SEGUNDAS ALTERAÇÕES AO REGULAMENTO DO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE GUARDA-NOCTURNO NO MUNICÍPIO DE SINTRA
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- Geraldo Medina Castro
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1 SEGUNDAS ALTERAÇÕES AO REGULAMENTO DO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE GUARDA-NOCTURNO NO MUNICÍPIO DE SINTRA DELIBERADO PELA CÂMARA MUNICIPAL DE SINTRA EM 25/NOV/2016 APROVADO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SINTRA EM 12/DEZ/2016 Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página1
2 SEGUNDAS ALTERAÇÕES AO REGULAMENTO DO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE GUARDA-NOCTURNO NO MUNICÍPIO DE SINTRA PREÂMBULO Em 1 de Janeiro de 2003, entrou em vigor o Decreto-Lei nº 284/2002, de 25 de Novembro, que transferiu para as câmaras municipais a competência para o licenciamento de diversas actividades até então cometidas aos governos civis, entre as quais a de guarda-nocturno. No número 2 do artigo 4 do Decreto-Lei n. 264/2002, de 25 de Novembro, o legislador estabeleceu queo regime jurídico do licenciamento municipal do exercício e da fiscalização das diversas actividades previstas seria objecto de diploma próprio, o que veio a acontecer através do Decreto-Lei n. 310/2002,de 18 de Dezembro. Tendo entrado em vigor, também a 1 de Janeiro de 2003, o Decreto-Lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro procedeu-se à sua regulamentação, dando cumprimento ao disposto no número 1 do artigo 53. Foi esse o intuito do Regulamento do Exercício da Actividade de Guarda-nocturno no Município de Sintra, aprovado pela Assembleia Municipal de Sintra em 10 de Outubro de Em 1 de Julho de 2008, através da publicação do Decreto-Lei n. 114/2008, foram aprovadas alterações ao regime constante do Decreto-Lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro, designadamente quanto a medidas de protecção e reforço do exercício da actividade de guarda-nocturno e a criação do registo nacional de guardas-nocturnos. Houve assim necessidade, cumprindo aliás com o disposto na norma transitória inserta no final do Decreto-Lei n. 114/2008, de adaptar o regulamento existente ao novo diploma. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página2
3 O Regulamento foi sujeito a audiência dos interessados, nos termos do artigo 117.º do Código de Procedimento Administrativo, tendo o mesmo sido concomitantemente submetido, nos termos do disposto no artigo 118.º do mesmo diploma, a apreciação pública, pelo prazo de trinta dias. Foram considerados no âmbito do parágrafo anterior os contributos então expendidos pela Guarda Nacional Republicana e pela Comandante da Polícia Municipal de Sintra. Assim, ao abrigo do disposto no artigo 241. da Constituição da República Portuguesa, na alínea a) do n 2 do artigo 53. da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro, no artigo 9. e no n. 1 do artigo 53. do Dec.-Lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n. 114/2008 de 1 de Julho de 2008, a Assembleia Municipal de Sintra, sob proposta da Câmara Municipal formulada nos termos da alínea a) do n. 6 do artigo 64 da Lei n. 169/99, de 18 de Setembro, aprovou em 27 de Fevereiro de 2009, o Regulamento do Exercício da Actividade de Guarda-nocturno no Município de Sintra. Com a publicação da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, a qual aprova o Regime Jurídico da Actividade de Guarda-noturno, torna-se necessário, nos termos do respectivo artigo 44º proceder à adequação do regulamento municipal aprovado ao abrigo de legislação anterior no prazo de 180 dias após a entrada em vigor do novo diploma. Foi assim determinado em 9 de Setembro de 2015 o início do procedimento de adaptação do Regulamento do Exercício da Actividade de Guarda-nocturno no Município de Sintra ao Regime Jurídico aprovado pela Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, sendo constituído um Grupo de Trabalho para o efeito pelo Despacho nº 59- P/2015. Decorreu a prévia constituição de interessados de acordo com o estatuído no nº 1 do artigo 98º do CPA, com a publicitação de Aviso no site da Câmara Municipal de Sintra em 8 de Outubro de Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página3
4 Entre 8 de Outubro de 2015 e dia 19 de Novembro de 2015, prazo que excede os usuais 30 dias para o efeito, não houve a constituição de quaisquer interessados nos termos legais. Não obstante, foram objecto de audição, nos termos do artigo 100º do CPA as forças de Segurança, as Juntas de Freguesia do Município de Sintra, a Associação Empresarial de Sintra e a Associação Nacional de Guardas Nocturnos. Participaram com contributos o Destacamento Territorial de Sintra da Guarda Nacional Republicana, a União das Freguesias de Queluz e Belas e a Associação Nacional de Guardas Nocturnos. O Projecto de Regulamento, foi sujeito a consulta pública nos termos do artigo 101º do CPA, através da publicação do Aviso nº 8731 / 2016, do Município de Sintra, na II Série do Diário da República nº 132 de 12 de julho de 2016, sem prejuízo da demais publicitação, nos termos legais. Não foram apresentados quaisquer contributos no âmbito da consulta pública. Assim, nos termos do disposto nos artigos 112.º número 8 e artigo 241.º, da Constituição da República Portuguesa, dos artigos 135º e seguintes do Novo Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 4/2015, de 7 de Janeiro, no preceituado na alínea g) do número 1 do artigo 25.º do Regime Jurídico aprovado pela Lei nº 75/2013, de 12 de Setembro, a Assembleia Municipal de Sintra, reunida na sua 5ª. Sessão Extraordinária em 12 de Dezembro de 2016, sob proposta da Câmara Municipal de acordo com previsto alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º, do Regime atrás referido, aprova as Segundas Alterações ao Regulamento do Exercício da Actividade de Guarda-nocturno no Município de Sintra. Foram objeto de alteração ou aditamento o Preâmbulo as seguintes disposições: Artigo 1º; nº 2 do artigo 3º; artigo 3º-A; nºs 1, 4 e 5 do artigo 4º; artigo 5º; nºs 1, 3 e 4 do artigo 6º; nºs 1 e 3 do artigo 7º; nº 2 do artigo 8º; artigo 9º; artigo 9º-A; Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página4
