EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

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1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelas Procuradoras da República signatárias, no exercício de suas atribuições constitucionais e legais previstas no artigo 129, incisos II e III, da Constituição Federal, bem como nos dispositivos pertinentes da Lei nº 7.327/95 e Lei Complementar nº 75/93, vêm perante Vossa Excelência propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA com pedido de antecipação da tutela, tendo por base os documentos em anexo e as razões de fato e de direito que passa a expor, em face de: ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DA SAÚDE MENTAL ABSM 1, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº / , estabelecida na Avenida Carlos Liviero, 102, São Paulo/SP, podendo ser citada na pessoa de sua presidente Sra. Rosimeire Aparecida Fernandes da Cunha; 1 Até 30/06/2007 a razão social era Associação dos Amigos do Charcot (doc. 01) 1/34

2 UNIÃO FEDERAL, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na Avenida Paulista, 1842, Edifício Cetenco Plaza Torre Norte, 20º andar, São Paulo/SP, podendo ser citada na pessoa do Procurador Regional da União, Dr. Gustavo Henrique Pinheiros de Amorim; ESTADO DE SÃO PAULO, pessoa jurídica de direito público interno, com sede no Palácio do Governo, na Avenida Morumbi, 4500, São Paulo/SP, podendo ser citado na pessoa do Procurador Geral do Estado de São Paulo, Dr. Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo, Rua Pamplona, 227, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º andares, Bela Vista, São Paulo/SP; MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, pessoa jurídica de direito público, com sede na Prefeitura Municipal, no Viaduto do Chá nº 15, Ed. Matarazzo, representada por seu Procurador Geral Dr. Celso Augusto Coccaro Filho, Rua Maria Paula, 270, Bela Vista, São Paulo/SP. I DOS FATOS Instaurou-se nesta Procuradoria da República em São Paulo os procedimentos administrativos nº / , que segue anexo à esta ação civil pública, e nº / , objetivando apurar, respectivamente, notícias de irregularidades na cobrança de procedimentos lançados nas AIH's - Autorização de Internação Hospitalar, qualidade de atendimento aos pacientes e condições de funcionamento da Associação dos Amigos do Charcot, atual Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM (doc. 01), bem como a implementação do Novo Modelo de Atenção à Saúde Mental no Estado de São Paulo. 2/34

3 O hospital psiquiátrico Associação Beneficente da Saúde Mental-ABSM é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, contratada pela Secretária Municipal de Saúde de São Paulo para prestar atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde - SUS, em consonância com a Lei nº 8.080, de 19/09/90 e demais disposições normativas que regem o sistema (doc. 02) 2. Durante a instrução dos mencionados procedimentos, constatamos a existência de inúmeras irregularidades e deficiências, tanto no tocante à falta de recursos humanos e de tratamento adequado aos pacientes, como quanto a própria infra-estrutura do Hospital. Os problemas sérios e graves pelos quais o Hospital passa e a inobservância das disposições previstas na Lei nº /01 3 (doc. 03) vêm de longa data, atingindo justamente os pacientes internados, os quais estão desprovidos da prestação de um serviço de mínima qualidade, circunstância que somente tem como conseqüência o agravamento da condição do doente. Nos anos de 2002/2003, foi realizada a primeira vistoria do Programa de Avaliação dos Serviços Hospitalares - PNASH/ Psiquiatria 4 instituído pela Portaria nº 251/GM de 31/01/2002 (doc. 04), na então Clínica Psiquiátrica Charcot. 2 Até julho de 2003 o hospital estava sob gestão do estado de São Paulo e a contratação para a prestação de serviços aos usuários do SUS era feita com a Clínica Psiquiátrica Charcot, que foi sucedida pela Associação dos Amigos do Charcot, conforme demonstram vários documentos existentes nos autos. 3 Lei /01, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental 4 A Portaria GM nº 251, de 31/01/02, instituiu o processo sistemático e anual de avaliação e supervisão da rede hospitalar especializada de psiquiatria, estabelecendo critérios de classificação conforme o porte do estabelecimento e cumprimento dos requisitos qualitativos de avaliação fixados pela área técnica de Saúde Mental do Ministério da Saúde, quanto ao processo terapêutico, e ANVISA, para análise da área de vigilância sanitária. 3/34

4 O resultado da primeira vistoria foi homologado pela Portaria SAS nº 1001, de 20/12/2002 (doc. 05), que dispôs que os hospitais psiquiátricos do SUS deveriam atingir a pontuação mínima de 61%. Diante da pontuação insuficiente de algumas instituições, dentre elas a Clínica Psiquiátrica Charcot S/A, foi fixado o prazo de 90 (noventa) dias para adequação e nova avaliação do hospital. Em 18 de junho de 2003, pela Portaria SAS nº 150, foi homologado o resultado da revistoria referente ao PNASH/Psiquiatria/2002, e a Clínica Psiquiátrica Charcot S/A obteve 60,73%, continuando com a pontuação abaixo da exigida para os hospitais psiquiátricos integrantes do SUS. (doc. 06). Segundo previsto no artigo 4º da Portaria SAS nº 150/2003 e art. 5º da Portaria GM nº 251/2002, no caso de pontuação inferior a 61%, cabia ao gestor local a suspensão de novas internações e, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, elaborar projeto técnico para substituição do atendimento aos pacientes nos hospitais não classificados, mas nada foi feito na Clínica Psiquiátrica Charcot. A União, Estado e Município de São Paulo continuaram a avaliar o hospital, sem qualquer restrição. Todos foram omissos e coniventes. Até a segunda vistoria do PNASH 2002/2003 o hospital estava sob gestão estadual e somente a partir de agosto de 2003, com a gestão plena do Sistema Municipal de Saúde, o Município de São Paulo assumiu a gestão do referido hospital. O contrato, no entanto, foi celebrado com a Associação dos Amigos do Charcot, constituída diante da impossibilidade da Clínica Psiquiátrica Charcot S/A prosseguir 4/34

