4.º COLÓQUIO DE ARQUEOLOGIA DO ALQUEVA

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1 4.º COLÓQUIO DE ARQUEOLOGIA DO ALQUEVA O Plano de Rega ( ) MEMÓRIAS d ODIANA 2.ª Série Estudos Arqueológicos do Alqueva

2 FICHA TÉCNICA MEMÓRIAS d ODIANA - 2.ª Série TÍTULO 4.º COLÓQUIO DE ARQUEOLOGIA DO ALQUEVA O Plano de Rega ( ) EDIÇÃO EDIA - Empresa de desenvolvimento e infra-estruturas do Alqueva DRCALEN - Direcção Regional de Cultura do Alentejo COORDENAÇÃO EDITORIAL António Carlos Silva Frederico Tátá Regala Miguel Martinho DESIGN GRÁFICO Luisa Castelo dos Reis / VMCdesign PRODUÇÃO GRÁFICA, IMPRESSÃO E ACABAMENTO VMCdesign / Ligação Visual TIRAGEM 500 exemplares ISBN DEPÓSITO LEGAL /13 FINANCIAMENTO EDIA - Empresa de desenvolvimento e infra-estruturas do Alqueva INALENTEJO QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Évora, 2014

3 ÍNDICE 9 INTRODUÇÃO 11 PROGRAMA 15 LISTAGEM DOS PÓSTERES APRESENTADOS 17 CONFERÊNCIAS 19 Alqueva Quatro Encontros de Arqueologia depois.... António Carlos Silva 34 O património cultural no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva: caracterizar, avaliar, minimizar, valorizar. Miguel Martinho 45 O Acompanhamento no terreno do Projecto EFMA na área da Extensão de Castro Verde do IGESPAR. Samuel Melro, Manuela de Deus Um mundo em negativo: fossos, fossas e hipogeus entre o Neolítico Final e a Idade do Bronze na margem esquerda do Guadiana (Brinches, Serpa). António Carlos Valera, Ricardo Godinho, Ever Calvo, F. Javier Moro Berraquero, Victor Filipe e Helena Santos 74 Intervenção arqueológica em Porto Torrão, Ferreira do Alentejo ( ): resultados preliminares e programa de estudos. Raquel Santos, Paulo Rebelo, Nuno Neto, Ana Vieira, João Rebuje, Filipa Rodrigues, António Faustino Carvalho 83 Contextos funerários na periferia do Porto Torrão: Cardim 6 e Carrascal 2. António Carlos Valera, Helena Santos, Margarida Figueiredo e Raquel Granja 96 Intervenção Arqueológica no sítio de Alto de Brinches 3 (Reservatório Serpa Norte): Resultados Preliminares. Catarina Alves, Susana Estrela, Eduardo Porfírio, Miguel Serra 103 Caracterização preliminar da ocupação pré-histórica da Torre Velha 3 (Barragem da Laje, Serpa). Catarina Alves, Catarina Costeira, Susana Estrela, Eduardo Porfírio, Miguel Serra, António M. Monge Soares, Marta Moreno-Garcia 112 Questões e problemas suscitados pela intervenção no Casarão da Mesquita 4 (S. Manços, Évora): da análise intra-sítio à integração e comparação regional. Susana Nunes, Miguel Almeida, Maria Teresa Ferreira, Lília Basílio 119 Um habitat em fossas da Idade do Ferro em Casa Branca 11, na freguesia de Santa Maria, concelho de Serpa. Susana Rodrigues Cosme 125 Poço da Gontinha 1 (Ferreira do Alentejo): resultados preliminares. Margarida Figueiredo 132 Currais 5 (S. Manços, Évora): diacronia e diversidade no registo arqueoestratigráfico. Susana Nunes,; Mónica Corga, Miguel Almeida, Lília Basílio ÍNDICE 5

