edfi serviço universo Relatório e Contas Sede: Rua Camilo Castelo Branco, 43, LISBOA Capital Social: Euros

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1 edfi serviço universo Relatório e Contas 2015 Sede: Rua Camilo Castelo Branco, 43, LISBOA Capital Social: Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa N2 de identificação de pessoa coletiva:

2 Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

3 serviço universo! ÍNDICE MENSAGEM DO PRESIDENTE 4 INDICADORES CHAVE DA ATIVIPAPE 6 GOVERNO DA SOCIEDADE 7 ÓRGÃOS SOCIAIS 7 ORGANOGRAMA 8 ENQUADRAMENTO 9 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO 9 ENERGIA ELÉTRICA E MEIO ENVOLVENTE 17 PROVEITOS PERMITIDOS DO ANO 24 PREÇOS DE VENDA DA ENERGIA ELÉTRICA 26 EVENTOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO 30 RISCOS E INCERTEZAS ASSOCIADOS À ATIVIDADE DA EMPRESA 31 DESEMPENHO 32 COMPRA E VENDA DA PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL 32 COMPRA PARA VENDA A CLIENTES FINAIS 37 COMPRA DE ENERGIA ELÉTRICA 37 ACESSOS 39 VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA A CLIENTES FINAIS 40 CONSUMO DE ELETRICIDADE 40 PROVEITOS DE VENDA 42 PREÇOS MÉDIOS 43 CLIENTES 44 CONSUMO POR CLIENTE 51 DESCONTOS SOCIAIS 53 CONTRIBUIÇÃO PARA O ÁUDIO VISUAL 55 DÍVIDA DE CLIENTES 56 SUSTENTABILIDADE 58 INTERAÇÃO COM OS CLIENTES 58 PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO 61 QUALIDADE DE SERVIÇO COMERCIAL 63 ROTULAGEM DE ENERGIA ELÉTRICA 65 EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A tv 'M.

4 serviço universol RECURSOS HUMANOS 67 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 68 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA 68 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 70 FINANCIAMENTO 76 CONSIDERAÇÕES FINAIS 77 EVOLUÇÃO PREVISÍVEL DA SOCIEDADE 77 PERSPETIVAS PARA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 77 NOTA FINAL 79 ANEXOS 80 ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO 81 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 83 EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

5 m) serviço universal Mensagem do Presidente A EDP Serviço Universal é o Comercializador de Último Recurso (CUR) para a energia elétrica em Portugal Continental. Trata-se de uma Empresa regulada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que desempenha as seguintes funções essenciais ao setor elétrico: o Compra de toda a Produção de energia em Regime Especial (PRE), incluindo a microprodução e miniprodução, e venda em mercado da referida energia; o Compra de energia elétrica em mercado, necessária à satisfação da procura dos clientes elegíveis; o Comercialização de energia elétrica a todos os clientes elegíveis, com base em tarifas transitórias publicadas pela ERSE. Ciente do seu papel na construção do mercado de energia elétrica, a empresa tem contribuído para a transição pacífica de clientes para o mercado liberalizado, não podendo aceitar novos clientes desde 1 de janeiro de 2013, a não ser nos casos especificamente previstos na lei. No ano 2015 saíram da EDP Serviço Universal 790 mil clientes (775 mil em Baixa Tensão Normal), sendo o número de clientes no final do ano de 1,73 milhões, com um correspondente volume de vendas de 5,7 TWh de eletricidade. A compra de Produção em Regime Especial (PRE), incluindo a mini e microprodução, atingiu 20,5 TWh, o que corresponde a uma redução de 1,4 TWh face ao ano anterior. Esta quebra ficou essencialmente a dever-se à redução na produção mini-hídrica e eólica, como consequência de condições climatéricas menos favoráveis, a par de uma quebra na cogeração. Os resultados operacionais foram positivos (6 milhões de Euros de EBITDA) mas ficaram abaixo do valor de 2014 (9 milhões de Euros), como consequência da redução na margem de eletricidade, associada à redução do número de clientes, apesar da redução de custos, quer com fornecimentos e serviços externos, quer com imparidades para dívidas de cobrança duvidosa. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

6 serviço universal Os resultados atingidos beneficiaram da redução do esforço financeiro da empresa, na sequência da cessão de créditos relacionados com o alisamento quinquenal do sobrecusto da Produção em Regime Especial. A qualidade de serviço comercial apresentou também uma melhoria significativa no atendimento presencial, mantendo o elevado nível de serviço no canal telefónico (contact center) atingido em A qualidade do atendimento prestada aos seus clientes é confirmada pelos resultados das sondagens de satisfação, realizadas periodicamente. Prosseguiram as atividades de concretização dos projetos aprovados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, no âmbito do Plano de Promoção de Eficiência no Consumo (PPEC) As medidas da EDP Serviço Universal aprovadas pela ERSE, com um orçamento de 2 milhões de Euros, foram um sucesso junto da comunidade e superaram largamente as expetativas. Dispondo de uma equipa motivada e dos recursos e saberes essenciais para o desenvolvimento do negócio, a empresa encara o futuro com otimismo. João Gomes de Aguiar EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 5

7 serviço universal Indicadores Chave da Atividade A EDP Serviço Universal, S.A. (EDP SU), exerce, desde 2012, as seguintes funções: Compra de toda a energia vendida por Produtores de Regime Especial (PRE), microprodutores e miniprodutores e venda em mercado da respetiva energia; Compra em mercado de toda a energia necessária para satisfazer a procura dos clientes; Comercialização de energia a clientes finais, com base nas tarifas transitórias publicadas pela ERSE. O quadro seguinte sintetiza os principais indicadores da atividade da empresa: PRINCIPAIS INDICADORES DA ATIVIDADE Rubricas Un Variação Indicadores Operacionais Compra de energia elétrica à Produção em Regime Especial ewh % Compra de energia elétrica para satisfação do consumo % Perdas no transporte e distribuição 2 IS % Venda de energia elétrica a clientes finais % Número de clientes (a 31 de dezembro) % Número de colaboradores (a 31 de dezembro) % Indicadores Financeiros Receitas de Venda de Energia e outros (*) M % Proveitos de venda da Produção em Regime Especial % Proveitos de venda a clientes finais (**) w % - Vendas a clientes finais {exclui ajustamento tarifário) % - Ajustamento Tarifário do Ano {***) % - Ajustamento Tarifário de Anos Anteriores % Compra de energia elétrica M % Compra a Produtores Produção em Regime Especial (****) % Compra para venda a clientes finais % - Energia % - Acessos (*"**} % Margem Bruta de Eletricidade % EBITDA w S % Resultado Líquido % (*) Inclui 4 milhões de Euros de prestações de serviços em 2015, e 6 milhões de Euros em (**) Exclui transferências para a EDP Distribuição relativas à sustentabilidade tarifária, sobreproveito associado ao agravamento tarifário e diferencial associado à extinção das tarifas reguladas; por outro lado, inclui ajustamento tarifário do ano, alisamento quinquenal do sobrecusto e reversões de ajustamentos tarifários de anos anteriores (valores especializados, incluídos nas tarifas). (***) Inclui alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE (****) Compras aos Produtores, sem dedução do sobrecusto definido pela ERSE. Não inclui a transferência para a REN relativa à URTda PRE, nem o recebimento das medidas mitigadoras e do mecanismo de equilíbrio concorrencial. (*****) o valor referente aos acessos está líquido do desconto da tarifa social, em 2014 EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

8 serviço universal Governo da Sociedade Órgãos Sociais Assembleia Geral Dr.3 Maria Teresa Isabel Pereira Presidente Dr. ã Maria Virgínia Bastos Santos Secretária Conselho de Administração Eng. e João José Gomes de Aguiar Presidente Eng. 9 Eugénio André da Purificação Carvalho Vogal Fiscal Único KPMG & Associados - SROC, S.A., representada por Dr. Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho Efetivo Dr. ã Susana de Macedo Melim de Abreu Lopes, ROC Suplente EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

9 serviço universal Organograma No final do ano de 2015 a EDP Serviço Universal ficou temporariamente com menos um colaborador, cuja substituição ocorreu no início de A estrutura organizativa da EDP Serviço Universal corresponde às atividades nucleares desenvolvidas diretamente pela empresa. Outras tarefas complementares para o desempenho das atividades atribuídas à empresa são desenvolvidas por outras empresas do Grupo EDP, em regime de prestação de serviços, nomeadamente: Intervenção no mercado ibérico de eletricidade (OMIE), realizado através da Unidade de Gestão de Energia (UNGE); e Atividade operacional da venda de energia a clientes finais, realizada através da empresa EDP Soluções Comerciais; Atividade de interrupção e religação de fornecimento a clientes, realizada pela empresa EDP Distribuição; Atividade de gestão administrativa e logística, realizada pela empresa EDP Valor. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

10 serviço universal Enquadramento Legislação e Regulamentação A legislação publicada e a regulamentação emitida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, com reflexo na atividade da EDP Serviço Universal, durante os anos de 2014 e 2015, foram as seguintes: o Portaria n B/2014, D.R. n , Série I de , que procede à 2 9 alteração da Portaria n /2012, que define os critérios de distribuição dos Custos de interesse económico geral (CIEG) por nível de tensão ou tipo de fornecimento e sua afetação. Por forma a evitar variações acentuadas em alguns períodos horários, que desincentivam a um consumo mais eficiente de energia por parte dos clientes finais, prevê a possibilidade de alterar os fatores de modulação por período horário dos CIEG relativos à energia ativa entregue por nível de tensão ou tipo de fornecimento, caso no âmbito do processo de fixação das tarifas surja informação relevante com impacto no cálculo das mesmas. Despacho n A/2014, D.R. n , Série II de , que aprova os valores do alisamento quinquenal do sobrecusto da produção em regime especial, nos termos do disposto no n. 9 6 do artigo 2 9 da Portaria n /2011, e na redação dada pela Portaria n /2013. o Despacho n B/2014, D.R. n , Série II de , que aprova os valores para os fatores K de modulação para efeitos do n. 9 5 da Portaria n /2012, relativa aos critérios para a repercussão diferenciada dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) na tarifa UGS, aplicável às atividades do SEN. Despacho n /2014, D.R. n , Série II de , que procede à abertura do procedimento para atribuição de capacidade de injeção na rede elétrica de serviço público para a produção de energia renovável de fonte ou localização oceânica, por centros electroprodutores com recurso a tecnologias em fase de experimentação ou pré-comercial. «Regulamento 551/2014, da ERSE, D.R. n , Série II, de , que aprova o novo Regulamento Tarifário do setor elétrico, revoga o anterior Regulamento Tarifário e aprova as regras para a implementação de projetos-piloto de tarifas dinâmicas em Portugal continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

11 serviço universal Portaria n /2014, D.R. n , Série II de , que estabelece as regras de gestão do Fundo para a Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético (FSSSE), em cumprimento do disposto no n. 9 2 do artigo 6 9 do DL n. 9 55/2014. Regulamento 561/2014, D.R. n , Série II de , que aprova o Regulamento de Relações Comerciais do Setor Elétrico, revogando o anterior Regulamento de Relações Comerciais, aprovado pelo Regulamento n /2011, de 19 de agosto e alterado pelo Regulamento n /2012, de 12 de novembro e pelo Regulamento n 9 489/2013, de 31 de dezembro. Portaria n B/2014, D.R. n , Série I de , que procede à primeira alteração às Portarias n A/2011 e n B/2011, ambas de 30 de setembro, relativas ao ASECE. Portaria n C/2014, D.R. n , Série I de , que estabelece os procedimentos e as demais condições necessários à atribuição, aplicação e manutenção da tarifa social estabelecida no DL n A/2010, alterado pelo DL n /2014, e revoga a Portaria n /2010. e Despacho n D/2014, D.R. n , Série II de , que determina a forma de aplicação do desconto relativo à tarifa social a aplicar nas tarifas de eletricidade de 2015, previsto no artigo 3 9 do DL n A/2010, alterado pelo DL n /2014. DL n. 9 2/2015, D.R n. 9 3, Série I de , que procede à alteração do DL n /2007, de 2 de abril, que estabelece a obrigação dos prestadores de serviços informarem diretamente os seus clientes sobre o direito à restituição dos montantes pagos a título de caução. O presente diploma prorroga, até 31 de dezembro de 2015, o prazo para os consumidores requererem a restituição das cauções. Simultaneamente, exige que os prestadores de serviços façam nova divulgação pública de listas dos consumidores a quem a caução ainda não tinha sido restituída. Estabelece ainda que a Direção Geral do Consumidor mantém a responsabilidade de proceder à restituição dos montantes das cauções, respondendo apenas aos pedidos de reembolso de consumidores que tenham sido previamente validados pelos prestadores de serviços, prevendo ainda que as entidades reguladoras sectoriais acompanhem e zelem pelo cumprimento de todo o procedimento. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

12 serviço universal o Diretiva n. 9 1/2015, D.R. n. 9 2, Série II de , que define as tarifas e preços de eletricidade e outros serviços a aplicar em 2015, e ainda os parâmetros para o período de regulação o Aviso n /2015, D.R. n. 9 4, Série II de , que fixa a taxa de juros de mora aplicáveis às dívidas do Estado e outras entidades públicas, com base na qual são calculados os juros de mora no âmbito das compensações pagas pelos produtores do segmento eólico que adiram ao disposto no DL n. 9 35/2013, de 13 de fevereiro. o Diretiva n. 9 2/2015, D.R. n. 9 9, Série II de da ERSE, em que, no cumprimento do artigo 27 9 do RARI (Regulamento do Acesso às Redes e às Interligações), dos artigos e do RRC (Regulamento de Relações Comerciais) e ao abrigo do previsto 31 9, n. 9 2, alínea c) dos Estatutos da ERSE, anexos ao DL n. 9 97/2002, de 12 de abril, com as últimas alterações introduzidas pelo DL n. 9 84/2013, de 25 de junho, que procedeu à sua republicação, o Conselho de Administração da ERSE deliberou o seguinte: o o o aprovar a Diretiva sobre os perfis de perdas, perfis de consumo e perfis de produção, aplicáveis em 2015; determinar que nas instalações de miniprodução e microprodução, de tecnologias diferentes da solar fotovoltaica, se perfile a produção de acordo com os valores registados para o período horário, durante o ano de 2015; os perfis horários de perdas, os perfis de consumo e os perfis de produção para 2015 são publicitados pela ERSE na página da Internet. o Portaria n. 9 14/2015, D.R n. 9 16, Série I de , que define o procedimento para apresentação de mera comunicação prévia de exploração das unidades de produção para autoconsumo, bem como para obtenção de um título de controlo prévio no âmbito da produção para autoconsumo ou da pequena produção de energia para injeção total na rede elétrica de serviço público, e determina o montante das taxas previstas no artigo 37 9 do DL n /2014, de 20 de outubro. o Portaria n. 9 15/2015, D.R n. 9 16, Série I de , que procede à fixação da tarifa de referência aplicável à energia elétrica produzida através de unidades de pequena produção, prevista no n. 9 l do artigo 31 9 do DL n /2014, de 20 de outubro. DL n. 9 15/2015, D.R. n. 9 21, Série I de , que altera os DL n. 9 74/2012 de 26 de março, DL n. 9 75/2012 de 26 de março, DL n. 9 66/2010 de 11 de junho e DL n /2010 de 29 de setembro, procede à alteração da forma de fixação do período de aplicação das respetivas tarifas transitórias para fornecimentos de eletricidade e gás natural aos clientes finais com EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 11