5 prestando serviços aos usuários do SUS 5. Na verdade, não sabemos se a proibição se deu por conta de a Clínica Psiquiátrica Charcot S/A possuir débitos com a Fazenda Nacional (doc. 07) ou se em razão do resultado insatisfatório do PNASH-Psiquiatria. De toda forma, houve apenas uma sucessão de serviços e o Poder Público deixou de observar a manobra feita pelos dirigentes do hospital para manter o contrato de prestação de serviços ao SUS. Entre os meses de novembro e dezembro do ano de 2005, foi iniciado o 2º PNASH/Psiquiatria na Associação dos Amigos do Charcot 6. O resultado da 1ª vistoria reafirmou a total ausência de infra-estrutura do hospital, impossibilitando um adequado atendimento médico à população, mais especificamente aos pacientes portadores de transtornos mentais (doc. 08). A 2ª vistoria referente ao PNASH/2005 foi efetuada somente em março de 2007, e verifica-se que, decorridos mais de 04(quatro) anos entre as avaliações do PNASH/Psiquiatria, tempo juridicamente relevante para a correção de deficiências, a situação do hospital até se agravou, além de persistirem outros sérios problemas que adiante serão descritos, demonstrando que as irregularidades se perpetuam no tempo, sem que qualquer providência tenha sido tomada pelas autoridades competentes (doc. 09). Vale conferir os resultados dos itens do 2º PNASH realizados em dois momentos e 2007: 5 Segundo o relato de Manuel da Costa Filho, gerente das relações institucionais do hospital item 13 do doc 9. 6 Em 27 de agosto de 2003, o contrato para prestação de serviços aos pacientes do SUS foi celebrado entre a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo e a Associação dos Amigos do Charcot (doc. 02). Os documentos existentes nos autos demonstram que houve sucessão na prestação dos serviços, mas ambos estabelecimentos hospitalares estão sediados no mesmo endereço, e a Clínica Psiquiátrica Charcot S/A continua ativa na JUCESP e na Receita Federal. 5/34

6 Itens Avaliados Relatório PNASH Novembro de 2005 Relatório PNASH Março de 2007 Estrutura Física e Funcional Regular Péssimo Limpeza Hospitalar Ruim Regular Roupa Hospitalar Regular Regular Almoxarifado Bom Bom Farmácia Regular Regular Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência Condições de Atendimento de Intercorrências Clínicas Regular Excelente Ruim Ruim Aspectos Gerais dos Pacientes Ruim Bom Alimentação do Paciente Regular Ruim Recursos Humanos Péssimo Péssimo Enfermagem Bom Regular Prontuário Bom Ruim Projeto Terapêutico/ Prática Institucional Projeto Terapêutico/ Alta Hospitalar/ Encaminhamento Ruim Regular Ruim Ruim Espaços Restritivos - Punitivos Regular Bom Contenção Física Regular Bom CCT/Psicocirurgia/Cirurgia Esteriotáxica Excelente Excelente Reuniões Regular Regular Vinculação e Direito Péssimo Péssimo Aspectos Gerais da Assistência Péssimo Ruim Fonte: Relatório PNASH 2005 e /34

7 Assim, no dia 11 de outubro de 2007, com o intuito de verificar in loco as irregularidades apontadas pelas equipes do PNASH/Psiquiatria durante as avaliações efetuadas nos anos de 2005/2007, visitamos a Associação dos Amigos do Charcot e constatamos que persistem os graves problemas na assistência prestada pelo Hospital, comprometendo de forma cabal a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais (doc. 10). A auditora do Ministério da Saúde, Sra. Sônia Regina Kretly Bove, acompanhou a visita realizada no Charcot e, também, apontou inúmeras deficiências na estrutura física do hospital, bem como no atendimento aos pacientes do SUS (doc. 11). Vejamos mais detalhadamente as principais irregularidades encontradas no nosocômio pelo Ministério Público Federal e pela auditora do Ministério da Saúde. a) pacientes tratados sem humanidade e respeito, em situação atentatória à sua dignidade Durante a visita, verificamos que os pacientes internados não recebem o devido tratamento médico e psicológico individualizado, com vista a sua reinserção na sociedade. As pessoas ali internadas nos solicitavam alta, pediam para que entrássemos em contato com os seus familiares, perambulavam pelos corredores do hospital e pelos pátios solicitando cigarros, sem realizar qualquer atividade ocupacional ou de lazer. Nesse diapasão, merece ser destacado que durante a visita encontramos somente uma médica plantonista, a Dra. Nadine Renzi Rossi, sendo que o hospital conta com 192 leitos contratados pelo SUS. 7/34

