília Carlota Dias apresentou os números da votação referente à proposta do OGE para 2014, e o calendário que foi seguido até ao momento final da sua aprovação. O debate foi caloroso, foram levantadas várias questões por parte dos deputados e, o resultado final foi a aprovação desta proposta de lei com cento e trinta e um votos a favor, vinte e nove contra e dez abstenções, disse. Antes dos debates, os deputados tomaram conhecimento da mensagem do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, enviada aos parlamentares, em que manifestou a sua convicção de que a proposta do Orçamento Edifício da Assembleia Nacional, Luanda. Geral do Estado para 2014, seria aprovada na generalidade. A mensagem do Presidente da República foi lida pelo Ministro do Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa. Na sua mensagem, o Presidente José Eduardo dos Santos sublinhou o facto da situação económica mundial condicionar o exercício económico. Por isso, José Eduardo dos Santos considerou que a proposta do OGE reflecte as escolhas do Executivo, em termos de prioridade de acção, a fim de se atender às necessidades e de se resolver problemas identificados, com racionalidade, eficiência e eficácia, tendo em conta o respectivo desenvolvimento nacional sustentável. Importa assim salientar, quais os objectivos e acções fundamentais a serem levadas a cabo pelo Executivo, nos domínios da economia real, social, do desenvolvimento equilibrado do território nacional, disse. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 7

8 Angola Notícias Breves FORMAÇÃO Para o adido de imprensa da embaixada de Angola em Moçambique, Higino Piedade, é sempre bom munir se de ferramentas necessárias em termos de conhecimento de diplomacia que, de certo modo, ajudarão significativamente na melhoria e qualidade do desempenho das tarefas profissionais no exterior. Em seu entender, estes encontros criam situações que permitem a abordagem de aspectos importantes e o estreitamento dos laços entre os profissionais, facilitando a sua interacção. Já o adido de imprensa na Missão permanente de Angola nas Nações Unidas (Nova Iorque), Xavier Santos Rosa, salientou que ela constitui uma mais valia para qualquer um dos profissionais, porque o aumento do conhecimento é sempre útil. Referiu que as acções dos adidos nas Missões Diplomáticas e Consulares ou nas Missões permanentes requer que o indivíduo esteja dotado destas ferramentas no sentido de se aliar a componente técnico jornalística à diplomática. Neste sentido, esta acção vai permitir que doravante o trabalho seja feito com um maior profissionalismo e melhor qualidade para aquilo que o país pretende. Na mesma senda, Tito Pio do Amaral Gourgel (Suíça) referiu se à importância do mesmo, porque permitiu a aquisição de mais Adidos de Imprensa salientaram importância de acção de superação Os adidos de imprensa das Missões Diplomáticas e Consulares de Angola no exterior realçaram, em Luanda, a importância e pertinência da realização do primeiro curso de superação técnico profissional em diplomacia destinado a este sector. Adidos de Imprensa. subsídios para o desempenho do seu trabalho. Nós dominamos as técnicas de jornalismo e temos de aliar a estas, as técnicas diplomáticas, de maneira a que, com a acção formativa possamos sair daqui com um domínio salutar das mesmas, disse. Asseverou que uma vez que uma das tarefas fundamentais do Adido de Imprensa na missão diplomática é a promoção da imagem do país no exterior, esta deve ser feita com algum conhecimento quer seja jurídico, diplomático e cultural. Para Laurinda Santos, adida de imprensa da embaixada de Angola nos EUA, em Washington, esta foi a primeira acção do género e a mesma revestiu-se de grande importância porque os adidos de imprensa apesar de serem jornalistas exercem a sua actividade laboral dentro da missão diplomática ou consular, o que de certa forma requer outros pressupostos. Os adidos de imprensa não podem estar à margem daquilo que é o trabalho da diplomacia, quer dizer têm de estar inseridos e para isso é necessário que dominem os conceitos fundamentais da diplomacia, devem ter uma visão ampla do mundo e dos vários tratados que existem entre os vários organismos internacionais, o que é muito importante, afirmou. Por outro lado, Laurinda Santos acrescentou, o adido de imprensa tem de saber que postura adoptar, quer dizer, deve saber como inserir se dentro da Missão Diplomática, Consular ou Missões permanentes. Coincidente na opinião esteve também o adido de imprensa da embaixada de Angola no Reino Unido, António Nascimento, que considerou a acção formativa de muito importante por ser igualmente a primeira vez que se realizou um curso desta natureza que vai ajudar de facto no cumprimento dos objectivos para os quais foram delegados. Para mim é uma importante ferramenta, uma vez que se quer cada vez mais uma diplomacia actuante, salientou. Na sua visão, é preciso, a partir das embaixadas onde estão acreditados, ter a mesma linguagem enquanto porta vozes do Estado. Igualmente em entrevista à Angop, João Gomes, adido de imprensa na República Democrática do Congo (RDC) referiu que um jornalista que exerce a tarefa de adido de imprensa deve saber o seu papel exacto para não criar distorções na sua missão. Ele também não deve confundir a sua função, com a de jornalista que fica temporariamente suspensa, durante um certo tempo, acrescentou. A acção de formação, que decorreu no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) em Luanda, teve a duração de 15 dias e contou com a presença de 60 adidos de imprensa de representações diplomáticas e consulares de Angola, assim como de missões permanentes. A cerimónia de abertura foi presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti e contou ainda com a presença do ministro da Comunicação Social, José Luís de Matos, e de altos funcionários das duas instituições do Executivo angolano. v 8 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

9 Angola Notícias Breves FORMAÇÃO José Luís de Matos, Ministro da Comunicação Social. José Luís de Matos ao discursar no encerramento da «Acção de Formação Diplomática para Adidos de Imprensa» que decorreu em Luanda, de 15 de Abril a 6 de Maio de 2013, no Centro de Formação de Jornalistas Cefojor, disse que é missão dos adidos de imprensa empreender todos os esforços para a concretização deste objectivo através da utilização racional das ferramentas de trabalho e da actualização regular dos seus conhecimentos sobre a realidade objectiva do país e da sua posição no conceito das Nações. O titular da Comunicação Social solicitou aos adidos para executar com zelo e responsabilidade as tarefas inerentes aos serviços de imprensa nas Missões Diplomáticas e Consulares (MDCs). É um exercício que exige dos adidos de imprensa dedicação, ética, clarividência e pragmatismo, frisou. Contudo, afirmou, é necessário levar em conta que o aperfeiçoamento técnico e profissional é um processo contínuo. Não podemos esperar pela programação dos ciclos de formação para melhorar a nossa qualidade de desempenho. O estudo constante, a pesquisa criteriosa, a análise aprimorada, a divulgação cuidadosa são alguns pilares essenciais do bom desempenho da função de Adido de Imprensa lembrou. Na ocasião a Directora do Instituto de relações internacionais do Mirex, Maria Eugénia Feijó Santos afirmou que a partir do momento em que o jornalista se torna agente especializado numa missão diplomática assume a função de promotor da imagem de Angola, devendo por isso, dominar a realidade económica, política, social e cultural do país. v Georges Chikoti realçou noções fundamentais da diplomacia para Adidos de Imprensa O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, realçou em Luanda, a importância do domínio das noções fundamentais da diplomacia por parte dos adidos de imprensa das Missões Diplomáticas de Angola no exterior. O ministro Georges Chikoti teceu estas considerações quando falava na cerimónia de abertura do primeiro curso de superação técnico profissional em diplomacia para os adidos de imprensa, que contou ainda com a presença do seu homólogo da Comunicação Social, José Luís de Matos. Georges Chikoti considerou a superação técnico profissional em diplomacia para adidos de imprensa de grande importância, porque visou proporcionar maior domínio das ferramentas da prática diplomática no exercício das suas funções junto das missões diplomáticas, das representações permanentes e dos postos consulares da República de Angola. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o adido de imprensa, além do perfeito conhecimento das técnicas de jornalismo, para o exercício pleno da sua actividade diplomática, deve dominar as noções fundamentais da diplomacia, do direito internacional, das ciências políticas e técnicas de comunicação oral e escrita. Isto, acrescentou, uma vez que têm a função de recolher e dar tratamento às informações necessárias ao desempenho da missão diplomática, na qualidade de órgão executivo, no exterior, da política externa de Angola. Salientou também que na sua missão, o adido de imprensa deve assegurar a relação com os órgãos de comunicação social local para, atempadamente, evidenciar e fazer valer as posições do Executivo angolano sobre questões internas e internacionais. O ministro disse que o adido de imprensa deve assessorar o chefe da Missão Diplomática em matéria de informação, para protecção dos interesses de Angola no exterior e promoção da imagem do país como um Estado democrático e de direito, de economia social de mercado e com uma política externa independente. Ele deve também garantir a divulgação da informação promotora da imagem de Angola no exterior e emitir opiniões sobre modalidades actuantes favoráveis ao relacionamento do Executivo angolano, com o país receptor. Por este facto, frisou que a função do adido de imprensa é laboriosa e exige um conhecimento eclético das questões fundamentais das relações internacionais, de natureza política, sócio económica, cultural e de direito diplomático, que tem como fontes as convenções internacionais e tratados, o direito positivo interno, o costume internacional, jurisprudência e a doutrina. Disse que a referida acção de formação diplomática para os adidos de imprensa sob a direcção pedagógica e formativa Georges Chicoti, Ministro das Relações Exteriores. do Instituto de Relações Internacionais, é resultado das excelentes relações entre os ministérios das Relações Exteriores e da Comunicação Social, visando o melhor funcionamento dos serviços executivos externos de Angola. De igual modo, visou garantir a continuidade do investimento no capital humano para que os seus intervenientes possam exercer e realizar um serviço com eficiência, eficácia e maior qualidade. Estiveram igualmente presentes na cerimónia de abertura do curso, que teve a duração de 15 dias, altos funcionários dos ministérios da Comunicação Social e das Relações Exteriores. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 9

10 Angola Notícias Breves MINERAÇÃO Conferência do Centenário do Diamante de Angola 2013 Nos dias 20 e 21 de Junho de 2013, realizou se na cidade de Luanda, capital da República de Angola, a conferência Internacional alusiva às comemorações do centenário da descoberta dos primeiros diamantes em Angola. evento foi prestigiado com a presença de O Sua Excelência Senhor Vice Presidente da República de Angola, Eng. Manuel Domingos Vicente, em representação de Sua Excelência o Presidente da República de Angola, Eng. José Eduardo dos Santos. O Vice Presidente da República, ao proferir o discurso de abertura, destacou o papel de Angola como pioneira do Processo Kimberley e anunciou a candidatura de Angola à Vice presidência deste processo para o ano de Neste magno evento, estiveram presentes mais de 800 delegados, dos quais cerca de 100 delegados vindos do estrangeiro. Entre os delegados destacaram se as presenças de membros de Governos, líderes das principais bolsas e federações de diamantes do mundo, bem como presidentes de empresas produtoras, de lapidação e de joalharia. Na conferência, foram abordados vários temas ligados a toda a cadeia de valores da indústria diamantífera, com realce para as intervenções do Ministro da Geologia e Minas de Angola, dos honoráveis Ministros das Minas da África do Sul e da Namíbia, para além dos Ministros angolanos da Economia e da Justiça e Direitos Humanos. Registaram se ainda as intervenções dos Secretários Permanentes das Minas do Zimbabwe e da RDC, em representação dos seus respectivos Ministros. Usaram igualmente da palavra, os Governadores das Províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, bem como a PCA da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP). Destacaram se também as prelecções dos Presidentes do Processo Kimberley, do Conselho Mundial dos Diamantes, do Centro de Multimercadorias do Dubai, do Clube de Negociantes de Nova Iorque, do Presidente do Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia, do Presidente da Bolsa de Diamantes do Dubai, do Primeiro Presidente do Sistema de Certificação do Processo Kimberley, do Conselho de Promoção de Exportação de Pedras Preciosas e Joalharia da India, bem como do Presidente da Alrosa. À margem da conferência, foi assinado um Acordo de Cooperação entre a ENDIAMA e a ALROSA, para a Prospecção de Kimberlitos em Angola. Os conferencistas concluíram, entre outros, que o ambiente de investimento no sector mineiro em Angola é favorável, graças ao forte investimento em infra estruturas feito pelo Executivo, o que permite uma redução dos custos operacionais. Igualmente, foi referenciado que o potencial diamantífero de Angola é elevado, estando ainda cerca de 60% do seu território por se prospectar. Os conferencistas recomendaram a necessidade de todos os membros do Processo Kimberley, empenharem se na manutenção do seu objectivo, servindo este processo de instrumento de combate aos diamantes de conflito, para além de impedir o surgimento de futuros conflitos alimentados por diamantes. Os conferencistas reconheceram o impacto dos recursos minerais no desenvolvimento de Angola e o crescimento da indústria diamantífera, bem como, repudiaram as campanhas difamatórias de algumas ONGs nacionais e estrangeiras alegando violações de direitos humanos nas zonas de exploração diamantíferas. Os participantes agradeceram o Governo de Angola e o Conselho de Administração da ENDIAMA, pelas excelentes condições criadas e pelo êxito do evento. Bem haja a indústria diamantífera angolana. v 10 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

11 Angola Notícias Breves MINERAÇÃO ENDIAMA E.P. no Angola Industry Forum 2013 A Empresa Nacional de Diamantes de Angola participou no Fórum AIF Angola Industry Forum 2013, HCTA Com a realização da Conferência Internacional de Diamantes que simbolizou a celebração dos 100 anos da descoberta dos primeiros Diamantes em Angola, a ENDIAMA E.P., vislumbra uma nova estratégia do relançamento da empresa com alguma específicidade concernente ao campo kimberlítico. No Angola Industry Forum 2013, a ENDIAMA E.P., emergiu com o tema a prospecção e exploração de diamantes de fonte primária os Kimberlitos, colocando algumas perguntas para reflexão, onde estamos como estamos, para aonde pretendemos caminhar e como lá chegar. O histórico do sector leva nos a afirmar que desde que a Diamang começou a explorar os diamantes em Angola sempre priorizou os diamantes de fontes secundárias que eram diamantes mais fáceis de serem explorados e mais ricos em termos de teor acima de 0,4 quilates por metro cúbico, provenientes de rios e afluentes, porque os kimberlitos descobertos na altura foram deixados em segundo plano. É evidente que agora já há uma inversão na marcha de produção diamantífera em termos de origem dos diamantes que são as fontes primárias os kimberlitos de Catoca, Luó e Camuto com a produção actual cifrando-se à volta de 8.5 milhões de quilates. As perguntas que se colocam, onde estamos e como estamos, interpretam a posição em que Angola se encontra em termos de exploração diamantífera, com a entrada do projecto Catoca em funcionamento em 1997 que contribui cerca de 87% da produção Nacional. O gráfico de produção que data desde 1975 a 2013, mostra que a produção teve um pico com dados de convertes posicionando se no topo como o 2º maior produtor de diamantes em África e em 4º lugar no ranking mundial. Pretende se mais descoberta intensificando a Investigação Geológico/Mineira no contexto dos diamantes, com o Plano Nacional de Geologia (Planageo), que visa ampliar o conhecimento geológico do território nacional, e consequentemente aferir o real potencial mineiro do País, tido como uma grande oportunidade para a Endiama E.P., no que diz respeito aos resultados esperados, nomeadamente o levantamento aerogeofísico de todo território nacional, bem como o mapeamento geológico em diferentes escalas e estudos geológicos e geoquímicos. As empresas que sucederam a Diamang começaram a ter necessidade em descobrir outros Jazigos e fizeram alguns investimentos de estudos de prospecção e exploração em outras formações geológicas mineralizadas mas nunca desenvolveram planos sistemáticos e prospecção de desenvolvimento. Neste momento a ENDIAMA,E.P., tem 171 projectos diamantíferos de prospecção em promoção e assinou em 2013 um Memorando de Entendimento com a Alrosa para a criação de uma empresa mista com vista a descobrir novos kimberlitos que deram origem aos actuais diamantes aluvionares em exploração desde, praticamente, há 100 anos. Além da temática da mineração, o Fórum abordou também outros sub-temas como oportunidades de investimento e desenvolvimento de infra estruturas, agro indústrial, indústria da alimentação, energia, transportes e logística, construção de infra estruturas industriais. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 11

12 Angola Notícias Breves Angola foi eleita, em Joanesburgo, vice presidente do Processo Kimberley, sistema de certificação de diamantes que o país ajudou a criar, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas, no ano Com a vice presidência em 2014, Angola pode acumular experiência para, em 2015, liderar o processo, por um período de um ano. Angola possui capacidade, experiência e tem empreendido acções de transformação económica e social, que vão ser importantes para a condução, em 2015, do processo Kimberley, disse a ministra sul africana dos Recursos Naturais, Susan Shabangu. Penso que Angola não tem recebido os créditos devidos à existência da iniciativa de certificação. Se hoje temos o processo de certificação mundial de diamantes, foi graças à ideia de Angola, disse a ministra, lembrando que, quando Angola se candidatou pela primeira vez, em 2006, foi recusada porque os membros alegaram falta de experiência. Passados estes anos, Angola acumulou a experiência necessária para nos liderar, afirmou Welile Nhlapo, que MINERAÇÃO Angola é vice presidente do processo Kimberley terminou o seu mandato à frente do processo, passando o testemunho à China. O ministro da Geologia e Minas manifestou a sua satisfação pela escolha e disse que o país acumulou experiência que pode ser muito útil para a organização. Trouxemos ao Processo Kimberley dois projectos: um institucional e outro de liderança da organização, realçou. Acumulámos experiência ao longo dos anos, que podemos colocar em favor do Processo Kimberley, numa nova dinâmica que privilegia o diálogo inclusivo na condução dos destinos do sistema de certificação, disse. O Processo Kimberley certifica dez anos depois da sua Welile Nhlapo. Susan Shabangu. instituição, 99,8 por cento dos diamantes produzidos legalmente em todo mundo. Em 2012, emitiu certificados de importação de diamantes brutos e de exportação dos países produtores para os grandes mercados de comercialização e processamento de diamantes brutos. v Angola e Zimbabwe assinam memorando para cooperação mineira As repúblicas de Angola e do Zimbabwe rubricaram em Luanda, um memorando de cooperação económica no domínio da mineração, visando a pesquisa, prospecção, exploração, apoio técnico e tecnológico dos angolanos ao referido país vizinho. F oram signatários do acordo, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiróz, por parte de Angola, e o titular da pasta das Minas e do Desenvolvimento Mineiro, Walter Chidhakwa, pelo Zimbabwe, na presença de quadros séniores do sector, das duas nações. Mercê deste protocolo, empresas angolanas estão, doravante, habilitadas a investir em território zimbabweano, assim como recursos minerais deste país vizinho da África Austral poderão ser alvo de análises químicas e geoquímicas em laboratórios nacionais. Francisco Queiróz, Ministro da Geologia e Minas. Trata se de um instrumento jurídico de grande importância nas relações entre os dois países. Angola tem uma tradição mineira que está agora a conhecer um grande incremento, e algumas experiências de investimentos externos no domínio mineiro que pretende estender pelo Zimbabwe, disse o governante angolano na ocasião. Francisco Queiróz salientou que o Zimbabwe tem um grande potencial no ramo diamantífero e que Angola gostaria de estar presente na exploração deste recurso, naquele país. Neste contexto, adiantou haver já negociações avançadas Walter Chidhakwa. para que empresas angolanas possam operar no Zimbabwe, com destaque para a Sociedade Mineira de Catoca, que prevê, em 2014, iniciar a sua actividade de exploração de diamantes em dois campos zimbabweanos. Por sua vez, o ministro das Minas e do Desenvolvimento Mineiro do Zimbabwe, Walter Chidhakwa, referiu que Angola é um país com bastante experiência e potencial neste sector, com capacidade certificada para ajudar o Zimbabwe a crescer e tornar se também numa referência regional. v 12 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