4 137 A villa romana do Monte da Salsa (Brinches, Serpa): uma aproximação à sua sequência ocupacional. Javier Larrazabal Galarza 145 Dados para a compreensão da diacronia e diversidade do registo arqueológico na villa romana de Santa Maria. Mónica Corga, Maria João Neves, Gina Dias, Catarina Mendes 155 A pars rústica da villa da Insuínha 2, freguesia de Pedrógão, concelho da Vidigueira. Susana Rodrigues Cosme 162 A villa da Herdade dos Alfares (São Matias, Beja) no contexto do povoamento romano rural do interior Alentejano. Mónica Corga, Miguel Almeida, Gina Dias, Catarina Mendes 171 A necrópole de incineração romana da Herdade do Vale 6, freguesia e concelho de Cuba. Susana Rodrigues Cosme 178 Necrópole romana do Monte do Outeiro (Cuba). Helena Barranhão 185 O conjunto sepulcral do Monte da Loja (Serpa, Beja). Sónia Cravo e Marina Lourenço 191 O sítio de São Faraústo na transição da Época Romana para o Período Alto-Medieval, freguesia de Oriola, concelho de Portel. Susana Rodrigues Cosme 197 O sítio romano da Torre Velha 1. Trabalhos de (Barragem da Laje, Serpa). Adriaan De Man, Eduardo Porfírio, Miguel Serra 203 Análise preliminar dos contextos da Antiguidade Tardia do sitio Torre Velha 3 (Barragem da Laje - Serpa). Catarina Alves, Catarina Costeira, Susana Estrela, Eduardo Porfírio, Miguel Serra 212 A Necrópole de São Matias, freguesia de São Matias, concelho de Beja. Susana Rodrigues Cosme 219 Xancra II (Cuba, Beja): resultados preliminares da necrópole islâmica. Sandra Brazuna, Ricardo Godinho 225 Funchais 6 (Beringel, Beja) resultados preliminares. Manuela Dias Coelho, Sandra Brazuna 231 PÓSTERES Primeiros resultados da intervenção arqueológica no sítio Torre Velha 7 (Barragem da Laje - Serpa). Adriaan De Man, André Gregório, Eduardo Porfírio, Miguel Serra 237 A Torre Velha 3 (Serpa) no espaço geográfico. Uma abordagem morfológica de um sítio arqueológico. Miguel Costa, Eduardo Porfírio, Miguel Serra 242 O contributo da Antropologia para o conhecimento das práticas funerárias pré e proto -históricas do sítio de Monte da Cabida 3 (São Manços, Évora). Maria Teresa Ferreira 246 Villa Romana da Mesquita do Morgado (S. Manços, Évora): considerações acerca das práticas funerárias. Maria Teresa Ferreira ÍNDICE

5 250 Monte da Palheta (Cuba, Beja): dados para a caracterização arqueológica e integração do sítio à escala regional. Mónica Corga, Gina Dias 256 Aldeia do Grilo (Serpa): contributos para o estudo do povoamento romano na margem esquerda do Guadiana. Carlos Ferreira, Mónica Corga, Gina Dias, Catarina Mendes 261 Resultados preliminares de uma intervenção realizada no sítio Parreirinha 4 (Serpa). Carlos Ferreira, Susana Nunes, Lília Basílio 267 Depósitos cinerários em Alpendres de Lagares 3. Maria Teresa Ferreira, Mónica Corga, Marta Furtado 271 Workshop Dryas 09: Estruturas negativas da Pré e Proto-história peninsulares estado actual dos nossos conhecimentos... e interrogações. Miguel Almeida, Susana Nunes, Maria João Neves, Maria Teresa Ferreira 276 Intervenção arqueológica na Horta dos Quarteirões 1, Brinches, Serpa. Helena Santos 280 A Intervenção Arqueológica no Monte das Covas 3 (S. Matias, Beja): Os contextos romanos de época republicana. Lúcia Miguel 284 O Sítio do Neolítico antigo da Malhada da Orada 2 (Serpa): resultados preliminares. Ângela Guilherme Ferreira 289 Intervenção arqueológica nas necrópoles do Monte da Pecena 1 e Cabida da Raposa 2. Andrea Martins, Gonçalo Lopes, Marisa Cardoso 7 ÍNDICE

6 A VILLA DA HERDADE DOS ALFARES (SÃO MATIAS, BEJA) NO CONTEXTO DO POVOAMENTO ROMANO RURAL DO INTERIOR ALENTEJANO. MÓNICA CORGA 87 ; MIGUEL ALMEIDA 88 ; GINA DIAS 89 ; CATARINA MENDES 90 Resumo O estudo de impacte ambiental dos Blocos de Rega Alvito-Pisão confirmou o risco de afectação do sítio arqueológico da Herdade dos Alfares pela empreitada. Os trabalhos Dryas, limitados à área de afectação da conduta, revelaram vestígios de edificações do período romano imperial por toda a vertente voltada a Sudoeste da elevação em cujo topo eram já conhecidas estruturas arqueológicas atribuídas a uma villa. A articulação entre os núcleos edificados identificados, numa vertente cujo modelado também parece ter sofrido alterações relevantes desde a ocupação romana, é indispensável para a interpretação do funcionamento e diacronia do sítio e fundamental para a integração dos dados arqueográficos da Herdade dos Alfares na construção do conhecimento acerca da ocupação rural romana no interior alentejano. Abstract The CRM survey prior to the construction of a water infrastracture in Alvito-Pisão has confirmed the potential risk of negative impact on the Herdade dos Alfares archaeological site. Although strictly restricted to the 2m-wide trench needed for the water pipe installation, the Dryas archaeological operation has revealed the remains of roman imperial period buildings along a moderate facing SW slope of an hill where a roman villa was already known. Both the combined analysis of the distinct (partially) excavated buildings and the reconstruction of the slope surface evolution seem indispensable for the correct interpretation of the site s diachronic functioning and its role in the wider framework of the roman occupation of Alentejo. Introdução 162 A relocalização no terreno e observação de materiais arqueológicos de superfície em sede de estudo de impacte ambiental dos Blocos de Rega Alvito-Pisão confirmou o risco de afectação do sítio arqueológico da Herdade dos Alfares (São Matias, Beja) pelo traçado daquele projecto (Procesl, 2005). Os trabalhos de prospecção prévia no local, já referido em bibliografia da especialidade como uma villa de época Romana (Lopes, 2003), permitiram a identificação de uma vasta e continua mancha de materiais de superfície, então interpretada como resultante apenas da remobilização de níveis arqueológicos relacionados com os muros e piso aflorantes localizados no topo da elevação. A sensibilidade arqueológica do local e o elevado risco de impacto patrimonial significativo motivaram assim a realização de uma intervenção arqueológica preventiva de sondagens manuais e mecânicas orientada para a recolha de informações estratigráficas que pudessem completar os resultados dos trabalhos de superfície realizados em sede de EIA e caracterizar a natureza e potencial arqueológico do registo estratigráfico do sítio. Esta primeira fase de sondagens de pré-avaliação, conduzida por outra equipa de Arqueologia, revelar-se-ia inconclusiva (Marques, 2007) pelo que a EDIA, entidade promotora do projecto, optou pela realização de uma segunda intervenção de avaliação do potencial e riscos arqueológicos do local. Os resultados desta segunda avaliação motivariam a escavação arqueológica subsequente da totalidade da área do sítio afectada pelo projecto de engenharia (Almeida et alii, 2008; Almeida et alii, no prelo)