8 Alguns pacientes solicitavam à referida médica cigarros, que os distribuía, para acalmá-los e evitar brigas. Além disso, os pacientes aparentavam situação de abandono, muitos descuidados de sua higiene pessoal, vários estavam descalços, com roupas sujas e velhas, alguns deitados no chão, outros em bancos sujos e deteriorados (doc. 10 foto 2, 17 e 19). Foi relatado pelo Sr. Manuel Costa Filho, que se apresentou como gerente de relações institucionais da Clínica Charcot, que entre os meses de junho e julho de 2007 foi constatado um surto de diarréia no hospital, sendo confirmados 38 (trinta e oito) casos, um deles fatal. O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo nos informou posteriormente que a fonte de infecção primária foi atribuída ao baixo nível de higiene pessoal dos pacientes (doc. 12) Nos dois pátios do hospital, onde podiam ser realizadas atividades de lazer ou ocupacional, os pacientes apenas deambulavam de um lado para outro, alguns totalmente apáticos e outros, quando chegamos, vieram ao nosso encontro para simplesmente conversar ou reivindicar melhores condições (doc. 10- fotos 1, 2 e 17) A falta de atividades ocupacionais e de lazer foi confirmada pela terapeuta ocupacional Viviane de Souza Coelho, presente no local no dia da visita, que informou trabalhar ali há um mês e ainda não ter iniciado nenhuma atividade com os pacientes, sob a justificativa de que a antiga terapeuta saiu do hospital sem lhe fornecer o histórico dos pacientes internados. 8/34

9 b) existência de pacientes sem identificação civil, pacientes com alta hospitalar e pacientes moradores. Durante a diligência no referido hospital, fomos informados da presença de, pelo menos, 7 (sete) pacientes sem identificação civil e da presença de, pelos menos, 10 (dez) pacientes com alta hospitalar 7. Constatamos ainda a presença de pacientes moradores, que embora tenham possibilidade de receber alta hospitalar, ali permanecem, em contato com os demais pacientes, segregados do meio social para o qual poderiam retornar, gerando grave distorção, já que o hospital psiquiátrico, que não pode ter característica asilares, também não é moradia para pessoas que não estejam em crise aguda. Neste ponto, cabe consignar a observação da terapeuta ocupacional à nossa equipe, no sentido de ter ficado assustada quando chegou ao local e verificou a existência de pacientes que poderiam ter recebido alta, mas estavam morando ali há anos sem contato algum com o mundo externo, totalmente excluídos da sociedade e com grande dificuldade de ressocialização. c) ausência de projeto terapêutico/prática institucional não atende as regras do novo modelo de atenção ao portador de transtorno mental. Verificamos que o hospital não instituiu projeto terapêutico individual estruturado conforme a Portaria GM nº 251/ Posteriormente, o hospital nos enviou ofício, informando um número maior de pacientes com alta, sem identificação civil e moradores. 8 Portaria GM 251/ [...] Estes serviços devem oferecer, de acordo com a necessidade de cada paciente, as seguintes atividades: [...] f) essas atividades deverão constituir o projeto terapêutico da instituição, definido como o conjunto de objetivos e ações, estabelecidos e executados pela equipe multiprofissional, voltados para a recuperação do paciente, desde a admissão até a alta. Inclui o desenvolvimento de programas específicos e interdisciplinares, adequados à característica da clientela, e compatibiliza a proposta de tratamento com a necessidade de cada usuário e de sua família. Envolve, ainda, a existência de um sistema de referência e contra-referência que permite o encaminhamento do 9/34

10 Conforme já mencionado acima, fomos informados de que havia pacientes com alta hospitalar e de longa permanência, que continuam deambulando pelo hospital juntamente com os demais pacientes crônicos e agudos, sem a preparação para o retorno à moradia ou encaminhamento para rede extra-hospitalar. d) estrutura física inadequada. Edificações mal conservadas e com manutenções desatualizadas (tais como: estruturas das janelas enferrujadas, com vidros quebrados na maioria das alas, paredes com mofo, instalações elétricas desprotegidas); sanitários em número insuficiente e muitos sem portas, sem condições de privacidade para os pacientes; colchões mal conservados (sujos e rasgados); mobiliário precário; ausência de armário para a guarda de objetos pessoais dos pacientes (muitos reclamaram o furto de seus objetos pessoais); área descoberta para deambulação dos pacientes, sem quadra de esportes ou sala para prática de exercícios físicos (doc fotos 03, 04, , 07, 08, 09, 10, 11, 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22 ). No dia de nossa visita, constatamos no pátio aberto destinado aos pacientes do sexo masculino, bancos sujos e mal conservados, e os pacientes deambulavam, pois nenhuma atividade de lazer ou entretenimento é realizada no local (doc 10 - fotos 01 e 02). No pátio destinado as pacientes mulheres, situada na Ala Rosa, muito menor do que aquele destinado aos pacientes do sexo masculino, verificamos também que paciente após a alta, para a continuidade do tratamento. Representa, enfim, a existência de uma filosofia que norteia e permeia todo o trabalho institucional, imprimindo qualidade à assistência prestada. O referido projeto deverá ser apresentado por escrito. 10/34

