GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ, ESTADO DA BAHIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ, ESTADO DA BAHIA RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO Orientador: Prof. Dr. Johildo Salomão Figueiredo Barbosa Co-Orientadora: Profª. Drª. Ângela Beatriz de Menezes Leal Salvador-BA 2008

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ, ESTADO DA BAHIA RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientador: Prof. Dr. Johildo Salomão Figueiredo Barbosa Co-orientador: Profª. Drª. Angela Beatriz de Menezes Leal Salvador-BA 2008

3 ii Em especial a minha mãe Vera Lucia e ao meu pai Antonio Raimundo, pelo amor e apoio a mim dedicado. Ao meu irmão Roniere pelo incentivo. Aos meus amigos que torceram por mim a todo instante. In memória da lembrança amiga e feliz de minha avó Secundina.

4 iii UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ, ESTADO DA BAHIA Monografia para obtenção do grau de Bacharel em Geologia Salvador, 17 de Julho de 2008 Banca Examinadora 1º Examinador - Profº. Dr. Johildo Salomão Figueiredo Barbosa - Orientador IGEO - UFBA 2ª Examinadora - Profª. Drª. Ângela Beatriz de Meneses Leal Co-Orientador IGEO - UFBA 3º Examinador - Geólogo Israel Fernando B. Nonato LARGO MINERAÇÃO LTDA.

5 iv AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus por tudo que sou e pelas minhas conquistas. Ao Prof. Dr. Johildo Salomão Figueiredo Barbosa, meu muito obrigado por ter me orientado durante esta pesquisa contribuindo com suas discussões, críticas e sugestões no desenvolvimento da redação final desta monografia. Meus sinceros agradecimentos a empresa Largo Mineração LTDA. e a todos os seus funcionários. A Profª. Drª. Angela Beatriz Menezes Leal pela paciência, incentivo e disponibilidade. Aos meus amigos e colegas Joilma, Ana, Leila, Patricia, Denis pelo apoio e carinho dedicados a mim. A Jailma pelos esclarecimentos de dúvidas a cerca do software Minpet. A meu namorado, Fabiano pela ajuda e incentivo. Aos meus pais que por confiarem em meus sonhos.

6 v RESUMO O Sill do Rio Jacaré, localizado no centro-leste do estado da Bahia, caracteriza-se como uma intrusão máfica-ultramáfica acamadada. Faz contato a Leste com as rochas do Bloco Jequié e a oeste com o Greenstone Belt de Contendas-Mirante. Foram estudadas as rochas metamórficas encaixantes do Sill e o corpo máficoultramáfico propriamente dito, sobretudo nos alvos Fazenda Gulçari A e Fazenda Novo Amparo, utilizado como base, dados geoquímico de trabalhos anteriores e aqueles fornecidos pela Largo Mineração LTDA. Os litotipos identificados no Sill foram, da base para o topo: meta-piroxenito, meta-magnetita-piroxenito, metamagnetitito, meta-gabro de leste e meta-anortosito. Com relação aos meta-gabros que ocorrem no lado oeste, a geologia de campo e os dados geoquímicos, sobretudo ao Elementos Terras Raras sugerem que eles não fazem parte do Sill. Todas estão deformadas segundo o trend regional N10ºE e reequilíbradas na fácies anfibolito. Os meta-magnetititos do alvo Fazenda Gulçari A são os portadores de importante reserva em teor médio de magnetita vanadífera do Sill. A geoquímica demonstra que o magma que originou as litologias do Sill do Rio Jacaré, era muito enriquecido em ferro e empobrecido em magnésio, tratando-se de um magma toleiítico bastante diferenciado. Em comparação com as rochas da intrusão acamadada de Skaegaard o Sill do Rio Jacaré apresentou trends similares.

7 vi ABSTRACT The Sill of the Rio Jacaré, located in the center-east of the state of the Bahia, is characterized as a layered mafic-ultramafic intrusion. The East with the rocks of the Jequié Block and the west with the Greenstone Belt Contendas-Mirante contact. The fit rocks metamorfic rocks of the Sill and the mafic-ultramafic body properly said had been studied, over all in the targets Fazenda Gulçari A and Fazenda Novo Amparo, used as base, given geochimic of works previous and those supplied by Largo Mineração LTDA. The lithotypes identified in the Sill had been, of the base for the top: goal-pyroxenit, goal-magnetite-pyroxenit, goalmagnetite, goal-gabbro of east and goal-anorthosit. With regard to the goalgabbros that occurs in the side west, the geochemitry geology of field and data, over all to the Elements Rare Lands they suggest that they are not part of the Sill. All are deformed according to trend region N10ºE and equilibrium in facies amphibolites. The goal-magnetitit of the white Fazenda Gulçari A is the carriers of important reserve in vanadium magnetite average text of the Sill. Geochemistry demonstrates that the magma that originated the lithotypes of the Sill of the Rio Jacaré, was very enriched in iron and depleted in magnesium, being about a tholeiitic magma sufficiently differentiated. In comparison with the rocks of the layered intrusion of Skaergaard the Sill of the Rio Jacaré presented trends similar.

8 vii SUMÁRIO AGRADECIMENTOS RESUMO ABSTRACT ÍNDICE DE FIGURAS ÍNDICE DE FOTOS ÍNDICE DE TABELAS ÍNDICE DE QUADROS iv v vi ix x xi xii CAPÍTULO I 1 - INTRODUÇÃO Aspectos Gerais Localização e acesso à área de pesquisa Objetivos Materiais e métodos Trabalhos anteriores 16 CAPÍTULO II 2 - GEOLOGIA REGIONAL Principais Trabalhos 18 CAPITULO III 3 - GEOLOGIA LOCAL E PETROGRAFIA Rochas encaixantes de leste Ortognaisses Migmatíticos Granito Pé de Serra Sill do Rio Jacaré 31

9 viii Meta-gabro de Oeste Meta-piroxenito e meta-magnetita-piroxenito Meta-magnetitito Meta-gabro de Leste Meta-anortosito Rochas encaixantes de oeste ( Greenstone Belt Contendas- Mirantes) Meta-andesitos Quartzitos Pegmatitos Coberturas tercio-quaternárias 38 CAPITULO IV 4 LITOGEOQUÍMICA Litogeoquímica dos elementos maiores e traços Litogeoquímica dos Elementos Terras Raras 45 CAPITULO V 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 54 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