13 serviço universal consumos em Baixa Tensão Normal ou com consumos anuais inferiores a m3, e uniformiza o mecanismo de fixação do fator de agravamento das tarifas transitórias. o Diretiva n. 9 4/2015, D.R. n. 9 30, Série II de , que define os valores definitivos dos Parâmetros para determinação da taxa a aplicar à transferência intertemporal, referente aos sobrecustos com aquisição de eletricidade a produtores em regime especial, nos termos da Portaria n /2011, de 17 de outubro. Portaria n E/2015, D.R. n. 9 42, Série I de , que procede à alteração do artigo 17 9 da Portaria n. 9 14/2015, de 23 de janeiro, que define o procedimento para apresentação de mera comunicação prévia de exploração das unidades de produção para autoconsumo, bem como para obtenção de um título de controlo prévio no âmbito da produção para autoconsumo ou da pequena produção para injeção total da energia elétrica produzida na rede de serviço público, e determina o montante das taxas previstas no Decreto-Lei n /2014, de 20 de outubro. o Portaria n A/2015, D.R. n. 9 43, Série I de , que aprova a estrutura nuclear da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Declaração de Retificação n /2015, D.R. n. 9 47, Série II de , que procede à retificação da diretiva n. 9 1/2015, de 7 de janeiro, que aprova as Tarifas e preços para a energia elétrica e outros serviços em 2015 e parâmetros para o período de regulação «Despacho n /2015, D.R. n. 9 61, Série II de , que define as principais linhas de orientação das campanhas de informação e esclarecimento dos consumidores de eletricidade e de gás natural. Portaria n. 9 97/2015, D.R n. 9 62, Série I de , que procede à segunda alteração à Portaria n. 9 59/2013, de 11 de fevereiro, à primeira alteração à Portaria n. 9 27/2014, de 4 de fevereiro e fixa em 31 de dezembro de 2017, a data final de aplicação das tarifas transitórias de venda a clientes finais de gás natural com consumos anuais inferiores ou iguais a m3 e de eletricidade com consumos em Baixa Tensão Normal. Portaria n /2015, D.R. n. 9 67, Série I de , que estabelece os procedimentos para injeção de energia adicional e para autorização do sobrequipamento de centros electroprodutores eólicos, bem como os requisitos para a dispensa de telecontagem EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 12

14 serviço universal individualizada da energia do sobrequipamento, e define as taxas aplicáveis aos procedimentos no âmbito do sobrequipamento. DL n. 9 47/2015, D.R. n. 9 69, Série I de , que procede à segunda alteração ao DL n /2000, de 9 de setembro, alterado pelo DL n /2001, de 10 de dezembro que criou a Agência para a Energia (ADENE). Volvidos vários anos desde a criação da ADENE, mantêm-se válidos os pressupostos que lhe deram origem, porém, é necessário acompanhar a evolução da realidade e dos desafios das políticas de energia e ambiente. Neste sentido, pretende-se alargar o âmbito de atuação da ADENE, numa perspetiva de crescimento verde e de transição para uma economia de baixo carbono, por forma a englobar igualmente dimensões ambientais associadas ao uso eficiente dos recursos. Neste contexto, dá-se um maior enfoque à atuação da ADENE no domínio da eficiência energética na mobilidade e do uso eficiente dos recursos hídricos. Despacho n /2015, D.R. n. 9 72, Série II de , que cria as unidades flexíveis e fixa as respetivas competências priorizando a criação daquelas que, em virtude da sucessão legal da DGEG em várias competências das extintas direções regionais de economia do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, devem assegurar o competente exercício das anteriores e novas atribuições, tendo em conta que estão em causa atividades que integram serviços públicos essenciais. Diretiva n. 9 6/2015, D.R. n. 9 81, Série II de , do Conselho de Administração da ERSE, que delibera sobre a obrigatoriedade de prestação de informação pré-contratual e contratual aos consumidores de eletricidade e de gás natural em Portugal continental, por parte dos comercializadores e comercializadores de último recurso do setor elétrico e do setor de gás natural. DL n A/2015, D.R. n. 9 84, Série I de , que estabelece disposições em matéria de eficiência energética e produção em cogeração, transpondo a Diretiva n /27/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativa à eficiência energética. «Portaria n A/2015, D.R. n. 9 84, Série I de , que aprova o modelo de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (modelo 2 do IMI), dos contratos celebrados pelas entidades fornecedoras de serviços de água, energia e do serviço fixo de telefones com os seus clientes, bem como eventuais alterações que se tenham verificado no trimestre anterior. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 13

15 serviço universal Portaria n /2015, D.R. n. 9 94, Série I de , que procede à primeira alteração da Portaria n /2013, de 2 de agosto, estabelecendo os termos, condições e critérios de atribuição de reserva de capacidade de injeção de potência na rede elétrica de serviço público (RESP), bem como a obtenção de licença de produção e respetiva licença de exploração. o Diretiva n. 9 8/2015, D.R. n , Série II de do Conselho de Administração da ERSE, que define os procedimentos operativos de detalhe para aplicação de acertos de faturação. Portaria n B/2015, D.R. n , Série I de , que define os parâmetros e valores para apuramento da taxa de desconto a aplicar na contribuição extraordinária sobre o setor energético, previstos no Anexo I do artigo da Lei n C/2013, de 31 de dezembro. Declaração de Retificação n A/2015, D.R. n , Série I de , que procede às seguintes retificações do DL n A/2015, de 30 de abril: n. 9 4 do artigo 12 9, artigo 25 9 e artigo Portaria n /2015, D.R. n , Série I de , que estabelece o regime remuneratório aplicável à produção de energia renovável, de fonte ou localização oceânica, por centros electroprodutores com recurso a tecnologias em fase de experimentação ou pré-comercial. Portaria n /2015, D.R. n , Série I de , que altera os parâmetros e o limite máximo de remuneração do serviço de interruptibilidade previsto na Portaria n /2010, de 23 de dezembro, na redação final. o Portaria n /2015, D.R. n , Série I de , que procede à primeira alteração à Portaria n /2013, de 20 de setembro, que estabelece o procedimento de elaboração do estudo sobre os impactos de medidas e eventos extramercado, registados no âmbito da União Europeia, e os seus efeitos redistributivos nas diversas rubricas de proveitos que influem nas tarifas de energia elétrica, bem como o mecanismo de repartição dos custos de interesse económico geral a suportar pelos produtores de energia em regime ordinário e outros produtores não enquadrados no regime de remuneração garantida. Resolução do Conselho de Ministros n. 9 56/2015, D.R. n , Série I de , que aprova o Quadro Estratégico para a Política Climática, o Programa Nacional para as Alterações Climáticas e a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, determinando os EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 14

16 serviço universo! valores de redução das emissões de gases com efeito de estufa para 2020 e 2030 e criando a Comissão Interministerial do Ar e das Alterações Climáticas. o Resolução do Conselho de Ministros n. 9 57/2015, D.R. n , Série I de , que cria os Instrumentos Financeiros para a Energia (IFE2020), no âmbito do Programa Portugal 2020, a funcionar junto do Banco Europeu de Investimento (BEI). Diretiva n. 9 14/2015 da ERSE, D.R. n , Série II de , que corresponde ao Guia de Medição, Leitura e Distribuição de Energia Elétrica e Disponibilização de Dados de Energia Elétrica em Portugal Continental. Despacho n /2015, D.R. n , Série II de , que define as regras e procedimentos necessários para estabelecer a disciplina da interrupção da produção em regime especial, nomeadamente, a ordem e sequência da redução de potência a observar pelas instalações de produção em regime especial, ligadas à RNT ou à RND. o Portaria n /2015, D.R. n , Série I de , que procede à alteração da Portaria n C/2014, de 29 de dezembro, que estabelece os procedimentos e as demais condições necessárias à atribuição, aplicação e manutenção da tarifa social. «DL n /2015, D.R. n , Série I de , que procede à sexta alteração ao DL n. 9 29/2006, de 15 de fevereiro, na redação atual, estabelecendo regras comuns para o mercado interno de eletricidade. Altera o artigo A, introduzindo o n Lei n /2015, D.R. n , Série I de , que transpõe a Diretiva 2013/11/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de maio de 2013, sobre a resolução alternativa de litígios de consumo; estabelece o enquadramento jurídico dos mecanismos de resolução extrajudicial de litígios de consumo e revoga o DL n /99, de 4 de maio, e o DL n. 9 60/2011, de 6 de maio. Retificação n. 9 41/2015, D.R. n , Série I de , que procede à retificação do quadro "Grupo Sectorial/Coordenação", do anexo ao ponto 2.5, no Anexo III da Resolução do Conselho de Ministros n. 9 56/2015 de 30 de julho. DL n /2015, D.R. n , Série I de , que procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n. 9 57/2008, de 26 de março, estabelecendo o regime jurídico aplicável às práticas EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 15

17 serviço universol comerciais desleais das empresas nas relações com os consumidores, ocorridas antes, durante ou após uma transação comercial relativa a um bem ou serviço, e clarificando a transposição da Diretiva n /29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de maio de o Portaria n /2015, D.R. n , Série I de , que procede à terceira alteração à Portaria n /2012, de 22 de outubro, estabelecendo os critérios para a repercussão diferenciada dos custos decorrentes de medidas de política energética, de sustentabilidade ou de interesse económico geral na tarifa de uso global do sistema, aplicável às atividades do Sistema Elétrico Nacional. Procede igualmente à primeira alteração à Portaria n A/2015, de 14 de abril, relativa à definição do mecanismo de determinação do fator de agravamento incluído na tarifa transitória de venda a clientes finais de gás natural, prevendo a sua aplicação subsidiária ao setor elétrico. o Despacho do Secretário de Estado da Energia n A/2015, D.R. n , Série II de , que aprova o desconto a aplicar nas tarifas de eletricidade de 2016, previsto no artigo 3 9 do DL n A/2010, de 28 de dezembro, alterado pelo DL n /2014, de 14 de novembro, define a alocação dos montantes do Fundo de Sustentabilidade Sistémica do Setor Energético, aprova a repartição dos Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) e define o período de vigência do fator de agravamento. o Despacho do Secretário de Estado da Energia n B/2015, D.R. n , Série II de , que aprova os valores relativos a 2016 sobre a repercussão faseada, num horizonte temporal quinquenal, dos sobrecustos com a aquisição de energia elétrica a produtores em regime especial, nos proveitos permitidos das empresas reguladas do sistema elétrico nacional. Em Dezembro de 2015, a ERSE publicou os seguintes documentos, que terão reflexos no ano de 2016: o Proveitos permitidos e ajustamentos para 2016 das empresas reguladas do sector elétrico; o Caraterização da procura de energia elétrica para 2016; o Estrutura tarifária do setor elétrico em 2016; o Tarifas e preços para a energia elétrica e outros serviços em 2016 As Tarifas e preços de energia elétrica e outros serviços em 2016 foram estabelecidas na Diretiva n. 9 16/2015, D.R. n , Série I de , no âmbito dos Estatutos da ERSE, aprovados pelo DL n. 9 97/2002, de 12 de abril, na redação do DL n. 9 84/2013, de 25 de junho. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 16

18 serviço universal Energia elétrica e meio envolvente Após um crescimento muito moderado da atividade económica em 2014, refletido na taxa de crescimento do PIB (+0,9%), a economia portuguesa continuou a crescer em 2015 a um ritmo moderado, com um acréscimo de 1,5% no PIB. Este ritmo de crescimento não se refletiu totalmente no consumo de eletricidade referido à emissão para a rede pública, que apresentou um crescimento muito reduzido face a 2014 (+0,3%). De acordo com as estimativas da EDPSU, o crescimento no consumo de energia elétrica mantém-se muito moderado, ainda que seja feita a correção do efeito da temperatura, pelo facto de o ano de 2015 ter tido temperaturas bastante amenas, com o inverno pouco frio e o verão pouco quente excluindo o impacto das condições climatéricas, a variação do consumo teria sido ligeiramente superior (+0,5%). De referir ainda que, em 2015, o efeito calendário não teve impacto significativo no consumo de energia elétrica. A análise do período posterior a 1977 mostra que, em geral, o crescimento médio do consumo referido à emissão de energia elétrica para a Rede Pública (3,8% ao ano) foi superior ao do nível de atividade económica, medida pelo Produto Interno Bruto PIB (2% ao ano). A figura seguinte ilustra que, a partir do ano de 2002, se assistiu a uma progressiva redução do crescimento do consumo de eletricidade, depois de corrigido o impacto do efeito extraordinário da cogeração no crescimento da energia elétrica emitida para a Rede, para além dos efeitos de temperatura e calendário. Com efeito, as elevadas taxas de crescimento observadas no consumo alimentado pela Rede Pública, em , são essencialmente explicadas pelos "efeitos extraordinários" que correspondem à transferência de autoconsumo para a rede, na sequência da publicação da Portaria n /2002. Pode ainda concluir-se que nos últimos anos se assistiu a quebras no consumo de eletricidade, associadas à recessão económica; a quebra registada em 1981 ficou a dever-se a uma forte seca, que implicou alguns cortes no fornecimento de eletricidade. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