11 nenhuma atividade de lazer ou entretenimento era realizada (doc 10 -foto 19). e) limpeza hospitalar: aspecto de sujeira em todas as unidades, sem o número suficiente de empregados para a limpeza (doc 10- fotos 03, 04, 05, 06, 09, 10, 15, 17, 18). Durante nossa visita constatamos que todo o hospital apresentava um forte odor. Na Enfermaria de Intercorrência 9 duas empregadas da limpeza limpavam o local e procuravam adequá-lo, mas o odor permanecia; ressaltando que era aproximadamente onze horas e tudo indica que a limpeza se inciara em razão da nossa presença. No local, só funcionava uma ala de sanitários em estado precário, usada tanto para os pacientes do sexo masculino como para os do sexo feminino, e a outra ala de sanitários estava em desuso, mas havia entulho e roupas sujas amontadas no chão para serem levadas para a área de lavar (doc fotos 05 e 06). f) péssimas condições da lavanderia do hospital. A lavanderia do hospital não tem barreira física para a separação de área limpa e área suja. As paredes e piso estão em condições precárias, a iluminação está insatisfatória e instalações elétricas sem identificação de voltagem. 9 De acordo com o item 4.4 da Portaria MS/SNAS nº 224/92, a Enfermaria de Intercorrência deve possuir: [...] um mínimo de 6m 2 /leito e número de leitos igual a 1/50 do total do hospital, com camas Fowler, oxigênio, aspirador de secreção, vaporizador, nebulizador e bandeja ou carro de parada, e ainda: sala de curativo ou, na inexistência desta, 01 carro de curativos para cada 3 postos de enfermagem ou fração; área externa para deambulação e/ou esportes, igual ou superior à área construída. 11/34

12 Em toda a área da lavanderia foram vistas roupas sujas empilhadas no chão e sobre algumas mesas, além de não haver total separação entre as vestimentas sujas e limpas. No local, encontramos apenas duas máquinas de lavar muito antigas; no momento de nossa visita, uma delas estava em funcionamento e do seu interior escorria água com sabão que se espalhava por boa parte da área de lavar e sobre o lixo que também havia no local (doc fotos 13 e 14). g) defasagem de profissionais. As equipes do PNASH/Psiquiatria de novembro de 2005 e março de 2007 já haviam classificado como péssimo o quesito de recursos humanos. Durante nossa visita ao Charcot, que durou quase 4(quatro) horas, verificamos que esse quesito continua péssimo, pois só encontramos no hospital uma médica plantonista, um único enfermeiro na Enfermaria de Intercorrências, uma psicóloga e uma terapeuta ocupacional. Nos postos de enfermagem das demais alas, são três ao todo duas masculinas e uma feminina só encontramos atendentes de enfermagem. Na ala verde, destinada a 42 (quarenta e dois) pacientes masculinos com transtorno agudo, fomos informados que somente auxiliares e atendentes de enfermagem ficam no local, um auxiliar de enfermagem durante o dia e outro à noite. Na Ala Azul, destinada a pacientes em situação crônica, com 90 (noventa) pacientes do sexo masculino, encontramos duas atendentes de enfermagem, uma psicóloga e uma terapeuta ocupacional, no posto de enfermagem. E, na Ala feminina, segundo informações, apenas duas atendentes de enfermagem atendem 68 (sessenta e oito) pacientes, tanto no período da manhã como no da noite (doc. 10). 12/34

13 h) contenção física. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Na Enfermaria de Intercorrências, encontramos dois pacientes contidos, com amarras inadequadas para contenção. Segundo o enfermeiro, o único profissional desta categoria que encontramos no local, um dos pacientes, o Sr. Willian, estava contido a pedido (doc. 9 - foto 12). Vale frisar que a equipe do PNASH já havia observado que a contenção de pacientes ocorre regularmente, desacompanhada de justificativa, de prescrição em prontuário, e de discussão prévia da equipe, conforme exige a Resolução do Conselho Federal de Medicina 10. Assim, como se depreende dos relatórios anexos (docs. 08, 09, 10 e 11), a situação da Associação Beneficente da Saúde Mental - ABSM, tanto no tocante às suas instalações físicas como quanto ao atendimento das pessoas portadoras de transtornos mentais é inadequada e geradora de concreto e iminente risco à integridade física e moral de seus pacientes. Os gestores do SUS União, Estado de São Paulo e Município conhecem os problemas, que já foram apontados pelas primeiras equipes do PNASH/Psiquiatria 2002/2003 e 2005/2007, principalmente os relacionados à falta de projeto terapêutico para reinserção do paciente no convívio social, à permanência de pacientes com alta hospitalar, e à grande população de pacientes moradores, ou seja, pacientes que permanecem internados por mais de 1(um) ano, muitos deles sem identificação civil. 10 O artigo 11 da Resolução CFM 1598/2000 prevê o seguinte: Art Um paciente em tratamento em estabelecimento psiquiátrico só deve ser submetido à contenção física por prescrição médica, devendo ser diretamente acompanhado, por um auxiliar do corpo de enfermagem durante todo o tempo que estiver contido.. 13/34

