FABRÍZIO LUIZ FIGUEIREDO

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1 FABRÍZIO LUIZ FIGUEIREDO AVALIAÇÃO DE UMA UNIDADE AUTÔNOMA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMPOSTA POR SISTEMA DE GASEIFICAÇÃO CONCORRENTE E GRUPO GERADOR COM CAPACIDADE DE 50 kva Londrina 2012

2 FABRÍZIO LUIZ FIGUEIREDO AVALIAÇÃO DE UMA UNIDADE AUTÔNOMA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMPOSTA POR SISTEMA DE GASEIFICAÇÃO CONCORRENTE E GRUPO GERADOR COM CAPACIDADE DE 50 kva Dissertação apresentada ao Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da Universidade Estadual de Londrina como requisito necessário para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento. Orientador: Prof. Dr. Fernando Fernandes. Londrina 2012

3 FABRÍZIO LUIZ FIGUEIREDO AVALIAÇÃO DE UMA UNIDADE AUTÔNOMA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMPOSTA POR SISTEMA DE GASEIFICAÇÃO CONCORRENTE E GRUPO GERADOR COM CAPACIDADE DE 50 kva Dissertação apresentada ao Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da Universidade Estadual de Londrina como requisito necessário para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Edificações e Saneamento. BANCA EXAMINADORA Orientador: Prof. Dr. Fernando Fernandes Universidade Estadual de Londrina Prof. Dr. Aron Lopes Petrucci Universidade Estadual de Londrina Prof. Dr. Marcelo Risso Errera Universidade Federal do Paraná Dr. Eng. Roberto Furini Filho Consultor Sênior - Petrobras Londrina, de de.

4 Dedico este trabalho a mim, por meus esforços, à minha esposa, Helenara, e meus Pais, Nelson e Antônia.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador, professor Fernando Fernandes, não só pela constante orientação neste trabalho, mas, sobretudo, pela sua amizade e dedicação no momento de corrigir e ensinar. Ao professor Aron Lopes Petrucci, pelo empenho na implantação e operação do sistema de gaseificação. Aos colegas que, ao longo do curso, também se empenharam em aprender e contribuíram para que os colegas adquirissem o conhecimento necessário. Gostaria de agradecer também a todos que dispuseram de esforços para que o projeto desse certo.

6 FIGUEIREDO, F. L. Avaliação de uma unidade autônoma de produção de energia elétrica composta por sistema de gaseificação concorrente e grupo gerador com capacidade de 50 kva Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado em engenharia de edificações e saneamento) Universidade Estadual de Londrina, Londrina, RESUMO Este trabalho apresenta os resultados de testes realizados com um motor de combustão interna MWM adaptado a ciclo Otto, acoplado a um gerador síncrono trifásico de eletricidade com capacidade de 50 kva, alimentado inicialmente com Gás Natural Veicular e posteriormente com gás de síntese proveniente de um gaseificador de biomassa concorrente utilizando lenha de eucalipto. Verificou-se, também, a composição do gás e o desempenho do gaseificador. São apresentadas as características e eficiência do conjunto gerador, com o objetivo de avaliar a viabilidade de se aplicar o sistema em localidades distantes, onde há biomassa disponível e o sistema de transmissão de energia elétrica convencional é dificultado pela distância. O gás de síntese gerado apresentou composição média de 16,9% de H 2, 20% de CO, 10,9% de CO 2, 2% de CH 4 e 50,1% de N 2. O desempenho do conjunto gerador foi monitorado, aplicando-se cargas trifásicas e resistivas de 0, 7, 13, 20,1 e 26,4 kw, ao grupo gerador, mantendo a tensão média eficaz de 222 V e correntes de 0, 18,5, 33, 51,84 e 67 A. Palavras-chave: Gaseificador. rendimento. Desempenho. Gás de síntese. Grupo gerador. Teste de

7 FIGUEIREDO, F. L. Evaluation of a stand-alone unit electricity compound for concurrent gasification system and generator sets with capacity of 50 kva Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado em engenharia de edificações e saneamento) Universidade Estadual de Londrina, Londrina, ABSTRACT This paper presents results of tests performed with an internal combustion engine adapted to MWM Otto cycle, coupled to an electricity generator synchronous triphase with a capacity of 50 kva, fed initially with Natural Gas and later with syngas from a biomass gasifier competitor using eucalyptus wood. There was also the gas composition and performance of the gasifier. Presents the characteristics and efficiency of the generator set, in order to assess the feasibility of applying the system in remote locations, where biomass is available and the system of conventional electric power transmission is hampered by distance. The generated synthesis gas composition showed a mean of 16.9% H 2, 20% CO, 10.9% CO 2, CH 4 2% and 50.1% N 2. The performance of the generator set was monitored by applying loads three-phase resistive of 0, 7, 13, 20,1 and 26,4 kw, the generator, keeping the average voltage effective of 222 V and currents of 0, 18,5, 33, 51,84 and 67 A. Key words: Gasifier. Synthesis gas. Generator set. Income test. Performance.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Ilustração da turbina a gás...29 Figura 2 Produtos resultantes da pirólise da biomassa...36 Figura 3 Gaseificador contracorrente...41 Figura 4 Gaseificador de fluxo cruzado...42 Figura 5 Gaseificador de leito fixo concorrente...43 Figura 6 - Gaseificador concorrente de duplo estágio...44 Figura 7 Gaseificador de leito fluidizado borbulhante Figura 8 Gaseificador de leito fluidizado circulante...48 Figura 9 Diagrama esquemático do gaseificador concorrente de leito fixo de duplo estágio de gaseificação...55 Figura 10 Gaseificador concorrente de duplo estágio de gaseificação...56 Figura 11 Divisão das zonas no gaseificador...57 Figura 12 Válvulas dosadoras de ar, placas de orifício e réguas escalonadas Figura 13 Gaseificador concorrente de duplo estágio de gaseificação utilizado nos testes...61 Figura 14.a, 14.b, 14.c Sino (fechado), sistema de alimentação (com madeira) e tampa aberta, sistema de vibração para a descida da biomassa...62 Figura 15.a, 15.b, 15.c, 15.d Grelha instalada, reservatório de cinzas e particulado, ciclone, grelha antes de ser instalada...63 Figura 16 Trap...64 Figura 17 Queimador (flare) e chama piloto...65 Figura 18 Lenha de eucalipto utilizada no processo de gaseificação...66 Figura 19 Grupo gerador...68 Figura 20 Indicadores de parâmetros variáveis do motor e ignição...69 Figura 21 Misturador...70 Figura 22 Corpo borboleta...70 Figura 23 Banco de carga puramente resistiva...71 Figura 24 Ponto de coleta de gás após o gasômetro...73 Figura 25 Bomba de sucção...73 Figura 26 Representação gráfica do poder calorífico inferior e superior...90 Figura 27 Representação do método usado para calcular a vazão do ar de entrada no gaseificador...91 Figura 28 Dados de entrada para o cálculo da vazão...92