13 31 Outubro 2013 com maior segurança poupança permite, individualmente, (2011), a campanha Bankita, possibilitando A encarar o futuro com maior a abertura de contas bancárias com apenas segurança, regrar a condição de consumo, AKZ 100, no caso de contas de depósito à planear e desenvolver projectos pessoais ordem e de mil kwanzas para abertura de com menos incertezas, afirmou em Luanda, contas de depósito a prazo, esclareceu. o governador do Banco Nacional de Angola Informou que após dois anos de (BNA), José Lima Massano. experiência da Bankita, as contas activas De acordo com o governador, que nesta modalidade totalizam 226 mil e 940, falava no acto da abertura do Fórum da tendo aos seus titulares sido emitidos 140 Poupança, para saudar o Dia Mundial da mil cartões de débito. Poupança, colectivamente, o aumento dos Disse que muitos cidadãos inicialmente com níveis de poupança permite libertar fundos contas Bankita migraram já para contas para o financiamento do investimento. regulares, tornando se clientes com acesso a Segundo José Massano, é necessário um leque mais vasto de produtos financeiro, investir mais para garantir um maior incluindo o crédito. crescimento a longo prazo, uma vez Segundo o gestor, os números que uma das formas mais efectivas para demonstram que está a esbater se a idéia aumentar a produção de bens e serviços de que, para se ter uma conta bancária na economia é estimular os investimentos é necessário ter muito dinheiro ou que em capital fixo, como máquinas. é muito caro manter uma conta activa, Assim, e dado que os valores médios para a abertura de contas bancárias, resultavam em dificuldades no acesso aos serviços financeiros e limitavam a própria condição de poupança no sistema bancário por parte dos cidadãos, com baixo rendimento, lançamos, em Agosto desse mesmo ano Angola Notícias Breves Fórum da Poupança no Dia Mundial da Poupança Poupança permite encarar futuro ECONOMIA José Lima Massano, Governador do Banco Nacional de Angola. pois, na verdade, as contas Bankita, além de poderem ser abertas com montantes mínimos, não estão sujeitas a quaisquer custo de manutenção ou de movimentação e a obtenção de um cartão de débito da rede multicaixa é gratuita. Nas mais variadas modalidades, pontualizou que até ao dia 30 de Setembro de 2013, o valor de depósito no sistema bancário totalizava de AKz 3,9 trilhões, um crescimento de 12,74% comparativamente a Setembro de 2012, deste valor, 47% que correspondia a depósitos a prazo, dos quais 62% pertencia ao sector privado empresarial não financeiro, 33 porcento a particulares e 5% ao sector público empresarial. Disse igualmente que os depósitos a prazo assumem um peso de 13, 21 porcento. v Depósitos da banca atingem 3,8 trilhões de kwanzas valor de depósitos O no sistema bancário nacional totalizou, até 30 de Setembro de 2013, 3,8 trilhões de kwanzas, anunciou em Luanda, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano. Segundo o governador do Banco Central, que falava no Fórum sobre Poupança, para saudar o Dia Mundial da Poupança, que se comemorou em todo o mundo, o alcance deste valor representa um crescimento de 12,74 Edifício Banco Nacional de Angola, Luanda. porcento comparativamente a Setembro de Deste valor (3,8 trilhões de kwanzas), esclareceu José de Lima Massano, 47% correspondia a depósitos a prazo, dos quais 62% pertenciam ao sector privado empresarial não financeiro, 33 porcento a particulares e 5% ao sector público empresarial. Salientou que os depósitos a prazo assumem um peso de 13,21 porcento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 13

14 Angola Notícias Breves ECONOMIA futuro para a indústria O do petróleo em Angola é muito positivo, principalmente se a exploração do nível pré sal, que está agora a começar a ser feita, for viável, o que pode catapultar a produção de petróleo para mais de 3 milhões de barris por dia nos próximos anos, considerou o analista da Wood Mackenzie para a região subsaariana. O nível de incerteza, no entanto, é ainda bastante elevado, na medida em que é preciso confirmar a tese de que há, realmente, petróleo no pré sal, um nível geológico situado por baixo do fundo do mar, explica o consultor, salientando que até 2015 teremos uma imagem mais clara sobre a escala dos recursos naturais possíveis de explorar. Comissão económica cria corredores de escoamento de produtos agrícolas Quatro corredores de escoamento de produtos agrícolas foram criados, no quadro do plano integrado de comércio rural, informou em Luanda, a ministra do Comércio, Rosa Pacavira. Segundo a governante, que falava à imprensa no final da 9ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, tratam se dos corredores centro norte, centro leste, norte e sul. Disse que integram o corredor centro/norte as províncias da Lunda Norte, do Kwanza Norte, Malanje e Uíge. O Corredor centro/leste, prosseguiu, é constituído pelas províncias do Huambo, Bié, Benguela, Lunda Sul e Moxico. O corredor norte tem as províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Zaire e Kwanza Sul. Enquanto o corredor Sul integra as província do Namibe, Cunene, Huíla e Kuando Kubango. v Angola pode chegar aos três milhões de barris de petróleo Angola pode chegar a produzir três milhões de barris de petróleo por dia se a exploração do nível pré sal, ainda em fase inicial, for viável, considerou David Thomson, da consultora britânica Wood Mackenzie. A produção de 3 milhões de barris diários faria Angola subir para a lista dos top ten dos produtores de petróleo, liderada pela Rússia e pela Arábia Saudita, que produzem cerca de 10 milhões de barris diários. Ainda assim, o consultor afirma que as perspetivas de trabalho apontam para cerca de 10 mil milhões de barris neste nível, vários quilómetros abaixo da linha de água. Para já, as previsões continuam a ser optimistas, dado que, com a quase estagnação da produção na Nigéria, o maior produtor africano de petróleo, com mais de 2 milhões de barris por dia, Angola pode tornar se o número um africano, mas não nos próximos anos, salientou David Thomson na entrevista telefónica a partir de Londres à agência de notícias Lusa. Para este consultor especializado na indústria do petróleo, Angola deverá ultrapassar a barreira dos 2 milhões de barris diários a partir de 2015 ou 2016, e beneficia não só da estagnação da produção nigeriana. v 14 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

15 O 1º fórum regional sobre comércio rural e empreendedorismo, no qual participaram agentes logísticos rurais, representantes de cooperativas, directores provinciais do comércio e da agricultura, administradores municipais e vice governadores das províncias de Benguela, Huambo, Bié, Moxico e Lunda Sul, aconteceu na cidade do Huambo de 5 a 6 de Novembro de Angola Notícias Breves ECONOMIA Aberto 1º fórum regional sobre comércio rural e empreendedorismo Rosa Pacavira, Ministra do Comércio. Testemunharam a abertura do evento que teve a duração de dois dias, os ministros da Agricultura, Afonso Pedro Canga, e do Comércio, Rosa Escórcio Pacavira de Matos. Na ocasião, Rosa Pacavira disse tratar se de uma actividade que resultou de um processo de consulta pública sobre a comercialização no meio rural no país. Este fórum, visou, de entre outros objectivos, a interacção de experiências entre as diversas províncias que constituem o corredor centro leste de Angola, no que concerne à produção agro pecuária, infra estruturas logísticas, redes de estradas, vias secundárias e terciárias, de modo a serem tomadas decisões conjuntas para o êxito da estratégia do comércio rural e empreendedorismo. A ministra do Comércio realçou, na sua intervenção, que os agentes logísticos rurais sãos os principais responsáveis pela vida das comunidades, porquanto cabe a eles o abastecimento da produção agro pecuária, através da gestão das lojas de campo. Quanto ao comércio rural, a governante considera que o mesmo desempenha um papel fundamental no crescimento económico de muitas famílias em Angola, sendo a sua revitalização um imperativo para a diversificação da economia comunitária e o seu desenvolvimento sustentável. Afonso Pedro Canga, Ministro da Agricultura. Neste fórum foram analisadas as potencialidades agropecuárias do corredor centro leste, o fundo de apoio ao comércio rural e mecanismo de financiamento e o programa ajuda para o trabalho. v CULTURA Angola premiada na Bienal de Veneza Angola foi distinguida, com o Leão de Ouro na bienal de Veneza, que decorreu na cidade italiana a 3 de Junho de A distinção foi atribuída pela estética e mensagem transmitidas nas obras expostas no pavilhão de Angola. O país fez se presente no evento com duas exposições, Leão de Ouro. sendo uma fotográfica e outra de escultura e pintura. A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, afirmou, a propósito, que Angola será cliente assíduo na bienal de Veneza e em outros eventos culturais internacionais, como forma de reforçar as acções de afirmação e divulgação da cultura angolana no exterior. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 15

16 Angola Notícias Breves O COMÉRCIO acto de lançamento, que decorreu no Nosso Centro, situado na rotunda da Gamek, no distrito urbano da Maianga, em Luanda, foi presidido pela ministra do Comércio, Rosa Escórcio Pacavira de Matos. No acto, a governante afirmou que o novo procedimento para o tratamento do alvará comercial irá melhorar a oferta de serviços, com vista a corresponder ao crescimento da economia angolana e para o progresso e bem estar da população. Segundo a responsável, o pelouro que dirige está equipado de ferramentas modernas e eficazes, com o intuito de operar de forma mais simples, rápida e eficaz para permitir a observância de níveis de segurança, controlo e qualidade no exercício das suas Lançamento oficial do novo Alvará Comercial, no âmbito do Programa do Governo para a reorganização do sector do Comércio Rosa Pacavira, Ministra do Comércio. Novo Alvará Comercial O novo alvará comercial pode ser tratado em três dias, naqueles casos que não necessita de vistorias, já os que obrigam resolver se ão em oito dias e os interessados poderão tratá lo através da Internet, no endereço electrónico ( Durante o lançamento foram entregues dois alvarás comerciais aos supermercados Jumbo e Kero. No âmbito do novo alvará comercial, Rosa Pacavira inaugurou também a primeira loja para a renovação de alvarás comerciais para a prestação de serviços mercantis. A loja de apoio ao empreendedorismo comercial está localizada dentro das instalações do Nosso Centro, onde estão agrupados outros serviços, facilitando assim o cidadão a tratar vários assuntos num mesmo local. Com a abertura da loja, o sector do comércio pretende assim facilitar o acesso do cidadão aos serviços prestados pelo pelouro, com o fito de ultrapassar as dificuldades enfrentadas anteriormente pelos empreendedores. v funções, associando tecnologias de informação e comunicação mais simplificadas. Disse que as novas exigências decorrentes do desenvolvimento da economia nacional e do controlo actualizado da actividade comercial e perseguindo os objectivos macro intersectoriais no processo de simplificação, facilitação e desburocratização do exercício Supermercado Kero, Luanda. Inaugurada primeira loja para renovação de alvará comercial Participantes no acto de lançamento do novo alvará comercial. económico, tornam necessário uma revisão do processo de licenciamento. Recordou que o alvará com validade de cinco anos, deverá ser renovado depois de atingir o prazo, ao abrigo da lei nº1/07 de 14 de Maio sobre Actividades Comerciais e do decreto presidencial nº 288/10 de 30 de Novembro que aprova estas actividades em Angola. 16 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

17 República de Angola terá A a funcionar, dentro em breve, um laboratório oficial para a detecção precoce de fontes de radioactividade, no sentido de combater os casos de cancro que afectam as populações, anunciou em Luanda, a ministra da Ciência e Tecnologia, Maria Cândida Pereira Teixeira. De acordo com a governante, em entrevista à Angop, aquando da sua deslocação à República Federativa do Brasil, onde participou no VI Fórum Mundial de Ciências, que decorreu no Rio de Janeiro, de 24 a 27 de Novembro de 2013, o referido projecto faz parte da estratégia nacional do governo no sector, a fim de disseminar, em todo o país, Centros de Investigação Científica. A respeito, Cândida Teixeira referiu que temos consciência Cândida Teixeira, Ministra da Ciência e Tecnologia. que, cada vez mais, ocorrem casos de cancro, tanto em homens, mulheres e até crianças, o que nos leva a procurar as causas da radioactividade, visto que ela não tem cheiro, côr nem qualquer outra característica que possamos ver, daí que implica abrir um centro para detectar, de forma precoce, as fontes radioactivas que estejam a contaminar as populações do país afectadas por cancro, justificou. Neste quadro, disse, o seu ministério vai desenvolver projectos para controlar a contaminação atmosférica com produtos químicos radioactivos e outros contaminantes, contando, para tal, com a cooperação de países que já trabalham na área. Entretanto, a ministra que evitou pronunciar se sobre o período de início da execução do projecto, sustentou que o mesmo encontra se definido nas prioridades do governo e está se agora a trabalhar na aquisição do financiamento para garantir a sua implementação prática. Angola Notícias Breves SAÚDE Angola terá laboratório para detecção precoce de fonte de radioactividade Ainda a propósito, reafirmou que o sector que dirige vai, doravante, apostar na criação dos Centros de Investigação Científica em várias áreas do território, como aconteceu com o sector do ambiente, que criou uma instituição ligada ao tratamento dos resíduos da exploração petrolífera que afectam o meio terrestre, marinho e atmosférico. Recorde se que a 18 de Novembro de 2013, a ministra Cândida Teixeira anunciou, no Huambo, a construção, para 2014, de um Centro de investigação Científica, que vai funcionar no bairro Santo António, arredores da cidade capital daquela província do centro de Angola. v DOAÇÃO Ministro destaca importância da doação ao programa Nacional de Combate à Malária ministro da Saúde, José O Van Dúnem, considerou em Luanda, que a doação feita ao Programa Nacional de Combate à Malária visa aumentar a capacidade das organizações não governamentais angolanas de implementarem o programa, tendo em vista o controlo da doença em Angola. Ao intervir no acto de entrega simbólica do cheque, referiu que o sucesso desse programa terá repercussões nos três elementos fundamentais do objectivo do desenvolvimento o milénio no que concerne à saúde, para a diminuição das grandes endemias,a redução da malária e também da tuberculose e da SIDA. Explicou que a política de combate à malária e pobreza insere se na estratégia fundamental do Executivo e serve de elemento de avaliação, uma vez que a redução da mortalidade infantil, malária e mortalidade materna são prioridades desta governação. José Van Dúnem disse que esse programa tem também outra responsabilidade que visa tratar e cuidar da água e auto educar se, sendo uma responsabilidade social que passa muito pelo trabalho das organizações. Segundo o ministro, combater a doença significa dar maior atenção ao acesso à água potável, saneamento básico, escolaridade e outros serviços às pessoas, particularmente mulheres, possibilitando que os encarregados de educação tenham mais possibilidade de compensar os dias que ficam sem trabalhar. José Van Dúnem, Ministro da Saúde. Enalteceu, por outro lado, a postura do fórum, pela dinâmica que mostrou na procura de melhores soluções para a população, a fim de mostrar lhes os melhores caminhos para terem melhores resultados na luta contra a malária. Já o então embaixador dos Estados Unidos da América em Angola Christopher McMullen, disse na ocasião, ser um motivo de particular satisfação participar do acto, pois os EUA, como os maiores parceiros do governo angolano, mantêm se de maneira sustentável abertos para apoiar o Programa Nacional de Luta contra a Malária, através da Iniciativa Presidencial contra a malária (PMI). Avaliada em 1,810 milhões de dólares, a doação simboliza o apoio ao combate à malária em Angola, através da ExxonMobil, visando combater a endemia. Estamos certos que para alcançar este objectivo em Angola, com certeza não seria possível sem a contribuição da Fundação Exxnomobil, que aumenta para 4, 5 milhões de dólares, que foram doados para esse contributo, expressou. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 17

18 Angola Notícias Breves ANIP A Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP) estabeleceu em Luanda, com empresas angolanas e estrangeiras, 24 contratos de investimento, avaliados em 14 bilhões, 533 milhões, 241 mil e 785 Kwanzas. Maria Luisa Abrantes, PCA da ANIP. Os acordos foram rubricados pela presidente do Conselho de Administração da ANIP, Maria Luísa Abrantes, e membros das respectivas empresas, a maioria das quais ligadas aos sectores industrial, de prestação de serviços e construção civil. Em declarações à imprensa, no final da sessão de assinaturas, o principal investidor da empresa Richesse Taylor, ligada à construção civil e obras públicas, Wealth Taylor, afirmou que o projecto de investimento está direccionado para a área de drenagem das águas, numa primeira fase na província de Luanda. No sector salineiro, o representante da empresa Salinas Tchiome, José Sousa, disse que o país apresenta um défice de 100 a 110 mil toneladas de sal, facto que obriga o país a despender divisas para importar sal para cobrir essa diferença. Disse tratar se de um investimento que ronda os três bilhões de kwanzas e que consiste na construção de uma salina no município da Baía Farta, província de Benguela. Para a presidente do Conselho de Administração da ANIP, Maria Luísa Abrantes, os acordos de investimento rubricados representam pouco no universo das necessidades do país nesse seguimento. Referiu que ao mesmo tempo os investimentos representam muito, caso se leve em conta que ainda há resistência quando se fala em 100 milhões de Kwanzas (Akz) como valor mínimo para investir em Angola. Insistimos que 100 milhões de Kwanzas não é muito, inclusive para pequenos e médios projectos disse. É fundamental que a diversificação da economia nacional vai dando passos, ao verificar se diversos projectos na indústria alimentar. Estamos a falar do processamento de peixe, da indústria salineira, de cervejas, agro pecuária e da agro indústria, salientou. Afirmou que no conjunto dos acordos assinados nos últimos meses, a construção civil vem na liderança e a prestação de serviços a seguir. Os contratos foram estabelecidos com as empresas angolanas e outras provenientes de países como Portugal, Serra Leoa, Holanda, Quénia, China, Índia, Dinamarca e Ilhas Virgens. v A ANIP é a entidade governamental que se dedica à execução da política nacional no âmbito do investimento privado e à respectiva promoção e coordenação. ANIP avalia 177 propostas de investimento em 2013 Pelo menos 177 propostas de investimentos, com valor global de 444,2 bilhões de kwanzas, foram avaliadas no decurso de 2013, pela Agência Nacional Para o Investimento Privado (ANIP), anunciou em Catete, município de Icolo e Bengo, a presidente do conselho de administração da instituição, Maria Luísa Abrantes. Segundo a gestora, o maior desafio e o mais importante objectivo da administração da ANIP é, com o apoio e labor dos trabalhadores, avaliar anualmente propostas de investimento no valor de Akz 400 bilhões (USD 4 mil milhões), cerca do dobro do valor do investimento privado no ano de 2012, e encurtar os prazos de avaliação estipulados por lei. Ao falar na abertura do segundo Conselho Consultivo da ANIP, que decorreu na localidade de Catete, a PCA disse que o objectivo de uma média de 400 bilhões entre 2013 e 2017, foi uma meta traçada pelo Executivo. Esclareceu que das respectivas propostas, faltam alguns requisitos em projectos avaliados em 68 bilhões de kwanzas. Informou que os projectos, avaliados e aprovados, garantirão 17 mil e 109 postos de trabalho directo. Revelou igualmente que a proposta de investimento para a reactivação da actividade da mina de ferro de Kassala Kitungo, na província do Kwanza Norte, continua em fase de avaliação, por falta de peças essenciais à sua negociação, por dela fazerem parte mais do que um projecto que darão origem a mais do que um contrato de investimento. Não é menos importante para a ANIP, o acompanhamento dos projectos em fase de implementação e fiscalização da execução dos contratos de investimento já aprovados, sublinhou. Segundo a gestora, essa tarefa foi executada nas 18 províncias do país com limitações extremas na província de Luanda, onde existem cerca de 3 mil e 400 projectos de investimentos aprovados desde 2003, pelo reduzido número de técnicos que o quadro da ANIP permite para o efeito. Verifica se que vários investidores privados não se encontram nos endereços e localidades acordadas nos contratos, denunciou. O Conselho Consultivo, com duração de um dia, decorreu sob o lema Promovamos o turismo rural, a agricultura e a agro indústria para tornar Angola melhor. v 18 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

19 O ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, entrevistou se, em Londres, com o secretário geral da Organização Marítima Internacional (OMI), o japonês Koji Sekimizu, a quem transmitiu a estratégia e fez o balanço do programa do Governo angolano no que diz respeito ao sector dos transportes, com ênfase ao ramo marítimo e portuário. O encontro entre Augusto Tomás e Koji Sekimizu deu se à margem da 38ª (trigésima oitava) Assembleia Geral da OMI, que decorreu em Londres, de 25 de Novembro a 04 de Dezembro de Augusto da Silva Tomás e o seu interlocutor concordaram em desenvolver um programa conjunto para o reforço da cooperação técnico científica, a formação de quadros angolanos no ramo e a preparação técnica e documental visando a adopção das convenções em falta. As duas partes trocaram impressões sobre a situação actual e a importância dos transportes marítimos no mundo, o papel dos governos e da OMI neste domínio, os problemas actuais que se colocam à navegação, os mecanismos e as formas da sua resolução e o papel conjunto dos estados membros da OMI neste processo. A OMI foi instituída em 1948, em Genebra, e visa manter a colaboração entre os governos a respeito de navegação comercial em mares internacionais, manutenção à segurança marítima e navegação. Mais de 160 países em todo o mundo são filiados à OMI. Angola Notícias Breves TRANSPORTES Angola na 38ª Assembleia Geral da OMI Augusto Tomás, Ministro dos Transportes e Koji Sekimizu. Nos últimos anos, a organização tem se dedicado à questão da poluição marítima, definindo padrões de melhoria do combustível naval como forma de mitigar a poluição até O nível de enxofre nos combustíveis deverá diminuir em até 90 por cento. O governo dos EUA, em Março de 2009, sugeriu a criação de uma zona de protecção que se estenderia em 200 milhas náuticas ao redor das costas do país, onde os navios deveriam, até 2015, utilizar combustíveis limpos. A medida exigida pela OMI e sugerida pelos EUA, ajudaria a diminuir em até 80 por cento a emissão de óxido de enxofre no mar. Segundo dados da OMI e da Universidade de Delaware, a poluição proveniente dos navios afecta a saúde de diversas comunidades costeiras em todo mundo. v CFM aumenta frequência de viagens no trajecto Namibe Menongue A frequência de viagens de comboio entre as províncias do Namibe, Huíla e Kuando Kubango poderá aumentar a partir do primeiro semestre de 2014, anunciou na Matala, província da Huíla, o presidente do Conselho da Administração do Caminho de ferro de Moçâmedes (CFM), Daniel Quipaxe. Segundo o gestor, que conversava com jornalistas a propósito da circulação integral do comboio ao longo deste troço, a empresa está a trabalhar na criação de condições técnicas e administrativas, visando responder a demanda. Referiu que estão a ser melhoradas infra estruturas ligadas aos sistemas de telecomunicações e sinalização. De acordo com o presidente, após a conclusão destas obras, a empresa ferroviária estará em condições de prestar um serviço mais condigno aos particulares e empresas. Salientou que a circulação do comboio de passageiros no troço ferroviário Namibe Lubango tem sido regular, porque a adesão de passageiros aos serviços do CFM é considerável. Lembrou que o projecto vai contemplar igualmente o transporte de carga de minério de ferro proveniente de Cassinga (Jamba). v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 19