7 Estratégia e objectivos dos trabalhos de Arqueologia Na verdade, os resultados do nosso reconhecimento inicial da zona de intervenção definida e sua área envolvente, informados ainda por dados recuperados nos cortes da vala da conduta já aberta a norte, permitiram não só confirmar a grande dimensão da mancha de dispersão de materiais de superfície, mas também identificar de zonas de concentrações de materiais em alguns pontos da vertente e indícios de estruturas soterradas, observações prévias fundamentais para a implementação de uma estratégia de intervenção pertinente para a recuperação eficaz da informação arqueológica e subsequente compreensão do funcionamento da vertente e da história tafonómica das estruturas / níveis arqueológicos. Os resultados obtidos com esta nova prospecção foram posteriormente adicionados aos obtidos durante a escavação e integrados na interpretação posterior do sítio. Pudemos então observar que a mancha de dispersão de materiais arqueológicos correspondia à quase totalidade da vertente exposta a sudoeste sobre a margem da ribeira das Barreiras. Esta constatação indiciava claramente a existência de pelo menos uma ocupação de época Romana sediada nesta vertente e que, por força de processos erosivos de origem natural e/ou antrópica, alimentavam a mancha de dispersão actualmente observada. Tendo em conta este quadro prévio e a área disponível para intervenção, os nossos trabalhos de escavação iniciaram-se por um conjunto de quinze sondagens manuais dispersas por toda a área em que o traçado da futura conduta interceptava a zona de dispersão de materiais cartografada de modo a procurar os limites da ocupação preservada, obter um conhecimento dos processos envolvidos na evolução da vertente (em particular daqueles envolvidos na acumulação e dispersão dos materiais visíveis à superfície) e caracterizar arqueologicamente os níveis preservados. A confirmação de uma resposta positiva a esta primeira questão desde logo tornou indispensável a configuração de uma nova fase da intervenção de Arqueologia, dotada de objectivos e metodologias mais específicos às realidades identificadas e que culminou com a escavação da totalidade da área a afectar directamente pelo traçado da infra- -estutura. Assim, esta última fase de trabalhos visava fundamentalmente a delimitação de contextos arqueológicos relacionados com as estruturas positivas já identificadas, a caracterização das ocupações romanas do local, bem assim como a definição das plantas das estruturas que destas subsistissem, com base na análise da vertente e dos níveis relacionados com a sua degradação, a recolha de elementos adicionais para uma correcta caracterização cronológica, tipológica e funcional das diferentes ocupações que se implantaram no local e, por fim, a preservação pelo registo dos vestígios arqueológicos e informação associada nas zonas de afectação directa pelo projecto de engenharia. Os trabalhos arqueológicos no sítio Herdade dos Alfares permitiram identificar e registar um conjunto edificado de cronologia romana de dimensão total preservada superior a 1ha (Almeida et alii, 2008). De uma primeira observação da planta (fig.01) obtida resulta evidente que a faixa escavada atravessa vários complexos edificados que se prolongam para ambos os sentidos da área escavada até ao topo da pequena elevação em que se localizam. Ainda surge claro que a descontinuidade criada na vertente pela actual infra-estrutura rodoviária (dividindo esta encosta suave num sector mais elevado e outro mais próximo da ribeira) não existiria em época romana, desde logo porque a construção daquela infra-estrutura se sobrepôs, destruindo-as, a uma parte das estruturas antigas subjacentes. Esta encosta deveria por isso corresponder em época romana a uma unidade funcional, que certamente se articularia com a ribeira das Barreiras. Dadas as características do local, optámos, por questões de estratégia da intervenção, por dividir o espaço da intervenção em áreas, definidas pelas suas características arqueológicas e seriadas de A a I de que apenas descreveremos as que possuem vestígios arqueológicos preservados. Área B Área de maior potência estratigráfica, situada numa zona aplanada próxima do ponto culminante da elevação actual e das estruturas preservadas identificadas em EIA, onde identificadas 5 estruturas negativas que contêm nos seus enchimentos materiais arqueológicos de cronologia romana (fig.02). A homogeneidade cronológica dos materiais e a afinidade dos tipos de enchimento sugerem tratar-se de um núcleo único de utilização circunscrita no tempo. A fracção superior destas estruturas está actualmente destruída em resultado de ablação geral da fracção superficial da estratificação original do sítio. Contudo, foi-nos possível observar que todas as ocorrências identificadas cortam, para além dos níveis de substrato, uma unidade estratigráfica que inclui já materiais de cronologia romana ([ue4]). As estruturas identificadas, de evidente origem antrópica, correspondem a fossas com dimensões variadas. Na 163