10 ix ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 Mapa de Localização da área de estudo. FONTE: SEI-BAHIA Figura 2 Cráton do São Francisco e suas faixas de dobramento. Modificado de Cruz, (2007). 19 Figura 3 Segmentos crustais do Cráton do São Francisco. Fonte: Barbosa & Sabaté, (2002). 19 Figura 4 Mapa geológico regional da região estudada. Simplificado de Marinho et al. (1979). 21 Figura 5 Perfis regionais A-A e B-B. 22 Figura 6 Mapa geológico local da área de estudo. Cedido pela Largo Mineração LTDA. 29 Figura 7 Seção geológica da área de estudo, no alvo Fazenda Gulçari A. Cedida pela Largo Mineração LTDA. 30 Figura 8 - Diagrama SiO 2 vs. FeOt/MgO de (Miyashiro, 1974) para classificação de rochas toleiíticas e cálcio-alcalinas. Os meta-piroxenitos e meta-magnetititos situam-se fora do gráfico. 40 Figura 9 - Diagrama de Harker. Os óxidos Al 2 O 3, CaO, FeOt, K 2 O, Na 2 O, P 2 O 5, SiO 2, TiO 2 vs. MgO. Meta-Gabro de W= ; Meta-Piroxenito= ; Meta- Magnetitito= ; Meta-Gabro de E= ; Meta-Anortosito=. 41 Figura 10 - Diagrama de Harker. Os elementos traços V, Cr, Ni e Co vs. MgO. Meta-Gabro de W= ; Meta-Piroxenito= ; Meta-Magnetitito= ; Meta-Gabro de E= ; Meta-Anortosito=. 42 Figura 11 -Diagrama triangular AFM de Irvine & Baragar (1971), onde estão plotadas as amostras do Sill do Rio Jacaré e o trend evolutivo do corpo de Skaegaard. 43 Figura 12 Diagrama de variação de TiO 2 vs. MgO para as litologias do Sill do Rio Jacaré e, sendo mostrada também a linhagem de diferenciação magmática das rochas de Skaegaard. (Wager, 1960). 44 Figura 13 Padrões dos Elementos Terras Raras, normalizados segundo dados de Nakamura (1977), para as rochas do Sill do Rio Jacaré. 45

11 ÍNDICE DE FOTOS Foto 1 - F1: Dobra com plano axial sub-horizontal. 25 Foto 2 F2: Dobra com plano axial sub-vertical. 26 Foto 3 Ortognaisse-migmatitico do Bloco Jequié nas proximidades do Sill. 28 Foto 4 - Granito Pé de Serra 28 Foto 5 Meta-gabro de Oeste do Sill do Rio Jacaré 32 Foto 6 - Meta-piroxenito do Sill do Rio Jacaré 34 Foto 7 - Meta-gabro de Leste do Sill do Rio Jacaré 35 Foto 8 Meta-anortosito do Sill do Rio Jacaré 36 Foto 9 - Pegmatitos que cortam as rochas do Sill 38

12 xi ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Elementos maiores em (% em peso) e elementos menores, em ppm, de Gomes (1991), onde AE=anortosito e GE=Gabro de E. 46 Tabela 1 (continuação) - Elementos maiores em (% em peso) e elementos menores, em ppm, de Gomes (1991), onde PE=Meta-Piroxenito e GE=Meta-Gabro de E. 47 Tabela 2 - Elementos maiores em (% em peso) de Marinho (1991), onde GM=Meta- Gabro de E e GMW=Meta-Gabro de W. 48 Tabela 3 - Elementos menores, em ppm, de Marinho (1991), onde GM=Meta-Gabro de E e GMW=Meta-Gabro de W. 49 Tabela 4 - Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2000), onde GR=Meta- Gabro de E e MR=Meta-Magnetitito. 50 Tabela 4 (continuação) - Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2000), onde PR=Meta-Piroxenito. 51 Tabela 5 - Elementos menores, em ppm, de Brito (2000), onde GR=Meta-Gabro de E e MR=Meta-Magnetitito. 52 Tabela 5 (continuação) - Elementos menores, em ppm, de Brito (2000), onde PR=Meta-Piroxenito. 53 Tabela 6 Elementos Terras Raras, onde GMW 10=Meta-Gabro de W (Marinho, 1991) e GR=Meta-Gabro de E, MR=Meta-Magnetitito e PR=Meta-Piroxenito (Brito, 2000). 53

13 xii ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 - Estratigrafia do Grupo Contendas - Mirante (Marinho et. Al. 1994) 23 Quadro 2 Relação entre litologias, bibliografia utilizada e alvos. 39

14 13 CAPÍTULO I 1 INTRODUÇÃO 1.1 Aspectos gerais A autora deste trabalho estagiou na Empresa Largo Mineração LTDA, que está desenvolvendo uma mina de Vanádio-Ferro-Titânio e Platinóides, situada no Sill do Rio Jacaré motivo deste Trabalho Final de Graduação. Dados geoquímicos e mapas da área foram disponibilizados pela referida Empresa como subsídio para a presente pesquisa. Essa autora, após estudar o corpo máfico acamadado do sill, separando topo e base dessa intrusão, utilizou os dados químicos mais representativos dos trabalhos anteriores ali realizados (Avena Neto, 1987; Gomes, 1991; Marinho, 1991; Brito, 2000), na tentativa de verificar se nessa intrusão é possivel se identificar trends de diferencição magmática durante sua cristalização, comparando-os com aqueles existentes em um dos mais importantes corpos intrusivos acamadado do planeta, a intrusão de Skaergaard (Wager, 1960; 1967) Localização e acesso á area de pesquisa O presente trabalho foi realizado no Sill do Rio Jacaré que encontra-se situado na região centro-leste do Estado da Bahia, município de Maracás, a cerca de 300 Km de Salvador. O acesso principal a área, a partir de Salvador é iniciado pela BR 324 até a cidade de Feira de Santana, tomando se em seguida a BR 116 em direção ao sul. Nessa estrada federal, no local denominado Entrocamento de Jaguaquara,

15 14 toma-se a estrada BA 026, no sentido oeste, passando pelas cidades de Itiruçu e Maracás até alcançar o povoado de Pé de Serra. A partir desse povoado acessa-se uma estrada de terra à esquerda, na qual percorre-se cerca de 21 Km até chegar a área estudada (Figura 1). Área de estudo Figura 1 Mapa de Localização da área de estudo. FONTE: SEI-BAHIA 2000.

