Tarifa Social na Eletricidade e impactes. Aspetos principais
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- João Batista Henriques Farinha
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1 Tarifa Social na Eletricidade e impactes Aspetos principais
2 Tarifa Social de eletricidade FATURA MÉDIA ELETRICIDADE CONSUMIDOR MÉDIO NO CONJUNTO DE CLIENTES COM POTÊNCIA CONTRATATADA ATÉ 6,9 kva Valor médio da fatura sem tarifa social*: 30,9 por mês (371 /ano) Valor médio da fatura com tarifa social*: 20,4 por mês (245 /ano) ( /cliente/mês) ,9 S/Tarifa social 10,4 20,4 Tarifa social Fatura média mensal Desconto Tarifa social * Os valores apresentados incluem IVA de 23%.
3 1. Em que consiste a tarifa social no fornecimento de eletricidade? O desconto a aplicar nas tarifas de eletricidade de 2017 corresponde a um valor que permita um desconto de 33,8% sobre o preço bruto das tarifas transitórias de venda a clientes finais de eletricidade, ou seja, excluído de IVA e demais impostos, contribuições e ou taxas aplicáveis. O desconto varia em função do escalão de potência contratada, conforme valores publicados pela ERSE. O desconto referente à tarifa social deve ser identificado de forma clara e visível nas faturas apresentadas aos clientes de eletricidade.
4 2. Quem pode pedir a aplicação da tarifa social? A tarifa social é aplicável aos clientes de eletricidade que se encontrem numa situação de carência socioeconómica, comprovada pelo sistema de segurança social devendo ser beneficiários de uma das seguintes prestações sociais: Complemento solidário para idosos Rendimento social de inserção Subsídio social de desemprego Abono de família Pensão social de invalidez Pensão social de velhice São ainda considerados beneficiários as pessoas singulares, mesmo que não recebam qualquer prestação social, cujo rendimento total anual do seu agregado familiar 1 seja igual ou inferior a 5 808, acrescido de 50% por cada elemento do agregado familiar que não tenha qualquer rendimento, até ao máximo de 10. Adicionalmente, os beneficiários da tarifa social devem ser o titular do contrato de fornecimento de eletricidade, o seu consumo de eletricidade destinar-se exclusivamente a uso doméstico, em habitação permanente e a instalação ser alimentada em baixa tensão, com uma potência contratada que não ultrapasse 6,9 kva. 1 Considera-se agregado familiar, em cada ano, o conjunto de pessoas constituído pelo cliente final e os dependentes a seu cargo nos termos definidos no Código do IRS.
5 3. Como é atribuído o direito à tarifa social? O acesso ao benefício é realizado através de um mecanismo de reconhecimento automático da tarifa social, realizado por sistema informático da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) que efetua o cruzamento de dados, nos termos de protocolos celebrados que regulam o acesso e transmissão de informação entre os diversos agentes do sector da energia e os organismos da Administração Pública detentores dos dados informáticos a tratar. O processo de aplicação do regime da tarifa social de energia elétrica, promove a fixação do número de clientes finais que beneficiam da tarifa social. Identificados os potenciais beneficiários, é automaticamente aplicada a tarifa social pelos comercializadores na fatura da eletricidade, sem necessidade de pedido por parte do cliente, dispondo este de 30 dias para se opor a essa atribuição. Em alternativa, os potenciais beneficiários também podem requerer junto da Segurança Social e da Autoridade Tributária e Aduaneira um comprovativo da sua condição de beneficiário e apresentá-lo junto do comercializador de energia elétrica.
6 4. Como é apurado o rendimento anual máximo (RAM)? O apuramento do rendimento máximo anual é realizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos do n.º 2 do artigo 3.º da Portaria n.º 311 D/2011, de 27 de dezembro, alterado pela Portaria nº 289-B/2015, de 17 de setembro. 5. Qual é a entidade que afere a condição de vulnerabilidade económica (rendimento)? A entidade competente para proceder ao cálculo do rendimento, de modo a aferir a condição de vulnerabilidade económica, é a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), a qual comunica à Direção-Geral de Energia e Geologia apenas o sinal de Sim ou Não da verificação da condição de vulnerabilidade económica. 6. Qual é a entidade que verifica a condição de elegibilidade referente às prestações sociais previstas na legislação da tarifa social (mencionadas na pergunta nº 2)? A entidade competente para verificar se o titular de um contrato de fornecimento de energia elétrica beneficia de uma prestação social elegível para atribuição da tarifa social é a Segurança Social.
7 7. Quem aplica o desconto associado à tarifa social? A aplicação do desconto associado à tarifa social aos clientes economicamente vulneráveis que o tenham solicitado é da responsabilidade dos respetivos comercializadores. O desconto, que incide sobre a tarifa de acesso às redes, é calculado pela ERSE, nos termos previstos no Regulamento Tarifário. 8. Quem aprova o desconto associado à tarifa social? O valor do desconto é publicado através de Despacho do membro do Governo responsável pela área de energia. Em 2017 é aplicável o Despacho n.º A/2016, de 6 de outubro.
8 9. Quem suporta os custos com a aplicação da tarifa social? Os custos com a aplicação da tarifa social são suportados pelos produtores de eletricidade em regime ordinário e os titulares dos aproveitamentos hidroelétricos com potência superior a 10 MVA, na proporção da potência instalada em cada centro electroprodutor. 10. Como obter esclarecimentos adicionais sobre a tarifa social? Os comercializadores de eletricidade têm o dever de divulgar informação sobre a existência e a aplicação da tarifa social junto dos respetivos clientes, designadamente nas suas páginas na Internet e em documentação que acompanhe as faturas enviadas aos seus clientes. Se tem dúvidas ou pretende reclamar sobre a atribuição da tarifa social submeta o seu pedido de informação / reclamação, preenchendo o formulário online disponível na página da Direção Geral de Energia e Geologia em Se tem problemas com a faturação contacte a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (
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