Faculdade Internacional de Teologia Reformada HU 204 Casamento e Família Professor: Fernando de Almeida Aluno: João Matheus Beck TAREFA DA AULA 13

Transcrição

1 TAREFA DA AULA 13 A Tarefa da aula casados com a Palavra é analisar alguns casos à luz da Palavra e tentar prover um aconselhamento bíblico a respeito. Abaixo você encontrará 5 casos reais que eu selecionei nos meus 20 anos de ministério. Instrução: - Escolha 2 casos e tente propor um aconselhamento bíblico sobre o assunto - Escreva uma resposta pessoal, como se você estivesse em meu lugar. - Não tenha pressa. Pense bem a respeito: o que a Bíblia tem a dizer sobre o problema apresentado? Seja profundo em sua resposta. - Faça um upload de arquivo de texto com sua resposta. Pode ser doc, docx ou pdf. CASO 4 Olá Rev. Fernando Descobri seu por acaso há um tempo atrás e aproveitei a ocasião para te fazer uma consulta. É o seguinte: descobriram lá na minha escola que eu sou crente. Pois é, eu era assim um tipo de agente secreto. Na verdade, nunca me comportei como um crente de verdade. Saio para beber com eles, falo palavrão adoidado, mexo com as meninas na rua... Sabe, fico meio dividido. Às vezes tenho vontade de tomar uma atitude drástica e mudar radicalmente de comportamento; até cheguei a conversar sobre isso com um colega da escola que também frequenta uma igreja evangélica. Ele me disse para desencanar senão eu ia virar um fanático. Dá para o senhor dar uma mãozinha? R. B. S. Sabemos que a revolução espiritual causada pelo Espírito Santo na vida do crente é uma transformação interna, quando então aquele coração petrificado e empedernido pelo pecado é convertido em um coração de carne, no qual o próprio Deus escreve a sua Lei, para que as nossos próprios pensamentos, motivos e ações tenham como origem os mandamentos divinos (2Co 3.1-6). Jesus Cristo deixa isto muito claro em Mt , ao afirmar que a verdadeira espiritualidade é

2 aquela que flui de um coração transformado (2Co 5-12). Deste modo, o que Deus espera não é uma espiritualidade de fachada, fingida e hipócrita. Não devemos nos contentar, como faziam os fariseus, com uma aparente obediência (obediência meramente externa) aos mandamentos de Deus, não nos importando com putrefação dos nossos corações, com a podridão com a qual o nosso coração contamina o resto do nosso ser. Você deve estar ciente de que estes pecados relatados (abuso indiscriminado de álcool, praguejar, vocabulário lascivo e inadequando no trato com as mulheres) não é uma questão meramente comportamental. Segundo as palavras de Jesus Cristo, todos estes pecados habitam o seu coração, e a partir do seu coração eles contaminam todas as áreas da sua vida (Mt ). Por suas próprias palavras, você diz estar meio dividido. Fiquei feliz ao ouvir isto, pois esta divisão é uma das evidências de que você é um cristão genuíno. Caso não fosse, você nem estaria preocupado em conformar a sua vida a Palavra de Deus. Esta divisão é consequência da regeneração, ou ainda, do novo nascimento, daquela revolução espiritual pela qual o pecador é feito participante da nova criação em Jesus Cristo. Ocorre que a regeneração é apenas o primeiro passo, por assim dizer, em direção ao objetivo final de Deus para todos os crentes. O objetivo final de Deus para os seus filhos é que eles sejam transformados e conformados à imagem do homem perfeito, o seu próprio Filho, Jesus Cristo (Rm ). Tendo sido regenerados pelo Espírito Santo, os crentes devem progredir em sua vida em direção a glorificação, posto que o alvo é sermos perfeitos segundo a perfeição de Jesus Cristo. Este progresso recebe o nome de santificação, que é o processo pelo qual o Espírito no conduz em direção àquele alvo bendito. O fato de necessitarmos da santificação implica que embora tenhamos sido regenerados, existem muitas áreas em nossas vidas que ainda precisam ser aperfeiçoadas. E são exatamente estas áreas que por vezes nos conduzem em direção ao pecado. O cristão verdadeiro possui um conflito no seu interior: parte dele quer satisfazer o pecado, enquanto a outra se deleita na Lei e na vontade de Deus (Gl ). Deste modo, ainda que Cristo tenha nos libertado do poder do pecado (não estamos mais sujeitos ao pecado tal qual um escravo está sujeito ao seu senhor), ainda estamos sujeitos a presença do pecado. A tentação nada mais é do que a presença do pecado atiçando aquelas áreas de nossa vida que de algum modo ainda estão fragilizadas, não