19 serviço universo! Atividade Económica e Consumo de Eletricidade (Variação Real) Fontes: INE, REN e estimativas da EDP Serviço Universal Verifica-se assim, que os diferenciais entre a evolução do consumo de eletricidade e a do PIB se esbateram nos últimos anos, sendo já visível uma inversão das dinâmicas observadas no passado; este facto deve-se às fortes quebras no consumo em usos domésticos, que têm vindo a registar-se desde 2011, por efeito da quebra no rendimento disponível das famílias devido à situação socioeconómica, associada ao aumento da eficiência energética no consumo, conforme acima referido. Com efeito, verifica-se que, considerando apenas a atividade produtiva, a variação do consumo de eletricidade tem sido muito próxima da do PIB, nos últimos anos. Atividade Económica e Consumo de Eletricidade (Variação Real) Fontes: INE, DGEG; * Estimativas da EDP Serviço Universal para os valores de consumo de eletricidade na atividade produtiva, em 2015 EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

20 wm serviço universal No caso concreto das vendas de eletricidade da EDP Serviço Universal assistiu-se a uma redução de 39% face ao ano anterior, como consequência da saída de um número significativo de clientes do mercado regulado para o mercado livre. PIB, Consumo de Eletricidade na Rede Pública (REN) e 5% 0% 0,9% PIB BConsumo Eletricidade Vendas EDPSU 1,5% 0,3% -0,7% -5% -10%! -15% -20% -34,0% -38,6% -25% -30% Fontes: INE, REN e EDP Serviço Universal 2014 A figura seguinte permite enquadrar a atividade da empresa no total do consumo de eletricidade, permitindo concluir que as vendas da EDP Serviço Universal estão essencialmente concentradas na Baixa Tensão, ao nível do consumo residencial e de empresas de pequena dimensão. Procura de eletricidade no Continente em 2015 (TWh) Consumo Continente * 45,2 Autoconsumo 4 0,9 Outros Comercialitadores Perdas (T+D) Emissão Rede de Transporte 49,0 Atividade Produtiva EDP Serviço Universal 5,7 MAT; AT e MT * Valores estimados MAT = Muito Alta Tensão; AT = Alta Tensão; MT = Média Tensão; BT = Baixa Tensão; T+D = Transporte + Distribuição Fonte: REN e estimativas da EDPSU com base em valores da DGEG EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A VW 19

21 serviço universo! Durante o ano 2015, a venda de energia elétrica no mercado regulado (EDP Serviço Universal) e no mercado livre terá absorvido 98% do consumo total de eletricidade em Portugal Continental estima-se que o autoconsumo, que corresponde a consumo de eletricidade produzida nas próprias instalações de algumas empresas, designadas por autoprodutores, apenas tenha representado 2% do consumo total de eletricidade. Relativamente ao consumo alimentado pela rede pública, verifica-se que, após algum retrocesso na liberalização em 2008, com o regresso de alguns clientes ao mercado regulado, se assistiu a um forte impulso de saída para o mercado livre, a partir de Em 2015, o contributo da EDP Serviço Universal para as vendas totais de eletricidade situou-se em apenas 13% do total do consumo alimentado pela rede. Consumo de eletricidade no Continente so Autoconsumo * o * Valor estimado para 2015 Fontes: DGEG, EDP Distribuição e EDP Serviço Universal A figura acima permite concluir que, entre 2007 e 2015, o consumo total de eletricidade no mercado regulado baixa significativamente. Esta quebra resulta da liberalização do mercado de eletricidade, que se inicia em 1999 para os clientes empresariais alargando-se em 2007 aos clientes de Baixa Tensão Normal. Partindo de 89% do consumo total de eletricidade em 2007, o consumo de eletricidade no mercado regulado em 2015 representou apenas 13% do total. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 20

22 serviço universol Estrutura do consumo total de eletricidade, alimentado pela rede (GWh) A desagregação do consumo por níveis de tensão mostra que os níveis de tensão mais elevados apresentaram uma redução muito significativa, de 20,6 TWh em 2007 para 0,5 TWh em 2015 (uma quebra de 98%). Consumo de eletricidade no Mercado Regulado MAT+AT+MT+BTE GWh MT 55% MAT AT % 23% 2011 EU 54% ~m%- w 775 tw ' 55%~ A figura abaixo ilustra a queda acentuada no peso do consumo de eletricidade do mercado regulado nos níveis de tensão mais elevados, entre 2007 e Em 2015, a quase totalidade do consumo dos clientes em análise foi já fornecida pelo mercado livre apenas 7% do consumo dos clientes em Baixa Tensão Especial e 2% do consumo em Média Tensão foi fornecido pelo mercado regulado. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

23 mm serviço universal 100% 100% Peso relativo da EDPSU no consumo alimentado pelas redes MAT+AT+MT+BTE A figura que se segue ilustra a evolução do consumo de eletricidade em Baixa Tensão Normal (BTN) e Iluminação Pública (IP), no mercado regulado. De referir a quebra bastante acentuada a partir de 2011 no consumo em Baixa Tensão Normal, fruto da saída de clientes para o mercado livre. Em 2015, o consumo no mercado regulado em BTN foi de GWh, o que representou uma quebra de 78% face a 2007, ano de início da atividade da EDP Serviço Universal. Consumo de eletricidade no Mercado Regulado Baixa Tensão Normal e Iluminação Pública GWh BTN EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

24 serviço universo! A análise do peso relativo da EDPSU no consumo alimentado pelas redes de Baixa Tensão Normal (BTN) e Iluminação Pública (IP) mostra que é a partir de 2012 que se torna significativa a saída de clientes do mercado regulado (a saída de clientes de Iluminação Pública para o mercado livre arranca um ano mais tarde, a partir de 2013). Em 2015, apenas 26% dos clientes de BTN foram fornecidos pelo mercado regulado. Peso relativo da EDPSU no consumo alimentado pelas redes Baixa Tensão Normal e Iluminação Pública EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

25 serviço universal Proveitos Permitidos do ano A atividade desenvolvida pela EDP Serviço Universal é regulada pela ERSE, que fixa as tarifas de venda de energia elétrica a clientes finais, com base nas estimativas dos principais custos, nomeadamente, os valores de compra de energia, quer no mercado, quer a Produtores em Regime Especial. Os encargos associados aos acessos às Redes de Transporte e de Distribuição, bem como ao Uso Global do Sistema, resultam de tarifas também publicadas pela Entidade Reguladora. Os proveitos permitidos para a atividade de comercialização em 2015 incluem um termo fixo e um termo variável em função do número de clientes, bem como uma margem. Para além dos proveitos permitidos pela atividade de comercialização (42 milhões de Euros), a empresa tem uma parcela de proveitos (12 milhões de Euros) destinada a cobrir os custos com a atividade de compra e venda de energia elétrica (CVEE). O decréscimo observado nos proveitos permitidos na atividade de comercialização em 2015 (18 milhões de Euros) ficou a dever-se à saída de clientes para o mercado livre. A figura que se segue ilustra também a alteração do peso relativo das componentes fixa e variável, no ano de no novo período de regulação, os parâmetros fixados pela ERSE conduzem a que a componente fixa dos proveitos tenha passado a representar, no início do período, apenas 25% do total (50% no início do anterior período). Proveitos Permitidos do próprio ano GD Compra e venda de energia elétrica - CVEE Remuneração fundo de maneio/ Margem Comercialização Componente variável Componente fixa EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

26 serviço universal A análise dos proveitos permitidos na atividade de comercialização, por nível de tensão, mostra que a Baixa Tensão Normal (BTN) absorve a quase totalidade dos proveitos permitidos do ano 2015 (99%). Proveitos permitidos na atividade de comercialização do ano 2015 milhões C por nível de tensão Prov. Permitidos 2015: 42 (atividade de comercialização) Em 2015, os proveitos associados à tarifa de comercialização por unidade de energia vendida correspondem a 0,4 cêntimos de Euro por kwh, o que representa apenas 2% do preço médio de venda a clientes finais (18,1 cêntimos por kwh). Ao contrário dos anos anteriores, em que os ajustamentos tarifários do ano têm correspondido a valores a recuperar pela Empresa no futuro, o ajustamento tarifário de 2015 foi de 177 milhões de Euros a devolver aos clientes que correspondem a -3,1 cêntimos de Euro por kwh. Este valor resultou, em grande parte, do facto do sobrecusto da Produção em Regime Especial ter ficado aquém do previsto pela ERSE, aquando da fixação das tarifas, o que gerou um desvio de -2,2 cêntimos de Euro por kwh. Acresce ainda que os custos com a compra de energia para venda aos clientes ficaram também abaixo do previsto. Preço médio de venda a clientes finais - cêntimos /kwh ( antes de descontos ) Total 17,6 Ajustamento tarifário (*) 18,5 Total 18,1 Comercialização (**) Acessos(***) Ajustamento tarifário (*) Desvio Sobrecusto 5,1 Energia (Mercado) 6,0-2,2 Desvio Sobrecusto (* Notas: (*) Não inclui o efeito dos valores excluídos das tarifas ex-ante (alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE em 2014 e 2015); (**) "Comercialização" inclui o Proveito Permitido da atividade de comercialização do próprio ano e respetivos desvios de anos anteriores (não inclui o recebimento do diferencial da extinção das tarifas); (***) Inclui transferência relativa ao sobreproveito associado ao agravamento tarifário; (****) Inclui custos de funcionamento da atividade de compra e venda para fornecimento a clientes finais. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 25

27 serviço universal Preços de venda da energia elétrica Os gráficos que se seguem permitem comparar os preços de venda de eletricidade a clientes finais em Portugal com a União Europeia. A análise é feita segundo a metodologia do EUROSTAT, de acordo com a qual são comparados preços associados a diferentes bandas de consumo, pré-definidas. A comparação para os usos não domésticos, com todas as taxas excluindo as dedutíveis (IVA), permite concluir que, no l 9 semestre de 2015, os preços em Portugal se encontram abaixo dos valores médios da área do Euro e de Espanha, e em linha com a média dos 28 países da União Europeia. Esta comparação refere-se à banda IB, relativa a um consumo anual entre 20 e 500 MWh, banda com maior peso no consumo em Portugal e também nos clientes da EDPSU. Preços de electricidade - Usos não domésticos* l 9 Semestre 2015 (exclui o IVA) c/kwh Suécia Finlând ia Bulgária Estónia Dinamarca Hungria Roménia Luxemburgo Eslovénia Croácia Lituânia Polónia França Rep. Checa Áustria Letón ia Eslováquia Bélgica Portugal Holanda Espanha Irlanda Chipre Reino Unido Grécia Alemanha Malta Itália 7,2 8,4 HH 9,0 9,5 9,7 9,7 9, ,6 12,0 m 12,1 12,5. 13,2 13,8 14,4 14,9 UE 28 = 14,6 Área Euro = 15,5 Portugal 5% abaixo da Área Euro e 7% abaixo de Espanha 18,9 *Banda IB: 20 MWh <Consumo anual <500 MWh Fontes: EUROSTATe EDP Serviço Universal EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 26

28 serviço universal A comparação para os usos domésticos, com todas as taxas, incluindo IVA, permite concluir que os valores de Portugal estão em linha com a média dos países do Euro e abaixo de Espanha. Esta comparação reflete os preços da banda DC, representativa dos clientes com consumo anual entre e kwh. Trata-se da banda habitualmente apresentada nas publicações do EUROSTAT, sendo também a banda com maior peso em Portugal. Comparação de preços com e sem taxas - Usos Domésticos* 15 Semestre 2015 excl. taxas taxas não recuperáveis (VA c/kwh Bulgária Hungria Malta Lituânia Rep. Checa Estónia Roménia Croácia Poiónia Eslováquia Finlândia Eslovénia França Letónia Grécia Luxemburgo Suécia Chipre Holanda Áustria Reino Unido Bélgica Portugal Espanha irianda Itália Alem anha Dinamarca Preços com IVA UE 28 = 20,8 " Área Euro = 21,8 Portugal 4,6% acima da Área Euro e 1,3% abaixo de Espanha *Ban>da DC:2 503kWh<Consumo anual<5o >0 kwh Fontes: EURCSTAT e EDP Serviço Universal O acréscimo na taxa de IVA em Portugal, de 6 para 23%, introduzido em Outubro de 2011, veio incluir o País no conjunto dos 8 países com as taxas mais elevadas da União Europeia. Neste contexto, tem-se agora um preço final (com IVA) 4,6% acima da média dos países da Área Euro, na referida banda do consumo doméstico. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

29 serviço universo! A figura seguinte ilustra a comparação das taxas de IVA para os diferentes países da UE 28. Portugal situa-se entre os países com a taxa mais elevada, 4 p.p. acima da média UE 28. Taxa de IVA - Usos Domésticos 12 Semestre % 5% 10% 15% 20% 25% 30% Reino Unido Malta Bélgica Luxemburgo Itá lia 8% 10% Média UE 28 19% Grécia 13% Irlanda l 14% França Chipre 17 '/o 18% Alemanha 19% Eslováquia Bulgária Estónia Áustria Lituânia Espanha Letónia Holanda Rep. Checa Eslovénia Portugal 20% 20% i 20% 20% i" 21% 21% 21% 21% 21% 22% sss 23% Polónia 23% Finlândia 24% Roménia 24% Suécia 25% Dinamarca 25% Croácia MM 25% Hungria 27% Fontes: EUROSTAT e EDP Serviço Universal As figuras da página seguinte ilustram a evolução dos preços em Portugal, na Área Euro e em Espanha, no período posterior a Trata-se de preços médios agregados, obtidos através da ponderação dos preços pela estrutura dos consumos nas diferentes bandas do EUROSTAT em Portugal, no ano de Em usos domésticos, a figura inclui ainda o preço associado ao mercado regulado em Portugal, muito semelhante ao preço agregado relativo ao total do país. Verifica-se, ainda, que o preço em Portugal passou a exceder o da União Europeia no 2 e semestre de 2011, com o já referido aumento do IVA, de 6% para 23%. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A A 28