5 artigo 9º-B; artigo 9º-C; artigo 10º; artigo 10º-A; artigo 10º-B; artigo 11º; artigo 12º; artigo 13º; artigo 14º; artigo 15º; artigo 18º; artigo 19º; nº 3 do artigo 20º; artigo 21º; nº1 do artigo 22º; nºs 1 e 2 do artigo 23º; artigo 24º; artigo 25º; artigo 26º; artigo 28º; artigo 30º; artigo 31º; artigo 32º e artigo 34º. Foram objecto de revogação: Artigo 16º, artigo 29º e nº1 do artigo 33º. As alterações, aditamentos e revogações, encontram-se integradas ou expressamente assinaladas no Regulamento o qual se republica como texto consolidado, a publicitar nos termos legais e a entrar em vigor no prazo de 5 dias após a respectiva publicação em Diário da República. Assim: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1º - Lei habilitante O presente Regulamento é elaborado ao abrigo e nos termos dos artigos 112º, nº 8 e 241.º da Constituição da República Portuguesa, dos artigos 135º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 4/2015, de 7 de Janeiro, da alínea g) do nº 1 do artigo 25.º e alínea k) do n.º 1 do artigo 33.º, ambas do Regime Jurídico aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro e do artigo 44. da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. Artigo 2º - Objecto e âmbito O presente Regulamento estabelece o regime da actividade de guarda- nocturno, exercida no Município de Sintra. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página5
6 Artigo 3º - Delegação e subdelegação de competências 1 As competências conferidas à Câmara Municipal podem, nos termos da lei, ser delegadas no Presidente da Câmara, com faculdade de subdelegação nos Vereadores. 2 As competências cometidas ao Presidente da Câmara podem, nos termos da lei, ser delegadas nos Vereadores, com faculdade de subdelegação nos dirigentes dos serviços municipais, quando tal for admissível, de acordo com previsto no artigo 38º do Regime Jurídico aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro. Artigo 3º-A - Gestão do Regulamento 1 - A gestão do disposto no presente regulamento incumbe à Câmara Municipal, através do Gabinete de Licenciamento de Actividades Económicas e Gestão de Mercados (GLAE). 2 Sem prejuízo no disposto no nº anterior e em articulação com a unidade orgânica aí referida, incumbe especialmente ao Departamento de Recursos Humanos colaborar no processo de selecção dos guardas-nocturnos. 3 - Incumbe especialmente ao Departamento de Segurança e Emergência colaborar tecnicamente com o GLAE apoiando-o, em termos da delimitação das áreas de intervenção, bem como no âmbito das respectivas atribuições e concretamente da Divisão de Polícia Municipal e Fiscalização, proceder à fiscalização da actividade de guarda-nocturno, prevista no nº1 do artigo 39º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. 4 Em caso da alteração da Estrutura Nuclear ou Flexível, as incumbências referidas nos números anteriores reportam-se às unidades orgânicas com competências análogas. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página6
7 CAPÍTULO II Criação, modificação e extinção do serviço de guardas-nocturnos Artigo 4. - Criação 1 - Compete à Câmara Municipal deliberar sobre a criação do serviço de guardasnocturnos em cada localidade do Município e fixar as áreas de actuação de cada guarda-nocturno, ouvido o Comandante do Destacamento Territorial de Sintra da Guarda Nacional Republicana ou o Comandante da Divisão de Sintra da Policia de Segurança Pública, conforme a localização da área a vigiar. 2 - Os pareceres referidos no número anterior são obrigatórios e vinculativos, devendo ser emitidos pelas entidades ou serviços no prazo de dez dias úteis. 3 - No termo do prazo referido no nº 2, o comportamento silente presume-se como parecer favorável. 4 São igualmente ouvidas as juntas de freguesia pertinentes, cujo parecer é obrigatório, mas não vinculativo. 5 As juntas de freguesia, as associações de moradores e as associações de comerciantes podem tomar a iniciativa de requerer a criação do serviço de guardasnocturnos em determinada localidade, bem como a fixação das áreas de actuação de cada guarda-nocturno. Artigo 5 - Conteúdo da deliberação Da deliberação, ou decisão, na eventualidade da competência se encontrar delegada ou subdelegada, que proceda à criação do serviço de guardas-nocturnos numa determinada localidade deve constar: Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página7
8 a) A identificação da localidade pelo nome da freguesia ou freguesias e Município a que pertence; b) A definição das possíveis áreas de actuação de cada guarda-nocturno, anexando planta com a delimitação física da área em causa; c) A referencia à audição prévia do Comandante do Destacamento Territorial de Sintra da Guarda Nacional Republicana ou o Comandante da Divisão de Sintra da Policia de Segurança Pública, conforme a localização da área a vigiar. Artigo 6. - Modificação 1 Compete à Câmara Municipal deliberar sobre a modificação das áreas de actuação de cada guarda-nocturno, ouvidos o Comandante do Destacamento Territorial de Sintra da Guarda Nacional Republicana ou o Comandante da Divisão de Sintra da Policia de Segurança Pública, conforme a localização da área a vigiar. 2- O processo de audição constante do número anterior é similar ao referido nos números 2 e 3 do artigo 4º; 3 São igualmente ouvidas as juntas de freguesia pertinentes, bem como o respectivo guarda-nocturno. 4 As juntas de freguesia, as associações de comerciantes e as associações de moradores podem tomar a iniciativa de requerer a modificação das áreas de actuação. 5-A iniciativa prevista no número anterior pode igualmente ser tomada pelo conjunto dos guardas-nocturnos de determinada localidade. Artigo 7º - Extinção 1 - Compete à Câmara Municipal deliberar sobre a extinção do serviço de guardasnocturnos em cada localidade do Município, ouvidos o Comandante do Destacamento Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página8