8 Figura 1 Planta esquemática dos resultados da intervenção na Herdade dos Alfares. )LJXUD ² (VWUXWXUDV QHJDWLYDV LGHQWLÀFDGDV QR WRSR GD YHUWHQWH ÉUHD % durante o processo de escavação. maioria dos casos apresentam enchimentos intra-estratificados que incluem elementos pétreos de média dimensão, cinzas, materiais arqueológicos (cerâmica de construção, cerâmica comum, terra sigillata, vidro, metal) e fauna (mamalógica e malacológica). Todo o registo existente se encontra recoberto, depois de uma evidente descontinuidade estratigráfica, por uma unidade [ue1] que inclui material arqueológico em frequências absolutas muito significativas e com índices de rolamento diversos, mas genericamente reduzidos. Nesta área, esta unidade inclui dois níveis arqueológicos claramente identificáveis: [ue1 ] e [ue1 ], que correspondem a diferentes momentos no processo de formação do depósito [ue1]. Aqui, a unidade [ue1 ] é constituída maioritariamente por fragmentos de materiais cerâmicos de construção, ainda que integre percentagens muito importantes de fragmentos de recipientes de armazenamento (incluindo ânforas), bem como alguns elementos remobilizados de um piso em opus. Também foi recolhido um número não negligenciável de cerâmica fina (terra sigillata e lucernas), sempre em fragmentos muito reduzidos e estratigraficamente acumulados na fracção inferior do nível arqueológico, atestando uma clara estratificação interna deste nível arqueológico neste ponto da vertente. 164 Área C Esta área apresenta um nível de destruição bastante significativo, sendo que a coluvião identificada nas áreas A e B se sobrepõe aqui directamente à rocha de base. Do mesmo modo, o avanço pela vertente no seu sentido descendente vai diluindo a possibilidade de estratificação interna da unidade [ue1]. Neste depósito foram recolhidos, com distribuição indiferenciada por toda a sua potência, abundantes fragmentos de materiais de construção, mas quantidades muito menores de cerâmicas domésticas e finas. Em contrapartida, foi recuperado um volume consequente de escórias (de ferro e vidro) associadas a bolsas com elevado teor de carvões que considerámos integrantes e indistintas do depósito constituinte de [ue1]. Nesta área foi possível identificar os restos de um pequeno alinhamento pétreo, interior a uma vala pouco profunda escavada na rocha de base. A área delimitada pela estrutura negativa e murete encontrava-se preenchida por um depósito de coloração enegrecida, com elevado teor de carvões, que permitiu a recolha de materiais cerâmicos de construção, comuns e finos, fragmentos de elementos em ferro e um importante número de escórias de ferro.