30 serviço universal Contudo, o preço médio de Espanha, considerando a estrutura do consumo em Portugal, mantém-se acima do preço de Portugal, desde 2009, tendo ficado acima da média da Área Euro desde o l 9 semestre de Preço médio de venda para usos Domésticos (com todas as taxas)* 27,0 25,0-23,0 S 21,0.s; <#>" 0) "S 19 ' o E c 17,0 <41 ' (J 15,0 13,0 11,0 " 'Porlugal - Mercado Regulado ' P ara 23% em ' I Outubro I I I I I c Preço médio ponderado pela estrutura de consumo em Portugal, nas diferentes bandas EUROSTAT (ano de 2014). Fonte: Cálculos da EDP SU com base em dados do EUROSTAT e da DGEG. Para usos não domésticos, o preço médio da eletricidade em Portugal é claramente inferior ao da Área Euro e ao de Espanha, considerando a estrutura do consumo em Portugal, pelas diferentes bandas do EUROSTAT. Preço médio de venda para usos não Domésticos (exclui IVA)* : Preço médio ponderado pela estrutura de consumo em Portugal, nas diferentes bandas EUROSTAT (ano de 2014). Fonte: Cálculos da EDP SU com base em dados do EUROSTAT e da DGEG. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

31 serviço universo! Eventos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício o Diretiva n. 9 1/2016 da ERSE, D.R. n. 9 5, Série II de , que define os perfis de perdas, perfis de consumo, perfis de produção e perfis para instalações de autoconsumo aplicáveis em Diretiva n. 9 3/2016 da ERSE, D.R. n. 9 10, Série II de , que prorroga até 31 de dezembro de 2017, o regime estabelecido pela Diretiva n. 9 3/2013 da ERSE, de 27 de fevereiro, ligado ao fornecimento supletivo por parte do comercializador de último recurso a instalações eventuais, de modo a não prejudicar o direito de todos os consumidores ao fornecimento de energia elétrica. No dia 29 de janeiro de 2016 foi vendida uma parte do alisamento quinquenal referente ao sobrecusto da PRE de 2014, no montante de milhares de Euros. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

32 serviço universal Riscos e Incertezas Associados à Atividade da Empresa Sendo uma empresa regulada, os riscos da EDP Serviço Universal são essencialmente de natureza regulatória e operacional. Desta forma, os principais riscos assumidos pela empresa são: o Redução brusca do número de clientes e da energia elétrica vendida, devido à saída para o regime de contratação livre, conduzindo a uma redução dos proveitos permitidos que não é imediatamente acompanhada pela redução dos custos operacionais. Este risco tem sido mitigado pela existência de uma parcela fixa nos proveitos permitidos, muito embora no atual período de regulação ( ), a ERSE tenha reduzido o peso desta componente dos proveitos de 50 para 25%. Risco de crédito para a mitigação deste risco têm vindo a ser tomadas as seguintes medidas: o Interrupção de fornecimento de energia elétrica nos termos legais, no caso de incumprimento nos prazos de pagamento. o Inibição da saída de clientes para o mercado livre com dívida vencida, a menos que a dívida esteja contestada em tribunal. Clientes com acordos de pagamento que queiram sair do mercado regulado, terão de procederão pagamento da dívida remanescente. o No caso de clientes BTN, é feito o acompanhamento da cobrança da última fatura, com emissão do aviso ao cliente em caso de mora. o O novo Regulamento das Relações Comerciais (RRC) prevê a possibilidade de interrupção de fornecimento por falta de pagamento (última fatura) após passagem do cliente para o mercado livre (falta publicar a regulamentação). o Risco de liquidez devido ao elevado montante de défices e desvios tarifários e ao consequente risco de taxa de juro associado aos financiamentos. Colocação no mercado, através de operações de titularização, do ajustamento tarifário a taxas de juro inferiores à taxa de remuneração definida administrativamente. o Apesar do ativo corrente ser inferior ao passivo corrente, o Conselho de Administração considera não existir um efetivo risco de liquidez na empresa, derivado do facto de estar inserida no Grupo EDP tendo, por esse meio, suporte do seu acionista e acesso a fontes de financiamento para suprir as suas necessidades correntes, se tal se revelar necessário. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

33 serviço universal Desempenho Compra e Venda da Produção em Regime Especial A compra de energia elétrica a Produtores em Regime Especial (PRE) atingiu GWh em 2015, o que implica um decréscimo global de 6%, relativamente ao ano anterior. Produção em Regime Especial Valores mensais Fotovol.-r Micro Prod.+Mini Prod. Hídrica D Eólica RSU Cogeração Renovável W Cogeração não Ren. Biogás + Biomassa Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov O principal destaque vai para a energia eólica que representa mais de 50% da energia comprada a estes produtores, com uma redução de 4% face ao ano anterior. Esta quebra está associada às condições meteorológicas do ano, também refletidas na quebra da produção hídrica, que ficou em cerca de metade do valor observado em Ocorreu, ainda, uma quebra de 8% na cogeração não renovável. A energia fotovoltaica em conjunto com a mini e micro produção, apesar de apenas representarem 4% do total da energia comprada aos produtores, registaram um crescimento de 28% face a A cogeração renovável, com um peso de 8% no total da energia comprada aos produtores, registou uma quebra de cerca de 9% face a Como medida de incentivo à responsabilidade ambiental e à diminuição da dependência externa de energia fóssil, foi criado em 2008 um regime de apoio à produção de eletricidade em Baixa Tensão com potências até 3,68 kw (ou 11,04 kw no caso dos condomínios), denominado por Microprodução, tendo por base uma fonte de energia renovável (na grande maioria dos casos fotovoltaica e eólica). Esse regime foi atualizado em 2010, através do DL n A/2010, de 25 de outubro. A legislação sobre microprodução foi atualizada através do DL n. 9 25/2013, de 19 de fevereiro. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

34 serviço universal No final de 2015, o número de instalações de microprodução ligadas à rede era de , sendo a correspondente potência total de 95 MW. A energia adquirida pela EDP Serviço Universal, ao longo do ano, foi de 169 GWh, no valor de 63,2 milhões de Euros. Compra de energia elétrica aos Produtores em regime especial (GWh) Cogeração não renovável Cogeração renovável Eólica Hídrica Fotovoltaica Resíduos Sólidos Urbanos 2015 s 2014 Microprodução e Miniprodução Nota: Em 2014 a energia fotovoltaica inclui a energia das ondas Em 8 de março de 2011 foi publicado o Decreto-Lei n. 9 34/2011, que veio estabelecer o regime jurídico aplicável à produção de eletricidade através das designadas unidades de miniprodução, cuja potência máxima atribuível para a ligação à rede é de 250 kw. No final do ano de 2015 estavam 1461 instalações ligadas à rede, com uma potência total de 70 MW. A energia adquirida neste novo segmento foi de 110 GWh, no valor de 20,1 milhões de Euros. A legislação sobre miniprodução foi atualizada através do DL n. 9 25/2013, de 19 de fevereiro. A 20 de outubro de 2014 foi publicado o DL n /2014, que veio introduzir os novos conceitos de UPAC Unidades de Produção para Autoconsumo e UPP Unidades de Pequena Produção. Este novo diploma entrou em vigor em Relativamente aos preços médios de aquisição a Produtores em Regime Especial, em 2015 verificou-se uma descida no preço médio global, essencialmente como consequência das quebras de preço da cogeração não renovável. O preço elevado da energia fotovoltaica, da microprodução e da miniprodução não tem grande impacto no preço médio global, uma vez que estes tipos de produção têm ainda uma expressão reduzida face às restantes tecnologias. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

35 serviço universo! A publicação das Portarias n /2012, de 14 de maio de 2012, e n A/2012, de 16 de outubro do mesmo ano, que estabeleceram a regulamentação do DL n. 9 23/2010, de 25 de março, introduziu importantes alterações remuneratórias na cogeração não renovável; como consequência, algumas centrais a fuelóleo pararam a produção, facto que determinou uma quebra de 8% na cogeração não renovável. Acresce ainda que o preço dos combustíveis fósseis tem vindo a apresentar uma descida acentuada nos últimos anos. O valor médio do Arabian Light Break Even (ALB) passou de 88,2 Euros por barril em 2012 para 50,4 Euros por barril em 2015, o que representa uma descida de 43%. ALB evolução mensal 88, A conjugação destes efeitos conduziu a um decréscimo significativo no preço médio desta tecnologia, conforme ilustrado no gráfico. Preços médios de compra à PRE por tecnologia ( / MWh) Micro + Miniprodução J Cogeração não renovável Resíduos Sólidos Urbanos (*) Em 2013 e 2014, a energia fotovoltaica inclui a energia das ondas EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 34-7

36 serviço universal A partir de 2012 a energia adquirida aos produtores em regime especial é vendida nos mercados organizados (diário e a prazo). Em 2015, a quantidade de energia vendida no mercado a prazo (OMIP), através da realização de leilões, ascendeu a GWh, o que corresponde a quase 30% do total da produção em regime especial vendida pela EDP Serviço Universal. A realização de leilões de produção em regime especial representa um importante contributo para a dinamização do mercado e para a integração da energia renovável no sistema elétrico, sendo ainda uma ferramenta de cobertura de riscos comerciais. A figura seguinte decompõe as principais operações associadas à atividade de compra e venda de energia à Produção em Regime Especial em 2015, permitindo ilustrar o cálculo do desvio do respetivo sobrecusto. Produção em Regime Especial em 2015 Milhões de Euros 2163,9-945,7 10,4-133, ,4 9,2 1875, ,5-491, ,2 Transferência Sobrecusto EDPD* Alisamento Quinquenal 2015 Compra Venda da PRE Pagamento Recebimento à PRE em Mercado URT PRE Med. Mitig., e Comissões Eq. Conc..e Venda Euros. Event em Mercado Recuperações Custos Sobrecusto Sobrecusto Desvios da PRE + Funcionamento Real Tarifas Alisamentos PRE Quinquenais -127,1 Desvio Sobrecusto Líquido do impacto das vendas dos alisamentos quinquenais ocorridas durante o ano de 2015 (161,6 M ) O total do valor da compra ao conjunto dos produtores em regime especial ascendeu a milhões de Euros. Por outro lado, o proveito pela venda da referida energia no mercado atingiu 946 milhões de Euros. Para além daquele valor, a EDP Serviço Universal suportou os montantes correspondentes ao Uso da Rede de Transporte da PRE e as comissões de venda em mercado, no valor de 10 milhões de Euros, tendo recebido 119 milhões de Euros correspondentes às medidas mitigadoras (recebimento de licenças de C0 2, no valor de 77 milhões de Euros, e compensações de alguns produtores eólicos pela extensão do prazo de remuneração garantida, no valor de 42 milhões de Euros), bem como 15 milhões de Euros associados ao mecanismo definido para assegurar o equilíbrio da concorrência no mercado grossista de eletricidade (DL n. 9 74/2013). Tem-se, ainda, o recebimento de 771 milhões de Euros relativos a recuperações na tarifa de desvios tarifários da PRE e alisamentos quinquenais (incluindo juros), valor que já se encontra deduzido do EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

37 serviço universal impacto das vendas dos alisamentos quinquenais ocorridas durante o ano de 2015 (162 milhões de Euros) e da redução da taxa de juro do alisamento quinquenal da PRE de 2015 (29 milhões de Euros). Adicionando a estes valores o montante atualizado de custos de funcionamento da PRE (9 milhões de Euros) obtém-se um total de milhões, que corresponde ao sobrecusto real a recuperar pela Empresa. O desvio associado à atividade de compra e venda à PRE obtém-se pela diferença entre os valores acima referidos e o montante do sobrecusto definido pela ERSE nas tarifas de Nas tarifas para 2015 a Entidade Reguladora definiu um total de milhões de Euros de sobrecusto a ser recuperado pela EDP Serviço Universal; o total de milhões de Euros, ilustrado na figura da página anterior corresponde a este montante deduzido do impacto das vendas dos alisamentos quinquenais ocorridas durante o ano de 2015 (162 milhões de Euros). As hipóteses adotadas nas tarifas foram de milhões de Euros de compra aos produtores em regime especial, 991 milhões de Euros de receita com a venda da referida energia no mercado, mais 10 milhões de Euros de URT PRE e 14 milhões de Euros relativos a custos de funcionamento da PRE, deduzidos de 71 milhões de Euros de medidas mitigadoras e de 24 milhões de Euros relativos ao equilíbrio concorrencial. Foram ainda considerados 962 milhões de Euros de recuperações de desvios tarifários da PRE e alisamentos quinquenais (incluindo juros, dos quais 78 milhões de Euros relativos ao alisamento quinquenal de 2015) aos quais há que deduzir o já referido impacto das vendas dos alisamentos quinquenais ocorridas durante o ano de 2015 (162 milhões de euros). Contudo, a ERSE apenas incluiu nas tarifas do ano 491 milhões de Euros, valor recebido pela EDP Serviço Universal através de uma transferência da EDP Distribuição (que o recupera através da tarifa de Uso Global do Sistema) milhões de Euros foram diferidos para recuperação ao longo dos próximos quatro anos (alisamento quinquenal do sobrecusto). A partir da diferença entre o valor de sobrecusto real (1 875 milhões de Euros) e o sobrecusto definido pela Entidade Reguladora, ajustado do impacto das vendas dos alisamentos quinquenais em 2015 (2 003 milhões de Euros), obtém-se um desvio no sobrecusto de 127 milhões de Euros, a devolver aos clientes. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

38 serviço universal Compra para Venda a Clientes Finais Compra de energia elétrica Entre 2010 e 2015, a compra de energia elétrica em mercado, destinada à satisfação da procura dos clientes do mercado regulado, apresentou uma redução média anual de 28%. Esta quebra intensificou-se nos dois últimos anos, tendo atingido GWh em 2015 (- 41% em relação a 2014), e GWh em 2014 (-34% face a 2013), devido à significativa redução do número de clientes, essencialmente associada à passagem para o mercado livre. A análise dos valores mensais permite identificar a variação do consumo de eletricidade ao longo do ano de 2015, no mercado regulado, ilustrando a progressiva saída dos clientes. Compra de energia elétrica P" fev mar abr mai jun ]ul ago set out nov dez O preço médio de compra de energia elétrica em mercado, incluindo o Acerto de Contas com a REN, situou-se em 51,3 Euros por MWh em 2015, cerca de 24% acima do verificado no ano anterior (41,4 Euros por MWh). Para tal, contribuiu a quebra na produção de energia de fontes renováveis, em particular da hídrica e eólica, em virtude das condições climáticas na península ibérica terem sido menos favoráveis em EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