14 Posteriormente à diligência efetuada no hospital, a gerente administrativa da Associação Amigos do Charcot, em 25 de outubro de 2007, enviou ao Ministério Público Federal vários documentos complementares, nos quais podemos constatar duas graves situações: 1ª.) o hospital abriga 26 pacientes moradores ou em situação de abandono (doc. 13); 2ª) o hospital conta com 15 pacientes com alta hospitalar que permanecem internados por omissão da família (doc 14). Ora, como já mencionado, pacientes com alta hospitalar não devem permanecer internados em hospital psiquiátrico, principalmente em instituição que não atende o novo modelo de atenção ao portador de doença mental. Em nossa visita ao hospital, observamos que esses pacientes permanecem em contato com os demais pacientes e, segundo a médica que se encontrava de plantão nesse dia, Dr. Nadine, muitos voltam a necessitar da internação, em razão de continuarem no ambiente hospitalar. No tocante ao 'paciente morador', da mesma forma, a internação contínua e a convivência com os demais pacientes, também não é ideal. Primeiro, em razão de gerar grave situação de dependência institucional, depois, porque a internação deve estar restrita aos casos agudos. O hospital psiquiátrico não é local para moradia, tampouco asilo ou albergue. Ressalte-se, finalmente, que transcorrido tanto tempo entre as várias vistorias efetuadas pelos gestores e tendo o Hospital ciência dos problemas existentes, não foram tomadas as medidas necessárias tendentes a melhorar a situação, sendo adequada a via judicial para obrigar a entidade a cumprir a lei que rege a prestação de 14/34

15 atendimento aos pacientes portadores de transtornos mentais, bem como os órgãos públicos a adotarem as providências necessárias para a correção dos problemas, visando o adequado atendimento clínico e terapêutico aos pacientes do SUS, ou dar início ao encaminhamento dos pacientes ali internados para outros estabelecimentos onde possam receber o tratamento que necessitam, sempre visando o seu retorno ao convívio social. A inércia do poder público em solucionar as questões existentes no Charcot também é evidenciada no ofício enviado pelo diretor clínico do Hospital, em 31/07/2007, ao Secretário Municipal de Saúde (doc. 15), relatando a situação de muitos pacientes internados no referido hospital. Vejamos:...Atendemos pacientes com toda sorte de dificuldades sociais, muitas vezes recusados pela maioria dos outros hospitais psiquiátricos: pacientes moradores de rua, pessoas sem vínculo familiar, desnutridos, com doenças infecto-contagiosas, ectoparasitoses, com pendências judiciais e outros. Não temos sequer referências sociais para reencaminhá-los após a alta (...). Assim, sem referenciais sociais o número de moradores aumenta mês a mês. Temos casos de pacientes institucionalizados há 18 anos que já poderiam estar fora do hospital. Os cuidados que estes pacientes necessitam vão além da Atenção psiquiátrica, ou melhor, deixa de ser psiquiátrica para tornar-se clínica pois, como na população em geral a prevalência de doenças crônicodegenerativas torna-se maior com o processo de envelhecimento. Contudo os recursos disponibilizados pelo governo para tratarmos estes pacientes não aumenta proporcionalmente ao aumento das suas necessidades /34

16 II - DO DIREITO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL A Constituição Federal, no artigo 196 e seguintes, definiu a saúde como direito de toda a sociedade e dever do Estado. Estabeleceu, ainda, que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e integrada, constituindo um sistema único (art. 198). A par desse sistema público único, assegurou também à iniciativa privada a prestação de serviços de saúde (art. 199), embora sob regulamentação, fiscalização e controle do Poder Público (art. 197). A iniciativa privada, portanto, pode prestar serviços na área da saúde, inclusive com fins lucrativos, cobrando diretamente dos beneficiários. Mas também pode participar do sistema público SUS, nos moldes estabelecidos no 1º do art. 199, da Constituição Federal, in verbis: "As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos." Extrai-se, do dispositivo constitucional transcrito, que a partir do momento em que passam a integrar o SUS, as instituições privadas de saúde vinculam-se as normas e diretrizes traçadas pela direção do Sistema. 16/34

17 Evidentemente, nenhum estabelecimento privado de saúde é obrigado a celebrar contratos ou convênios com o Poder Público. Mas, feita esta opção, ele passa a prestar serviços públicos de saúde, devendo sua atividade-fim sujeitar-se às diretrizes traçadas pela direção do SUS a todos os estabelecimentos que integram a sua rede assistencial, sejam eles públicos ou privados. Em suma, prestam serviço público em caráter complementar à rede pública, e, em razão disso, submetem-se a um controle ainda maior do poder público e às diretrizes por ele traçadas. A Lei Orgânica da Saúde (8080/90) reproduz o dispositivo constitucional estabelecendo, em seu artigo 26, 2º que: Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde SUS, mantido o equilíbrio econômicofinanceiro do contrato. Pois bem, a Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM, antiga Associação dos Amigos do Charcot, integra o SUS por força de Contrato celebrado com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (doc. 02). Logo, deve executar suas atividades em conformidade com as diretrizes do sistema traçadas em nível constitucional e legal e reafirmadas no próprio instrumento de Contrato. Não é isso, porém, o que se observa no caso em tela. O hospital não atende o novo modelo de atenção aos pacientes portadores de transtornos mentais, bem como o Estado não cumpre com seu dever de garantir a qualidade no atendimento e de levar a cabo o plano de desospitalização. 17/34

