Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco

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1 4 GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 213

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3 Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Gerência de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Pernambuco 213

4 Governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Vice- governador João Soares Lyra Neto Secretário Estadual de Saúde Antônio Carlos dos Santos Figueira Chefe de Gabinete Humberto Antunes Assessora do Gabinete Joanna Freire Secretária Executiva de Coordenação Geral Ana Paula Menezes Soter Secretário Executivo de Vigilância em Saúde Eronildo Felisberto Secretária Executiva de Atenção à Saúde Tereza de Jesus Campos Neta Secretária Executiva de Regulação em Saúde Adelaide Caldas Cabral Secretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em Saúde Cinthia Kalyne de Almeida Alves Secretário Executivo de Administração e Finanças Jorge Antonio Dias Correia de Araújo Superintendência de Comunicação Thiago Nunes Secretário Executivo de Vigilância em Saúde Eronildo Felisberto Assessoria do Gabinete SEVS Ana Cláudia Simões Cardoso Ana Coelho de Albuquerque Diretora Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância Epidemiológica Patrícia Ismael de Carvalho Gerência de Informações Estratégicas Romildo Siqueira de Assunção Coordenação do Sinan Andréa Barbosa Coordenação do Cievs Patrícia Lima Coordenação de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar Maria do Carmo Rocha Gerência de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais Cândida Correia Coordenação do Sinasc Idalacy Barreto Coordenação do SIM Bárbara Figueiroa Gerência da Rede SVO Bárbara Araújo Diretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Luciana Caroline Albuquerque Bezerra Gerência de Monitoramento e Avaliação em Saúde Juliana Martins Coordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde Monik Duarte Coordenação de Análise e Disseminação da Informação em Saúde Tereza Farias Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção à Saúde Marcella Abath Coordenação de Mobilização Comunitária e Promoção de Modos de Vida Saudáveis Isabella Paes Coordenação de Vigilância de Acidentes e Violência Sandra Luzia Souza Gerência de Atenção à Saúde do Trabalhador Denise Timóteo Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos Roselene Hans Santos Assessoria da Diretora Geral de Controle de Doenças e Agravos Sílvia Cabral Gerência de Prevenção e Controle da Aids e outras DST François Figueiroa Coordenação de Prevenção de DST Djair Sena

5 Coordenação de Prevenção e Controle da Aids Khaled Almahnoud Coordenação de Prevenção das Hepatites Adriana Cavalcante Coordenação de Vigilância Ambiental de Riscos Ambientais Danielle Ferreira Gerência de Doenças Transmitidas por Micobactérias Ana Lúcia Souza Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose Nadianara Araújo Coordenação do Programa de Controle da Hanseníase Raíssa Alencar Gerência de Prevenção e Controle das Zoonoses, Endemias e Riscos Ambientais Bárbara Morgana Coordenação de Prevenção da Leishmaniose, Raiva e Peste Francisco Duarte Coordenação de Prevenção da Esquistossomose Gabriella Murakami Coordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e Malária Gênova Azevedo Coordenação de Prevenção da Dengue e Febre Amarela Claudenice Pontes Gerência de Prevenção e Controle dos Agravos Agudos Nara Melo Coordenação de Doenças Imunopreveníveis Ana Antunes Fonseca Coordenação de Doença de Veiculação Hídrica e Alimentar Camila Vasconcelos Diretor Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN Ovídio Araripe Diretor da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISA Jaime Brito Apoio Administrativo Camila Moura José Everaldo Bezerra Júnior Marta Ximenes Ricardo Alex de Lima Sóstenes Marcelino da Silva Junior Wanessa Cristina de Souza Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde. Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco. Pernambuco, maio de 213. Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco: Elaboração: Tereza Ignês da Silva Farias, Isabela Maciel de Sousa Silva, Juliana Martins B. S. Costa. Colaboração: Equipes técnicas da Diretora Geral de Informações e Ações Estratégicas em Vigilância Epidemiológica, Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos, Diretoria Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em Saúde. Revisão: Luciana Caroline Albuquerque Bezerra, Juliana Martins B. S. Costa, Paula R. Luna de Araújo Jácome. Diagramação: Rafael Azevedo de Oliveira.

6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANS - Agência Nacional de Saúde ARV - Antirretrovirais ATT - Acidentes de Transporte Terrestre AZT - Azidotimidina BPN - Baixo peso ao nascer Cerest - Centros Regiões de Saúde do Trabalhador CI - Coeficientes de Incidência CMG - Coeficiente de Mortalidade Geral CMI - Coeficiente de Mortalidade Infantil Compesa - Companhia Pernambucana de Saneamento DAC - Doenças do Aparelho Circulatório DAD - Doenças do Aparelho Digestivo DAGU - Doenças do Aparelho Geniturinário DANT - Doenças e Agravos Não Transmissíveis DAR Doenças do Aparelho Respiratório DC - Dengue clássico DCC - Dengue com complicação DCNT - Doenças Crônicas Não Transmissíveis DETRAN-PE - Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco DIP - Doenças Infecciosas e Parasitárias DM - Doença Meningocócica DN - Declaração de Nascido Vivo DO - Declaração de Óbito DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho DSOH - Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários DTA - Doenças Transmitidas por Alimentos FHD - Febre hemorrágica da dengue GPP - Gravidez, Parto e Puerpério GT - Grupos Técnicos HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana HV - Hepatites Virais IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDB - Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva Lacen - Laboratórios Centrais de Saúde Pública LER - Lesão por Esforço Repetitivo LTA - Leishmaniose tegumentar americana LV - Leishmaniose visceral MIF - Mulheres em Idade Fértil MBP - Muito Baixo Peso MS - Ministério da Saúde NV - Nascidos Vivos OMS - Organização Mundial de Saúde PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruído PFA - Paralisia Flácida Aguda PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios RIPSA - Rede Interagencial de Informações para a Saúde RMM - Razão de Mortalidade Materna RMR - Região Metropolitana do Recife SCD - Síndrome do choque da dengue SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco SIB - Sistema de Informações de Beneficiários

7 SIH - Sistemas de Informação Hospitalar SIM - Sistemas de Informação sobre Mortalidade Sinan - Sistemas de Informação de Agravos de Notificação Sinasc - Sistemas de Informação sobre Nascidos Vivos SINATT - Sistemas de Informação e de Notificação de Acidentes de Transporte Terrestre SI-PNI - Sistemas de Informação do Programa Nacional de Imunização SISAGUA - Sistemas de Informação de Análise da Qualidade da Água para Consumo Humano SISPCE - Sistemas de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose SISSOLO - Sistemas de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado SRAG - Síndrome Respiratória Aguda Grave SRC - Síndrome da Rubéola Congênita TB - Tuberculose TBN - Taxa Bruta de Natalidade TMC - Transtornos Mentais e Comportamentais TDO - Tratamento Diretamente Observado TV - Transmissão vertical USIATT - Unidades Sentinelas de Informações sobre Acidentes de Transporte Terrestre

8 LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 1 Eixo, período analisado e fonte de informação utilizado para elaboração do perfil sociodemográfico e epidemiológico de Pernambuco... 1 Quadro 2 Municípios e Distrito de Pernambuco segundo Regiões de Saúde Tabela 1 Número, proporção e densidade demográfica da população residente segundo Regiões de Saúde. Pernambuco, Tabela 2 População e número de municípios segundo porte populacional. Pernambuco, Tabela 3 Condições dos domicílios particulares permanentes. Pernambuco, 29 e Tabela 4 Número de áreas cadastradas no Sissolo. Pernambuco, 26 a Tabela 5 Número de nascidos vivos, percentual e taxa bruta de natalidade segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 6 Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Pernambuco, 22 a Tabela 7 Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação. Pernambuco, 22 a Tabela 8 Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe. Pernambuco, 22 a Tabela 9 Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de casos novos na população geral em em menores de 15 anos Tabela 1 Coeficiente de detecção geral e em < de 15 anos (por 1. habitantes) e parâmetros de endemicidade da OMS segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 11 Número de casos novos, taxa de incidência (por 1. habitantes) e percentual de casos com abandono de tratamento de tuberculose segundo Região de saúde. Pernambuco, Tabela 12 Número de casos novos de aids em maiores de 13 anos por sexo segundo o ano de diagnóstico. Pernambuco, 21 a 211* Tabela 13 Número de casos de gestantes HIV positivas e taxa de detecção (por 1. nascidos vivos) segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 27 a Tabela 14 Número de casos notificados de sífilis congênita em menores de 1 ano, taxa de incidência (por 1. nascidos vivos) e número de casos notificados em gestantes segundo Região de Saúde. Pernambuco, 27 a Tabela 15 Número e percentual de casos notificados e confirmados de hepatites virais segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 16 Número de surtos por DTA e doentes segundo Região de Saúde de ocorrência. Pernambuco, 22 a Tabela 17 Número de casos confirmados e óbitos por influenza A H1N1 segundo Região de Saúde. Pernambuco, 29 a Tabela 18 Número de escolares examinados e positivos para tracoma e prevalência, segundo município. Pernambuco, 211 e 212* Tabela 19 Número de internações hospitalares por esquistossomose segundo faixa etária. Pernambuco, 2 a Tabela 2 Número de casos notificados e confirmados de dengue, taxa de detecção (por 1. habitantes), percentual de casos confirmados em menores de 15 anos, número de casos confirmados por formas graves e número de óbitos segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211* Tabela 21 Número de casos confirmados, taxa de incidência (por 1. habitantes), número de óbitos, taxa de letalidade (%) e número e percentual de tratamentos realizados para leishmaniose visceral segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 22 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados por leishmaniose tegumentar segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 23 Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal canina segundo Região de Saúde. Pernambuco, Tabela 24 Número e proporção de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por hipertensão arterial segundo Região de Saúde de residência do paciente. Pernambuco, Tabela 25 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por diabetes mellitus segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, Tabela 26 Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1. habitantes) segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 22 a 211*... 98

9 Tabela 27 Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, Tabela 28 Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, Tabela 29 Classificação das principais causas de óbitos infantil segundo Região de Saúde. Pernambuco, 22 e 211* Tabela 3 Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causa definida. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 31 Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causas evitáveis. Pernambuco, 211* Tabela 32 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 e 211* Tabela 33 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 34 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 35 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 e 211* Tabela 36 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 37 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 38 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 e 211* Tabela 39 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 4 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 42 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 43 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 44 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 e 211* Tabela 45 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* Tabela 46 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211*

10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Regiões e Macrorregiões de Saúde de Pernambuco Figura 2 Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, Figura 3 Proporção da população residente em área urbana e rural. Pernambuco, 198, 1991, 2, Figura 4 Pirâmide etária. Pernambuco, Figura 5 Pirâmide etária. Pernambuco, Figura 6 População da população residente segundo sexo. Pernambuco, 198, 199, 2 e Figura 7 Proporção da população residente segundo sexo e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 8 Proporção da população residente segundo faixa etária. Pernambuco, 198, 199, 2 e Figura 9 Número de idosos (6 anos e mais) para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos na população residente. Pernambuco, 198, 199, 2 e Figura 1 Razão de dependência*. Pernambuco, 198, 199, 2 e Figura 11 Proporção da população residente segundo faixa etária e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 12 Número de idosos (6 anos e mais) para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, Figura 13 Esperança de vida ao nascer segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2 e Figura 14 Esperança de vida aos 6 anos de idade segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2 e Figura 15 Taxa de fecundidade total*. Pernambuco, 1991 a Figura 16 Taxa de analfabetismo (por 1 habitantes) em maiores de 15 anos. Pernambuco, 1991 a Figura 17 Níveis de escolaridade* na população de 15 anos e mais. Pernambuco, 1992 a 1993, 1995 a 1999 e 21 a Figura 18 Proporção da população com baixa renda. Pernambuco, 1992 a Figura 19 Índice de Gini da renda domiciliar per capita. Pernambuco, 1991 a Figura 2 Proporção de cobertura de planos de saúde. Brasil e Pernambuco, 2 a Figura 21 Domicílios com sistema de abastecimento de água por rede geral. Pernambuco, Figura 22 Domicílios com abastecimento de água por poço ou nascente. Pernambuco, Figura 23 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro turbidez. Pernambuco, 27 a Figura 24 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro cloro residual livre. Pernambuco, 27 a Figura 25 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro coliformes totais. Pernambuco, 27 a Figura 26 Frota veicular de Pernambuco e Região Metropolitana do Recife. Pernambuco, 28 a Figura 27 Coeficiente de Morbidade Hospitalar por doenças respiratórias segundo Região de Saúde. Pernambuco, 28 e Figura 28 Coeficiente de Morbidade Hospitalar por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo Região de Saúde. Pernambuco, Figura 29 Coeficiente de Mortalidade por doenças respiratórias segundo Região de Saúde. Pernambuco, 28 e Figura 3 Coeficiente de Mortalidade por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo Região de Saúde. Pernambuco, Figura 31 Número de nascidos vivos e da taxa bruta de natalidade. Pernambuco, 22 a Figura 32 Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 33 Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 34 Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna. Pernambuco, 22 a

11 Figura 35 Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 36 Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal. Pernambuco, 22 a Figura 37 Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 38 Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Pernambuco, 22 a Figura 39 Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto e Região de Saúde. Pernambuco, Figura 4 Proporção de contatos intradomiciliares registrados, dentre os esperados, e de contatos examinados, dentre os casos novos de hanseníase registrados. Pernambuco, 27 a Figura 41 Proporção de cura na coorte de casos novos de hanseníase. Pernambuco, 27 a Figura 42 Proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento de hanseníase no registro ativo. Pernambuco, 27 a Figura 43 Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento do diagnóstico de hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 27 a Figura 44 Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento da cura por hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 27 a Figura 45 Número de casos novos e taxa de incidência (por 1. habitantes) de tuberculose. Pernambuco, 27 a Figura 46 Percentual de abandono dos casos novos de tuberculose. Pernambuco, 26 a Figura 47 Taxa de Incidência de aids (por 1. habitantes) em indivíduos maiores de 13 anos segundo sexo e ano do diagnóstico. Pernambuco, 21 a 211* Figura 48 Distribuição do número de casos acumulados de aids segundo município de residência. Pernambuco, 1983 a 212* Figura 49 Proporção de casos de aids em indivíduos com 13 anos e mais segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1983 a Figura 5 Proporção de casos de aids em menores de 13 anos segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1987 a 211* Figura 51 Número de casos de sífilis congênita em menores de 1 ano e taxa de incidência (por 1. nascidos vivos) segundo ano do diagnóstico. Pernambuco, 21 a Figura 52 Número de casos notificados e confirmados de hepatites virais e taxa de detecção (por 1. habitantes). Pernambuco, 22 a 211* Figura 53 Número de casos e óbitos confirmados de cólera, taxa de detecção (por 1. habitantes) e letalidade (1 habitantes). Pernambuco, 1992 a Figura 54 Número de casos e óbitos e taxa de letalidade (por 1. habitantes) por febre tifóide. Pernambuco, 22 a Figura 55 Número de casos confirmados de febre tifóide segundo Região de Saúde. Pernambuco, 22 a Figura 56 Número de casos confirmados de febre tifóide segundo a faixa etária. Pernambuco, 22 a Figura 57 Número de surtos de DTA segundo alimento contaminado envolvido. Pernambuco, 22 a Figura 58 Número de surtos de DTA segundo local de ocorrência. Pernambuco, 22 a Figura 59 Número de surtos de DTA segundo agente etiológico envolvido. Pernambuco, 22 a Figura 6 Número de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo faixa etária. Pernambuco, 29 a Figura 61 Proporção de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo fator de risco. Pernambuco, 29 a Figura 62 Número de casos confirmados e taxa de letalidade (por 1 habitantes) por coqueluche. Pernambuco, 22 a Figura 63 Coeficiente de Incidência de coqueluche (por 1. habitantes) segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 22 a Figura 64 Número de casos confirmados de coqueluche segundo faixa etária. Pernambuco, 22 a

12 Figura 65 Número de casos de poliomielite e cobertura vacinal. Pernambuco, 198 a Figura 66 Taxa de notificação (por 1. habitantes) de Paralisia Flácida Aguda. Pernambuco, 25 a Figura 67 Número de casos de sarampo e cobertura vacinal. Pernambuco, 198 a Figura 68 Número de casos de rubéola e cobertura vacinal. Pernambuco, 2 a Figura 69 Coeficiente de Incidência das meningites (por 1. habitantes) segundo etiologia. Pernambuco, 22 a Figura 7 Número de óbitos e taxa de letalidade (por 1 habitantes) por doença meningocócica. Pernambuco, 2 a Figura 71 Municípios prioritários para o Tracoma no Programa SANAR Figura 72 Distribuição dos caramujos transmissores da esquistossomose segundo espécie. Pernambuco, Figura 73 Distribuição da esquistossomose segundo endemicidade. Pernambuco, Figura 74 Número de pessoas positivas e tratadas segundo Região de Saúde no Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). Pernambuco, 28 a Figura 75 Número de casos novos e taxa de detecção de dengue (por 1. habitantes). Pernambuco, 21 a 211* Figura 76 Percentual de casos confirmados de dengue em menores de 15 anos. Pernambuco, 21 a 211* Figura 77 Número de casos confirmados por formas graves da dengue (DCC, FHD e SCD) e taxa de letalidade (por 1 habitantes). Pernambuco, 21 a 211* Figura 78 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose visceral. Pernambuco, 21 a Figura 79 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose tegumentar americana. Pernambuco, 21 a Figura 8 Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal canina. Pernambuco, 21 a Figura 81 Coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por doenças hipertensivas, isquemias do coração e cerebrovasculares segundo sexo do paciente. Pernambuco, 22 e Figura 82 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por hipertensão essencial. Pernambuco, 22 a Figura 83 Proporção de internações hospitalares por hipertensão arterial segundo faixa etária e sexo do paciente. Pernambuco, 22 a Figura 84 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por diabetes mellitus segundo sexo do paciente. Pernambuco, 22 a Figura 85 Proporção de internações hospitalares por diabetes mellitus segundo faixa etária e sexo do paciente. Pernambuco, 22 a Figura 86 Estimativas das taxas brutas de incidência (por 1. habitantes) por neoplasia maligna em homens segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 23 e Figura 87 Estimativas das taxas brutas de incidência (por 1. habitantes) por neoplasia maligna em mulheres segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 23 e Figura 88 Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) por neoplasia maligna no sexo masculino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 22 e Figura 89 Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) de neoplasia maligna no sexo feminino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 22 e Figura 9 Proporção de casos notificados de violência segundo faixa etária e sexo da vítima. Pernambuco, Figura 91 Proporção de casos notificados de violência segundo tipo* e sexo da vítima. Pernambuco, Figura 92 Proporção de casos de violência segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, Figura 93 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo faixa etária e sexo da pessoa atendida. Pernambuco, Figura 94 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo sexo e meio de locomoção da vítima no momento do acidente. Pernambuco,

13 Figura 95 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, Figura 96 Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco Figura 97 Área de cobertura dos Cerest em Pernambuco Figura 98 Proporção de casos de intoxicação exógena por agrotóxicos relacionada ao trabalho, acidentes de trabalho grave e acidente de trabalho com material biológico segundo Regiões de Desenvolvimento. Pernambuco, Figura 99 Proporção notificações por intoxicação exógena segundo agente tóxico. Pernambuco, Figura 1 Proporção notificações por intoxicação exógena segundo ocupação. Pernambuco, Figura 11 Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1. habitantes). Pernambuco, 22 a 211* Figura 12 Proporção de óbitos com causa mal definida. Pernambuco, 22 a 211* Figura 13 Proporção dos óbitos local de ocorrência. Pernambuco, 22, 27 e 211* Figura 14 Proporção de óbito segundo raça/cor. Pernambuco, 22 a 211*... 1 Figura 15 Proporção de óbito dos principais grupos de causa segundo raça/cor. Pernambuco, 211*... 1 Figura 16 Proporção de óbitos segundo sexo. Pernambuco, 22 a 211* Figura 17 Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (CMG) (por 1. habitantes) segundo sexo. Pernambuco, 22 a 211* Figura 18 Proporção dos óbitos segundo faixa etária. Pernambuco, 22 a 211* Figura 19 Proporção dos óbitos segundo faixa etária e Região de Saúde de residência. Pernambuco, 211* Figura 11 Proporção dos óbitos segundo principais causas básicas e Regiões de Saúde de residência. Pernambuco, 211* Figura 111 Número de óbitos de menores de 1 ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* Figura 112 Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, segundo componentes da mortalidade infantil (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* Figura 113 Coeficiente de mortalidade infantil (por 1. nascidos vivos) segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 22 a 211* Figura 114 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 115 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 116 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 117 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 118 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 119 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 12 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 121 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 122 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 123 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 124 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211* Figura 125 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211*

14 Figura 126 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* Figura 127 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* Figura 128 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* Figura 129 Número de óbitos maternos e Razão de Mortalidade Materna (RMM) (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* Figura 13 Proporção de óbitos maternos segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 22 e 211*... 13

15 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO NOTAS METODOLÓGICAS CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Divisão Político-Administrativa Estrutura Populacional Aspectos Socioeconômicos Educação Renda Situação dos domicílios particulares permanentes CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS NATALIDADE Características Gerais do Recém-Nascido Características Gerais Maternas Características Gerais da Gestação e Parto MORBIDADE Doenças e agravos transmissíveis Hanseníase Tuberculose HIV/Aids Sífilis congênita Hepatites virais Cólera Febre tifóide Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) Influenza Coqueluche Poliomielite Sarampo Rubéola Meningites Tracoma Esquistossomose mansônica Dengue Leishmaniose Visceral Leishmaniose Tegumentar Americana Raiva Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) Diabetes mellitus Neolpasias malignas Violências Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) Doenças e agravos relacionados ao Trabalho Intoxicações Exógenas MORTALIDADE Mortalidade Geral Análise da mortalidade segundo ciclo de vida Mortalidade em menores de 1 ano Mortalidade entre 1 a 9 anos Mortalidade entre 1 a 19 anos Mortalidade entre 2 a 39 anos Mortalidade entre 4 a 59 anos Mortalidade entre 6 anos e mais Mortalidade Materna BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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17 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco APRESENTAÇÃO A informação é uma ferramenta estratégica para a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A necessidade de informação para (re)orientação das ações e para tomada de decisão permeia todos os níveis do sistema de saúde, desde as salas de consulta nas unidades básicas de saúde até a mesa de negociação dos gestores, seja no âmbito federal, estadual ou municipal. É por meio de um conjunto de informações que se dá o processo de definição de prioridades, o planejamento, o monitoramento e avaliação de ações em saúde além de nortearem a prestação de contas com a sociedade. Nesse processo, as informações geradas pelos Sistemas de Informação da Vigilância em Saúde são indispensáveis, uma vez que permitem uma reflexão sobre a situação de saúde, utilizando variáveis de tempo, espaço e pessoa. O presente documento é a tradução do esforço das áreas gerenciadas pela Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde no processo de produção da informação oportuna e de qualidade. Essa envolve a coleta de dados, representados pela notificação de agravos, captação de nascimentos e de óbitos; o processamento e a análise dos dados gerados e sua transformação em informação; e a sua disseminação. Neste sentido, o Perfil Sociodemográfico e Epidemiológico de Pernambuco traz informações que subsidiem a tomada de decisão nos âmbitos de atuação do SUS em Pernambuco. Eronildo Felisberto Secretário Executivo de Vigilância em Saúde 5