16 Objetivos A pesquisa aqui desenvolvida teve como objetivo principal estudar a geologia regional e local e realizar uma revisão dos dados geoquímicos das rochas do Sill do Rio Jacaré utilizando basicamente aqueles já existentes dos Alvos Fazenda Gulçari A e Fazenda Novo Amparo, os mais representativos. Com isso procurou-se também, como outro objetivo marcar melhor o topo e a base dessa intrusão e identificar seu desenvolvimento geoquímico durante sua cristalização fracionada Materiais e métodos O trabalho iniciou-se com pesquisas bibliográficas através de artigos publicados, Dissertações de Mestrado (Avena, 1987; Gomes, 1991) e Teses de Doutorado (Marinho, 1991; Brito, 2000), visando a obtenção das informações quanto aos aspectos geológicos regional e local, sobretudo dados litogeoquímicos e petrográficos, não só a respeito das rochas dessa área mas também de outras rochas de intrusões acamadadas do mesmo tipo, encontradas em outras partes do mundo dando enfoque àquela de Skaergaard. Vale colocar ainda que mapas geológicos existentes em diversas escalas, que envolvem a região em foco, foram consultados. Sempre com o apoio da Largo Mineração LTDA. os trabalhos de campo foram realizados em duas campanhas, visando o reconhecimento geológico regional e local. Estudos macroscópicos e microscópicos das rochas do Sill foram realizados. Com relação a litogeoquímica foram selecionados 35 resultados de análises químicas de elementos maiores e menores dos trabalhos referidos anteriormente. Além deles foram selecionadas 4 análises de Terras Raras das principais rochas do Sill. Vale colocar que dentre esses resultados geoquímicos, 5 são de Marinho (1991), do Alvo Fazenda Gulçari A, 12 são de Brito (2000) também do Alvo Fazenda Gulçari A e 18 são de Gomes (1991) do Alvo Fazenda Novo Amparo (Tabelas 1, 2, 3, 4, 5 e 6).

17 16 Conforme informações retiradas desses trabalhos, os resultados analíticos de Brito (2000), foram obtidos utilizando-se fluorescência de raio-x, tendo sido analisados os elementos maiores, SiO 2, Al 2 O 3, FeO, Fe 2 O 3, MgO, CaO, TiO 2, P 2 O 5 e MgO, além dos elementos traços, V, Rb, Ba, Sr, Ga, Nb, Zr, Y, Th. Além da fluorescência de raio-x esse autor utilizou também o método ICP-MS, voltado para a determinação dos Elementos Terras Raras, ou sejam: LA, Ce, Nd, Sm, Eu, Gd, Dy, Ho, Er, Yb e o Lu. Vale ainda colocar que Brito (2000) fez uso da espectrometria de absorsão atômica aplicando-a como uma técnica complementar à fluorescencia e ao ICP-MS, fato que auxiliou na determinação de compostos isolados como o Na 2 O e o K 2 O. Com relação a Gomes (1991) esta analisou os óxidos de SiO 2, TiO 2 e P 2 O 5 por colorimentria, enquanto que o Al 2 O 3, FeOt, Na 2 O, Cão, MgO, Cr, Ni, Cu, e V foram obtidos após diluição ácida com HF e H 2 SO 4 das amostras. A seguir, essa ultima autora efetuou a determinação desses óxidos por espectrometria de absorção atômica. Basicamente, os elementos químicos priorizados na bibliografia existente no Sill do Rio Jacaré, foram os mesmos conseguidos na bibliografia sobre a intrusão de Skaergaard, principalmente aqueles de Wager (1960; 1967) que demostraram-se os mais completos. Os resultados analíticos foram tratados no software petrológico MINPET 2.02 (Richard, 1994) e apresentados em diagramas binários e ternários utilizando-se, por exemplo, aqueles de Irvine & Baragar (1971) e Miyashiro (1974). Por sua vez com relação aos de Elementos Terras Raras, eles foram normalizados segundo os valores do condrito de Nakamura (1977) Trabalhos anteriores Em uma visão mais focada no Sill do Rio Jacaré, neste sub-item encontram-se citados os principais trabalhos de geologia regional e local consultados, constando de forma resumida seus principais resultados. Eles constaram do Projeto Bahia, através de um Convênio DNPM/CPRM (Pedreira et al., 1975). Nesse Projeto as rochas dessa parte do Estado da Bahia foram denominadas de Complexo Contendas-Mirante, por aflorarem na região entre essas duas cidades. Mascarenhas (1976) classificou este complexo como um provável greenstone belt, o

18 17 que levou a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) a implantar um projeto de mapeamento geológico regional (Marinho et al., 1979), seguido de vários outros programas de prospecção de detalhe, tal como aquele realizado por Cunha et al. (1996). Esses projetos principalmente o de Marinho et al. (1979) resultou na localização de corpos mineralizados em vanádio, em anfibolitos e metagabros, que foram posteriormente, denominado de Sill Estratificado do Rio Jacaré (Brito, 1984). Dentro do contexto do Sill do Rio Jacaré foram desenvolvidas três dissertações de mestrado (Avena Neto, 1987; Gomes, 1991), além de duas Teses de Doutorado (Marinho, 1991; Brito, 2000 ). Trabalhos de pesquisa de Avena Neto (1987) revelaram a primeira descoberta de platinóides no Sill do Rio Jacaré. Gomes (1991) caracterizou a petrografia e geoquímica do alvo Fazenda Novo Amparo, ainda dentro do Sill do Rio Jacaré. Marinho (1991) definiu a Seqüência Sedimentar Condendas-Mirante como depositada em uma bacia do tipo rift. Enfim, foi Brito (2000) quem detalhou no Sill, através da petrografia e litogeoquímica, separando-o em 3 zonas: uma inferior (ZI), outra transicional (ZT) e outra superior (ZS). O detalhamento dessas zonas encontra-se em sua Tese de Doutoramento (Brito, 2000).

19 18 CAPÍTULO II 2 - GEOLOGIA REGIONAL 2.1 Principais Trabalhos Em uma visão mais ampla pode-se considerar a região estudada como parte integrante do embasamento do Cráton do São Francisco (Almeida, 1977), o qual é margeado a nordeste pela Faixa Sergipana, a norte pela Faixa Riacho do Pontal, a noroeste pela Faixa Rio Preto, a oeste pela Faixa Brasília e a sudeste pela Faixa Araçuaí (Figura 2). Este Cráton é formado por quatro segmentos crustais de idade Arqueana/Paleoproterozóica (Figura 3): (i) o Bloco Gavião que é caracterizado por gnaisses-migmatíticos, tonalitos-trondjhemitos-granodioritos além dos seqüências greestone belts; (ii) o Bloco Serrinha onde ocorrem ortognaisses e migmatitos contendo os greestone belts do Rio Itapicuru e Capim; (iii) o Bloco Jequié onde predominam rochas granulíticas e, (iv) o Bloco Itabuna- Salvador-Curaçá composto basicamente de tonalitos-trondjhemitos, incluindo rochas supracrustais altamente deformadas e reequilibradas na fácies granulito (Barbosa & Sabaté, 2002, 2004). Sobre este embasamento Arqueano- Paleoproterozóico ocorrem rochas metassedimentares, mesoproterozóicas e neoproterozóicas (Barbosa & Dominguez, 1996) as quais não são foco do presente trabalho.