9 Territorial de Sintra da Guarda Nacional Republicana ou o Comandante da Divisão de Sintra da Policia de Segurança Pública, conforme a localização da área a vigiar. 2- O processo de audição constante do número anterior é similar ao referido nos números 2 e 3 do artigo 4º; 3 São igualmente ouvidas as Juntas de Freguesia cujo território se encontre abrangido. Artigo 8. - Publicitação 1 - A deliberação de criação ou extinção do serviço de guardas-nocturnos em cada localidade ou de fixação ou modificação das áreas de actuação de cada guardanocturno é publicitada nos termos legais e objecto de divulgação na página da Câmara na Internet. 2 Sem prejuízo dos procedimentos de registo junto da Direcção Geral das Autarquias Locais, a Câmara Municipal publica no seu site um registo actualizado dos serviços de guarda-nocturno existentes no Município, com referência às áreas de actuação de cada guarda-nocturno e ao responsável, em termos institucionais, da força de segurança que com ele se articula. CAPITULO III Licenciamento, Recrutamento e Selecção para a Actividade de Guarda-nocturno Secção I - Licenciamento Artigo 9. - Licenciamento 1 - O exercício da actividade de guarda-nocturno carece de licenciamento municipal, nos termos do artigo 20. da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página9
10 2 A atribuição da licença para o exercício da actividade de guarda-nocturno constitui uma competência própria do Presidente da Câmara, sendo aplicável quanto à matéria o disposto no nº 2 do artigo 3º. 3 Sem prejuízo de toda a tramitação prévia e necessária ao processo de recrutamento e selecção dos candidatos, nos termos legais, a emissão da licença e do cartão de identificação com a mesma validade que habilite o interessado ao exercício da actividade, depende de: a) Pagamento prévio e integral de todas as taxas que sejam devidas nos termos do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município de Sintra em vigor; b) Prova bastante da celebração de contrato de seguro em vigor, nos termos previstos na lei habilitante. 4 A licença tem validade trienal, a contar da respectiva emissão. 5 - O modelo de licença de guarda-nocturno é aprovado pelo Presidente da Câmara, sob proposta do serviço gestor do processo. 6- O modelo de cartão de identificação de guarda-nocturno é definido por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das autarquias locais e da administração interna. Artigo 9. -A - Renovação do Licenciamento 1 - A competência para renovação do licenciamento, por igual período ao constante do nº 4 do artigo anterior, constitui uma competência própria do Presidente da Câmara, sendo aplicável quanto à matéria o disposto no nº 2 do artigo 3º. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página10
11 2 Em relação à renovação dos títulos rege o disposto no artigo 30º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. 3 Sem prejuízo dos demais requisitos expressamente constantes na lei é aplicável à renovação da licença o disposto na alínea a) do nº 3 do artigo anterior. Artigo 9. -B - Taxas São devidas taxas pela emissão e renovação de licença para o exercício da actividade de guarda-nocturno, nos termos do Regulamento e Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município de Sintra. Artigo 9. -C - Precaridade da Licença e Medidas da Tutela da Legalidade 1 - As licenças concedidas nos termos do Regime Jurídico da Actividade de Guardanocturno podem ser revogadas pela câmara municipal, a qualquer momento, após a realização da audiência prévia do interessado, com fundamento na infracção das regras estabelecidas para a respectiva actividade e na inaptidão do seu titular para o respectivo exercício 2 Sem prejuízo do disposto no artigo 124º do Código de Procedimento Administrativo, o projecto de revogação da licença deve ser notificado ao interessado para que, querendo, o mesmo se pronuncie, por escrito, no prazo de dez dias úteis. 3 - Sempre que o guarda-nocturno seja detido em flagrante delito pela prática de qualquer crime, o Presidente da Câmara pode determinar a suspensão provisória da actividade, no máximo de dois anos. 4 - A ocorrência de qualquer dos factos previstos no presente artigo, excepto no caso do número anterior, não confere ao guarda-nocturno qualquer direito a indemnização por prejuízos decorrentes da limitação ou do não exercício da sua actividade. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página11