18 O novo modelo de atenção previsto anteriormente em portarias do Ministério da Saúde e em algumas leis estaduais, passou a ter sede na Lei nº /2001, que reconheceu o direito à reinserção social dos pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos: Art. 1 o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra. Art. 2 o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no parágrafo único deste artigo. Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas; 18/34

19 V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. Art. 3 o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. Art. 4 o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. 1 o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio. 2 o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de 19/34

20 transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros. 3 o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no 2 o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2 o. Art. 5 o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário. (grifamos) Para tanto, o Ministério da Saúde tem perseguido a mudança do modelo hospitalocêntrico para um modelo baseado na excepcionalidade da internação e prevalência de assistência extra-hospitalar. O modelo preconizado pelo Ministério da Saúde é o atendimento em Centros de Atenção Psicossocial e a desinstitucionalização dos pacientes de longa permanência, 20/34

21 entendidos como aqueles internados por período superior a um ano, por meio de projeto terapêutico voltado para a reinserção social. Portanto, é dever do Ministério da Saúde a articulação com os demais gestores (Estados, Distrito Federal e Municípios) para substituição do modelo, que é realizado tanto na normatização do SUS, quanto na criação de incentivos financeiros e na avaliação dos hospitais psiquiátricos do SUS. O atendimento médico prestado aos usuários dos SUS pela Associação Beneficente da Saúde Mental, além de não atender a Lei nº /01, e outros preceitos do SUS, fere o princípio constitucional da eficiência na prestação do serviço público essencial de Saúde, colocando em risco a saúde e vida de inúmeros pacientes. Vislumbra-se, portanto, a necessidade de o Poder Judiciário (CF, art. 5º, XXXV), em defesa dos direitos fundamentais e serviços essenciais previstos pela Carta Magna - vida, dignidade da pessoa humana, saúde - garantir a eficiência dos serviços prestados pelo Hospital. O Art. 196 da Carta Magna estabelece a saúde um direito de todos e dever do Estado. O Art. 197, como já ressaltado, prescreve serem as ações e serviços de saúde como de relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Como serviço essencial, dedução lógica é a de que devem ser observadas e cumpridas as normas vigentes, devendo um hospital ter organização e estrutura correlatas à 21/34

22 sua condição, propiciando um atendimento adequado e satisfatório aos pacientes. A Lei n , de 23 de setembro de 1998 (Código Sanitário do Estado de São Paulo), em seu capítulo I, que trata dos estabelecimentos de assistência à saúde, preconiza as seguintes regras: "Os estabelecimentos de assistência à saúde deverão possuir condições adequadas para o exercício da atividade profissional na prática de ações que visem à proteção, promoção, preservação e recuperação da saúde" (art. 53). "Os estabelecimentos de assistência à saúde deverão possuir quadro de recursos humanos legalmente habilitados, em número adequado à demanda e às atividades desenvolvidas" (art. 54). "Os estabelecimentos de assistência à saúde deverão possuir instalações, equipamentos, instrumentais, utensílios e materiais de consumo indispensáveis e condizentes com suas finalidades e em perfeito estado de conservação e funcionamento, de acordo com as normas técnicas" (art. 55), "cabendo ao responsável técnico pelo estabelecimento ou serviço, o funcionamento adequado dos equipamentos utilizados nos procedimentos diagnósticos e terapêuticos, no transcurso da vida útil, instalados ou utilizados pelos estabelecimentos de assistência à saúde" (art. 56 "caput"). 22/34

23 "Todos os estabelecimentos de assistência à Saúde deverão manter de forma organizada e sistematizada, os registros de dados de identificação dos pacientes, de exames clínicos e complementares, de procedimentos realizados ou terapêutica adotada, da evolução e das condições de alta, para apresentá-los à autoridade sanitária sempre que esta o solicitar, justificadamente, por escrito" (art. 58, "caput"). Assim, claramente se percebe que a Associação Beneficente da Saúde Mental - ABSM não vem atendendo nem minimamente a tais preceitos. Sintomática é a situação em que o Hospital se encontra, pois não oferece aos pacientes um serviço digno e de qualidade, não transmitindo em hipótese nenhuma conforto e segurança aos pacientes que adentram suas portas. Assim, em suma, a Constituição Federal assegura a todos o direito de acesso à saúde, estando implícito no conceito de saúde, Hospitais que primem, em um primeiro plano, pelo respeito ao ser humano, pelos princípios éticos e morais. Num segundo momento, é inerente à atividade de relevância pública que o Hospital tenha uma organização estrutural correlata à sua condição, bem como recursos humanos e materiais suficientes a um atendimento adequado e satisfatório aos pacientes. Considerando que a saúde é um serviço essencial, dedução lógica é a de que devem ser observadas e cumpridas as normas vigentes, mesmo por um hospital particular, máxime porque atende pelo "SUS". 23/34