20 Angola Notícias Breves AMBIENTE Gestão das Bacias Hidrográficas preocupa ministros a nível mundial ministra do Ambiente, A Fátima Jardim, revelou em Luanda, que a situação da gestão das Bacias Hidrográficas constitui preocupação dos ministros do sector a nível mundial, um facto verificado na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), que decorreu em Windhoek, Namíbia, de 16 a 27 de Setembro. A responsável teceu tal informação em declarações à imprensa, durante a 1ª Conferência Internacional sobre Energia e Águas, que decorreu de 25 a 27 de Setembro de 2013, sob o lema Água, Energia e Saneamento Os factores críticos para o desenvolvimento sustentável de Angola. Estamos a funcionar com uma visão multi-sectorial, a gestão das bacias é sensível, e tem que ter necessariamente um sistema global que possa transcender a visão sectorial, reiterou. Fátima Jardim, Ministra do Ambiente. Para Fátima Jardim, a água é uma componente de domínio público, por isso deve ser integrada como uma das temáticas mais importante da vida, um factor imprescindível. A ministra felicitou a iniciativa do Ministério da Energia e Águas, por estar em projecto a constituição da Comissão Nacional da Água, o que enquadrará todos nesse interesse, a gestão da água cada vez mais adequada. v 22 Novembro 2013 Fátima Jardim no encontro de Bank Moon com ministros do ambiente de África O secretário geral das Nações Unidas, Bank Moon, reuniu se em Varsóvia, Polónia, com os ministros do ambiente de África, incluindo Angola, que participaram na XIX Conferência da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e na IX reunião das Partes do Protocolo de Kioto. O encontro, realizado à margem deste fórum das Nações Unidas, em que Angola na XIX conferência da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC COP 19) e no IX encontro das Partes do Protocolo de Kioto (CMP 9) participou a ministra do Ambiente de Angola, Maria de Fátima Jardim, e seus homólogos africanos, num total de16, visou a recolha de ideias em torno daquilo que foi discutido na conferência. No encontro, o secretário geral das Nações Unidas lembrou aos ministros que a melhor maneira de combater as alterações climáticas é trabalhar para a solução dos problemas básicos da população como o combate à pobreza, a melhoria do sistema de saneamento, resolução das dificuldades ligadas ao abastecimento de energia eléctrica, fornecimento de água potável e melhoria da qualidade de ensino. Referindo se à questão dos fundos climáticos e sua operacionalização, Bank Moon reconheceu que a adaptação é uma questão muito importante para África e que está prognosticado um total de 6.5 bilhões de dólares para que o continente possa fazer face aos desafios. Bank Moon falou da questão da transferência de tecnologias amigas do ambiente, para o continente, no quadro da mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O oficial das Nações Unidas apontou a boa governação, o envolvimento da sociedade civil e do sector privado, como sendo itens importantes para que o continente possa dar resposta adequada aos problemas das alterações climáticas e contribuir no alcance das metas do desenvolvimento do milénio (MDMs). A ministra do Ambiente, Fátima Jardim, participou no encontro informal dos ministros de África do ambiente, que foi orientado pelo presidente do Comité de Chefes de Estado e de Governo da União Africana para as Alterações Climáticas, Jakaya Kiwete, que também é Chefe de Estado da Tanzânia. O encontro serviu para abordar o estado das negociações e perspectivar a participação do bloco africano neste COP19. A República de Angola fez se representar neste encontro, além da ministra do Ambiente, por uma delegação multisectorial. v 20 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

21 engajamento de todos O os membros dos grupos técnicos provinciais, municipais e não só, deve ser o mais efectivo possível e acima de tudo patriótico, em todo o processo inerente ao Recenseamento Geral da População e Habitação 2014 (RGPH 2014), que decorreu de 16 a 31 de Maio de 2013, sublinhou em Luanda, o Coordenador do Gabinete Central do Censo (GCC), Camilo Ceita. O responsável falava na abertura do I Encontro Metodológico Sobre o Censo com o segundo grupo dos técnicos provinciais, nomeadamente das províncias do Bengo, Malanje, Uíge, Lunda Sul, Huambo, Kuando Kubango e Cabinda. Angola Notícias Breves A entrega dos técnicos ao processo do Censo deve ser patriótica Camilo Ceita, Coordenador do Gabinete Central do Censo (GCC). Segundo Camilo Ceita, os técnicos provinciais, municipais e comunais devem estar disponíveis a 100 por cento, porque esta actividade do levantamento estatístico é a mais importante desde a independência, por isso, é fundamental o empenho de todos, para que se possa obter o resultado mais qualitativo possível. Para Camilo Ceita, um dos grandes objectivos do I Encontro Metodológico foi a troca de experiências entre os grupos técnicos provinciais e o relançar e aprimorar das metodologias de trabalho a serem desenvolvidas nos próximos meses, além de avaliar o relatório do Censo Piloto, os dados cartográficos, informar sobre o processo de recrutamento e selecção do pessoal, dos critérios de formação dos recenseadores e as respectivas etapas de formação, a estratégia de aprimoramento da gestão de logística, do pessoal e da vertente comunicacional. O primeiro encontro metodológico do Censo 2014 foi realizado no dia 15 de Outubro de 2013 e contou SOCIEDADE com mais de 350 participantes das províncias de Luanda, Huíla, Kwanza sul e Kwanza Norte. O Censo é uma operação exaustiva e única fonte completa de informação desagregada para todas as unidades geográficas e administrativas do país, pelo que produz dados fundamentais para conhecer a estrutura da população a nível nacional, provincial, municipal e comunal, bem como acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução da população ao longo do tempo. v Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Secretário executivo da CPLP efectuou primeira visita de trabalho a Angola secretário executivo da O CPLP, Murade Issac Miguigy Murargy, esteve na capital angolana, Luanda, a fim de efectuar a sua primeira visita oficial e de trabalho ao país, desde que foi eleito para o cargo, na Cimeira de Maputo (Moçambique), em O actual responsável executivo da organização, em declarações à Angop, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, informou que a sua deslocação a Luanda visava conhecer a realidade do momento, assim como agradecer Angola e ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos, em particular, pelo apoio prestado para a sua eleição ao referido posto. Segundo o entrevistado, a missão, fez parte de uma série de visitas aos Estados da CPLP, que o levaram a Timor Leste, Cabo-Verde, Angola, seguindo se a República de São Tomé e Príncipe, para onde se deslocou depois de deixar a cidade de Luanda pondo assim fim à sua primeira visita oficial de cinco dias em terras angolanas. Em Luanda, o diplomata moçambicano reuniu se com alguns membros do Executivo nacional, entre os quais, os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, da Agricultura, Afonso Pedro Canga, do Comércio, Rosa Pacavira, e com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos. Murade Issac Miguigy Murargy, Secretário Executivo. Na audiência com o ministro das Relações Exteriores, disse que as partes abordaram assuntos e temas que suportam a agenda da Comunidade, entre os quais as questões políticas, de cooperação, a II Conferência de Língua Portuguesa, os casos da Guiné Bissau, Guiné Equatorial, assim como aspectos ligados ás reformas que estão a ser levadas a cabo na CPLP. Durante a missão, Murade Murargy orientou uma palestra dirigida aos alunos da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto, visitou algumas infra estruturas e locais turísticos e históricos na capital angolana, assim como presidiu uma reunião com os embaixadores dos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), acreditados em Angola. O secretário executivo, o moçambicano Murade Murargy, que esteve no país para uma visita de trabalho de cinco dias, desembarcou no aeroporto de Luanda na companhia do chefe da Missão de Angola junto da CPLP, embaixador Júlio Hélder Moura Lucas. Integram a Comunidade lusófona, com sede em Lisboa (Portugal), Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau, Brasil, Portugal, Timor Leste, e a Guiné Equatorial, como membro observador. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 21

22 Angola Notícias Breves A DEFESA O Ministério da Defesa informou que durante a sua visita à Itália aos 15 de Novembro de 2013, o governante visitou alguns empreendimentos fabris militares e assinou com as autoridades italianas um Acordo de Cooperação no domínio da Defesa. delegação integrou, além do ministro, oficiais generais, superiores e altos funcionários do seu pelouro e das Forças Armadas Angolanas. No quadro dos preparativos da deslocação, uma delegação do Ministério da Defesa esteve na Itália, para preparar com a parte italiana os documentos que darão suporte ao Acordo de Cooperação. Em Junho de 2013, uma delegação militar italiana, chefiada pelo Tenente general de Pascali Carmine, chefe da Política Industrial e Relações Internacionais do Ministério da Defesa da Itália, esteve em Angola, para traçar os mecanismos do reforço da cooperação bilateral, neste domínio. v Cândido Pereira dos Santos Van Dúnem, Ministro da Defesa Nacional. Subsecretária da ONU pede apoio de Angola para resolução da situação nos Grandes Lagos A subsecretária geral das Nações Unidas para a região dos Grandes Lagos, Mary Robinson, visitou o nosso país em finais do mês de Outubro de 2013, para solicitar o apoio do Presidente da República no processo de pacificação daquela zona do continente africano. Segundo a responsável, que falava à imprensa no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, momentos após a sua chegada, a situação no Leste da República Democrática do Congo é muito séria pelo que é necessário trabalhar se com base no acordo de paz de Kampala (Uganda) para se ultrapassar essa situação. Considerou Angola um país muito importante no continente e que pode jogar um papel de relevância para a manutenção da paz e da segurança na região dos Grandes Lagos. Mary Robinson efectuou de 26 a 28 de Outubro de 2013, uma visita de trabalho ao nosso país, visando analisar com as autoridades locais aspectos da realidade da referida área do continente africano. Em Luanda, Mary Robinson encontrou se com o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, em representação do titular da pasta, Georges Rebelo Pinto Chikoti. A subsecretária geral da ONU para a região dos Grandes Lagos foi recebida em audiência pelo titular da pasta da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van Dúnem. Apesar da presença de um contingente militar da ONU, na RDCongo, em particular, e na região dos Grandes Lagos, no seu todo, ainda persiste uma situação de instabilidade há mais de uma década, motivada pela proliferação de milícias e por uma alegada intromissão de países nos assuntos internos dos seus vizinhos. Os ciclos de conflitos e de violência entre forças governamentais e grupos armados já provocaram milhares de mortes e milhões de deslocados. v 22 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

23 Visitas a Angola Presidente da República de Cabo Verde visitou o País O Chefe de Estado da República de Cabo Verde, Jorge Carlos de Almeida Fonseca, efectou uma visita de 4 5 de Novembro de 2013 a Angola. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, Presidente de Cabo Verde. Jorge Carlos de Almeida Fonseca manteve um encontro em privado com o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos. O Chefe de Estado cabo verdiano teve igualmente um encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos. O Presidente da República de Angola ofereceu ao Chefe de Estado de Cabo Verde e sua delegação no Salão Nobre do Palácio Presidencial, um jantar de boas vindas. No quadro da agenda da visita o presidente cabo verdiano, visitou o Memorial do Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, local onde depositou uma corôa de flôres. As relações entre Angola e Cabo Verde estabeleceram se desde os primórdios da luta comum contra o colonialismo e foram formalizadas juridicamente em Agosto de 1997, com a assinatura do Acordo Geral de Cooperação, na Cidade da Praia Cabo Verde tem toda a disponibilidade e abertura para receber investimento público e privado angolano, para receber capitais angolanos, não só como país singular, mas também como um país inserido numa grande comunidade, num grande mercado que é o mercado da CEDEAO, disse o presidente de Cabo Verde, que considerou o investimento em sectores como a Banca, o Financeiro, Transportes Aéreos e Marítimos, Pescas, Turismo e Agro negócios como uma nova possibilidade de cooperação entre os dois países. Adiantou que Cabo Verde pode ser útil a Angola como um parceiro para investimentos em mercados mais vastos, ajudando Angola no processo de desenvolvimento sobre crescimento, através da colocação de quadros qualificados em Angola, da possibilidade de intervenção de empresas cabo verdianas em grandes projectos de desenvolvimento em Angola e também no domínio da Agricultura e da Pecuária. Há portanto todas as condições para que esta cooperação se torne mais diversificada, mais forte e mais dinâmica e nós estamos convencidos de que as próximas reuniões a nível ministerial, possam contribuir para que tudo se concretize de forma mais clara nas relações entre os dois países, concluiu. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 23

24 Visitas a Angola Princesa do Reino da Bélgica, Astrid Josephine. deslocação a Luanda da princesa Astrid, à frente de uma A delegação de empresários de diversos sectores visou constatar in loco as oportunidades de investimento no país, e trocar informações, com gestores de várias empresas para o fortalecimento da cooperação no domínio económico. Presidente da Assembleia Nacional concedeu audiência a Astrid Josephine O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, recebeu em audiência, a princesa do Reino da Bélgica Astrid Josephine, com quem abordou questões relacionadas com o reforço da cooperação Parlamentar entre Angola e o seu país. A Princesa Astrid do Reino da Bélgica participou igualmente no fórum sobre o contexto macroeconómico, político, comercial e oportunidades de investimentos em Angola. A visita de sua alteza da Bélgica que começou no dia 20 de Outubro de 2013 terminou no dia 22. v Laurent Fabius visitou Angola A apresentar cumprimentos de despedida ao chefe da Diplomacia francesa estiveram no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro os embaixadores de Angola em França, Miguel Costa, e da França em Angola, Jean Claude Moyret, bem como altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores. Em Luanda, o ministro foi recebido em audiência pelo Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, a quem fez a entrega de uma mensagem do Presidente francês, François Hollande, que versa sobre aspectos inerentes ao relançamento da cooperação bilateral. No final da audiência, Laurent Fabius anunciou ter endereçado um convite ao Presidente José Eduardo dos Santos, para visitar a França, em 2014, Laurent Fabius, Ministro francês dos Negócios Estrangeiros. na perspectiva de relançar a desejada cooperação frutuosa em vários domínios. O governante francês reuniu se ainda com o seu homólogo angolano, Georges Chikoti, com quem analisou o relançamento da cooperação política, económica e comercial entre Angola e a França, além de ter revelado a possibilidade de adopção de um sistema de supressão de vistos em passaportes diplomáticos. Angola e a França rubricaram em 1982 o acordo geral de cooperação, reforçado em No domínio da cooperação bilateral, a França é o 6º maior fornecedor de Angola, depois dos Estados Unidos da América, Portugal, China, Brasil e África do Sul, tendo o seu investimento directo ultrapassado os 10 bilhões de euros, segundo dados do Ministério da Relações Exteriores. v 24 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

25 Retrospectiva Oito Chefes de Estado visitaram Angola em 2013 Oito Chefes de Estado, dois primeiro-ministros e um vice-primeiro ministro de vários países visitaram a República de Angola durante o ano de Dos Chefes de Estado que visitaram o país em 2013, 7 são africanos e um sul americano. Os dois primeiro ministros são africanos e o vice primeiro ministro é europeu. Presidente Dos Santos e Thomas Boni, Presidente do Benim. O primeiro hóspede foi o Presidente da República do Benin, Thomas Yayi Boni, que chegou ao país no dia 14 de Janeiro, para uma visita oficial, destinada ao reforço das relações entre os dois países. Presidente José Eduardo dos Santos e Jacob Zuma, Presidente da África do Sul. Dia seguinte, 12 de Março, desembarcou em Luanda o Presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, a fim de participar na mini cimeira tripartida, com os seus homólogos de Angola, José Eduardo dos Santos, e da África do Sul, Jacob Zuma. Presidente Manuel Pinto da Costa. A 11 de Abril chegou a Luanda, para uma visita oficial de 24 horas, o presidente da República de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, no âmbito do reforço das relações bilaterais de cooperação. Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe, Gabriel Arcanjo Ferreira da Costa. Em Junho, dia 07, chegou a Angola o primeiro ministro da República de São Tomé e Príncipe, Gabriel Arcanjo Ferreira da Costa, para uma visita oficial de dois dias, no âmbito do reforço da cooperação existente entre os dois países. No dia 22 de Agosto, chegaram a Luanda os presidentes do Congo Democrático, Joseph Kabila, e da África do Sul, Jacob Zuma, para participarem na Cimeira Tripartida entre os seus países e Angola. Alberto Vaquina, Primeiro Ministro de Moçambique. oficial de trabalho, no âmbito do reforço das relações de cooperação entre os dois países. O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, desembarcou em Luanda no dia 02 de Novembro, para uma visita oficial de trabalho de três dias, para o reforço das relações de amizade e cooperação bilateral. Visitas a Angola Dia seguinte, 10 de Dezembro, escalou também o país a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, acompanhada dos ex presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, vindos da África do Sul, onde assistiram às cerimónias fúnebres de Nelson Mandela. Jacob Zuma, Chefe de Estado da África do Sul, foi o segundo a chegar a Angola, dia 16 de Janeiro, para uma visita de trabalho de algumas horas, no âmbito do reforço da cooperação entre os dois Estados. No mês de Março, dia 11, Jacob Zuma chegou a Luanda pela segunda vez, a fim de participar numa mini cimeira tripartida, com os seus homólogos de Angola e do Congo Democrático. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo. Presidente da Guiné Equatorial. Dia 22 de Maio, o Presidente da República da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, iniciou em Luanda uma visita de trabalho de 24 horas, visando o reforço da cooperação entre os dois países. Presidente Dos Santos e Dilma Rousseff. Dois dias depois, 24 de Maio, escalou o país a Chefe de Estado do Brasil, Dilma Roussef, por cerca de uma hora, em trânsito para Addis Abeba (Etiópia), para participar nas comemorações dos 50 anos da União Africana. Dmitri Rogozin. Outubro, dia 07, inicia uma visita oficial de 72 horas, o vice primeiro ministro da Federação Russa, Dmitri Rogozin, visando o reforço da cooperação bilateral em vários domínios. Ainda em Outubro, dia 08, chegou ao país o Presidente de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, para uma visita de algumas horas, em trânsito para o seu país, proveniente de Lisboa. No dia 27 do mesmo mês, chegou o primeiro ministro da República de Moçambique, Alberto Clementino António Vaquina, para uma visita No dia 02 de Dezembro chegou ao país o primeiro ministro da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Gabriel Costa, em escala para Paris (França), para participar, dias 6 e 7, na Cimeira de Chefes de Estado sobre Paz e Segurança. Sete dias depois, 09 Dezembro, escalaram o país os presidentes de Cabo-Verde, Jorge Carlos Fonseca, e do Níger, Issifou Mahamadou, em trânsito para a República da África do Sul, para participarem nas cerimónias fúnebres de Nelson Mandela. Presidente da Gânbia, Alhaji Yahya Jammeh. Dia 11 de Dezembro escalou o país o presidente da Gâmbia, Alhaji Yahya Jammeh, proveniente da África do Sul, onde participou também, em Joanesburgo, nas exéquias fúnebres do antigo presidente Nelson Mandela. Presidente da Serra Leoa. Ernert Bai Koroma, presidente da Serra Leoa, foi o último a escalar o país, 11 de Dezembro, proveniente da África do Sul, onde participou na cerimónia oficial do funeral do antigo Presidente sul africano, Nelson Mandela. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 25

26 Júbileu do Continente Especial Palácio dos Congressos acolheu cerimónia do Jubiléu da União Africana (UA) A cerimónia em alusão ao Dia de África assinalado aos 25 de Maio de 2013, em Angola, teve lugar no Palácio dos Congressos, em Luanda, sob orientação do Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos. De acordo com o programa, o acto iniciou com a entoação dos hinos da União África (UA) e da República de Angola, pelo grupo coral Guy Destino, seguido do atear do facho, simbólico dos 50 anos deste organismo africano. A cerimónia prosseguiu com os discursos do embaixador de Cabo Verde acreditado em Angola, Domingos Mascarenhas, Decano do corpo diplomático africano, do secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, bem como do presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, que encerrou a actividade política das celebrações do Jubiléu da União Africana. O Palácio dos Congressos registou desde as primeiras horas da manhã, um grande movimento de várias entidades nacionais e do corpo diplomático acreditado no país, convidados ao acto. Para brindar a chegada das individualidades na entrada principal do Palácio dos Congressos um grupo de jovens do sexo feminino com uso de batuques animaram os convidados que se dirigiam para a principal sala onde decorreu o evento. 50 anos da UA: A história da União Africana de Maio: 30 Estados africanos independentes fundam a Organização da Unidade Africana (OUA) na capital da Etiópia, Addis Abeba. O objectivo: promover a unidade do continente e defender a soberania e integridade territorial dos seus membros. Nesse mesmo ano, a OUA cria na Tanzânia um chamado Comité de Libertação, que apoiou a luta contra o poder da minoria branca na Namíbia e na África do Sul Idi Amin Dada, do Uganda, proclama-se Presidente vitalício A OUA adopta o Plano de Acção de Lagos, na Nigéria. O seu objectivo era aumentar a cooperação regional e lançar a primeira pedra para uma Comunidade Económica Africana. Porém, inicialmente o plano não passou do papel Marrocos sai oficialmente da OUA em protesto contra a entrada da República Árabe Sarauí Democrática (Sahara Ocidental) na organização em O movimento Frente Polisário declarara a independência de Marrocos unilateralmente, tendo proclamado a República e estabelecido um governo no exílio. A União Africana tem actualmente 54 Estados membros A Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos da OUA inicia os seus trabalhos Os Estados da OUA criam a Comunidade Económica Africana (CEA) com o objectivo de formar um mercado único africano até A organização tomou como exemplo a Comunidade Económica Europeia, precursora da União Europeia Depois do fim do regime do apartheid, a República da África do Sul torna se membro da organização Numa cimeira extraordinária em Sirte, na Líbia, a OUA apela à criação de uma União Africana por iniciativa do antigo líder líbio, Mouammar Kadhafi. A idéia era a formação de um grupo de Estados com objectivos políticos comuns, similar à União Europeia O início de uma nova era Numa reunião em Lomé, no Togo, os chefes de Estado e de Governo da OUA assinam o Acto Constitutivo da União Africana (UA). 26 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