12 5 Quando se comprovar por sentença transitada em julgado a absolvição do arguido do crime referido no nº 3, assiste-lhe o direito de solicitar ao abrigo do Regime da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado e Demais Entidades Públicas, aprovado pela Lei n.º 67/2007, de 31 de Dezembro, a indemnização que julgue devida. Secção II - Recrutamento e Selecção Artigo Procedimento 1 Criado o serviço de guardas-nocturnos numa determinada área oulocalidade e fixadas as áreas de actuação de cada guarda-nocturno, a Câmara Municipal, promove o recrutamento e a selecção de candidatos paraa atribuição das licenças disponíveis. 2 O procedimento recrutamento e a selecção dos candidatos é lançado preferencialmente para uma Freguesia ou União de Freguesias atendendo à divisão administrativa vigente. 3 O recrutamento e a selecção dos candidatos é da responsabilidade do júri designado nos termos do artigo 27º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. 4 Sem prejuízo da possibilidade de delegação da competência, nos termos do nº 2 do artigo 36º do Regime Jurídico aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro e do nº 2 do artigo 3º, o Presidente do júri pode ser substituído nas suas faltas e impedimentos pelo Vice-Presidente da Câmara, ao abrigo do artigo 42º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 4/2015, de 7 de Janeiro. 5 O júri é apoiado no processo referido no nº 3 pelo Departamento de Recursos Humanos, sendo o secretário do júri designado pelo respectivo Presidente de entre os dirigentes e técnicos superiores daquela unidade orgânica. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página12
13 Artigo 10. -A - Abertura do Procedimento e sua Divulgação 1 O processo de selecção inicia-se com a publicação no Boletim Municipal, num jornal local ouregional e a publicitação por afixação na Câmara Municipal e nas juntas de freguesia da localidade em causa, do aviso de abertura do processo de selecção. 2 Quando, face à sua periodicidade, inexista um Boletim Municipal disponível para promover a publicação do Aviso, a mesma decorre através da inserção do mesmo na página da Câmara Municipal na Internet, sem prejuízo do recurso aos restantes meios referidos na lei e no número anterior. 3 O aviso de abertura do processo de recrutamento deve conter os elementos constantes do nº 2 do artigo 22º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, sendo que, caso necessário, a respectiva alínea a) deve ser complementada pela identificação da localidade e área ou áreas de actuação onde o serviço vai ser prestado. 4 A composição do júri, constituído de acordo com o previsto no artigo 27º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, deve ser publicitada desde o início do procedimento, atentas as necessárias exigências de transparência relativamente ao mesmo. Artigo B - Admissão de Candidaturas e Requisitos de Admissão 1 - O prazo para apresentação de candidaturas é de 15 dias úteis, contados da data de publicação e publicitação do aviso de abertura referido no artigo 22º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto e no artigo anterior. 2 Os requisitos de admissão dos candidatos, de acordo com o artigo 23º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, são os seguintes: a) Ter nacionalidade portuguesa, ser cidadão de um Estado membro da União Europeia ou, em condições de reciprocidade, de país de língua oficial portuguesa; b) Ter mais de 21 anos e menos de 65 anos; Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página13
14 c) Possuir a escolaridade mínima obrigatória; d) Possuir plena capacidade civil; e) Não ter sido condenado, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime doloso previsto no Código Penal e demais legislação penal; f) Não exercer, a qualquer título, cargo ou função na administração central, regional ou local; g) Não exercer a actividade de armeiro nem de fabricante ou comerciante de engenhos ou substâncias explosivas; h) Não ter sido sancionado, por decisão transitada em julgado, com a pena de separação de serviço ou pena de natureza expulsiva das Forças Armadas, dos serviços que integram o Sistema de Informações da República Portuguesa ou das forças e serviços de segurança, ou com qualquer outra pena que inviabilize a manutenção do vínculo funcional, nos cinco anos precedentes; i) Não se encontrar no activo, reserva ou pré-aposentação das forças armadas ou de força ou serviço de segurança; j) Não ser administrador ou gerente de sociedades que exerçam a actividade de segurança privada, director de segurança ou responsável pelos serviços de autoprotecção, ou segurança privado em qualquer das suas especialidades, independentemente da função concretamente desempenhada; k) Possuir robustez física e o perfil psicológico para o exercício das funções, comprovados por atestado de aptidão emitido por médico do trabalho, o qual deve ser identificado pelo nome e número da cédula profissional, nos termos previstos na lei; l) Ter frequentado, com aproveitamento, curso de formação de guarda-nocturno nos termos estabelecidos no artigo 28.º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto; m) Não estar inibido do exercício da actividade de guarda-nocturno. 3 - Os candidatos devem reunir os requisitos descritos no número anterior até ao termo do prazo fixado para a apresentação das candidaturas. 4 O candidato ao exercício da actividade de guarda-nocturno deve ser objecto de exclusão quando não reunir os requisitos ou critérios de admissão constantes no nº 2. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página14