9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Composição da matriz energética no Mundo...19 Gráfico 2 Evolução da demanda de fontes energéticas no Brasil...20 Gráfico 3 Demanda interna de energia elétrica por fonte...21 Gráfico 4 Relação entre índice de desenvolvimento humano (IDH) de países considerados de baixo, médio e alto desenvolvimento, com a emissão de CO2 per capita (T)...25 Gráfico 5 Volume de recarga em função do tempo...75 Gráfico 6 Número de recargas em função do tempo de operação...76 Gráfico 7 Variação da temperatura do nível em função do tempo...78 Gráfico 8 Variação da temperatura do ar de entrada...79 Gráfico 9 Variação da temperatura do gás de saída...80 Gráfico 10 Variação das temperaturas em função do tempo e recargas...81 Gráfico 11 Evolução das temperaturas em função do tempo...82 Gráfico 12 Evolução das temperaturas em função do tempo...83 Gráfico 13 Variação das temperaturas em função do tempo...83 Gráfico 14 Composição do gás de síntese na chama piloto...87 Gráfico 15 Composição do gás após o gasômetro...88 Gráfico 16 Composição do gás de síntese em função da variação da temperatura...89 Gráfico 17 Eficiência da conversão do carbono em função do fator de ar...95 Gráfico 18 Variação da corrente em função da carga aplicada ao grupo...98 Gráfico 19 Variação da temperatura do escapamento em função da carga aplicada...99 Gráfico 20 Comparação de potências desenvolvidas pelo grupo gerador alimentado com GNV e gás de síntese Gráfico 21 Relação do consumo do gás de síntese com GNV em função da carga aplicada...101

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Classificação das principais tecnologias empregadas na geração distribuída e porte de carga...28 Quadro 2 Descrição do sistema de gaseificação e componentes agregados...60 Quadro 3 Resumo das principais características técnicas do motor utilizado nos ensaios...69 Quadro 4 Características do gerador...71

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Composição elementar do eucalipto e bagaço de cana...26 Tabela 2 Composição imediata do eucalipto e bagaço de cana...26 Tabela 3 Propriedades do Grupo Gerador Diesel...31 Tabela 4 Características técnicas do Grupo Gerador Diesel...32 Tabela 5 Classificação do gás de síntese quanto ao seu poder calorífico...33 Tabela 6 Composição do gás de síntese referente a três tipos de gaseificadores...34 Tabela 7 Estequiometria e entalpias das reações do processo de gaseificação...37 Tabela 8 Condições operacionais dos gaseificadores mais usuais...49 Tabela 9 Composição imediata e elementar da lenha de eucalipto...66 Tabela 10 Recargas efetuadas em função do tempo...74 Tabela 11 Composição do gás de síntese antes do filtro de manga, após 3,7 horas (222 minutos) de funcionamento...85 Tabela 12 Composição do gás de síntese coletado antes do gasômetro...85 Tabela 13 Composição do gás de síntese no bocal de teste ( chama piloto Figura 16)...86 Tabela 14 Composição do gás de síntese após o gasômetro...88 Tabela 15 Composição da biomassa utilizada (base úmida), para cada kg...94 Tabela 16 Relação A/C e F/A em função do consumo de biomassa...96 Tabela 17 Resultados do monitoramento do grupo gerador abastecido com gás de síntese...97 Tabela 18 Composição do gás de escape, com o motor alimentado com gás de síntese...99 Tabela 19 Elevação da carga do grupo gerador de 0 a 100 % alimentado com gás de síntese Tabela 20 Elevação da carga do grupo gerador de 0 a 100 % alimentado com gás de síntese Tabela 21 Resultados do teste com o grupo gerador alimentado com GNV...103

12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AIE Agência Internacional de Energia ANRE Agency for Natural Resources and Energy BEN Balanço energético nacional CDIAC Carbon Dioxide Information Analysis Center CIENTEC Fundação de Ciência e Tecnologia, RS CNI Confederação Nacional da Indústria COPEL Companhia Paranaense de Energia CSIRO Commonwealth Scientific and Industrial Research E gerador ideal ER BR Energias Renováveis Brasil FM filtro de mangas GD Geração Distribuída GLP gás liquefeito de petróleo GNV gás natural veicular H 2 S gás sulfídrico IDH índice de desenvolvimento humano IEA Agência Internacional de Energia INEE Instituto Nacional de Eficiência Energética IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas LFB leito fluidizado borbulhante LFC leito fluidizado circulante MACI motor alternativo de combustão interna MAP Mainfold air pressure sensor de pressão absoluta MCI motor de combustão interna MWth Megawatt térmico Nm 3 normal metro cúbico NREL National Renewable Energy Laboratory PCI poder calorífico inferior PCS poder calorífico superior ppm partes por milhão psig pounds per square inch gauge libras por polegada quadrada manométrica

13 R 2 R i TC TEP VB VMF linha de tendências resistência interna Trocador de calor tonelada equivalente de petróleo válvulas de regulagem manual das entradas de ar velocidade mínima de fluidização

14 13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ENERGIA PANORAMA ENERGÉTICO MUNDIAL SUPRIMENTO DE ENERGIA NO BRASIL Energia Elétrica no Brasil BIOMASSA COMO FONTE ENERGÉTICA COMPOSIÇÃO DA BIOMASSA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Principais Tecnologias Aplicadas Para a Geração Distribuída (GD) GASEIFICAÇÃO Fases da Gaseificação CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE GASEIFICADORES Gaseificadores de Leito Fixo Gaseificadores de Leito Fluidizado ORGANIZAÇÕES DE PESQUISAS SOBRE A GASEIFICAÇÃO NO BRASIL A GASEIFICAÇÃO GERANDO ENERGIA ELÉTRICA ANÁLISE DE TRABALHOS EXISTENTES MATERIAS E MÉTODOS GASEIFICADOR DE LEITO FIXO CONCORRENTE DE DUPLO ESTÁGIO UTILIZADO OPERAÇÃO DO GASEIFICADOR CONCORRENTE BIOMASSA UTILIZADA GRUPO GERADOR Motor...67