39 serviço universal Preço médio de compra de energia elétrica no mercado S Pool (média arit. simples) Preço mercado (média ponderada)** Preço mercado + acerto de contas 37,3 50,5 48,1 43,7 41,7 50,4 41,5 54,3 49,5 44,6 40,3 50,8 46,1 61,5 50,1 45,5 41,4 51,3 Estimativa da ERSE*** 50 0 (tarifas) 46,6 58,8 59,8 57,0 54,0 Notas: *0 ano de 2013 inclui, entre março e dezembro, especialização do acerto à compra (estimativa da EDP Distribuição para a antecipação da correção do consumo médio anual do Mercado Regulado inferior ao do Mercado Livre: -424 GWh). O ano de 2014 inclui o impacto da anulação da referida especialização (o valor real foi de 784 GWh), bem como a especialização, entre março e dezembro, do acerto ao excesso de compra associado à não atualização do consumo médio anual (- 208 GWh). Em 2015, para além do impacto da anulação da especialização de 2014 (valor real de 395 GWh), foi ainda especializado um acerto à compra de energia para o período compreendido entre março e agosto de 2015 (-82 GWh) correção do excesso de compra associado à não atualização do consumo médio anual; **A diferença para o preço na pool resulta do efeito da estrutura mensal do consumo do Mercado Regulado; ***De 2012 em diante inclui os valores do acerto de contas que passaram a ser explicitados pela ERSE. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A l 38-7W

40 serviço universal Os encargos com a compra de energia em mercado totalizaram 338 milhões de Euros ao montante da compra em OMIE (Operador do Mercado Ibérico de Energia, Pólo Espanhol), no valor de 346 milhões de Euros, há que reduzir 4 milhões de Euros de venda de energia associada a erros de previsão, e 12 milhões de Euros relativos ao acerto de contas com a REN, essencialmente associado a correções à compra de 2014; por outro lado, há que adicionar os encargos com serviços de sistema e comissões pagas pelas operações em mercado (7 milhões de Euros). Compra em Mercado em 2015 milhões de Euros 346,2-3,6-12, ,5 Compra Venda Acerto de Outros Total (OMIE) (OMIE) Contas Encargos* Mercado *lnclui serviços de sistema e comissões pagas pelas operações em mercado Acessos Para além da compra de energia elétrica, a EDP Serviço Universal tem ainda encargos com os acessos, que incluem os custos relativos aos Usos das Redes de Transporte e de Distribuição, bem como com o Uso Global do Sistema (UGS). Esta última componente está essencialmente associada a medidas de política energética e a custos de interesse económico geral, tais como o sobrecusto da produção em regime especial, a convergência tarifária com as Regiões Autónomas, o efeito dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (parcela destinada a compensar os produtores pela perda de receita associada à cessação dos Contratos de Aquisição de Energia) e os custos das atividades de regulação. A figura seguinte ilustra a decomposição dos custos com aquisição de energia e acessos, em Custo de aquisição de energia e acessos para venda a clientes finais em 2015 milhões de Euros 610,6 948,1 337,5 Mercado Acessos Total Nota: Face a 2014, o critério é diferente já que em 2015 a parte da tarifa social está toda na venda. Em 2014 o gráfico estava líquido do desconto da tarifa social EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

41 serviço universal Venda de energia elétrica a clientes finais Consumo de eletricidade Conforme anteriormente referido, o volume de venda de energia elétrica da EDP Serviço Universal foi inferior ao verificado no ano anterior em 39%. Esta quebra deve-se essencialmente à migração de clientes para o mercado livre. Eletricidade vendida GWh Variação Total 9 247, ,0-38,6% Muito Aita Tensão 0,0 21,3 n/a Alta Tensão 3,8 0,3-91,7% Média Tensão 422,7 254,7-39,8% Baixa Tensão Especial 348,9 235,9-32,4% Baixa Tensão Normal 7 251, ,8-42,0% Iluminação Pública 1220,7 953,9-21,9% No ano de 2015 entraram dois novos clientes de MAT, por indicação da ERSE, com um consumo de 21 GWh, e saíram 4 clientes de AT, que em 2015 passaram a apenas 2, o que implicou um consumo de 2015 em Alta Tensão praticamente nulo (aproximadamente 300 MWh). Na Média Tensão (MT) registou-se uma quebra do consumo de 40% face a 2014, refletindo a migração de clientes para o mercado livre. Ao nível da Baixa Tensão Especial (BTE) continuou a haver uma forte transferência de clientes do mercado regulado para o mercado livre, o que conduziu a uma significativa quebra do consumo neste nível de tensão (32%). A Baixa Tensão Normal (BTN) apresentou a maior quebra no consumo de eletricidade, com menos 3,0 TWh (-42%) que em 2014, associada a uma redução de 775 mil clientes, após a saída de 1,3 milhões em 2014 e de 1,2 milhões em A Iluminação Pública regista igualmente uma quebra no consumo de eletricidade (-22% que em 2014). EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

42 wm serviço universal No período compreendido entre 2007 e 2015 os consumos de energia elétrica alimentados pelo mercado regulado caíram a uma taxa média anual de cerca de 22%, com contributo diferente por nível de tensão: Em Muito Alta e Alta Tensão (MAT e AT), partindo de um consumo de GWh em 2007, chegou-se a 2012 com um valor de apenas 264 GWh. Em 2015 a EDPSU tinha apenas 2 clientes de MAT e 2 de AT, com um consumo total de 21,6 GWh. Em Média Tensão (MT), após o crescimento de 37% em 2008, assistiu-se a um decréscimo médio anual de 44% no consumo, em consequência da saída da quase totalidade dos clientes para o mercado livre. Na Baixa Tensão (BT), entre 2007 e 2009 o consumo de energia elétrica no mercado regulado estagnou, não obstante a liberalização total destes níveis de tensão ter ocorrido em setembro de 2006; no período verificou-se uma quebra de 78% no consumo (de 23 TWh para 5 TWh), como reflexo da adesão de clientes de BTE, BTN e IP ao mercado livre, associada à recessão económica que provocou uma quebra generalizada do consumo em BT no território continental. 50 Consumo de Eletricidade por Nível de Tensão (TWh) Mercado Regulado Neste contexto, verifica-se em 2015, uma maior importância relativa do consumo em Baixa Tensão, que à semelhança do que aconteceu em 2014, representa 95% do total dos consumos dos clientes da EDP Serviço Universal. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A -Av 41

43 serviço universal Proveitos de Venda Em 2015, o valor das vendas de energia elétrica aos clientes da EDP Serviço Universal atingiu o montante de milhões de Euros, representando um decréscimo de 596 milhões de Euros (menos 37%) relativamente ao ano anterior. Vendas de eletricidade por nível de tensão EDP Serviço Universal milhões de Euros Nível de tensão Variação Total 1623,5 1027,8-36,7% Muito Alta Tensão (MAT) 0,0 1,9 n/a Alta Tensão (AT) 0,4 0,1-81,6% Média Tensão (MT) 55,7 35,0-37,2% Baixa Tensão Especial (BTE) 57,1 40,0-30,0% Baixa Tensão Normal (BTN) 1359,8 829,2-39,0% Iluminação Pública (IP) 150,5 121,7-19,2% Do total dos proveitos, destacam-se os relativos à venda de eletricidade em Baixa Tensão Normal, com um peso de 81% no total. Estrutura dos proveitos da venda de eletricidade a clientes finais EDP Serviço Universal BTN 81% EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A -tv 42

44 serviço universo! Preços médios O preço médio global de venda de energia elétrica pela EDP Serviço Universal atingiu 18,1 cêntimos por l<wh, representando um acréscimo de cerca de 3% face a 2014 não obstante terem ocorrido acréscimos superiores nos diferentes nível de tensão, o aumento do peso relativo da Iluminação Pública na estrutura de consumos, com perfil horário essencialmente concentrado no período de vazio, conduziu a um menor acréscimo no preço médio global. 25 i Preços médios de venda a clientes finais MT BTE BTN IP NOTA: A partir de 2011 inclui o impacto das tarifas transitórias Fontes: INE e EDP Serviço Universal EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

45 z/a serviço universal Clientes No final do mês de dezembro de 2015, o número de clientes da EDP Serviço Universal era milhares, representando os clientes de BT (BTE, BTN e Iluminação Pública) 99,9% do total. em 31 de dezembro Clientes Nível de Tensão Variação Muito Alta Tensão 0 2 n/a Alta Tensão ,7% Média Tensão ,6% Baixa Tensão Especial ,4% Baixa Tensão Normal ,4% Iluminação Pública ,1% Total ,3% O número de clientes no mercado regulado de eletricidade apresentou uma quebra muito significativa, ao longo do ano de 2015 (790 mil clientes, dos quais 775 mil na BTN). Evolução do número total de clientes da EDPSU EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

46 wm serviço universal Após uma quebra significativa registada no número de clientes entre janeiro e maio de 2015, as reduções mensais estabilizaram, a partir de junho, em valores próximos dos 50 mil clientes. Saída mensal de clientes da EDPSU < re j: , As figuras que se seguem apresentam a evolução do número de clientes no mercado regulado por nível de tensão, no período de , em que se assistiu a um decréscimo de 71%, a nível global (-31% entre 2014 e 2015). Em 2015, dois Clientes de Muito Alta Tensão foram incorporados como clientes da EDPSU, por indicação da Entidade Reguladora. O facto das tarifas já terem sido extintas levou a ERSE a definir que se aplicasse a tarifa transitória em vigor para os clientes de AT. Evolução do número de clientes de Muito Alta Tensão Efeito da contratação EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

47 serviço universal O número de Clientes de Alta Tensão é residual (2 em 2015 e 6 em 2014), sendo expectável que no final de 2016 todos os clientes estejam já no mercado liberalizado. Evolução do número de clientes de Alta Tensão Verificou-se igualmente uma redução do número de Clientes de Média Tensão (1,9 mil em 2014 para 1,3 mil em Entre 2007 e 2015 a quebra registada no número de clientes foi de 94%. Evolução do número de clientes de Média Tensão EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

48 serviço universal No que diz respeito à Baixa Tensão Especial, entre 2007 e 2015 assistiu-se a uma redução de cerca de 90% nos clientes. A quebra registada em 2015 foi de aproximadamente 30%. Evolução do número de clientes de Baixa Tensão Especial Relativamente ao número de clientes em Baixa Tensão Normal (BTN) no mercado regulado, excluindo Iluminação Pública, verificou-se uma redução de 5,8 milhões em 2007 para 1,7 milhões em 2015, correspondente um decréscimo de 71%. Entre 2007 e 2011 o número de clientes de BTN da EDPSU manteve-se relativamente estável. Os incentivos à saída para o mercado livre, que se encontra liberalizado desde 2007, começaram a fazer-se sentir em 2012, com uma quebra de 12,9% face a Os estímulos criados para dinamizar o mercado livre, em particular o anunciado fim das tarifas reguladas para os clientes de BTN a partir de 1 de janeiro de 2013, tendo passado a existir apenas as tarifas transitórias, contribuiu para as quebras verificadas no número de clientes deste segmento. Entre 2014 e 2015 verificou-se uma quebra de 31,4% no número de clientes, redução um pouco menor que a verificada em 2014 (-34,1% face a 2013). EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

49 serviço universal Evolução do número de clientes de Baixa Tensão Normal A dezembro 2015/dezembro2014 = -31,4% 1691 pmmmtojm MwiríffMWmrat Em relação à Iluminação Pública, verifica-se, igualmente, um decréscimo do número de clientes, particularmente a partir de No final de 2015, o número de clientes de Iluminação Pública era 35,8 mil face a 48,4 mil em 2014 (-26, Evolução do número de clientes de Iluminação Pública 65 -i A dezembro 2015/dezembro 2014 = - 26,1% r ,8 J N14 H H U i y y y y i mrnw mm y y y y y n y y y y y i mm y w y y i j y y y y Í EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A tvt' 48

50 serviço universal A saída de clientes para o mercado livre implicou uma alteração na dimensão média de clientes da empresa, ao longo dos anos. As figuras seguintes ilustram a evolução da distribuição dos clientes da EDP SU por potência contratada em Baixa Tensão Normal, no período posterior a Verifica-se, a partir de 2013, um ligeiro aumento do peso dos clientes com potência contratada mais baixa, de 8% até 2012 para 12% em 2015, e um peso ligeiramente inferior dos clientes nas potências contratadas mais elevadas (de 14% entre 2007 e 2013 para 12% em 2014 e 2015, em potências superiores a 10,35 kva). Evolução da estrutura da potência contratada em BTN 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 24% 4% 4% 4% 24% 24% 24% 24% 5% 5% 6% 6% 49% 49% 48% 10% 0% 8% 8% 8% HH 9% QB i < 2,3 3,45 a [4,6-5,75] 6,90 [10,35-17,25] n > 20,7 kva Evolução Clientes da EDPSU por potência contratada BTN 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 2,3 3,45 4,6 5,75 6,9 10,35 13,8 17,25 20,7 27,6 34,5 41,4 « kva EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A yw 49 ffl / r/íf t

51 serviço universal A evolução dos clientes de Baixa Tensão Normal (BTN) da EDP SU, desde 2010, mostra que todas as classes de potência registam quebras acentuadas, acima dos 30%; em termos globais verifica-se uma quebra de 64% no número de clientes, sendo as potências de 2,3, 4,6 e 5,75 kva as que apresentam quebras inferiores ao global, enquanto os clientes com potência acima dos 20,7 kva apresentam as maiores quebras (74%). Evolução dos clientes BTN da EDP SU por classe de potência contratada índice 2010= % 100% <2,3kVA(-48 %) 4,6; 5,75 kva (-57 %) Total (-64 %) 3,45; 6,9 kva (-66 %) [10,35-17,25 kva] (-67 %) > 20,7 kva (-74 %) Na figura que se segue está representada a evolução da potência média contratada dos clientes BTN da EDP SU. Conforme se pode constatar, a potência média contratada mantém-se relativamente estável até 2011, próxima dos 5,9 kva, decrescendo a partir de 2012 até atingir o valor de 5,5 kva em Evolução da Potência média contratada dos clientes BTN EDP SU 6,50 5,91 5,91 5,91 5,92 5,39 5,50 5,00 4,50 4, EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