15 5 Sob a responsabilidade do júri é elaborada uma lista provisória de candidatos admitidos e excluídos, do processo de recrutamento, com indicação sucinta dos motivos de exclusão, a qual é sujeita a audição dos excluídos, para pronúncia dos mesmos no prazo de 10 dias úteis, de acordo com o artigo 112º e seguintes do Código de Procedimento Administrativo. 6 Após a participação e decididas as reclamações a que haja lugar, o júri delibera quanto à lista definitiva de candidatos admitidos e excluídos, do processo de recrutamento, com indicação sucinta dos motivos de exclusão, a qual é publicada e publicada nos termos do artigo anterior. Artigo Requerimento 1 A candidatura à atribuição de licença para o exercício da actividade de guardanocturno é formalizada através de requerimento segundo modelo adequado, disponível na página da Autarquia em dirigido ao Presidente da Câmara Municipal, do qual deve constar: a) Identificação e domicílio do requerente; b) A indicação da área ou áreas de actuação susceptíveis de licenciamento para exercício da actividade de guarda-nocturno a que se candidata; c) Declaração, sob compromisso de honra, devidamente assinada, da situação em que se encontra o requerente em relação às alíneas d), f), g), h), i), j) e m) do n.º 2 do artigo anterior; d) Outros elementos considerados pelo requerente com relevância para a atribuição de licença. 2 O requerimento é acompanhado dos seguintes documentos, nos termos do nº 2 do artigo 24º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto: a) Currículo profissional; b) Fotocópia do bilhete de identidade e do cartão de contribuinte fiscal ou do cartão de Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página15
16 cidadão; c) Certificado de habilitações literárias; d) Certificado de registo criminal; e) Documento comprovativo da situação regularizada relativamente a dívidas por impostos ao Estado Português; f) Documento comprovativo da situação regularizada relativamente a dívidas por contribuições para a segurança social; g) Ficha médica de aptidão emitida por médico do trabalho, nos termos da Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, para os efeitos da alínea k) do n.º 2 do artigo anterior; h) Certificado do curso de formação ou de actualização de guarda-nocturno; i) Duas fotografias actuais e iguais, a cores, tipo passe; j) Documentos comprovativos dos elementos invocados para efeitos da alínea c) do número anterior, sem prejuízo da Câmara Municipal poder exigir posteriormente, em caso de dúvida, prova ou comprovação documental adicional, de acordo com previsto no artigo 117º do Código de Procedimento Administrativo. 3 - Os candidatos devem fazer constar do currículo profissional referido na alínea a) do nº 2, a sua identificação pessoal, as acções de formação com efectiva relação com a actividade de guarda-nocturno e a experiência profissional, juntando fotocópia dos certificados das acções em que participaram. 4 O bilhete de identidade ou cartão de cidadão nacional referido na alínea b) do nº 2 pode ser substituído por certificado de registo de cidadão estrangeiro da União Europeia, emitido ao abrigo dos artigos 14º e 29º da Lei nº 37/2006, de 9 de Agosto, caso o candidato esteja nessa situação, ou Passaporte no caso de ser cidadão de país de língua oficial portuguesa, desde que existam condições de reciprocidade. 5 O requerimento e todos os documentos devem ser entregues dentro do prazo de candidatura, respeitando as condições e demais requisitos referidos no nº 3 do artigo 24º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, sem o que a candidatura é liminarmente indeferida. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página16
17 6 - Os documentos referidos nas alíneas e), f) e g) do n.º 2 do presente artigo podem ser substituídos por declaração de honra do requerente, sendo obrigatória a sua apresentação no momento da atribuição de licença. 7 Atento o especialmente disposto na norma referida no nº5 não é permitida a entrega de candidaturas através do Balcão do Empreendedor, por qualquer portal, ou por qualquer formato digital, devendo a mesma ser feita por correio registado com aviso de recepção ou presencial, sendo que neste último caso, efectiva-se no Gabinete de Apoio ao Munícipe e suas Delegações. 8 Quando da entrega presencial de candidaturas deve ser dado ao candidato recibo em suporte papel de onde conste, para além das referências do serviço e da entrega dos documentos com registo Smartdocs, a data, hora, nome e assinatura do trabalhador receptor. Artigo Requisitos Adicionais Para além dos requisitos de candidatura expressamente referidos no artigo 10º-B, a Câmara Municipal e as demais entidades que integrem o júri não podem, no âmbito do processo de recrutamento e selecção, impor requisitos adicionais aos candidatos, sem prejuízo da oportuna e casuística verificação da veracidade de todo o acervo documental apresentado pelos mesmos. Artigo Métodos e Critérios de Selecção 1 - Os métodos e critérios de selecção são os expressamente referidos nos nºs 1 e 2 do artigo 25º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. 2 A prova de conhecimentos referida na alínea a) do nº 1 do artigo 25º deve preferencialmente assumir a forma escrita não podendo, nesse caso, ter uma duração inferior a 60 minutos, nem superior a 120 minutos. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página17
18 3 Quando habilitados e em exercício de funções é admissível aos candidatos recorrer aos métodos de avaliação curricular e entrevista previstos no nº 2 do artigo 25º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto. 4 As provas de avaliação de conhecimento e avaliação psicológica referidas nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 25º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, bem como os métodos de avaliação referidos no número anterior podem ser concretizados por uma força de segurança, mediante a celebração de protocolo com o Município, nos termos do nº 5 do artigo 25º do diploma atrás referido. 5 Se subsistir uma situação do igualdade entre os candidatos após aaplicação dos critérios previstos nos números anteriores, terá preferência, pela seguinte ordem : a) O candidato com menos idade; b) O candidato que tiver mais anos de serviço, no caso de se estar em presença de vários candidatos que, anteriormente tenham exercido a actividade de guardanocturno. CAPITULO IV Registo de Guarda-nocturno Artigo Registo Nacional De acordo com o previsto no artigo 31º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, quando da emissão da licença e do cartão pelo Presidente da Câmara, o serviço gestor do processo comunica, nos termos da lei, à Direcção-Geral das Autarquias Locais, preferencialmente por via electrónica e automática, os seguintes elementos que se destinam a integrar o Registo Nacional de Guardas-Nocturnos : a) A identificação dos guardas-nocturnos em funções na localidade; b) A data da emissão da licença e da sua renovação; c) A localidade e a área para a qual é válida a licença; Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página18