3 aperfeiçoadas. Uma das maiores tentações que os cristãos sofrem é exatamente esta, a de ser um agente secreto do Reino de Deus. De algum modo o crente se envergonha de não participar dos mesmos pecados que as outras pessoas. Este tipo de pensamento revela a nossa ignorância: achamos que mais vale a nossa reputação junto aos nossos amigos do que a nossa fama junto a Deus. Chega um momento na vida de todo o cristão que ele tem que decidir a quem ele vai agradar. Há apenas duas opções possíveis: ou o crente agradará a si mesmo (satisfazendo aqueles seus desejos pecaminosos) ou então ele agradará a Deus (desistindo dos seus pecados em nome do seu temor a Deus). O segredo, por assim dizer, para agradar a Deus em nossas vidas é o buscarmos através da oração, leitura e aplicação da Escritura, e mortificação do pecado. A santificação, embora seja uma obra divina da graça de Deus, não é automática, pois ela demanda o envolvimento consciente do crente. Assim como o nosso organismo é um mero reflexo das nossas práticas alimentares, assim também a nossa vida no sentido espiritual: se nos alimentamos de Deus por meio da Escritura e da Oração, nossas vidas refletirão o caráter de Deus. Se, por outro lado, nos alimentarmos de coisas que atiçam as nossas cobiças e tendências pecaminosas, é certo que nossas vidas serão caracterizadas por aqueles pecados e cobiças. A busca de Deus através da oração e estudo da Escritura estarão trabalhando em conjunto com o Espírito Santo e em concordância com a nossa nova natureza, nos dada por meio da regeneração. A todo o momento o cristão terá que decidir entre fazer a sua própria vontade ou a vontade de Deus. Esta decisão é consciente. Por exemplo, você sabe que não é da vontade de Deus que os seus filhos abusem indiscriminadamente do álcool, ou que praguejem, e nem que falem palavras lascivas em direção a mulheres. A próxima vez que você estiver em uma situação em que você se sinta tentado a cometer qualquer um destes três pecados (ou outro pecado qualquer), cabe a você decidir naquele momento a quem agradar: a você mesmo ou a Deus. Como você me contou que estes três pecados são muito comuns em sua vida, é provável que você já esteja tão habituado a eles que os faça sem pensar, apenas por reflexo. Pense em um músico. A razão pela qual um músico ensaia várias horas por dia é para que os seus músculos memorizem,

4 por assim dizer, os movimentos necessários para executar determinada peça musical. Tendo desenvolvido a memória muscular, aquele músico poderá executar a peça musical ensaiada sem muito esforço. O mesmo ocorre com as nossas ações, sejam elas dignas ou pecaminosas. Deste modo, a partir de agora você deverá estar muito atento, a fim de perceber o pecado aflorando, e assim ser capaz de se antecipar a ele e fazer a vontade de Deus nas circunstâncias que se apresentam diante de você. É provável que você tenha que mudar a sua rotina: se você e os seus amigos costumam frequentar ambientes que facilitam ou mesmo o incita ao pecado, você terá que deixar de frequentar estes ambientes. O próprio convívio com os seus amigos deverá ser avaliado. Não que você não poderá manter a sua amizade com eles, mas você deve estar fortalecido o suficiente não apenas para não se deixar influenciar por eles em direção ao pecado, mas também para influenciá-los em direção ao arrependimento dos seus pecados e fé em Jesus Cristo. Você está certo, será necessária uma mudança drástica de atitude e comportamento. E embora esta mudança drástica vá demandar esforço da sua parte, esta mudança não deve ser feita na sua própria força, visto que isto seria impossível. O simples fato de você perceber a inadequação da sua vida é o resultado da operação do Espírito Santo em sua vida. Deste modo, no poder do Espírito Santo você deve abandonar, paulatinamente, os pecados nos quais você está tropeçando, confessando-os a Deus, tendo a certeza de que pelo sangue de Cristo somos perdoados de todos os pecados dos quais nos arrependemos. É provável que você ainda cometa estes pecados vez ou outra, principalmente nestes primeiros dias. Se isto ocorrer, não perca tempo cedendo espaço a tristeza e a condenação. Imediatamente confesse a Deus o pecado cometido, rogando para que Deus lhe dê forças e ânimo para prosseguir, e que Ele lhe dê a graça de ao ser tentado, poder resistir a tentação e vencer o pecado. A medida em que você for vencendo o pecado, você se sentirá mais fortalecido para na próxima vez rechaçar o pecado com uma maior facilidade. Não tenha vergonha de Jesus Cristo, pois Jesus Cristo não teve vergonha de morrer na cruz por você. Confesse a Deus a sua vergonha, e peça a ele coragem para testemunhar abertamente da sua fé no Evangelho. Não tenha receio de me procurar e pedir ajuda sempre que for necessário.