15 4.4.2 Gerador BANCO DE CARGAS EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE ANÁLISE DO GÁS DE SÍNTESE RESULTADOS E DISCUSSÕES TAXA DE ALIMENTAÇÃO DE BIOMASSA MONITORAMENTO DAS TEMPERATURAS E COMPOSIÇÃO DO GÁS Composição do Gás de Síntese RELAÇÃO A/C E FATOR DE AR DESEMPENHO DO GRUPO GERADOR Composição dos Gases do Escapamento do Motor Potência Desenvolvida Alimentando o Grupo com GNV e Gás de Síntese RELAÇÃO DO CONSUMO ENTRE GNV E GÁS DE SÍNTESE EM FUNÇÃO DA CARGA APLICADA EFICIÊNCIA DO GASEIFICADOR E DO SISTEMA PILOTO Eficiência do Gaseificador Eficiência do sistema piloto Considerações sobre a possível implantação do sistema em uma escala real CONCLUSÕES REFERÊNCIAS RECOMENDAÇÕES APÊNDICE APÊNDICE A FORMA DE OPERAÇÃO DO GASEIFICADOR ANEXOS ANEXO 1 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO DO GÁS DE SÍNTESE ANEXO 2 - LAUDO TÉCNICO DO GNV...141

16 15 1 INTRODUÇÃO Os altos custos do petróleo e os riscos ambientais provocados pela queima de combustíveis fósseis, como o aumento da temperatura média do globo devido ao efeito estufa, por exemplo, tendo ainda como conseqüências, perturbações climáticas juntamente com catástrofes naturais, concentrou-se o interesse em pesquisas voltadas para fontes não convencionais de energia, tais como a energia proveniente da biomassa. O uso de combustível fóssil é uma prática meramente extrativista, de exploração primitiva da natureza, assim como a utilização direta da biomassa extraída do meio ambiente. O aproveitamento da biomassa, hoje, também pode ser associado a estágios mais elevados de produção, envolvendo sofisticadas técnicas de processamento físico-químico para obtenção indireta de energia, como no caso da gaseificação. A madeira comumente é utilizada como combustível sólido na queima direta como fonte energética, o que exige, nesse caso, fornalhas especiais, com pouca flexibilidade quanto ao controle e automação da queima. Os combustíveis líquidos e gasosos, por outro lado, são convenientemente dosados e distribuídos por tubulações, são de armazenamento mais prático, são intercambiáveis entre si com pouca ou nenhuma necessidade de alteração dos queimadores, são de queima facilmente controlada, podendo ser automatizada, e são, principalmente, utilizados como combustível em motores de combustão interna. A gaseificação da madeira é uma forma de transformar o combustível sólido numa forma mais nobre de energia com potencial de substituição dos derivados de petróleo. A tecnologia de conversão de material orgânico em gás combustível teve origem no fim do século XVII, quando a forma mais antiga de produção de gás era a chamada destilação seca, que consistia no aquecimento do combustível em uma redoma, na ausência de oxigênio, dessa forma emitindo gases (CORTEZ, 1997). Muitas experiências na produção e uso do gás de madeira foram ralizadas no século XVIII. O gás combustível, até então, não havia tido aplicação comercial ou doméstica até Por volta de 1850, boa parte de Londres tinha sua iluminação a partir do gás de síntese (LIPP, 2001 apud ANDRADE, 2007).

17 A produção de gás de síntese na Europa foi consideravelmente mudada a partir de 1940, devido à descoberta do gás natural, e a importância do processo da gaseificação foi reduzida sensivelmente. Pequenos gaseificadores de madeira e carvão vegetal foram utilizados para fins automotivos, principalmente antes e durante a segunda gerra mundial, devido à escassez do petróleo naquela época. William Murdock, em 1972, estudou a produção de gás a partir de vários tipos de carvão e madeira, sob diferentes condições, a fim de se obter um combustível gasoso, com melhor eficiência, controle de combustão e com melhores características de transporte, podendo ser utilizado como matéria-prima para outros processos (DUARTE, 1983). Entre os anos de 1973 e 1979, devido à crise energética, ressurgiu o interesse pela gaseificação, pois notou-se um efeito nocivo dos elevados custos e contínuo aumento dos preços do petróleo e, consecutivamente, de seus derivados, razão pela qual aumentou o interesse pelas fontes renováveis, amplamente disponíveis nos países em desenvolvimento (CORONADO; SILVEIRA; ARAUZO, 2006). No mundo todo, a necessidade de economizar energia e a iminente escassez dos combustiveis fósseis têm sido um aliado no desenvolvimento de novas tecnologias, visando eficiência energética ao empregar tecnologias racionais, a fim de minimizar os danos causados ao meio ambiente. A partir dos anos 80 e 90, os estudos vinculando o efeito estufa ao uso dos combustíveis fósseis foi outro fator que valorizou a possibilidade do uso da biomassa com finalidades energéticas. Diante deste cenário, destacam-se, então, tecnologias da gaseificação de madeira. Sendo o Brasil um país com grandes áreas agricultáveis e alto potencial de produção vegetal, tem também grande capacidade para a utilização da gaseificação de biomassa em conjunto com grupo gerador, utilizando motores de combustão interna, para a produção de energia elétrica a partir de biomassa, especialmente em áreas isoladas onde a conexão com a rede elétrica não é possível ou é de alto custo (WALTER et al., 2005 apud CORTEZ et al., 2008, p. 590). 16

18 17 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar uma unidade piloto autônoma de produção de energia elétrica composta por grupo gerador síncrono trifásicode 50 kva, com motor ciclo Diesel convertido para ciclo Otto, alimentado com gás de síntese proveniente de um gaseificador de leito fixo concorrente de duplo estágio de gaseificação. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1 Avaliar o desempenho geral da unidade de gaseificação, utilizando lenha de eucalipto como carga, dando ênfase ao tempo e temperatura de estabilização. 2 Avaliar a composição do gás de síntese produzido. 3 Avaliar o desempenho elétrico e mecânico do grupo gerador alimentado com gás de síntese, tendo como referência os parâmetros de potência, tensão, frequência e rendimento quando alimentado anteriormente com GNV.