24 Infere-se, a partir de toda a situação exposta linhas acima, que o serviço de saúde prestado pelo Hospital não deve apresentar as irregularidades apontadas, que afetam não um paciente isolado ou um grupo determinado de pacientes, mas toda a população destinatária em potencial dos serviços. Além disso, os gestores do SUS (União, Estado e Município de São Paulo) não podem continuar omissos no que se refere às ofensas aos direitos, à saúde e à vida dos portadores de transtornos mentais na Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM. III- DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL A competência da Justiça Federal vem disciplinada no artigo 109 da Constituição Federal de 1988: Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I as causas em que a União, entidade ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto as de falência, as de acidente de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; (...) 2. As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. 24/34

25 Os recursos destinados ao tratamento das pessoas portadoras de transtornos mentais são provenientes do Sistema Único de Saúde, de cujo financiamento participam, dentre outras fontes, a União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, consoante dispõe a Constituição Federal: Art As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: descentralização, com direção única em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; participação da comunidade. Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. A Lei n.º 8.080/90 estabeleceu, também, que: Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 25/34

26 II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. Além disso, a cláusula oitava do contrato de prestação de serviços do hospital com a Secretaria Municipal de Saúde, prevê expressamente que os recursos orçamentários destinados as despesas do contrato são provenientes do Ministério da Saúde (doc. 2). Ante o exposto, figurando a União como parte ré e sendo os recursos orçamentários destinados as despesas do contrato provenientes de seus cofres, justificada está, nos termos do artigo 109, I, da CF/88, a competência da Justiça Federal para o processamento e julgamento da presente demanda. IV- LEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL A norma do art. 127, da Constituição Federal prescreve que ao Ministério Público, instituição essencial à função jurisdicional, compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Estabelecido este vetor, dispõe em seguida: Art São funções institucionais do Ministério Público: (...). II zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, 26/34

27 promovendo as medidas necessárias a sua garantia. III - promover o inquérito civil público e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e outros interesses difusos e coletivos. Pela análise do texto normativo transcrito, verifica-se que o constituinte incumbiu especificamente ao Ministério Público a relevante missão de defesa do patrimônio público, do meio ambiente e qualquer outro interesse difuso, coletivo ou individual homogêneo de relevância social. Em harmonia com a Carta Federal, preceitua a Lei Complementar n.º 75/93, que dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União: Art. 5º São funções institucionais do Ministério Público da União: (...) V - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos serviços de relevância pública quanto: a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos às ações e aos serviços de saúde e à educação. (...) O Ministério Público tem um dever irrenunciável e impostergável de defesa do povo, cabendo-lhe exigir dos Poderes Públicos e dos que agem em atividades essenciais o efetivo respeito aos direitos constitucionalmene assegurados na prestação dos serviços considerados relevantes. 27/34

28 Destarte, afigura-se legítima a atuação do Ministério Público Federal para a defesa de direitos e interesses difusos, entre os quais se insere o direito à saúde, exteriorizada, in casu, na busca de provimento judicial que assegure, aos usuários do SUS, receber tratamento condigno e efetivo no hospital Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM. V. DA LEGITIMIDADE PASSIVA DOS RÉUS A legitimidade passiva dos réus União, Estado de São Paulo e Município de São Paulo decorre, inicialmente, da Constituição Federal: Art A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (grifos acrescidos). O art. 3º da Lei nº /2001, estabelece que É de responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais. 28/34

29 A Lei n.º 8.080/90, por sua vez, disciplina a organização, direção e gestão do Sistema Único de Saúde, nos seguintes moldes: Art. 9 o - A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do artigo 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente (grifos acrescidos). Depreende-se, destarte, que o Sistema Único de Saúde ramifica-se, sem, contudo, perder sua unicidade, de modo que de qualquer de seus gestores (União, Estado e Município) podem/devem ser exigidas as ações e serviços necessários à promoção, proteção e recuperação da saúde pública. De outro lado, a Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM, antiga Associação dos Amigos do Charcot, que integra o SUS por força de Contrato celebrado com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, é quem executa as ações e serviços de saúde, em desacordo com os princípios e diretrizes do SUS e descumprindo os preceitos da Lei nº /01. 29/34

30 Os réus União, Estado de São Paulo e Município de São Paulo, portanto, como integrantes e gestores do Sistema Único de Saúde, e a Associação Beneficiente da Saúde Mental ABSM, instituição privada participante do Sistema Único de Saúde, figuram como partes passivas legítimas, uma vez que a decisão postulada projetará efeitos diretos sobre suas respectivas esferas jurídicas. VI DO PEDIDO Em face de tudo quanto foi exposto, o Ministério Público Federal vem requerer a Vossa Excelência: 1) a citação dos réus, para contestarem a ação; 2) a procedência da ação, condenando: 2.1.) a ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE SAÚDE MENTAL - ABSM, além do pagamento das custas e demais despesas processuais, à obrigação de fazer, consistente na prestação adequada, eficiente, contínua, segura e ininterrupta dos serviços de saúde, propiciando a adequação de todos os fatores essenciais como recursos humanos, infra-estrutura, materiais e equipamento, sanando todas as irregularidades apontadas no item "Dos Fatos" e a seguir selecionadas, tudo no prazo de 90 dias, de modo a oferecer à população usuária do SUS atendimento digno e de qualidade: a) Instituir projeto terapêutico que atenda as regras do novo modelo de atenção ao portador de transtorno mental previsto na Lei nº /01; 30/34