20 19 FAIXA RIACHO DO PONTAL FAIXA FAIXA RIO PRETO SERGIPANA CRÁTON DO SÃO FRANCISCO COBERTURAS FANEROZÓICAS COBERTURAS PROTEROZÓICAS CINTURÕES BRASILIANOS FAIXA BRASÍLIA EMBASAMENTO (>1,8 GA) ORÓGENO ARAÇUAÍ Salvador OCEANO ATLÂNTICO 0 200km N Figura 2 Cráton do São Francisco e suas faixas de dobramento. Modificado de Cruz, Área estudada Figura 3 Segmentos crustais do Cráton do São Francisco. Fonte: Barbosa & Sabaté (2002).

21 20 O denominado Sill do Rio Jacaré situa-se no limite entre o Greenstone Belt Contendas-Mirante, pertencente ao Bloco Gavião (Cunha et al. 1996; Barbosa & Sabaté 2002,2004), e o Bloco Jequié (Barbosa & Sabaté 2002, 2004), (Figura 4). Sendo assim, serão descritas somente as litologias dessas unidades acima citadas, excluindo o Bloco Gavião que é representado somente por essa pequena parte localizada ao sul da área (não representada na Figura 4). O Bloco Jequié situado a leste da região estudada, tem idade Arqueana. É caracterizado por (i) migmatitos heterogêneos com enclaves de rochas supracrustais (cherts/quartzitos, formações ferríferas bandadas, rochas máficas-ultramáficas, basaltos, basaltos andesíticos, grafititos, kinzigitos e bandas quartzo-feldspáticas), que corresponde a unidade mais antiga deste Bloco, com idades Sm-Nd em torno de Ga (Wilson, 1987; Marinho 1994 (a,b); (ii) granulitos enderbíticos charnockíticos (EdB, Figuras 4 e 5)(Fornari, 1992, Fornari & Barbosa 1994); (iii) granulitos chanokíticos (ChA, Figuras 4 e 5); (iv) ortognaisses migmatíticos (HGrA, Figuras 4 e 5); (v) tonalitos migmatizados ( Figuras 4 e 5) e (vi) pelo granitóide denominado Granito Pé de Serra (Ps, Figuras 4 e 5). Com relação a este ultimo, ele aflora em uma faixa estreita a norte e a sul da localidade homônima em contato a oeste com o Sill do Rio Jacaré e a leste basicamente com ortognaisses migmatíticos (HGrA), ambos reequilibrados na fácies anfibolito. O Granito Pé de Serra tem química alcalina a sub-alcalina (Marinho, 1991). Com relação à geocronologia, Wilson (1987) e Alibert & Barbosa (1992) dataram os granulitos charnockíticos em torno de Ga., dados este obtidos através dos métodos Rb/Sr e Pb/Pb rocha total, e U-Pb SHRIMP em zircões. O Sill do Rio Jacaré e o Granito Pé de Serra fazem parte do Bloco Jequié. Ambos possuem idades arqueanas, situadas em torno de 2.7 Ga, sobretudo o Granito Pé de Serra (Marinho, comunicação verbal).

22 21 A A B B Áreas alvo (Faz. Gulçari A e Faz Novo Amparo) Figura 4 Mapa geológico regional da região estudada. Simplificado de Marinho et al. (1979).

23 Figura 5 Perfis regionais A-A e B-B 22

24 23 O Greenstone Belt Contendas-Mirante, também arqueano, foi dividido em três subunidades: (i) uma inferior composta pelas formações Jurema-Travessão (Figuras 4 e 5) e Barreiro d Anta; (ii) outra média, que compreende as formações Mirante e Rio Gavião (Figuras 4 e 5); (iii) e outra superior representada pela Formação Areião (Figuras 4 e 5). A descrição mais detalhada das formações do Greenstone Belt Contendas-Mirante encontra-se no quadro abaixo (Marinho et al. 1994a). Quadro 1 - Estratigrafia do Grupo Contendas - Mirante (Marinho et. al. 1994a) UNIDADE FORMAÇÃO DESCRIÇÃO Superior Média Inferior Areião Rio Gavião Mirante Barreiro d Anta Jurema- Travessão Metarenitos quartzosos impuros, feldspáticos, com níveis conglomeráticos e abundante estratificação cruzada. Filitos e metagrauvacas resultantes do metamorfismo de uma associação de folhelhos e grauvacas sob condições inferiores àquelas da isógrada da biotita. Xistos, por vezes nodulosos, com níveis de metarenitos, provenientes do metamorfismo de uma associação de folhelhos e grauvacas sob condições superiores àquelas da isógrada da biotita. Rochas piroclásticas ácidas com intercalações de sedimentos detríticos (grauvacas e folhelhos) e de sedimentos químico-exalativos (cherts e formações ferríferas bandadas) Rochas metavulcânicas máficas e félsicas com intercalações de quartzitos, metacherts, rochas calcissilicáticas, formações ferríferas bandadas, metacarbonatos e metagrauvacas. Esse Greenstone Belt encontra-se penetrado por granitóides paleoproterozóicos (2.0 Ga) a exemplo do Granito de Gameleira (Figura 4 )(Marinho

25 ; Marinho et al. 1992, 1994a). Esse Granito é formado basicamente por quartzo, feldspato e plagioclasio possuindo ainda biotita e moscovita. O Sill do Rio Jacaré é composto por rochas básicas, máficas e ultramáficas estratificadas ocorrendo de forma alongada e paralelamente ás deformações regionais (Figuras 4 e 5). Possui cerca de 70 quilometro de extensão e largura média de 1,3km (sua parte mais larga mede aproximadamente 2,3 Km e na sua parte mais estreita 300m). Possui direção geral N10 E e mergulho da foliação variando entre 50 e 70 SE. Como referido antes, Brito (2000) dividiu o Sill em três zonas principais: (i) Zona Inferior (ZI) composta por gabros e (ii) Zona Superior (ZS) que compreende gabros, piroxenitos, magnetita-piroxenito e anortositos. Este mesmo autor definiu uma Zona de Transição (ZT) ou intermediária, entre ZI e ZS que corresponde a culmulatos máficos-ultramáficos. Ainda segundo este último autor o método Sm-Nd forneceu idade isocrônica de 2,841±68Ma para o Sill, tendo o método Rb-Sr produzido uma idade de 2,757±Ma. A sua idade de cristalização, obtida pelo método U/Pb-SHRIMP em zircão situa-se em torno de 2.7 Ga (Brito, comunicação verbal). As rochas do Bloco Jequié apresentam 2 fases de deformação dúctil de idade paleoproterozóica: (i) F1, que corresponde a primeira fase de deformação, gerando dobras com plano axial sub-horizontal (Foto 1); (ii) F2, que evidência a progressão da deformação, formando dobras com plano axial sub-vertical, em geral transpondo os planos de foliação F1 (Foto 2). Com efeito, pode ser observado nas figuras 4 e 5 as unidades geológicas estão separadas por zonas de cisalhamento. Marinho (1991) ao estudar o metamorfismo da região em foco, mostrou que as as rochas do Bloco Jequié foram metamorfisados tanto na fácies granulito, (litologias EdB e ChA, figuras 4 e 5) como na fácies anfibolito (litologias HGrA e Ps, Figuras 4 e 5). Por sua vez as rochas do Sill do Rio Jacaré foram reequilibradas na fácies anfibolito, enquanto que, as rochas do Greenstone Belt de Contendas-Mirante foram metamorfisadas na fácies xisto verde (Figura 5). Como pode ser notada nessa última figura, as isógradas do metamorfismo de alto grau que atingiu a região, foram seccionadas, verificando-se também que durante a deformação, mega-blocos da fácies granulito foram empurrados para oeste, se superpuseram a mega-blocos da fácies anfibolito e esses, por sua vez, sobre mega-blocos da fácies xisto-verde