19 d) Contra-ordenações e sanções acessórias aplicadas aos guardas-nocturnos, se a elas tiver havido lugar. Artigo 15. RegistoMunicipal 1 - Independentemente da obrigação legal constante do artigo anterior, a Câmara Municipal mantém um registo actualizado das licenças emitidas para o exercício da actividade de guarda-nocturno no Município de Sintra, do qual constam obrigatoriamente, sem prejuízo de outros dados relevantes, a data da emissão da licença e das suas renovações, a localidade e a área de actuação respectivas, eventuais contra-ordenações e coimas aplicadas e menção à força de segurança que se articula com cada guarda nocturno. 2 A Base de Dados que suporta o registo municipal encontra-se registada na Comissão Nacional de Protecção de Dados, nos termos da Lei da Protecção de Dados Pessoais, sendo os mesmos protegidos, através de medidas de segurança específicas. Artigo 16 º ( REVOGADO ) CAPÍTULO V Exercício da actividade de guarda-nocturno Artigo Atribuições No exercício da sua actividade, o guarda-nocturno procede ao patrulhamento e vigilância da respectiva área de actuação com vista à protecção de pessoas e bens e colabora com as forças e serviços de segurança e de protecção civil, prestando-lhes o auxilio que for solicitado. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página19
20 Artigo Deveres 1 - Constituem deveres do guarda-nocturno: a) Apresentar-se pontualmente nas instalações da entidade policial territorialmente competente no inicio e termo do serviço; b) Permanecer na área em que exerce a sua actividade durante o período de prestação de serviço e informar os seus clientes do modo mais expedito para ser contactado ou localizado; c) Estar contactável telefonicamente ou via rádio, durante o período de prestação de serviço, apresentando-se nas instalações da entidade policial territorialmente competente sempre que solicitado; d) Comunicar à força de segurança da sua área de actuação, a existência bem como o recurso efectivo à arma de fogo ou à arma de classe E; e) Prestar o auxílio que lhe for solicitado pelas forças e serviços de segurança, polícia municipal e protecção civil; f) Frequentar quinquenalmente um curso ou instrução de adestramento e reciclagem que for organizado pelas forças de segurança com competência na respectiva área; g) Usar, em serviço, o uniforme, o cartão de guarda nocturno e o crachá ; h) Usar de urbanidade e aprumo no exercício das suas funções; i) Tratar com respeito e prestar auxílio a todas as pessoas que se lhe dirijam ou careçam de auxílio; j) Fazer anualmente, no mês de Fevereiro, junto da Câmara Municipal prova de que tem regularizada a sua situação contributiva para com a segurança social, apresentando ainda certificado de registo criminal comprovativo de que não foi condenado, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime doloso previsto no Código Penal e demais legislação penal e que tem válidos os seguros legalmente obrigatórios; k) Não faltar ao serviço sem motivo sério, devendo, sempre que possível, informar a força de segurança responsável pela sua área, solicitando, caso viável, a sua substituição com cinco dias úteis de antecedência; Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página20
21 l) Contactar a entidade policial territorialmente competente da área onde desenvolve patrulhamento sempre que as circunstâncias o exijam; m) Elaborar o respectivo relatório de serviço, conforme modelo anexo ao presente Regulamento, que deve ser entregue no fim do mesmo nas instalações da entidade policial territorialmente competente da área onde desenvolve patrulhamento; n ) Não executar o serviço de vigilância sob a influência do consumo de bebidas alcoólicas ou de substâncias psicotrópicas ; o) Comunicar a cessação da actividade ao Município, até 30 dias após essa ocorrência, excepto quando a cessação coincida com o termo do prazo de validade da licença. 2- Sem prejuízo do disposto no Código da Estrada, para efeitos da alínea n) do número anterior: a) considera-se o guarda-nocturno sob a influência do consumo de bebidas alcoólicas se a taxa de alcoolemia exceder 0,5 gr/litro, sendo o teste efectuado nos alcoolímetros das forças policiais ; b) considera-se o guarda-nocturno sob a influência substâncias psicotrópicas, quando o teste de despiste, que é realizado em termos similares ao que dispõe o Código da Estrada e legislação complementar, acusar positivo. Artigo Seguros 1 - Constitui ainda dever do guarda-nocturno efectuar e manter em vigor um seguro de responsabilidade civil de capital mínimo de (euro) e demais requisitos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna, nomeadamente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso e exclusões, que garanta o pagamento de uma indemnização por danos causados a terceiros no exercício e por causa da sua actividade. 2 Quando o guarda-nocturno recorra à utilização de canídeos como meio complementar de segurança, de acordo com o artigo 13º da Lei nº 105/2015, de 25 de Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página21