52 serviço universal Consumo por Cliente As figuras seguintes ilustram a evolução da estrutura do consumo doméstico e não doméstico no mercado regulado, pelas bandas de consumo anual definidas pelo EUROSTAT. Conforme se pode verificar, no caso dos clientes domésticos, as bandas referentes aos clientes com consumo anual inferior a kwh têm agora um maior peso, 36% face a 25% em 2010, enquanto as bandas dos clientes com maior consumo (> kwh por ano) apresentam um menor peso, 28% em 2015 face a 39% em Estrutura Consumo Doméstico da EDP SU Classe do consumo anual DA: < 1000 kwh DD: [5 000,15 000[ DB: [1000, 2 500[ DE: >= DC: [2 500, 5 000[ No caso dos clientes não domésticos, há também uma alteração no mesmo sentido, ou seja, as bandas com os clientes de menor consumo têm agora um maior peso no ano 2015, a banda com consumo inferior a 20 MWh absorve 39% do consumo total não doméstico, enquanto os clientes com consumo anual superior a MWh apresentam um peso de apenas 2%, face a 17% em Estrutura Consumo Não Doméstico da EDP SU ID Classe do consumo anual IA <20 MWh ID: [2 OOO, [ IB: [20, 5O0[ IE: [20 OOO, 70000[ IC: [500, 2 000[ EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

53 23 serviço universal A figura que se segue mostra a evolução do consumo médio de eletricidade por cliente doméstico (total no Continente e clientes do mercado regulado), entre 2010 e Esta análise ilustra que a quebra no consumo por cliente no mercado regulado (47%) é muito superior à registada ao nível do Continente (16%), na sequência da redução ocorrida no rendimento disponível das famílias. Com efeito, assiste-se a uma clara alteração da tipologia dos clientes do mercado regulado (menor potência contratada e menor consumo de eletricidade) enquanto em o consumo médio por cliente no mercado regulado excedia o valor global no Continente (os clientes que saíam para o mercado tinham menores consumos anuais), verificou-se uma clara inversão dessa tendência, após Consumo por Cliente Médio Doméstico Continente vs Mercado Regulado Continente MR Fontes: DGEG e EDPSU EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

54 serviço universo! Descontos sociais No âmbito do reforço das medidas de proteção às famílias em situação de carência económico-social, o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento publicou a Portaria n C/2014, no Diário da República n , Série I de , que estabelece os procedimentos e as demais condições necessárias à atribuição, aplicação e manutenção da tarifa social estabelecida no DL n.e 138-A/2010, alterado pelo DL n /2014, e revoga a Portaria n /2010. Foi igualmente publicado em Diário da República o Despacho n D/2014, D.R. n , Série II de , que determina a forma de aplicação do desconto relativo à tarifa social a aplicar nas tarifas de eletricidade de 2015, previsto no artigo 3 9 do DL n A/2010, alterado pelo DL n /2014, que procedeu à revisão de critérios alargando o universo de Clientes elegíveis, e aumentou o valor do desconto da Tarifa Social. Têm acesso aos descontos sociais todos os clientes que sejam beneficiários de abono de família e de pensão social de velhice, bem como aqueles cujos domicílios fiscais tenham um rendimento anual inferior ao rendimento anual máximo fixado em Portaria (sujeito a eventual revisão periódica pelo Governo), com uma potência contratada até 6,9 kva (anteriormente 4,6 kva). A Tarifa Social e o ASECE (Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia) destinam-se a clientes com uma situação de carência económica devidamente comprovada pelo Sistema de Segurança Social ou Autoridade Tributária e Aduaneira. Nestes termos, podem pedir a aplicação da Tarifa Social e do ASECE os beneficiários das seguintes prestações sociais: - Complemento Solidário para Idosos; - Rendimento Social de Inserção; - Subsídio Social de Desemprego; - Abono de Família; - Pensão social de invalidez; - Pensão Social de velhice; - Clientes cujo domicílio fiscal tenha um rendimento anual inferior ao rendimento anual máximo fixado na legislação*. * Artigo 5.s do Decreto-Lei n.2 172/2014, de 14 de novembro EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

55 mi serviço universal Estes clientes deverão, cumulativamente, satisfazer as seguintes condições: - Ser titulares do contrato de fornecimento de eletricidade; - O consumo de eletricidade ser exclusivamente destinado a uso doméstico, na habitação permanente; - Não ultrapassar os 6,9 kva de potência contratada. Acresce ainda que cada cliente pode beneficiar da Tarifa Social e do ASECE num único ponto de consumo. Sistematicamente, a empresa insere informação de alerta sobre a atribuição de tarifa social, nas faturas dos clientes domésticos com potência contratada dentro dos limites previstos (atualmente 6,9 kva). A título ilustrativo, junta-se a Campanha sobre descontos sociais, da EDP Serviço Universal, que vigorou entre a : -a» V V Saiba se pode beneficiar e adira à Tarifa Social de Eletricidade. Ma>s informações em wwvrodpsu pt ou através do &0O (dtos utc s, das 8n òs 2Q'n), A percentagem de clientes da EDPSU com tarifa social apresentou uma ligeira redução no ano 2015, de 1,6% para 1,3%, na sequência de saída de grande número destes clientes para o mercado livre. Peso dos clientes com tarifa social no total de clientes da EDPSU EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A "A*" H

56 serviço universal Contribuição para o áudio visual A contribuição para o audiovisual é uma das formas de financiamento do serviço público de rádio e televisão, estabelecida pela Lei 30/2003, de 22 de agosto, alterada pelo Decreto-Lei n A/2005, de 3 de outubro. De acordo com a legislação em vigor a contribuição é liquidada, por substituição tributária, através das empresas comercializadoras de energia elétrica e cobrada juntamente com os valores relativos ao fornecimento da referida energia. Assim, tendo em conta as isenções previstas, a EDP Serviço Universal não pode emitir faturas sem associar, de forma discriminada, o valor da referida contribuição. A EDP Serviço Universal é compensada pelos encargos de liquidação da contribuição através da retenção de um valor fixo por fatura cobrada, relativamente ao serviço prestado à Rádio Televisão Portuguesa (RTP). O valor da compensação, determinado de acordo com um princípio de cobertura de custos, foi fixado em 0,0333 Euros por fatura cobrada, através do despacho n /2012, de 7 de novembro. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

57 serviço universol Dívida de Clientes No final de 2015, a dívida corrente de clientes finais (excluindo a venda de energia no OMIE, no valor de 34 milhões de Euros) ascendia a 51 milhões de Euros. A dívida de clientes já considerada de cobrança duvidosa situou-se em cerca de 104 milhões de Euros, encontrando-se praticamente toda provisionada (103 milhões de Euros). Dívida de Clientes em 31 de dezembro Valor milhões de Euros Variação PMR* (dias) Dívida corrente de Clientes finais 106,3 51,2-52% 14 Dívida de cobrança duvidosa 108,4 103,8-4% Imparidades para dívidas de cobrança duvidosa -104,0-102,6-1% *PMR (Prazo médio de recebimentos) = (Dívida corrente/faturação a clientes finais com IVA)*365 dias A redução da dívida face ao ano anterior (52%) reflete a saída de clientes para o mercado livre, bem como a diminuição do prazo médio de recebimentos (18 dias em 2014), associada ao maior peso dos clientes em Baixa Tensão; as vendas de eletricidade a clientes de Baixa Tensão Normal (incluindo Iluminação Pública), no final de 2015, representam 93% do total. M Vendas de Eletricidade a Clientes Finais dias 30 Prazo Médio de Recebimentos* "! SOO EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 56

58 serviço universal A dívida de clientes de cobrança duvidosa apresentou, em 2015, uma ligeira quebra face ao ano anterior (-5 milhões de Euros), representando 67% do total da dívida de clientes. Dívida de clientes Imparidadesdo exercício/faturação Dívida corrente Dívida cobrança duvidosa 0,7% 0,8% 0,2% As imparidades para dívidas de clientes de cobrança duvidosa, acumuladas no final de 2015, diminuíram cerca de 1 milhão de Euros face a 2014 o valor da dívida considerada incobrável (3 milhões de Euros) excedeu as imparidades do exercício (cerca de 2 milhões de Euros), o que corresponde a 0,2% da faturação. O comportamento da dívida beneficiou da recuperação de valores associados às autarquias. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

59 serviço universal Sustentabilidade Interação com os Clientes A liberalização do mercado de energia elétrica, da qual resultou a saída de aproximadamente 4,2 milhões de clientes entre 2007 e 2015, e o contexto socioeconómico, em particular das famílias, provocou algumas alterações na estrutura de faturação e cobrança da EDP Serviço Universal. A figura abaixo ilustra que entre 2012 e 2015 se verificou uma descida na percentagem de contratos com periodicidade de faturação mensal, em favor das modalidades com menor frequência. De referir ainda que a percentagem de clientes com faturação anual ("Conta Certa" - sistema que permite pagar mensalidades constantes ao longo do ano, com acerto para os valores efetivamente consumidos, no momento da fatura) se manteve. Periodicidade da Faturação Anual 21% 2012 Anual 22% 2015 Trimestral (IP) 1% Mensal 29% Mensal 26% Trimestral (IP) 2% Bimestral 49% Bimestral 50% EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 58

60 serviço universal Nos últimos anos tem-se vindo a verificar um aumento da utilização dos canais digitais, por parte dos clientes da EDP Serviço Universal. A figura seguinte evidencia o aumento da penetração da fatura eletrónica que passa de 7% em 2009 para 15% em Evolução do peso da fatura eletrónica 15,2% No ano 2015, verificou-se também um crescimento no número de clientes registados no EDPOnline (475 mil vs. 376 mil em 2014), apesar da saída de aproximadamente 800 mil clientes para o mercado livre. Neste contexto, a percentagem destes clientes no total apresenta uma subida muito significativa, de 15% em 2014 para 28% em Clientes EDPOnline % de Clientes aderentes com pelo menos um contrato na EDPSU EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

61 serviço universo! Em 2015, mantém-se a preferência por parte dos clientes da EDP Serviço Universal pelo pagamento de faturas através de transferência bancária. Verifica-se uma adesão acentuada à modalidade de pagamento via Multibanco, que se intensifica em 2015 passando de 22% em 2012 para 25%; esta evolução poderá estar associada aos constrangimentos económicos dos clientes, uma vez que permite adiar um pouco a data de pagamento da fatura. Por outro lado, trata-se de um meio de pagamento que os clientes consideram ser muito cómodo. Pagamento por modalidade de cobrança Agentes 9% Agentes 5% CTT 8% CTT 6% Payshop EDP V, Multibanco 22% Multibanco 25% Tranferência Bancária 54% Tranferência Bancária 55% EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

62 serviço universal Promoção da Eficiência no Consumo A EDP Serviço Universal, na qualidade de entidade promotora da eficiência energética, tem assumido desde 2008 um efetivo compromisso com os Planos de " Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica" (PPEC), lançados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Consubstanciado num crescente investimento na implementação de medidas e projetos de reconhecido sucesso e impacto na comunidade, seja através de medidas relacionadas com o consumo inteligente de energia, passando pelo incentivo à alteração dos hábitos de consumo sem reduzir a qualidade de vida dos clientes, mas também pelos programas dirigidos a adolescentes formando os futuros consumidores numa lógica responsável e de sustentabilidade, a EDP Serviço Universal é reconhecidamente um dos mais importantes promotores deste programa (PPEC). Implementação de Medidas relativas ao Programa PPEC 2013/2014 Em 2014, na sequência da candidatura submetida à ERSE, traduzida na aprovação de 2 das 5 medidas apresentadas a concurso, a EDP Serviço Universal viu aprovado o orçamento total apresentado para cada uma dessas medidas, no valor de cerca de 2 milhões de Euros. As medidas aprovadas foram: 1) "TWIST Projeto de educação e sensibilização para a Eficiência Energética, dirigida aos alunos e professores do ensino secundário - IO 9 ao 12 9 ano"; 2) "MultiTomada Inteligente" para o setor residencial. Durante o ano de 2015 concluiu-se a medida "TWIST 2.0". O sucesso obtido nas duas edições anteriores ( e ) justifica o crescimento de 34% no número de escolas inscritas, de 79% no número de equipas concorrentes e um aumento de mais de 200% no número de alunos que participaram nesta edição. Este grande entusiasmo traduziu-se na manifestação do desejo de que a EDP Serviço Universal venha a candidatar-se em futuras edições do Programa PPEC. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

63 serviço universal No âmbito da medida "MultiTomada Inteligente" foi lançada, no final do 3 9 trimestre de 2015, uma Campanha através dos canais digitais (Site EDP, Site EDPSU e EDP Online) e na imprensa regional, anunciando a abertura das inscrições para subscrição deste equipamento, aos consumidores residenciais. Nela se explicava igualmente como deveria ser utilizado o equipamento e quais os benefícios ligados à sua correta utilização. A Campanha foi um sucesso e superou largamente as expectativas ao todo foram distribuídos cerca de equipamentos em todo o território de Portugal Continental. No final do ano foi feito um balanço dos resultados da medida com a ERSE, tendo sido autorizada a execução de uma Fase II para distribuição de mais equipamentos durante o ano EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

64 serviço universal Qualidade de Serviço Comercial O ambiente de liberalização do mercado da energia e a situação económico social do País continuaram a exercer uma forte pressão na operativa comercial da EDP Serviço Universal, em particular junto dos canais de contacto disponíveis para o cliente, nomeadamente o canal telefónico e as lojas EDP. Como seria expectável, o volume de contactos com a empresa acompanhou a quebra do número de contratos ativos, embora a um ritmo mais lento. A EDP Serviço Universal tem procurado acompanhar, com detalhe, as razões que levam os clientes a contactar a empresa, encontrando explicação, por um lado na relação de confiança com o cliente, do ponto de vista de credibilidade e isenção sobre a liberalização do mercado, e por outro, no conjunto de questões que nascem após o início do processo de mudança do contrato para mercado, nomeadamente assuntos de faturação. Um outro facto que possivelmente explica a significativa interação dos clientes com a empresa é a situação socioeconómica dos portugueses, que induz, sobretudo entre aqueles que estão num perímetro de maior fragilidade, a procura por planos de pagamento mais ajustados à sua situação. A gestão da dívida, suportada em avaliações cliente a cliente e caso a caso, é uma das áreas do ciclo comercial de maior complexidade na EDP Serviço Universal. Apesar das dificuldades de contexto anteriormente descritas, a EDP Serviço Universal conseguiu, no exercício de 2015, entregar aos seus clientes um nível de qualidade de serviço no atendimento comercial superior ao dos últimos anos. Para além disso, foi feito um significativo investimento na melhoria da informação disponibilizada ao cliente, em particular nos canais digitais (sítio da EDPSU e edp Online) mas também por carta, tornando-a mais útil e mais clara para o cliente. Com a introdução do novo Regulamento da Qualidade de Serviço, a EDP Serviço Universal deixou de estar obrigada a padrões de qualidade serviço para o atendimento presencial e telefónico, passando os tempos de atendimento (telefónico e presencial) a estar sob observação da ERSE, através de um modelo de reporte trimestral. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 63