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21 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 1. INTRODUÇÃO O Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco traz uma análise da situação de saúde do estado a partir da exploração de cinco eixos: Características Socioeconômicas e Demográficas; Situação Ambiental; Natalidade; Morbidade; e Mortalidade. No primeiro eixo consta a caracterização de Pernambuco, onde inicialmente é discutido o território, seus limites e composição por municípios, Regiões e Macrorregiões de Saúde. Seguese com a análise da estrutura demográfica do estado e Regiões de Saúde e sua mudança ao longo dos últimos 32 anos, na perspectiva de contextualizar o processo de transição demográfica e descrever a evolução de algumas características socioeconômicas do estado, analisado por variáveis como educação, renda e situação dos domicílios particulares permanentes. No eixo Características Ambientais abordam-se os fatores ambientais que interferem na saúde do homem, como o abastecimento e qualidade da água quanto aos parâmetros turbidez, cloro residual livre e coliformes totais, contaminação do solo, contaminação do ar urbano, aumento da frota veicular e a situação das doenças respiratórias nas Regiões de Saúde. Desta forma, é possível observar que as modificações ambientais e sua interação com o homem, além das mudanças na estrutura populacional do estado, como aumento na proporção de pessoas com mais de 6 anos e da esperança de vida ao nascer e redução da taxa bruta de natalidade, interferem na forma de adoecimento e morte dos indivíduos. A análise da Natalidade é aqui abordada por meio da evolução do número de nascimentos no estado e Regiões de Saúde, as características do recém-nascido, das gestantes, da gestação e do parto, permitindo o cálculo de indicadores que podem subsidiar gestores de saúde no planejamento e execução de políticas públicas materno infantil. Em relação ao eixo Morbidade, foram selecionadas as doenças transmissíveis: tracoma, esquistossomose mansônica, hanseníase, tuberculose, dengue, doenças transmitidas por alimentos (DTA), cólera, febre tifóide, influenza, poliomielite, sarampo, rubéola, meningites, leishmaniose visceral, raiva, coqueluche, HIV/Aids, sífilis congênita e hepatites virais. Nas doenças relacionadas ao trabalho englobou as intoxicações exógenas; e, entre as doenças e agravos não transmissíveis, foram analisadas as doenças do aparelho circulatório, diabetes mellitus, neoplasias malignas, violências e acidentes de transporte terrestre. Por fim, discute-se a Mortalidade, para o estado e Regiões de Saúde, subdividida em mortalidade geral e por grupamento etário, sendo identificados os principais capítulos e causas específicas de óbito por sexo. Também foi dado enfoque à mortalidade materna devido às causas especificas associadas à gestação ao parto e ao puerpério. Espera-se com esta publicação contribuir para o planejamento e influenciar a tomada de decisão dos gestores voltada às atuais necessidades da população, desde o nascimento perpassando pela prevenção dos principais agravos que levam ao adoecimento e óbito. 7

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24 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 2. NOTAS METODOLÓGICAS A análise do Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco foi realizada por meio de informações contidas nos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM), sobre Nascidos Vivos (Sinasc), de agravos de Notificação (Sinan), de Análise da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado (SISSOLO), Hospitalar (SIH), do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE) e de Notificação de Acidentes de Transporte Terrestre (SINATT) da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Além desses sistemas, foram utilizadas informações do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional de Saúde (ANS) e Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE). Os dados foram agrupados em cinco eixos (Características Socioeconômicas e Demográficas; Características Ambientais; Natalidade; Morbidade; e Mortalidade) e analisados para o estado e Regiões de Saúde. Para tanto, foram calculadas razões, proporções e coeficientes. O período utilizado foi de 198 a 212 na dependência da variável estudada, conforme pode ser visualizada no quadro 1. Com relação à morbidade, os agravos foram priorizados por sua magnitude e transcendência. Após serem agrupados em três categorias (doenças e agravos transmissíveis, relacionados ao trabalho e não transmissíveis). Na mortalidade, procedeu-se a análise por ciclo vital: menores de 1 ano, 1 a 9 anos, 1 a 19 anos, 2 a 39 anos, 4 a 59 anos e 6 anos ou mais. Também foi dado enfoque à mortalidade materna devido às causas especificas associadas à gestação, ao parto e puerpério. Quadro 1 Eixo, período analisado e fonte de informação utilizado para elaboração do perfil sociodemográfico e epidemiológico de Pernambuco Estrutura populacional Eixo Período analisado Fonte de informação Aspectos Socioeconômicos Características Ambientais IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 198 a 21 RIPSA Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Brasil (IDB) 1991 a 21 IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2 a 212 IBGE Censos e estimativas Intercensitárias ANS Sistema de Informações de Beneficiários (SIB) 21 IBGE Censo a 212 SISAGUA/SES-PE 28 a 212 DETRAN-PE 28 e 211 SIH/SES-PE SIM/SES-PE 26 a 212 SISSOLO/SES-PE 1

25 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Eixo Período analisado Fonte de informação Natalidade 22 a 211 Morbidade Sinasc/SES-PE IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 211 e 212 Tracoma: Relatórios de atividades de campo SANAR/SES-PE 28 a 211 Esquistossomose: SISPCE/SES-PE 23 e 212 Neoplasias: INCA Registro de Câncer de Base Populacional 211 Acidentes de Transporte Terrestre: SINATT/SES-PE 2 a 211* SIH/SES-PE 21 a 211* Sífilis e HIV/Aids: Sinasc/SES-PE 198 a 211* Mortalidade 22 a 211 * O período analisado varia de acordo com o agravo ** Dados atualizados em 14/9/212 Raiva, sarampo e poliomielite: SI-PNI/SES-PE Sinan/SES PE IBGE Censos e estimativas Intercensitárias SIM/SES-PE ** Sinasc/SES-PE IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 11

26 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO 3.1. Divisão Político-Administrativa O estado de Pernambuco possui ,315 km² e localiza-se no centro leste da Região Nordeste do Brasil. Limita-se ao Norte com os estados da Paraíba e Ceará; a Leste com o Oceano Atlântico; ao Oeste e ao Sul com os estados da Bahia e Piauí; e ao Sul com o estado de Alagoas. No total, são 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, localizado a 5 km da costa. Atualmente, Pernambuco está subdividido em 12 Regiões de Saúde, que têm a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Cada Região de Saúde é constituída por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitadas a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados. O número de municípios em cada Região de Saúde varia de 7 (VII e VIII Regiões) a 32 (IV Região) (Quadro 2). Com o objetivo de organizar ações e serviços de média complexidade (procedimentos/ações que requerem maior tecnologia, que apresentam oferta escassa no estado e cuja demanda requer agregação) e alta complexidade, foram agregadas as Regiões de Saúde, originando as 4 Macrorregiões de Saúde: Metropolitana (I, II, III e XII Regiões de Saúde); Agreste (IV e V Regiões de Saúde); Sertão (VI, X e XI Regiões de Saúde); e Vale do São Francisco e Araripe (VII, VIII e IX Regiões de Saúde) (Figura 1). Figura 1 Regiões e Macrorregiões de Saúde de Pernambuco Fonte: Secretaria Estadual de Saúde-PE 12

27 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Quadro 2 Municípios e Distrito de Pernambuco segundo Regiões de Saúde I Região de Saúde (2) Gameleira Angelim IX Região de Saúde (11) Abreu e Lima Jaqueira Bom Conselho Araripina Araçoiaba Joaquim Nabuco Brejão Bodocó Cabo de Santo Agostinho Lagoa dos Gatos Caetés Exu Camaragibe Maraial Calçado Granito Chã de Alegria Palmares Canhotinho Ipubi Chã Grande Primavera Capoeiras Moreilândia Fernando de Noronha Quipapá Correntes Ouricuri Glória do Goitá Ribeirão Garanhuns Parnamirim Igarassu Rio Formoso Iati Santa Cruz Ilha de Itamaracá São Benedito do Sul Itaíba Santa Filomena Ipojuca São José da Coroa Grande Jucati Trindade Itapissuma Sirinhaém Jupi X Região de Saúde (12) Jaboatão dos Guararapes Tamandaré Lagoa do Ouro Afogados da Ingazeira Moreno Xexéu Lajedo Brejinho Olinda IV Região de Saúde (32) Palmeirina Carnaíba Paulista Agrestina Paranatama Iguaraci Pombos Alagoinha Saloá Ingazeira Recife Altinho São João Itapetim São Lourenço da Mata Barra de Guabiraba Terezinha Quixaba Vitória de Santo Antão Belo Jardim VI Região de Saúde (13) Santa Terezinha II Região de Saúde (2) Bezerros Arcoverde São José do Egito Bom Jardim Bonito Buíque Solidão Buenos Aires Brejo da Madre de Deus Custódia Tabira Carpina Cachoeirinha Ibimirim Tuparetama Casinhas Camocim de São Félix Inajá XI Região de Saúde (1) Cumaru Caruaru Jatobá Betânia Feira Nova Cupira Manari Calumbi João Alfredo Frei Miguelinho Pedra Carnaubeira da Penha Lagoa do Carro Gravatá Petrolândia Flores Lagoa do Itaenga Ibirajuba Sertânia Floresta Limoeiro Jataúba Tacaratu Itacuruba Machados Jurema Tupanatinga Santa Cruz da Baixa Verde Nazaré da Mata Panelas Venturosa São José do Belmonte Orobó Pesqueira VII Região de Saúde (7) Serra Talhada Passira Poção Belém de São Francisco Triunfo Paudalho Riacho das Almas Cedro XII Região de Saúde (1) Salgadinho Sairé Mirandiba Aliança Surubim Sanharó Salgueiro Camutanga Tracunhaém Santa Cruz do Capibaribe Serrita Condado Vertente do Lério Santa Maria do Cambucá Terra Nova Ferreiros Vicência São Bento do Una Verdejante Goiana III Região de Saúde (22) São Caitano VIII Região de Saúde (7) Itambé Água Preta São Joaquim do Monte Afrânio Itaquitinga Amaraji Tacaimbó Cabrobó Macaparana Barreiros Taquaritinga do Norte Dormentes São Vicente Ferrer Belém de Maria Toritama Lagoa Grande Timbaúba Catende Vertentes Orocó Cortês V Região de Saúde (21) Petrolina Escada Águas Belas Santa Maria da Boa Vista 13

28 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 3.2. Estrutura Populacional De acordo com o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 21, o estado contabilizou uma população de habitantes distribuídos numa área de ,315 Km 2, resultando numa densidade demográfica de 89,6 habitantes/km 2. A I Região de Saúde concentra 44,4% da população de Pernambuco ( habitantes) e apresenta a maior densidade demográfica do estado (1.47,4 habitantes/km 2 ). Embora a XI Região tenha a menor densidade demográfica (18,3 habitantes/km 2 ), é na VII Região onde está a menor proporção da população, apenas 1,6% (Tabela 1). Tabela 1 Número, proporção e densidade demográfica da população residente segundo Regiões de Saúde. Pernambuco, 21 Região de Saúde Número de habitantes % de habitantes Densidade demográfica (Hab./Km 2 ) I-Recife ,4 1.47,4 II-Limoeiro ,4 175,5 III-Palmares ,5 121,3 IV-Caruaru ,1 19,3 V-Garanhuns ,8 7, VI-Arcoverde ,3 28, VII-Salgueiro ,6 2,3 VIII-Petrolina ,9 29,7 IX-Ouricuri ,7 23,2 X-Afogados da Ingazeira ,1 42, XI-Serra Talhada ,5 18,3 XII-Goiana ,4 158,2 Pernambuco , 89,6 Fonte: IBGE, 21 Censo Demográfico Dos 184 municípios e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, 15 (81,1%) são de pequeno porte (até 5. habitantes). Os 12 municípios com mais de 1. habitantes concentram 48,5% da população pernambucana, sendo 24,8% em apenas dois municípios Recife e Jaboatão dos Guararapes (Figura 2 e Tabela 2). 14

29 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 2 Municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 21 Fonte: IBGE, 21 Censo Demográfico Tabela 2 População e número de municípios segundo porte populacional. Pernambuco, 21 Porte populacional dos municípios Municípios População (21) n % n % Menos de 2. hab , , hab , , hab , , hab. 1 5, ,7 5. hab. e mais 2 1, ,8 Total 185 1, , Fonte: IBGE, 21 Censo Demográfico Em 198, 61,6% da população pernambucana viviam em área urbana, passando para 8,2% em 21, o que representa um aumento de 3% no grau de urbanização no período analisado (Figura 3). Figura 3 Proporção da população residente em área urbana e rural. Pernambuco, 198, 1991, 2, 21 % ,2 76,5 7,9 61,6 38,4 29,1 23,5 19, Urbana Rural Fonte: IBGE Censos Demográficos 15

30 Faixa etária (anos) Faixa etária (anos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Ao comparar-se a estrutura populacional do estado nos anos de 198 e 21, verificam-se mudanças na pirâmide etária. No início da década de 8, a pirâmide possuía base mais alargada (predomínio de crianças e adolescentes) e ápice mais estreito (baixa proporção de idosos) (Figura 4). No ano de 21, a pirâmide encontra-se com a base menos alargada, o que está relacionada à redução na taxa de natalidade, e o ápice mais menos estreito, demonstrando envelhecimento da população (Figura 5). Figura 4 Pirâmide etária. Pernambuco, 198 Figura 5 Pirâmide etária. Pernambuco, 21 8 e + 8 e + 7 a 79 7 a 79 6 a 69 6 a 69 5 a 59 5 a 59 4 a 49 4 a 49 3 a 39 3 a 39 2 a 29 2 a 29 1 a 19 1 a 19 a 9 a 9-3, -2, -1,, 1, 2, 3, Masculino Feminino -3, -2, -1,, 1, 2, 3, Masculino Feminino Fonte: IBGE, 198 Censo Demográfico Fonte: IBGE, 21 Censo Demográfico Em relação ao sexo, em 21, 51,9% da população era composta de mulheres ( ) e 48,1% por homens ( ), com uma razão de, aproximadamente, 93 homens para cada grupo de 1 mulheres, não havendo mudanças significativas desde a década de 8 (Figuras 6). Esse perfil surge como reflexo da sobremortalidade masculina, sobretudo nas faixas etárias jovens e adultas, decorrentes da alta prevalência de óbitos por causas externas e violência. Figura 6 População da população residente segundo sexo. Pernambuco, 198, 199, 2 e 21 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % 51,7 51,7 51,7 51,9 48,3 48,3 48,3 48, Masculino Feminino Fonte: IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 16

31 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Entre as Regiões de Saúde, a proporção da população segundo sexo apresentou semelhança com o perfil do estado, onde se verifica um predomínio da população feminina. Obteve destaque a I Região por apresentar percentual de mulheres superior a média estadual (52,7%) e uma razão de 89 homens para cada 1 mulheres (Figura 7). Figura 7 Proporção da população residente segundo sexo e Região de Saúde. Pernambuco, 21 I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana 47,1 48,5 49,5 48,4 48,6 49, 49,4 49,1 49,5 49, 48,8 48,9 52,9 51,5 5,5 51,6 51,4 51, 5,6 5,9 5,5 51, 51,2 51,1 % 2% 4% 6% 8% 1% Masculino Feminino Fonte: IBGE, 21 Censo Demográfico Quanto às faixas etárias, os adultos jovens (2 a 39 anos) e os adultos (4 a 59 anos) foram os predominantes em todo o período analisado. Entretanto, entre os anos de 198 e 21, houve variação no perfil da população, com redução de 43,6% da proporção de crianças ( a 9 anos) e de 24,3% na de adolescentes (1 a 19 anos) e incremento na participação das demais faixas etárias, com destaque na proporção de idosos (mais de 6 anos), cujo crescimento foi de 59,7% (Figura 8). 11

32 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 8 Proporção da população residente segundo faixa etária. Pernambuco, 198, 199, 2 e 21 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % 6,7 7,7 8,9 1,7 14,2 14,8 17,1 2,9 25,8 28,8 31,8 33,5 24,7 23,8 22, 18,7 28,7 24,8 2,2 16, a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 e + Relação 198/21 43,6% 24,3% 29,8% 47,2% 59,7 % Fonte: IBGE Censos e estimativas Intercensitárias A figura 9 trata da razão entre o número de idosos para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos entre os anos de 198 e 21. Observa-se que em 198 havia, em média, 4 idosos para cada 1 crianças de até 5 anos. Com o aumento da expectativa de vida da população, em 21 o número de idosos superou o de crianças com até 5 anos (Figura 9). 14 Figura 9 Número de idosos (6 anos e mais) para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos na população residente. Pernambuco, 198, 199, 2 e , ,4 7,3 4 3, Fonte: IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 12

33 Razão de dependência Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Ao analisar-se a razão de dependência total (divisão da população de a 14 anos e 65 ou mais anos sobre a população de 15 a 64 anos de idade) entre os anos de 198 e 21, verifica-se tendência de redução, passando de 86,5 em 198 para 49,3 em 21. Este decréscimo está relacionado à redução da população de a 14 anos, observado na razão de dependência específica desta população, que passou de 78, para 38,3 no mesmo período. Porém, o mesmo não foi observado na população de 65 anos e mais, cuja razão de dependência, antes de 8,4 (198), chegou a 11, (21), devido ao aumento da participação relativa dos idosos na população (Figura 1). Figura 1 Razão de dependência*. Pernambuco, 198, 199, 2 e ,5 78, 74,3 65, 59,4 49,6 49,3 38,3 8,4 9,3 9,8 11, RD* total RD* ( a 14 anos) RD* (65 anos e mais) Fonte: IBGE Censos demográficos e estimativas intercencitárias * Razão de dependência: Número de pessoas consideradas inativas ( a 14 anos e/ou 65 anos e mais de idade) para cada 1 pessoas potencialmente ativas (15 a 64 anos de idade) Ainda em relação à estrutura etária da população, em 21, verificou-se predomínio da população jovem e adulta em todas as Regiões de Saúde. Entretanto, houve particularidades ao comparar cada grupo etário entre as Regiões: as VI e IX Regiões destacaram-se com as maiores proporções de crianças e adolescentes ( a 19 anos); a I Região apresentou a maior percentual de adultos (2 a 59 anos); já a X Região foi a que contou com maior participação de idosos (Figura 11). 13

34 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 11 Proporção da população residente segundo faixa etária e Região de Saúde. Pernambuco, 21 I-Recife 14,3 17, 34,8 23,4 1,5 II-Limoeiro 15,9 19,3 33, 2,3 11,5 III-Palmares 18,3 21,3 32,8 18,4 9,2 IV-Caruaru 16,7 19,5 33,1 19,4 11,4 V-Garanhuns 18,2 2,5 3,9 18,5 11,9 VI-Arcoverde 19,3 2,7 3,9 18,3 1,7 VII-Salgueiro 18,6 2,3 32,4 18,2 1,4 VIII-Petrolina 18,7 2,5 35,2 18, 7,6 IX-Ouricuri 19,9 21,4 3,9 17,3 1,4 X-Afogados da Ingazeira 16,4 19,3 3,6 2,3 13,4 XI-Serra Talhada 17,6 19,8 31,9 18,8 11,8 XII-Goiana 16,8 19,9 32,5 19,9 1, % a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6e+ Fonte: IBGE, 21 Censo demográfico A figura 12 apresenta o número de idosos para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos, segundo Região de Saúde, sendo observado que nas Regiões X, I e II estão as maiores razões do estado (14,2; 12,7 e 12,7, respectivamente). Enquanto que as Regiões VIII, III e IX apresentaram as menores razões entre o número de idosos e de crianças (6,9; 8,8 e 9,, respectivamente). 14

35 Número de anos de vida esperados Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 12 Número de idosos (6 anos e mais) para cada grupo de 1 crianças de até 5 anos segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 21 I-Recife II-Limoeiro 12,7 12,7 III-Palmares 8,8 IV-Caruaru V-Garanhuns 11,4 11,9 VI-Arcoverde VII-Salgueiro 9,6 9,6 VIII-Petrolina 6,9 IX-Ouricuri 9, X-Afogados da Ingazeira 14,2 XI-Serra Talhada XII-Goiana 11,5 11,2 Fonte: IBGE, 21 Censo demográfico, 2, 4, 6, 8, 1, 12, 14, 16, No que se refere à esperança de vida ao nascer (número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido), observa-se que esta vem aumentando em ambos os sexos. Em 1991, a esperança de vida ao nascer das mulheres era de 64,2 anos, passando para 73, anos em 21, o que representa um aumento de 8,8 anos e um crescimento de 14% no período. Nos homens, a expectativa de vida passou de 57,4 anos em 1991 para 66, em 21, representando um aumento de 8,6 anos e um incremento de 15% (Figura 13). Figura 13 Esperança de vida ao nascer segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2 e ,4 64,2 62,2 69, 66, 73, Masculino Feminino Fonte: IBGE Indicadores e Dados Básicos - IDB 15

36 Taxa de fecundidade total Número de anos de vida esperados Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A esperança de vida aos 6 anos de idade (número médio de anos de vida esperados para uma pessoa ao completar 6 anos de idade) também apresentou importante incremento, passando de 17,2 em mulheres e 17, em homens no ano de 1991, para 2,4 e 19,6, respectivamente, no ano de 21 (Figura 14). Figura 14 Esperança de vida aos 6 anos de idade segundo sexo. Pernambuco, 1991, 2 e ,4 2 19, ,9 18, , 17, Masculino Feminino Fonte: IBGE Indicadores e Dados Básicos - IDB No que se refere à taxa de fecundidade total, indicador que expressa a situação reprodutiva das mulheres, verifica-se no estado de Pernambuco uma redução de 33%, passando de 2,8 filhos para cada mulher em 1991 para 1,9 em 21 (Figura 15). Figura 15 Taxa de fecundidade total*. Pernambuco, 1991 a ,8 2,7 2,6 2,5 2,5 2,4 2,3 2,3 2,3 2,5 2,2 2, 2, 1,9 1,9 2 1,9 1,8 1,9 2, 1,9 1 * Taxa de fecuncidade total: Número médio de filhos nascidos vivos, tidos por uma mulher ao final do seu período reprodutivo. Fonte: IBGE Indicadores e Dados Básicos - IDB 16

37 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco O decréscimo da taxa de fecundidade no estado pode estar associado à: urbanização crescente, melhoria do nível educacional das mulheres, ampliação do uso de métodos contraceptivos, maior participação da mulher na força de trabalho e instabilidade de emprego (RIPSA, 213). 17

38 Taxa de analfabetismo (por 1 habitantes) 18,5 18,5 17,9 17,6 17,4 22, 22, 21,5 21,8 21,3 2,5 24,4 26,2 24,8 26,4 29,1 3,9 29,8 32,9 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 3.3. Aspectos Socioeconômicos Educação A taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos representa o percentual de pessoas com 15 anos de idade ou mais que não sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples, no idioma que conhecem, na população total residente da mesma faixa etária. Entre os anos de 1991 e 21, observa-se uma redução de 47,% na taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos em Pernambuco, passando de 32,9% para 17,4% (Figura 16). Figura 16 Taxa de analfabetismo (por 1 habitantes) em maiores de 15 anos. Pernambuco, 1991 a Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Na figura 17 verifica-se um importante aumento nos níveis de escolaridade da população pernambucana com mais de 15 anos. O nível de escolaridade inferior a quatro anos de estudo tem sido utilizado como aproximação (proxy) do analfabetismo funcional, embora o significado deste conceito seja mais amplo (RIPSA, 212a). Baseado neste conceito aproximado, o número de analfabetos funcionais do estado vem decrescendo, porém ainda se mantém em patamares elevados, mais de 28% em 29 (Figura 17). Ao comparar os anos extremos da série analisada (1992 a 29) observa-se uma redução de 1% na população maior de 15 anos com 4 a 7 anos de estudo, passando de 28,3% em 1992 para 25,6% em 29. Destaca-se aumento de 43% no percentual da população com 8 a 1 anos de estudo, passando de 1,7 em 1992 para 15,3 em 29, e aumento de 133% na população com 18