9 Integra também esta área uma das sondagens de pré-avaliação anteriores à intervenção Dryas. O desentulhamento parcial de uma destas áreas foi enquadrado pelo objectivo de compreensão do registo arqueológico existente e da evolução estratigráfica da vertente, definido, desde logo, para a nossa intervenção. A escavação do nível de enchimento da sondagem arqueológica mecânica [uea] permitiu a recuperação de abundante material arqueológico, sobretudo fino (terra sigillata, fragmentos de lucernas, vidros, elementos em bronze, tesselas) em frequências relativas muito superiores às registadas para as nossas sondagens na mesma área da vertente, facto que não pode deixar de indiciar a realização durante os trabalhos anteriores de uma amostragem sobretudo dos materiais de maior porte, em desfavor dos fragmentos de menores dimensões. Assim, parece confirmar-se, ainda que com resultados prejudicados pelo desvio de amostragem produzido pelo processo utilizado na primeira intervenção no local, uma distribuição diferencial da atribuição funcional do material arqueológico recuperado que, nas áreas B e C compreende valores muito significativos (muito superiores aos registados nas restantes áreas) de materiais finos, materiais de revestimento (tesselas, estuque pintado, mármore) e de preenchimento (argamassas). Área D A área D abrange uma ligeira ruptura de pendente que separa o topo aplanado da vertente da sua fracção mediana, com maior inclinação. Toda a área é coberta pela camada de coluvião [ue1] sobreposta a todo o conjunto arquitectónico. No local foi identificado um conjunto muito significativo de estruturas, em posição estratigráfica bastante superficial e já muito destruídos pelas lavras, com orientação semelhante à das estruturas visíveis à superfície identificadas a oeste. Corresponde a um conjunto arquitectónico heterogéneo com uma complexa organização interna e cuja diversidade de soluções técnicas e arquitectónicas resulta na criação de espaços funcionais diferenciados. O conjunto edificado, é constituído por unidades sub-rectangulares, definidas por estruturas lineares de base pétrea construídas com recurso a alvenaria ordinária de elementos de origem local. Em apenas alguns dos compartimentos foram identificados vestígios de derrube de cobertura em tegulae e imbrices, o que indicia a restrição da sua utilização a zonas específicas deste conjunto edificado. Não foram identificados pavimentos cerâmicos ou cimentícios, mesmo naqueles compartimentos em que se preservava o derrube de cobertura, sugerindo que o chão seria maioritariamente em terra batida. De função mais específica, foram identificadas, no interior dos espaços edificados, várias estruturas negativas para instalação de recipientes cerâmicos. Destacamos 1) um vaso de grandes dimensões colocado verticalmente numa fossa escavada nas argilas de desagregação de base, de pasta de coloração laranja clara e superfícies rudemente alisadas, perfil em U e uma base progressivamente mais estreita até terminar numa espécie de bico ; 2) uma fossa de planta subcircular, perfil elíptico com profundidade aproximada 40cm, preenchida por tegulae completas ou em fragmentos de grandes dimensões, blocos de pedra afeiçoada, fragmentos de tijolo, placas de mármore de revestimento e um fundo de dolium completo; 3) uma estrutura negativa de planta subcircular e perfil sub-elíptico totalmente revestida a argila cozida com o fundo alisado e preenchida por parte de um derrube de cerâmica de cobertura. Foram ainda identificadas duas estruturas em cerâmica de construção associadas a muretes com fragmentos de cerâmica de construção dispostos em espinha. Trata-se de estruturas de planta quadrangular directamente sobre as argilas de desagregação constituídas por tegulae (ou fragmentos de tegulae) assentes sobre a sua face, dispostas em filas paralelas. A delimitá-las exteriormente foram utilizados fragmentos de outras tegulae dispostos obliquamente em relação ao plano principal da estrutura, formando, assim, uma espécie de caixa de reduzido desenvolvimento vertical, mas claramente superior ao actualmente registado (fig.03). Avançando para sudeste, mas ainda no interior desta área, identificámos uma estrutura em cerâmica de desenvolvimento linear, com orientação oeste- -este, largura inferior a 20cm e comprimento indeterminado. Esta estrutura é constituída por 3 fiadas paralelas e justapostas de fragmentos de materiais de construção (tijolo e tegula), dispostas verticalmente, assentes no seu lado maior. Consiste numa provável estrutura de drenagem, tipo caneiro, sem vestígios de cobertura. Figura 3 Estrutura de planta quadrangular associada a um murete em materiais cerâmicos dispostos de forma oblíqua. 165

10 )LJXUD ² $VSHFWR GR UHJLVWR GD HVWUDWLÀFDomR GD iuhd ( FRP LQGLFDomR GDV SULQFLSDLV XQLGDGHV LGHQWLÀFDGDV H UHSUHVHQWDomR esquematizada dos processos envolvidos. Figura 5 Aspecto do nível de oclusão do tanque em alvenaria de tijolo, sobre o qual foi colocado um piso em opus. Foi ainda identificado um alinhamento que apresenta uma solução arquitectónica um pouco diferenciada da utilizada nos restantes pontos do sítio. É construído a partir de um embasamento pétreo incluído numa vala, desenvolvendo-se, depois, em altura através de uma superestrutura em nódulos compactados de argamassa de cal. Área E Embora hoje registe uma pendente regular, esta Área E corresponderia no passado a uma zona de topografia muito mais acidentada, marcada pela presença do talvegue de uma linha de escoamento, que se fazia sensivelmente no sentido NW-SE, divergente do actual, porém já completamente imperceptível na topografia da vertente regularizada actual. Toda a área é coberta pela camada de coluvião sobreposta aos níveis identificados, mas que inclui aqui menores quantidades de material arqueológico. O limite superior do substrato rochoso sofre, nesta área uma ruptura de declive, que parece configurar o referido elemento integrante da rede de drenagem da vertente antiga, depois colmatado por uma dinâmica de acumulação de sedimentos transportados no contexto de dinâmicas eluviais e depois eluviais / coluviais. Desta forma, registámos uma estratificação interna no complexo estratigráfico 3, própria deste tipo de depósitos. A unidade de deposição inicial ([uea3 ]) é constituída por elementos grosseiros e alóctones, de arestas roladas e boleadas que denotam um fluxo com mais energia, enquanto a colmatação posterior ([uel3]) resultou de um processo gradual, menos energético, com deposição de elementos arenosos menos grosseiros e argilas. Este depósito inclui, desde o seu limite inferior, materiais arqueológicos de cronologia romana, o que parece indiciar que o processo de colmatação é contemporâneo e/ou posterior à primeira ocupação do local (fig.04). 166 Área F Esta área abrange a fracção inferior da vertente, com um declive regular não muito intenso, onde se regista a presença de um importante conjunto de estruturas construídas. Toda a área é coberta pela camada de coluvião [ue1] sobreposta a todo o conjunto arquitectónico, sendo que a sua estratificação interna não é aqui identificável. No local foi identificado um conjunto muito significativo de estruturas, em posição estratigráfica bastante superficial com um índice de preservação superior ao identificado na Área D, mas com orientação concordante com estas. O complexo consiste num conjunto de unidades de planta sub-rectangular. Para a construção foi utilizado o mesmo aparelho em pedra seca genericamente descrito para o sítio, resultando contudo evidente uma selecção mais criteriosa das matérias-primas e uma maior robustez do edificado. Foram identificados vários níveis de derrube de cerâmicas de cobertura in situ, bem como vestígios de pisos cimentícios. A reformulação de alguns destes compartimentos é bem visível, quer na criação de novas divisões internas dos compartimentos, quer na oclusão de estruturas pré-existentes. Testemunho desta diacronia é uma estrutura quadrangular tipo tanque identificada no interior de um dos compartimentos. Esta estrutura, enterrada nas argilas de base, tem