26 25 (Barbosa & Sabaté, 2002, 2004). O metamorfismo e a deformação foram datados em 2.1e 1.8 Ga, respectivamente, tanto pelos métodos Sm-Nd e como pelo método Rb-Sr (Brito, 2000). As coberturas tercio-quaternárias da região correspondem a sedimentos aluvionares com tonalidade variando de cinza a alaranjado. São imaturos, inconsolidados, mal selecionados com granulometria variando de areia fina a seixos, composto por grãos de quartzo, subangulosos a angulosos, e fragmento de rocha e argila. Foram formadas durante os Ciclos Sul-Americano, Velhas e Paraguaçu esses dois últimos identificados regionalmente nos arredores da área estudada. Foto 1 - F1: Dobra com plano axial sub-horizontal, nos granulitos charnokitos do Bloco Jequié.

27 Foto 2 F2: Dobra com plano axial sub-vertical, nos granulitos charnokitos do Bloco Jequié. 26

28 27 CAPÍTULO III 3 GEOLOGIA LOCAL E PETROGRAFIA Os litotipos encontrados na área de estudo dispõem-se de forma alongada com direção geral N10ºE, apresentando foliação coincidente com este trend regional. Essa foliação apresenta mergulha entre 60 e 70 para SE (Figura 6 e 7). 3.1 Rochas encaixantes de leste Ortognaisses Migmatíticos São rochas ortoderivadas pertencentes ao Bloco Jequié, localizando-se a leste do Sill, em contato tectônico com o mesmo. Possuem tonalidade rósea, granulação fanerítica média a grossa, sendo compostos por quartzo, feldspato, plagioclásio e biotita (Foto 1). Estão metamorfisados na fácies anfibolito. A foliação que se nota na foto corresponde a deformação da fase F1 superposta pela fase F2. Tem Direção N10 com mergulho de 70 para leste.

29 28 Foto 3 Ortognaisse-migmatitico do Bloco Jequié nas proximidades do Sill Granito Pé de Serra Classificado como leucogranito-sienitico, apresenta cor cinza e aspecto homogêneo em toda a sua extensão (Figuras 4, 5, 6; Foto 6), localmente encontrase gnaissificado e cortado por veios pegmatíticos. São equigranulares, com granulação fina a média (Marinho et al., 1979) e constituidos de quartzo, feldspato, biotita, moscovita e opacos. Trata-se de um granito magnético (Marinho,1991), colocados, seguindo o trend regional da área (Figuras 4, 5 e 6). Foto 4 - Granito Pé de Serra

30 Figura 6 Mapa geológico local da área de estudo. Cedido pela Largo Mineração LTDA. 29

31 Figura 7 Seção geológica da área de estudo. Cedida pela Largo Mineração LTDA. 30

32 Sill do Rio Jacaré As rochas que fazem parte da intrusão ultramáfica do Sill do Rio Jacaré, estão deformadas segundo o contexto regional e exibem reequilibrio para a fácies anfibolito, compatível com o metamorfismo de alto grau que atingiu a região. O acamadamento ígneo reliquiar, às vezes observado nas litologias, está paralelo à foliação regional. As exposições que melhor definem a estratigrafia são encontrados no Alvo Fazenda Gulçari A, onde também ocorre a maior reserva de magnetita vanadífera do Sill. A alternância de níveis centimétrico a métrico das rochas metapiroxeníticas, meta-gabróicas e meta-magnetíticas, observadas em afloramentos e em lâminas delgadas (Brito, 1984, 2000; Gomes, 1991) demonstram a existência de feições primárias reliquiares tais como: estratificação magmática, acamadamento rítmico e reliquiar cumuláticas, típicas de intrusões acamadadas, conforme descreve Irvine (1982). Esta unidade geológica como referida anteriormente foi dividida em três zonas por Brito (2000). Neste trabalho não utilizou-se esta divisão, visto que, nas observações de campo, em seção geológica oeste-leste realizada no Sill, foram identificadas as seguintes litologias: (i) gabro de oeste sem magnetita, de posição duvidosa, possivelmente estão em contato tectônico com as rochas intrusivas do Sill; (ii) meta-piroxenitos e meta-magnetita-piroxenito, (iii) meta-magnetititos; (iv) metagabros de leste com magnetita e (v) meta-anortosito. Essa subdivisão está de acordo com os dados litogeoquímicos mostrados no Capitulo 4.

33 Meta-gabro de Oeste Esta litologia ocorre do lado oeste dos meta-magnetititos (Figuras 6 e 7). São rochas de coloração cinza-esverdeado, com textura fanerítica grossa e pequenos níveis faneríticos finos (Foto 5). Ao microscópio, esses meta-gabros apresentam textura nematoblástica com cristais ripiformes de plagioclásio com dimensões de 1,5 a 3mm. Em alguns casos estão muito saussuritizados, e dispostos de modo subtriangular. A rocha é composta basicamente por plagioclásio (60% a 70%), anfibólio (15% a 25%), clinopiroxênio (15%), quartzo (até 3%) e traços de apatita e titanita. A magnetita não está presente nessas rochas. forte sericitização. O plagioclásio apresenta-se como cristais ripiformes, com contatos retos e A hornblenda apresenta grãos subédricos, com contatos retos e tamanho variando de 0,3mm a 1,2mm. O clinopiroxênio é uma augita, (Brito, 2000) com grãos hipidioblásticos a xenoblásticos com dimensões de 0,2 a 1,6mm. A apatita e a titanita ocorrem inclusas no plagioclásio. Foto 5 Meta-gabro de Oeste do Sill do Rio Jacaré