39 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco mais de 11 anos de estudo, que correspondia a 13,4% em 1992 e em 29 já superava 31% (Figura 17). Figura 17 Níveis de escolaridade* na população de 15 anos e mais. Pernambuco, 1992 a 1993, 1995 a 1999 e 21 a 29 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 1 anos 11 e mais * Nível de escolaridade em anos Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Renda A figura 18 trata da proporção de pessoas de baixa renda (renda domiciliar mensal per capita de até meio salário mínimo) em Pernambuco que expressa a proporção da população considerada em situação de pobreza (RIPSA, 212b). Entre 1992 e 29, observa-se redução de 43% na proporção de pessoas que vivem com rendimento domiciliar mensal de até um quarto de salário mínimo e de 28% com até meio salário mínimo (considerando como valor de referência para todos os anos o salário mínimo de 21, de R$ 51,). 19

40 Índice de Gini da renda domiciliar per capita,666,587,6186,5752,65,5928,5993,645,676,6176,688,5891,669,5864,589,5591,5651,5526,6366 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 18 Proporção da população com baixa renda. Pernambuco, 1992 a 21 % ,6 74,8 67,3 67,9 68,4 66,3 67,1 68,3 67,8 67,4 7, 67,7 63,9 6, 58,5 54,9 52,7 53,5 47,3 48,8 36,2 4, 39,7 37,5 39,3 43,7 41, 43,3 38,9 38,4 33,7 29,9 28,5 25,8 23,6 27, % Pop renda < 1/2 SM* % Pop renda < 1/4 SM* * SM Salário Mínimo Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD O índice de Gini mede o grau de concentração da distribuição de renda domiciliar per capita. Quando o índice tem valor igual a um (1), existe perfeita desigualdade, isto é, a renda domiciliar per capita é totalmente apropriada por um único indivíduo. Quando ele tem valor igual à zero (), tem-se perfeita igualdade, isto é, a renda é distribuída na mesma proporção para todos os domicílios. (RIPSA, 212c). Em Pernambuco, os anos de 1991 e 2 foram os com maior desigualdade de renda no período de análise. Entretanto, 27 e 29 foram os anos com menor índice, representando menor desigualdade de renda domiciliar (Figura 19). Figura 19 Índice de Gini da renda domiciliar per capita. Pernambuco, 1991 a 21 1,,9,8,7,6,5,4,3,2,1, Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2

41 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Em março de 212, 25,1% da população brasileira encontravam-se coberta por planos de saúde, com crescimento proporcional de 41,% quando comparado ao ano 2. O estado de Pernambuco, no último ano, apresentou uma cobertura menor que a média nacional, 17,%, com aumento proporcional de 66,7% para o mesmo período. Contudo, destaca-se que a taxa de cobertura dos planos foi calculada a partir do número de vínculos aos planos de saúde presente no cadastro de beneficiários da ANS. Desta forma, um indivíduo pode ter sido contabilizado mais de uma vez, caso esteja vinculado a mais de um plano de saúde (Figura 2). Figura 2 Proporção de cobertura de planos de saúde. Brasil e Pernambuco, 2 a 212 % , ,8 17,6 17,9 18,2 18,9 19,6 2,7 21,4 22,5 24,6 25,1 1,2 1, 1,3 1,9 11,6 12,1 11,6 11,7 13, 14,1 15, 16,3 17, Brasil Pernambuco Fonte: SIB/ANS/MS; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Situação dos domicílios particulares permanentes Os indicadores do estado em relação à situação dos domicílios particulares permanentes de acordo com dados da PNAD 29 e 211 estão sintetizados na tabela 3. Os domicílios particulares permanentes são assim definidos quando são construídos para servir, exclusivamente, à habitação e, têm a finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas cujo relacionamento é ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência (IBGE, 211). Em 29, 63,7% das famílias residentes nos domicílios particulares permanentes do estado tinham como pessoa de referência um homem. Essa participação reduziu 8% no ano de 211. Também houve redução na proporção de chefes de família economicamente ativos, chegando a 63,4% em 211, e 65,1% estavam ocupados na semana de referência da pesquisa (Tabela 3). Quanto à cobertura dos serviços, no ano de 211, 82,4% destes domicílios estavam ligados à rede geral de abastecimento de água com canalização interna, 5,7% estavam ligados à rede coletadora de esgoto, 85,9% possuiam coleta de lixo e 99,9% possuiam iluminação elétrica. Chama 21

42 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco atenção o incremento na proporção de fossas séptica ligada à rede coletora, embora sua participação em 211 do estado tenha sido inferior a média nacional de 7,7% (Tabela 3). No que se refere à existência de bens duráveis nos domicílios,observa-se que fogão, televisão e geladeira foram os bens mais encontrados em 211. Filtro de água, freezer e microcomputador foram os ítens que apresentaram maior incremento nos domicílios no período (Tabela 3). Tabela 3 Condições dos domicílios particulares permanentes. Pernambuco, 29 e 211 Categorias Relação 29/211 Sexo da pessoa de referência da família Homens 63,7% 58,6% -8% Mulheres 36,3% 41,4% 14% Condição de atividade na semana de referência da pessoa de referência da família Economicamente ativas 7,2% 63,4% -1% Economicamente ativas - ocupadas 65,1% 59,9% -8% Não economicamente ativas 29,8% 36,6% 23% Disponibilidade de serviços Rede geral de abastecimento de água 77,3% 82,4% 7% Rede coletora de esgoto 39,6% 5,7% 28% Fossa séptica ligada à rede coletora,8% 5,5% 588% Coleta de lixo 8,9% 85,9% 6% Iluminação elétrica 99,5% 99,9% % Telefone 76,4% 84,9% 11% Existência de alguns bens duráveis Fogão 96,6% 98,7% 2% Filtro de água 33,9% 53,6% 58% Geladeira 87,8% 93,6% 7% Freezer 5,7% 8,5% 49% Máquina de lavar roupas 2,4% 26,7% 31% Rádio 87,2% 85,7% -2% Televisão 95,4% 97,7% 2% DVD 74,7% 8,4% 8% Microcomputador 19,7% 29,% 47% Carro 18,% 21,4% 19% Motocicleta 13,4% 17,5% 31% Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 29;

43 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 4. CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS A estruturação da vigilância em saúde ambiental constitui-se uma das respostas do setor saúde na busca de um desenvolvimento sustentável, passando a ser interlocutor junto a outros setores. O acompanhamento contínuo dos fatores de risco ambientais permite verificar as mudanças que porventura venham a ocorrer no meio ambiente ao longo do tempo e determinar se as projeções destas modificações poderão implicar em algum impacto na saúde da população. Segundo dados IBGE, em 21, cerca de 76,% da população pernambucana era coberta por sistemas de abastecimento de água. A Região Metropolitana foi a que registrou a maior concentração (Figura 21), bem como o maior número de poços ou nascentes (Figura 22). O esgotamento sanitário advindo da rede geral e/ou fossa séptica ainda é um serviço precário com uma cobertura de 43,6% dos domicílios. Figura 21 Domicílios com sistema de abastecimento de água por rede geral. Pernambuco, 21 Fonte: IBGE Censo 21 23

44 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 22 Domicílios com abastecimento de água por poço ou nascente. Pernambuco, 21 Fonte: IBGE Censo 21 O acesso à rede de abastecimento de água não garante a qualidade da água recebida. A intermitência no abastecimento, principalmente nas áreas periféricas das grandes cidades, obriga a população a recorrer a formas alternativas de armazenamento que geram potenciais riscos para a saúde, incluindo a proliferação do vetor da dengue. O monitoramento da água de consumo humano é o instrumento utilizado para verificar se a água está de acordo com o padrão de potabilidade, estabelecido na legislação vigente (Portaria MS nº 2914/211) (BRASIL, 211a). Tem como objetivo avaliar a qualidade da água consumida pela população ao longo do tempo, bem como a eficiência do tratamento. No estado existem 1 laboratórios regionais de análise da qualidade da água, localizados nas sedes das Regiões de Saúde, com exceção da III e XII. O diagnóstico de forma descentralizada visa fortalecer as ações nas Regiões e municípios. Das amostras de água analisadas em Pernambuco, no período de 27 a 212, para o parâmetro turbidez, apresentou aumento no número de amostras analisadas no decorrer dos anos, com exceção de 212, quando houve redução de 9% em relação ao ano anterior. Quanto ao percentual de amostras insatisfatórias, observa-se incremento de 261% no período, com maior valor em 212 (Figura 23). 24

45 Número de amostras Número de amostras Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 23 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro turbidez. Pernambuco, 27 a % ,4 8,9 1 3,4 5,7 3,2 4, Nº amostras realizadas para Turbidez % amostras insatisfatórias para Turbidez Fonte: SISAGUA/SES-PE No período de 27 a 212, o estado realizou análises de cloro residual livre presente na água fornecida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Houve aumento gradativo no número de análises no período. A maior proporção de amostras insatisfatórias ocorreu em 28, com 14,9% (Figura 24). Figura 24 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro cloro residual livre. Pernambuco, 27 a , 14,9 8,9 6,8 1, Nº amostras realizadas para Cloro Residual Livre % amostras insatisfatórias para Cloro Residual Livre 13,7 1 % Fonte: SISAGUA/SES-PE 25

46 Número de amostras Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Quanto aos indicadores de contaminação da água por coliformes totais, em Pernambuco foram analisadas amostras de água de consumo humano, com aumento de 75% no período de 27 a 212. Destas, 23,6% estavam insatisfatórias para este parâmetro. Observa-se declínio do percentual de amostras insatisfatórias no período de 27 a 21 e aumento nos anos de 211 a 212. Contudo, quando comparados os anos de 27 a 212, verificou-se redução de 22,3% na proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro coliformes totais (Figura 25). Figura 25 Número de amostras analisadas e proporção de amostras insatisfatórias para o parâmetro coliformes totais. Pernambuco, 27 a % ,1 25, 23,5 15,6 21,6 26, Nº amostras realizadas para Coliformes totais % amostras insatisfatórias para Coliformes totais Fonte: SISAGUA/SES-PE As indústrias e os veículos automotores constituem as duas principais fontes de emissão e contaminação do ar urbano. O tráfego pesado, devido a uma frota de veículos superior a sua capacidade, juntamente com as indústrias, liberam uma grande quantidade de poluentes atmosféricos, que acabam causando problemas localizados de poluição do ar (BRAGA, et al., 27; BUENO, et al., 21). Eles estão associados ao aumento de doenças respiratórias, principalmente em crianças, ao baixo peso ao nascer e à mortalidade infantil (NASCIMENTO, 26). Segundo o Departamento de Trânsito de Pernambuco (DETRAN-PE), a frota do estado em 212 era de veículos automotores, sendo a maior concentração na Região Metropolitana do Recife (RMR), com veículos (48,7%) (Figura 26). 26

47 Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) Número de veículos Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 26 Frota veicular de Pernambuco e Região Metropolitana do Recife. Pernambuco, 28 a Pernambuco Região Metropolitana do Recife Fonte: DETRAN-PE Em Pernambuco, no ano de 211, o coeficiente de morbidade hospitalar por doenças respiratórias foi de 55,6/1. habitantes, 1,7% maior que o registrado em 28. Entre as Regiões de Saúde, destacaram-se a XI, X e VII Regiões com maior coeficiente em 211, porém, o maior incremento em relação ao ano de 28 ocorreu na VI Região, na ordem de 71,7%. (Figura 27). Figura 27 Coeficiente de Morbidade Hospitalar por doenças respiratórias segundo Região de Saúde. Pernambuco, 28 e I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE ,6 562,9 627, 443,1 355,7 412,3 12,4 49,1 596,8 13,5 1139,3 378,8 541, , 48,1 659,5 399,8 336, 77,9 1126,4 528,9 786,3 1138,8 1581,6 43,4 55,6 Fonte: SIH/SES-PE Dentre as principais doenças deste grupo, estão a asma, com 12,9 internações/1. habitantes, e a bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas, com 45,8 internações/1. habitantes em Pernambuco no ano de 211. A X Região de Saúde foi a que mais se destacou quanto ao coeficiente de morbidade hospitalar destes agravos no ano investigado (Figura 28). 27

48 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 28 Coeficiente de Morbidade Hospitalar por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo Região de Saúde. Pernambuco, I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Asma 66,2 98,4 28,7 48,9 37,8 247, 111,9 94,8 81,7 493,9 484,9 49,8 12,9 Bronquite, enfisema e outras DPOC 46,4 37,4 53,9 37,7 33,7 28,7 4,9 14,9 94,8 149,4 7,6 27,4 45,8 Legenda: DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Fonte: SIH/SES-PE Com relação aos óbitos acorridos em 28 e 211, o estado registrou aumento de 27,8% no coeficiente de mortalidade por doenças respiratórias, que passou de 24,1 para 3,8 óbitos/1. habitantes. A I Região de Saúde apresentou os maiores coeficientes nos dois anos estudados, encontrando-se aumento da mortalidade em todas as Regiões, sendo maior na II Região, com 116,2% (Figura 29). Figura 29 Coeficiente de Mortalidade por doenças respiratórias segundo Região de Saúde. Pernambuco, 28 e I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE 28 29,5 15,4 23, 27,7 11,8 17,4 18,7 21,6 13, 15,8 15,8 16,4 24, ,5 33,3 28,8 29,2 19,6 2,2 31,5 28,3 19,7 24,8 24,4 32,6 3,8 Fonte: SIM/SES-PE Em 211, o coeficiente de mortalidade por asma e por bronquite, enfisema e outras doenças pulmonares obstrutivas crônicas foi de 1, e 3,1 óbitos/1. habitantes, respectivamente. Assim como nas internações, a X Região de Saúde destacou-se com os maiores coeficientes (Figura 3). 28

49 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 3 Coeficiente de Mortalidade por asma, bronquite, enfisema e outras DPOC segundo Região de Saúde. Pernambuco, I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Asma,2,4 6,3,8,4 3,7,,5,3 6,5,4,3 1, Bronquite, enfisema e outras DPOC 2,9 5,1 4,5 3,3 2,5 1,3 5, 1,4 2,7 5,5 1,3 2,3 3,1 Legenda: DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Fonte: SIM/SES-PE Outra questão que impacta no Ambiental é a emissão de efluentes e resíduos sólidos pelas indústrias. O controle da emissão de efluentes está previsto em legislações específicas, como a Instrução Normativa n. 96 de 3 de março de 26 e na NBR 98 (1987) (SANTOS et al., 212). Em Pernambuco, no período de 26 a 212, foram identificadas e cadastradas 211 áreas com população em solo com suspeita de contaminação por efluente e/ou resíduos sólidos industriais. A maioria destas áreas encontra-se na I Região de Saúde, por abranger o Complexo Industrial e Portuário do Estado (Tabela 4). Tabela 4 Número de áreas cadastradas no Sissolo. Pernambuco, 26 a 212 Região de Saúde I-Recife II-Limoeiro III-Palmares 4 IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde 1 VII-Salgueiro VIII-Petrolina 11 1 IX-Ouricuri 1 X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana Pernambuco Fonte: SISSOLO/SES-PE 29

50 Número de nascidos vivos Situação de Saúde Taxa Bruta de Natalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 5. NATALIDADE As informações sobre natalidade são provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), cujo instrumento base para coleta de dados é a Declaração de Nascido Vivo (DN), padronizada pelo Ministério da Saúde (MS), e que também serve de base para lavratura da Certidão de Nascimento pelo Cartório de Registro Civil (BRASIL, 29a). O número de nascidos vivos (NV) é utilizado para construção de alguns indicadores de saúde, tais como coeficiente de mortalidade infantil, razão de morte materna e cobertura vacinal, além de subsidiar a elaboração de perfis epidemiológicos para o conhecimento das condições de nascimento das crianças e informações sócio-demográficas da mãe (MELLO-JORGE, 1993). No período de 22 a 211 nasceram crianças por ano, em média, de mães residentes em Pernambuco. No decênio analisado houve redução de 6,6% no número de NV no Estado, passando de (22) para (211) (Figura 31). A Taxa Bruta de Natalidade (TBN) expressa a frequência anual de NV no total da população e, quando apresenta valores elevados, está relacionado à baixa condição socioeconômica. A TBN é influenciada pela estrutura etária e sexo da população (RIPSA, 28). Em Pernambuco, a TBN passou de 18,9 para 16,1 NV/1. habitantes no período entre 22 e 211, representando uma redução de 14,8% (Figura 31). Entre as Regiões de Saúde, no ano de 211, 41,% do número de NV de mães residentes no Estado pertenciam a I Região de Saúde. Contudo, esta Região apresentou a menor TBN (14,8 NV/1. habitantes), enquanto a IX Região apresentou a maior (19,7 NV/1. habitantes) (Tabela 5). Figura 31 Número de nascidos vivos e da taxa bruta de natalidade. Pernambuco, 22 a ,9 19,2 17,7 18,1 17,2 16,9 16,6 16,1 15,6 16, Nº nascidos vivos TBN Fontes: Sinasc/SES-PE; IBGE - Censos e estimativas Intercensitárias 3

51 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 5 Número de nascidos vivos, percentual e taxa bruta de natalidade segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 Taxa Bruta de Natalidade Região de Saúde Nº de nascidos vivos (1. habitantes) I-Recife ,8 II-Limoeiro ,1 III-Palmares ,7 IV-Caruaru ,1 V-Garanhuns ,8 VI-Arcoverde ,9 VII-Salgueiro , VIII-Petrolina ,9 IX-Ouricuri ,7 X-Afogados da Ingazeira ,1 XI-Serra Talhada ,7 XII-Goiana ,8 Pernambuco ,1 Fontes: Sinasc/SES-PE; IBGE - Censos e estimativas Intercensitárias 5.1. Características Gerais do Recém-Nascido O peso ao nascer é uma das variáveis da DN, relacionadas ao recém-nascido, tomado até a quinta hora de vida após o nascimento. Nesta análise, realizou-se uma adaptação da classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), com a junção das categorias extremo baixo peso (<1.g) e muito baixo peso, resultando nos seguintes parâmetros: Muito baixo peso (MBP): <1.5g; Baixo peso (BPN): g; Insuficiente: g; Adequado: g; Excesso de peso: 4.g. Entre 22 e 211, em Pernambuco, a proporção de NV com peso adequado apresentou média de 64,8%; peso insuficiente, média de 21,2%; e BPN, média de 6,5%. O peso ao nascer inferior a 2.5g é considerado importante fator de risco para mortalidade infantil. Embora esteja relacionado a algumas variáveis maternas, sua frequência é resultado direto de uma condição socioeconômica desfavorável, podendo ser considerado um bom indicador de qualidade de vida. O BPN também pode estar relacionado à prematuridade, ao parto cesárea e à gravidez na adolescência e em mulheres acima de 35 anos. Como será apresentado posteriormente, todos estes fatores apresentaram aumento em Pernambuco no período estudado (Tabela 6). 31

52 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Peso ao nascer Tabela 6 Proporção de nascidos vivos segundo peso ao nascer. Pernambuco, 22 a 211 Biênio Média Variação da proporção /22-23 MBP 1,1% 1,1% 1,2% 1,2% 1,3% 1,2% 18,2% BPN 6,5% 6,5% 6,4% 6,4% 6,5% 6,5%,% Insuficiente 21,1% 21,2% 2,9% 21,% 21,6% 21,2% 2,4% Adequado 64,5% 64,7% 64,8% 65,1% 64,9% 64,8%,6% Excesso 6,2% 6,2% 6,5% 6,2% 5,8% 6,2% -6,5% Ignorado,5%,3%,1%,1%,1%,2% -8,% Fontes: Sinasc/SES-PE A análise da idade gestacional é utilizada para avaliar o risco de morbimortalidade do recém-nascido e, assim, proporcionar assistência adequada com tecnologias específicas de atenção à gestante e ao recém-nascido. Considerando a idade gestacional, o recém-nascido é classificado em: Prematuro: <37 semanas; A termo: 37 a 41 semanas; Pós-termo: 42 semanas e mais. A prematuridade é um importante fator que contribui tanto para a mortalidade infantil quanto para o comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança. Em virtude da mudança na variável duração da gestação no formulário da DN a partir de 211, que passou a ser preenchida com a data da última menstruação discriminada, houve aumento da proporção de NV com duração da gestação ignorada/não informada. Em virtude disso, optou-se por retirar o ano de 211 da análise. Ao analisar os triênios compreendidos no período de 22 a 21, observa-se aumento na proporção de NV prematuros (11,9%), redução proporcional de NV pós-termo (75,%), e predomínio de NV a termo, com média de 93,1% (Tabela 7). Tabela 7 Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação. Pernambuco, 22 a 211 Duração da gestação Triênio Média Variação da proporção 28-21/22-24 Prematuro 5,2% 5,5% 5,9% 5,5% 11,9% A termo 93,2% 92,9% 93,1% 93,1% -,1% Pós-termo 1,4% 1,5%,8% 1,2% -75,% Ignorado,2%,1%,3%,2% 33,3% Fontes: Sinasc/SES-PE Ao analisar a duração da gestação entre as Regiões de Saúde, utilizou-se o ano de 21, tendo em vista que este foi o último ano antes da mudança no preenchimento da variável duração da gestação. Nesse ano, verificou-se que a maior concentração de NV pré-termo ocorreu na I Região (7,5%) e pós-termo na VIII Região (2,%). A proporção de NV a termo se manteve acima de 9% em todas as Regiões (Figura 32). 32

53 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 32 Proporção de nascidos vivos segundo duração da gestação e Região de Saúde. Pernambuco, 21 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Ignorado,2,4 1,9,4,7,3 1,,5,3,2,4,2,4 Pós-termo,5,7,9,5 1,4,4,8 2,,8 1,1 2,6,7,8 A termo 91,9 94,2 91,5 93,4 93,1 95,4 92,3 9,5 94,8 94,4 92,9 93,4 92,7 Prematuro 7,5 4,7 5,7 5,7 4,8 3,9 5,9 7, 4,1 4,2 4, 5,6 6,1 Fonte: Sinasc/SES-PE 5.2. Características Gerais Maternas A idade materna é um importante fator de risco para o BPN, particularmente entre as adolescentes (NASCIMENTO; GOTLIEB, 21). Ao analisar os NV de Pernambuco entre os anos 22 e 211, identificou-se aumento de 2,% na proporção de NV de mães com 1-14 anos e redução de 11,% de mães com idade entre anos. A proporção de NV de mães com idade entre 2 a 34 anos foi a maior entre os grupos etários, apresentando média de 68,7% no período. Quanto à proporção de NV de mães com idade de 35 anos e mais, observa-se aumento de 15,%, passando de 8,% no biênio para 9,2% em (Tabela 8). Idade da mãe Tabela 8 Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe. Pernambuco, 22 a 211 Biênio Variação da Média proporção / a 14 1,% 1,% 1,% 1,% 1,2% 1,% 2,% 15 a 19 22,8% 22,9% 22,3% 21,2% 2,3% 21,9% -11,% 2 a 34 68,1% 68,2% 68,4% 69,2% 69,4% 68,7% 1,9% 35 8,% 7,9% 8,3% 8,5% 9,2% 8,4% 15,% Ignorado,1%,1%,%,%,%,% -1,% Fontes: Sinasc/SES-PE Em 211, as Regiões de Saúde que apresentaram as maiores proporções de mães adolescentes (1 a 19 anos) no estado foram a III (28,1%), IX (24,9%) e XII (23,9%). Com relação às mães com idade igual ou superior a 35 anos destacaram-se as Regiões V (1,4%) e I (1,2%) (Figura 33). 33