22 Agosto deve também possuir, atenta essa factualidade, um seguro de responsabilidade civil específico de capital mínimo de (euro) e demais requisitos e condições fixados por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração interna, nomeadamente franquias, âmbito territorial e temporal, direito de regresso e exclusões. 3 Os veículos em que transitem os guardas-nocturnos, quando em serviço devem, nos termos gerais, ter seguro automóvel obrigatório vigente. Artigo Identificação 1-No exercício da sua actividade, o guarda-nocturno enverga uniforme e usa crachá próprios, devendo, ainda, ser portador do cartão de identificação de guarda-nocturno, que exibe sempre que lhe seja solicitado pelas autoridades policiais ou pelos munícipes. 2 Os veículos em que transitem os guardas-nocturnos devem encontrar-se devidamente identificados. 3 O canídeo utilizado como meio complementar de segurança, de acordo com o artigo 13º da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto, para além de toda a identificação legalmente obrigatória, designadamente no âmbito do SICAFE, deve ter aposta na respectiva coleira uma chapa com o nome e número de licença e telefone do guardanocturno a cujo serviço se encontra adstrito. Artigo Modelos Os modelos de uniforme, crachá e identificador de veículo e de quaisquer outros elementos identificativos são definidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página22
23 Artigo Equipamento 1 O equipamento do guarda-nocturno é composto pelo que seja especialmente definido por portaria do membro do Governo responsável pela área da administração interna. 2 - A identificação das armas para efeitos de fiscalização, deve ser comunicada às forças de segurança territorialmente competentes. 3- No exercício da sua actividade, o guarda-nocturno deve utilizar equipamento de emissão e recepção para comunicações via rádio, devendo a respectiva frequência ser susceptível de escuta pelas forças e serviços de segurança, polícia municipal e protecção civil. Artigo 23 - Compensação financeira 1 - A actividade de guarda-nocturno é uma actividade de prestação de serviços, com carácter civil, voluntário e privado, abrangida pela previsão normativa da alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (Código do IRS). 2 - A actividade é remunerada mediante contrato e compensada pelas contribuições das pessoas, singulares e/ou colectivas, em benefício das quais é exercida. 3 - O guarda-nocturno passa recibos contra o pagamento e mantém um registo actualizado dos seus clientes. Artigo Horário, folgas, férias e substituição 1 - O horário de referência da prestação do serviço de guarda-nocturno corresponde a seis horas diárias, a cumprir entre as 22h00 e as 07h00. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página23
24 2 - Após cinco noites de trabalho consecutivo, o guarda-nocturno descansa uma noite, tendo direito a mais duas noites de descanso em cada mês, sem prejuízo do direito a um período de não prestação de 30 dias por cada ano civil. 3 - O guarda-nocturno informa a Câmara Municipal: a) Do horário efectivo que tenciona cumprir; b) Até ao início de cada mês, das noites em que tenciona descansar; c) Até 31 de Março de cada ano, dos dias correspondentes ao período de não prestação anual. 4 - Nas noites de descanso, durante os períodos de férias, e em caso de falta do guarda-nocturno, a actividade da respectiva área é exercida, em acumulação, por um guarda-nocturno da área contígua, para o efeito convocado pelo comandante das forças de segurança da área de actuação sendo, por este, dado conhecimento do facto ao Departamento de Segurança e Emergência da Câmara Municipal. 5 - A informação constante dos nºs anteriores deve ser veiculada para o Gabinete de Licenciamento de Actividades Económicas e Gestão de Mercados, sendo dado conhecimento da mesma ao Departamento de Segurança e Emergência e à força de segurança competente, pelo meio mais célere, para efeitos de fiscalização. CAPITULOVI Sanções Artigo 25.º Contra-ordenações e coimas 1 - De acordo com o disposto no presente regulamento, constituem contra-ordenações muito graves: Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página24
25 a) O exercício da actividade de guarda-nocturno sem a necessária licença, prevista no n.º 1 do artigo 9.º do presente regulamento; b) O exercício das actividades ou condutas proibidas previstas no artigo 4.º da Lei n.º105/2015, de 25 de Agosto; c) O incumprimento do dever de colaboração com as forças e serviços de segurança previsto na alínea e) do n.º 1 do artigo 18.º do presente regulamento; d) O incumprimento do disposto no artigo 12.º da Lei n.º105/2015, de 25 de Agosto; e) A utilização de meios materiais ou técnicos susceptíveis de causar danos à vida ou à integridade física, bem como a utilização de meios técnicos de segurança não autorizados de acordo com o previsto na alínea e) do n.º 1 do artigo 35º da Lei n.º105/2015, de 25 de Agosto; 2 - Constituem contra-ordenações graves: a) O não uso de uniforme ou o uso de peças, distintivos e símbolos e marcas não aprovados; b) O incumprimento dos deveres previstos nas alíneas b), f), g) j) k) e n) do n.º 1 do artigo 18.º do presente regulamento; c) A utilização de canídeos em infracção ao preceituado no artigo 13.º da Lei n.º105/2015, de 25 de Agosto e fora das condições previstas no presente regulamento. 3 - Constituem contra-ordenações leves: a) O incumprimento dos deveres previstos nas alíneas a), c), d) h), i) k) l) m) e o) do n.º 1 do artigo 18.º e dos nºs 1 e 2 do artigo 19º do presente regulamento; b) O incumprimento das demais obrigações, deveres, formalidades e requisitos estabelecidos na Lei n.º105/2015, de 25 de agosto e os fixados no presente regulamento, quando não constituam contra-ordenações graves ou muito graves; c) Sem prejuízo da responsabilidade penal que daí possa advir, a inexactidão ou a falsidade de elementos ou declarações por parte quer dos candidatos a guardanocturno quer dos próprios guarda-nocturnos no exercício das suas funções. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página25