11 cerca de 1m² de lado (dimensão externa) e 30cm de profundidade e é construída com recurso exclusivo a tijolo e argamassa de cal dispostos em parede de ½ tijolo (c. 11cm) e aparelho à meia vez (direita-esquerda). A estrutura é rematada superiormente por uma bordadura igualmente em parede de ½ tijolo. O revestimento do fundo da estrutura é feito com recurso a areão fino de coloração amarela aglutinado por ligante à base de cal muito deteriorado. Encontrava-se preenchida por um nível de entulho constituído por um sedimento areno-argiloso que incluía essencialmente materiais cerâmicos de construção e comuns, nomeadamente material anfórico e também algumas pedras. Sobre este nível de entulho encontra-se parte de um pavimento cimentício com camadas de fundação em areão vermelho e acabamento em argamassa de cal e areia (fig.05). Área H A área H abrange parte de uma pequena plataforma aplanada na fracção inferior da vertente onde é evidente a evolução edáfica com base em dinâmicas de vertente com uma forte participação de água. Este processo, agravado pelo obstáculo criado na vertente pela construção de uma estrada, foi responsável por uma certa homogeneização pedológica dos depósitos que torna, hoje, difícil a sua caracterização como unidades distintas. Nesta área foram identificados vários alinhamentos pétreos em alvenaria seca, reduzidos ao seu nível basal. Os espaços definidos por estas estruturas prolongam-se para oeste e este da área intervencionada, isto é, para o exterior da área de afectação do projecto de engenharia e para debaixo da estada já construída. Os alinhamentos pétreos escavados, em posição estratigráfica muito superficial, e consequentemente, apenas preservados ao nível basal, apresentam características morfotécnicas e orientação semelhantes à das outras estruturas já descritas (fig.05). Componente artefactual: caracterização e localização diferencial Em resultado das diversas sondagens realizadas, podemos observar na totalidade da área abrangida pela intervenção a presença de um conjunto estratigráfico coluvionado cujo conteúdo arqueológico (semelhante ao espólio recolhido à superfície) constitui uma série de materiais morfo-tecnologicamente atribuíveis ao período romano (séc. I a IVd.C.). A análise deste conjunto permitiu verificar uma distribuição espacial diferencial do material arqueológico em que: 1) no topo da vertente se encontram sobretudo cerâmicas finas e materiais de construção nobres (tesselas, estuque pintado); 2) a meia vertente se destaca o volume de objectos em ferro e de escórias e, 3) à medida que nos aproximamos da base da vertente começam a encontrar-se frequências importantes de cerâmicas de armazenamento e alguns numismas. Os materiais cerâmicos que integram este pacote sedimentar coluvionado, onde por vezes se reconhece intra- -estratificação, têm em comum índices de rolamento das arestas e de degradação das superfícies que sugerem uma dinâmica evolução tafonómica dos níveis arqueológicos de que procedem originalmente os vestígios que encontrámos em posição secundária. Este conjunto estratigráfico sobrepõe-se por meio de uma evidente descontinuidade correspondente ao limite inferior das lavras a diversas estruturas positivas e negativas e níveis preservados que incluem material cerâmico cronologicamente integrável no Baixo Império. Contudo, se a localização estratigráfica dos vestígios atesta reduzidas movimentações verticais ou horizontais desde a sua deposição, o índice de preservação e rolamento, com arestas roladas e superfícies muito erodidas e por vezes com concreções, remete novamente para importantes fenómenos pós-deposicionais no local. Destaca-se no local uma importante presença de materiais cerâmicos importados. A análise morfo-tipológica do material anfórico permitiu a identificação de contentores do tipo Almagro 50 (finais séc. II/ inícios III d.c. séc. IVd.C.), Almagro 51, variante C (finais séc.ii/ inícios III d.c. séc. V d.c.), Dressel 20 (séc. I d.c. finais séc. III/ meados séc. IV d.c.) (Peacock e Williams, 1991). Predominam as ânforas de produção lusitana e bética para transporte de produtos piscícolas. Na amostra recuperada de terra sigillata predominam os fragmentos de fabricos hispânicos e africanos, de que destacamos as formas Hayes 14/17 (séc. II d.c. séc. III d.c.), Hayes 61 (séc. IV - V d. C.) (Hayes, 1972). A villa da Herdade dos Alfares Dos trabalhos realizados destaca-se a identificação de três importantes áreas edificadas (Áreas D, F, H) e uma área com um núcleo de estruturas negativas (Área B). Apesar de muito parcelar, a escavação integral das zonas de afectação do projecto ao longo dos seus dois eixos que interceptam a área da estação permitiu-nos fazer uma reconstituição arqueo-estratigráfica fiável do sítio, recuperando elementos relevantes para a compreensão, pelo menos parcial, da planta do sítio e diacronia da sua ocupação. 167