34 Meta-piroxenito e meta-magnetita-piroxenito Tratam-se de um litotipos em que a porcentagem de anfibólio é maior que a de piroxênio. Poderiam ser chamados de anfibolito, mas em respeito a estudos anteriores (Brito, 2000; Gomes, 1991) que classificaram o anfibólio como produto do reequilibrio do piroxênio, e mesmo assim mantiveram o nome da rocha como metapiroxenito, optou-se por continuar com esta mesma nomenclatura. Com relação ao meta-piroxenito, ele apresenta cor verde escura (Foto 6), com granulometria faneritica fina a média, e com textura nematoblástica (Gomes, 1991). É composta por mais de 80% de anfibólio, 5%-15% plagioclásio e tendo como minerais acessórios, biotita e óxido de Fe-Ti. Granada e quartzo aparecem raramente. Os minerais traços são a apatita, o esfeno e olivina (Brito, 2000; Gomes, 1991). A hornblenda aparece ora substituindo o ortopiroxenio ora sob forma de cristais subédricos maiores, com tamanho médio de 0,7mm. Também ocorre sob a forma de grãos bem menores associados a finos cristais de plagioclásio. O plagioclásio ocorre geminado segundo a lei albita. A granada é encontrada raramente. Exibe cor rosa e está muito fraturada. Seu tamanho médio é de 2,3mm, muitas vezes mostrando-se sob a forma de sigmoides e com inclusões de hornbleda. A biotita não ultrapassa 4% na rocha, sendo seus grãos em geral anédricos, com tamanho de até 0,4mm. A apatita ocorre como diminutos cristais disseminados, intersticiais. O esfeno aparece como manchas irregulares, finas (Brito, 2000; Gomes, 1991). O meta-magnetita-piroxenito apresenta as mesmas características petrograficas do meta-piroxenito descrito, com o aditivo de possuir camadas finas (pequenas lâminas) de magnetita.

35 34 Foto 6 - Meta-piroxenito do Sill do Rio Jacaré Meta-magnetitito Essa rocha apresenta cor escura. A análise microscópica de seções polidas desta litologia pemitiu a determinação mais acurada de sua composição, ou seja: mais de 60% de Ti-magnetita, e 35% de ilmenita (Brito, 2000), o restante constituído pela ganga silicática que formada por anfibólios, granadas, biotitas e raramente plagioclásio e olivina. Ocorre como minerais acessórios a calcopirita e a bornita (Brito, 2000; Gomes, 1991). Os cristais de Ti-magnetita são anédricos, com dimensão de 0,4mm a 0,5mm, exibindo contatos retos entre si e com a ilmenita. A maioria dos cristais apresentam ex-solução. A ilmenita ocorre sob a forma de grãos anédricos com tamanho médio em torno de 0,6mm Meta-gabro de Leste Trata-se de uma rocha fanerítica média, de cor cinza (Foto 7), constituída de 60% de plagioclásio, 10%-25% de anfibólio, 10% de biotita. Ocorre com minerais acessório, granada e opacos (magnetita).

36 35 Os cristais do plagioclásio possuem tamanho que varia de 0,45mm a 3,4mm. São ripiformes e geminados pelas leis albita e albita-periclina, com exceção dos cristais menores. É comum observar-se as ripas de plagioclásio dispostas em ângulos, envolvendo ou sendo envolvidas por anfibólios, às vezes formando texturas blasto-ofitica ou blasto-subofítica (Gomes, 1991). Os anfibólios são representados por hornblenda e cummingtonita. A hornblenda exibe dimensões variando de 0,35mm a 3,8mm, sob a forma de cristais subédricos. A cummingtonita possue tamanho médio de 0,67, onde seus cristais, juntamente com o plagioclásio, conferem à rocha a textura grano-nematoblástica. Os cristais de granada são subédricos e chegam a medir até 5,8mm, trazendo incluso pequenos grãos de hornblenda e raramente plagioclásio, os quais podem ocorrer como poiquilóblastos. Os opacos, são representados basicamente por Ti-magnetita e ilmenita, podendo chegar até 6% do volume da rocha. A presença de magnetita nesses gabros o diferenciam daqueles do oeste, esses últimos desprovidos desse mineral. porcentagens. A biotita, o quartzo e a apatita são encontrados em pequenas Foto 7 - Meta-gabro de Leste do Sill do Rio Jacaré

37 Meta-anortosito Os meta-anortositos ocorrem no campo como lentes descontinuas, com espessura de poucos metros (Figuras 6 e 7), de cor esbranquiçada, devido a grande quantidade de porfiroblastos de plagioclásio. Em geral exibe contato brusco com meta-gabros. Apresentam textura de cumulus e granulometria fanerítica grossa (Foto 8). Foto 8 Meta-anortosito do Sill do Rio Jacaré. Segundo Brito (2000) e Gomes (1991) os estudos petrográficos desta litologia revelam que elas são constituídas por mais de 75% de plagioclasio (andesina), 5 a 20% de anfibólio (hornblenda) de tendo como acessórios granada, óxido de Fe-Ti, quartzo e em raros casos a titanita. Em alguns exemplares observouse a presença da biotita e moscovita, responsáveis pela textura granolepidoblástica, dada devido à orientação dessas micas (Gomes, 1991). Os plagioclásios estão geminados segundo as leis albita, albita-periclina e, mais raramente, Carlsbad. Ocorrem como porfiroblatos, com tamanho de 0,8mm a 1,2 mm, rodeados por anfibólios ou grãos menores de plagioclasio (com tamanho de

38 37 0,2 a 0,4mm) que formam a matriz da rocha (Foto 8). Em algumas porções a rocha exibe uma textura granoblástica. Os anfibólios (hornblenda) são encontrados como grãos subédricos, com tamanho variando de 0,4mm até 1mm. A biotita apresenta um eudralismo variando de subédrica a euédrica, com tamanho médio de 0,7 mm. Algumas vezes parece substituir o anfibólio. Os grãos de quartzo ocorrem com tamanho máximo de 0,4mm, com forma anédrica e em contato tríplice com o plagioclásio. 3.3 Rochas encaixantes de oeste (Greenstone Belt Contendas-Mirantes) Na área de estudo os representantes do Greenstone Belt de Contendas- Mirante são os meta-andesitos e quartzitos da Formação Jurema-Travessão (Figuras 4, 5 e 6), metamorfisados na fácies xisto-verde Meta-andesitos São rochas de tonalidade esverdeada, de granulometria afanítica, formadas essencialmente por quartzo e vidro. No campo este litotipo exibes fácies que variam de andesito maciço a andesito porfirítico ou até mesmo andesito amigdaloidal. Fazem contato tectonico com o gabro de oeste do Sill do Rio Jacaré através de zona de cizalhamento (Figuras 4, 5 e 6) Quartzito São rochas de coloração acinzentada, exibindo textura fanerítica, fina a média. São formados por quartzo (predominantemente), óxidos de Fe-Ti, epidoto e opacos.