27 Jubiléu do Continente Segundo o Artigo 30º do documento, os governos que chegassem ao poder através de meios inconstitucionais seriam suspensos da União A OUA passa a chamar se oficialmente União Africana e tem, entretanto, 53 membros. Marrocos continua fora do grupo, devido à persistência do conflito no Sahara Ocidental. A OUA e a UA coexistem durante um período de transição de dois anos. Os principais órgãos da União Africana são a Assembleia de Chefes de Estado e de Governo e a Presidência rotativa anual. A Comunidade Económica Africana torna se parte da UA Tem lugar a cimeira inaugural da União Africana em Durban (África do Sul). A sede da UA é em Addis Abeba (Etiópia) A UA passa a ter um Conselho de Segurança, a exemplo das Nações Unidas. O órgão é composto por 15 representantes eleitos dos Estados membros e pode conduzir intervenções militares e missões de paz em África mesmo contra a vontade de algum membro A UA inaugura o Parlamento Pan africano, com sede em Midrand (África do Sul). O órgão é constituído, entretanto, por 265 representantes eleitos dos Estados membros. O Parlamento devia colocar em prática a política e os objectivos da UA, promovendo a democracia e o desenvolvimento económico. O Parlamento Pan africano possuía apenas uma função consultiva, não tendo poderes legislativos. Também em 2004, a UA enviou tropas para a região sudanesa de Darfur no âmbito da AMIS (Missão da União Africana no Sudão) e da UNAMID (Missão das Nações Unidas em Darfur) A Somalilândia, um Estado não reconhecido internacionalmente, que abrange a parte norte da Somália, pede para aderir à UA. Porém, não está prevista a sua entrada na organização A resolução 1725 do Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou o envio da Missão da União Africana para a Somália (AMISOM). Até ao final de 2012 são aumentadas as tropas para a protecção do regime Somali até 17 mil soldados O líder líbio Mouammar Kadhafi torna se Presidente da União Africana, na sequência do princípio de rotatividade da organização. Durante a sua Presidência, Kadhafi promove entusiasticamente a sua visão de uns Estados Unidos de África. A África do Sul foi quem mais se opôs ao conceito A ministra do Interior da África do Sul, Nkosazana Dlamini Zuma, torna se a primeira mulher a liderar a Comissão da UA, pela primeira vez na história da organização A UA tem 54 membros todos os Estados africanos, excepto Marrocos. O Sahara Ocidental torna-se membro pleno da UA. A região não é reconhecida como Estado pela maior parte dos membros da União Africana. Delegados na Cimeira da UA em Addis Abeba em A República Centro Africana foi suspensa da organização em Março de 2013, devido a um golpe militar. Também a Guiné Bissau e Madagáscar. União Africana atravessa 50 anos atribulados A União Africana assinalou os seus 50 anos. A aliança começou por lutar contra o colonialismo e contra o apartheid na África do Sul. Com as muitas mudanças no continente e no mundo, hoje as prioridades são outras. A 25 de Maio de 1963 em Adis Abeba, capital da Etiópia, o então Presidente do Ghana, Kwame Nkrumah, pronunciou um discurso emotivo no acto de fundação da Organização da Unidade Africana (OUA). O facto de estarem aqui reunidos representantes de 23 países é prova irrefutável da vontade absoluta de independência dos nossos cidadãos, disse Nkrumah na altura. Um continente inteiro conferiu nos um mandato para criarmos nesta conferência a base da nossa unidade. Essa unidade africana devia pautar se pela força económica e pela autonomia política. Mas, no final, a principal doutrina, a de não ingerência nos assuntos internos dos Estados nacionais, acabaria por representar o maior problema da União. Sobretudo tendo em conta que à euforia da libertação dos anos 60 se seguiram os golpes de Estado militares e as guerras civis. O ex diplomata e autor etíope, Mengiste Desta, rejeita, no entanto, a acusação de que a organização falhou completamente: Não aceito que se diga que a OUA era uma organização sem dentes. Pelo contrário, tinha dentes fortes, olhando para o seu mandato inicial: libertar todo o continente do colonialismo, do racismo e do regime do apartheid. Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 27

28 Júbileu do Continente Palácio dos Congressos acolheu cerimónia do Jubiléu da União Africana (UA) Mudança de rumo Porém, depressa esta constelação foi ultrapassada. O fim do colonialismo e do apartheid conduziram a um debate em torno dos novos objectivos do pan africanismo, disse Mehari Maru, especialista em assuntos da União Africana no Instituto de Estudos de Segurança (ISS), em Addis Abeba. Foi preciso criar uma nova instituição para levar àvante as mudanças necessárias. Assim nasceu a União Africana. O acto formal foi realizado em 2002 em Durban, na África do Sul. O grupo de Estados heterogéneos lançou se em busca de uma nova razão de ser, que encontrou na integração regional e na democratização, se bem que de forma hesitante. Foi o líder revolucionário líbio, Mouammar Kadhafi,, que mais forçou o aprofundamento da União. No entanto, os seus planos para um exército africano, uma moeda única e a liberdade de movimento e comércio, a exemplo da União Europeia, acabaram por semear mais discórdia. Os Estados dividiram se em dois campos, com a África do Sul a desafiar a liderança de Kadhafi. Uma mulher na liderança Nkosazana Dlamini Zuma, Presidente da Comissão da UA. Hoje é justamente uma sul africana que dirige a Comissão da União Africana, a primeira mulher a fazê lo: Nkosazana Dlamini Zuma, uma reformadora que anunciou a sua intenção de tornar a organização mais eficaz. Os principais desafios que a União Africana enfrenta hoje são a Somália, o Mali e a República Centro Africana. De acordo com vários analistas, a África de hoje é mais democrática do que há dez anos, quando havia menos governos democraticamente eleitos. Mas agora há que democratizar as lideranças, no sentido do reconhecimento e da protecção da diversidade de opinião, que continuam a ser a causa da maioria dos problemas no continente. v 28 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

29 41º Mundial de Hóquei em Patins Angola foi o primeiro país africano a organizar um campeonato Mundial de Hóquei em Patins. As cidades de Luanda e Namibe acolheram a 41ª edição do certame entre 20 e 28 de Setembro de O Presidente angolano inaugurou na Camama, Luanda sul, o Pavilhão Multiusos de Luanda, que acolheu de 20 a 28 de Setembro de 2013, a cerimónia de abertura e o primeiro jogo do 41.º Mundial de Hóquei em Patins, organizado por Angola. Construído por uma empresa angolana e com projecto de arquitectura português, o pavilhão foi erguido em tempo recorde de nove meses e meio e custou 90 milhões de dólares. O Presidente José Eduardo dos Santos, fez o corte da fita. Joaquim Fitas, administrador da construtora, a angolana Omatapalo, disse que a empresa foi criada há 10 anos no Lubango, centro sul de Angola. A Omatapalo congrega a cultura angolana e a focalização exclusiva no mercado angolano, Um mês antes do início da competição era visível a azáfama que se vivia nas cidades anfitriãs, Luanda e Namibe, onde tudo se preparou ao mais infímo pormenor. O Presidente angolano inaugurou o Pavilhão Multiusos de Luanda com o estabelecimento de parcerias ao nível da partilha de competências com empresas portuguesas, salientou, em declarações à imprensa. Embora projectado originalmente para receber o Mundial de Hóquei em Patins, o primeiro a disputar se no continente africano, o pavilhão tem condições para receber outras modalidades, devido às duas bancadas retráteis. Com uma lotação de espectadores, na configuração de hóquei em patins, a área de metros quadrados pode ser maximizada, perdendo lugares, mas passando a ter uma área total de metros quadrados. No interior, além das zonas de restauração e de 21 camarotes, existem ainda vários espaços de trabalho para a imprensa, incluindo salas de redacção e zonas para conferências de imprensa. O pavilhão é enorme sobre todos os números que se consideram: área de implantação, altura, número de espectadores, vão livre (distância da estrutura metálica, sem apoios, entre pilares), que é de 96 metros, e com uma área de jogo que permite a realização simultânea de três jogos de basquetebol, com dimensões de campos como os da NBA, frisou. Uma das originalidades do pavilhão é a mudança nocturna da côr da cobertura exterior, formada por 156 velas metálicas e que são alimentadas por mais de metros de lâmpadas LED. Presidente José Eduardo dos Santos, fez abertura do mundial. Kirro conduziu o ataque da selecção nacional que venceu o jogo folgadamente. Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 29

30 41º Mundial de Hóquei em Patins O Presidente angolano inaugurou o Pavilhão Multiusos de Luanda Pavilhão Welwitschia Mirabílis no Namibe. Recintos O destaque vai para o Pavilhão Arena de Luanda, um dos melhores anfiteatros que a modalidade já viu e que foi o recinto das cerimónias de abertura e encerramento do 41º Campeonato do Mundo de hóquei em patins, com capacidade para albergar espectadores. A cidade do Namibe também tem um novo pavilhão, bastante moderno e de nível mundial. Este recinto tem capacidade para três mil lugares. Numa primeira partida testemunhada pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que declarou aberta a competição, na presença de mais de nove mil espectadores, o combinado nacional orientado por Orlando Graça cedo assumiu o comando do jogo. Kirro conduziu o ataque da selecção nacional que venceu o jogo folgadamente. Anacleto Silva Kirro, mais antigo integrante da selecção, apontou o primeiro golo do campeonato, na sequência de uma jogada individual. Um minuto depois, o avançado João Pinto elevou a vantagem para 2 0. Sem baixar a intensidade imprimida ao ritmo do jogo, João Pinto, assistido por André Centeno, bisou na partida, elevando a contagem para 3 0. Humberto Mendes Big, recém recuperado de uma lesão, apontou o quarto golo, enquanto Martim Payero fixou o resultado em 5 0, números com que as equipas foram para o intervalo. Artur Correia reduziu para a África do Sul, depois do regresso dos balneários, mas coube a João Vieira Johe rubricar o sexto golo de Angola, e Payero o sétimo, enquanto Correia fez o segundo dos sul africanos. Johe deu expressão final ao resultado. Orlando Graça fez alinhar por Angola Tiago Sousa, Pedalé, Kirro, Centeno, Johe, João Pinto, Márcio, Payero, Mamikua e Big, quando pela África do Sul Fernando Maya utilizou Mário Guerra, Artur Correia, Cláudio de Araújo, Leandro Araújo, Sérgio Araújo, Ricardo de Sousa, Diogo Figueiredo, Justino da Costa e Van Tonder. O jogo foi antecedido da entoação do Hino Nacional pelo músico de gospel Celso Mambo, acompanhado por um grupo coral e pelos mais de nove mil espectadores. Pavilhão Multidesportivo do Namibe. Antes, mais de 30 crianças vestidas de vermelho, preto e amarelo tomaram de assalto a pista do Multiusos de Luanda que, a par do Pavilhão Welwitschia Mirabílis no Namibe acolheram até ao dia 28 a festa mundial do Hóquei em Patins. v 30 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

31 41º Mundial de Hóquei em Patins Calendário completo dos jogos do Mundial de Hóquei em Patins Grupo A (Espanha, Brasil, Suíça, Áustria) Grupo B (Argentina, França, Alemanha, Uruguai) Grupo C (Portugal, Chile, ANGOLA, África do Sul) Grupo D (Moçambique, Itália, Colômbia, EUA) CALENDÁRIO COMPLETO Dia 20 / Set (Sexta feira) (CIDADE DE LUANDA) 20:00 Angola África do Sul (Gr. C) Dia 22 / Set (Domingo) (CIDADE DO NAMIBE) 15:00 EUA Colômbia (Gr. D) 16:45 Alemanha Uruguai (Gr. B) 18:30 França Argentina (Gr. B) 20:15 Itália Moçambique (Gr. D) (CIDADE DE LUANDA) 17:45 Brasil Áustria (Gr. A) 19:30 Espanha Suíça (Gr. A) 21:15 Portugal Chile (Gr. C) Dia 23 / Set (Segunda feira) (CIDADE DO NAMIBE) 15:00 Argentina Alemanha (Gr. B) 16:45 Uruguai França (Gr. B) 18:30 Moçambique EUA (Gr. D) 20:15 Colômbia Itália (Gr. D) (CIDADE DE LUANDA) 15:00 Suíça Brasil (Gr. A) 16:45 Áustria Espanha (Gr. A) 18:30 África do Sul Portugal (Gr. C) 20:30 Chile Angola (Gr. C) Dia 24 / Set (Terça feira) (CIDADE DO NAMIBE) 15:00 França Alemanha (Gr. B) 16:45 Argentina Uruguai (Gr. B) 18:30 Colômbia Moçambique (Gr. D) 20:15 EUA Itália (Gr. D) (CIDADE DE LUANDA) 16:00 África do Sul Chile (Gr. C) 17:45 Suíça Áustria (Gr. A) 19:30 Espanha Brasil (Gr. A) 21:15 Angola Portugal (Gr. C) Dia 26 / Set (Quinta feira) (CIDADE DO NAMIBE) 15:00 3º A 4º B 16:45 3º B 4º A 18:30 3º C 4º D 20:15 3 D 4º C (CIDADE DE LUANDA) Fase final (1º 8º classificado) 14:30 1º A 2º B 16:30 2º A 1º B 18:30 1º C 2º D 20:30 1º D 2º C Dia 27 / Set (Sexta feira) (CIDADE DO NAMIBE) 15:00 derr. 25 derr :45 derr. 26 derr :30 venc. 25 venc :15 venc. 26 venc. 27 (CIDADE DE LUANDA) 15:15 derr. 29 Derr :15 derr. 30 derr :15 venc. 29 venc :15 venc. 30 venc. 31 Dia 28 / Set (Sábado) (CIDADE DO NAMIBE) 9:00 derr. 33 derr. 34 (15º e 16º) 10:45 venc. 33 venc. 34 (13º e 14) 12:30 derr. 35 venc. 36 (11º e 12º) 14:15 venc. 35 venc. 36 (9º e 10º) (CIDADE DE LUANDA) 15:15 derr. 37 derr. 38 (7º e 8º) 17:15 venc. 37 venc. 38 (5º e 6º) 19:15 derr. 39 derr. 40 (3º e 4º) 21:15 venc. 39 venc. 40 (1º e 2º) Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 31

32 Actividade Diplomática P R O G R E S S A N D P E R S P E C T I V E S Acto Central do 20º Aniversário Estabelecimento de relações Político Diplomáticas Angola EUA Angola e Estados Unidos da América assinalaram, a 19 de Maio de 2013, o vigésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, sob signo da diversificação da cooperação. Fotos: Cortesia do Consulado Geral de Angola em Houston, Texas. acto central da celebração da O efeméride, nos EUA, decorreu na cidade de Houston, Texas. Presentes ao acto, para além de individualidades parceiras, representantes de associações comunitárias e diplomatas, honraram o evento com a sua presença, Botelho de Vasconcelos, Ministro dos Petróleos que participou na Conferência anual da OTC, o Embaixador de Angola nos EUA, Alberto Ribeiro e a Cônsul Geral de Alberto Ribeiro, Embaixador de Angola nos EUA, corta a fita e inaugura exposição fotográfica alusiva à data na presença de Botelho de Vasconcelos, Ministro dos Petróleos. Angola em Houston, Júlia Machado. No evento foram destacados o crescimento dos laços comerciais e o relacionamento inter governamental, além da aproximação entre os respectivos cidadãos. Com efeito, desde o reconhecimento do Governo angolano, por parte dos Estados Unidos da América, a cooperação bilateral passou da diplomacia do petróleo a outras áreas, o que tem contribuído para o desenvolvimento do nosso país, hoje considerado parceiro estratégico. Ao longo destes anos há a registar a visita, a Angola, da então secretária de Estado Hillary Clinton, a qual serviu para o reforço da cooperação e demonstração de mais abertura da maior potência do mundo a um dos países que tem registado no continente africano, passos significativos rumo ao desenvolvimento. O reconhecimento de Angola como Nação soberana permitiu a celebração, pela primeira vez, de relações diplomáticas formais, depois do corolário das primeiras eleições multipartidárias em território angolano, em Setembro de 1992, consideradas livres e justas pela comunidade internacional. Dos anos 90 a esta parte, as relações foram se estreitando se, cada vez mais, e Angola passou a integrar o lote dos parceiros dos EUA, com destaque na exploração e comércio de petróleo, nos sectores da educação e da saúde, neste particular, com a inversão de milhares de dólares no combate à malária e VIH/Sida, sem descurar os aspectos da segurança geo regionais e mundial. Estas relações têm conhecido relevância estratégica a nível do concerto das nações, devido à experiência de ambos os Estados na defesa da soberania e integridade territorial, bem como a definição clara das 32 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

33 Actividade Diplomática Embaixador Alberto Ribeiro e Ministro Botelho de Vasconcelos visitaram a exposição fotográfica. suas políticas internas e externas em prol do progresso mundial. Assim mesmo, o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, advogou maior aproximação no plano político e estratégico com os Estados Unidos da América, realçando a necessidade de um novo impulso ao acordo sobre questões do comércio e investimento (TIFA), existente entre os dois países, através do qual a maior potência económica mundial poderá contribuir, sobremaneira, para alavancar o desenvolvimento multifacético de Angola. O governante apontou que as autoridades dos EUA têm expressado vontade de aprofundamento da sua cooperação, nos termos dos compromissos firmados, que de resto, é também apanágio do Executivo angolano, personificado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Angola pretende, neste particular, a colaboração dos EUA em questões relacionadas com a consolidação da paz em Angola, e em África no geral, como premissa para a manutenção de Estados dotados de instituições fortes, capazes de promover o relançamento do bem estar das suas populações. De acordo com Georges Chikoti, é desejável uma cooperação mais profícua nas mais diversas áreas. Gala Celebração. Momento cultural com Grupo Batoto Yetu. Outrossim, as autoridades americanas consideram as relações entre a República de Angola e os Estados Unidos da América assentes nos laços de povo para povo, realçando que, além de congregações religiosas, outras ONGs americanas, particularmente dedicadas à ajuda humanitária e que prestaram serviços ao país durante a guerra, continuam a colaborar com importantes parceiros da sociedade civil local. No concernente a investimentos comerciais, lembraram na ocasião, que companhias dos EUA operam no país há várias décadas e muitas permaneceram durante os difíceis anos de guerra civil, forjando fortes laços com o governo angolano. Estas e outras razões configuram a estratégia da parceria bilateral. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 33

34 Actividade Diplomática Dia Internacional da Mulher celebrado em Washington, D.C. Diplomatas nos EUA, celebraram o Dia Internacional da Mulher As mulheres diplomatas em missão na Embaixada de Angola nos Estados Unidos da América ( EUA) organizaram uma jornada sócio cultural para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março de 2013), juntamente com os seus colegas. O evento foi aberto pela ministra conselheira da Missão Diplomática, Sofia Pegado, e teve como anfitriã a embaixatriz de Angola nos EUA, Maria Odete Ribeiro. Na oportunidade, a diplomata falou sobre a origem e importância histórica do Sofia Pegado, Ministra Conselheira. Dia Internacional da Mulher, oficializado em 1975, pela ONU, como um reconhecimento à luta por direitos iguais. Este dia não é apenas marcado como uma data comemorativa, mas sobretudo pela reflexão que visa a diminuição do preconceito, disse. Durante o evento, foi realizada uma palestra sob os temas Gestão da Família como manter os valores angolanos na sociedade americana e Bullying nas escolas, existência e Impacto sobre os filhos dos diplomatas, ministrados pelas especialistas Graça Cruz e Malú Costa. O bullying, um fenómeno que tem assumido na sociedade dos EUA proporções muito evidentes, baseia se na violência verbal e física. Por: Laurinda Santos Combinando as suas tarefas diárias de trabalho, a vida familiar e o desejo de ir mais longe e ser mais útil para o nosso país, Silvia, decidiu completar a sua educação superior. Não foi nada fácil, mas eu consegui, e estou muito feliz, disse-nos sorridente. Parabéns à colega Sílvia Cruz! A parte cultural abrangeu a actuação da cantora angolana Ivette Galiano, declamação de poesia, passagem de modelos de trajes africanos, da estilista Sifa (SL Fashion Design), e a exibição do grupo Africa Sensuality. A actividade contou com a presença da representante de Angola no Conselho de Administração do Banco Mundial como directora executiva suplente, Ana Dias Lourenço, e da representante comercial de Angola nos Estados Unidos da América, Ana Beatriz Costa. v A vida é feita de realizações! Nunca diga nunca! Dra. Sílvia Cruz, uma mulher na linha de frente! Perseverança, tenacidade e coragem são as palavras-chave para apresentar a todos vós, uma mulher que colocou acima de tudo a sua educação, a pensar no futuro. O seu nome é Sílvia Cruz, diplomata em missão na Embaixada de Angola nos EUA. Dra. Sílvia Cruz e colegas da Universidade. Curso: Adminitração de Negócios (Doutoramento) Local: FLORIDA CHRISTIAN UNIVERSITY, em Orlando Tese: O Impacto da Motivação profissional na Embaixada de Angola em Washington, D.C. Dra. Sílvia Cruz e Dr. Augusto Kuri, um escritor Brasileiro de renome internacional. Dra. Sílvia Cruz e membros do Conselho Directivo da Universidade. A cerimónia de graduação teve lugar no dia 7 de Dezembro de 2013, no Centro de Convenções do Rosen Shingle Creek Hotel, em Orlando, Estado americano da Florida. v Centro de Convenções Rosen Shingle Creek Hotel, Orlando, Florida. 34 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