12 Figura 6 Modelo e registo arqueológico. Figura 7 Proposta de reconstituição da história do sítio. 168 De uma forma genérica, a estratificação existente no local foi afectada pelos trabalhos de agricultura cerealífera ali levados a cabo até ao momento actual, nomeadamente com recurso a maquinaria de médio a grande porte, responsáveis pela ablação da fracção superior da estratificação e destruição quase total daqueles edifícios de cronologia romana até cotas pouco superiores à base das estruturas construídas. De facto, apenas excepcionalmente se preservam estruturas acima do seu nível da fundação, por força da sua sujeição reiterada à acção negativa do arado. A ocupação da Herdade dos Alfares terá ocorrido de forma continuada entre os séculos I (finais) e IV d.c., como nos surge evidente pela análise preliminar do conjunto arqueológico recuperado e pelas evidências de várias reformulações do conjunto edificado. A construção terá portanto ocorrido ao longo deste longo período de ocupação, estando naturalmente preservados sobretudo os indícios da ocupação mais tardia. O ritmo destas construções, porém, não nos é ainda acessível, por insuficiência dos dados de correlação estratigráfica produzidos, em virtude da natureza e limitações da intervenção (fig.06). Com base nas observações estratigráficas realizadas no terreno, elaborámos um modelo da estratificação do sítio arqueológico da Herdade dos Alfares, de que deriva uma reconstituição dos processos de formação do sítio, incluídos

13 aqueles que resultam da sua ocupação antrópica do local, os processos não antrópicos de evolução do modelado da vertente e os processos pós-deposicionais de evolução da estratificação e dos níveis arqueológicos após a sua deposição original (fig.07). Assim: t1) À data do início da ocupação romana, o local do sítio arqueológico da Herdade dos Alfares consistia numa vertente suave exposta a Sudoeste na qual aflorava a espaços o substrato gabro-diorítico, sem que nos seja possível avaliar se a generalidade da vertente estaria então coberta por outros depósitos, entretanto erodidos, ou exporia directamente materiais resultantes da meteorização do substrato; do mesmo modo, também não dispomos de elementos para avaliar da natureza do seu eventual coberto vegetal; t2) Em todos os casos, reconhecemos como primeiro testemunho da presença romana no local a abertura das valas de fundação de estruturas em diversos pontos da vertente, afectando inclusivamente os níveis daquela formação geológica de base e da sua meteorização superficial, sendo a construção dos edifícios feita com recurso a matérias-primas maioritariamente locais; t2 ) Durante esta ocupação romana da vertente, ter-se-ão constituído, em diversos pontos, acumulações de lixo resultantes de reformulações de estruturas e/ou de dejectos produzidos quotidianamente; t3) Em momento posterior, teve início a primeira remobilização de materiais arqueológicos romanos que pudemos identificar incluídos em depósitos coluviais e elúvio-coluviais, respectivamente nas áreas de uma antiga ruptura de pendente e do limite nordeste da ocupação; As primeiras camadas do conjunto estratigráfico 3 formam-se inicialmente através de um processo de transporte eluvial, sendo progressivamente colmatado por sedimentos em que a dinâmica coluvial vai ganhando importância; t4) Em dado momento da ocupação romana, impossível de precisar, mas em que os processos coluviais de t3 continuam activos, é feita a escavação de estruturas negativas na fracção superior da vertente. Estas estruturas são preenchidas com dejectos domésticos resultantes de actividades próprias da ocupação em níveis intra-estratificados que intercalam cinzas com abundantes quantidades de fauna, cerâmicas e calhaus; t5) Com o fim da ocupação, as estruturas entram em ruína ou são desmanteladas, mantendo-se, no entanto, importantes vestígios dos momentos anteriores e coetâneos do colapso estrutural dos edifícios, nomeadamente através de derrubes preservados, pisos e da fundação de estruturas edificadas; t6) Os vestígios da ocupação, agora abandonada, dispersam-se por toda a vertente; O coluvionamento é claramente polifásico, dada a intercalação de níveis arqueológicos lenticulares e bem diferenciados que acompanham de modo regular a topografia original da vertente, com menor componente arqueoclástica no seio dos mesmos depósitos coluvionares; A superfície topográfica altera- -se no decurso desta dinâmica de erosão acreção; A distribuição espacial diferenciada dos vários tipos de vestígios arqueológicos indicia tratar-se aqui da degradação de diferentes áreas funcionais no interior de diferentes estruturas (já escavadas ou ainda ausentes do registo arqueoestratigráfico conhecido) e/ou de vários pontos de acumulação de lixos de natureza diferenciada. 7) A sequência estratigráfica descrita será, então, progressivamente ocultada em virtude de processos naturais e antrópicos de acreção e coluvionamento da vertente. A diversidade das áreas identificadas e das técnicas construtivas utilizadas, a repartição diferencial de conjuntos artefactuais morfotipologicamente e funcionalmente distintos reforçam as observações acerca de uma divisão funcional do espaço em provável articulação complementar (pars urbana, pars rustica, pars frumentaria) e acentuada por uma segmentação espacial pré-existente imposta por um canal de escoamento. A Herdade dos Alfares no contexto do povoamento rural romano do interior alentejano Graças à multiplicação dos trabalhos de minimização de impacto arqueológico no quadro do empreendimento de infra-estruturas de Alqueva, que afecta maioritariamente implantações topográficas distintas das opções romanas de instalação da pars urbana das villae, temos assistido recentemente a um acréscimo significativo de dados para a discussão dos contextos de produção no Alentejo durante a época Romana. Esta discussão insere-se no âmbito de um crescente debate científico que demonstra um interesse renovado acerca dos problemas inerentes à organização da produção local e às redes de interacção a uma escala regional, tradicionalmente secundarizados em favor do estudo da pars urbana e das questões sócio-políticas e culturais da ocupação romana (Peña Cervantes, 2006; Aguilar Sáenz, 1991). Se a escavação integral da área afectada pelo projecto se revelou decisiva para a obtenção de elementos sobre a diversidade funcional na villa, a estrita restrição dos trabalhos de Arqueologia ao corredor de afectação da conduta impediu a recolha de dados indispensáveis para uma melhor articulação das diferentes realidades observadas em cada um dos núcleos edificados. Esta articulação entre os ditos núcleos edificados, localizados numa vertente cujo modelado também parece ter sofrido alterações relevantes desde a ocupação romana, será indispensável para a interpretação do funcionamento e diacronia do sítio e fundamental para a integração dos dados arqueográficos da Herdade dos Alfares na construção do conhecimento acerca da ocupação rural romana no interior alentejano. 169