19 18 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 ENERGIA A energia é um elemento vital para o crescimento da economia e desenvolvimento sustentável do país. Verifica-se que, desde a revolução industrial, o uso de combustíveis fósseis, em todas as suas formas, domina como fonte principal a produção de energia. Esta situação, originada pelos preços acessíveis, facilidade de utilização e aparente inesgotabilidade dos recursos, manteve-se ao longo dos anos. Hoje, constata-se que, além da finitude das reservas de energia fóssil, sua queima aumenta o efeito estufa, provocando danos ambientais que demandará grandes recursos e mudanças do estilo de vida dos países emissores, além de guerras entre nações pelo domínio na exploração do petróleo e posse de terras onde se localizam as reservas. Com a crescente instabilidade socioeconômica, provocada pelo aumento dos preços das matérias-primas e as conseqüências ambientais que advêm da queima deste tipo de combustível, torna-se necessário encontrar novas fontes de energia mais limpas e processos mais eficientes. 3.2 PANORAMA ENERGÉTICO MUNDIAL Os principais insumos energéticos usados pela indústria no mundo são o petróleo, o gás natural e o carvão. Esses insumos têm apresentado elevadas taxas de crescimento do consumo, devido, principalmente, ao desempenho das economias emergentes, lideradas pela China e pela Índia (CNI, 2007). O crescimento acelerado da demanda, aliado à instabilidade política nas regiões produtoras de petróleo e gás natural e às pressões pela redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa, traz preocupações sobre o equacionamento da oferta de energia e seu impacto nos preços (CNI, 2007). Segurança de suprimento e meio ambiente transformaram a energia em tema crítico. Dez países concentram 85% das reservas mundiais de petróleo, e boa parte desses países estão envolvidos em turbulências geopolíticas. A gasolina e o óleo diesel são responsáveis por quase toda a energia consumida no setor de

20 transportes, que, por sua vez, contribui com 25% das emissões dos gases de efeito estufa dos países industrializados (BEN, 2011). O carvão é responsável por 23,2% do consumo mundial de energia. Desta parcela, dois terços são usados para geração de eletricidade, e quase todo o restante para uso industrial. Cerca de dois terços das reservas de carvão estão localizados em apenas quatro países: Rússia, Estados Unidos, China e Índia (CNI, 2007). O Gráfico 1 destaca a utilização do petróleo como fonte de energia no mundo com 35,3% do total, e a biomassa com 11,2%. Gráfico 1 Composição da matriz energética no Mundo Composição da matriz energética no Mundo (%) 19 2,2 6,5 11,2 0,5 35,3 Petróleo Carvão mineral Gás natural Energia Nuclear 21,1 Energia Hidroelétrica Biomassa 23,2 Outras energias renováveis Fonte: BEN (2011) e IEA (2010). Biomassa: Madeira, bagaço de cana, lixivia, restos vegetais. 3.3 SUPRIMENTO DE ENERGIA NO BRASIL Segundo Silveira (2000), o suprimento de energia num país é tido como uma das condições básicas para seu desenvolvimento econômico e seu progresso. O Gráfico 2 apresenta o consumo de energia no Brasil, e nela presenciase o aumento de consumo de todas as formas de energia, observando-se que o crescimento do uso do petróleo foi menor que as outras formas de energia.

21 20 Gráfico 2 Evolução da demanda de fontes energéticas no Brasil Fonte: BEN (2011). Tep.: Tonelada equivalente de petróleo. A partir do ano 2000, nota-se um aumento relevante dos derivados da cana-de-açúcar e outras fontes de energia Energia Elétrica no Brasil A eletricidade, em termos de suprimento energético, tornou-se uma das formas mais convenientes e versáteis de energia, sendo gerada principalmente através de hidrelétricas e termoelétricas, estas últimas movidas a combustível fóssil ou energia atômica. A energia hidrelétrica é considerada ambientalmente interessante, pois embora existam impactos ambientais para a instalação dos reservatórios de água, durante sua vida útil as hidrelétricas não produzem gases que originam o efeito estufa. Mesmo sendo uma energia de baixo custo na geração, a sua transmissão é de custo elevado, pois demanda linhas de trasmissão e investimentos em estações elevadoras e abaixadoras de tensão. Essa energia, no meio rural, ajuda a consolidar a qualidade de vida da população, caracterizando um atrativo social. O Brasil, quinto país do mundo em superfície, possui 8% do total de água doce existente no mundo. Diante deste quadro, verifica-se que o nosso país

22 tem a fonte de energia elétrica mais abundante e de menor custo de geração, a de origem hidráulica, com 74%, como pode ser observado no Gráfico 3. Gráfico 3 Demanda interna de energia elétrica por fonte 21 Fonte: BEN (2011). 1 Inclui gás de coqueria. ² Biomassa inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações. O Brasil, entre outros países, está empenhado em desenvolver tecnologias alternativas que visam substituir uma grande parcela de combustíveis fósseis por combustíveis renováveis. Essas tecnologias eram consideradas de alto valor até algum tempo atrás; hoje, o custo de manutenção e instalação dessas tecnologias, por exemplo, a eólica, a solar e a de biomassa, entre outras, vem decaindo progressiva e significativamente. O petróleo lidera e tem a tendência de continuar liderando o ranking das fontes energéticas. Outras fontes de energia também terão bastante destaque no próximo século, como a energia eólica, solar e biomassa, isso sem contar com os avanços relativos ao hidrogênio. 3.4 BIOMASSA COMO FONTE ENERGÉTICA A biomassa é constituída pelo material produzido por todos os seres vivos (animais, vegetais, fungos e protistas) em seus diferentes processos, isto é, a