31 b) Instituir o atendimento individualizado para todos os pacientes internados no Hospital; c) Suprir o Hospital, sanando as insuficiências e ausências constatadas, de todos os equipamentos e materiais básicos como: conserto e pintura de paredes, estruturas das janelas, colocação de vidros; aumento do número de sanitários, consertos de sanitários, que estão sem portas, não oferecendo condições de privacidade para os pacientes; substituição de camas e colchões; construção de quadra de esportes ou sala para prática de exercícios físicos; d) Oferecer atividades ocupacionais e de lazer aos pacientes; e) Adequar e manter a limpeza hospitalar; f) Adequar o Serviço de Lavanderia para acomodação das lavadoras e o depósito das roupas sujas e limpas em ambientes separados, bem como consertar paredes, piso, iluminação, instalações elétricas e equipamentos; g) Suprir todo o Hospital de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogos e terapeutas ocupacionais em quantidade suficiente e durante as 24 (vinte e quatro) horas do dia; h) Cuidar para manter a higiene pessoal dos pacientes; e, i) Equipar os quartos com armários para guarda dos pertences dos pacientes. 31/34

32 2.2.) a UNIÃO, o ESTADO DE SÃO PAULO e o MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, de forma solidária, a obrigação de fazer, consistente em: a) Assegurar que a Associação Beneficente de Saúde Mental - ABSM corrija todas as irregularidades apontadas no item 2.1., adequando-se às normas para prestação de serviços ao SUS; b) Constituir equipe multidisciplinar, contando com a presença de médico psiquiatra, psicólogo e assistente social, a fim de realizar avaliação médico-psicológica e social dos pacientes internados, no prazo de 90 (noventa) dias; c) Ao término do prazo de 90 (dias) fixado para a Associação Beneficente de Saúde Mental no item 2.1., realizar fiscalização com o intuito de verificar o saneamento das irregularidades apontadas e a qualidade do atendimento aos pacientes, com encaminhamento ao Juízo, no prazo de 30 (trinta) dias, de relatório circunstanciado e, no caso de não saneamento das irregularidades, adotar as providências necessárias para encaminhamento dos pacientes a outros estabelecimentos onde possam receber o tratamento de que necessitam; d) Inserir os pacientes moradores e que não mais necessitem de internação, em serviços extrahospitalares, no prazo de 90 (noventa) dias, enviando ao Juízo a relação dos pacientes nessas condições e os locais para onde foram encaminhados. 3) Requer ainda o Ministério Público Federal, a antecipação total dos efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, pelo fato de estarem caracterizados, 32/34

33 ao lume do art. 273 do Código de Processo Civil, todos os pressupostos autorizadores de sua concessão. O atendimento à saúde, por guardar estreita relação com a manutenção da vida humana, é sempre relevante e urgente. A prova inequívoca da verossimilhança do pedido ou fumus boni iuris, está caracterizada conforme tudo o que foi exposto e evidencia-se na obrigação do Estado e da instituição privada integrante do SUS em prestar tratamento de saúde condigno e efetivo às pessoas portadoras de transtorno mental. O periculum in mora está presente, pois decorre das condições degradantes a que são submetidos os pacientes da Associação Beneficente da Saúde Mental ABSM. A cada dia mais usuários do Sistema Único de Saúde, ali internados têm desrespeitados os seus direitos, com grave prejuízo à sua saúde física e mental. Além disso, se não for antecipado o provimento de mérito, medidas judiciais posteriores poderão ser inócuas para prevenir outros danos causados à saúde pública, uma vez que a população destinatária está exposta aos riscos de um Hospital que deixa de prestar serviços de saúde adequados. Assim, tendo em vista a necessidade do imediato resguardo do interesse fundamental da sociedade em ter uma rede privada de saúde que participa do SUS funcionando adequadamente, de acordo com os princípios da universalidade, gratuidade e integralidade da assistência em todos os níveis de complexidade do sistema e sob o império da Lei Maior e da Lei nº /01, pugna o Ministério Público Federal pela concessão total da tutela antecipada. 33/34

34 Visando assegurar a efetividade da tutela pleiteada, pede seja fixada multa diária de, no mínimo, R$10.000,00 (dez mil reais), por obrigação descumprida, na forma do art. 461, 4 e 5º do Código de Processo Civil, arts. 11 da Lei nº 7.347/85 e art 84 do Código de Defesa do Consumidor. E, para que dêem cumprimento, pede sejam intimados do teor da decisão, todos por fax, os Excelentíssimos Secretários Estadual e Municipal de Saúde, assim como, também por precatória, o Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde, sob pena de responsabilização penal e por improbidade administrativa. Protesta-se, também pela produção de todas as provas admitidas em Direito, mormente documentos, oitiva de testemunhas, realização de perícias e inspeções judiciais, caso se façam necessárias. Dá-se à causa, conforme o disposto no art. 258 do CPC, o valor de R$ ,00 (um milhão de reais). São Paulo, 22 de fevereiro de ADRIANA DA SILVA FERNANDES Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão SONIA MARIACURVELLO Procuradora da República 34/34

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