65 serviço universal Para além do reporte trimestral dos indicadores ligados à qualidade do atendimento, definidos no novo Regulamento de Qualidade de Serviço de 2014, a empresa manteve o seu compromisso de entregar, a cada cliente, uma experiência de serviço adequada às suas expectativas, onde o rigor, os tempos de espera e a disponibilização de informação útil de forma simples e clara, foram o foco da atenção; na sequência da quebra de 31% no número de clientes, cujo número médio do ano foi de 2,1 milhões, verificou-se: Canal telefónico - 1,8 milhões de chamadas atendidas (-36% que em 2014), 90% das quais em menos de 60 segundos; Lojas EDP mil atendimentos (-20% que em 2014), 87% dos quais em menos de 20 minutos; No exercício em análise, foram respondidos cerca de 45 mil pedidos de informação por escrito e 756 mil por telefone (na sua maioria ligados a temas de Faturação e Cobrança), o que representa um decréscimo de 31% face ao período homólogo; 96% dos pedidos escritos foram respondidos até 15 dias e 100% dos pedidos telefónicos até 3 dias após a data de receção, cumprindo os prazos regulamentarmente definidos. Em 2015 foram recebidas cerca de 25 mil reclamações (menos 10 mil, o que corresponde a menos 29% que em 2014). A percentagem de reclamações referentes a questões de Faturação e Cobrança foi 76% e 11% a problemas de relacionamento e atendimento. Muito embora o tempo médio de resposta a reclamações comerciais tenha baixado para 6,8 dias (9 dias em 2014), 1% do total de reclamações respondidas não foi executado em 15 dias úteis, conforme estabelecido no Regulamento da Qualidade de Serviço. No 4 g trimestre de 2015 foi implementado um Sistema de Gestão de Contactos (E.Client) para os canais de "front-office" (telefónico e presencial) que permite uma melhor gestão e classificação dos contactos dos clientes. A maior facilidade de operação, transparência e auditabilidade possibilitará uma melhoria da qualidade de serviço no atendimento ao cliente (em termos de tempo e qualidade da informação prestada) e consequente aumento da sua satisfação. Para 2016 está prevista a implementação de novas funcionalidades, mantendo-se o foco na melhoria da qualidade de serviço comercial prestada ao Cliente da EDP Serviço Universal. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

66 serviço universal Rotulagem de energia elétrica Cumprindo a Lei n. 5 51/2008, de 27 de agosto, e o disposto no Regulamento de Relações Comerciais, a EDP Serviço Universal tem incluído nas faturas enviadas aos clientes informação sobre a tecnologia associada à origem da energia elétrica vendida designada por "rotulagem de energia elétrica" - e correspondentes impactes ambientais. A divulgação desta informação tem vindo a contribuir significativamente para o esclarecimento e consciencialização dos clientes, sobre os recursos energéticos primários utilizados na produção da energia elétrica fornecida pela EDP Serviço Universal e sobre os impactes ambientais decorrentes do consumo. Nos gráficos seguintes observa-se a importância que as energias renováveis assumem no conjunto da eletricidade consumida pelos clientes da empresa, sendo de notar que 70% é de origem renovável. Deste conjunto, destaca-se a energia eólica, com um peso de 51% no total do ano de 2015, fruto de uma política energética consistente em termos de sustentabilidade. A análise mensal mostra a maior predominância da energia renovável nalguns meses. Evolução mensal da energia consumida por tecnologia em % 90% O Gás Natural 80% Nuclear e Fuelóleo 70% Carvão 60% Cogeração Fóssil 50% 40% 30% 20% 10% 50,8% Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Cogeração Renovável (PRE). Outras Renováveis Hídrica Eólica 0% ian fev mar abr mai iun iul aso set out nov dez Fonte: ERSE EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A -Av 65

67 mm serviço universo! Origem da energia consumida 2014/2015 Renovável 76,594 Não Renovável 69,894 23,594 30,294 Fonte: ERSE A figura abaixo ilustra as emissões de CO2 e de resíduos radioativos para a atmosfera em consequência da produção da energia comercializada pela empresa, durante o ano de Destacam-se os meses de maio e outubro, em que a forte penetração de energia eólica permitiu reduzir as emissões de CO2 para valores muito baixos. g / kwh Evolução mensal das emissões específicas em 2015 Pg/ kwh C02 (g/kwh) -Resíduos radioactivos (ng/kwh) I I i 1 1 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez r Fonte: ERSE EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 66

68 serviço universal Recursos Humanos O número de colaboradores afetos à EDP Serviço Universal, em 31 de dezembro de 2015, excluindo os membros do Conselho de Administração, era de 22. A distribuição pelas diversas direções é a seguinte: Recursos Humanos da EDP SU em 2015 Conselho de Administração 2 Planeamento e Controlo de Gestão 7 Venda de Energia 3 Compra de Energia 9 Apoio Administrativo 3 No que se refere às funções desempenhadas, a distribuição é a seguinte: Conselho de Administração 2 Dirigentes 3 Gestores 1 Especialistas 14 Técnicos Administrativos 4 O reduzido quadro de pessoal da empresa, face ao volume de negócios, está relacionado com o facto de as atividades mais operacionais, exigindo um número elevado de recursos humanos, serem desempenhadas em regime de prestação de serviços, por empresas do Grupo EDP, nomeadamente EDP Soluções Comerciais (faturação, cobrança e gestão da dívida), EDP Distribuição (interrupção e religação de fornecimentos a clientes) e EDP Valor (serviços administrativos e logísticos). EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

69 serviço universal Demonstrações Financeiras Demonstração da Posição Financeira No quadro seguinte apresenta-se a situação patrimonial no final de 2015, em comparação com o ano anterior: Resumo da Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2014 e 2015 milhares de Euros RUBRICA ATIVO Ativo não corrente Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis 0 25 Devedores e outros ativos Ativo corrente Clientes Devedores e outros ativos Impostos a receber Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados Caixa e equivalentes de caixa Total CAPITAIS PRÓPRIOS E PASSIVO CAPITAIS PRÓPRIOS Capital Prestações suplementares Reservas e resultados acumulados Resultado líquido de exercício PASSIVO Passivo não corrente Dívida financeira Provisões para riscos e encargos Passivos por impostos diferidos Credores e outros passivos Passivo corrente Dívida financeira Provisões para riscos e encargos Credores e outros passivos Impostos a pagar Total Da análise da demonstração da posição financeira pode constatar-se que o ativo diminuiu em relação a 2014, influenciado pela queda de 33% no ativo corrente. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A X 1 68

70 serviço universo! O ativo é maioritariamente composto pelos valores a receber de ajustamentos tarifários, no montante de milhões de Euros, e pela dívida de clientes, de 127 milhões de Euros (-45% face a 2014). Os alisamentos quinquenais do sobrecusto da PRE, que constituem a maioria do ativo não corrente a 31 de dezembro de 2015, serão considerados nas tarifas até O passivo é composto maioritariamente pelos impostos diferidos relacionados com os ajustamentos tarifários, no montante de 433 milhões de Euros, dívidas a terceiros pela compra de energia à PRE, no montante de 144 milhões de Euros, suprimentos no montante de 900 milhões de Euros, e dívida de curto prazo à holding, no montante de 178 milhões de Euros. Acresce ainda o valor dos ajustamentos tarifários a devolver aos clientes, no montante de 215 milhões de Euros. Estrutura da Demonstração da Posição Financeira (milhões de Euros) Ativo Capital Próprio+ Passivo Ativo Capital Próprio+ Passivo EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

71 m serviço universol Demonstração dos Resultados Os custos e proveitos em 2014 encontram-se sintetizados na Demonstração dos Resultados apresentada no quadro seguinte, permitindo concluir que os Proveitos Operacionais foram superiores aos Custos Operacionais, o que conduziu a um EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization) positivo de 6 milhões de Euros. Resumo da demonstração dos resultados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2015 milhares de Euros Receitas de Vendas e serviços de energia e outros Clientes finais Produção em regime especial (PRE) Outros proveitos* Custos das Vendas de energia e outros Mercado Produção em regime especial (PRE) URT e comissões de venda da PRE Acessos Sobrecusto da PRE Medidas Mitigadoras e Equilíbrio Concorrencial = Margem Bruta da eletricidade Prestações de serviços** Fornecimentos e serviços externos Pessoal Imparidades do exercício (liquido de reversões) Outros custos (líquidos de outros proveitos) = EBITDA Provisões do exercício Amortizações do exercício = EB1T Resultados Financeiros = Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do exercício = Resultado Líquido do exercício * Inclui sustentabilidade tarifária, regularização de ajustamentos de anos anteriores, ajustamento tarifário do próprio ano, alisamento quinquenal dosobrecusto da PRE e sobreproveito/diferencial de extinção de tarifas ** Inclui proveitos líquidos de custos com cortes, religações e leituras extraordinárias, bem como proveitos com serviços secundários (cobrança de CAV - RTP) EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

72 serviço universol O quadro da página anterior evidencia uma quebra de 35% na margem bruta de eletricidade face a 2014 a quebra nos proveitos permitidos do ano foi agravada pelas atualizações aos ajustamentos tarifários de anos anteriores. De referir ainda o decréscimo de 156 milhares de Euros no valor líquido das prestações de serviços. As significativas reduções no valor dos fornecimentos e serviços externos (15 milhões de Euros), e nas imparidades líquidas das respetivas reversões (8 milhões de Euros), contribuíram para que o EBITDA de 2015 se mantivesse positivo (6,4 milhões de Euros), embora com uma quebra de 26% face a De referir que, na estrutura de custos, os Fornecimentos e Serviços Externos representam 97% do total dos custos operacionais. Desagregação do resultado Líquido de 2015 (milhões de Euros) Margem Prestação Imparidades FSE Pessoal Outros EBITDA Provisões e Resultados RAI Imposto Resultado bruta elet. serviços dívidas cob. custos amortizações Financeiros Líquido liq. custos duvidosa e proveitos O resultado financeiro decorre, entre outros, dos efeitos da contenção da dívida da empresa, na sequência da cedência de créditos associados ao alisamento quinquenal do sobrecusto da Produção em Regime Especial. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A TV 71

73 serviço universal A análise do gráfico seguinte ilustra o cálculo do ajustamento tarifário do ano, dado pela diferença entre os proveitos permitidos pela ERSE para a atividade desenvolvida pela EDP Serviço Universal e a margem bruta, diretamente obtida pela empresa, através do diferencial entre as vendas e as compras. Proveitos da EDP Serviço Universal em 2015 (milhões de Euros) Proveitos Permitidos (PP) pela ERSE Margem Bruta (MB) antes do Ajustamento Tarifário Ajustamento Tarifário I 725 PP ano PP anos PPTotal anteriores* Alisamento quinquenal do sobrecusto 1511 Ajustamento anol Desvios Regularizações Total anos anteriores** -609 Vendas Compras MB s/ Ajustamento Tarifário Margem Bruta (MB) após Ajustamento Tarifário Margem antes Ajustamento Margem bruta do ajustamento tarifário tarifário * Ajustamentos de anos anteriores mais juros ** Inclui 670 milhões de Euros de ajustamentos de anos anteriores, bem como a especialização da atualização ao ajustamento tarifário de 2014 Os ajustamentos referem-se aos desvios verificados, em cada ano, entre o proveito permitido total e os diferenciais efetivamente verificados entre as vendas e compras de eletricidade. O proveito permitido do ano, pela atividade de comercialização, foi calculado pela aplicação dos parâmetros publicados pela ERSE aos valores reais do número de clientes, adicionando a margem de comercialização. O total dos proveitos permitidos (54,6 milhões de Euros) em 2015, relativamente ao conjunto das atividades desenvolvidas pela EDP Serviço Universal refere-se, essencialmente, à atividade de comercialização (42,3 milhões de Euros) e à atividade de compra e venda de energia (cerca de 12,3 milhões de Euros). EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

74 o m serviço universal O proveito permitido relativo a ajustamentos de anos anteriores, num total de 670 milhões de Euros, reflete 39 milhões de Euros a receber dos clientes, relativos à estimativa da ERSE para o ajustamento tarifário de 2014, bem como 259 milhões de Euros a receber dos clientes respeitantes ao ajustamento de No valor total estão ainda incluídos 323 milhões de Euros relativos a recuperações de alisamentos quinquenais de anos anteriores ( ), bem como 49 milhões de Euros referentes aos juros e à atualização do capital do alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE de Nas tarifas publicadas pela ERSE para 2016, foram ainda considerados -4 milhões de Euros de atualização do ajustamento tarifário de 2014, valor que no gráfico anterior foi incluído na rubrica regularizações de anos anteriores. O ajustamento tarifário do ano de 2015 foi de 177 milhões de Euros, a devolver aos clientes, o que corresponde um valor unitário de -3,1 cêntimos de Euro por kwh. Este valor resulta, essencialmente, dos preços médios de compra terem ficado aquém dos valores adotados pela ERSE, na fixação das tarifas para Conforme ilustrado na figura seguinte, o preço médio de venda a clientes finais inclui, para além dos custos com a aquisição de energia e com os acessos, os proveitos permitidos pela tarifa de comercialização, a que corresponde a um valor unitário de 0,4 cêntimos de Euro por kwh. Preços médios em cêntimos de /kwh ( antes de descontos ) Verificado Hipótese Tarifas 18,1 14,6 Comercialização O' 4 Ajustamento (*) Tarifário (**) Acessos(** -3,1 10,8 +33% 19,5 Acessos(***) 12,5 Energia (*** (mercado; 6,0 Desvio Sobrecusto (**) Energia (****) (mercado) Venda Compra Notas: (*) "Comercialização" inclui o Proveito Permitido da atividade de comercialização do próprio ano e respetivos desvios de anos anteriores (não inclui o recebimento do diferencial da extinção das tarifas); (**) Não inclui o efeito dos valores excluídos das tarifas ex-onte (alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE em 2015); (***) Inclui transferência relativa ao sobreproveito associado ao agravamento tarifário; (****) Inclui custos de funcionamento da atividade de compra e venda para fornecimento a clientes finais. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A X t 73 /V