23 matéria orgânica viva, desde quando fixa energia solar nas moléculas constituintes de suas células, passando por todas as etapas da cadeia alimentar ou trófica (BRISTOTI; SILVA, 1993). Alguns autores definem biomassa como qualquer material derivado da vida vegetal e que seja renovável em um período de tempo inferior a 100 anos (PROBSTEIN; HICKS, 1982); sendo assim, a maioria dos recursos energéticos como o petróleo, carvão mineral e xistos betuminosos não são considerados renováveis, apesar de serem derivados da vida vegetal. A biomassa foi, durante muito tempo, a maior fonte primária para produção energética. Nikolaus August Otto, criador do motor de combustão, concebeu a sua invenção para funcionar a etanol, assim como Rudolf Christian Karl Diesel, inventor do ciclo diesel, utilizou inicialmente óleo de amendoim. No entanto, depois da descoberta do potencial energético muito superior dos combustíveis fósseis, a utilização da biomassa como combustível foi caindo em desuso. Porém, com a elevação dos preços do petróleo, preocupações com o fato de se pensar terem atingido o pico da sua produção, as emissões de gases de efeito estufa estão provocando um aumento no interesse em alguns combustíveis derivados da biomassa (SPEIGHT, 2008). Bridgwater (1995) afirma que a biomassa é considerada o combustível com maior potencial para o futuro, principalmente quando é levada em conta a possibilidade da utilização de resíduos domésticos, industriais e agrícolas. Por esses e outros atrativos é que os estudos na conversão energética da biomassa tornam-se efetivos. Dentro do potencial energético brasileiro, destacam-se as fontes geradoras exclusivamente de eletricidade, em que se observa a biomassa com 4,7%, no Gráfico 3. Higman e Van der Burgt (2003 apud FONSECA, 2009) definem, de forma abrangente, a biomassa como sendo qualquer combustível ou matéria bruta derivados de organismos que estiveram vivos recentemente. Tal definição claramente exclui os tradicionais combustíveis fósseis, que, mesmo tendo sido derivados de matéria orgânica vegetal e animal, necessitaram de milhões de anos para sua conversão na forma como são encontrados atualmente. Com exceção de algumas microalgas e matérias com altos índices de umidade, a biomassa se caracteriza, essencialmente, por ser uma matéria carbonada em estado sólido. A biomassa é uma fonte de energia renovável, cuja utilização tem recebido grande atenção devido a considerações ambientais e de aumento da 22

24 necessidade de energia em nível mundial; é limpa e tem uma quantidade negligenciável de enxofre, N 2 e constituintes formadores de cinza, o que provoca baixas emissões de SO 2 (dióxido de enxofre) e fuligem, quando comparado com os combustíveis fósseis (SPEIGHT, 2008). Assim, do ponto de vista energético, o conceito geral abordado pelo CENBIO (2002) é que biomassa seria todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser utilizado para produção de energia. As principais limitações de combustíveis de biomassa sólida são as dificuldades de manuseio e falta de portabilidade para os motores móveis. Para tratar dessas questões, é feita a conversão de biomassa sólida em combustíveis líquidos e gasosos. Meios biológicos (fermentação) e meios químicos (pirólise, gaseificação) podem ser usados para produzir combustíveis líquidos de biomassa. Por exemplo, o metano é o gás produzido para as necessidades locais de energia, por via anaeróbia de digestão microbiana dos dejetos orgânicos. No Japão, a parcela da biomassa no suprimento total de energia primária correspondeu, em 2003, a apenas 1,3%. A geração de eletricidade e a produção de calor responderam, com parcelas iguais, pela quase totalidade do consumo (AIE, 2006). As principais fontes de biomassa são os resíduos industriais, resíduos agroindustriais (esterco e resíduos de beneficiamento de madeira) e resíduos sólidos urbanos (ANRE, 2006). A Finlândia é um caso de destaque quanto ao emprego da biomassa na produção de eletricidade, com relação ao ano de 2003, quando, do total de energia elétrica produzida, 11,2% foi proveniente da biomassa (AIE, 2006). A maior central de biomassa do mundo é a central de Alholmens Kraft, a qual se situa neste país. Os principais combustíveis utilizados são: cascas de árvores, sobras de madeiras, turfa, produtos provenientes do processo de refinação da madeira e carvão (como combustível complementar). A biomassa é uma fonte de energia renovável, e o Brasil possui um grande potencial dessa energia. Sua aplicação em sistemas de gaseificação conhecido como mecanismo de desenvolvimento limpo, sustentabilidade e vibilidade é que justifica o desenvolvimento desse trabalho, além também de ser empregada em usinas de carvão para operar com gás. 23

25 No Brasil, uma das principais utilizações da biomassa para geração de energia elétrica, tem sido na cogeração nas usinas de álcool e açúcar, sendo aproveitado o bagaço da cana para alimentar as caldeiras, gerando vapor necessário às moendas e alimentando geradores elétricos. Existem inconvenientes na utilização da biomassa como energia primária na geração de energia, como informa Migliorini (1980): grande quantidade de resíduos gerados indiretamente, como os resíduos industriais, e diretos, como as próprias cinzas. Essas apresentam grande volume, de difícil manuseio, devendo ser depositadas ou incineradas. Trabalhos de Karekesi et al. (2005 apud GUARDABASSI, 2006) têm classificado as tecnologias de uso da biomassa em três categorias, de acordo com a tecnologia empregada na sua utilização energética. São elas: 24 tecnologias tradicionais de uso da biomassa (ou biomassa tradicional): combustão direta de madeira, lenha, carvão vegetal, resíduos agrícolas, resíduos de animais e urbanos, para cocção, secagem e produção de carvão; tecnologias aperfeiçoadas de uso da biomassa (ou biomassa aperfeiçoada ): tecnologias aperfeiçoadas e mais eficientes de combustão direta de biomassa, tais como fogões e fornos; tecnologias modernas de uso da biomassa (ou biomassa moderna): tecnologias avançadas de conversão de biomassa em eletricidade e o uso de biocombustíveis, além de experiências com energias renováveis para eletrificação de comunidades pobres e isoladas com a utilização de painéis fotovoltaicos, biodigestores e gaseificação de biomassa (CHAUREY, 2005); O interesse no uso de energias renováveis e não fósseis diz respeito à diminuição da emissão de CO 2 na atmosfera, por contribuir para a formação do efeito estufa. O dióxido de carbono é o mais importante gás de efeito estufa provocado pelas atividades humanas. A concentração desse gás na atmosfera vem aumentando consideravelmente, havendo um acréscimo mais pronunciado desde a era pré-industrial, passando de 280 ppm para 379 ppm em 2005, sendo que, na década entre 1995 e 2005, houve a maior taxa de aumento (IPCC, 2007).