26 4 - As contra-ordenações previstas nos números anteriores são punidas com as seguintes coimas: a) De (euro) 150 a (euro) 750, no caso das contra-ordenações leves; b) De (euro) 300 a (euro) 1500, no caso das contra-ordenações graves; c) De (euro) 600 a (euro) 3000, no caso das contra-ordenações muito graves. 5 - Se o agente retirou da infracção um benefício económico calculável superior ao limite máximo da coima, e não existirem outros meios de o eliminar, pode esta elevarse até ao montante do benefício, não devendo a elevação exceder um terço do limite máximo legalmente estabelecido. 6 - A tentativa e a negligência são puníveis. 7 - Nos casos de cumplicidade, de tentativa e negligência, bem como nas demais situações em que houver lugar à atenuação especial da sanção, os limites máximo e mínimo da coima são reduzidos para metade. Artigo Sanções acessórias 1 - Nos processos de contra-ordenação podem ser aplicadas as seguintes sanções acessórias: a) A perda de objectos que tenham servido para a prática da contra-ordenação; b) A suspensão, por um período não superior a dois anos, da licença concedida para o exercício da actividade de guarda-nocturno; c) A interdição do exercício de funções ou de prestação de serviços de guardanocturno por período não superior a dois anos; d) A publicidade da condenação. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página26
27 2 A condenação é publicitada através de afixação Edital na zona a que o guardanocturno se encontre afecto, na sede do Município e da Freguesia e mediante a inserção de Aviso na página da Câmara Municipal em Se o facto constituir simultaneamente crime, o agente é punido por este, sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias previstas para a contra-ordenação. Artigo 27.º - Medida da coima 1. A determinação da medida da coima faz-se em função da gravidade da contraordenação, da culpa, da situação económica do agente e do benefício económico que este retirou da prática da contra-ordenação ; 2. A coima deve sempre exceder o benefício económico que o agente retirou da prática da contra-ordenação. Artigo 28º - Processo contra-ordenacional 1 - A decisão sobre a instauração e instrução dos processos de contra-ordenação no âmbito do presente Regulamento e a aplicação das coimas e das sanções acessórias é da competência do Presidente da Câmara Municipal. 2 - O produto das coimas, mesmo quando estas são fixadas em juízo, reverte em 80 % para o Município de Sintra e 20 % para a força ou serviço de segurança que elaborou o auto de notícia. Artigo 29º (REVOGADO) Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página27
28 CAPITULO VI Fiscalização Artigo Entidades com competência de fiscalização 1 - A fiscalização da actividade de guarda-nocturno compete à Câmara Municipal, no âmbito do Departamento de Segurança e Emergência, designadamente através da intervenção da Divisão de Polícia Municipal e Fiscalização e às forças de segurança, sem prejuízo das atribuições legalmente cometidas a outras autoridades. 2 - As entidades referidas no número anterior que verifiquem qualquer infracção ao disposto na presente lei devem elaborar o respectivo auto de notícia, remetendo-o à Câmara Municipal no mais curto prazo de tempo. 3 - As denúncias particulares relativas a infracções ao disposto na presente lei são remetidas no mais curto prazo de tempo à Câmara Municipal quando apresentadas junto de entidade diversa. 4 -Todas as entidades fiscalizadoras, designadamente as autoridades policiais, devem prestar à Câmara Municipal a colaboração que lhes seja solicitada no âmbito do presente Regulamento. CAPITULO VII Disposições finais e transitórias Artigo 31º - Guardas-nocturnos em actividade 1 - A entrada em vigor da Lei nº 105/2015, de 25 de Agosto e do presente regulamento não prejudica os serviços de guarda-nocturno já existentes desde que se encontrem preenchidos os requisitos legalmente previstos. 2 - O guarda-nocturno em actividade mantém as suas áreas de actuação, que não são Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página28
29 submetidas a concurso, passando a reger-se pelo disposto no presente regulamento a partir da sua entrada em vigor. 3 - Os guardas-nocturnos respeitam a idade de aposentação de acordo com a generalidade dos trabalhadores, cumprindo a legislação que estiver em vigor em cada momento. 4 Nos casos em que, por qualquer forma, exista alguma discrepância de taxação em função do tempo, incumbe ao interessado suportar o diferencial de taxação correspondente. Artigo 32.º - Integração de lacunas Sem prejuízo da legislação aplicável, os casos omissos ao presente Regulamento e a sua interpretação são resolvidos mediante despacho do Presidente da Câmara Municipal. Artigo 33.º - Revisão do Regulamento 1- ( Revogado ) 2 Sem prejuízo do que decorrer das opções que venham a ser assumidas pelo legislador, o presente Regulamento é obrigatoriamente revisto no prazo máximo de 10 anos. Artigo 34.º - Entrada em vigor As alterações ao presente regulamento entram em vigor decorridos cinco dias úteis sobre a sua publicação em II Série do Diário da República. Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página29
30 ANEXO Grupo de Trabalho nomeado pelo Despacho nº 59-P/2015 AMS. 12.DEZ.2016 Página30
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