54 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 33 Proporção de nascidos vivos segundo idade da mãe e Região de Saúde. Pernambuco, 211 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE 35 1,2 8,7 6,5 9,1 1,4 9,7 9,2 9,5 9,3 7,6 8,3 8,7 9,4 2 a 34 7,5 7,6 65,4 68,2 68,9 67,1 69,2 68,2 65,8 71,2 69,7 67,5 69,1 15 a 19 18,3 19,5 26, 21,3 19,6 21,9 2,5 2,9 23,6 2,3 2,9 22,6 2,3 1 a 14 1, 1,3 2,1 1,5 1,2 1,3 1,1 1,4 1,3 1, 1,2 1,3 1,2 Fonte: Sinasc/SES-PE O grau de instrução materno, única variável da DN que permite avaliar a situação socioeconômica do recém-nascido, está associado com o resultado da gestação e sobrevivência no primeiro ano de vida (MELLO-JORGE et al., 1993). A baixa escolaridade materna pode predispor ao aparecimento de situações de risco para a mãe e o recém-nascido, pois está associada ao baixo peso ao nascer, à mortalidade perinatal, neonatal e infantil, assim como ao aumento do número de partos (HAIDDAR; OLIVEIRA; NASCIMENTO, 21). Em Pernambuco, a proporção de mães sem escolaridade variou de 9,% (22) para 1,8% (211), com redução de 8,%, e acréscimo de 82,4% de nascidos vivos cujas mães possuem oito ou mais anos de estudo, variando de 31,9% (22) a 58,2% (211) (Figura 34). Figura 34 Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna. Pernambuco, 22 a 211 % Nenhuma 9, 7,3 6,2 5,3 4,4 3,8 3, 2,6 2,2 1,8 1 a 3 19,7 18,2 16,8 15,6 14,1 13, 11,2 9,7 9,1 8,3 4 a 7 37,4 37,7 38, 38,1 37,2 36,7 35,9 34,4 32,7 3,4 8 a 11 23,3 25,4 27,8 3, 32,4 33,7 35,6 38,6 41, 48,2 12 8,6 9,5 9,4 9,5 1,7 12, 13,2 13,4 14,1 1, Fonte: Sinasc/SES-PE 34

55 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A análise por Região de Saúde, no ano de 211, revelou que a VI Região possui a maior proporção de NV de mães sem escolaridade (4,1%) e a I Região a menor (,7%). Em contrapartida, mais de 5% dos NV das I, II, VII e XI Regiões são de mães com escolaridade entre 8 a 11 anos. A I e VIII Regiões destacaram-se por apresentar proporções de nascidos vivos de mães com escolaridade igual ou superior a 12 anos, maior que a média estadual, com 14,7% e 1,6%, respectivamente (Figura 35). Figura 35 Proporção de nascidos vivos segundo escolaridade materna e Região de Saúde. Pernambuco, 211 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Ignorado,5 1,3 1,2 1,5 1,2 6,7 1,1 1,,8 1,5 2,,9 1, ,7 6,5 4,2 6,6 7, 5,6 9, 1,6 6, 6,8 6,8 6,2 1, 8 a 11 56,3 5,7 38,7 4,7 36, 37, 52,7 48,8 41,3 41,2 5, 44, 48,2 4 a 7 23,6 3,3 39,1 37,2 37,5 33,2 29, 31,6 36, 39,6 31,3 34,8 3,4 1 a 3 4,1 9,5 13,5 11,5 14,4 13,3 6,4 6,8 13,2 9,8 8,3 11,2 8,3 Nenhuma,7 1,6 3,3 2,4 3,8 4,1 1,8 1,3 2,7 1,1 1,6 2,9 1,8 Fonte: Sinasc/SES-PE 5.3. Características Gerais da Gestação e Parto A não realização de consultas de pré-natal pode contribuir para a mortalidade infantil (TREVISAN et al., 22) e materna. A assistência pré-natal adequada possibilita a identificação precoce de situações de risco, previne complicações e assegura a evolução normal da gravidez, preparando a mãe para o parto, puerpério e os cuidados com o recém-nascido. Desta forma, ampliar o acesso à consulta de pré-natal foi contemplado em um dos objetivos do Pacto pela Vida (BRASIL, 29b). Em Pernambuco, observa-se importante redução na proporção de NV de mães sem consultas de pré-natal (72,1%), variando de 6,1% em 22 para 1,7% em 211. Ao mesmo tempo identificou-se aumento de 39,9% para 54,3% na proporção de NV de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal (Figura 36), representando um aumento proporcional de 36,1%. Isto pode estar relacionado ao aumento da cobertura da Estratégia Saúde da Família em Pernambuco, que passou de uma cobertura de 49,3% em 22, para 68,2% em 211 (BRASIL, 22; BRASIL, 211b). 35

56 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 36 Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal. Pernambuco, 22 a 211 % Nenhuma 6,1 4,8 3,8 3,4 2,6 2,1 1,8 1,8 1,5 1,7 1 a 3 11,6 1,5 1,5 1,9 9,5 8,6 7,9 7,5 6,9 8,1 4 a 6 41,3 42,9 43,8 45,5 44,6 44,3 43,2 41,2 38,8 34,2 7 39,9 4,7 4,9 39,2 42,5 44,4 46,2 48,6 52, 54,3 Fonte: Sinasc/SES-PE A análise de 211 revelou que as Regiões de Saúde, exceto a III, apresentaram mais de 5% dos NV cujas mães realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal, sendo a X Região a que apresentou a maior proporção (64,7%), e a XI a segunda menor (5,6%) (Figura 37). Figura 37 Proporção de nascidos vivos segundo número de consultas de pré-natal e Região de Saúde. Pernambuco, 211 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Ignorado 2,8,7 1,,6 1,2,4,8 1,1,4,1,2 1,1 1,6 7 53,6 55,3 42,4 55,7 58,9 59,6 57,7 56,8 55,7 64,7 5,6 5,9 54,3 4 a 6 32,8 36,2 42,3 34,8 32,1 31,2 33,6 33,2 36,2 29,5 38,4 37,5 34,2 1 a 3 9,1 6,4 11,1 7,4 6,2 6,5 7,3 8,1 6,5 4, 7,8 8,1 8,1 Nenhuma 1,7 1,4 3,2 1,5 1,6 2,3,7,8 1,1 1,6 3, 2,4 1,7 Fonte: Sinasc/SES-PE 36

57 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco O parto cesárea é uma alternativa cirúrgica quando a vida da gestante e/ou do feto está em risco (BARBOSA et al., 23). Apesar disso, observa-se aumento progressivo de partos cesáreos no Brasil e no mundo, superando os 15% preconizados pela Organização Mundial de Saúde. Estudo realizado por Haiddar, Oliveira e Nascimento (21) identificou que mães com maior escolaridade apresentam maior chance de terem partos cesáreos. Além disso, a ocorrência de NV prematuros é maior nesse tipo de parto (ZIMMERMMANN et al., 29). No início do período predominaram os partos vaginais, que foram reduzindo gradativamente chegando a ser superados pelos partos cesáreos no ano de 21 (Figura 38). Figura 38 Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto. Pernambuco, 22 a 211 % Vaginal 68,7 66,5 65,7 64,3 61, 59,4 55, 52,9 49,9 48,7 Cesárea 31,1 33,4 34,2 35,6 38,9 4,6 45, 47, 5, 51,1 Fonte: Sinasc/SES-PE Quanto às Regiões de Saúde, a VI Região destacou-se por apresentar a maior proporção de partos vaginais (61,8%) e a X Região de partos cesáreas (64,3%), em 211 (Figura 38). Figura 39 Proporção de nascidos vivos segundo tipo de parto e Região de Saúde. Pernambuco, 211 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Ignorados,1,3,2,2,3,2,2,2,2,2 1,8,1,2 Cesárea 56, 57,4 5,1 52,3 42,5 38, 44,8 4,7 39,9 64,3 46,4 44,5 51,1 Vaginal 43,9 42,3 49,7 47,5 57,1 61,8 55, 59,1 59,9 35,6 51,8 55,4 48,7 Fonte: Sinasc/SES-PE 37

58 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco O local de ocorrência do parto é determinado pelo modelo assistencial vivenciado na localidade (PROGIANTI, 24). De acordo com o Manual de Orientações para Preenchimento da DN (BRASIL, 211c), as opções disponíveis para preenchimento são: Hospitalar, quando o nascimento ocorre em estabelecimento de saúde com funcionamento 24 horas por dia e que disponha de um profissional médico de plantão; Domiciliar, quando o nascimento ocorre em domicílio, seja este o de residência da mãe ou não; Outros Estabelecimentos de Saúde, quando o nascimento ocorre em qualquer estabelecimento de saúde que não se enquadra na definição para o Hospital; Outros, quando o nascimento não ocorre nos locais especificados nas outras opções. No decênio analisado, observa-se que em média 98,5% dos NV de Pernambuco ocorreram em Hospitais. A proporção de NV de parto domiciliar representou apenas,9% no período, com redução de cerca de 8%, entre 22 e

59 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 6. MORBIDADE 6.1. Doenças e agravos transmissíveis Hanseníase A Hanseníase é transmitida através do Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen) e é considerada um importante problema de saúde pública em alguns países em desenvolvimento, entre eles o Brasil. A doença é caracterizada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Os sintomas estão relacionados ao comprometimento do nervo, podendo afetar a força muscular, a marcha, entre outros, e até provocar deformidades físicas. O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico precoce de casos, tratamento e cura oportunos, visando à eliminação das fontes de infecção e prevenção das possíveis sequelas (Brasil, 21b). Em Pernambuco, apesar do coeficiente de detecção de casos novos vir decrescendo anualmente, o estado continua classificado como de endemicidade muito alta na detecção geral e hiperendêmico em menores de 15 anos, segundo os critérios preconizados pela OMS e estabelecidos na Portaria nº (Tabela 9). Isso demonstra a presença de fontes de transmissão ativa da doença e provável endemia oculta. O estado é responsável por 7,8% dos casos novos do Brasil na população geral e 11,8% dos casos em menores de 15 anos. Ocupa a 9ª e 5ª colocação em coeficiente de detecção geral e em menores de 15 anos, respectivamente, em relação às demais Unidades Federadas do país. Tabela 9 Parâmetros de endemicidade para o coeficiente de detecção anual de casos novos na população geral em em menores de 15 anos Classificação Coeficiente geral Coeficiente <15 anos Hiperendêmico 4,/1. hab. 1,/1. hab. Muito alto 2, a 39,99/1. hab. 5, a 9,99/1. hab. Alto 1, a 19,99/1. hab. 2,5 a 4,99/1. hab. Médio 2, a 9,99/1. hab.,5 a 2,49/1. hab. Baixo <2,/1. hab. <,5/1. hab. Fonte: BRASIL, 21b A RMR é responsável, em média, por 6% dos casos diagnosticados na população geral do estado, e 8% dos casos em menores de 15 anos. A capital pernambucana responde por aproximadamente 3% do total de casos diagnosticados ao ano. Ao se observar a distribuição de casos por Região de Saúde (Tabela 1), percebe-se, na detecção geral, que as áreas variam entre a hiperendemicidade e média endemicidade, e, na população menor de 15 anos, entre os parâmetros da hiperendemicidade e não endemicidade. 39

60 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Provavelmente essas variações estão relacionadas a questões operacionais e não epidemiológicas, merecendo destaque a concentração de casos na I Região de Saúde, dando à endemia um aspecto urbanicista. Tabela 1 Coeficiente de detecção geral e em < de 15 anos (por 1. habitantes) e parâmetros de endemicidade da OMS segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 Região de Saúde População geral Menores de 15 anos Coeficiente de Parâmetros Coeficiente de Parâmetros detecção (endemicidade) detecção (endemicidade) I-Recife 44,5 Hiperendêmico 26,2 Hiperendêmico II-Limoeiro 15, Alto 4,8 Alto III-Palmares 13, Alto 5,9 Muito Alto IV-Caruaru 11,5 Alto 2,4 Médio V-Garanhuns 7,6 Médio, Baixo VI-Arcoverde 14,1 Alto 3,5 Alto VII-Salgueiro 3,3 Muito Alto, Baixo VIII-Petrolina 47,2 Hiperendêmico 11, Hiperendêmico IX-Ouricuri 39, Muito Alto 5,8 Muito Alto X-Afogados da Ingazeira 13,3 Alto, Baixo XI-Serra Talhada 15,6 Alto 3,2 Alto XII-Goiana 26,4 Muito Alto 2,5 Alto Pernambuco 29,9 Muito Alto 12,7 Hiperendêmico Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No período de 27 a 211 observa-se uma baixa proporção de contatos examinados dentre os registrados, sempre abaixo do preconizado pelo MS (75%) (Figura 4). É evidente a necessidade de se intensificar ações que melhorem a busca ativa de contatos, pois contribuirá para a redução na incidência e/ou aumento do diagnóstico oportuno. Figura 4 Proporção de contatos intradomiciliares registrados, dentre os esperados, e de contatos examinados, dentre os casos novos de hanseníase registrados. Pernambuco, 27 a 211 % ,5 93, 91, 9, 89, 68, 72, 65, 58, 53, Contatos registrados entre os esperados Contatos examinados Fonte: Sinan/SES PE 4

61 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco No mesmo período analisado, a proporção de cura na coorte dos casos novos foi em média 82,2% (Figura 41). Esse indicador avalia a qualidade da atenção e do acompanhamento dos casos novos diagnosticados até a completitude do tratamento. O resultado do indicador representado na série histórica demonstra a necessidade de se intensificar ações que favoreçam um efetivo acompanhamento das pessoas acometidas pela hanseníase no estado. Figura 41 Proporção de cura na coorte de casos novos de hanseníase. Pernambuco, 27 a 211 % ,1 82,2 84,7 83,4 8, Fonte: Sinan/SES PE A figura 42 demonstra que a proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento apresentou oscilação nos últimos cinco anos. Em 29 houve redução de 66,% em relação ao ano de 28, porém, nos anos subsequentes houve um expressivo aumento, com acréscimo de 4,% e 122,2% entre os anos de 29 a 21 e 21 a 211, respectivamente. Figura 42 Proporção de casos em possíveis abandonos de tratamento de hanseníase no registro ativo. Pernambuco, 27 a 211 % , 15,9 16,8 12, 5, Fonte: Sinan/SES PE 41

62 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A proporção de casos com o grau de incapacidade física avaliado no momento do diagnóstico e da cura tem como utilidade medir a qualidade do atendimento dos serviços de saúde, mostrando a efetividade ou não do serviço em relação à detecção precoce dos casos novos. A figura 43 demonstra que nos últimos cinco anos, em média, 9,1% dos casos foram avaliados no momento do diagnóstico, resultado satisfatório pelos parâmetros OMS, e que os casos detectados com algum grau de incapacidade instalado (I e II) apresentam declínio nos percentuais no mesmo período avaliado. Figura 43 Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento do diagnóstico de hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 27 a 211 % ,6 9, 92, 9, 88, 27,6 2, 21, 19, 2,5 7,9 7, 6, 6, 5, % GI I % GI II % Avaliado Legenda: GI I Grau de incapacidade física I; GI II Grau de incapacidade física II Fonte: Sinan/SES-PE Quanto aos casos com o grau de incapacidade física avaliado na cura (Figura 44), observa-se que, em média, 6,2% dos casos foram avaliados em todo período, parâmetro considerado precário, pelos parâmetros do MS o qual recomenda que 9,% dos casos sejam avaliados no momento da cura. Os percentuais dos casos com incapacidades instaladas (I e II) se mantiveram com pequenas oscilações, apresentando declínio do grau I e grau II entre os anos de 21 e

63 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 44 Proporção de casos de incapacidade física segundo grau (I e II) no momento da cura por hanseníase e proporção de avaliados. Pernambuco, 27 a 211 % , 63, 65, 63,1 5, 16, 16, 13, 14, 13,4 5, 5, 5, 5, 4, GIF I GIF II Avaliados Legenda: GI I Grau de incapacidade física I; GI II Grau de incapacidade física II Fonte: Sinan/SES-PE Tuberculose Nos países em desenvolvimento, estima-se que ocorram 7,5 milhões de casos novos e mais de 2,8 milhões de mortes por tuberculose (TB). A prevalência no sexo masculino é duas vezes maior que no feminino e atinge todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos economicamente ativos (15 a 54 anos). O Brasil apresenta aproximadamente 85 mil casos novos por ano e cerca de 5 a 6 mil mortes pela doença (BRASIL, 25). Em Pernambuco, no período entre 27 a 211, foram registrados, em média, 4.124,4 novos casos de tuberculose por ano. Neste período, houve uma pequena oscilação nas taxas de incidência da tuberculose pulmonar bacilífero, com valor máximo no ano de 29 (48,1 casos por 1. habitantes) e valor mínimo no ano de 211 (47,1/1. habitantes), observando-se estabilização nos patamares (Figura 45). 43

64 Número de casos Taxa de incidência (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 45 Número de casos novos e taxa de incidência (por 1. habitantes) de tuberculose. Pernambuco, 27 a ,5 47,4 48,1 47,3 47, Nº de casos Taxa de Incidência Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No ano de 21, das 12 Regiões de Saúde de Pernambuco, a I Região notificou o maior número de casos novos (3.51), com uma taxa de incidência de 78,1/1. habitantes, devido à grande concentração da populacional em áreas de cluster e em Unidades Prisionais. Entre os percentuais de abandono, o maior foi observado na VIII Região, com 13,9%, o que favorece a manutenção da cadeia de transmissão da doença e risco de resistência ao medicamento anti-tb (Tabela 11). Tabela 11 Número de casos novos, taxa de incidência (por 1. habitantes) e percentual de casos com abandono de tratamento de tuberculose segundo Região de saúde. Pernambuco, 21 Região de Saúde % de casos com Nº de casos Taxa de Incidência abandono de novo (por 1. hab.) tratamento I-Recife ,1 11,4 II-Limoeiro ,3 7,8 III-Palmares ,8 IV-Caruaru ,7 11,5 V-Garanhuns 8 15,6 2,5 VI-Arcoverde 58 15,2 1,3 VII-Salgueiro 49 35,3 6,1 VIII-Petrolina 11 23,2 13,9 IX-Ouricuri 63 19,1 9,5 X-Afogados da Ingazeira 25 13,8 12, XI-Serra Talhada 28 12,5, XII-Goiana 98 32,4 8, Pernambuco ,1 1,7 Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 44

65 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Uma das estratégias para o controle da tuberculose é o exame dos contatos intradomiciliares de pacientes TB pulmonar bacilífero, forma esta que transmite a doença. Em 21, a meta pactuada para o Brasil foi de 7% dos contatos intradomiciliares examinados e de 65% para Pernambuco. Nesse período, o estado alcançou 56,5%. O tratamento é a principal ação para romper a cadeia de transmissão e, para aumentar sua efetividade, foi instituído o Tratamento Diretamente Observado (TDO) e implementadas estratégias para aumentar a adesão. A figura 46 dispõe o percentual de abandono do tratamento dos casos de TB, onde mostra uma tendência crescente entre os anos de 26 a 28 e um leve decréscimo entre os anos de 29 e 21. Contudo, o indicador ainda permanece em patamares elevados, de acordo com o que preconiza a OMS, cujo valor não deve ultrapassar 5%. Figura 46 Percentual de abandono dos casos novos de tuberculose. Pernambuco, 26 a 21 % ,2 9,3 11,6 1,9 1, Fonte: Sinan/SES PE HIV/Aids A aids é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Devido a sua gravidade e caráter pandêmico, constitui-se, mundialmente, como um grave problema à saúde. O indivíduo infectado com o HIV que não realiza tratamento com antirretrovirais pode evoluir para uma grave disfunção imunológica, reduzindo os linfócitos T-CD4+, consideradas as principais células de defesa do organismo humano (BRASIL, 21c). Com a defesa do organismo comprometida, o indivíduo torna-se vulnerável a infecções e doenças oportunistas. Por outro lado, desde 1996, os antirretrovirais têm se mostrado reconstrutores do sistema imunológico, aumentando, portanto, as chances de defesa do organismo, bem como estendendo a sobrevida das pessoas que vivem com HIV/aids (BRASIL, 21c). No período de 21 a 211, Pernambuco registrou um total de casos novos de aids, com uma média de 1.44 novos casos por ano. Os casos, que no início da pandemia 45

66 Taxa de incidência (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco predominavam no sexo masculino, apresentam hoje uma razão de sexo de 1,6 homens para cada mulher, caracterizando uma tendência a feminização (Tabela 12). Tabela 12 Número de casos novos de aids em maiores de 13 anos por sexo segundo o ano de diagnóstico. Pernambuco, 21 a 211* Ano Masculino Feminino Razão de Total Diagnóstico Nº % Nº % sexos , , 1, , ,3 1, , ,4 1, , ,4 1, , ,1 1, ,2 48 4,8 1, , ,2 1, , ,9 1, , ,1 1, , ,6 1, , ,6 1, Total , ,4 1, Nota: *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/SES PE Analisando-se as taxas de incidência de aids em indivíduos com 13 anos e mais no referido período (Figura 47), verifica-se uma discreta tendência de estabilização, porém, em patamares elevados em ambos os sexos. Observa-se também a interiorização da distribuição geográfica dos casos, apenas 1 municípios ainda não têm pelo menos um caso notificado (Figura 48). Figura 47 Taxa de Incidência de aids (por 1. habitantes) em indivíduos maiores de 13 anos segundo sexo e ano do diagnóstico. Pernambuco, 21 a 211* ,5 17,2 17,8 16,7 15,4 15,6 15,7 14,4 14,6 14,8 13,1 13,2 13,4 13,7 13,5 9,8 12,3 12,2 11,7 11,6 11,9 1,9 11,3 1,4 9,6 9,4 9,5 9,1 9,3 8,7 8,3 8,4 6, Masculino Feminino Total *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 46

67 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 48 Distribuição do número de casos acumulados de aids segundo município de residência. Pernambuco, 1983 a 212* *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/SES PE No início da epidemia de aids, verifica-se que os homossexuais e bissexuais representavam o maior percentual de categoria de exposição ao HIV. Tal situação pode ter influenciado uma falsa ideia de que outros grupos populacionais não estivessem expostos à infecção. Atualmente, nota-se uma forte tendência da heterossexualização (Figura 49). Figura 49 Proporção de casos de aids em indivíduos com 13 anos e mais segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1983 a 211 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/SES PE Homossexual Bissexual Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Acid.Mat.Biológico Perinatal 47

68 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Observando-se os casos de aids em menores de 13 anos, verifica-se que desde o ano de 1995, a totalidade dos casos em Pernambuco nesta faixa etária, possui como categoria de exposição ao HIV, a transmissão vertical (TV) (Figura 5). Este fato poderia ser evitado seguindo-se todo o protocolo para a prevenção de TV de HIV: AZT e terapia combinada para a mãe na gestação e parto; parto cesáreo eletivo; AZT xarope para a criança nos primeiros dias de vida, quando a mãe fez uso de antirretrovirais (ARV) na gestação e, associado à Nevirapina quando não fez uso de ARV na gestação; e inibição da lactação associada ao fornecimento de formula láctea infantil até os 6 meses. Estas medidas reduzem as chances de TV a menos de 2% (BRASIL, 28a;BRASIL, 29c; BRASIL, 21c). Figura 5 Proporção de casos de aids em menores de 13 anos segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Pernambuco, 1987 a 211* 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % Hemofílico Transfusão Perinatal *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/SES PE Analisando-se as notificações de gestantes HIV+ por Região de Saúde, pode-se perceber que a I Região apresenta, em média, 8% das notificações e as maiores taxas de detecção do estado (Tabela 13). 48