35 Actividade Diplomática Embaixada de Angola celebrou o Dia da Independência com um acto de confraternização A Embaixada de Angola nos Estados Unidos da América realizou no dia 15 de Novembro de 2013, nas suas instalações, um acto de confraternização para celebrar o Dia da Independência nacional no qual estiveram presentes os diplomatas e funcionários em geral, bem como representantes da associação da comunidade Angolana residente na zona metropolitana de Washington. Na breve alocução de abertura do evento, a ministra conselheira, Sofia Pegado, em nome do Embaixador de Angola nos EUA, Alberto Ribeiro, enfatizou a importância da efeméride maior de Angola, rendendo homenagem aos muitos filhos de Angola, que deram o melhor de si e derramaram o seu precioso sangue, para que hoje o país se tornasse um Estado soberano e independente no concerto das nações. A diplomata, enfatizou igualmente, as conquistas alcançadas por Angola, em trinta e oito anos de independência e as acções do Executivo em prol da reconstrução nacional, visando a erradicação da pobreza e a estabilidade política e macro económica do país, nestes onze anos de Paz. O programa da cerimónia, incluiu um momento cultural onde foram declamados poemas alusivos à data, da autoria de jovens Angolanos residentes nos EUA. Os presentes assistiram á actuação do grupo Ollavar, constituído por jovens Americanos que se dedicam á promoção da dança Kizomba, oriunda do nosso país. Durante a cerimónia os presentes assistiram igualmente ao vídeo Bem vindos à Nova Angola, com imagens sobre o processo de reconstrução de infra estruturas em curso no país, enfatizando os sectores da agricultura, construção, transportes, educação, saúde, energia, mineração, e outros enpreendimentos sócio económicos, dando igualmente realce ao potencial hídrico e turístico de Angola, recursos muito importantes que o país possui e que têm contribuído para o crescimento da nossa economia. Honraram o evento com a sua presença, a Embaixatriz de Angola nos EUA, Maria Odete Ribeiro, Ana Dias Lourenço, representante de Angola no Conselho Executivo do Banco Mundial, como Directora Executiva suplente da 25.ª constituência, Eduardo Neto, Adido de Defesa em exercício, bem como os representantes Comercial e da ANIP nos EUA, nomeadamente Ana Beatriz e Hamilton Costa. Ao som da nossa música os participantes ao evento, degustaram pratos da culinária Angolana. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 35

36 Actividade Diplomática Feliz Natal e Próspero Ano Novo! O Embaixador de Angola nos Estados Unidos da América, desejou ao colectivo de funcionários da Missão Diplomática, no dia 6 de Dezembro de 2013, os seus melhores votos de uma quadra festiva Feliz. A actividade teve lugar nas instalações da embaixada e nela estiveram igualmente presentes representantes da Cancelaria de Defesa, a representante Comercial, o representante da ANIP e o seu respectivo staff. Ao abrir o evento de confraternização, o diplomata teceu breves palavras sobre os esforços empreendidos por todos os funcionários e agradeceu a todos pelo seu empenho, dedicação e trabalho de equipa. O embaixador de Angola nos EUA, considerou 2013 um ano positivo, em jeito de balanço, de acordo com as metas preconizadas. No espírito da quadra festiva, Alberto Ribeiro, desejou em seu nome e no da sua família a todos os funcionários uma quadra festiva Feliz e um Ano Novo repleto de Prosperidade, Saúde e muita Paz! v Embaixador Alberto Ribeiro e Sofia Pegado, Ministra Conselheira. Embaixador Alberto Ribeiro e Ana Beatriz Costa, Representante Comercial de Angola nos EUA. Sofia Pegado, Ministra Conselheira saúda diplomata. Embaixador Alberto Ribeiro e Alcina Paquete, funcionária da ANIP. Diplomatas e funcionários da Embaixada. Embaixador Alberto Ribeiro e funcionário da Chancelaria de Defesa. 36 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

37 Beleza Eleita Miss Angola EUA 2014 Fotos de: Palava Hut A estudante de Arquitectura na Universidade da Califórnia (EUA) Severina Júnior foi eleita Miss Angola EUA 2014, numa cerimónia que teve lugar no Warner Theater, em Washington, D.C. As participantes nesta segunda edição do concurso Miss Angola nos EUA dominaram a passerelle em trajes tradicional, fatos de banho e de noite, com destreza e glamour, numa autêntica manifestação da cultura e beleza angolanas. De recordar que as sete candidatas, jovens estudantes angolanas nos EUA representaram os Estados de Maryland, Pennsylvania, Massachusetts, Texas, Maine e California. Vaumara Rebelo, que representou o nosso país no Concurso Miss Universo 2013, após um mandato de um ano, passou assim a corôa à Miss Angola EUA 2014 Severina Júnior. Honrou o evento com a sua presença, Maria Odete Ribeiro, embaixatriz de Angola nos EUA, que coroou as primeira e segunda damas de honra nomeadamente, Ilda Lopes e Faurizania Andrade, candidatas provenientes dos Estados de Maine e Massachusetts, respectivamente. O evento que elegeu no ano passado, na sua primeira edição, a jovem Vaumara Rebelo, que posteriormente viria a arrebatar em Luanda a corôa no Concurso Miss Angola 2013, contou com a animação dos músicos angolanos e cabo verdeano, residentes nos EUA Coola Bacardi, Ivette Galiano, Helder Lopez, Vivalda Dula e Toy Pinto. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 37

38 Banco Mundial FMI Reuniões anuais de Outono do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional Uma delegação de alto nível do Governo angolano, chefiada por Armando Manuel, ministro das Finanças, participou, de 11 a 13 deste mês, em Washington, nas reuniões de Outono do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Armando Manuel, Ministro das Finanças. As organizações de Bretton Woods, Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI) reúnem anualmente os bancos centrais, ministros das finanças e desenvolvimento, executivos do sector privado e académicos para discutir questões de interesse global, incluindo o Panorama Económico Mundial (World Economic Outlook), erradicação da pobreza, desenvolvimento económico e eficácia da ajuda. As reuniões ocorrem antes das reuniões do Comité Monetário e Financeiro Internacional, o Comité de Desenvolvimento, o Grupo dos Vinte e Quatro, e outros grupos de membros. O evento internacional englobou, na sua agenda, actividades como seminários, palestras regionais, conferências de imprensa, entre outras, voltadas para a economia global, desenvolvimento internacional e sistema financeiro mundial. Estas reuniões visam, entre outros objectivos, ajudar os participantes a potenciarem o recente crescimento do continente africano no sentido de acelerar o progresso rumo ao alcance das metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs). Em 2013, as reuniões anuais incluiram um dia de sessões plenárias, durante as quais os governadores de bancos abordaram questões de negócios e fizeram consultas entre ambos. As reuniões anuais servem igualmente para que os Conselhos de Governadores tomem decisões sobre como deve ser abordado o estado actual das questões monetárias internacionais e, consequentemente, para aprovar resoluções correspondentes. Elas são presididas por um Governador do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A presidência é rotativa anualmente entre os membros. A cada dois anos, é eleita a Direcção Executiva e anualmente são admitidos novos membros para o Banco Mundial e FMI. A delegação angolana foi chefiada por Armando Manuel, ministro das Job Graça, Ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial. Finanças e integraram a mesma Job Graça, ministro do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, Leonel Felisberto da Silva, secretário de Estado do Tesouro, o governador e vice governador do Banco Nacional de Angola, respectivamente, José de Lima Massano e Ricardo de Abreu. Integraram ainda a delegação angolana, Teodoro da Lima Paixão Franco, então PCA do BDA, Augusto Archer de Sousa Mangueira, Presidente da Comissão de Mercado de Capitais de Angola, Angélica Eugénia Calembe Paquete, Directora da Unidade de Gestão da Dívida Pública, além de Ana Dias Lourenço, que representa Angola no Conselho Executivo do Banco Mundial, como Directora Executiva suplente da 25.ª Constituência. v 38 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

39 BPA Conferência Banco Privado Atlântico em Washington, D.C. Paralelamente às reuniões anuais de Outono do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, o Banco Privado Atlântico, realizou no dia 11 de Outubro de 2013 uma Conferência em Washington, subordinada ao título Angola Conquistas e Perspectivas, na qual foi orador principal José de Lima Massano, Governador do Banco Nacional de Angola. Angola está preparada para o investimento internacional A economia de Angola está rapidamente a tornar se uma das mais vibrantes em toda a África, afirmou o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, em Washington, no âmbito de uma conferência internacional promovida pelo Banco Privado Atlântico. Para o governador, Angola é uma economia estável e está preparada para o investimento internacional. José de Lima Massano, Governador do BNA. Angola é um país em construção. Muito tem feito para criar a estabilidade macro económica e promover o Jim O Neill. crescimento, disse o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, ao intervir como principal orador numa actividade organizada pelo Banco Atlântico em Washington, D.C., no Willard Intercontinental Hotel, enquanto decorriam as reuniões anuais de Outono 2013 do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Fizemos reformas monetárias e estruturais significativas que posicionam a nossa economia para o investimento internacional e desenvolvimento económico. Ainda enfrentamos desafios, mas estamos determinados a transformar esses desafios em oportunidades para a nossa nação. A hora é agora e o lugar é Angola. Alberto Ribeiro, Embaixador de Angola nos EUA e Ana Dias Lourenço. A economia de Angola é uma das mais dinâmicas de África, com um PIB nominal de 118,7 mil milhões de dólares e taxas de crescimento anuais médias de 9% entre 2003 e Para além do governador José Lima Massano, Jim O Neill, ex presidente do Goldman Sachs Asset Management (GSAM ), foi um panelista de destaque, na actividade que serviu to show case a República de Angola. Jim O Neill concentrou a sua intervenção na análise do estado actual dos mercados emergentes em todo o mundo, a relação entre a China e os Estados Unidos e o que isso significa para a África. O Neill observou que Angola tem demonstrado maiores melhorias económicas que os seus concorrentes africanos e está pronta para continuar o crescimento e estabelecer a sua posição como a principal economia, devido à contínua expansão e diversificação no mercado não petrolífero. Presentes ao evento estiveram Alberto Ribeiro, Embaixador de Angola nos EUA e Ana Dias Lourenço, que representa Angola no Conselho Executivo do Banco Mundial, na 25ª Constituência, como Directora Executiva suplente, para além de homens de negócios e outras individualidades. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 39

40 Estado da Nação 15 Setembro 2013 Abertura da 2ª Sessão Legislativa da III Legislatura Fernando da Piedade Dias dos Santos, Presidente da Assembleia Nacional. Íntegra Discurso do Presidente José Eduardo dos Santos Senhor Presidente da Assembleia Nacional, Senhores Deputados, Ilustres Convidados, Caros Compatriotas, Estou aqui para falar vos sobre o Estado da Nação, como determina a Constituição, e vou começar usando uma frase que todos dizem. A situação do país é estável e a paz está a consolidar se. Os angolanos estão a trabalhar seriamente para recuperar o tempo perdido durante a guerra, vencer as dificuldades e melhorar as condições em que vivem. Têm todos um destino comum e valores, princípios e objectivos consensuais inscritos na Constituição da República, em que se revêem, mas nem sempre definem os mesmos caminhos e têm os mesmos métodos. No momento actual não é fácil compreender todas as soluções achadas pelo Governo neste período de transição para o Estado social e a economia de mercado. Há quem pense que o crescimento e desenvolvimento social a diferentes velocidades de vários segmentos sociais seja uma política deliberada para perpetuar a injustiça social. Não é assim. Este é apenas um fenómeno inerente a este período de A situação do país é estável e a paz está a consolidar se. transição, em que a Nação precisa de empresários e investidores privados nacionais fortes e eficientes para impulsionar a criação de mais riqueza e emprego. Esta situação cria, naturalmente, a estratificação da sociedade, isto é, o surgimento de novas classes sociais. No entanto, eu tenho fé que a esperança que se renova todos os dias e a confiança na construção de um futuro melhor para todos são fortes e serão o denominador comum que continuará a cimentar a unidade necessária à consolidação da Nação angolana e à construção da nova sociedade democrática, inclusiva e próspera. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, Dizem alguns teóricos que a economia é a base e as instituições políticas são a super estrutura e tem de haver uma relação dialéctica entre as duas. Cuidar da economia, da sua gestão e desenvolvimento e da partilha justa dos seus resultados é uma condição indispensável para se assegurar a estabilidade política e o crescimento do bem estar social. Ora, Angola está integrada na economia internacional e sofre os efeitos dos seus constrangimentos. A evolução recente da economia mundial foi marcada pela revisão em baixa das perspectivas do seu crescimento, justificada por um crescimento moderado que se verifica nas economias emergentes (BRICS) e pelo contínuo estado de crise da economia europeia, que se traduziu na redução em 0,2 por cento da projecção do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Assim, o Fundo Monetário Internacional estimou, no passado mês de Junho de 2013, o crescimento do PIB mundial em 3,1 por cento, ao contrário da projecção de 3,3 por cento feita dois meses antes, alertando para os enormes riscos ainda pendentes sobre o sistema financeiro internacional. A redução do crescimento dessas economias tem por base a diminuição da procura externa e do preço de algumas mercadorias e produtos de base. No plano interno, a nossa economia foi afectada pela severa estiagem ocorrida ao longo de todo o ano de 2012 em 14 das 18 províncias do país. Como consequência da seca, a produção da energia hidroeléctrica evoluiu a um ritmo de 10,4 por cento, muito inferior ao previsto, que era de 23,9 por cento. Por outro lado, o sector petrolífero cresceu apenas 5,6 por cento, muito abaixo das estimativas que apontavam para 17,7 por cento, e a má gestão da dívida do Estado para com as empresas privadas levou à redução ou paralisação da actividade de muitas delas e a uma certa estagnação económica. Esta situação, aliás, levou à alteração da direcção dos ministérios das Finanças e da Construção. O Executivo teve assim de enfrentar os riscos decorrentes destas situações no caminho para a concretização dos grandes objectivos, que visam consolidar a paz, reforçar a democracia, preservar a unidade nacional, promover o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida dos angolanos. Tendo em linha de conta o contexto internacional e interno, o Executivo tem sido prudente e rigoroso na gestão das Finanças Públicas. 40 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

41 Estado da Nação A recente evolução do quadro macroeconómico da economia nacional exprime a permanência desse rigor, que nos levou a introduzir reajustamentos na estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A projecção do crescimento da economia em 2013 passou para 5,1 por cento, em vez dos 7,1 por cento previstos no Plano Nacional de Desenvolvimento Senhores Deputados, Caros Compatriotas, O sucesso da nossa política económica tem sido a consolidação fiscal, que começámos a implementar desde 2009 e que implica uma correcta articulação entre as medidas de política fiscal e de política monetária, uma gestão mais parcimoniosa das despesas públicas e o investimento nas infra estruturas que constituem a alavanca para o aumento da competitividade da produção não petrolífera e para o desenvolvimento do sector nacional privado. Neste contexto, a inflação acumulada dos oito primeiros meses do ano de 2013 é de 5,38 por cento, uma diminuição quando comparada com os 5,42 por cento observados no mesmo período de As taxas de juro mantiveram se estáveis. Embora as taxas de juro activas permaneçam demasiado elevadas, convém assinalar que a moeda nacional se manteve estável e assim se espera que continue, com a plena aplicação do novo regime cambial para o sector petrolífero e dos novos procedimentos para a realização de operações cambiais de invisíveis correntes. As Reservas Internacionais Líquidas do país, no mês de Outubro, situam se em 33,4 mil milhões de dólares americanos, o que representa um incremento de 9,3 por cento em relação ao final do ano passado. O crédito à economia cresceu 4,3 por cento, tendo o seu stock atingido 2 mil e 779 milhões de Kwanzas. De facto, o grande objectivo da política económica para a presente legislatura consiste na promoção da diversificação da nossa economia, por forma a tornar o nosso processo de desenvolvimento menos vulnerável e mais sustentável. Por essa razão, concebemos os programas e projectos estruturantes prioritários, o quadro da despesa pública de desenvolvimento de médio prazo e o respectivo sistema de monitoria. A nossa intenção é concluir até princípios de 2016 os principais projectos dos sectores da energia e águas e o programa de reabilitação das vias secundárias e terciárias e de construção das estruturas de plataforma logística e de apoio ao comércio rural, por forma a criar as condições para o incremento do investimento privado na produção de bens e serviços com vantagens competitivas e para o aumento do emprego. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, O país conseguiu avanços consideráveis também na redução da pobreza. O Programa Municipal Integrado de Desenvolvimento Rural e Combate à Pobreza é o maior programa de inclusão social do país, implantado em todos os municípios desde O Governo pretende alcançar agora percentagens abaixo dos 35 por cento, contra os 65,6 por cento de De entre outras acções, a implementação do seu programa Ajuda para o Trabalho e o acesso a produtos básicos essenciais subvencionados pelo Estado vão beneficiar, numa primeira fase, 200 mil famílias em 80 municípios. Nas fases posteriores, esse número vai crescer significativamente. Os grandes desafios para os próximos tempos serão a passagem do mercado informal para o formal e a resposta adequada a dar à procura no domínio da habitação social. Quanto aos dados estatísticos, presentemente 52 por cento da população rural tem acesso a água potável, 48 por cento ao saneamento básico, que inclui a rede de esgoto e fossa séptica; 25 por cento a electrificação rural, através de fontes alternativas, como geradores e painéis solares; 61 por cento aos serviços municipalizados de saúde; 79 por cento das crianças têm acesso ao ensino primário e 48 por cento beneficiam de merenda escolar. Nos próximos tempos, os nossos esforços serão direccionados para a melhoria da qualidade do ensino a todos os níveis, fundamentalmente no ensino primário e secundário. Hoje temos 7,4 milhões de alunos matriculados em todos os níveis de ensino não universitário, dos quais 5,1 milhões no ensino primário e 2,3 milhões no ensino secundário. O número de professores é de 278 mil, dos quais 153 mil no ensino primário e iniciação e 125 mil no secundário. Com vista a melhorar a qualidade do ensino de base, o Estado vai empreender acções para melhorar a formação de professores. No Ensino Superior ocorreu um rápido alargamento da oferta pública e privada em todo o território nacional. No segundo trimestre de 2013 estavam matriculados 198 mil e 700 estudantes, o que ultrapassa em 8,8 por cento a meta fixada para este ano. A grande prioridade a este nível terá de ser também uma clara melhoria da qualidade do ensino ministrado e que o mesmo responda às necessidades do país, conforme previsto no Plano Nacional de Formação de Quadros. Verifica se, com efeito, que o alargamento da oferta não tem privilegiado áreas cruciais para o desenvolvimento do país, designadamente nas engenharias e tecnologias, nas ciências da vida e nas ciências agrárias. São áreas que exigem maior investimento por estudante, mas que são indispensáveis. O alargamento da oferta tem privilegiado, no entanto, as áreas de menor investimento e não se justificam por isso as propinas tão elevadas que o sector privado cobra neste momento. Foi já elaborado um diagnóstico sobre a situação do Ensino Superior que prevê a breve prazo medidas e soluções para os problemas identificados. Paralelamente, prossegue a implementação do Sistema Nacional e da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação, bem como a criação da Rede Nacional de Instituições de Investigação Científica, Tecnológica, públicas e privadas, existindo 28 unidades de investigação e desenvolvimento, que abrangem mil e 200 investigadores e mil e oito técnicos auxiliares de investigação. O Plano Nacional de Emprego e Formação Profissional, em preparação, é um outro instrumento estratégico de grande relevância para o futuro do país, em particular da nossa Juventude, para o qual queremos dedicar recursos adequados, garantindo assim prioridade à inserção dos jovens e dos quadros nacionais na vida económica e social. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, No sector da Saúde, procedeu se à elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário e realizaram se campanhas de vacinação em todo o país contra diversas enfermidades. A rede sanitária cresceu imenso e abrange praticamente todas as localidades. Também aumentou significativamente o número Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 41