26 Como consequência do modelo de vida moderna, baseado no uso de energia fóssil, há uma relação direta entre o índice de desenvolvimento humano (IDH) e o nível de emissões per capita (Gráfico 4). Gráfico 4 Relação entre índice de desenvolvimento humano (IDH) de países considerados de baixo, médio e alto desenvolvimento, com a emissão de CO 2 per capita (T) 25 Fonte: CDIAC apud Andrade (2007). As fontes de energia que mais se destacam atualmente como fontes naturais menos impactantes são a solar, hídrica, eólica e de biomassa. Esta última merece destaque, pois é uma fonte primária que pode ser usada de diversas formas, entre elas a gaseificação. 3.5 COMPOSIÇÃO DA BIOMASSA Para poder determinar a potencialidade de um combustível e, portanto, poder avaliar se este está sendo usado dentro de sua plena capacidade, deve-se primeiramente conhecer as suas características químicas e térmicas fundamentais, as quais são sua composição elementar, composição imediata e poder calorífico, em que: Composição elementar é o conteúdo em percentagem de massa de carbono (C), hidrogênio (H), enxofre (S), oxigênio (O), umidade e material residual (cinzas). Determina-se utilizando a norma ASTM Standard Methods for the Ultimate Analysis of Coal and Coke, D (CLESCERI et al., 1983). É a característica técnica mais importante do combustível e constitui a base para análise dos processos de combustão.

27 Composição imediata é o conteúdo em porcentagem de massa de carbono fixo, voláteis, umidade e cinzas. Determina-se utilizando a norma ASTM Standard Methods for the Ultimate Analysis of Coal and Coke, D (CLESCERI et al., 1983). As Tabelas 1 e 2 apresentam a composição elementar e imediata da biomassa de eucalipto e bagaço de cana. Tabela 1 Composição elementar do eucalipto e bagaço de cana Tipo da biomassa Eucalipto Bagaço de cana Fonte: Jenkins (1990). Composição elementar (%) C H O N S A 49,00 47,50 5,87 5,35 43,97 40,77 0,30 0,65 0,01 0,21 0,30 5,89 26 Tabela 2 Composição imediata do eucalipto e bagaço de cana Tipo da biomassa Composição Imediata (%) voláteis cinzas carbono fixo Eucalipto 81,42 0,79 17,82 Bagaço de cana 73,78 77,27 14,95 Fonte: Jenkins (1990). Poder calorífico de um energético é a quantidade de Energia liberada na forma de calor durante a combustão completa da unidade de massa do combustível, podendo ser medido em kj/kg; é a quantidade de calor que libera um quilograma ou um metro cúbico de combustível ao se oxidar completamente. O valor quantitativo desse parâmetro pode variar muito de acordo com o teor de umidade do combustível. Define-se o poder calorífico inferior (PCI), quando não se considera o calor de condensação de umidade dos produtos da combustão, e poder calorífico superior (PCS), quando é considerada a energia requerida para evaporar a umidade presente no combustível. Para a biomassa das Tabelas 1 e 2, o PCI do eucalipto é de 19,42 MJ/kg e do bagaço de cana 17,33 MJ/kg (JENKINS, 1990), tendo o padrão ASTM Standard Method for Gross Calorific Value of Solid Fuel by the Adiabatic Bomb Calorimeter, D (CLESCERI et al., 1983), como método de análise.

28 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Geração Distribuída é uma expressão utilizada para designar geração de energia elétrica através de fontes distribuídas de energia, não necessitando de transporte de energia por meio de uma rede de transmissão (MARTINS, 2006). É o uso de tecnologias de geração de energia em pequena escala, localizadas próximas às cargas alimentadas, inclusive utilizando o sistema de cogeração, que consiste no aproveitamento local do calor residual originado nos processos termodinâmicos de geração de energia elétrica, que, de outra forma, seria desperdiçado. O aproveitamento pode ser para uma aplicação secundária, que pode ou não estar ligada com o processo principal, implementado em suas próprias instalações. A GD tem como objetivo principal atender consumidores em localidades distantes, onde a rede elétrica não está disponível. Este sistema permite a diminuição das perdas pela transmissão, podendo se adequar às necessidades de carga do local e a disponibilidade de recursos energéticos do local. Geralmente de pequeno porte, os equipamentos utilizados podem ser célula de combustível, motor Stirling, microturbinas e motores de combustão interna. Geração distribuída, segundo Electric Power Research Institute (apud ACKERMANN, 2001), define-se como sendo a geração de alguns quilowatts até 50 MW Principais Tecnologias Aplicadas Para a Geração Distribuída (GD) As unidades de GD podem ser classificadas em três categorias: tecnologia, fonte de combustível e interface com a rede (se disponível e necessária), conforme constam no Quadro 1, que trata das principais tecnologias e porte de acordo com a carga suportada.

29 28 Quadro 1 Classificação das principais tecnologias empregadas na geração distribuída e porte de carga Tecnologia Pequenas turbinas a gás Motores recíprocos com geradores síncronos ou de indução Fonte de combustível Combustível fóssil e biogás Combustível fóssil e biogás Interface Conexão direta Conexão direta Pequeno < 100 kw Intermediário 100 kw 1 MW Grande > 1 MW X X X Eólica Renovável Inversor X X X Fotovoltaico Renovável Inversor X X X Células a combustível Solar térmico Microturbinas Combustível fóssil e renovável Renovável Combustível fóssil Fonte: Adaptado de NARUC (1999). Inversor X X X Conexão direta X X X Inversor X X O sistema de geração de energia elétrica com gerador acoplado ao motor alternativo de combustão interna (MACI) é uma tecnologia aplicada como Geração Distribuída. X Microturbinas a gás As microturbinas evoluíram das aplicações aeroespaciais e automotivas para aplicações em sistemas elétricos de potência. Podem ser encontradas no mercado na faixa de 30 kw até 250 kw e, dentre suas vantagens, está a flexibilidade de combustível utilizado (diesel, gasolina, biogás) (CORTEZ et al., 2008). Existem, no mundo, em centros de pesquisa, estudos sobre a gaseificação de biomassa operando com microturbinas, por exemplo, a CSIRO Commonwealth Scientific and Industrial Research, a JC Smale & Co e a Capstone (fabricante de turbinas) interessados em criar sistemas com potências na faixa de 25 a 200 kw, sendo o consumo previsto de biomassa em 1 kg/kwh. Microturbinas são utilizadas em processos que necessitam de potência mecânica/elétrica ou de propulsão. É formada basicamente por três elementos: compressor, câmara de combustão e a turbina propriamente dita. O esquemático de uma turbina a gás é mostrado na Figura 1.