69 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 13 Número de casos de gestantes HIV positivas e taxa de detecção (por 1. nascidos vivos) segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 27 a 211 Ano de Notificação Região de Saúde Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa Nº Taxa I-Recife 173 3, 186 3, ,2 25 3,6 21 3,4 II-Limoeiro 4,5 14 1,5 5,6 9 1,1 14 1,6 III-Palmares 1 1, 12 1,1 7,7 1 1,2 9,9 IV-Caruaru 2,1 2,1 4,2 9,5 12,6 V-Garanhuns, 6,6 1,1 2,2 8,9 VI-Arcoverde 1,1 1,1 1,1 3,4 3,4 VII-Salgueiro,,,,, VIII-Petrolina 1,1 1,1, 4,5 6,7 IX-Ouricuri 1,1 1,1, 3,5 7 1,1 X-Afogados da Ingazeira 1,3 2,7 2,7 1,4 2,7 XI-Serra Talhada 1,2 1,3 1,3, 1,2 XII-Goiana 3,6 3,6 3,6 12 2,6 14 2,9 Pernambuco 197 1, , , 258 1, ,9 *Notificações até Setembro/212 Fonte: Sinan/Sinasc/SES PE Sífilis congênita A Sífilis congênita é resultado de uma infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum e é transmitida ao bebê por via transplacentária de uma mãe infectada não tratada ou tratada inadequadamente. Pode provocar aborto, natimorto, má formação do feto, ou morte do recém-nato. É uma doença que pode ser evitada se o tratamento da mãe e parceiro sexual ocorrer em tempo hábil (BRASIL, 21d). Em casos de sífilis congênita notificados, mais de 5% são assintomáticos. Considerando que a taxa de transmissão vertical da sífilis em mulheres sem tratamento é de 7% na fase primária, 1% na fase secundária e de 3% nas fases tardias da doença, a rotina da triagem de sífilis nas gestantes no início da gestação, 3º trimestre gestacional e também na hora do parto torna-se ainda mais importante (BRASIL, 26a). Analisando-se as taxas de incidência de sífilis congênita entre os anos de 21 e 211 (Figura 51), verifica-se um comportamento instável, com patamares elevados (média de 3,7/1. nascidos vivos) e bem além da meta do MS, que é menor de,5 caso para cada 1. nascidos vivos (BRASIL, 211d). As altas taxas de incidência apresentadas no estado podem estar refletindo falhas dos serviços de saúde, principalmente no que concerne à detecção precoce de casos de gestantes com sífilis e tratamento adequado no pré-natal, incluindo os parceiros. 49

70 Número de casos Taxa de Incidência (por 1. nascidos vivos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 51 Número de casos de sífilis congênita em menores de 1 ano e taxa de incidência (por 1. nascidos vivos) segundo ano do diagnóstico. Pernambuco, 21 a Número de casos Taxa de Incidência 3,1 2,8 4,2 4, 4,6 4,3 3,9 2,8 3, 3,5 4,7 Fonte: Sinan/Sinasc/SES PE Observando-se as notificações de sífilis congênita por Região de Saúde de Pernambuco, no período de 27 a 211, verifica-se que a I Região apresentou o maior número de notificações, bem como as mais elevadas taxas de detecção. Percebe-se, ainda, que o número de notificações de sífilis em gestantes, corresponde, em média, a 4% do total das notificações de sífilis congênita (Tabela 14). Tabela 14 Número de casos notificados de sífilis congênita em menores de 1 ano, taxa de incidência (por 1. nascidos vivos) e número de casos notificados em gestantes segundo Região de Saúde. Pernambuco, 27 a 211 Ano do diagnóstico Região de Saúde Nº <1 ano Taxa Nº Gest. Nº <1 ano Taxa Nº Gest. Nº <1 ano Taxa Nº Gest. Nº <1 ano Taxa Nº Gest. Nº <1 ano Taxa Nº Gest. I-Recife 444 7, , , , ,4 32 II-Limoeiro 18 1, ,2 27 4, , ,6 12 III-Palmares 22 2, , , , ,1 13 IV-Caruaru 38 1, , , , , 67 V-Garanhuns 4,4 45 3,3 24 5,5 14 4,4 5 5,5 5 VI-Arcoverde 5, , ,9 25 VII-Salgueiro 1,4 6 2, , , ,9 8 VIII-Petrolina 12,1 3 8, ,2 11 9,4 22 IX-Ouricuri , 1 3, 8 X-Afogados da Ingazeira 1, ,7 3 2,7 5 XI-Serra Talhada 1,2 7 1, , XII-Goiana 14 3, , , , ,7 22 Pernambuco 561 3, , , , ,7 496 Fonte: Sinan/Sinasc/SES PE 5

71 Número Taxa de detecção (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Esses dados apontam a necessidade de ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da sífilis no pré-natal, tanto da gestante quanto do seu parceiro sexual. Desta forma, espera-se evitar a transmissão vertical, reduzindo-se os casos de sífilis congênita no estado Hepatites virais As Hepatites Virais (HV) são doenças infecciosas de etiologias virais diversas e características clínico-epidemiológicas também distintas. São de notificação compulsória e têm na Vigilância Epidemiológica um instrumento com a capacidade de descrever seu comportamento e identificar seus fatores de risco (BRASIL, 28b). As HV constituem um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, devido sua elevada incidência e prevalência e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas. Segundo a OMS, cerca de dois bilhões de pessoas já tiveram contato com o vírus da hepatite B em todo o mundo e cerca de 325 milhões encontram-se na condição de portadores crônicos. Estimativas apontam que no Brasil pelo menos 1% da população já teve contato com o vírus e desconhece seu estado de portador, o que favorece o elo na cadeia de transmissão dos vírus da hepatite B (BRASIL, 28b). No período de 22 a 211, observa-se que houve aumento gradativo dos casos confirmados das hepatites até 25, com diminuição da taxa de detecção a partir de 26 e queda expressiva no ano de 21 (Figura 52). Isto se deve à elevada subnotificação de casos de hepatite em Pernambuco, com proporção considerável de casos assintomáticos que permanecem desconhecidos do sistema de vigilância. Somam-se a esse fato, ainda, as diferentes capacidades de captação de casos pela vigilância epidemiológica dos municípios, bem como o encerramento destes de acordo com os critérios laboratorial e clínico epidemiológico. Figura 52 Número de casos notificados e confirmados de hepatites virais e taxa de detecção (por 1. habitantes). Pernambuco, 22 a 211* Nº casos confirmados Nº casos notificados Taxa de detecção 2,8 8,1 12,5 16,7 11,5 11,5 11, 9,1 5,5 8, Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 51

72 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A análise por Região de Saúde no ano de 211 demonstra que a I Região apresentou o maior número de notificações (572 casos), assim como o percentual de casos confirmados, correspondendo a 84,6% (Tabela 15). Esses dados apontam a necessidade de implementação e descentralização no acesso ao diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Desta forma, esperase aumentar a suspeita no número de casos e confirmação dos mesmos quebrando a cadeia de transmissão. Tabela 15 Número e percentual de casos notificados e confirmados de hepatites virais segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 Região de Saúde Notificados Confirmados % confirmados I-Recife ,6 II-Limoeiro ,7 III-Palmares ,6 IV-Caruaru ,8 V-Garanhuns ,3 VI-Arcoverde ,4 VII-Salgueiro ,8 VIII-Petrolina ,7 IX-Ouricuri , X-Afogados da Ingazeira ,8 XI-Serra Talhada ,8 XII-Goiana , Pernambuco ,1 Fonte: Sinan/SES PE Cólera A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae, e tem o homem como principal reservatório. Os sintomas mais frequentes são diarreia e vômito, e podem surgir num período de algumas horas até cinco dias. Os casos leves (9%) manifestam-se com infecções inaparentes, sem distinção das diarreias comuns. Os graves apresentam diarreia intensa, incoercível e com inúmeras dejeções diárias, levando a desidratação rápida que, se não tratada adequadamente, pode evoluir para óbito. O diagnóstico de preferência é o laboratorial, com o isolamento do V. cholerae na cultura das fezes e/ou vômitos do doente ou portador assintomático. Entretanto, em áreas onde já ocorreu confirmação da circulação do V. cholerae, casos de diarreia aguda com manifestações clínicas e epidemiológicas compatíveis com a doença poderão ser definidos como cólera pelo diagnóstico clínico epidemiológico. A cólera é uma doença endêmica em países da Ásia e África, e tem se manifestado de forma epidêmica em várias partes do mundo. Desde 1817 até os dias atuais, a doença já causou sete pandemias no mundo. A última delas foi introduzida na América Latina pelo Peru, atingindo o 52

73 Número Taxa de detecção (por 1. habitantes) e letalidade (por 1 habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Brasil em janeiro de No período entre 1991 a 25, foram registrados casos e 2.35 óbitos no país, havendo maior concentração de casos (92,2%) e de óbitos (84,1%) na região Nordeste. O último caso no país ocorreu em 21, em São Paulo, procedente da Costa Rica. Em Pernambuco, entre os anos de 1992 e 25, foram notificados casos e 39 óbitos. A partir de então, nenhum caso foi notificado no estado. No início da epidemia de cólera ( ) foram registradas as mais altas taxas de incidência e expansão territorial, seguidos por períodos de declínio progressivo (1995 e 1997). Posteriormente foram observadas fases de recrudescimento de casos (1998-2) e de período silencioso (21-23). A maior taxa de detecção ocorreu em 1993 (135/1. habitantes) e a de letalidade ocorreu em 1996 (2,9%) (Figuras 53). Figura 53 Número de casos e óbitos confirmados de cólera, taxa de detecção (por 1. habitantes) e letalidade (1 habitantes). Pernambuco, 1992 a Nº casos Nº óbitos Taxa detecção 126,135, 86, 12, 3,1 7,6 14,9 3,3 6,2 1, 2,6,6 Taxa letalidade,9 1,4 1,3 1, 2,9 1,2,6,6 1,8 Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Nos anos de 24 e 25, foram registrados dois surtos veiculados pela água no município de São Bento do Uma (IV Região de Saúde), com registro de 21 e 4 casos, respectivamente. No Recife, ainda em 25, foi detectado um caso isolado da doença. Embora desde 26 não haja registros de casos de cólera em Pernambuco, a vigilância permanece ativa, pois o risco de sua reintrodução ainda é provável devido à possibilidade da chegada de brasileiros e imigrantes de áreas afetadas pela cólera e de condições ambientais favoráveis para disseminação dessa doença no estado. 53

74 Número Taxa de letalidade (por 1 habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Febre tifóide A febre tifóide é uma doença bacteriana aguda de distribuição mundial, transmitida de forma direta pelo contato com as mãos do doente ou portador e, principalmente, de forma indireta pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes ou urina do doente ou portador. O agente etiológico é a Salmonella typhi, bactéria de alta infectividade e virulência e de baixa patogenicidade (Brasil, 29b). A maior prevalência da doença é observada em populações que vivem em precárias condições socioeconômicas, geralmente em áreas da periferia da cidade, sem saneamento, higiene ambiental e pessoal. Em Pernambuco, nos últimos dez anos (22 a 211), foram registrados 15 casos, havendo, ao longo desse período, um declínio acentuado no número de casos notificados, com mediana de sete casos por ano, o que sugere subdiagnóstico e subnotificação da doença no estado. A maior concentração de casos foi registrada no ano de 22 (6 casos), decrescendo para 45 casos em 23 e 15 casos em 24. Nos anos seguintes, foram notificados menos de oito casos, não ocorrendo notificação em 211. A maior letalidade ocorreu em 25 (Figura 54). Figura 54 Número de casos e óbitos e taxa de letalidade (por 1. habitantes) por febre tifóide. Pernambuco, 22 a Nº casos Nº óbitos Taxa letalidade 3,3 2,2 13,3 2, Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Em relação ao local de ocorrência, observa-se uma maior concentração de casos da doença na IV (3,7%) e VII (12,%) Regiões de Saúde (Figura 55). O grupo etário mais atingido foi o de 2 a 49 anos (34%), seguido da faixa etária de 1 a 19 anos (26,7%) (Figura 56), não havendo predominância entre os sexos. Quanto ao critério de confirmação do diagnóstico, ressalta-se que 79,2% dos casos tiveram o diagnóstico definido por laboratório. 54

75 Número de casos Número de casos Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 55 Número de casos confirmados de febre tifóide segundo Região de Saúde. Pernambuco, 22 a I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII Nota: excluídos 36 casos de residência ignorada Fonte: Sinan/SES PE Figura 56 Número de casos confirmados de febre tifóide segundo a faixa etária. Pernambuco, 22 a <1 ano 1 a 4 5 a 9 1 a 19 2 a 49 5 e + Ign. Fonte: Sinan/SES PE 55

76 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) A incidência de doenças relacionadas ao consumo de alimentos cresce anualmente no mundo inteiro. As doenças transmitidas por alimentos (DTA) são consideradas problemas de saúde pública e atingem diversos países, até os mais desenvolvidos, manifestando-se de várias formas, desde ligeiras indisposições até situações mais graves, que podem necessitar de cuidados hospitalares ou mesmo causar óbito. No entanto, a maioria dos casos de DTA não é notificada, pois muitos microorganismos patogênicos presentes nos alimentos causam apenas sintomas brandos, fazendo com que as vítimas não busquem assistência médica (PASSOS et al., 28; MARCHI et al., 211). As DTA podem dar origem a surtos, que são episódios nos quais duas ou mais pessoas apresentam, em um mesmo período de tempo, sinais e sintomas semelhantes após a ingestão de um determinado alimento de mesma origem, considerado contaminado por evidência clínica, epidemiológica e/ou laboratorial (CÂMARA, 22). No estado de Pernambuco, de 22 a 211, foram registrados 551 surtos de DTA. Em 26, ocorreu o maior número de notificações, seguido do ano de 211. Nota-se que na I Região de Saúde está concentrada a maior proporção dos surtos de DTA do estado, sendo esta responsável por 81,7% deles. Também se verifica oscilação na ocorrência de surtos de DTA nos anos de 22 a 27, mas que de 28 a 211 tem-se uma tendência crescente no número de notificações (Tabela 16). Quanto ao número de pessoas doentes, 211 foi o ano em que mais pessoas foram acometidas por DTA, seguido de 28. Em 211, observa-se a maior proporção de doentes por surto, 37,8 (Tabela 16). Tabela 16 Número de surtos por DTA e doentes segundo Região de Saúde de ocorrência. Pernambuco, 22 a 211 Região de Saúde Total I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana Nº de surtos Nº de doentes Fonte: Sinan/SES PE 56

77 Indeterminado Água Alimentos mistos e prep. mistas Frango, processados e miúdos Cereais e farináceos Bovino, processados e miúdos Leite e derivados Doces e sobremesas Pescados e frutos do mar Hortaliças Ovos e produtos a base de ovos Frutas e produtos de frutas Bebidas não alcóolicas Suíno, processados e miúdos Produto químico Outros Número de surtos Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A água é o alimento mais envolvido nos surtos de DTA (n=11; 18,3%), seguido das preparações mistas (alimentos que contêm a mistura de gêneros, tais como produtos de origem animal e vegetal), com 14,8% (n=82). Ressalta-se ainda o elevado número de surtos com o alimento causador indeterminado (n=117; 21,2%), o que demonstra uma fragilidade na investigação (Figura 57). 14 Figura 57 Número de surtos de DTA segundo alimento contaminado envolvido. Pernambuco, 22 a Fonte: Sinan/SES PE A maior proporção de surtos de DTA no período de 22 a 211 foi em restaurantes, lanchonetes e bares (n=187; 33,9%), seguidos do domicílio (n=155; 28,1%) (Figura 58). Figura 58 Número de surtos de DTA segundo local de ocorrência. Pernambuco, 22 a 211 Canteiro de Obras 4 Embarcação 6 Hotel 9 Indeterminado 1 Padaria 13 Evento 17 Outros 22 Unidade Saúde 23 Refeitório Industrial 51 Escola/Creche 54 Residência 155 Restaurante/lanchonete/bar Número de surtos Fonte: Sinan/SES PE 57

78 Indeterminado E. Coli S. aureus Salmonella spp Clostridium spp Bacillus cereus S. coagulase positiva Outros Hepatite A Enterovírus Aeromonas Shigella spp Agente quimico Número de surtos Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Com relação ao agente etiológico causador do surto, observa-se que em Pernambuco o mais prevalente foi a Escherichia coli (n=96; 17,4%), seguida do Staphylococcus aureus (n=72; 13,1%). Destaca-se, também, o elevado percentual de surtos de DTA com o agente etiológico indeterminado (n=238; 43,2%) (Figura 59). Figura 59 Número de surtos de DTA segundo agente etiológico envolvido. Pernambuco, 22 a Fonte: Sinan/SES PE Influenza A influenza é uma infecção viral que afeta principalmente nariz, garganta, brônquios e, ocasionalmente, pulmão. São conhecidos três tipos de vírus influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética). O tipo A é o mais mutável dentre os três e o que causa mais epidemias e pandemias. A transmissão da influenza ocorre através das secreções das vias respiratórias do indivíduo de forma direta ao falar, tossir ou espirrar. Também pode ocorrer a transmissão indireta quando as mãos do individuo sadio entram em contato com superfícies contaminadas, levando o vírus para a boca, nariz e olhos. A infecção pelo vírus da influenza é caracterizada por início repentino dos sintomas que permanecem de uma a duas semanas. São eles: febre alta, dor muscular, dor de cabeça, mal-estar, tosse e coriza. A maioria das pessoas evolui de forma benigna. Entretanto, alguns indivíduos, principalmente as crianças menores de dois anos, imunodeprimidos ou com doenças crônicas, podem apresentar formas graves da doença e evoluir para óbito. 58

79 Número de casos confirmados Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Em 24 de abril de 29, a OMS notificou aos países membros a ocorrência de casos humanos de influenza A (H1N1). Em 11 de junho, foi declarada pandemia (fase 6), com identificação de casos em diferentes continentes. Em Pernambuco, no ano de 29, foram confirmados para influenza A (H1N1) 2 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo a maior ocorrência na faixa etária de 15 a 24 anos. No ano seguinte, ocorreram doze casos com predomínio na faixa etária de 25 a 29 anos e, em 211, foi confirmado um único caso em um indivíduo maior de 6 anos (Figura 6). Figura 6 Número de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo faixa etária. Pernambuco, 29 a < 2anos 3 a 4 5 a a a 29 3 a 49 5 a 59 6 e Fonte: Sinan/SES PE Nos anos de 29 a 211, o fator de risco para a infecção do vírus da influenza A H1N1 foram os indivíduos com pneumopatia crônica (27,3%), seguido das gestantes (16,8%) e dos portadores de cardiopatia crônica (6,2%) (Figura 61). Figura 61 Proporção de casos confirmados de influenza A H1N1 segundo fator de risco. Pernambuco, 29 a 211 Outras comorbidade 34,2% Tabagismo 5,6% Gestante 16,8% Pneumopatia crônica 27,3% Cardiopatia crônica 6,2% Fonte: Sinan/SES PE Doença Metabólica 3,1% Imunodeprimido 4,3% Hemoglobinopatia 1,9% Renal Crônico,6% 59

80 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Entre as Regiões de Saúde de Pernambuco, a I Região concentrou o maior número de casos confirmados nos anos de 29 (91,5%) e 21 (66,7%). Em 211, o único caso confirmado ocorreu na IV Região (Figura 3). Quanto aos óbitos, ocorreram nove em 29, com maior letalidade na IV Região (6%), quatro em 21, sendo um em cada Região (I, III, IV e V) e, no ano seguinte, um óbito na IV Região de Saúde (Tabela 17). Tabela 17 Número de casos confirmados e óbitos por influenza A H1N1 segundo Região de Saúde. Pernambuco, 29 a Região de Saúde Casos Óbitos Casos Óbitos Casos Óbitos I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde 1 VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana 2 1 Pernambuco Fonte: Sinan/SES PE Coqueluche A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de transmissão respiratória e distribuição universal. Compromete traqueias e brônquios e se caracteriza por paroxismos de tosse seca, podendo resultar em número elevado de complicações e até em morte em lactentes (BRASIL, 21b). Em Pernambuco, no período entre 22 e 211, a coqueluche vem ocorrendo de forma endêmica e epidêmica, com aumento no número de casos confirmados a cada três anos (Figura 62). Nesse período, a I Região de Saúde apresentou o maior coeficiente de incidência (1,7 casos/1. habitantes). É importante ressaltar que em 211 houve ampliação da rede sentinela nessa Região, passando de uma para cinco unidades. Isso resultou numa maior captação de casos nessa localidade (Figura 63). 6

81 Coeficiente de Incidência (por 1. babitantes) Número de casos Taxa de letalidade (por 1 habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 62 Número de casos confirmados e taxa de letalidade (por 1 habitantes) por coqueluche. Pernambuco, 22 a Casos confirmados Taxa letalidade 3,1 2,3 2,5 2,4 2,3 2,5 Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Figura 63 Coeficiente de Incidência de coqueluche (por 1. habitantes) segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 22 a 211 1,8 1,6 1,7 1,4 1,2 1, 1,1 1,2 1,1,8,6,4,2,,8,7,6,4,3,3,3,3,1 I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII PE Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No período analisado, observa-se elevado número de casos em crianças menores de seis meses, faixa etária que ainda não possui o esquema vacinal completo (Figura 64). Como a imunidade conferida pela vacina ou doença não permanece por toda a vida, mantendo-se por cerca de 5 a 1 anos após a última dose, os adolescentes e/ou adultos acabam transmitindo a doença para crianças menores de um ano. Ressalta-se que em menores de seis meses há um maior risco de agravamento e evolução para óbito. 61

82 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 64 Número de casos confirmados de coqueluche segundo faixa etária. Pernambuco, 22 a <2 meses 2 a 6 meses 71 6 meses a 1 ano a 4anos 5 a 9 anos 1 a 19 anos 2 anos e+ Nº casos Nº óbitos Fonte: Sinan/SES PE Em 211, foi intensificada a vigilância desta doença com a ampliação para 15 unidades sentinelas, fortalecendo integração das ações com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Como resultado, foram notificados 35 casos suspeitos e, destes, 82 confirmados, sendo 28 por critério laboratorial (cultura positiva para Bordetella pertussis). A partir do segundo semestre de 211, a Secretaria de Saúde intensificou as ações de vigilância para o agravo. Em 212, através da Portaria Estadual Nº14, incluiu a coqueluche na lista de doenças de notificação imediata, com o objetivo de aumentar a sensibilidade para captação dos casos e sua confirmação por critério laboratorial Poliomielite A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus. É comumente conhecida como paralisia infantil por ser mais frequente em crianças menores de 15 anos. Sua transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via fecal-oral (a principal), através da contaminação fecal de água e alimentos, ou oral-oral, através de partículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Devido à intensificação da vigilância epidemiológica da doença e a elevadas coberturas vacinais (rotina e campanhas), o último caso notificado da doença em Pernambuco foi no ano de 1988 (Figura 65). Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado de Erradicação da Poliomielite. Desde então, a vigilância permanece atenta porque ainda há circulação do poliovírus selvagem em outros países e, devido a sua elevada transmissibilidade, é facilmente exportado de um país para o outro, permanecendo o risco de sua reintrodução. 62