42 Estado da Nação Abertura da 2ª Sessão Legislativa da III Legislatura e qualidade dos profissionais do sector, mas reconhecemos que isso ainda não é suficiente. São necessários esforços para atendermos à procura e, sobretudo, para contermos a propagação das grandes endemias que persistem no país e que provocam anualmente milhares de vítimas. Reconhecemos também que em relação ao VIH/SIDA, apesar do tratamento anti retroviral já ter alcançado mais de 42 mil e 600 pessoas, o que representa um crescimento de mais de 55 por cento desde 2010, importa alcançar todas as mulheres grávidas seropositivas e garantir através do corte vertical que as crianças não sejam infectadas ao nascer. Devemos regular e continuar as campanhas de educação para melhorar a qualidade do atendimento nos hospitais públicos. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, No centro da política do Governo também se inscrevem as questões ambientais. Por essa razão destacamos a aprovação do Plano Nacional de Combate à Seca e Desertificação e as várias campanhas de educação, sensibilização e consciencialização ambiental da cidadania. Os progressos rápidos que atingimos no domínio da Reconstrução Nacional e da normalização da vida das populações em todo o país, deve se em grande medida também ao trabalho de desminagem. Esse trabalho permitiu proceder à limpeza de engenhos explosivos numa área de 6,2 milhões de metros quadrados e a desminagem, só nos últimos meses, de 112 quilómetros de estrada e de 486 quilómetros de linha de transporte de energia eléctrica de alta tensão. Merecem uma palavra de apreço e reconhecimento todas as pessoas que estão envolvidas nesta grande tarefa e que têm dado a sua contribuição, pondo em risco as suas próprias vidas. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, No contexto africano, queremos afirmar nos como um país do desporto. As recentes vitórias alcançadas ao nível do basquetebol, feminino e masculino, e do andebol feminino, não foram conseguidas por mero acaso. São o fruto de um trabalho abnegado feito com sacrifício. Nós temos potencial para ir mais longe. Vamos ajustar a nossa Estratégia de Desenvolvimento Nacional do Desporto à nova realidade, definindo melhor os objectivos, os programas específicos e as metas a atingir a médio prazo pelas diferentes federações, nas modalidades e disciplinas que tutelam, por forma a promover e fortalecer o desporto recreativo, escolar, amador e profissional e a estabelecer se um sistema adequado de formação de agentes desportivos e professores de educação física e desportos ou de motricidade humana. Por outro lado, a nossa política cultural vai ser igualmente reajustada e revitalizada na sua execução para maior valorização do livro e incentivos à leitura, para a realização de actividades culturais regulares nos municípios, províncias e a nível nacional, tanto no domínio do folclore e do artesanato como no das manifestações de cultura popular e erudita. Precisamos nesta área de criar também com urgência os estabelecimentos de formação básica, média e superior para facilitar o acesso ao conhecimento científico e técnico dos cidadãos. Devemos promover também a projecção regional e internacional das nossas figuras de destaque no domínio cultural e o registo e reconhecimento internacional dos bens culturais materiais e imateriais que simbolizam a nossa identidade. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, Não estaríamos aqui e não estaríamos onde estamos hoje se não houvesse antes de nós e mesmo nos nossos dias, cidadãos que, tendo consciência do seu dever patriótico, deram o melhor de si para a libertação do nosso país. Peço que continuemos a prestar e devida atenção aos nossos antigos combatentes e veteranos de guerra, que são o exemplo vivo da nossa coragem, determinação e sentido do dever. Devemos reconhecer o seu papel na edificação da nossa Pátria livre e independente e apelar a toda a sociedade para que nunca se esqueça dos sacrifícios por eles consentidos. Hoje estão identificados a nível nacional 159 mil e 75 beneficiários do Regime de Protecção Especial do Estado, dos quais 44 por cento são antigos combatentes, 16 por cento deficientes de guerra, 32 por cento órfãos e 8 por cento viúvas de combatentes e ascendentes. Dos diferentes processos de paz que ocorreram no país temos 288 mil 816 desmobilizados. Foram pagas as pensões que estavam em atraso e estão definidos vários programas de formação profissional e de reinserção social e produtiva, para o enquadramento dos que ainda não foram contemplados. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, Afirmou um sábio que uma revolução vale algo quando se sabe defender. Para o nosso país manter a sua soberania e integridade territorial tem de ter capacidade suficiente para se defender. Assim, está em curso a implementação de uma política de modernização que visa melhorar a qualidade e a capacidade técnica, operacional, logística e de infra estruturas das Forças Armadas Angolanas, bem como a qualificação técnica e profissional dos seus recursos humanos e a melhoria das suas condições de vida. Está igualmente em curso a revisão da legislação fundamental sobre Segurança e Ordem Interna, com o objectivo de se aprimorar e reforçar a segurança pública, a integridade e controlo das fronteiras nacionais e o combate à criminalidade. Neste capítulo, não descuramos a melhoria das condições dos reclusos, cujos direitos humanos devem ser respeitados, a fim de os recuperarmos como cidadãos úteis à sociedade. A situação de segurança é assim, na generalidade, estável e normal. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, Reconhecemos que nas actuais condições é inquestionável a 42 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

43 Estado da Nação importância da institucionalização do poder autárquico. Neste sentido, o Executivo tem vindo a implementar várias iniciativas, no sentido de contribuir para a definição das políticas públicas relativas à administração local e autárquica, com o objectivo de apoiar a sua implementação. É evidente que uma grande parte da tarefa compete a esta Casa das Leis e o Executivo continuará a dar apenas a sua contribuição. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, No plano internacional, a realidade dos factos tem demonstrado que o uso da força ou a ameaça de assim proceder se está a tornar numa perigosa cultura política que em nada tem contribuído para se acabar com a violência. É necessário, portanto, que os Estados façam prova de contenção e capacidade de diálogo, tendo em vista a necessidade da manutenção da paz e da segurança internacionais. Angola tem reafirmado na sua política externa o primado do respeito pela ordem constitucional e a resolução pacífica dos conflitos e diferendos, em especial no nosso continente, onde ainda prevalecem situações preocupantes no Mali, na República Centro Africana, no Sudão e Sudão do Sul, na Somália, em Madagáscar, na Guiné Bissau e na República Democrática do Congo. A República de Angola vai continuar a integrar as equipas da União Africana e da SADC que observam e acompanham os processos eleitorais em África, em particular nos países da nossa sub região, dando relevo à nova cultura do Estado Democrático de Direito e de legitimação do poder pela via eleitoral. Angola pretende desempenhar um papel primordial no combate e prevenção de todos os fenómenos negativos e criminosos e aposta por isso no reforço da segurança marítima do Golfo da Guiné. O nosso país continuará a ser um membro activo da União Africana, da SADC, da CEAC e da CPLP e apresentou a sua candidatura a Membro Não Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2015/2016. No plano bilateral, Angola tem relações estáveis com quase todos os países do mundo. Com muitos deles tem uma cooperação económica crescente e com benefícios recíprocos. O nosso país tornou se um destino turístico e de investimento estrangeiro porque o seu prestígio e a confiança dos seus parceiros está a crescer. Só com Portugal, lamentavelmente, as coisas não estão bem. Têm surgido incompreensões ao nível da cúpula e o clima político actual, reinante nessa relação, não aconselha a construção da parceria estratégica antes anunciada! Senhores Deputados, Caros Compatriotas, No horizonte desta legislatura e do Plano Nacional de Desenvolvimento a ideia central do Governo é Estabilidade, Crescimento e Emprego. Sem estabilidade económica, política, social e institucional, não haverá crescimento económico sustentado e sem este não aumentará o emprego nem a riqueza e os rendimentos dos cidadãos e das famílias. Na promoção e consolidação da paz, da reconciliação nacional e da democracia, que são os fundamentos da estabilidade política, é indispensável a participação de todos, independentemente das suas origens, ideias e convicções políticas e crenças religiosas. Só assim contribuiremos para o progresso e reforço das instituições e da democracia participativa. No sentido de moralizar a nossa sociedade, fazendo prevalecer os princípios e os valores que integram a nossa cultura, o Executivo está a implementar as normas internacionais sobre o branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e dará passos no sentido da introdução no ordenamento jurídico angolano da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção e da criação do Instituto Nacional da Luta contra as Drogas, que poderão facilitar as medidas para prevenir e combater de forma mais eficaz e eficiente os efeitos destes fenómenos, de dimensão universal. Neste processo de luta contra a corrupção, há uma confusão deliberada feita por organizações de países ocidentais para intimidar os africanos que pretendem constituir activos e ter acesso à riqueza, porque de um modo geral se cria a imagem de que o homem africano rico é corrupto ou suspeito de corrupção. Não há razão para nos deixarmos intimidar. A acumulação primitiva do capital nos países ocidentais ocorreu há centenas de anos e nessa altura as suas regras de jogo eram outras. A acumulação primitiva de capital que tem lugar hoje em África deve ser adequada à nossa realidade. A nossa lei não descrimina ninguém. Qualquer cidadão nacional pode ter acesso à propriedade privada e desenvolver actividades económicas como empresário, sócio ou accionista e criar riqueza pessoal e património. O cidadão estrangeiro pode criar empresas de direito angolano e integrar se na economia nacional. Um simples levantamento dos resultados das empresas americanas, inglesas e francesas no sector dos petróleos ou das empresas e bancos comerciais com interesses portugueses em Angola mostrará que eles levam de Angola todos os anos dezenas de bilhões de dólares. Por que é que eles podem ter empresas privadas dessa dimensão e os angolanos não? As campanhas de intimidação que referi antes são feitas persistentemente contra os africanos porque não querem ter concorrentes locais e querem continuar a levar cada vez mais riqueza para os seus países. Nós precisamos de empresas, empresários e grupos económicos nacionais fortes e eficientes no sector público e privado e de elites capazes em todos os domínios, para sairmos progressivamente da situação de país subdesenvolvido. Isto não tem nada a ver com corrupção, nem com o desvio de bens públicos para fins pessoais. Há que separar o trigo do joio. As nossas leis que regulam essas matérias são claras e devem continuar a ser aplicadas com rigor. Senhores Deputados, Caros Compatriotas, Quero terminar reafirmando que o Executivo levará à prática as recomendações do Fórum Nacional da Juventude recentemente realizado. É uma experiência de diálogo e concertação em que o Ministério da Família e da Promoção da Mulher se inspirou para auscultar a vontade das mulheres e reforçar a sua luta pela igualdade do género e contra a violência doméstica. As mulheres e a juventude são duas componentes essenciais do nosso mosaico social. Elas são o garante do futuro da Nação e o nosso capital decisivo. É nossa responsabilidade criar as condições para que este capital cresça e frutifique, gerando uma Angola próspera, pacífica e democrática. Viva Angola! Muito obrigado pela Vossa atenção! v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 43

44 Fórum Nacional da Juventude Presidente da República garantiu materialização das recomendações do Fórum da Juventude O Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, afirmou em Luanda durante o evento, que o Executivo vai trabalhar para garantir a materialização das recomendações saídas do Fórum Nacional da Juventude, lembrando que o futuro do país está nas mãos da juventude. Este fórum nacional da juventude é a última etapa do processo de auscultação e diálogo com todos os jovens ou seus representantes que começámos há uns meses, disse o estadista ao discursar no encerramento do evento. É uma experiência muito rica e construtiva e de participação cívica da juventude na resolução dos problemas nacionais, sublinhou José Eduardo dos Santos, para quem o passado da juventude angolana enche de orgulho e que está determinada na luta para vencer os desafios do presente e do futuro. Sobre o Fórum O ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, reconheceu a propósito da realização do Fórum Nacional da Juventude, em Setembro de 2013 em Luanda, que o capital humano é o elemento fundamental para o desenvolvimento do país e a aposta fundamental do Executivo. O desenvolvimento do país tem como base a formação e a aposta no capital humano. E para que isso aconteça, estamos conscientes da exigência dos esforços conjuntos para alavancar o país, rumo ao progresso e ao desenvolvimento, reforçou o ministro, durante a sua intervenção no Fórum Nacional da Juventude que contou com a presença do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. A respeito do Projecto Diálogo Juvenil, que decorreu em todo o país, e cujas conclusões foram apresentadas no certame, Gonçalves Muandumba disse que os sentimentos de maturidade e responsabilidade preencheram os cerca de quarenta dias de debates, onde, segundo o mesmo, foram dirigidas críticas e também mensagens de reconhecimento ao desempenho do Executivo. Gostaríamos, por outro lado, de reconhecer o civismo e a elevada consciência nacional durante a intervenção dos jovens, e enfatizar a participação de entidades eclesiásticas, governamentais e tradicionais, disse o responsável. Presidente José Eduardo dos Santos. O ministro disse igualmente que, de entre os vários assuntos levantados pelos jovens durante o processo de auscultação pelo país, o seu pelouro sublinhou um conjunto de questões prioritárias, sendo elas o emprego, formação profissional, educação, ensino, habitação, saúde e água, segurança e delinquência juvenil. Podemos igualmente afirmar que os problemas da juventude na cidade capital do país, Luanda, são os mesmos dos jovens de Cabinda, ainda que as suas prioridades não conjuguem. Um país jovem, como o nosso, que praticamente renasce das cinzas, é natural que se confronte com problemas estruturantes, reforçou o ministro. O Fórum Nacional da Juventude decorreu no Centro de Convenções de Belas, sob orientação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Após a intervenção no evento de representantes dos jovens das 18 províncias do país, seguiu se um momento de debates. Dirijo uma palavra de apreço e reconhecimento a todos os que participaram nos encontros municipais e provinciais, onde foi evidente o entusiasmo, a criatividade, o patriotismo e o sentido do dever, que facilitaram a elaboração das conclusões e recomendações que foram apresentadas neste fórum, referiu. O encontro, que contou com mais de três mil delegados, foi assistido pelo vice presidente da República, Manuel Vicente, por membros do Executivo, governadores provinciais, entre outros convidados. A Juventude angolana sempre se mostrou responsável para com os problemas da nação 44 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

45 Fórum Nacional da Juventude Gonçalves Muandumba, Ministro da Juventude e Desportos. A aposta no capital humano continua a ser prioridade do Executivo. Participantes no evento. O Secretário de Estado das Águas, Luís Filipe da Silva, prestigiou, em Luanda, a posição que os jovens têm demonstrado diante dos problemas da nação, tendo referido que esta franja da sociedade sempre demonstrou responsabilidade para o bem estar do país. Em declarações à Angop no final do Fórum Nacional da Juventude, decorrido no Centro de Conferências de Belas, sob o lema Juventude: Dialogar para Desenvolver, Luís Filipe da Silva considerou que o evento foi uma oportunidade para os jovens mostrarem que estão atentos a todos os sectores dessa sociedade. Segundo o responsável, com o Fórum Nacional, os jovens tiveram uma oportunidade de participação directa para, de forma organizada, se expressarem sobre o que querem e o que pensam. Referindo se ao seu sector, Luís Filipe avançou que para além das questões do emprego, acesso à habitação e à formação profissional, uma das grandes preocupações manifestada pelos participantes no encontro, foi a melhoria do acesso aos serviços de água. Nesta senda, avançou que o seu pelouro está a trabalhar para corresponder com as exigências da juventude. Esperamos também que o conjunto de infra estruturas que o país ainda tem de desenvolver, possa ser uma fonte de emprego, formação e realização para a juventude, concluiu. O Fórum Nacional da Juventude foi o encontro final de todo o processo de auscultação realizado a nível dos municípios e províncias do país, no quadro da iniciativa de S.E. o Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, com vista ao reforço do diálogo e a elevada participação dos mesmos na exposição dos seus anseios, expectativas e problemas. Dentre os objectivos do evento, destacam se, a partilha de ideias como forma de incentivar a juventude à cultura do trabalho como factor de realização pessoal, e o contributo para a materialização de um conjunto de programas e acções mais eficazes para resolução dos seus problemas. Participaram no Fórum Nacional da Juventude jovens provenientes de todos os municípios e províncias do país, das organizações representativas da juventude, jovens da diáspora, representantes de entidades públicas e privadas, especialistas em matérias de desenvolvimento da juventude e políticas públicas, governadores, vice governadores, deputados entre outros. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 45

46 68ª Assembleia Geral da ONU Vice presidente da República participou na 68ª Assembleia Geral da ONU O Vice presidente da República, Manuel Domingos Vicente, esteve em Nova Iorque (EUA), onde representou o Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, na 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas. evento decorreu de 24 de Setembro O a 4 de Outubro de 2013, na sede das Nações Unidas, sob o lema Agenda de desenvolvimento pós 2015: definição do percurso. Os Estados membros da ONU debruçaram se sobre questões que preocupam a comunidade internacional, nomeadamente as relacionadas com a necessidade de fazer face à desertificação, degradação do solo, e à seca no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. O estado de implementação dos objectivos de desenvolvimento do milénio e a agenda de desenvolvimento pós 2015, e a segurança alimentar constaram entre as questões discutidas pelos Chefes de Estado e de Governo dos países membros da ONU. Vice Presidente de Angola à sua chegada a Nova Iorque. Outros temas abordados durante o debate geral foram a solução pacífica de conflitos, a reconstrução e fortalecimento de Estados frágeis e em situação de pós conflito e desarmamento. A reforma das Nações Unidas, incluindo a reforma do Conselho de Segurança, a revitalização da Assembleia Geral e a reafirmação do papel central da organização na governação global fizeram igualmente parte dos temas debatidos. Em Setembro de 2000 os 189 Estados Membros das Nações Unidas rubricaram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, no qual se comprometeram a erradicar a pobreza extrema e a fome, atingir o ensino básico universal e promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti, também integrou a comitiva angolana à referida Assembleia que esteve em Nova Iorque. Íntegra do discurso de S.E. Vice-presidente da República de Angola, Manuel Domingos Vicente no evento magno da ONU! Excelentíssimo Senhor Presidente, Excelentíssimo Senhor Secretário Geral, Distintos Delegados, Minhas Senhoras, meus Senhores: Em nome de Sua Excelência o Senhor Presidente da República de Angola, que aqui, com elevada honra represento, aproveito esta oportunidade para felicitar o Senhor Embaixador William Jonh Ashe, pela sua eleição à presidência da presente Assembleia geral, e assegurar lhe o apoio do meu país no cumprimento de tão nobre e importante missão. Gostaria igualmente de manifestar o nosso reconhecimento a Sua Excelência, Senhor Vuk Jeremic, pela maneira como conduziu os trabalhos da Sessão precedente. Saudamos ainda o Secretário geral das Nações Unidas, Senhor Ban Ki Moon pela continua dedicação à causa da nossa organização. Senhor Presidente, A presente Sessão da Assembleia geral decorre num contexto internacional complexo e que interpela a intervenção da comunidade internacional para a solução sustentada de conflitos que constituem sérias ameacas à paz e segurança internacionais. A prevalência de conflitos armados e o seu impacto na vida das populações, o terrorismo, o crime organizado e o tráfico de drogas, a pirataria marítima, os crimes ambientais e a pilhagem de recursos, bem como a pobreza extrema a miséria e a fome são questões que requerem atenção prioritária da nossa Organização. Angola reitera a importância do papel das Nações Unidas como força motriz dos esforços globais para a manutenção da paz, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social pelo que, urge fortalecer a capacidade da ONU na prevenção de conflitos e na gestão de crises. O meu país continuará a contribuir activamente nos esforços de manutenção de paz, assumindo as suas responsabilidades no plano internacional, em especial no que diz respeito a África, no quadro regional e nos agrupamentos económicos e políticos em que está inserida, nomeadamente a SADC, a CEEAC, a CPLP, a Conferência internacional da Regiao dos Grandes Lagos e Comissão do Golfo da Guiné. Neste contexto, o Acordo Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo e a Região dos Grandes Lagos, assinado em Fevereiro de 2013, em Addis Abeba, enquanto mecanismo mais adequado para a solução pacífica do conflito no Leste da RDC, parece nos ser a melhor garantia para a estabilidade na região, para a salvaguarda da paz, da segurança, soberania e integridade territorial da RDC. Reiteramos o nosso apelo aos signatários, ao respeito pelos compromissos assumidos e condenamos as ameaças que as forças negativas continuam a fazer sobre as populações civis, nomeadamente na cidade de Goma e arredores. Senhor Presidente, Distintos Delegados, No âmbito dos esforços globais para a manutenção da paz e segurança internacional, reiteramos a importância da revitalização do sistema das Nações Unidas, particularmente a reforma do Conselho de Segurança, que deverá reflectir uma representação equitativa de todas as regiões, pelo alargamento do número dos seus membros permanentes, adequando o às realidades do mundo contemporâneo. Manifestamos, deste modo, a nossa profunda preocupação relativamente à escalada de violência que se 46 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