14 Figura 8 Mapa de povoamento romano da região (a partir de Lopes, 2003). Uma correlação mais fundamentada de todas as estruturas escavadas até hoje exigirá, porém, a realização de novos trabalhos de Arqueologia no local. Do mesmo modo, a compreensão do papel da Herdade dos Alfares na rede de povoamento e estratégias económicas da região em época Romana, numa zona densamente povoada desde época romana (Lopes, 2003) implicam a integração dos resultados em análise de âmbito mais vasto e a articulação de investigação futura com os resultados de projectos de investigação fundamental, levantamentos arqueológicos e intervenções de Arqueologia preventiva (fig.08). Aguilar Sáenz, A. (1991) Dependencias con funcionalidad agrícola en las villas romanas de la Península Ibérica. Gérion. Homenage al al Dr. Michel Ponsich. Madrid / Editorial de la Universidad Complutense de Madrid. Almeida, M. et alii [Corga, M.; Nunes, S., Couto, R.] (2008) Intervenção de Arqueologia Preventiva no sítio da Herdade dos Alfares. Relatório final de trabalhos arqueológicos. Coimbra: Dryas Arqueologia (Policopiado). Cópias entregues à EDIA Empresa de Infra-estruturas de Alqueva, S.A. e ao IPA Instituto Português de Arqueologia. 170 Almeida, M. et alii [Nunes, S., Corga, M.] (no prelo) Herdade dos Alfares, um case study sobre o estado da Arqueologia preventiva em Portugal. Actas do I CPAE. Hayes, J. W. (1972) Late Roman pottery. London. Lopes, M.C. (2003) A cidade romana de Beja. Percursos e debates acerca da civitas de Pax Ivlia. Universidade de Coimbra: Coimbra. Marques, F. e Marques, F. (2007) Minimização de impactes sobre o património arqueológico decorrentes da implantação do Bloco de Rega Cuba Este Sítio arqueológico da Herdade dos Alfares. Relatório preliminar de trabalhos arqueológicos. Porto: Mythica Arqueologia (Policopiado). Peacock, D.P.S e Williams, D.F. (1991) - Amphorae and the Roman economy - an introductory guide. Longman: London / New York. Peña Cervantes, Y. (2006) - Producción de vino y aceite en los asentamientos rurales de Hispania durante la Antigüedad Tardia (s. IV-VII d.c.). CuPAUAM ( ): pp Procesl (2005) - Estudo de Impacte Ambiental dos Blocos de Rega Alvito-Pisão.

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