83 Taxa de notificação (por 1. habitantes),85 1,7 1,15 1,15 1,19 1,19 1, Número de casos notificados Cobertura Vacinal (%) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 65 Número de casos de poliomielite e cobertura vacinal. Pernambuco, 198 a CASOS COBERTURA VACINAL Fonte: Sinan/SES PE; SI-PNI/SES PE Diante da situação atual, o país monitora essa doença através da vigilância de todos os casos de Paralisia Flácida Aguda (PFA). Desde 25, o estado vem atingindo a meta da taxa de notificação para essa doença, que é de no mínimo 1 caso por 1. habitantes em menores de 15 anos, com exceção do ano de 29 (,85 casos/1. habitantes) (Figura 66). Figura 66 Taxa de notificação (por 1. habitantes) de Paralisia Flácida Aguda. Pernambuco, 25 a 211 1,4 1,2 1,,8,6 Casos Meta,4,2, Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 63

84 Número de casos Cobertura vacinal (%) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Sarampo O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível pelo vírus morbilivírus e extremamente contagiosa. Sua transmissão ocorre diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de contaminação é responsável pela fácil disseminação da doença. Tem sido descrito, também, a transmissão por dispersão de gotículas com partículas virais no ar em ambientes fechados, como em escolas, creches e clínicas (BRASIL, 21b). No Brasil, desde 2, não há transmissão autóctone de sarampo. Em Pernambuco, o aumento da cobertura vacinal em crianças menores de 12 meses contribuiu para ausência de casos confirmados de sarampo desde esse ano (Figura 67). Vale ressaltar que o sarampo vem ocorrendo de forma endêmica e mesmo epidêmica em alguns países do mundo. Por esse motivo, é fundamental a manutenção de elevadas coberturas vacinais nos diversos municípios do estado, além da intensificação da vigilância diante de casos suspeitos da doença, especialmente em viajantes procedentes desses países. Figura 67 Número de casos de sarampo e cobertura vacinal. Pernambuco, 198 a Nº de Casos Cobertura vacinal Fonte: Sinan/SES PE; SI-PNI/SES PE 64

85 Número de casos confirmados Cobertura vacinal (%) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Rubéola É uma doença exantemática aguda que apresenta alta transmissibilidade, acometendo principalmente crianças, causada pelo vírus rubivírus. A rubéola tem curso benigno e sua importância epidemiológica está relacionada ao risco de abortos, natimortos, e malformações congênitas, denominada de Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) que se caracteriza por cardiopatias, catarata e surdez (BRASIL, 21b). Desde 2, as campanhas vacinais auxiliaram na redução da incidência da rubéola entre crianças de 1 a 11 anos e entre mulheres em idade fértil. Contudo, o país enfrentou surto de rubéola em meados de 26. O problema atingiu o estado de Pernambuco em junho de 27, porém, não houve casos de síndrome da rubéola congênita. Em 28, o estado registrou sete casos confirmados de rubéola e, desde 29, não há casos confirmados (Figura 68). Figura 68 Número de casos de rubéola e cobertura vacinal. Pernambuco, 2 a Casos Confirmados Cobertura vacinal Fonte: Sinan/SES PE; SI-PNI/SES PE Meningites Denomina-se meningite o processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro e as meninges, cuja causa está associada a diversos agentes etiológicos. Dentre eles, as bactérias e os vírus têm maior importância do ponto de vista da saúde pública (BRASIL, 21b). As meningites têm distribuição mundial, apresentando-se de forma endêmica. No entanto, algumas bactérias e vírus podem causar surtos de meningite. A sazonalidade da doença caracteriza-se, de forma geral, pelo predomínio no inverno das meningites bacterianas e, no verão, das meningites virais. Ao se analisar os anos de 22 a 211, observa-se que houve estabilidade ou diminuição dos coeficientes de incidência (CI) das meningites em Pernambuco nos últimos anos, com exceção 65

86 Coeficiente de incidência (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco da meningite viral que apresentou evolução epidêmica em 22 (13,3 casos por 1. habitantes) e nos anos de 27 e 28, com 32,5 e 2,6 casos por 1. habitantes respectivamente (Figura 69). Figura 69 Coeficiente de Incidência das meningites (por 1. habitantes) segundo etiologia. Pernambuco, 22 a MGT por Pneumococos,4,9,5,5,4,5,4,3,1,2 MGT por Hemófilo,1,1,1,,1,1,1,1,, MGT de outra etiologia 1,4 1, 1,,6,4,5,3,5,3,4 MGT Viral 13,3 7,9 6,7 8,9 5,9 32,5 2,6 5,8 6,2 8,6 MGT não especificada 1,7 1,3 1,,8,7 2,7 2,7 1,9 1,9 1, MGT por outras bactérias 7,6 5,7 6, 6,7 4,4 5, 3,6 2,4 1,9 2,8 MGT Tuberculosa,3,3,3,4,3,2,3,2,2,2 Doença Meningocócica 3,4 2,1 2, 1,8 1,3 1,3 1,1 1,1,9 1,2 Legenda: MGT Meningite Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Dentre as meningites bacterianas, destaca-se a doença meningocócica (DM), causada pela Neisseria meningitides, cuja vigilância é de grande importância para a saúde pública devido tanto à magnitude e gravidade da enfermidade, como ao potencial de causar epidemias (BRASIL, 21b). Em Pernambuco, a incidência anual da doença vem decrescendo no período estudado e, desde 25, registra-se menos que 2 casos por 1. habitantes. Quanto à distribuição espacial, como era esperado, observa-se que a I Região de Saúde apresentou o maior coeficiente de incidência. Entre 2 e 211, a faixa etária de maior risco para a DM foi a dos menores de um ano, apresentando CI médio para o período de 12,1/1., seguida das crianças entre um e quatro anos e entre cinco e nove anos, com CI médio de 6, e 4,/1. respectivamente. Os sorogrupos de meningococo predominantes no estado são o B, mais frequente até 27, e o C, que passou a ser o mais presente a partir de 28 até os dias atuais. Há registros de ocorrência esporádica dos sorogrupos A, D e W135. Apesar da baixa ocorrência da doença e da redução do número de óbitos em 54,2% no período, chamou atenção sua elevada letalidade, com picos em 25 (27,2%) e 211 (25,5%) (Figura 7). 66

87 Número de casos Taxa de letalidade (por 1 habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 7 Número de óbitos e taxa de letalidade (por 1 habitantes) por doença meningocócica. Pernambuco, 2 a Nº óbitos Taxa de letalidade 18,9 15,7 23,4 13,4 2,6 27,2 23,4 17,7 18,3 11,1 19,2 25,5 Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Uma das medidas para controle da meningite por algumas etiologias é a vacinação. A cobertura da vacina DTP+Hib, que previne contra difteria, tétano, coqueluche e infecções pelo Haemophilus influenzae (incluindo meningite), vem atingindo mais de 1% da população alvo desde 23. De 22 a 211, a incidência da meningite por essa bactéria não ultrapassou,1 caso para cada 1. habitantes, provavelmente como resposta à introdução dessa vacina no Calendário Básico de Vacinação da Criança adotado no Brasil. Em outubro de 21 foi introduzida a vacina contra o meningococo C em Pernambuco, que protege os menores de dois anos de idade. No entanto, ainda não é possível a análise do impacto na incidência da doença Tracoma O tracoma é uma doença ocular causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, e se não tratada, pode evoluir à cegueira. Acomete crianças e adultos, sendo as crianças mais susceptíveis. A transmissão se dá de forma direta - de olho para olho, e/ou de forma indireta, através de objetos contaminados e de vetores mecânicos (especialmente a mosca doméstica (Musca domestica) e/ou a lambe-olhos (Hippelate ssp) (BRASIL, 21a). O tracoma integra o Programa SANAR, que tem o objetivo de reduzir ou eliminar sete doenças negligenciadas no estado de Pernambuco. Como estratégia de atuação, este programa elegeu 22 municípios como prioritários para o tracoma (Figura 71), baseado na sua elevada prevalência (igual ou maior que 4,7%), de acordo com o último inquérito realizado em

88 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 71 Municípios prioritários para o Tracoma no Programa SANAR Fonte: SANAR/SES-PE A meta do Programa SANAR para o controle do tracoma é reduzir a prevalência a menos de 5% em crianças de 1 e 15 anos, matriculadas nas escolas da rede pública dos municípios prioritários até o ano de 214. Para tanto, é realizado o diagnóstico e o tratamento através de inquéritos em escolares da rede pública de ensino. A partir do segundo semestre de 211 e no decorrer de 212 foram realizados inquéritos em 784 instituições de ensino representando 1% das escolas da rede pública dos 22 municípios prioritários resultando em escolares examinados. Grande parte das escolas (74%) está situada nas áreas rurais. Foram detectados 2.42 escolares com tracoma e que receberam tratamento com Azitromicina (2 mg/kg), de acordo com recomendação da Portaria GM/MS Nº 67 de 22 de dezembro de 25. Todos os contatos e professores dos escolares diagnosticados com tracoma foram avaliados e os que foram diagnosticados positivos também foram tratados. Observa-se no Estado que a prevalência da doença na zona urbana era de 3,% e na zona rural de 3,1%. Os casos positivos foram notificados no Sinan. A prevalência estadual foi de 3,%, contudo observaram-se diferenças interurbanas importantes variando entre,8% e 11,9%. Seis municípios permaneceram com prevalência acima de 5,% e um (Saloá) foi considerado em estado de alerta devido a prevalência aproximada (4,7%) do limite estabelecido para elevada prevalência (Tabela 18). 68

89 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 18 Número de escolares examinados e positivos para tracoma e prevalência, segundo município. Pernambuco, 211 e 212* Município Examinados Positivos Prevalência (%) Jurema ,4 Moreno ,3 Pesqueira , São Joaquim do Monte ,8 Sertânia ,4 Lajedo ,3 Ferreiros ,2 Agrestina ,8 Arcoverde ,8 B. de Guabiraba ,9 Canhotinho ,6 Cumaru ,5 Cupira ,8 Palmares ,4 Poção ,8 Bonito ,6 Vertentes ,3 Saloá ,7 Paranatama ,6 Bodocó ,6 Iguaraci ,2 Betânia ,2 Ferreiros* ,8 Total , Legenda: *No município de Ferreiros foram realizados dois inquéritos (211 e 212) Fonte: Inquérito Tracoma SANAR/SEVS/SES-PE Em 213 será realizado um novo inquérito nos municípios que apresentaram prevalência acima de 5,%. O município de Ferreiros, que obteve prevalência de 6,2% no inquérito de 211 realizou outro inquérito em 212.1, obtendo como resultado a prevalência de 1,8%. 69

90 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Esquistossomose mansônica A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária causada pelo trematódeo digenético Schistosoma mansoni e tem o homem como principal hospedeiro. É uma doença de veiculação hídrica, onde se faz necessária a presença do hospedeiro intermediário, caramujos do gênero Biomphalaria (REY, 28). No Brasil, as espécies naturalmente envolvidas na transmissão são: Biomphalaria tenagophila, B. glabrata e B. straminea (BRASIL, 21d), porém nos municípios de Pernambuco estão presentes as duas últimas espécies (Figura 72). Figura 72 Distribuição dos caramujos transmissores da esquistossomose segundo espécie. Pernambuco, 212 Fonte: SEVS/ SES-PE A transmissão da doença ocorre quando o indivíduo suscetível entra em contato com águas superficiais onde existam caramujos (hospedeiros intermediários) liberando cercárias. O período de incubação varia entre 1 a 2 meses e o portador elimina seus ovos a partir de 5 semanas após a infecção, por um período de 6 a 1 anos (29d). A doença, em sua fase aguda, pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite urticariforme, acompanhada de erupção papular e prurido até cinco dias após a infecção. Com cerca de três a sete semanas de exposição, pode ocorrer a forma esquistossomose aguda ou febre de katayama, caracterizada por febre, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Após seis meses da infecção, o quadro clínico pode evoluir para a forma crônica, cujas formas clínicas podem ser: intestinal, hepatointestinal, hepatoesplênica, neurológica, vasculopulmonar, entre outras (BRASIL, 21d). O diagnóstico é feito por meio do quadro clínico-epidemiológico associado ao exame parasitológico de fezes, preferencialmente utilizando a técnica quantitativa (método Kato Katz) e, dependendo da forma clínica, pode ser utilizado o diagnóstico por imagem (BRASIL, 21b). 7

91 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A detecção precoce e o tratamento oportuno é um dos objetivos da vigilância epidemiológica para controle da doença, que nas áreas endêmicas também visam prevenir as formas graves, reduzir os óbitos, diminuir a prevalência e evitar a dispersão da endemia. Nessas áreas, a notificação dos casos diagnosticados, nos inquéritos epidemiológicos e demanda espontânea, é realizada no Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose SISPCE, enquanto que as formas graves são notificadas no Sinan, conforme Portaria Estadual Nº 14/212 e Nota técnica nº 4/212 DGCDA/SES-PE. Em Pernambuco a doença é endêmica, apresentando casos em 12 municípios, que estão na abrangência das Regiões de Saúde I, II, III, IV, V e XII, com distribuição desigual segundo a faixa de endemicidade (Figura 73). Figura 73 Distribuição da esquistossomose segundo endemicidade. Pernambuco, 212 Fonte: SEVS/ SES-PE Entre os anos de 28 e 211, foram diagnosticados casos positivos em média por ano e, destes, 8.23 pessoas ao ano foram tratadas (Figura 74). 71

92 Número Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 74 Número de pessoas positivas e tratadas segundo Região de Saúde no Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). Pernambuco, 28 a Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados Positivos Tratados I II III IV V XII Fonte: SISPCE/SES-PE No período de 2 a 21, a média anual de internamentos em Pernambuco foi de 189, com maior ocorrência na faixa etária de 5 anos e mais, correspondendo a 53,2% dos internamentos (Tabela 19). Tabela 19 Número de internações hospitalares por esquistossomose segundo faixa etária. Pernambuco, 2 a 21 Ano Faixa etária (anos) a 19 2 a 49 5 e + Total Total Fonte: MS/SIH/SUS 72

93 Número de casos novos Taxa de detecção (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Dengue A dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais, inclusive no Brasil (BRASIL, 29d). As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos (BRASIL, 25). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença está presente em mais de 1 países de todos os continentes, exceto a Europa. Estima-se que entre 5 a 1 milhões de pessoas se infectem anualmente, 55 mil necessitem de hospitalização e 2 mil morrem em consequência da doença. É uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti quando infectado por um vírus, que possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). O quadro clínico é amplo, apresentando desde uma síndrome febril inespecífica (dengue clássico DC), até quadros graves (dengue com complicação DCC, febre hemorrágica da dengue FHD, ou síndrome do choque da dengue SCD) e, às vezes, óbito (BRASIL, 29d). O quadro epidemiológico atual da dengue em Pernambuco caracteriza-se pela ampla circulação dos quatro sorotipos virais. No período de 21 a 211, observa-se uma instabilidade na incidência do agravo, alcançando seu pico em 22, reconhecidamente ano epidêmico no estado (Figura 75). Figura 75 Número de casos novos e taxa de detecção de dengue (por 1. habitantes). Pernambuco, 21 a 211* Casos Confirnados Taxa de Detecção 16,1 1199,3 174,9 25,1 6,7 92,5 174,2 181,8 21,9 335,3 196,1 *Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Quanto ao percentual de casos de dengue confirmados em menores de 15 anos entre os anos de 21 a 211, observa-se uma tendência de aumento no estado, passando de 18,2% para 3,%, um incremento de mais de 64%, quando comparados os anos extremos da série (Figura 76). 73

94 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 76 Percentual de casos confirmados de dengue em menores de 15 anos. Pernambuco, 21 a 211* % ,5 32, 34,6 3, 23, 23,9 23,7 18,2 18,4 18,6 19, *Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES PE Por conta das sucessivas infecções por diferentes tipos virais, a população, de forma geral, vem adquirindo imunidade, razão pela qual os casos costumam aparecer em maior número entre os mais jovens. Em Pernambuco, observa-se a reintrodução do DENV-1, em 29, e a introdução do DENV-4, em 211, nos municípios de Serrita e Serra Talhada. A ocorrência da doença por um novo subtipo em pessoas que já apresentaram a doença pode favorecer a ocorrência de formas graves. A figura 77 demonstra o número de casos confirmados por formas graves da dengue e a taxa de letalidade por dengue em Pernambuco, entre os anos de 21 a 211, destacando-se os anos de 22, 21 e 211 por apresentarem maior ocorrência das formas graves. Com relação à taxa de letalidade, observa-se maior valor em 23 (11,6 óbitos/1 habitantes), e menor em 21 (2,37 óbitos/1 habitantes). A Vigilância em Saúde, juntamente com a Atenção à Saúde, a partir do segundo semestre de 211, intensificaram as ações no atendimento aos pacientes com suspeita de dengue, com objetivo de reduzir a letalidade para menos de 1%, valor preconizado pelo MS. 74

95 Número de casos graves Taxa de letalidade (por 1 habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 77 Número de casos confirmados por formas graves da dengue (DCC, FHD e SCD) e taxa de letalidade (por 1 habitantes). Pernambuco, 21 a 211* Nº casos graves Taxa letalidade 6, 3,2 11,6 3,1 3,3 2,8 4, 8,1 5,9 2,4 8,1 *Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES PE Quanto às Regiões de Saúde, no ano de 211, a I Região apresentou o maior número de notificações ( casos e 1.61 confirmados), formas graves (n=59; 73,6%) e óbitos (n=39; 69,6%). A X Região teve a maior taxa de detecção da dengue (755,2/1. habitantes), aproximadamente quatro vezes maior do que a taxa de detecção do estado. O percentual de casos confirmados em menores de 15 anos foi maior nas II e XII Regiões de Saúde (42,5% e 42,2%, respectivamente). Foram registrados 56 óbitos por dengue no estado que ocorreram entre residentes das I, II, III, IV, VIII e XII Regiões (Tabela 2). Tabela 2 Número de casos notificados e confirmados de dengue, taxa de detecção (por 1. habitantes), percentual de casos confirmados em menores de 15 anos, número de casos confirmados por formas graves e número de óbitos segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211* Região de Saúde Nº de casos notificados Nº de casos confirmados Taxa detecção % casos confirmados em <15 anos Nº casos confirmados por formas graves Nº de óbitos confirmados I Recife ,5 28, II Limoeiro ,9 42, III Palmares ,1 32, IV Caruaru ,4 27, V Garanhuns ,8 32,2 1 VI Arcoverde ,1 35,9 7 VII Salgueiro ,8 15,7 3 VIII Petrolina , 19,5 1 1 IX Ouricuri ,3 25,8 2 X Afogados da Ingazeira ,2 34,8 18 XI Serra Talhada , 24,7 3 XII Goiana ,5 42,2 3 2 Pernambuco ,1 3, *Dados sujeitos a alterações Fonte: Sinan/SES PE 75

96 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Leishmaniose Visceral A leishmaniose visceral (LV) foi classificada, primariamente, como uma zoonose, caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, expandiu-se para áreas urbanas de médio e grande porte e tornou-se crescente problema de saúde pública no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. É uma doença crônica, sistêmica, e apresenta, dentre outras manifestações, febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 9% dos casos (BRASIL, 21d). A LV é historicamente endêmica em Pernambuco, apresentando uma ampla distribuição no estado. Os casos humanos estão frequentemente associados à pressão antrópica sobre o meio ambiente, sendo as crianças mais afetadas pela doença. No estado, entre os anos de 21 e 211, foram notificados, em média, 254,7 casos de leishmaniose visceral por ano, dos quais, foram confirmados, em média, 113,3 casos anuais, 44,5% dos casos notificados (Figura 78). A LV tem apresentado comportamento estável com discreta tendência decrescente no período analisado. No mesmo período 9,7% dos casos confirmados evoluíram para óbito. Entretanto, ainda há necessidade de melhorar o diagnóstico e tratamento precoces, considerando ser a leishmaniose uma doença passível de tratamento e cura em 1% dos casos (Figura 78). 76

97 Número Número de óbitos Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 78 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose visceral. Pernambuco, 21 a Casos notificados Casos confirmados Tratamentos realizados Nº de óbitos Fonte: Sinan/SES PE No ano de 211, as Regiões de Saúde mais afetadas pela incidência da leishmaniose visceral foram a VII (9,4/1. habitantes), e X (7,/1. habitantes) Região. Nesse ano, a taxa de letalidade de LV do estado foi de 3,5%, com a ocorrência de três óbitos, dois desses de residentes da II Região de Saúde. Do total de confirmados, foram tratados 7 casos (82,4% dos confirmados), sendo a XI a Região de Saúde que tratou menos da metade dos casos confirmados (Tabela 21). Tabela 21 Número de casos confirmados, taxa de incidência (por 1. habitantes), número de óbitos, taxa de letalidade (%) e número e percentual de tratamentos realizados para leishmaniose visceral segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 Tratamentos Casos Confirmados Óbitos Realizados Região de Saúde Nº Taxa de Incidência (/1. hab.) Nº Taxa de letalidade (%) Nº Taxa de tratamento (%) I Recife 8, ,5 II Limoeiro 8 3,6 2 25, 7 87,5 III Palmares 1 2, , IV Caruaru 13 1, ,6 V Garanhuns 7 4, , VI Arcoverde 1, , VII Salgueiro 9 9, , VIII Petrolina 19 4,7 1 5, ,9 IX Ouricuri 6 2, ,3 X Afogados da Ingazeira 4 7, , XI Serra Talhada 6 5, ,3 XII Goiana 3 3, , Pernambuco 85,96 3 3,5 7 82,4 Fonte: Sinan/SES PE 77

98 Número Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Leishmaniose Tegumentar Americana A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial e que acomete pele e mucosas. É primariamente uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente (BRASIL, 21d). Analisando a LTA em Pernambuco, no período de 21 a 211, verificou-se uma média anual de casos notificados e confirmados, tratando-se, em média, casos (98,5%) (Figura 79). Vale destacar o declínio desse agravo a partir do ano de 27, e, quando comparamos os anos de 21 e 211, observa-se uma redução de 9,2%. Figura 79 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados para leishmaniose tegumentar americana. Pernambuco, 21 a Casos notificados Casos confirmados Tratamentos realizados Fonte: Sinan/SES PE Entre as Regiões de Saúde, a I Região foi a que concentrou o maior número de casos notificados e confirmados de LTA, seguida da III Região. Não houve registro de casos de LTA na VII e X Regiões em 211 (Tabela 22). 78

99 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 22 Número de casos notificados, confirmados e tratamentos realizados por leishmaniose tegumentar segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 Região de Saúde Nº casos notificados Nº casos Nº tratamentos confirmados realizados I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana Pernambuco Fonte: Sinan/SES PE Raiva A raiva consiste numa encefalite viral aguda transmitida por mamíferos e apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. Reveste-se de grande importância epidemiológica por apresentar letalidade de 1%, além de ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano, pois dispõe de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano quanto à fonte de infecção (BRASIL, 21d). Em Pernambuco a vigilância à saúde tem centrado esforços nas medidas de prevenção da raiva. No período de 21 a 211, realizaram-se, em média, tratamentos profiláticos em humanos por ano, sendo em 211. A cobertura vacinal canina apresentou média de 77,% durante o período analisado (Figura 8). 79