47 68ª Assembleia Geral da ONU regista no Egipto e juntamos a nossa voz ao apelo feito às autoridades de transição, no sentido de agirem com moderação. Exortamos a União Africana e a Comunidade Internacional a prosseguirem as suas acções para uma solução da crise neste país. O conflito na Síria põe em risco a paz e a segurança internacionais e as acções de violência agravam seriamente a situação humanitária na região. Apelamos à comunidade internacional a agir com urgência, a fim de se encontrar uma solução pacífica do conflito, sob a mediação das Nações Unidas e da Liga Árabe, e que se observe o respeito pelos direitos humanos das populações civis. O conflito Israel/Palestina constitui um dos mais antigos do nosso planeta, e com que a Comunidade Internacional continua a ver se confrontada. Angola apoia os esforços de mediação empreendidos pelo Secretário de Estado, John Kerry, e espera a retomada do diálogo e a conclusão de um acordo entre a Palestina e Israel que possa reverter o impasse numa paz duradoura e num Estado Palestino independente, com base nas fronteiras de 1967, coexistindo com o Estado de Israel em segurança. É com preocupação que registamos os fracos progressos na resolução da questão do Sahara Ocidental e apelamos as partes a prosseguirem as negociações, sob os auspícios das Nações Unidas, para que o Povo do Sahara Ocidental exerça o seu direito à autodeterminação. Angola congratula se com a normalização do quadro jurídico/ constitucional de alguns países africanos que, após tumultuosos períodos de instabilidade, realizaram com êxito eleições livres e justas e que caminham agora na via da construção de Estados democráticos e de direito, rumo ao desenvolvimento económico e social. Nesta conformidade, saudamos o Presidente Ibrahim Keita, do Mali, democraticamente eleito, e manifestamos a nossa solidariedade sobre o processo de reconciliação e reconstrução do país. Congratulamo nos, igualmente, com os países que registam desenvolvimentos positivos e que, apesar de prevalecerem situações de instabilidade, estão engajados na implementação de acordos que visam a solução de crises e a normalização da ordem constitucional, nomeadamente a Guiné Bissau, Madagáscar, Somália, Sudão e Sudão do Sul. Apelamos ao apoio de toda a comunidade internacional aos esforços que estão a ser desenvolvidos por esses países para o alcance da paz e da estabilidade. Senhor Presidente, Distintos Delegados, Passados seis anos, após a eclosão da crise financeira internacional, com graves repercussões sobre a economia mundial, constatamos que muitos dos nossos países encontram sérias dificuldades de autofinanciar programas para o seu crescimento económico, de mobilizar recursos para o desenvolvimento, visando a melhoria das condições de vida das populações e alcancar as metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Esta situação torna se ainda mais dramática para os países em desenvolvimento, em particular os países africanos, em que a coexistência de conflitos armados e a pobreza é bastante acentuada. Neste contexto, o Governo Angolano considera de grande importância a discussão do tema central desta sessão Agenda de desenvolvimento pós 2015, na esperança de um contributo efectivo ao desenvolvimento económico e social dos países em desenvolvimento. O Governo Angolano defende o ponto de vista de que esta sessão considere a possibilidade da realização de reuniões regionais, tendo como base de trabalho o relatório apresentado pelo Painel de Alto Nível, em que os diferentes líderes pudessem definir as suas posições sobre a Agenda pós 2015, numa perspectiva regional, precedendo um novo encontro, a nível global. Neste contexto, o Governo de Angola reitera o apoio às iniciativas que visam a liberalização do comércio internacional, numa perspectiva de competitividade justa e equilibrada e esperamos que a 9ª Ronda prevista para Dezembro, em Bali, alcance os melhores resultados. Sr. Presidente, Estimados Delegados, Persistem os desafios no domínio do meio ambiente. A Conferência Rio + 20, ao renovar os compromissos com o desenvolvimento sustentável contidos na Agenda 21, oferece uma base sólida para a definição de políticas a nível nacional e internacional e garantir o bem estar social, económico e ambiental dos nossos povos. Nesta óptica, reiteramos que é essencial que se tomem medidas adequadas visando reforçar o apoio às acções internacionais de desenvolvimento sustentável, assim como o aumento dos recursos financeiros do orçamento das Nações Unidas, através de contribuições que permitam à nossa Organização cumprir com o seu mandato de forma eficiente, e tornem a materialização dos objectivos de desenvolvimento sustentável, uma realidade. Senhor Presidente, Num outro plano, Senhor Presidente, o embargo imposto a Cuba viola as regras do direito internacional e tem sido ao longo de décadas um grande impedimento ao desenvolvimento daquele pais e a melhoria das condições de vida do povo cubano. Angola, reitera a sua posição de principio para que seja posto fim ao embargo, em conformidade com as pertinentes resoluções das Nacoes Unidas. Senhor Presidente, Angola reitera a sua determinação sobre o respeito mútuo e vantagens recíprocas, na boa vizinhança e no fortalecimento da integração económica regional. Angola continuará a respeitar todos os compromissos internacionais e os tratados internacionais de que é parte. Respeita e aplica os princípios da Carta das Nações Unidas e da União Africana, e estabelece relações na base dos princípios da autodeterminação, da solução pacífica de conflitos e do respeito pelos direitos humanos. Actualmente Angola vive um momento de consolidação das instituições democráticas de direito. Igualmente, assiste se a um processo dinâmico de reconstrução e desenvolvimento marcado pela consolidação da estabilidade macroeconómica, através da implementação de uma política e estratégia nacional sobre a promoção da diversificação económica, contida no plano de desenvolvimento económico social para o quinquénio Ao aceitar integrar o programa dos países elegíveis ao processo de graduação da categoria de Países Menos Desenvolvidos PMA, Angola reafirma, como prioritária, a implementação de um programa de diversificação da produção nacional, visando um crescimento equilibrado dos vários sectores, bem como a expansão das oportunidades de emprego, e diminuição da dependência às importações de produtos de consumo e da elevada dependência das exportações de sector petrolífero. Não obstante os êxitos alcançados na última década e o facto de, a economia angolana estar em bom caminho, muito resta ainda por fazer para que se alcancem as metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Consciente deste desafio, o Governo continua a desenvolver Programas que visam a diminuição das assimetrias existentes, mantendo o combate à fome e à pobreza, como dois eixos cruciais para a construção de uma sociedade próspera e de justiça social. A reabilitação e modernização das principais infra estruturas produtivas e sociais, nomeadamente a reconstrução de estradas, de linhas férreas, dos sistemas de fornecimento e distribuição de energia eléctrica e de abastecimento de água, do saneamento básico e da rede de telecomunicações, continuam a ser um desafio para o Governo, na elevação do bem estar das populações, e do desenvolvimento sustentado de Angola. Senhor Presidente, Gostaria, a terminar, de referir uma questão de particular importância para o governo do meu pais: A República de Angola é candidata a uma vaga de membro não permanente do Conselho de Segurança, nas eleições que terão lugar durante a 69ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Esperamos poder contar, desde já, com o apoio de todos os Estados que compõem esta magna Assembleia. Concluo manifestando o apoio incondicional do meu pais às iniciativas das Nações Unidas que visam a construção de um mundo melhor para todos, baseado na justiça e na liberdade, livre de todas as ameaças que comprometem a paz e a segurança internacionais. Muito obrigado pela Vossa atenção! v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 47

48 Jantar CC EUA / Angola 24 Setembro 2013 Jantar Oficial oferecido pela Câmara de Comércio EUA/Angola Discurso de S. E. Manuel Domingos Vicente Vice Presidente da República de Angola Excelências Distintos Convidados, Senhoras e Senhores, É grande o meu privilégio de recebê-los a todos esta noite. Eu gostaria de expressar a minha gratidão à Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas e à Câmara do Comércio EUA/Angola, por organizarem conjuntamente o jantar desta noite. Esta é uma oportunidade única para reunir uma tal diversa comunidade de diplomatas, funcionários das Nações Unidas, do sector privado e académicos. Temos uma ocasião excepcional para compartilhar com vocês os acontecimentos políticos, económicos e sociais em curso em Angola, bem como as oportunidades de negócios imensas que o país oferece. Estou confiante de que este evento não só contribuirá para um melhor conhecimento da realidade política e económica em Angola, mas também servirá para fortalecer os laços bilaterais entre os Estados Unidos da América e Angola. Deixe me assegurar vos que Angola está passando por um rápido processo de transformação político económico. Actualmente, Angola está a consolidar as instituições democráticas e as eleições de 2012 renovaram a legitimidade das instituições do poder do Estado e, portanto, o reforço da coesão nacional e da reconciliação. Angola está empenhada em acelerar o seu crescimento económico e diversificar a sua economia de forma sustentável. Para o governo angolano, o desenvolvimento sustentável é composto por várias componentes. As principais são: a ) o crescimento económico robusto, com taxas mais elevadas do que o crescimento da população, b) os ganhos de emprego duradouro, como a abordagem preferida para as pessoas a ganhar renda, c) a justiça social através da igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, sem discriminação, e por meio de uma distribuição justa da renda nacional, e d ) as políticas ecológicas como um meio para atingir um justo equilíbrio entre os interesses da geração de hoje e de amanhã. A fim de cumprir as componentes acima mencionadas, o Poder Executivo angolano está a trabalhar na implementação do Programa de Desenvolvimento Económico e Social para os anos , que é um programa estratégico que visa aumentar a gama de serviços sociais disponíveis para a população, bem como a diversificação da economia e decretando a estabilidade macroeconómica. Adoptámos políticas macroeconómicas nacionais que promovem o crescimento económico e um clima de investimento favorável. Uma das nossas prioridades financeiras é facilitar o financiamento de investimentos produtivos, particularmente estimulando a criação de pequenas e médias empresas. Também estamos a dar uma atenção especial ao acesso de todos os segmentos da população aos serviços financeiros através da promoção de microcrédito e microfinanças. Além disso, estamos no meio de um processo de reconstrução dinâmico. O Poder Executivo angolano tem feito grandes esforços financeiros, a fim de melhorar os padrões de vida do seu povo e dinamizar o investimento privado. Estradas, pontes, vias ferroviárias, sistemas de geração de energia e água estão a ser recuperados. Ao mesmo tempo, os programas destinados a modernizar os portos, aeroportos e sistemas de telecomunicações ainda permanecem na vanguarda. Esta é a única forma, de sermos capazes de ter uma economia moderna e competitiva e podermos erradicar a fome, a pobreza, o analfabetismo e as doenças de forma sustentada. Excelências Senhoras e Senhores, A economia angolana tem dado grandes passos à frente na última década, não só em termos de expansão comercial, mas também, e mais importante, em termos de forte crescimento do PIB. Ela tem crescido a uma taxa média de 12 por cento devido a um forte contributo do sector não petrolífero, incluindo a agricultura e indústria. No rescaldo da crise económica e financeira mundial, o PIB caiu para 2,4 por cento em 2009, mas aumentou para 8,8 por cento em A taxa de inflacção melhorou tremendamente. Ela agora está em 9 por cento, contra 76,6 por cento em A taxa de pobreza foi reduzida em mais de 50% uma redução notável. Progresso significativo também foi registado nas áreas de educação e saúde. Antigas escolas e hospitais foram reconstruídos e novos foram construídos. Como consequência, o número de alunos no ensino primário duplicou e a saúde infantil e materna melhorou significativamente. Estas melhorias foram possíveis graças à implementação bem sucedida pelo Governo angolano da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, que visa reduzir pela metade o número de pessoas que vive em extrema pobreza até A Estratégia identificou um conjunto de áreas prioritárias, nomeadamente, a segurança alimentar, desenvolvimento rural, educação, saúde, VIH/ SIDA, emprego, capacitação e reconstrução de infra estruturas. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer e muito mais precisa ser feito, a fim de perceber todo o potencial do país. Nesta ocasião, gostaria de apelar firmemente aos investidores americanos para aproveitarem o clima político e económico actual em Angola, através de parcerias com empresas angolanas. Eu agradeço a Vossa atenção! v 48 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

49 Religião Governo angolano desmente perseguição ao Islão O ministro das Relações Exteriores de Angola desmentiu em Luanda que o Governo esteja a perseguir o Islão, por ter sido negada autorização de prática dessa religião a algumas denominações islâmicas. Georges Chikoti, que estava acompanhado da ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, convocou o corpo diplomático acreditado em Angola para esclarecimento de notícias sobre a perseguição do Governo angolano ao Islão. Não existe uma política do Governo de perseguir uma igreja ou uma religião e essa Presidium da Conferência de imprensa do Governo Angolano. foi a interpretação feita pela comunidade islâmica que existe em Angola, disse o ministro, salientando que o que aconteceu foi que existem igrejas ou comunidades muçulmanas que praticam ou em lugares impróprios ou que não foram devidamente autorizadas. A legislação angolana sobre o exercício da religião, de 2004, exige que seja feito registo junto do Ministério da Justiça, provando a existência mínima de 100 mil fiéis e a presença em dois terços do país. No final do mês de Outubro de 2013, o Ministério da Justiça indeferiu os registos apresentados por 196 organizações religiosas, entre as quais estava uma das Comunicado de Imprensa oito denominações islâmicas que solicitou autorização, nomeadamente, a Comunidade Islâmica de Angola, a Fundação Islâmica de Angola, a Aliança Muçulmana de Angola, Centro Islâmico de Documentação, Liga Islâmica em Angola, Associação de Beneficentes de Angola, Associação das Mulheres Muçulmanas em Angola, Em Nome de Alá o Clemente e Misericórdia. Segundo o ministro, essas são as oito religiões muçulmanas que solicitaram ser reconhecidas e que não cumpriram com os pressupostos de lei, logo, não podem praticar a sua fé até que concluam com o processo. v O Governo da República de Angola tomou conhecimento com surpresa e preocupação das notícias que têm vindo a ser veiculadas por diversos meios de comunicação social, incluindo as redes sociais, segundo as quais Angola teria banido o Islão e destruído mesquitas. O Governo angolano desmente categoricamente tais notícias por não corresponderem à verdade e que visam atingir fins obscuros, pondo em causa a imagem de Angola. Na verdade, em Angola, não foram destruídas mesquitas nem feitas quaisquer perseguições aos cidadãos de confissão islâmica, que não estão sujeitos no nosso País a qualquer forma de descriminação. O Governo da República de Angola, em conformidade com a Constituição e demais legislação em vigor e com o Direito internacional, respeita o Islamismo, bem como as demais confissões religiosas. Importa informar que a presença da religião islâmica em Angola é muito recente e que a sua legalização depende de requisitos previstos na Lei Nº. 02/04, tendo o pedido de uma confissão islâmica denominada Comunidade Islâmica de Angola CISA sido indeferido, tal como 179 (cento e setenta e nove) outras confissões religiosas cristãs, por não reunirem os requisitos legais exigidos. Assim, no conjunto de cerca de (mil e duzentas) confissões religiosas identificadas em Angola, estão mais 7 (sete) confissões religiosas islâmicas, cujos processos aguardam apreciação e decisão. Esclarece se ainda que cidadãos estrangeiros de confissão islâmica, em situação migratória ilegal, praticam actividades económicas ilegais em armazéns construídos sem licença das autoridades competentes, que por conveniência e para obstar a acção das autoridades de fiscalização usam estas instalações como alegados locais de culto, à margem da lei. O Governo angolano reitera que o exercício de liberdade religiosa é plenamente cumprido nos termos da lei e nenhum cidadão angolano ou estrangeiro de confissão islâmica ou de outra foi molestado em virtude da sua fé. Luanda, 29 de Novembro de O GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 49

50 Internacional Íntegra da Mensagem do Chefe de Estado Angolano pelo passamento físico de Mandela O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, endereçou uma mensagem de condolências ao Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pelo passamento físico de Nelson Mandela: Sua Excelência Jacob Zuma Presidente da República da África Do Sul - Pretória Nelson Mandela, falecido aos 5 de Dezembro de 2013, é o símbolo da Luta de Libertação completa de África, cujos ideais e exemplos de coragem e tenacidade mobilizaram e congregaram milhares de jovens para a nobre causa da Liberdade e da Paz. A sua morte constitui um momento de grande consternação e dôr para o Povo sul africano e seu Governo, que o Povo angolano partilha com emoção e tristeza, exprimindo lhes a sua indefectível solidariedade. Nelson Mandela não foi apenas o líder histórico do ANC e o primeiro Presidente Negro da República da África do Sul. Foi e é ainda símbolo carismático de todos os povos amantes da Paz, da Liberdade e da Democracia. Em nome do Povo angolano, o Governo de Angola curva se perante a memória deste eminente político e estadista e transmite ao Povo irmão da África do Sul, ao seu Governo e à família enlutada os seus sentimentos de profundo pesar pelo infausto acontecimento. v Com a mais Alta Consideração, Luanda, 6 de Dezembro de 2013 José Eduardo dos Santos Presidente da República de Angola 50 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

51 Mensagem de Ano Novo Luanda, 27 Dezembro 2013 Mensagem de Ano Novo de Sua Excelência José Eduardo Dos Santos, Presidente da República de Angola Presidente José Eduardo dos Santos. Povo Angolano, Caros Compatriotas, Nos últimos dias que nos separam do fim de mais um ano civil, gostaria de partilhar com todas as famílias angolanas este momento de balanço do que foi vivido e do que se prepara para o futuro imediato. O ano de 2013 foi marcado por grandes acontecimentos. Alguns deles, infelizmente, de natureza dramática que causaram enormes prejuízos e retiraram do nosso convívio cidadãos que muito ainda tinham para dar à Nação. Que as suas almas descansem em paz e que os seus bons exemplos sejam seguidos pelas novas gerações. Outros acontecimentos tiveram feição positiva e ocorreram no domínio económico, social e cultural, contribuindo sobremaneira para o desenvolvimento da nossa sociedade. Com o início da aplicação do Plano Nacional de Desenvolvimento, o Governo começou a implementar políticas públicas para garantir a estabilidade, o crescimento e o emprego. Este processo visa a valorização e a melhoria das condições de vida da família, a promoção da igualdade do género, a protecção social do idoso, a protecção integral dos direitos da criança e a integração social completa dos desmobilizados. A intenção é fortalecer a estrutura familiar, enquanto núcleo básico da sociedade, e pugnar pela inclusão social e económica de todos os cidadãos, sem qualquer distinção. Um segmento da nossa sociedade que mereceu toda a nossa atenção foi o da juventude, com a qual o Governo encetou um diálogo franco, construtivo e abrangente, sobre os seus principais anseios e aspirações. O Fórum Nacional da Juventude foi a expressão do dinamismo e da criatividade dos jovens angolanos e os temas nele debatidos integram agora o Plano Nacional de Desenvolvimento da Juventude. As prioridades desse Plano são: aumentar a oferta de emprego; cuidar do primeiro emprego; ajustar as qualificações dos jovens às necessidades do mercado de trabalho e garantir o seu acesso a uma habitação condigna. Nesse sentido, vão ser destinados mais recursos à formação técnicoprofissional dos trabalhadores e quadros médios, aumentando ou ampliando os centros e escolas de formação em todos os municípios. É de facto urgente inverter a actual pirâmide do sistema de formação, em que se regista um número dez vezes maior no ensino superior do que no escalão de formação profissional de base. Estas acções serão levadas a cabo com o apoio e a participação de empresas públicas e privadas, para equilibrar a oferta à procura de emprego através dos centros de gestão de emprego. O Governo continuará também a desenvolver as infra-estruturas, para que os jovens tenham um maior acesso à prática desportiva, às artes e aos benefícios da cultura sem qualquer tipo de discriminação, pois isto poderá contribuir para o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e para a consolidação da identidade nacional. Povo Angolano, Caros Compatriotas, A mulher angolana, e com grande evidência a mulher rural, teve sempre de enfrentar múltiplas dificuldades e adversidades. Muitas foram mortas e muitas viram morrer os seus maridos, filhos e outros familiares. Muitas tiveram de assumir a chefia dos seus lares e a liderança das suas famílias. Tiveram de lutar arduamente em condições de sobrevivência pelo sustento dos filhos e familiares, pela sua educação e saúde, mantendo a coesão e a unidade familiar. A Nação está grata à mulher angolana e, em particular, à mulher rural e presta-lhe um merecido tributo. Mas temos de ir mais longe do que temos feito, intensificando o desenvolvimento rural e melhorando as condições de vida e de bem-estar das famílias e das comunidades rurais. No capítulo da igualdade do género, uma atenção especial vai ser dedicada à resolução dos problemas que afectam a mulher rural, que constitui um elemento preponderante para a subsistência dos agregados familiares e das comunidades situadas no campo, pelo seu papel decisivo ao longo da nossa história. Os Ministérios da Promoção da Mulher, da Administração do Território e do Trabalho e Segurança Social devem conduzir um programa de auscultação e discussão dos problemas da mulher rural em 2014, a exemplo do que foi feito em 2013 em relação à juventude, para ajustarmos os nossos programas de apoio à mulher rural à realidade de cada município e de cada província e definir os recursos adequados no Orçamento Geral do Estado de Povo Angolano, Caros Compatriotas, O Governo quer saber quantos somos e onde estamos para que possa fazer os planos de desenvolvimento do país com dados certos. Desse modo estaremos em condições de aprofundar o nosso conhecimento sobre as reais necessidades das nossas populações, adoptando as melhores políticas para satisfazê-las. Este ano foram dados os primeiros passos para organizar os trabalhos que vão permitir obter essa informação através do Censo Geral da População, que vai ter lugar em Maio de O Censo Geral é uma operação muito importante e complexa em que todos os cidadãos devem colaborar para alcançarmos os resultados desejados. Esse exercício vai permitir por exemplo, que, no momento da materialização das autarquias de modo faseado e progressivo como recomendou o Conselho da República em 19 de Dezembro de 2011, os seus gestores estejam mais capacitados para dar resposta aos problemas concretos das comunidades sob sua responsabilidade. Povo Angolano, Caros Compatriotas, Nunca é demais falarmos da necessidade da tolerância e do respeito mútuo e também do respeito pela vida e pelos direitos dos cidadãos por parte das instituições públicas e privadas, independentemente da sua condição social, da sua origem, das suas crenças religiosas e das suas preferências partidárias. A condenação à pena de morte foi abolida no nosso país pela Constituição em A cultura da morte ou do assassinato por razões políticas não é prática do Estado angolano. Em conformidade com a Constituição incumbe ao Estado proteger e garantir o direito à vida dos cidadãos e tudo tem sido feito e continuará a ser feito nesse sentido. Quem governa tem como primeira responsabilidade respeitar e fazer respeitar a Lei e preservar a vida e a segurança dos seus cidadãos. Povo Angolano, Caros Compatriotas, Sem respeito e aceitação do outro não há tolerância nem existem condições para o exercício da cidadania. A liberdade e a democracia garantidas pela Constituição não constituem um livre trânsito para o insulto gratuito, para a ofensa moral e para a calúnia de quem quer que seja. Aqueles que utilizam esta prática com intenção de colher dividendos políticos e projectar a sua imagem perdem tempo e também perdem prestígio e consideração diante dos seus compatriotas. Exprimo o meu apreço aos responsáveis políticos, religiosos ou de organizações da sociedade civil que se manifestam sempre contra o incitamento ao ódio, à violência ou ao desrespeito pela legalidade estabelecida, e promovem campanhas de educação a favor da paz e a harmonia no seio da nossa sociedade, apesar das diferenças de opinião. Nesta quadra festiva, reafirmamos o compromisso de continuar a dar o nosso melhor contributo para que o país continue a crescer e as famílias angolanas tenham uma vida cada vez mais condigna, num clima de paz, harmonia e tolerância e para que todos mantenhamos acesa a chama da esperança num futuro melhor. Dirijo uma saudação especial e votos de rápida recuperação a todos aqueles que neste momento se encontram doentes ou impossibilitados de festejar o Natal e o Ano Novo com as suas famílias. Desejo a todos Festas Felizes e um próspero Ano Novo! v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 51