39 Pegmatitos Ocorrem na área como veios centimétricos a métricos com tonalidade ora esbranquiçada, e ora rosada devido à alteração intemperica. Compõem-se de feldspato, quartzo, moscovita e às vezes turmalina e granada, esta ultima nos contatos com outras litologias. São geralmente encontrados truncando a foliação regional evidenciando que foram formados em situação pós-tectonica (Foto 9). Pegmatitos Foliação tectônica Foto 9 - Pegmatitos que cortam as rochas da área de estudo. 3.5 Coberturas tercio-quaternárias Na área estudada com mais detalhe essas coberturas ocorrem de forma restrita (Figura 6). São sedimentos detríticos aluvionares com tonalidade variando de cinza a alaranjado. São imaturos, inconsolidados, mal selecionados com granulometria variando de areia fina a seixos. Esses últimos são composto por grãos de quartzo subangulosos a angulosos, além de fragmentos de rocha.

40 39 CAPITULO IV 4 LITOGEOQUÍMICA Com o objetivo de verificar a existência e o comportamento da cristalização fracionada do magma foi realizada uma revisão do tratamento geoquímica das rochas do Sill do Rio Jacaré utilizando dados Alvos Fazenda Gulçari A e Fazenda Novo Amparo. Para isso foram selecionados 35 resultados mais representativos de suas análises químicas tanto de elementos maiores como de traços (Tabelas 1,2,3,4,5), incluindo 4 amostras com análises de Elementos Terras Raras (Tabela 6). Dentre os resultados das análises químicas selecionadas, destacam-se 5 são de Marinho (1991), do Alvo Fazenda Gulçari A, 12 de Brito (2000) também do Alvo Fazenda Gulçari A e 18 de Gomes (1991) do Alvo Fazenda Novo Amparo. As litologias e os respectivos autores de onde foram obtidos os dados geoquímicos das amostras estão relacionadas no quadro abaixo. Quadro 2 Relação entre litologias, bibliografia utilizada e alvos. BIBLIOGRAFIA E ALVOS LITOLOGIA GOMES (1991) (Faz. Novo Amparo) MARINHO (1991) (Faz. Gulçari A) BRITO (2000) (Faz. Gulçari A) Meta-Piroxenito SIM NÃO SIM Meta-Magnetitito NÃO NÃO SIM Meta-Gabro de Leste SIM SIM SIM Meta-Anortosito SIM NÃO NÃO Meta-Gabro de Oeste NÃO SIM NÃO

41 Litogeoquímica dos elementos maiores e traços Com relação aos elementos maiores, aplicando-se o diagrama de SiO 2 vs. FeOt/MgO (Miyashiro, 1974) (Figura 8) pode-se verificar que o magma que formou o Sill do Rio Jacaré foi toleiítico, semelhante à maioria das intrusões máficas acamadadas do mundo. Entretanto deve-se colocar que algumas amostras, como aquelas de meta-magnetitítos e meta-piroxenitos não aparecem no gráfico por apresentarem valores para a razão ferro total e magnésio acima de cinco, e/ou valores de SiO 2 pouco abaixo de 48%. F eot/m go 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 Gabro de W Toleiítica Calcio-Alcalina SiO 2 Meta-Gabros de W Meta-Piroxênitos Meta-Magnetititos Meta-Gabros de E Meta-Anortositos Figura 8 - Diagrama SiO 2 vs. FeOt/MgO (Miyashiro, 1974) para classificação de rochas toleiíticas e cálcio-alcalinas. Os meta-piroxenitos e meta-magnetititos situam-se fora do gráfico. Com os dados das analises químicas foram construídos também diagramas binários discriminantes de Harker (1909) dos elementos maiores vs. MgO (Figura 9). Neles, apesar de haver uma certa dispersão dos pontos representativas dos meta-piroxenitos, meta-gabros e meta-anortosito, nota-se um certo alinhamento desses pontos. Com isso pode-se interpretar a existência de uma correlação positiva para os óxidos de Al 2 O 3, K 2 O, Na 2 O, P 2 O 5 e SiO 2, indicando um comportamento incompatível para os mesmos tendo esses elementos permanecido no líquido durante a cristalização fracionada que deu origem ao sill. Por outro lado observa-se, uma correlação negativa para os óxidos de CaO, FeOt e TiO 2 os quais exibem um

42 FeOt 41 comportamento compatível. Eles foram utilizados, do inicio até a fase intermédiaria da diferenciação, na formação dos piroxênios, plagioclásio além da magnetita e ilmenita. De fato, esses são os principais minerais dos meta-piroxenitos que se situam na base do Sill. Por sua vez notou-se também que os meta-magnetititos situaram-se em campos diferentes das outras rochas. Observou-se que os pontos representativos da química dos meta-gabros de oeste, desprovidos de magnetita, e que no campo não aparecem fazer parte do corpo acamadado, ora situam-se junto aos gabros de leste, ora situam-se fora do trend geoquímico do Sill. Al2O CO a K2O ,6 1,28 0,96 0,64 0,32 Na2O SiO MgO P2O5 0 0,25 0,20 0,15 0,10 0, Figura 9 - Diagrama de Harker. Os óxidos Al 2 O 3, CaO, FeOt, K 2 O, Na 2 O, P 2 O 5, SiO 2, TiO 2 vs. MgO. Meta-Gabro de W= ; Meta-Piroxenito= ; Meta-Magnetitito= ; Meta-Gabro de E= ; Meta-Anortosito=. TiO2 MgO

43 42 Quanto aos elementos menores e traços dessas rochas, os mais representativos encontrados na bibliografia pesquisada, eles também foram plotados em diagramas binários de Harker (Figura 10). Com isso verificou-se uma correlação negativa para os elementos V, Cr, Ni e Co. Todos eles demonstram uma certa compatibilidade durante a diferenciação magmática, visto que a medida que o magma toleiítico ia cristalizando os minerais máficos, sobretudo os piroxênios, eles iam consumindo, além do ferro e magnésio esses elementos menores e traços. Destacam-se os elevados teores de vanádio nos meta-magnetitítos e em alguns piroxenitos, bem como de níquel e cromo, embora esses dois últimos mostram teores bem menores que o vanádio (Tabelas 1,2,3,4,5). Nessa figura 10 verificouse mais uma vez que os meta-magnetititos situam-se deslocados do trend geoquímico das rochas do Sill. Figura 10 - Diagrama de Harker. Os elementos traços V, Cr, Ni e Co (em ppm) vs. MgO (% em peso). Meta-Gabro de W= ; Meta-Piroxenito= ; Meta-Magnetitito= ; Meta-Gabro de E= ; Meta- Anortosito=.