100 Número Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 8 Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal canina. Pernambuco, 21 a ,6 82,3 92,8 88,7 85,7 86,7 93,8 75,9 81, 74,4 1 8 % * 211 Nº tratamentos profiláticos realizados % cobertura vacinal canina, 2 * No ano de 21 não houve campanha de vacinação antirrábica animal devido a problemas na composição da vacina. Fonte: Sinan/SES PE; SI-PNI/SES PE Entre os anos de 21 e 29, foram confirmados quatro casos de raiva humana em Pernambuco, sendo três óbitos registrados nos anos de 23, 26 e 29. Em 28, a Unidade de Terapia Intensiva do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Oswaldo Cruz relatou o primeiro caso de cura da raiva humana no Brasil, em um paciente de 15 anos mordido por morcego hematófago. Analisando as medidas de prevenção e controle da doença por Regiões de Saúde no ano de 211, observa-se que a VII Região apresentou a maior cobertura vacinal canina (91,2%), seguida pela V Região (88,3%) (Tabela 23). 8 Tabela 23 Número de tratamentos profiláticos realizados para raiva e percentual de cobertura vacinal canina segundo Região de Saúde. Pernambuco, 211 % cobertura vacina Nº tratamentos profiláticos Região de Saúde canina realizados I-Recife 64, II-Limoeiro 78, III-Palmares 84, IV-Caruaru 81, V-Garanhuns 88, VI-Arcoverde 85, VII-Salgueiro 91,2 847 VIII-Petrolina 86, IX-Ouricuri 81,1 97 X-Afogados da Ingazeira 85,5 78 XI-Serra Talhada 77, 62 XII-Goiana 74, 821 Pernambuco 74, Fonte: Sinan/SES PE; SI-PNI/SES PE

101 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 6.2. Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) As DANT caracterizam-se por múltiplas causas, ausência de infecção e de transmissão, longo tempo de evolução ou acontecimentos pontuais (acidentes, violência, acidente vascular encefálico). Contemplam as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e os acidentes e violências. As DCNT constituem sério problema de saúde pública, tanto em países ricos, quanto de baixa renda. Em 28, cerca de 68% das mortes ocorridas no mundo estavam relacionadas a estas doenças. Geralmente, as DCNT estão associadas a múltiplos fatores de risco modificáveis (tabagismo, consumo nocivo de bebida alcoólica, inatividade física e alimentação inadequada) e ao longo tempo de exposição a esses fatores (MALTA et al, 28). As violências e os acidentes, dentre os quais se destacam os de transporte terrestre, também são responsáveis por grande número de mortes e de adoecimento em todo o mundo. Esses agravos causam incapacidades e sequelas físicas e psicológicas que ocasionam elevados custos familiares e sociais (MINAYO, 26). A seguir, serão abordadas as principais DANT em Pernambuco: doenças do aparelho circulatório, diabetes mellitus e neoplasias, acidentes de transporte terrestre e violências Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) As DAC constituem a principal causa de morbimortalidade no mundo. Entre as DAC, destacam-se três grandes grupos: doenças hipertensivas, isquêmicas do coração e cerebrovasculares. No primeiro grupo encontra-se a hipertensão arterial (primária), que é a causa mais frequente das demais doenças do aparelho circulatório, além de estar associada ao diabetes e demais DCNT. Entre as doenças isquêmicas, destaca-se o infarto agudo do miocárdio, responsável por 6% das internações hospitalares por DAC em 211, e, entre as cerebrovasculares, o acidente vascular cerebral, cada uma foi responsável por 6% das internações por DAC no ano de 211. Entre os três grupos referidos, apenas as doenças hipertensivas apresentaram redução do coeficiente de morbidade hospitalar, para ambos os sexos, entre os anos de 22 e 211. O aumento no coeficiente de morbidade hospitalar para as doenças isquêmicas foi na ordem de 66,6% para o sexo masculino e 63,3% para o feminino. Destaca-se o comportamento das doenças cerebrovasculares, cujo incremento entre as mulheres foi de 12,% e apenas,6% entre os homens (Figura 81). Em 211, somente as doenças isquêmicas do coração continuaram com maior coeficiente no sexo masculino. 81

102 Número de Internações Hospitalares Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) 42,6 43, 53,3 62,7 77, 7,2 88,8 11,1 11,8 111,2 12,4 114,7 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 81 Coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por doenças hipertensivas, isquemias do coração e cerebrovasculares segundo sexo do paciente. Pernambuco, 22 e Masculino Feminino Doenças hipertensivas Doenças isquêmicas do coração Doenças cerebrovasculares Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias Em relação à hipertensão essencial, observa-se na figura 82 que o número de internações do sexo feminino foi superior ao masculino em todo o decênio. Verifica-se. Ainda, queda de 42% para o total de internações por hipertensão arterial no período. O coeficiente médio de morbidade hospitalar foi de 5,5/1. habitantes para o sexo masculino, e de 76,/1. habitantes para o feminino. Figura 82 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por hipertensão essencial. Pernambuco, 22 a Nº masculino Nº feminino CMH masculino 69,8 58,1 52,9 52,5 51,2 49,7 49,2 44,9 42,9 35,8 CMH feminino 12, 83,8 82,6 82,3 78,9 75,4 69,5 69,5 64,8 55, Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias 82

103 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A maior concentração de internações por hipertensão essencial, entre os anos de 22 e 211, foi na faixa etária entre 6 e 79 anos, seguida da de 4 a 59 anos, para ambos os sexos (Figura 83). Figura 83 Proporção de internações hospitalares por hipertensão arterial segundo faixa etária e sexo do paciente. Pernambuco, 22 a 211 % ,4 43,4 29,9 3,5 13,3 8,5 1,7 13,3,8,5 1,1 1,5 a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 a 79 8 e + Faixa etária (anos) Masculino Feminino Fonte: MS/SIH/SUS Entre as Regiões de Saúde, em 211, as internações hospitalares por hipertensão arterial concentraram-se na I Região de Saúde (25,5% das internações do estado), o que pode ser explicado pelo grande contingente populacional e de rede assistencial local. Para os coeficientes de morbidade, destacaram-se a IX e X Regiões (Tabela 24). Tabela 24 Número e proporção de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por hipertensão arterial segundo Região de Saúde de residência do paciente. Pernambuco, 211 Região de Saúde Nº % Coeficiente de Morbidade Hospitalar I-Recife ,5 26,3 II-Limoeiro 277 6,8 48,5 III-Palmares 256 6,3 44,2 IV-Caruaru ,8 54,7 V-Garanhuns 16 3,9 3,9 VI-Arcoverde 26 6,4 67,4 VII-Salgueiro 87 2,1 62,2 VIII-Petrolina 75 1,8 17,1 IX-Ouricuri 43 1,6 13,1 X-Afogados da Ingazeira 432 1,6 237,1 XI-Serra Talhada 243 6, 17,7 XII-Goiana 125 3,1 41, Pernambuco , 45,9 Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias 83

104 Número de Internações Hospitalares Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Diabetes mellitus O diabetes mellitus é uma doença metabólica cujas principais complicações são as doenças cardiovasculares, a insuficiência renal crônica e as amputações de membros inferiores (BRASIL, 26b). Entre 22 e 211, foram registradas, em média, internações por diabetes mellitus no sexo masculino e no feminino, com maior incremento entre os homens, na ordem de 28% (Figura 84). Figura 84 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por diabetes mellitus segundo sexo do paciente. Pernambuco, 22 a Nº masculino Nº feminino CMH masculino 63,3 5,5 54,3 58,7 55,1 55,8 62,1 65,8 71,9 74,4 CMH feminino 95,9 8,4 86,4 88,6 91,9 85,9 83,7 89, 98,8 99, Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias As maiores proporções de internações por diabetes melittus foram na faixa etária de 6 a 79 anos, seguida do grupo de 4 a 59 anos, em ambos os sexos (Figura 85). Figura 85 Proporção de internações hospitalares por diabetes mellitus segundo faixa etária e sexo do paciente. Pernambuco, 22 a 211 % ,2 42,6 29,7 26,8 9,9 11,4 12,6 8,8 2,6 1,5 3,9 3,2 a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 a 79 8 e + Faixa etária (anos) Masculino Feminino Fonte: MS/SIH/SUS 84

105 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Em 211, das internações por diabetes mellitus em Pernambuco, 35,1% foram entre residentes da I Região de Saúde. O coeficiente de morbidade estadual no mesmo ano foi de 87,4/1. habitantes, chegando a 29,1/1. habitantes na X Região, e 168,9/1. habitantes na XI Região (Tabela 25). Tabela 25 Número de internações e coeficiente de morbidade hospitalar (por 1. habitantes) por diabetes mellitus segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 211 Região de Saúde Nº % Coeficiente de Morbidade Hospitalar I-Recife ,1 69,1 II-Limoeiro 496 6,4 86,9 III-Palmares 787 1,2 135,8 IV-Caruaru , 93,2 V-Garanhuns 43 5,2 77,9 VI-Arcoverde 435 5,6 112,8 VII-Salgueiro 176 2,3 125,9 VIII-Petrolina 156 2, 35,6 IX-Ouricuri 339 4,4 12,6 X-Afogados da Ingazeira 381 4,9 29,1 XI-Serra Talhada 381 4,9 168,9 XII-Goiana 35 3,9 1, Pernambuco , 87,4 Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias Neolpasias malignas As neoplasias encontram-se subdivididas em benignas e malignas (cânceres) e, embora as primeiras representem a maioria dos casos e internações, são os tumores malignos os grandes responsáveis pelos danos sociais. No presente estudo, optou-se por analisar as neoplasias malignas por sexo, em virtude da heterogeneidade dos tipos mais prevalentes. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o ano de 212 eram esperados 6.53 casos novos de câncer para o sexo masculino em Pernambuco, e 7.68 para o feminino. Entre os homens, as maiores taxas de incidência tem por localização primária a próstata, com aumento de 12,7% comparado a 23, seguido de traqueia, brônquio e pulmão (Figura 86). 85

106 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 86 Estimativas das taxas brutas de incidência (por 1. habitantes) por neoplasia maligna em homens segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 23 e 212 Próstata 26,3 53,3 Traqueia, Brônquio e Pulmão Estômago Cavidade Oral Cólon e Reto Esôfago Leucemias Pele Melanoma , 11,2 6,7 9,6 5,3 7,9 3,1 6,4 2,6 4,6 2,7 3,6,6 1, Taxa Bruta de Incidência (por 1. habitantes) Fonte: Instituto Nacional de Câncer INCA/MS Para as mulheres, os cânceres de mama e colo do útero lideraram com as maiores taxas de incidência, entretanto, o segundo apresentou decréscimo de 7,2% em relação ao ano de 23 (Figura 87). Figura 87 Estimativas das taxas brutas de incidência (por 1. habitantes) por neoplasia maligna em mulheres segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 23 e 212 Mama Feminina 34,7 46,9 Colo do Útero 22,3 2,7 Cólon e Reto Traqueia, Brônquio e Pulmão Estômago Cavidade Oral Leucemias Esôfago ,6 9,3 4,7 7,4 3,5 6,1 3, 3,9 2,2 3,7 1, 2, Taxa Bruta de Incidência (por 1. habitantes) Fonte: Instituto Nacional de Câncer INCA/MS 86

107 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Em Pernambuco, entre os dez cânceres com maior coeficiente de morbidade hospitalar no estado em 22, no sexo masculino predominam os de lábio, cavidade oral e faringe e leucemia (Figura 88). Para o sexo feminino, destacaram-se as neoplasias malignas de mama e colo do útero, com ênfase para o incremento de 169,1% nas internações por câncer de mama e de 221,7% por câncer de colo de útero entre 22 e 211 (Figura 89). O perfil das neoplasias malignas foi semelhante nos dois anos avaliados em ambos os sexos, porém, os coeficientes foram maiores em 212, para todas as causas (Figuras 88 e 89). Figura 88 Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) por neoplasia maligna no sexo masculino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 22 e 211 Lábio, cavidade oral e faringe Leucemia Próstata Cólon, reto e ânus Estômago Pele Meninges,encéfalo e outras partes do SNC Esôfago Linfoma não-hodgkin Bexiga 7,9 1,8 19,6 3,3 14,9 5,4 11,9 3,6 1,4 1,2 8,8 3,3 7,5 1,3 5,8,9 4,3 1,6 4,2 45, Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias Figura 89 Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) de neoplasia maligna no sexo feminino segundo localização primária do tumor. Pernambuco, 22 e 211 Lábio, cavidade oral e faringe Meninges,encéfalo e outras partes do SNC Corpo e partes não especificadas do útero Mama Colo do útero Cólon, reto e ânus Leucemia Ovário Estômago Pele Fonte: MS/SIH/SUS; IBGE Estimativas Intercensitárias 4,4 6,5 2,2 7,6 1,9 7,2 2,1 6,8 5,7,9 5,6 12, 14, 7,9 12,2 12,5 18,8 33,4 38,6 5, Coeficiente de Morbidade Hospitalar (por 1. habitantes) 87

108 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Violências As violências consistem no uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (OMS, 22). Entre os casos de violência notificados em Pernambuco no ano de 211 observa-se, na figura 9, a predominância nas faixas etárias mais jovens. Nos indivíduos do sexo masculino a faixa etária entre 1 e 39 anos concentrou aproximadamente 84,4% das notificações. Entre as mulheres, destaca-se a proporção de casos ocorridos na faixa etária de 2 e 39 anos (47,6%). Figura 9 Proporção de casos notificados de violência segundo faixa etária e sexo da vítima. Pernambuco, 211 % ,6 28,1 26,6 29,7 21,5 14,3 12,8 9,7 5,9 3,8 1 a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 e + Faixa etária (anos) Masculino Feminino Fonte: Sinan/SES-PE Dos tipos de violência notificados, a física apresentou maior participação em ambos os sexos. No sexo feminino, as outras violências mais frequentes foram: psicológica/moral e sexual, com 36,3% e 19,%, respectivamente. No sexo masculino, foram: negligência/abandono e psicológica/moral, com 24,9% e 9,3%, respectivamente (Figura 91). 88

109 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 91 Proporção de casos notificados de violência segundo tipo* e sexo da vítima. Pernambuco, 211 % ,3 2,4 4,3 19, 9,3 36,3 Tortura Sexual Psicológica/ Moral 24,9 1,4 Negligência/ Abandono 67, Física 6,8 Masculino Feminino * Para cada caso pode ser notificado mais de um tipo de violência Fonte: Sinan/SES-PE Entre as Regiões de Saúde que mais notificaram casos de violência em 211 no estado, destacam-se a I, VIII e IV, com 67,8%, 12,5% e 6,7%, respectivamente (Figura 92). Figura 92 Proporção de casos de violência segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 211 % ,8 12,5 6,7 3,5 2,9,1,1 1,1 3,2 1,4,6,2 I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII Fonte: Sinan/SES-PE 89

110 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) Os acidentes de transporte são todos aqueles que envolvem um veículo destinado ou usado, no momento do acidente, principalmente, para o transporte de pessoas ou de mercadorias de um lugar para o outro. Inseridos nos acidentes de transporte, encontram-se classificados os acidentes de transporte terrestre (ATT) (OMS, 28). Para caracterizar as vítimas de ATT em Pernambuco, foram analisados os atendimentos de 211 provenientes das 21 Unidades Sentinelas de Informações sobre Acidentes de Transporte Terrestre (USIATT), implantas em hospitais de referência em trauma, localizados em todas as Regiões de Saúde do estado. A caracterização dos casos atendidos nas USIATT constitui-se um importante instrumento para subsidiar a definição de intervenções que contribuam para a modificação do perfil desses acidentes no estado. A faixa etária de 2 a 39 foi a que apresentou maior proporção de atendimentos por ATT em 211, em ambos os sexos (Figura 93). Figura 93 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo faixa etária e sexo da pessoa atendida. Pernambuco, 211 % ,4 47,5 14,5 19,2 14,6 14,9 3,1 5,6 3,6 4,3 6,9 8,5 a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 e+ Ignorado/ Em branco Faixa etária (anos) Masculino Feminino Dados sujeitos à alteração Fonte: SINATT/SES-PE A maioria das vítimas tinha a motocicleta como meio de locomoção no momento do acidente, seguido do automóvel. A proporção de acidentes de motocicleta no sexo masculino é maior que no feminino, por sua vez, a situação se inverte quando se trata de acidentes envolvendo automóvel e nos atropelamentos (Figura 94). 9

111 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 94 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo sexo e meio de locomoção da vítima no momento do acidente. Pernambuco, 211 % ,3 13,2 14,6 8,7 72,9 6,7 A pé Automóvel Motocicleta Bicicleta Coletivo Veículo pesado Masculino 7, 5,5,6 1,8,8,7 2,3 1,8 1,6 1,6 Feminino Outro Ignorado/ Em branco Dados sujeitos à alteração Fonte: SINATT/SES-PE Aproximadamente 25% das notificações de ATT ocorreram na I Região de Saúde, seguidas da V e IX Regiões (Figura 95). O maior percentual de notificações na I Região pode ser explicado pelo fato de esta contemplar 9 Unidades Sentinelas no período analisado. As demais Regiões contém apenas uma USIATT cada. Figura 95 Proporção de atendimentos por acidentes de transportes terrestre nas USIATT segundo Região de Saúde de notificação. Pernambuco, 211 % ,8 11,6 12,5 12, 3,7 1,6 4, 5,9 8,3 9,4 5,6,6 I* II III IV V VI VII VIII IX X XI XII Dados sujeitos à alteração * I Região de Saúde apresenta 9 Unidades notificadoras de ATT em 211 Fonte: SINATT/SES-PE 91

112 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Doenças e agravos relacionados ao Trabalho O ambiente de trabalho é o local onde vive, durante boa parte da vida, a maioria da população. Nos diversos locais de trabalho o indivíduo encontra-se exposto a fatores de risco que vão desde os transtornos mentais até as doenças transmissíveis (BRASIL, 21b). A configuração da cadeia produtiva dentro das Regiões de Desenvolvimento (Figura 96) pode influenciar na distribuição dos agravos relacionados ao trabalho, a partir dos riscos e vulnerabilidades dele provenientes. Figura 96 Regiões de Desenvolvimento de Pernambuco Fonte: Fundação de Desenvolvimento Municipal - CONDEPE/FIDEM-PE Para a Vigilância em Saúde desta temática optou-se por descentralizar as ações de Saúde do Trabalhador. Pernambuco aderiu à proposta do MS de implantar Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que estão distribuídos em oito regiões, de acordo com o critério populacional (Figura 97). 92

113 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 97 Área de cobertura dos Cerest em Pernambuco Fonte: Secretaria Estadual de Saúde/Sinan Além dos Cerest Pernambuco conta com 36 Unidades Sentinelas em Saúde do Trabalhador e 5 Centros de Referencia Especializados em Saúde do Trabalhador - CRESAT que notificam compulsoriamente nove agravos relacionados ao trabalho, de acordo com o anexo III da portaria GM/MS Nº 14 de 25 de janeiro de 211, que traz: 1- Acidentes graves ou fatais (aqueles que resultam em morte ou mutilações, ou ainda que ocorreram em menores de 18 anos); 2- Acidentes com material biológico (envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos ocorridos com os profissionais da área da saúde durante o desenvolvimento do seu trabalho); 3- Câncer relacionado ao trabalho; 4- Dermatoses ocupacionais (Compreendem as alterações da pele, mucosas e anexos, direta ou indiretamente causadas, mantidas ou agravadas pelo trabalho); 5- Intoxicações exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 6- LER/DORT (Lesão por Esforço Repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), 7- PAIR (Perda Auditiva Induzida por Ruído); 8- Pneumoconioses (Conjunto de doenças pulmonares causadas pelo acúmulo de poeira nos pulmões); 9- Transtornos mentais relacionados ao trabalho. Os agravos de maior frequência de notificação em nosso território são as intoxicações exógenas, os acidentes graves ou fatais e os com material biológico (Sinan/SES-PE). Com relação às intoxicações exógenas relacionadas ao trabalho, a Região Metropolitana apresentou a maior proporção de casos em 211, seguida pela Região da Mata Norte, regiões 93

114 Metropolitana Mata Norte Agreste Central Araripe São Francisco Sertão Central Moxotó Pajeú Agreste Meridional Mata Sul Agreste Setentrional Itaparica 4,5,9 1,6 2, 2,8 11,1 1,4 12,5 9,4 7,5 9,4 7,7 6, 1,6,3,9 5,1 3,4 1,6,6 3,4 4,7 2,8 1,7 4,1 2,5 1,7 1,5,3 23,1 18,1 17,9 14,5 29,6 39,2 35,4 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco reconhecidas como produtoras de cana-de-açúcar que envolve no seu manejo a utilização de agrotóxico (Figura 98). Quanto aos acidentes de trabalho graves notificados pela rede, observa-se que o Sertão do Pajeú e Região Metropolitana respondem juntos por aproximadamente 5% dos casos (Figura 98). Sabe-se que o Sertão do Pajeú tem sofrido intensas transformações em decorrência das obras de Transposição do Rio São Francisco e da construção da Ferrovia Transnordestina. Para a Vigilância em Saúde, os Acidentes de Trabalho graves ou fatais são eventos sentinela que devem alertar toda a rede para que sejam desencadeadas ações de promoção da saúde e prevenção de acidentes. Já para os acidentes com material biológico, foi registrada maior frequência na Região Metropolitana e no Sertão do São Francisco (Figura 98). Sabe-se que nesses locais estão importantes polos médicos do estado nos quais há grande concentração de serviços de saúde. Figura 98 Proporção de casos de intoxicação exógena por agrotóxicos relacionada ao trabalho, acidentes de trabalho grave e acidente de trabalho com material biológico segundo Regiões de Desenvolvimento. Pernambuco, 211 % Intoxicação exógena Acidente grave Material biológico Fonte: Sinan/SES-PE Ainda em relação às doenças e agravos de notificação relacionados ao trabalho, destacamse as lesões por esforço repetitivo. Essa doença pode ocorrer em diversas profissões, dentro de diferentes cadeias produtivas, a exemplo do agricultor que trabalha na colheita da uva, em Petrolina, ou do digitador/atendente de telemarketing relacionados ao polo de serviços da Região Metropolitana, cuja Região é responsável por 94,8% das notificações por esse agravo no Estado (Sinan/SES-PE). O MS estima que trata-se de um agravo subnotificado devido às dificuldades dos profissionais de saúde associarem os sinais e sintomas ao trabalho do paciente, estabelecendo assim o nexo causal. 94

115 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco No contexto atual, as condições de trabalho exercem influências negativas na saúde mental dos trabalhadores. Contudo, estudos apontam que há subnotificação. Isso pode estar relacionado ao não reconhecimento clínico de determinadas patologias laborais relacionadas aos transtornos mentais (CARLOTTO, 211). Na Região Metropolitana estão registradas todas as ocorrências para esse agravo. Os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes concentraram 86% dos casos Intoxicações Exógenas A intoxicação é um problema de saúde pública de importância global. Segundo estimativas da OMS, em 24, cerca de 346. pessoas morreriam em todo o mundo devido à intoxicação não intencional (OMS, 199). A OMS aponta, ainda, que quase um milhão de pessoas morrem a cada ano devido ao suicídio, e as substâncias químicas são responsáveis por um número significativo dessas mortes. De acordo com a ficha de investigação do Sinan para intoxicação exógena, o caso suspeito é definido como todo aquele indivíduo que, tendo sido exposto a substâncias químicas (agrotóxicos, medicamentos, produtos de uso doméstico, cosméticos e higiene pessoal, produtos químicos de uso industrial, drogas, plantas e alimentos e bebidas), apresente sinais e sintomas clínicos de intoxicação e/ou alterações laboratoriais provavelmente ou possivelmente compatíveis. No Brasil, a dimensão da distribuição das intoxicações ainda não é plenamente conhecida, uma vez que os dados epidemiológicos disponíveis são parciais e, em sua maioria proveniente dos centros de informação e assistência toxicológica. O MS estima que para cada caso registrado no Sinan existam outros 5 não notificados (BRASIL, 1996). As intoxicações por medicamentos correspondem a principal causa de notificaçao de intoxicação exógena em Pernambuco. Entretanto, ainda há grande participação de ingnorados/ em branco (Figura 99). Com relação à ocupação, cerca de 3% dos casos notificados foram de indivíduos que exerciam algum trabalho agropecuário, o que pode demonstrar a vulnerabilidade destes trabalhadores aos produtos utilizados no ambiente de trabalho (Figura 1). 95