52 Angola em pormenor Província do Kuando Kubango em Destaque! Terras de Progresso em Franco Desenvolvimento! O Kuando Kubango é uma província de Angola, situada no sudeste do país. limitada a norte pelas É províncias do Bié e Moxico, a leste pela República da Zâmbia, a sul pela República da Namíbia e a oeste pelas províncias do Cunene e Huíla. A capital da província é a cidade de Menongue e dista da cidade capital, Luanda km e do Kuito 342 km. A sua população é estimada em habitantes e tem uma densidade populacional de 3 pessoas por km 2. O Município de Menongue tem uma população estimada em habitantes o que faz dele, o maior centro populacional da província. Ocupa uma superfície de km². MUNICÍPIOS É constituída pelos municípios de Calai, Cuangar, Cuchi, Cuito Cuanavale, Dirico, Mavinga, Menongue (a capital), Nancova e Rivungo. Esta zona de Angola é conhecida actualmente como Kuando-Kubango Localidade de Angola Dados gerais Província Municípios Características geográficas Área População Dados adicionais Indicativo telefónico 249 Agricultura Minerais Outros produtos Idiomas Kuando-Kubango Terras do Progresso, devido ao seu potencial económico virgem. O clima é tropical, de altitude/seco. Tropical no norte da província e semi árido no sul. Sede do Governo Provincial. Calai, Cuangar, Cuchi, Cuito Cuanavale, Dirico, Mavinga, Menongue, Nancova e Rivungo km² Estimada em habitantes Massango, massambala, mandioca, feijão Cobre e ouro Madeiras Higino Carneiro, Governador da Província do Kuando Kubango. A língua mais falada é o NGanguela, seguido do Cockwe (Tchokwé) HISTÓRIA A designação Kuandu Kuvangu (Kuando Kubango) provém dos dois rios: 1 O rio Kuando, situado a Este, que nasce na província do Moxico, cuja afluência é o rio Zambeze. 2 O rio Kubango, a Oeste, que nasce no Planalto Central. As suas águas correm para o Sul, atravessando alguns países como a Namíbia e o Botswana. Foi a influência estrangeira que mudou esta etimologia, fazendo lhe surgir o indesejado Cuando Cubango. Portanto, o colonizador mudou as letras: K para C, U para O e V para B. A capital da província é (Vunonge) Menongue, que é o nome actual. O nome antigo era Serpa Pinto. Na indagada investigação, o explorador, aterrorizando o nativo, manteve promiscuidade, práticas de barbaridades, torturas terríveis, exploração do homem em diferentes níveis, concretamente em serviços forçados e não apostou na formação do autóctone. Com a chegada da Paz em Angola, as vias de comunicação tomaram outra posição satisfatória, fruto do empenho gigantesco do governo central e da província. Destaca se o troço rodoviário que parte de Menongue para as províncias do Bié e Huambo, de Menongue para a Huíla, Menongue Kuito Kuanavale e de Menongue ao Caiundo. Rio Kuebe (atravessa a cidade de Menongue). O Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), o troço que parte de Matala, com uma extensão de 323 km, está totalmente reabilitado, cuja circulação de comboio tem facilitado muito a população local, no âmbito económico (nas trocas, vendas e compras dos seus bens). Existe também um cais de carregamento e descarga da marinha mercante, nos municípios do Kuito Kuanavale, Nankova, Kuangar, Caiundo, Savate, Kalai e Dirico. Lamentavelmente, os cais carecem de uma reabilitação e uma possível desminagem de algumas bermas dos rios. POPULAÇÃO A população desta província é a menos estudada das populações de Angola. A sua composição étnica básica foi estabelecida, embora de maneira algo preliminar, no fim da era colonial. As suas características incluem as de ter um peso demográfico muito fraco e de consistir de grupos relativamente pequenos e dispersos, com uma notável mobilidade geográfica (que inclui a Namíbia, o Botswana e a Zâmbia), e a frequente junção ou divisão destes grupos. Estas características mantiveram se desde antes da ocupação colonial e continuaram por algum tempo. depois do acesso de Angola à independência. Tirando as Missões religiosas, principalmente a Igreja Católica, que se prontificaram na elevação do nível académico, para a expansão do evangelho, assim muitos habitantes da província tiveram a ocasião de servir de modo específico nos hospitais. SUPERFÍCIE A província do Kuando Kubango, com uma superfície de km 2, cerca de 15,9% da extensão nacional, a segunda maior província do País está a 52 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

53 Angola em pormenor uma altitude média de 1.500m. o seu relevo é caracterizado essencialmente pela drenagem por uma rede hidrográfica dos maiores cursos de água que atravessam a província, nomeadamente o Kubango e Kuango. CLIMA As precipitações médias anuais variam entre 1200mm no norte e 600mm no extremo sul. O clima é do tipo tropical proporcionando 2 estações com estepe na faixa meridional e o mesotérmico húmido de Inverno seco na faixa setentrional. A temperatura média anual é de 25 C. Recursos Naturais HIDRÍCOS Os rios Kuvango, Kuatato, Kuelei, Kuebe, Kuando, Kuzumbia, Kujamba, Kueio, Matungu, Muhondo, Kapembe, Cuchi, Lomba, Kuito, Kuanavale e Longa constituem os recursos hídricos de maior importância para o desenvolvimento económico de região. FLORESTA A província caracteriza se por três grandes zonas de vegetação, maioritariamente compostas por floresta densa seca, savana com arbustos e árvores na metade setentrional, quadrante noroeste. No sudoeste pode se destacar a reserva parcial de Luiana caracterizada por madeira preciosa espécies de mussivi, girassonde, mume, mupanda muinga, entre outros. FAUNA Esta região angolana tem uma grande diversidade de fauna e flora, e nas reservas parciais da província podem ser encontrados a palanca, o elefante, o rinoceronte, o hipopótamo, o leão, a hiena, o leopardo (onça do cabo verde), o búfalo africano, o javali, a avestruz e outras aves e répteis variados. PONTOS NATURAIS Quedas de Mavinga, do Makulungungu, do Tyityalala, do rio Lomba, do rio Mpupa, rápidos do rio Kuebe, rápidos do rio Tyipuku, Coutada pública de Luiana, Coutada pública de Lwenge, Coutada pública de Mbukusu e a zona paisagística de Mulazi. Reserva Parcial de Luiana Origem Estabelecida como Reserva Parcial a Classificação Reserva Parcial, IV Localização Província do Kuando Kubango, 550 km a sul da cidade capital Menongue. Faz fronteira com a Zâmbia e a Namíbia. Área Ocupa km². Limites Geográficos a de Latitude Sul e a de Longitude Este. Limites Naturais Limitada a Norte pela Picada que vai de Bambangando, Simbundo, Chitangua, Cata até ao marco 17. É limitada a Leste pela linha de Fronteira com a Zâmbia do marco 17 até ao marco das 3 fronteiras, a Oeste por uma linha recta de Bambangando até ao marco 10 e a Sul pela linha da fronteira com a Namíbia do marco 10 até ao marco das 3 fronteiras. Descrição A Reserva contem planícies extensas e grandes pântanos, com uma altitude que vai dos 970 aos metros. A temperatura média anual é de 20,6 C e a humidade de 77%. O mês mais frio é Julho, com uma média de 14,5 C, e o mais quente é Outubro, com 24,2 C. Chove em média 92 dias por ano e a humidade relativa é de 51%. Os dois tipos de vegetação principais são a floresta aberta de árvores ricas em frutos secos e savana com algumas árvores, xanatos, dispersas. Os Mamíferos existentes na Reserva são a onça, a hiena, o mabeco (Lycaon), o texugo, o leão, o elefante, o rinoceronte negro, o hipopótamo, a inhala (Kobus ellipsiprymnus cabra de água), o puku, o chango (Redunca redunca), o topi, a impala, o oribi, o steenbok (Raphicerus campestris), o lechwe (Kobus leche), o búfalo e o olongo (Strepsiceros strepsiceros kudu). O avestruz (Struthio camelus) e o secretário (Bugeranus carunculatus) são as aves mais abundantes. A ave mais comum é a avestruz (Struthio camelus). Reserva Parcial de Mavinga Origem Estabelecida como Reserva Parcial a Classificação Reserva Parcial, IV. Localização Província do Kuando Kubango, 300 km a sul da cidade capital, Menongue. Área Ocupa km². Limites Geográficos a de Latitude Sul e a de Longitude Este. Limites Naturais Limitada a Norte pela picada de Chondela até ao Rio Dima e a Leste pela linha de fronteira com a Zâmbia. Descrição Com uma altitude que vai dos aos metros a reserva estende se por planíces de linhas suaves, cortadas pelos rios Kwando, Lombam, Cariei e Cueio. A temperatura média anual é de 20,6 C e a humidade de 77%. O mês mais frio é Julho, com uma média de 14,5 C, e o mais quente é Outubro, com 24,2 C. Chove em média 92 dias por ano e a humidade relativa é de 51%. Os dois tipos de vegetação principais são a floresta aberta com algumas árvores dispersas de folha caduca e a savana seca, com capim e arbustos dispersos. Os mamíferos existentes na Reserva são a onça, a hiena, o mabeco (Lycaon), o texugo, o leão, o elefante, o rinoceronte negro, o hipopótamo, a inhala (Kobus ellipsiprymnus cabra de água), o puku, o chango (Redunca redunca), o topi, a impala, o oribi, o steenbok (Raphicerus campestris), o lechwe (Kobus leche), o búfalo e o olongo (Strepsiceros strepsiceros kudu). PONTOS HISTÓRICOS Forte Mwene Vunonge, Forte do Kuchi, Campo de Concentração Cadeias do Missombo, Museu Municipal da história, Centro comercial Isa Kalumbu, edifício do Mbonge Ya Kandyema no Kuchi, sítios históricos Sandala Viti no Kuito Kuanavale, Kakima e do Malova no Kuchi, Túmulos do Mwene Vunonge em Menongue, do Mwene Mbingu Mbingu no Kuito Kuanavale e do Mwene Mukuva no Kuchi. PONTOS RELIGIOSOS Igreja da Sé Catedral de Vunonge (1953), Igreja da Nossa Senhora das Dores no município do Kuchi (1912), igreja Paroquial do Mwondo (1897), igreja Paroquial da Santa Cruz no Rivungo, igreja Paroquial do Kuchi, Edifício da Igreja do 7º Dia. ARTESANATO O artesanato feito na província do Kuando Kubango é diversificado. Pratica se artesanato, tendo como matéria prima a madeira, capim, barro, fibras de árvores, ferro, etc. BARRAGEM DE KAMBUMBE A província conta também com a Nova Central Termo eléctrica de Menongue. A Central, localizada no município de Missombo, foi inaugurada no dia 7 de Janeiro de É fruto de um investimento de cerca de 18 milhões de dólares e conta com 21 funcionários nacionais. Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 53

54 Angola em pormenor Província do Kuando Kubango em Destaque! Terras de Progresso em Franco Desenvolvimento! Visite o Kuando-Kubango! Como chegar? Para quem escala a cidade de Menongue, província do Kuando Kubango, tem três vias de acesso: VIA AÉREA O Kuando Kubango possui dois aeroportos para aviões de grande porte no Menongue e Kuito Kuanavale. Conta também com outras pistas em todos os municípios. Todas oferecem condições de aterrizagem de aviões de pequeno porte. A transportadora aérea nacional TAAG é a principal companhia que opera nesta região. EVENTOS Dos eventos que a província do Kuando Kubango tem realizado anualmente destaca se o 21 de Outubro, como feriado local. É nesta data que se realiza o concurso Miss Kuando Kubango. PROGRESSO À VISTA 13 Novembro 2013 Governador do Kuando Kubango anunciou inauguração de 60 escolas até finais de 2013 Sessenta novas escolas, do primeiro nível e II ciclo do ensino secundário foram inauguradas na província do Kuando Kubango até finais do ano de 2013, anunciou no município do Calai, o governador provincial, Higino Carneiro. O governante fez este pronunciamento durante uma actividade enquadrada nas comemorações do 11 de Novembro, Dia da Independência Nacional, tendo referido que as novas infra estruturas vão contribuir para a melhoria do sistema de ensino e aprendizagem nos nove municípios da província. A materialização desse projecto, ressaltou, está inserida na estratégia do Executivo de erradicar o analfabetismo no país. Anunciou ainda a construção de um instituto médio, em 2014, no município do Calai, onde nos próximos tempos poderá ser erguida uma unidade orgânica do ensino superior, para satisfazer VIA RODOVIÁRIA Com maior destaque a companhia de autocarros SGO e a Macom, que ligam o Kuando Kubango com o Bié e Huambo, a rota final Luanda. Conta se também com táxis privados e de outros meios particulares. VIA FERROVIÁRIA O Caminho de Ferro de Moçâmedes opera duas vezes por semana. as necessidades académicas dos estudantes da região. Higino Carneiro disse que o governo local está também engajado na criação de novos hospitais e outras infra estruturas sociais que vão necessitar de mais técnicos formados para garantirem o pleno funcionamento das referidas instituições. Apelou à juventude do Calai no sentido de se empenhar, cada vez mais, nas actividades estudantis e evitar as práticas indecorosas como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e uso de outras drogas, com vista a serem cidadãos dignos que possam ajudar no processo de desenvolvimento do país. 20 Novembro 2013 Em 1961, passa a sede do distrito do Kuando Kubango, pelo Diploma Legislativo Ministerial (DLM) nº 151, de 21 de Outubro, e é elevada à sede do Concelho de 1ª classe. Nesta perspectiva, o 21 de Outubro foi escolhido como Kuando Kubango acolheu o Fórum de Educação, uma promoção de conhecimentos e competências. O Fórum Provincial de Educação para Todos (EPT) no Kuando Kubango, que decorreu em Menongue, promoveu conhecimentos, competências e qualificações susceptíveis de contribuírem na identificação e Hospedagem Onde ficar? Para quem escala a cidade de Menongue, província do Kuando Kubango, pode hospedar se numa das seguintes hospedarias: Hospedaria Marginal Hospedaria Quimbo Maconda Hospedaria Kuando Kubango Samanhonga 23 de Março Mambicau Kandingo equacionamento das técnicas e metodologias eficazes em relação às estratégias no quadro metodológico da aceleração do milénio até A afirmação foi do governador do Kuando Kubango em exercício, Ernesto Kiteculo, quando presidia em Menongue, à abertura do fórum, que decorreu sob o lema Pela aceleração dos objectivos da Educação Para Todos, reforcemos a mobilização geral de Angola e África. Segundo o responsável, o fórum, sendo um espaço democrático e multidisciplinar, alargado, participativo, inclusivo e de debates dos desafios da educação para todos nas condições concretas da província, tendo em atenção os diferentes perfis dos municípios a serem apresentados em torno dos seus grandes objectivos, marcou, indiscutivelmente, o incontornável compromisso de todos os presentes. Este compromisso, avançou, reside na implementação das estratégias de metodologia de trabalho e melhoria dos mecanismos de gestão da informação sobre a Educação Para Todos, por forma Hospedaria Angola Nova Kambumbe Lodje Brilho da Estrêla Chingoma Bingo Bingo Solar de Alegria Kuito Mucuva Cuangar Calai Cuchi feriado municipal, altura em que se realizam as Festas da Cidade de Menongue, ex Serpa Pinto. De entre outros eventos tradicionais, destacam se os acampamentos masculinos de circuncisão, que ocorrem de Junho a Agosto. a tornar mais profícuo, hábil e permanentemente social e actual o processo de análise, tratamento e planificação das acções que concorrem directamente para a implementação dos grandes objectivos. As expectativas são enormes, uma vez que a partir deles, para a sua contribuição valiosa para que a operacionalização das medidas e acções sócio educativas e concretas se reflictam directamente na cobertura escolar, equidade do género e qualidade de educação, acrescentou. Ernesto Kiteculo augurou assim uma participação activa dos participantes. 22 Novembro 2013 Município do Kuchi acolheu acto provincial do Dia do Educador. A sede do município do Kuchi, a 93 quilómetros a oeste da cidade de Menongue, capital do Kuando Kubango, acolheu o acto provincial do 22 de Novembro, Dia do Educador, que foi presidido pelo governador da província em exercício, Pedro Camelo. v 54 > Imbondeiro > Outono-Inverno 2013 / 2014

55 2013-2º Trimestre Relatório Projecto Palanca Negra Por: Pedro Vaz Pinto Angola em pormenor Caros amigos, Segundo trimestre do O ano, normalmente marca a transição da época chuvosa para o cacimbo. Nunca foi uma época favorita para mim, já que Abril tende a ser demasiado molhado e com terreno inundado, ao passo que em Maio e Junho o capim caduco torna-se dominante e começam as queimadas, tornando o trabalho de campo desconfortável e não muito produtivo. Nunca é uma boa época do ano para observar os animais já que a nossa mobilidade é reduzida e eles têm demasiada cobertura. Se isto não bastasse, as chuvas abundantes da época chuvosa que finalizava atrasaram a sequência normal dos acontecimentos em pelo menos um mês. Até ao longo do mês de Junho, tivemos grande dificuldade em atravessar a baixa que define o limite ocidental do Parque da Cangandala. E sem surpresa, tivemos muito poucas observações de palancas a registar. O mais que conseguimos fazer, foi aproximar-nos algumas vezes da manada mais jovem, agora orgulhosamente controlada pelo magnífico Mercúrio (o primogénito da nova Cangandala). As tentativas de aproximação à manada maior, que inclui as fêmeas velhas e híbridos, não teve grande sucesso devido à natureza nervosa dos híbridos, vegetação densa e tornado pior devido à ausência do velho Duarte. Apesar dos nossos esforços não conseguimos detectar o seu sinal de rádio em nenhum local. Considerando a luta na vedação que foi reportada em finais de Março, receamos que já não tornaremos a ver o velho macho... Uma pena, já que ele tinha feito uma recuperação milagrosa depois do combate de 2012, mas de qualquer forma também já estava a ficar demasiado velho. Por outro lado o Ivan, como as câmaras ocultas confirmaram, parece tão forte como nunca e sem arranhões. O que nos preocupa, é que o Mercúrio possa ser o próximo na linha de sucessão sob o radar do Ivan, e mais cedo ou mais tarde possa ser desafiado para uma batalha... e não nos podemos dar ao luxo de perder o jovem Mercúrio! A maior surpresa no santuário foi encontrarmos um casal de nunces. Ao longo das últimas décadas os nunces foram quase extirpados da Cangandala (muito embora no Luando sejam ainda hoje comuns), e a última observação tinha sido em 2009 numa baixa alagadiça mais a sul. Certamente que não esperávamos que qualquer nunce tivesse ficado dentro do perímetro da vedação, onde o habitat nem é o mais atractivo para esta espécie. Os nunces na região geralmente preferem zonas abertas extensas associadas com linhas de drenagem. Contudo, um olhar cuidado ao registo fotográfico, deu-nos algumas pistas sobre como lá terão ido parar. Sendo uma fêmea adulta e um macho bastante jovem, tudo indica tratar-se de mãe e filho. Um cenário provável seria a fêmea ter penetrado na mata para parir há um ano atrás, precisamente quando a vedação estava a ser expandida e como resultado acabou aprisionada dentro do santuário com a sua cria. Mesmo que o habitat não seja o seu preferido, estarão a salvo dentro do santuário, e agora terão a responsabilidade de repovoar a área! Na Reserva do Luando, as chuvas também foram generosas, mas o facto mais preocupante foram os registos insistentes de caça furtiva, transmitidos pelos pastores. A caça furtiva parece de facto estar intimamente ligada com várias operações de exploração diamantífera estabelecidas ao longo do rio Kwanza, já que estão na origem de uma demanda crescente por carne de caça, e isto ainda não foi solucionado. E claro está, caçadores bem armados, não apenas constituem uma ameaça permanente para as palancas, mas também colocam as vidas dos pastores em perigo. Alguns passos estão a ser dados para lidar com esta crise, e tenho esperança que possa produzir resultados em breve. v Outono-Inverno 2013 / 2014 > Imbondeiro > 55

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