REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
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- Walter Brandt Klettenberg
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1 REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
2 PREÂMBULO O Decreto-Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro e o Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de Dezembro vieram estabelecer uma nova regulamentação sobre a instalação e funcionamento dos recintos de espectáculos e divertimentos públicos, assim como fixar o novo regime jurídico dos espectáculos de natureza artística, havendo transferido para a tutela dos Municípios o licenciamento dos recintos itinerantes ou improvisados e da realização acidental de espectáculos de natureza artística. Importa, assim, disciplinar os procedimentos necessários ao licenciamento destes recintos e à manutenção das condições técnicas e de segurança após o licenciamento. Assim, nos termos dos artigos 112.º e 241.º da Constituição da República Portuguesa e no uso da competência conferida pelas disposições conjugadas dos artigos 53.º n.º 2 alínea a) da Lei das Autarquias Locais (Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro) 21.º e 22.º do Decreto-Lei n.º 315/95, de 28 de Novembro e 256.º do Decreto Regulamentar n.º 34/95, de 16 de Dezembro, seguinte Regulamento: a Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim, sob proposta da Câmara Municipal, aprova o REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS 2/5
3 ARTIGO 1.º OBJECTO O presente diploma regula os procedimentos atinentes ao licenciamento, no Município da Póvoa de Varzim, das seguintes actividades: a) A abertura e funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados de espectáculos e divertimentos públicos que não envolvam a realização de obras de construção civil, nem impliquem a alteração da topografia local; b) A realização acidental de espectáculos de natureza artística em recintos cuja actividade principal seja diversa e que não se encontrem abrangidos pela Licença de Utilização. ARTIGO 2.º RECINTOS ITINERANTES OU IMPROVISADOS Para efeitos do disposto na alínea a) do artigo anterior, consideram-se recintos itinerantes ou improvisados os seguintes: a) Recintos itinerantes os que possuem área delimitada, coberta ou não, com características amovíveis e que, pelos seus aspectos de construção, se podem fazer deslocar e instalar, nomeadamente circos e praças de touros ambulantes, barracas de diversão, pistas de automóveis, carroceis e outros divertimentos similares; b) Recintos improvisados aqueles cujas características construtivas ou adaptações sejam precárias, ou montados temporariamente para um fim específico, quer em lugares públicos ou privados, com delimitação ou não de espaço, podendo ainda ser cobertos ou descobertos, nomeadamente redondéis, garagens, barracões e outros espaços similares, bem como palanques, estrados e bancadas. ARTIGO 3.º REQUERIMENTO 1. O processo de licenciamento inicia-se através de requerimento, dirigido ao Presidente da Câmara, do qual constem os seguintes elementos: a) A identificação e residência ou sede do requerente; b) A indicação do local de funcionamento; c) O período de duração da actividade; d) A lotação prevista; e) O tipo de licença pretendida. 2. O requerimento deverá ser instruído com os seguintes documentos: a) Apólice de seguro contra terceiros; REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS 3/5
4 b) Termo de responsabilidade assinado por um técnico habilitado para o efeito, tendo em vista garantir que a entidade exploradora verificou as condições específicas em que o recinto ou divertimento foi montado e a fiabilidade dos respectivos componentes; c) projecto e memória descritiva. 3. O requerimento deverá ser apresentado com a antecedência mínima de oito dias em relação à data pretendida para a realização do espectáculo. 4. Nos três dias úteis seguintes à data da entrada do requerimento, pode ser solicitada a indicação de outros elementos ou a apresentação de outros documentos, sempre que se verifiquem dúvidas susceptíveis de comprometer a apreciação do pedido. ARTIGO 4.º DECISÃO 1. Compete ao Presidente da Câmara decidir sobre o pedido de licenciamento. 2. O pedido de licenciamento será decidido, após a realização de vistoria, se for caso disso, no prazo de cinco dias a contar da data da apresentação do requerimento ou dos elementos solicitados nos termos do número 3 do artigo anterior. 3. A licença será válida pelo período que for fixado pelo Presidente da Câmara Municipal. ARTIGO 5.º INDEFERIMENTO O pedido de concessão de licença de recinto itinerante ou improvisado será indeferido se a vistoria a que se refere o n.º 2 do artigo anterior se pronunciar nesse sentido e, bem assim, se o proprietário do local não tiver requerido licença de utilização, nos casos em que é obrigatório. ARTIGO 6.º CONTEÚDO DO ALVARÁ Dos alvarás de licença de recinto itinerante, improvisado ou acidental de recinto devem, sempre que possível, constar as seguintes indicações: a) A denominação do recinto; b) O nome da entidade exploradora do recinto; c) A actividade ou actividades a que o recinto se destina; d) A lotação do recinto para cada uma das actividades referidas na alínea anterior; e) A data da sua emissão e o prazo de validade da licença; f) Condicionantes para o seu funcionamento, se as houver. REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS 4/5
5 ARTIGO 7.º FISCALIZAÇÃO A fiscalização do cumprimento do disposto no presente Regulamento compete aos serviços da Câmara Municipal e às autoridades policiais. ARTIGO 8.º CONTRA-ORDENAÇÕES 1. Constitui contra-ordenação, nos termos do presente diploma, a prática de qualquer acto sujeito a licenciamento, efectuada sem alvará de licença. 2. Salvo o disposto em lei especial, a contra-ordenação prevista no número anterior é punível com coima graduada de $00 até ao máximo de $00, no caso de pessoa singular, ou até $00, no caso de pessoa colectiva. 3. Além da coima, podem ser aplicadas ao infractor as seguintes sanções acessórias: a) Encerramento do recinto; b) Revogação total ou parcial das licenças de recinto previstas no presente Regulamento. 4. Compete ao Presidente da Câmara determinar a instauração dos processos de contra-ordenação, designar o instrutor e aplicar as coimas e as sanções acessórias. ARTIGO 9.º AUTENTICAÇÃO DE BILHETES No caso de espectáculos artísticos a realizar em recintos acidentalmente licenciados, quando a sua lotação for superior a lugares, os respectivos bilhetes carecem de prévia autenticação por parte da Câmara Municipal. ARTIGO 10.º TAXAS Pela emissão das licenças e pela realização das vistorias prevista no presente Regulamento é devido o pagamento das respectivas taxas, fixadas no Regulamento Municipal de Taxas e Licenças. ARTIGO 11.º legais. ENTRADA EM VIGOR O presente Regulamento entra em vigor no dia 1 do mês seguinte ao da sua publicação nos termos REGULAMENTO SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS 5/5
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