5 CASO 5 Olá pastor, preciso urgentemente de ajuda. Me casei com um homem não crente; me precipitei e não obedeci à palavra de Deus que diz para não entrarmos em jugo desigual [...] e hoje pago um preço terrível. Ele me agride, tanto fisicamente, psicologicamente quanto sexualmente. Ele é alcoólatra e usa cocaína e, às vezes, ele é extremamente violento e já tentou me estrangular umas 3 vezes. Ele me trata como uma escrava sexual. [...] Pastor eu tenho que viver com ele até que a morte nos separe? Tenho que pagar por esse meu erro a vida inteira? Expor meu filho a viver nesse inferno? Ou eu posso me separar? E se eu me separar posso me casar novamente ou tenho que ficar sozinha? Me ajude pastor, não sei o que fazer!! V.D.A. Querida irmã, creio que você já deu o primeiro passo em direção a solução do seu problema: você está consciente de que a sua decisão precipitada de casar com um homem descrente foi uma desobediência à Palavra de Deus. O meu objetivo ao dizer estas palavras não é trazer condenação sobre a sua vida, mas exaltar a Deus e demonstrar que somente encontraremos as respostas para os nossos problemas na medida em que reconhecemos os nossos erros e adequamos a nossas vidas a Palavra de Deus. De fato, o ideal divino para o casamento é que apenas a morte pode separar aquilo que foi unido no pacto matrimonial diante de Deus. Paulo reflete acerca deste ideal em Rm Diz o apóstolo que segundo este ideal divino, a mulher será culpada de adultério caso se junte a outro homem enquanto o seu marido ainda está vivo. Ocorre que com a entrada do pecado no mundo, por misericórdia Deus permitiu (entendendo que permitir é diferente de ordenar) o divórcio (e, por consequência, um novo casamento) em um caso muito específico: Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais por encontrar nela algo que ele reprova, dará certidão de divórcio à mulher e a mandará embora. Se, depois de sair da casa, ela se tornar mulher de outro homem, e o seu segundo marido não gostar mais dela, lhe dará certidão de divórcio, e mandará embora a mulher. Ou também, se ele morrer, o primeiro marido, que se divorciou dela, não poderá casar-se com ela de novo, visto que ela foi contaminada. Seria detestável para o Senhor. Não tragam pecado sobre a terra que o Senhor, o seu

6 Deus, lhes dá por herança (Dt ). A exceção que Deus permitiu para justificar o divórcio e um novo casamento é este: o homem encontrar algo em sua mulher que ele reprove. Deveria ser claro que esta coisa reprovável não era algo pequeno, de pouca importância, pois se fosse de pouca importância, não seria reprovável. Logo, a exceção aqui somente pode estar se referindo a algo que colocasse em risco a plena união do casal. Entretanto, a tradição judaica interpretou este texto de tal modo que qualquer coisa que desagradasse o marido, por mais insignificante que fosse, justificava o divórcio e um novo casamento. Jesus tratou deste assunto no seu sermão do monte, em Mt , dentro do contexto do pecado de adultério. Ali Jesus deixa claro que a cláusula de exceção para o divórcio e o novo casamento é a imoralidade sexual. Ou por outra, Deus, por meio de Moisés, permitiu o divórcio apenas se um dos cônjuges praticassem algum tipo de imoralidade sexual. Este entendimento da lei mosaica fica ainda mais claro quando analisamos a resposta que Jesus deu aos fariseus acerca deste assunto em Mt Em primeiro lugar, devemos ressaltar que o que motivou a pergunta dos fariseus foi o seu desejo de fazer Jesus tropeçar em seu ensino. Lemos assim o texto: Tendo acabado de dizer essas coisas, Jesus saiu da Galileia e foi para a região da Judeia, no outro lado do Jordão. Grandes multidões o seguiam, e ele as curou ali. Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?" Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador os fez homem e mulher e disse: Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe". Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?" Jesus respondeu: "Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o princípio. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério". Os discípulos lhe disseram: "Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar". Jesus respondeu: "Nem todos têm condições de aceitar esta palavra; somente aqueles a quem isso é dado. Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem puder aceitar isso, aceite". Os fariseus queriam saber se era justo que um homem se separasse da sua mulher por qualquer motivo. A resposta de Jesus vai no sentido do ideal divino para o casamento: somente a morte pode separar o que Deus uniu. Em sua astúcia, os fariseus então indagam porque Moisés ordenou o divórcio. Jesus retruca que Moisés permitiu o divórcio por causa da dureza dos corações das pessoas pecadoras. Ou seja, o divórcio somente existe como consequência do pecado. Jesus então