75 m serviço universal A Figura seguinte ilustra a evolução dos ajustamentos tarifários entre 2008 e 2015, excetuando juros e o efeitos dos valores excluídos das tarifas ex-ante (défices da PRE de 2009 e 2011 e alisamentos quinquenais entre 2012 e ^ Ajustamentos tarifários em cada ano (excluindo juros e devios ex-ante) (Milhões de Euros) 256 ) (." 395 "; ( 251, ^ 381 ^, g3 A recuperar KLÍfl ^12 Rn A devolver BMM " l: " ^ Sobrecusto PRE CVEE+Comercialização O ^ J Ajustamento O gráfico ilustra que, em geral, os ajustamentos tarifários têm conduzido a valores a recuperar pela empresa. As exceções ocorreram em 2009 preço de compra em mercado abaixo dos valores adotados pela ERSE, originando um desvio a devolver à tarifa, só parcialmente compensado pelo desvio do sobrecusto da PRE e em 2015, cujo detalhe será exposto mais à frente. Em 2008 e 2011, o ajustamento tarifário a receber foi essencialmente explicado pela subestimação, por parte da ERSE, do preço de compra em mercado face aos valores verificados; em 2012, o ajustamento a recuperar nas tarifas ficou a dever-se essencialmente ao facto do preço de compra da PRE ter sido superior ao definido pela ERSE; em 2010 e 2013, o ajustamento tarifário a receber teve essencialmente origem na subestimação das quantidades e preço do sobrecusto da PRE consideradas pela ERSE na definição das tarifas, face aos valores efetivamente verificados; em 2014 o ajustamento tarifário a receber resultou essencialmente do excesso de compra à PRE face aos valores das tarifas a par de perdas de transporte e distribuição de energia acima das consideradas pela ERSE. Em 2015, o ajustamento tarifário a devolver aos clientes (177 milhões de Euros) está essencialmente associado à atividade de compra e venda à PRE - redução da quantidade adquirida (20,5 TWh vs. 21 TWh) e do preço de compra (106 /MWh vs. 108 /MWh), face aos valores da EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

76 serviço universal estimativa tarifária, bem como o recebimento de medidas mitigadoras (leilões de CO2 e extensão do prazo de remuneração garantida para produtores eólicos - acima da hipótese considerada nas tarifas. Estes impactos foram apenas parcialmente compensados pelo menor preço de venda da PRE em mercado (46 /MWh vs. 47 /MWh). Verificou-se ainda uma redução do preço de compra em mercado para satisfação da procura de clientes finais (52 /MWh vs. 55 C/MWh), bem como perdas de transporte e distribuição de energia abaixo das consideradas pela ERSE. Para o cálculo do ajustamento do ano, foi ainda considerada a redução da taxa de juro do alisamento quinquenal de 2015, face à hipótese adotada nas tarifas (de 4,8% para 3,0%), conduzindo a um desvio de 29 milhões de Euros, a devolver à tarifa. Em sentido oposto, há que considerar o montante diferido pela ERSE, a recuperar em cinco anos, relacionado fundamentalmente com o sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE) previsto para 2015, e os desvios nos sobrecustos da PRE de 2013 e alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE, no montante de milhões de Euros (ao valor do alisamento quinquenal definido pela ERSE, no montante de milhões de Euros, foram deduzidos 50 milhões de Euros de juros do ano, recebidos em 2015). Preço de Compra em Mercado ( / MWh) * -25, ,2 ggg Tarifas o Valor observado *lnclui vendas em mercado, acerto de contas com a REN, serviços de sistema e comissões compra em mercado Aquisições à Produção em Regime Especial Quantidades (GWh) Preço de compra * ( /MWh) (J7 983) (^18333) 3( ) (S> 0,1 101 ' 1 ) - - (jw) (jõãi) (jõ^à) Çg) (S> 11,1 21,2 11, 22 38,5 46, " ^ Tm ' 3 sm 20,7-6, Tarifas o Desvio Valor observado Sobrecusto ERSE Pr. Merc. Real n Desvio Sobrecusto Pr. Venda PRE (*) Não inclui o efeito dos valores excluídos das tarifas ex-onte (défices da PRE de 2009 e 2011, bem como o alisamento quinquenal do sobrecusto da PRE a partir de EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

77 serviço universo! Financiamento A evolução da dívida da EDP Serviço Universal em 2015 é apresentada no quadro seguinte: Dívida da EDP Serviço Universal em 2015 milhares de Euros Dívida Saldo inicial Saldo final Médio e Longo Prazo Curto Prazo Total Em 2015, a dívida financeira da EDP Serviço Universal apresentou uma redução de cerca de 289 milhões de Euros face a dezembro de 2014, situando-se em milhões de Euros no final do ano. Esta quebra é fundamentalmente explicada pela redução do ativo regulatório ajustamento tarifário a devolver aos clientes (177 milhões de Euros), associado ao facto da soma das vendas (900 milhões de Euros) e recuperações na tarifa de alisamentos quinquenais e ajustamentos tarifários de anos anteriores (625 milhões de Euros) terem mais do que compensado o valor do alisamento quinquenal do ano (1 461 milhões de Euros) e pela recuperação de impostos (essencialmente 97 milhões de Euros de IRC relativos ao ano de 2014, bem com como 20 milhões de Euros de IVA). Evolução da dívida financeira (dezembro dezembro 2014) milhões de Euros Dívida Ajustamento Alisam. Financeira Ano Quinq. Dez Regul. Ajust. Anos Anter./ Alis. Quinq. Vendas Impostos Distribuição Outros Dívida Alisam. Dividendos Financeira Quinq. Dez e 2015 I +240 M Ativo Regulatório Os compromissos da empresa para com o Acionista e o Estado encontram-se integralmente satisfeitos. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

78 serviço universol Considerações Finais Evolução Previsível da Sociedade Apesar da previsível passagem de mais clientes para o mercado livre, a EDP Serviço Universal continuará, ao longo do ano de 2016, a desempenhar a função de comercializador de eletricidade de último recurso no mercado regulado, nas condições estabelecidas pela ERSE, basicamente para os clientes em Baixa Tensão Normal, com a correspondente quebra nas vendas de eletricidade no mercado regulado. A crescente importância da Produção em Regime Especial, da microprodução e da miniprodução e a sua aquisição pela EDP Serviço Universal para integração no sistema elétrico nacional, continuará a reclamar um esforço operacional e financeiro muito exigente. Perspetivas para 2016 A comercialização de energia elétrica no mercado regulado é uma atividade supervisionada pela ERSE, dependendo dos proveitos permitidos fixados por esta Entidade. A redução dos proveitos permitidos à EDP Serviço Universal em 2016, face a 2015, exige a continuação do esforço na contenção dos custos, procurando alcançar resultados aceitáveis e mantendo a qualidade de serviço. Proposta de Aplicação de Resultados Considerando a situação económica e financeira da sociedade, tal como descrita no presente relatório, e a prática por ela seguida de distribuir resultados aos trabalhadores, como reconhecimento pelo seu contributo para os resultados da Empresa e do Grupo EDP, o Conselho de Administração considera que é de manter essa prática no que respeita ao exercício de De acordo com as normas contabilísticas em vigor, o valor referente ao prémio a distribuir aos colaboradores foi especializado nas contas do exercício a que respeita, pelo que o resultado líquido de 2015, no valor de ,57, já se encontra deduzido do montante de Euros, correspondente à estimativa de custo para atribuição de resultados aos trabalhadores e órgãos sociais. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 77

79 serviço universal Assim, nos termos da alínea f) do n e. 5 do artigo 66 9 do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração da EDP Serviço Universal propõe que o resultado líquido do exercício de 2015, no valor de ,57 (trinta e seis milhões, quinhentos e noventa e sete mil, trezentos e oitenta e cinco Euros e cinquenta e sete cêntimos) seja aplicado da seguinte forma: Aplicação de Resultados 2015 (100%) Reserva Dividendos Resultados Total do Legal Transitados Resultado Líquido , , ,57 EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

80 serviço universal Nota Final O Conselho de Administração agradece a todos os colaboradores e prestadores de serviços a contribuição dispensada para a melhoria do desempenho da Empresa, que tem vindo a responder de forma cada vez mais eficaz às sempre crescentes exigências do mercado. O Conselho manifesta particular apreço ao Revisor Oficial de Contas pela inteira disponibilidade demonstrada. Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 O Conselho de Administração João José Gomes de Aguiar Eugénio André da Purificação Carvalho EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 79

81 serviço universo! Anexos Anexo ao Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Demonstração da Posição Financeira Demonstração dos Resultados Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios Notas às demonstrações financeiras Documentos de Apreciação e Certificação de Contas Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Extrato da Ata da Assembleia-Geral de Acionistas EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 80

82 serviço universal Anexo ao Relatório de Gestão 1) Art , n 9 5, do Código das Sociedades Comerciais Participações que os membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade detêm na EDP - Energias de Portugal, S.A., Holding do Grupo no qual se integra a EDP Serviço Universal, S.A. e na EDP Renováveis, S.A, empresa pertencente ao Grupo EDP: AÇÕES DA EDP, S.A., DETIDAS POR TITULARES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA EDP SERVIÇO UNIVERSAL Anexo referido no ns 5 do Artigo 447 do Código das Sociedades Comerciais Saldo Movimento em 2015 Saldo em 31/12/2014 Aumentos Reduções em 31/12/2015 Conselho de Administração João José Gomes de Aguiar Eugénio André da Purificação Carvalho AÇÕES DA EDP RENOVÁVEIS, S.A., DETIDAS POR TITULARES DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA EDP SERVIÇO UNIVERSAL Anexo referido no n 5 do Artigo 4472 do Código das Sociedades Comerciais Saldo Movimento em 2015 Saldo em 31/12/2014 Aumentos Reduções em 31/12/2015 Conselho de Administração João José Gomes de Aguiar Eugénio André da Purificação Carvalho Com referência a 31 de dezembro de 2015, os membros dos órgãos de administração não detinham obrigações sobre o Grupo EDP. 2) Art , n 9 4, do Código das Sociedades Comerciais Acionistas que, em 31 de dezembro de 2015, eram titulares do capital da EDP Serviço Universal, S.A.: EDP Distribuição - Energia, S.A., com sede na Rua Camilo Castelo Branco, 43, Lisboa: 100% do capital social. EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

83 sen/iço universol 3) Arte 397, do Código das Sociedades Comerciais Relativamente aos seus administradores, a EDP Serviço Universal não lhes concedeu quaisquer empréstimos ou créditos, não efetuou pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas e não lhes facultou quaisquer adiantamentos de remuneração. 4) Outras obrigações legais No cumprimento do artigo n.- 2 do DL n e do artigo 21 9, n. 9 1 do DL n , declaramos que não existem dívidas da empresa ao Setor Público Estatal, nem à Segurança Social, cujo pagamento esteja em mora. Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 O Conselho de Administração João José Gomes de Aguiar EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A 82

84 serviço universal Demonstrações Financeiras EDP SERVIÇO UNIVERSAL S.A

85 EDP Serviço Universal, S.A. Demonstração dos Resultados para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Notas (Milhares de Euros) (Milhares de Euros) Receitas de vendas e serviços de energia e outros Custos com vendas de energia e outros Outros proveitos Fornecimentos e serviços externos Custos com o pessoal e benefícios aos empregados Outros custos Provisões Amortizações e imparidades Proveitos financeiros Custos financeiros Resultado antes de impostos Impostos sobre lucros Resultado líquido do período Resultado por ação (Básico e Diluído) - Euros 21 3,62 9,52 Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 CONTABILISTA CERTIFICADO N.e O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

86 EDP Serviço universal, S.A. Demonstração do Rendimento Integral para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e (Milhares de Euros) (Milhares de Euros) Resultado líquido do período Outro rendimento integral do período (líquido de efeito fiscal) Total do rendimento integral do período Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 CONTABILISTA CERTIFICADO N.e O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO VJLO. viy 85

87 EDP Serviço Universal, S.A. Demonstração da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015 e 2014 Notas Ativo (Milhares de Euros) (Milhares de Euros) Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis Devedores e outros ativos de atividades comerciais Outros devedores e outros ativos Total dos Ativos Não Correntes Clientes Devedores e outros ativos de atividades comerciais Outros devedores e outros ativos Impostos a receber Ativos financeiros ao justo valor através dos resultados Caixa e equivalentes de caixa Total dos Ativos Correntes Total do Ativo Capitais Próprios Capital Prestações suplementares Reservas e resultados acumulados Resultado líquido do período Total dos Capitais Próprios Passivo Dívida financeira Benefícios aos empregados Provisões para riscos e encargos Passivos por impostos diferidos Credores e outros passivos de atividades comerciais Total dos Passivos Não Correntes Dívida financeira Benefícios aos empregados Provisões para riscos e encargos Credores e outros passivos de atividades comerciais Outros credores e outros passivos Impostos a pagar Total dos Passivos Correntes Total do Passivo Total dos Capitais Próprios e Passivo Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 CONTABILISTA CERTIFICADO N O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

88 EDP Serviço Universal, S.A. Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Milhares de Euros) Total dos Capitais Capital Prestações Reservas e resultados Próprios social (i) suplementares (i) acumulados (ii) Saldos em 31 de dezembro de Rendimento integral: Resultado líquido do período Rendimento integral total do período Saldos em 31 de dezembro de Rendimento integral: Resultado líquido do período Rendimento integral total do período Pagamento de dividendos Saldos em 31 de dezembro de (i) ver nota 21 (ii) Ver nota 22 Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 CONTABILISTA CERTIFICADO N.s O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO írta-t-rf 87

89 EDP Serviço Universal, S.A. Demonstração dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e (Milhares de Euros) (Milhares de Euros) Atividades Operacionais Recebimentos de clientes Recebimentos por venda dos ajustamentos tarifários Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à atividade operacional Fluxo gerado pelas operações Recebimentos / (pagamentos) de imposto sobre o rendimento Fluxo das Atividades Operacionais Atividades de Investimento Recebimentos: Ativos financeiros Juros e proveitos similares Pagamentos: Ativos financeiros Ativos fixos tangíveis e intangíveis Fluxo das Atividades de Investimento Atividades de Financiamento Recebimentos/(Pagamentos) de empréstimos obtidos Juros e custos similares Dividendos pagos Fluxo das Atividades de Financiamento Variação de caixa e seus equivalentes Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período (*) (*) Ver detalhe da composição da rubrica "Caixa e equivalentes de caixa" na nota 20 às Demonstrações Financeiras Lisboa, 24 de fevereiro de 2016 CONTABILISTA CERTIFICADO N.s O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ^-V