30 29 Figura 1 Ilustração da turbina a gás Fonte: Martins (2006). O processo para obtenção de qualquer um dos dois tipos de potência citados inicia-se com a aspiração do ar da atmosfera no compressor, onde é posteriormente comprimido. Dessa forma, ocorre uma elevação na temperatura devido à alta razão de compressão. Em seguida é enviado para a câmara de combustão, onde ocorrerá a mistura com o combustível, haverá a queima e o aquecimento, formando gases quentes. Estes escoam para a turbina e se expandem produzindo trabalho no eixo do compressor e da carga, geralmente um gerador elétrico. Turbina a vapor São máquinas de combustão externa, não havendo, portanto, contato dos gases resultantes da queima do combustível no fluido de trabalho. A energia presente no vapor do fluido de trabalho gera energia mecânica através do movimento de rotação de um eixo. O acionamento da turbina ocorre pela expansão do vapor de alta pressão, proveniente de uma caldeira convencional. Porém, o vapor proveniente das turbinas é de baixa ou média pressão, sendo utilizado em processos que necessitam de um baixo nível de temperatura. Motores de combustão interna ciclo Otto O motor a combustão interna ciclo Otto é uma máquina que trabalha com os princípios da termodinâmica e com os conceitos de compressão e expansão

31 de fluídos gasosos para gerar força e movimento rotativo. Criado e patenteado por Nikolaus August Otto, por volta do ano de 1866, este motor funciona com um ciclo de quatro tempos e os mesmos princípios até os dias atuais. Converte a energia calorífica produzida pela combustão do combustível, que pode ser líquido (gasolina ou etanol) ou gasoso, em energia mecânica capaz de imprimir torque e movimento. O carburante, constituído de combustível mais ar, é queimado no interior dos cilindros do motor, por centelha elétrica produzida pelas velas. Tecnologia muito difundida em escala comercial são os MACI (motores alternativos de combustão interna), segundo Viana Junior (2001 apud SALES; ANDRADE; LORA, 2005), devido à sua simplicidade, fácil instalação, operação e custo reduzido, além de poderem ser operados com gás de síntese sem a necessidade de modificações. De acordo com Casado (2005), a transformação da energia calorífica resultante da queima ou da explosão de uma mistura de ar/combustível é feita no interior, na câmara de explosão. Os MCI (motores de combustão interna) são baseados no princípio de que os gases se expandem quando aquecidos. Controlando-se essa expansão dos gases, pode-se obter pressão, a qual será utilizada para movimentar o eixo, ou virabrequim da máquina, tendo, assim, a transformação de energia calorífica do combustível em energia mecânica. Os motores de combustão interna podem acionar geradores elétricos, sendo uma alternativa para a produção de eletricidade em locais isolados. 30 Motores de combustão interna ciclo Diesel O Motor Diesel ou motor de ignição por compressão é um motor de combustão interna inventado pelo engenheiro alemão Rudolf Diesel ( ), em que a combustão do combustível se faz pelo aumento da temperatura provocado pela compressão de ar e se destaca ainda hoje pela economia de combustível e robustez com relação ao Ciclo Otto, dado sua taxa de compressão superior. Enquanto o motor Ciclo Otto aspira a mistura ar/combustível para o cilindro, o motor Diesel aspira apenas ar. No motor Diesel, ocorre combustão do combustível pelas elevadas temperaturas (500ºC a 650ºC) do ar comprimido na camara de combustão. À medida que o pistão se aproxima do limite máximo de seu curso, um fino jato de combustível é impulsionado para o interior do cilindro. Devido à alta compressão, o

32 ar fica tão quente que, ao receber o combustível, faz este entrar em combustão espontânea, dispensando a presença da vela de ignição. 31 Grupo moto gerador (GMG) A maioria dos projetos envolvendo geração de energia a partir de biomassa, utilizando o processo de gaseificação, utiliza motores de combustão interna alternativos (MCI). Os projetos envolvem motores a gasolina, a gás ou a diesel. Para a utilização do gás de biomassa em motores a gasolina, não é necessário fazer grandes modificações neles, podendo funcionar somente com o gás. Dessa forma, a razão de mistura gás-ar geralmente utilizada é de 1:1, podendose introduzi-la diretamente no carburador. Entretanto, os motores a diesel não conseguem operar somente com o gás de biomassa, podendo apenas substituir o diesel em até 90%, devendo-se realizar a partida com diesel e introduzir o gás de gaseificação gradativamente ou, ainda, fazer sua modificação para ciclo Otto (MARTINS, 2006). O Grupo Moto Gerador (GMG), quando empregado em sistemas estacionários, geralmente utiliza como combustível o gás natural, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o óleo Diesel ou óleos pesados residuais e também o gás de síntese (LORA; HADDAD, 2006). O Grupo Moto Gerador a diesel é considerado um dos dispositivos de menor custo para a geração de energia elétrica. O diesel é um hidrocarboneto econômico; quando utilizado para produção de energia elétrica, pode poupar cerca 30% do seu custo total, se comparado a outras tecnologias de geradores a motor, segundo alguns estudos (LORA; HADDAD, 2006). A Tabela 3 apresenta propriedades, quanto ao uso deste gerador: Tabela 3 Propriedades do Grupo Gerador Diesel onte: Lora e Haddad (2006). F São largamente utilizados e os mais desenvolvidos tecnicamente dentro do contexto tecnológico de geração de energia distribuída. Estão disponíveis

33 desde pequenas capacidades, como de 5 kw para geração de energia de back-up residencial até motores de grande porte de potência de 30MW ou maiores (LORA; HADDAD, 2006). A Tabela 4 apresenta uma visão geral das características deste tipo de gerador. Tabela 4 Características técnicas do Grupo Gerador Diesel 32 Fonte: Lora e Haddad (2006). Esta tecnologia tem o seu interesse devido à sua elevada eficiência, ao baixo custo inicial e à facilidade de manutenção, resultado de uma infraestrutura de serviços bem estabelecida. Relata-se, ainda, que o desenvolvimento de motores menores que 250 kw têm sido alvo de melhorias em termos de eficiência, potência específica e nível de emissão de poluentes. Novos materiais possibilitam a redução de peso, custo e perdas de calor (LORA; HADDAD, 2006). 3.7 GASEIFICAÇÃO A tecnologia de gaseificação não é nova: em 1812, a maior parte da cidade de Londres era iluminada por gás produzido a partir da gaseificação do carvão (MAKRAY, 1984). Atualmente, a geração de energia elétrica através da tecnologia da gaseificação de biomassa é um atrativo alternativo para o tratamento térmico de resíduos sólidos (GODINHO, 2006). Diferentes aplicações do gás mostram a flexibilidade de gaseificação e, portanto, permitem que ele seja integrado com diversos processos industriais, bem como sistemas de geração de energia. O auge da produção de gás de síntese foi durante a segunda guerra mundial; devido à escassez do petróleo, no mundo todo, cerca de um milhão de veículos rodavam com gás de síntese proveniente dos chamados gasogênios (gaseificadores de leito fixo acoplado ao veículo). No Brasil, este número chegou a