7 reafirma o seu ensino dado no sermão do monte : o divórcio e o novo casamento somente são aceitáveis diante de Deus caso tenha ocorrido alguma imoralidade sexual por parte de um dos cônjuges. Qualquer outra razão, a não ser a imoralidade sexual, é um motivo insuficiente para justificar o divórcio e um novo casamento. Temos que entender que até aqui estamos falando de casamentos que ocorreram dentro do povo da aliança, ou seja, marido e mulher eram igualmente crentes. No entanto, na medida em que a igreja apostólica foi cumprindo a grande comissão, e na medida em que os gentios foram sendo inseridos na igreja, era muito provável que de uma família, somente um dos cônjuges se convertesse, enquanto o outro permanecia incrédulo. Coube ao apóstolo Paulo tratar deste assunto em 1Co : Aos casados dou este mandamento, não eu, mas o Senhor: que a esposa não se separe do seu marido. Mas, se o fizer, que permaneça sem se casar ou, então, reconcilie-se com o seu marido. E o marido não se divorcie da sua mulher. Aos outros eu mesmo digo isto, e não o Senhor: se um irmão tem mulher descrente, e ela se dispõe a viver com ele, não se divorcie dela. E, se uma mulher tem marido descrente, e ele se dispõe a viver com ela, não se divorcie dele. Pois o marido descrente é santificado por meio da mulher, e a mulher descrente é santificada por meio do marido. Se assim não fosse, seus filhos seriam impuros, mas agora são santos. Todavia, se o descrente separar-se, que se separe. Em tais casos, o irmão ou a irmã não fica debaixo de servidão; Deus nos chamou para vivermos em paz. Você, mulher, como sabe se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher? A explicação que Paulo dá nos versos 10 e 12 pode ser facilmente entendido: nos versos Paulo está simplesmente repetindo o ensino de Jesus acerca do casamento, enquanto a partor do vero 12 ele passará a tratar do que deve ser feito no caso de um casamento misto, não porque o crente casou com um incrédulo, mas porque já estando casados, um dos cônjuges se converteu e outro não. Neste último caso, Paulo argumenta que pelo ideal divino, o crente deve permanecer casado com o incrédulo. O divórcio somente poderá ocorrer por iniciativa do cônjuge descrente, vindo a abandonar o lar, não mais fazendo questão de manter aquela união matrimonial. Caso isto ocorra, o irmão ou a irmã estará livre diante de Deus para um novo casamento, pois não mais estará debaixo da servidão daquele casamento falido, tendo sido chamado por Deus para viver em paz. Sabemos que a irmã já era crente no Senhor quando se casou com um homem descrente. Ainda assim, creio que o texto de 1Co 7 pode ser aplicado ao seu caso. Conforme o relato que você me fez, o seu marido a agride verbalmente, fisicamente e sexualmente, tratando-a com uma escrava

8 sexual; ele também é violento e já tentou matá-la três vezes, estrangulando-a. Estas não são ações de um homem que preza o seu pacto matrimonial. Estas não são ações de um homem que ama a sua esposa. Estas não são ações de um homem que deseja permanecer casado com uma mulher. Estas não são ações de um homem que levou a sério os votos matrimoniais. Estas não são ações de um homem que pretende cumprir os seus votos de casamento. Creio que estas ações demonstrem o desprezo e ódio que este homem sente pela irmã. Logo, creio que mesmo morando sobre o mesmo teto, o seu marido de certa forma já abandonou o lar, por assim dizer, visto tudo o que ele tem feito com a irmã. Além disso, temos que pensar na bem estar físico e mental do seu filho: sendo um alcoólatra e usuário de cocaína, o seu filho está sendo exposto a um ambiente que pode facilmente prejudicá-lo pelo resto da sua vida, tanto física quanto psicologicamente. Como vimos, a Escritura aceita duas cláusulas para a dissolução do casamento: imoralidade sexual e abandono do lar. Creio que o caso da irmã seja o último, pois como afirmei antes, o seu marido já abandonou o lar, ainda que vocês ainda vivam sobre o mesmo teto. Nestes dois casos a Escritura também permite um novo casamento. Logo, ainda que este casamento tenha sido consequência do seu pecado, da sua desobediência a Palavra de Deus, a misericórdia e graça de Deus estão sobre a vida da irmã, para trazer bênçãos sobre a sua vida, mesmo em meio a todo este sofrimento. Eu aconselho a irmã a imediatamente sair de casa, e a denunciar o seu marido por violência doméstica, tomando também as medidas necessárias para o divórcio, e se necessário, uma medida protetiva para a irmã e o seu filho. Se a irmã não tem para onde ir, nós podemos arranjar um lugar sossegado para a irmã e o seu filho. Quando toda esta dificuldade tiver passado, e a irmã sentir a necessidade de se casar, peço que irmã se recorde deste seu erro, para que possa obedecer à Palavra de Deus, e se casar com um homem crente, um cristão genuíno, verdadeiro e sincero.