44 43 Para se verificar se as rochas do Sill do Rio Jacaré apresentam uma certa organização dos elementos maiores e compará-los com a litogeoquímica da intrusão acamadada de Skaegaard (Wager,1967), usou-se o diagrama de Irvine & Baragar (1971) (Figura 11) e o diagrama MgO x TiO 2 (Figura 12). Notou-se que apesar das rochas estudadas serem cumuláticas e metamorfisadas, o diagrama A(Na 2 O + K 2 O), F(FeOt), M(MgO) de Irvine & Baragar (1971) (Figura 11) mostra um comportamento evolutivo similar entre o Sill do Rio Jacaré (GA) e a série toleiítica de Skaegaard (S). Com efeito os meta-piroxenitos evoluem para meta-gabros e esses para os metaanortositos que são os termos mais diferenciados do corpo estudado. FeOt Magnetitito S GA Toleiítica S - Skaergaard (Wager, 1960) GA - Sill do Rio Jacaré Meta-Gabros de W Meta-Piroxênitos Meta-Magnetititos Meta-Gabros de E Meta-Anortositos Gabro de W Calcio-Alcalina Na O+K O 2 2 MgO Figura 11 -Diagrama triangular AFM de Irvine & Baragar (1971), onde estão plotadas as amostras do Sill do Rio Jacaré e o trend evolutivo do corpo de Skaegaard.

45 44 O gráfico TiO 2 vs. MgO (Figura 12) mostra mais uma vez a semelhança do trend evolutivo das rochas do Sill do Rio Jacaré com Skaegaard, com exceção dos meta-magnetititos. Esses, muito enriquecidos em ferro, apresentam um comportamento diferente das demais rochas. Com efeito, destaca-se o alto teor em TiO 2 nesses meta-magnetititos, indicando que ocorreu a cristalização da Ti- Magnetita e ilmenita, antes ou em conjunto com os piroxênios. Por sua vez os metagabros de oeste, situam-se fora do trend da cristalização fracionada identificada para o Sill do Rio Jacaré, indicando que eles não fazem parte deste corpo acamadado S - Skaergaard (Wager, 1960) GA - Sill do Rio Jacaré Meta-Gabros de W Meta-Piroxênitos Meta-Magnetititos Meta-Gabros de E Meta-Anortositos MgO 6 S GA 4 Gabro de W 2 Magnetitito TiO 2 Figura 12 Diagrama de variação de TiO 2 vs. MgO para as litologias do Sill do Rio Jacaré e, sendo mostrada também a linhagem de diferenciação magmática das rochas de Skaegaard (Wager, 1960). Analisando mais uma vez o gráfico da figura 12 verifica-se que ele se comporta conforme as interpretações de Myashiro (1974): em rochas toleiíticas durante a diferenciação magmática, os teores de TiO 2 aumentam, até alcançar o máximo e, a partir daí, decrescem chegando a teores similares da razão FeOt/MgO. Esse comportamento sugere que o aumento de TiO 2 e FeOt, nos estágios iniciais da cristalização da série toleiítica é controlado pela formação da magnetita/ilmenita.

46 Litogeoquímica do elementos Terras Raras Os padrões dos Elementos Terras Raras dos litotipos do Sill do Rio Jacaré, normalizados segundo Nakamura (1977), apresentam um leve enriquecimento em ETRL em relação aos ETRP e uma anomalia negativa significativa de Eu. Isso é uma característica das séries de rochas toleiíticas, bem como seu padrão ligeiramente sub-horizontal (Figura 13). Nessa figura verifica-se diferença nos padrões dos meta-gabros de oeste em relação àqueles de leste. Os primeiros têm anomalia positiva de európio, enquanto os últimos possuem anomalia negativa desse elemento. Nesta figura também se destacam os baixos teores desses elementos nos meta-magnetititos, bem menor que os das outras rochas. Sill do Rio Jacaré/ Nakamura Meta-Gabros de W Meta-Piroxênitos Meta-Magnetititos Meta-Gabros de E Meta-Anortositos 0,4 La Pr Ce Nd Eu Tb Ho Tm Lu Sm Gd Dy Er Yb Figura 13 Padrão dos Elementos Terras Raras, normalizados segundo dados de Nakamura (1977), para as rochas do Sill do Rio Jacaré.

47 46 Elementos maiores em (% em peso) de Gomes (1991) Amostras AE-17 AE-18 AE-26 AE-29 GE-1 GE-11 GE-15 GE-19 GE-20 SiO TiO Al 2 O Fe 2 O FeO FeOT Fe 2 O 3 T MnO MgO CaO Na 2 O K 2 O P 2 O H 2 Op H 2 Om Total FeO/MgO Elementos menores, em ppm, de Gomes (1991) Cu Ni V Cr Co Tabela 1 - Elementos maiores em (% em peso) e elementos menores, em ppm, de Gomes (1991), onde AE=anortosito e GE=Gabro de E.

48 47 Elementos maiores em (% em peso) de Gomes (1991) Amostras GE-5 GE-7 GE-8 GE-9 PE-10 PE-12 PE-25 PE-28 PE-6 SiO TiO Al 2 O Fe 2 O FeO FeOT Fe 2 O 3 T MnO MgO CaO Na 2 O K 2 O P 2 O H 2 Op H 2 Om Total FeO/MgO Elementos menores, em ppm, de Gomes (1991) Cu Ni V Cr Co Tabela 1 (continuação) - Elementos maiores em (% em peso) e elementos menores, em ppm, de Gomes (1991), onde PE=Meta-Piroxenito e GE=Meta-Gabro de E.

49 48 Elementos maiores em (% em peso) de Marinho (1991) Amostras GM-2 GM-4 GMW-8 GMW-9 SiO TiO Al 2 O Fe 2 O FeO FeOT Fe 2 O 3 T MnO MgO CaO Na 2 O K 2 O P 2 O H 2 Op H 2 Om Total FeO/MgO Tabela 2 - Elementos maiores em (% em peso) de Marinho (1991), onde GM=Meta-Gabro de E e GMW=Meta-Gabro de W.

50 49 Elementos menores, em ppm, de Marinho (1991) Amostras GM-2 GM-4 GMW-8 GMW-9 Ba Rb Sr Y Zr Nb Ga Zn Cu Ni V Cr Sc Co Tabela 3 - Elementos menores, em ppm, de Marinho (1991), onde GM=Meta-Gabro de E e GMW=Meta-Gabro de W.

51 50 Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2000) Amostras GR2(F-31) GR5(F-34) GR6(F-34) MR13(F-02) MR14(F-02) MR9(F-07) SiO TiO Al 2 O Fe 2 O FeO FeOT Fe 2 O 3 T MnO MgO CaO Na 2 O K 2 O P 2 O H 2 Op H 2 Om Total FeO/MgO Tabela 4 - Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2000), onde GR=Meta-Gabro de E e MR=Meta-Magnetitito.

52 51 Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2002) Amostras PR10(F-02) PR17(F-07) PR18(F-07) PR19(F-02) PR20(F-07) PR7(F-34) SiO TiO Al 2 O Fe 2 O FeO FeOT 26,81 19,94 25,35 31,1 31,79 24,29 Fe 2 O 3 T MnO MgO CaO Na 2 O K 2 O P 2 O H 2 Op H 2 Om Total FeO/MgO Tabela 4 (continuação) - Elementos maiores em (% em peso) de Brito (2000), onde PR=Meta- Piroxenito.

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