34 e utilizavam, como combustível, pedaços de madeira, coque e turfa. Cuidados adicionais com a manutenção eram necessários, devido ao alcatrão e ao particulado presentes no gás. O abandono desta tecnologia se deu logo após a 2ª Guerra, quando começou a haver o reabastecimento dos combustíveis derivados do petróleo. A gaseificação de biomassa, segundo Feo et al. (2003), pode ser definida como a conversão termoquímica de materiais sólidos ou líquidos à base de carbono (matéria-prima) para a produção de combustível gasoso pela ação de um agente gaseificador 1 (outro gás ou composto gasoso). A gaseificação é descrita como sendo um processo de conversão térmica da matéria orgânica em combustível, usando um agente de gaseificação. Para Kinto e Udaeta (2001), a gaseificação se trata da desvolatização e a conversão da biomassa, em uma atmosfera de vapor ou ar (ou ambos), para a produção de um gás de médio ou baixo poder calorífico. O gás produzido é de baixo poder calorífico, caso o agente oxidante seja o ar; médio poder calorífico, se o agente oxidante for vapor ou oxigênio; e também existem os gases com alto poder calorífico, obtido com hidrogênio. O que classifica o seu poder calorífico não é exatamente o agente de gaseificação, mas, sim, a quantidade de energia que ele pode gerar em Joules (J). A Tabela 5 apresenta os números para cada faixa de poder calorífico. 33 Tabela 5 Classificação do gás de síntese quanto ao seu poder calorífico Classificação MJ/Nm 3 Baixo poder calorífico até 5 Médio poder calorífico 5 a 10 Alto poder calorífico 10 a 40 Fonte: Sordi et al. (2006). O gás de baixo poder calorífico é também denominado de gás pobre. Em sua composição estão presentes o CO, CO 2, H 2, CH 4, N 2, para o ar como agente oxidante, além de outros elementos e contaminantes, como o alcatrão e particulados, por exemplo (BRIDGWATER; GRASSI, 1991). Há, na literatura, uma variedade de composições de syngas. Para referência de análise do presente trabalho, foram escolhidas as composições mostradas na Tabela 6. São gases 1 Ou agente oxidante.

35 produzidos por três diferentes processos de gaseificação, utilizando ar como agente de gaseificação. Tabela 6 Composição do gás de síntese referente a três tipos de gaseificadores Tipo de gaseificador Composição (%) Leito Contracorrente Concorrente fluidizado H 2 (%) CO (%) CO 2 (%) CH 4 (%) N 2 (%) Fonte: Bridgwater e Grassi (1991). Ocorre gaseificação direta quando o agente oxidante é utilizado para oxidar parcialmente a matéria-prima. Se o processo não ocorre com um agente oxidante, é chamada de gaseificação indireta e precisa de uma fonte de energia externa. Nesse caso, o vapor é o agente mais comumente usado, de acordo com Hauserman et al. (1997 apud FEO et al., 2002), por ser de fácil produção, além de aumentar a concentração de hidrogênio no gás produzido Fases da Gaseificação A primeira fase em todos os processos termoquímicos é o aquecimento da partícula de combustível. Esta fase ocorre até a biomassa atingir uma temperatura próxima da temperatura do sistema. A taxa de aquecimento pode variar até 280ºC, dependendo de vários fatores, entre eles o tamanho da partícula do combustível, tipo de alimentação e tipo de gaseificação. Durante os estágios iniciais do aquecimento, em que se verificam temperaturas baixas, a água é fisicamente adsorvida na superfície externa e contida nos poros da partícula, que vai evaporando. Uma vez que a vaporização consome energia, o que sucede é que a presença de água (umidade) no combustível contribui para a diminuição da velocidade de aquecimento. É por este motivo que o teor de umidade no combustível tem uma grande importância; daí, a necessidade de, em algumas circunstâncias, ser necessário efetuar a secagem da biomassa antes da sua utilização (BASU, 2006). Existem três etapas termoquímicas principais: pirólise, combustão e gaseificação. Referem-se a processos de elevada temperatura, que decompõem um determinado combustível sólido ou líquido em substâncias mais simples em estado

36 gasoso. Quando o processo é conduzido na presença de oxigênio suficiente, denomina-se combustão e dá origem a gases simples (principalmente CO 2 e H 2 O) e cinzas, libertando calor. Na ausência de oxigênio ou na presença de quantidades limitadas, dá origem a gases simples, hidrocarbonetos leves e pesados, álcoois e ácidos carboxílicos, e a um resíduo carbonáceo; este processo é endotérmico, pelo que necessita de energia, normalmente fornecida pela combustão parcial; estas reações ocorrem no âmbito de um grupo de processos denominados de pirólise, gaseificação e liquefação. Para aplicação à biomassa, estes processos podem ser considerados individualmente e, dependendo das condições operatórias, produzir produtos específicos. No entanto, no processo de gaseificação, a pirólise e a combustão ocorrem, sendo neste caso, consideradas como fases da gaseificação e não como processos separados. A diferença entre combustão e gaseificação reside no fato de, na combustão, ser fornecido ao sistema, quantidade de agente oxidante em excesso, e a gaseificação ocorrer em condições sub-estequiométricas. Esta situação irá provocar desigualdades na composição dos produtos formados. O processo de conversão térmica de biomassa envolve alguns ou todos os processos descritos a seguir: 35 Pirólise: biomassa + calor = carvão vegetal, gás e óleo; (3.1) Gaseificação: biomassa + oxigênio limitado = gás combustível; (3.2) Combustão: biomassa + oxigênio estequiométrico = produtos da combustão. (3.3) Pirólise A pirólise caracteriza-se por um processo físico-químico no qual a biomassa é aquecida a temperaturas relativamente baixas (500 C 800 C) em atmosfera não oxidante, dando lugar à formação de um resíduo sólido rico em carbono (carvão) e uma fração volátil composta de gases e vapores orgânicos condensáveis, como pode ser visto na Figura 2. As proporções desses compostos dependem do método de pirólise empregado, dos parâmetros do processo e das estatísticas do material a ser tratado (BEENACHERS; BRIDGWATER, 1989 apud CORTEZ et al., 2008, p. 333).

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