116 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 99 Proporção notificações por intoxicação exógena segundo agente tóxico. Pernambuco, 211 % ,6 23,1 2 1 Medicamento Alimento/ Bebida 14,2 12,4 Agrotóxicos Drogas de abuso 4,6 Prod. Uso domiciliar 2,3 3,4 Prod. químico Outros 12,4 Ignorado/ Em branco Fonte: Sinan/SES-PE Figura 1 Proporção notificações por intoxicação exógena segundo ocupação. Pernambuco, 211 % ,2 26, 9,4 4,4 4, 2,7 16,9 6,4 Trabalho agropecuário Estudante Dona de casa Aposentado Trab. volante Pensionista agricultura Pedreiro Outras Ignorada Fonte: Sinan/SES-PE 96

117 Número de óbitos Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 7. MORTALIDADE 7.1. Mortalidade Geral As informações sobre mortalidade são provenientes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), cujo instrumento base para coleta de dados é a Declaração de Óbito (DO), padronizada pelo MS, e que também serve de base para lavratura da Certidão de Óbito pelo Cartório de Registro Civil (BRASIL, 29a). A análise da mortalidade permite acompanhar mudanças no perfil epidemiológico para subsidiar no planejamento de ações e na organização de serviços de saúde de acordo com as necessidades da população (BRASIL, 24). O padrão de mortalidade pode sofrer alterações de acordo com a interação de fatores interdependentes, tais como, mudança na estrutura demográfica da população e do padrão de morbidade, fatores ambientais e socioculturais (CARMO; BARRETO; SILVA JR, 23). O Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) expressa a intensidade com a qual a mortalidade atua sobre uma população. É influenciado pela estrutura populacional quanto à idade e sexo, e, quando elevado, pode relacionar-se a baixa condição de vida ou maior número de idosos. A observação do CMG também permite acompanhar a captação de óbitos no SIM (BRASIL, 29a). Entre os anos de 22 e 211, Pernambuco apresentou incremento de 8% no número total de óbitos, com média de óbitos no decênio. Entretanto, o CMG de 211 foi muito próximo ao do início do período (Figura 11). Figura 11 Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (por 1. habitantes). Pernambuco, 22 a 211* ,7 6,8 6,7 6,5 6,3 6,4 6,5 6,4 6,4 6, Nº óbitos CMG * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM/ SEVS/ SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 97

118 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A IV Região de Saúde apresentou a maior média do CMG (7,9/1. habitantes) no período analisado em relação as demais, embora a III Região tenha apresentado CMG mais elevados em quatro anos do decênio analisado. A VIII Região apresentou baixo CMG no período, com média de 4,99/1. habitantes, indicando reduzida captação de óbitos e, consequentemente, baixa cobertura do SIM (Tabela 26). Tabela 26 Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1. habitantes) segundo Região de Saúde de residência. Pernambuco, 22 a 211* Região de Saúde I - Recife 6,6 6,6 6,7 6,4 6,3 6,2 6,3 6,3 6,5 6,7 II - Limoeiro 6,6 6,6 6,6 6,1 6,1 6,3 6,7 6,6 6,4 6,8 III - Palmares 7,5 7,9 7,4 7,1 6,7 7,1 6,8 6,3 6,3 6,5 IV - Caruaru 7,3 7,4 7,5 7, 6,8 7, 7, 7, 6,8 7,1 V - Garanhuns 6,8 7, 7, 6,6 6,5 7, 6,8 6,8 6,7 6,7 VI - Arcoverde 6,5 6,9 6,8 6,7 6,3 6,8 6,2 6, 5,8 5,9 VII - Salgueiro 5,4 5,8 5,2 5,4 5,4 5,6 5,5 5,5 5,4 5,9 VIII - Petrolina 5,1 5,3 4,9 5,1 5,2 4,9 5,2 4,8 4,6 4,8 IX - Ouricuri 5,4 5,9 5,6 5,7 5,5 5,6 5,7 5,5 5,4 5,6 X - Afogados da Ingazeira 6,6 6,6 6,6 6,6 7, 6,9 6,9 6,7 7,2 7,2 XI - Serra Talhada 6,8 6,6 6,4 6,2 6,8 6,8 6,3 6,7 6,4 6,9 XII - Goiana 6,9 7,2 7,1 7, 6,3 6,7 6,6 6,9 6,6 6,8 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Em Pernambuco, a proporção de óbitos com causas mal definidas diminuiu 71,6% entre 22 a 211, passando de 18,2% para 5,2%, respectivamente. Essa redução foi mais evidente entre os anos de 25 e 26 (4,6%), período em que foi implantado o projeto para redução da causa de óbito por causa mal definida (Figura 12). Figura 12 Proporção de óbitos com causa mal definida. Pernambuco, 22 a 211* % ,2 17,1 15,2 9,7 5,7 4,9 5,1 5,2 5,2 5, * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 98

119 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Nos anos de 22, 27 e 211 mais de 5% dos óbitos ocorreram em hospitais, com incremento de 1,3% em todo o período, demonstrando que uma maior parcela da população recebeu assistência hospitalar no momento da morte em 211. Os óbitos domiciliares ocupam o segundo lugar em relação as demais ocorrências, observando-se uma redução de 21,8% (Figura 13). 1% 9% Figura 13 Proporção dos óbitos local de ocorrência. Pernambuco, 22, 27 e 211*,6,5,3 3,1 3,2 4,3 7,3 7,9 7,4 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% 31,6 57,4 26,3 24,7 62, 63,3 % * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Hospital Domicílio Via pública Outros locais Ignorado Relação 22 / 211 1,3 21,8 1,4 38,7 5, No decênio analisado, a variável raça/cor na DO passou a ser melhor preenchida, observavando-se uma redução de 51,2% de informação ignorada. Os óbitos cuja classificação da raça/cor foi parda apresentaram maior incremento (19,5%) e representou em 54,5% do total de óbitos de 211. Em todos os anos da série, a raça/cor branca foi a segunda categoria com maior número de óbitos, seguidos dos óbitos classificados na raça/cor preta (Figura 14). Dentre os principais agravos, destacam-se os óbitos classificados como raça/cor parda com predomínio das causas externas com 79,% (Figura 15). 99

120 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 14 Proporção de óbito segundo raça/cor. Pernambuco, 22 a 211* % Parda 45,6 49,3 51,8 52,3 54,1 54,9 55, 52,5 54, 54,5 Branca 32,3 32,6 33,2 32,5 32,1 31,4 31,5 31,6 32, 31,2 Preta 5,4 5,3 5,4 5,3 5,5 5,5 5,4 5, 5,6 5,9 Amarela,3,3,2,3,3,3,3,2,3,3 Indígena,3,2,2,2,2,2,2,2,2,2 Não informado 16,2 12,4 9,1 9,4 7,8 7,6 7,6 1,5 7,9 7,9 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Figura 15 Proporção de óbito dos principais grupos de causa segundo raça/cor. Pernambuco, 211* 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % Aparelho circulatório externas Neoplasias Aparelho respiratório Endócrinas Não informado 4, 6,7 5,5 4,6 4,9 Indígena,3,2,2,2,2 Amarela,3,1,5,3,4 Preta 7,3 2,2 6,3 6,3 7,7 Branca 34,5 11,9 38,1 4,7 36,9 Parda 53,6 79, 49,3 48, 49,8 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE No período de 22 a 211, observa-se maior proporção de óbitos do sexo masculino, com média de 56,8% em relação ao sexo feminino (Figura 16). Quando observado o CMG por sexo, verificou-se que para o sexo masculino houve uma redução de 2,5% e para o sexo feminino um incremento de 1,8% no período analisado (Figura 17). 1

121 Número de óbitos Coeficiente de Mortalidade Geral (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 1% 9% Figura 16 Proporção de óbitos segundo sexo. Pernambuco, 22 a 211* 8% 42,2 42,8 43,3 43,4 43, 42,8 43,4 43,6 43,6 43,7 7% 6% 5% 4% 3% 57,8 57,2 56,7 56,6 57, 57,2 56,6 56,4 56,4 56,3 2% 1% % Masculino Feminino * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Figura 17 Número de óbitos e coeficiente de mortalidade geral (CMG) (por 1. habitantes) segundo sexo. Pernambuco, 22 a 211* Nº masculino N feminino CMG masculino 8, 8, 7,9 7,6 7,5 7,6 7,5 7,5 7,5 7,8 CMG feminino 5,5 5,6 5,6 5,4 5,3 5,3 5,4 5,4 5,4 5, * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Com relação às faixas etárias, observa-se maior proporção de óbitos entre os idosos em todos os anos analisados, com incremento de 11,4%. Isso pode estar relacionado ao aumento da expectativa de vida ao nascer, refletindo no processo de envelhecimento da população e, consequentemente, no aumento contínuo da população de idosos. Também verrificou-se incremento de 7,8% dos óbitos ocorridos na faixa etária de 4 a 59 anos. Para as demais faixas etárias, verificou-se redução nos óbitos, destacando-se os infantis (<1 ano), com redução de 55,8%. As Regiões de Saúde também acompanham o perfil estadual, observando-se uma maior diferença nas VI, VII, VIII e IX Região, onde a proporção de óbitos de menores de 1 ano e adultos jovens é maior do que o padrão estadual (Figuras 18 e 19). 11

122 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 18 Proporção dos óbitos segundo faixa etária. Pernambuco, 22 a 211* 1% 9% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% % e + 55,9 56,6 57,9 57,3 57,7 58,2 58,9 59,7 61,3 62,3 4 a 59 18, 18,2 18,7 19, 19,4 19,2 19,3 19,4 19,4 19,4 2 a 39 13,4 13,1 12,3 12,9 13,1 13,1 13,1 12,6 12,1 11,5 1 a 19 3,1 2,8 3,2 3,1 3,2 3,1 3, 2,6 2,5 2,4 1 a 9 1,8 1,7 1,5 1,4 1,4 1,3 1,2 1,2 1, 1, <1 ano 7,7 7,5 6,3 6,3 5,3 5, 4,5 4,5 3,8 3,4 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Figura 19 Proporção dos óbitos segundo faixa etária e Região de Saúde de residência. Pernambuco, 211* XII-Goiana XI-Serra Talhada X-Afogados da Ingazeira IX-Ouricuri VIII-Petrolina VII-Salgueiro VI-Arcoverde V-Garanhuns IV-Caruaru III-Palmares II-Limoeiro I-Recife PERNAMBUCO % 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 1% <1 ano 1 a 9 1 a 19 2 a 39 4 a 59 6 e + * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 12

123 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Quanto as principais causas de óbito, observa-se que no ano de 211 o padrão de mortalidade nas Regiões de Saúde acompanha o perfil estadual, apresentando maior proporção de óbitos por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) em relação aos demais agravos. As causas externas e neoplasias alternam entre a segunda e terceira causa de óbito entre as Regiões de Saúde. Esse perfil acompanha o padrão epidemiológico do país e traz implicações na estrutura demográfica. As causas de óbito mal definidas destacaram-se pela proporção elevada, em especial, as V, VI e VIII Região de Saúde que apresentaram acima de 1% (Figura 11). Figura 11 Proporção dos óbitos segundo principais causas básicas e Regiões de Saúde de residência. Pernambuco, 211* XII-Goiana 33,9 12,3 9,9 9,2 12, 5,4 4,2 13, XI-Serra Talhada 33,2 12,7 13, 8,6 7, 3,5 5,8 16,2 X-Afogados da Ingazeira 34,9 7,2 14,5 8,1 1,1 5,3 4,3 15,8 IX-Ouricuri 27,7 16,8 12, 6,8 7, 2,6 8,5 18,7 VIII-Petrolina 2,4 17,1 1,9 6,8 4,9 3,5 19, 17,3 VII-Salgueiro 26,4 1,9 15,9 9,1 5,1 4,6 9,2 18,8 VI-Arcoverde 25,2 13,4 1,4 7,6 8,3 3,3 16,2 15,7 V-Garanhuns 29,5 1, 9,9 9,4 9, 4,3 14, 13,8 IV-Caruaru 3,2 12,2 11,5 9,4 1,9 5,1 6,8 13,8 III-Palmares 31,2 11,4 1, 1,8 11,2 6, 3,9 15,5 II-Limoeiro 34,7 11,5 12,2 9,2 9,1 6,2 3,1 14, I-Recife 28,5 13,7 14,7 13,3 6,6 5,7 1,6 15,9 PERNAMBUCO 29,3 13,1 12,8 1,9 8,1 5,2 5,2 15, % D. ap. circulatório externas Neoplasias D. ap. respiratório D. endócrinas nutricionais e metabólicas D. aparelho digestivo Mal definidas e desconhecidas Demais causas * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Em 22, Pernambuco apresentou como principal causa de óbito as DAC, seguida das causas mal definidas, causas externas e neoplasia (Tabela 27). No ano de 211, as DAC permaneceram em primeiro lugar, e as causas mal definidas caíram para sétimo lugar, isto reflete a melhoria na qualificação na causa básica de óbito (Tabela 28). Ao analisar as principais causas segundo faixa etária, nos anos de 22 e 211, observa-se que em menores de 1 ano as principais causas foram as afecções perinatais, já na faixa etária de 1 a 39 anos, as causas que predominaram foram as externas, e nas demais foram as doenças do aparelho circulatório (Tabela 27 e 28). 13

124 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Ranking 1º Tabela 27 Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, 22 Grupos etários (anos) < 1 ano Afecções Perinatais 2º Mal Definidas DAR Mal Definidas Mal Definidas Neoplasia 3º DIP Mal Definidas Neoplasia DAC 4º Anomalia Congênita 6 anos e mais Pernambuco DAC DAC DAC Mal Definidas Neoplasia Mal Definidas DIP DAC DIP Mal Definidas DAR Neoplasia 5º DAR Neoplasia DIP Neoplasia 6º Endócrina Endócrina DAR 7º Anomalia Congênita; Sistema Nervoso Sistema nervoso Aparelho Digestivo Aparelho Digestivo 8º DSHI Endócrina Endócrina Endócrina 9º 1º Sistema nervoso Aparelho Digestivo DAC DSHI GPP Anomalia Congênita DIP Endócrina Aparelho Digestivo DAR Afecções Perinatais DAR DAR DIP Endócrina Sistema Nervoso TMC DAGU TMC DAGU Sistema Nervoso DIP Aparelho Digestivo DAGU Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR Doenças do Aparelho Respiratório; TMC Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias; DSOH Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários; GPP Gravidez Parto e Puerpério * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Ranking 1º 2º Tabela 28 Classificação das principais causas básicas de óbito segundo faixa etária. Pernambuco, Grupos etários (anos) < 1 ano Afecções Perinatais Anomalia Congênita Anomalia Congênita 3º DIP DAR DAC DIP 4º DAR DIP Mal Definidas Neoplasia 5º 6º Mal Definidas Neoplasia Sistema Nervoso 7º Endócrina Endócrina 8º 9º 1º Sistema Nervoso DSHI; Aparelho Digestivo Mal Definidas 6 anos e mais Pernambuco DAC DAC DAC Neoplasia DAC Neoplasia DAR DIP Aparelho Digestivo Aparelho Digestivo DAR DAR Mal Definidas Endócrina Sistema Nervoso Anomalia Congênita Neoplasia Endócrina Mal Definidas Aparelho Digestivo Neoplasia DAR Endócrina Aparelho Digestivo DAR DIP DIP Mal Definidas Sistema Nervoso Mal Definidas Afecções Perinatais DAC Endócrina Endócrina TMC DAGU DIP DSHI; Aparelho Digestivo Aparelho Digestivo; DAGU TMC DAGU Sistema Nervoso Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR Doenças do Aparelho Respiratório; TMC Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias; DSOH Doenças do Sangue e dos Órgãos Hematopoiéticos e alguns Transtornos Imunitários; GPP Gravidez Parto e Puerpério * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE DAGU

125 Número de óbitos Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1. nascidos vivos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 7.2. Análise da mortalidade segundo ciclo de vida Mortalidade em menores de 1 ano O Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) expressa o risco de morte dos Nascidos Vivos (NV) no primeiro ano de vida e reflete, de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. Este indicador é utilizado para subsidiar no planejamento das políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal, parto e proteção da saúde infantil. Para tanto, os dados precisam ser confiáveis, de qualidade e com cobertura adequada. A análise da mortalidade infantil em Pernambuco no período de 22 a 211 aponta para a redução no risco de morrer antes do primeiro ano de vida, visto que o CMI passou de 26,3/1. NV em 22, para 13,7/1. NV no ano de 211. Desde 26, o estado obteve a classificação de baixa mortalidade infantil (< 2 por mil), segundo os critérios da OMS (Figura 111). Figura 111 Número de óbitos de menores de 1 ano e Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* ,3 25,5 22,7 21,5 18,8 18,8 17, 17,2 15,2 13, Nº de óbitos Nascidos vivos 5 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE Entretanto, é preciso considerar que, apesar dos avanços, a cobertura do SIM em Pernambuco ainda não atingiu o parâmetro mínimo de 9% para os óbitos menores de 1 ano, e o cálculo dos indicadores com os dados diretos do sistema pode gerar algumas imprecisões, devendo ser realizada com cautela. 15

126 Coeficiente de Mortalidade Infantil (por 1. nascidos vivos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco A pesquisa Busca Ativa de Nascidos Vivos e Óbitos no Nordeste e Amazônia Legal coordenada pela Fiocruz e MS observou as subnotificações destes eventos vitais para as Unidades Federativas e aplicou fatores de correção para recalcular os CMI (SZWARCWALD et al., 21). Em Pernambuco, no ano de 28, a pesquisa supracitada verificou uma cobertura dos óbitos infantis no SIM de 83,3%, e o CMI corrigido de 19,3/1. NV. Entre os subcomponentes do CMI, o Coeficiente de Mortalidade Neonatal Precoce (<7 dias) foi o mais elevado em todo o período analisado, apesar de apresentar uma redução de 4,% quando comparados os anos de 22 e 211 (Figura 112). Figura 112 Distribuição do Coeficiente de Mortalidade Infantil, segundo componentes da mortalidade infantil (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* Neonatal precoce (<7 dias) 12, 11,4 11, 1,9 9,9 9,7 8,7 9, 8,4 7,2 Neonatal tardio (7 a 27 dias) 3,2 3,1 2,5 2,6 2,2 2,4 2,3 2,6 2,2 2,1 Pós-neonatal (28 dias a <1ano) 11,1 1,8 9,1 7,9 6,6 6,6 5,9 5,5 4,5 4,4 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE Entre as causa de morte, as afecções perinatais apresentaram maior risco, durante o período de 22 a 211. Em 22, o CMI para esse grupo foi de 12,5/1. NV e diminuiu para 7,7/1. NV em 211. Nesse mesmo período, as anomalias congênitas, que ocupavam o terceiro grupo de causa, em 211 tornaram-se o segundo grupo (Figura 113). 16

127 Coeficiente de Mortalidade (por 1. nascidos vivos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 113 Coeficiente de mortalidade infantil (por 1. nascidos vivos) segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 22 a 211* Afecções Perinatais 12,5 12,2 11,6 11,6 1,7 1,3 9,5 1,1 9, 7,7 Anomalia Congênita 2,6 2,6 2,6 2,7 2,8 3,1 2,9 3, 3, 3, DIP 3, 3,1 2,7 2,1 1,6 1,6 1,2 1,,9,9 DAR 1,7 1,4 1,3 1,4 1,1 1, 1,1,9,7,8,3,3,3,3,4,4,4,5,3,5 Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE Nas Regiões de Saúde, as afecções perinatais permaneceram como principal causa nos ano de 22 e 211, exceto na VI Região de Saúde, que, em 22, apresentou as causas mal definidas como primeiro grupo de causas (Tabela 29). Tabela 29 Classificação das principais causas de óbitos infantil segundo Região de Saúde. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde º 2º 3º 1º 2º 3º Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Mal Definidas Anomalia Congênita Anomalia Congênita Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Afecções Perinatais Anomalia Congênita DAR Afecções VII-Salgueiro DIP Perinatais Afecções Anomalia VIII-Petrolina Mal Definidas Perinatais Congênita Afecções IX-Ouricuri Mal Definidas DIP Perinatais X-Afogados da Afecções DIP Mal Definidas Ingazeira Perinatais Afecções Anomalia XI-Serra Talhada DIP Perinatais Congênita Afecções XII-Goiana DIP Mal Definidas Perinatais Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE DIP DIP DIP DIP DIP Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Afecções Perinatais Anomalia Congênita DIP Anomalia DIP; Congênita Anomalia Congênita DIP Anomalia Congênita DAR Anomalia Congênita DAR Anomalia Congênita DIP Anomalia Congênita; Mal Definidas Anomalia Congênita DAR Anomalia Congênita DIP Anomalia Congênita DIP; DAR Anomalia Congênita DAR Anomalia DIP; DAR; Congênita 17

128 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Dentre as principais causas dentro do grupo das afecções perinatais, no triênio de 22 a 24, destacou-se os transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos, com 51,2% dos óbitos. Já no triênio de 29 a 211, predominou o feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto, com 35,1% (Tabela 3). Tabela 3 Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causa definida. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % Afecções Perinatais , Afecções Perinatais , Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto , ,8 Feto e recém-nascido afetados por fatores maternos e por complicações da gravidez, do trabalho de parto e do parto Transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos , ,9 Outras afecções perinatais , Outras afecções perinatais , DIP , Anomalia Congênita , Doenças infecciosas intestinais ,9 Malformações congênitas do aparelho circulatório ,7 Outras doenças bacterianas , Malformações congênitas do sistema nervoso 25 16,2 Outras DIP 55 4,1 Outras anomalias congênitas ,2 Anomalia Congênita , DIP 387 1, Malformações congênitas do aparelho circulatório 48 34,4 Doenças infecciosas intestinais ,5 Malformações congênitas do sistema nervoso ,2 Outras doenças bacterianas 87 22,5 Outras anomalias congênitas ,4 Outras DIP 58 15, * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Do grupo de causas evitáveis, que totaliza 7,6% dos óbitos infantis em 211, 27,1% foram redutíveis por atenção à mulher na gestação (Tabela 31). Tabela 31 Número e proporção de óbitos infantis segundo principais grupos de causas evitáveis. Pernambuco, 211* Grupos de causas Nº % evitáveis ,6 Reduzíveis por ações de imunização 6,3 Reduzíveis por atenção à mulher na gestação ,1 Reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto 2 1,3 Reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido ,7 Reduzíveis por ações diagnóstico e tratamento adequado 152 7,8 Reduzíveis por ações de promoção à saúde vinculadas a ações da atenção primária 164 8,4 mal definidas 19 1, Demais causas (não claramente evitáveis) ,5 Total , * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 18

129 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Mortalidade entre 1 a 9 anos Na faixa etária de 1 a 9 anos, o coeficiente de mortalidade no sexo masculino foi mais elevado do que o feminino, no período de 22 a 211. Ambos apresentaram decréscimo, com maior redução no masculino (36,8%) do que no feminino (23,3%) (Figura 114). Figura 114 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* Masculino 69,6 68,2 6,4 51,7 52,4 56,4 49,2 5,8 42,7 44, Feminino 54,1 53,3 49,1 47,3 4,1 4, 42,4 4,5 37,8 41,5 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Entre os grupos de causas de óbitos para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos, destacam-se as causas externas, com um coeficiente de mortalidade de 19,1/1. habitantes em 22, e de 13,5/1. habitantes em 211 (redução de 29,3%) (Figura 115). Figura 115 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* ,1 18,9 15, 15, 14,4 17, 15,3 15,8 14,6 13,5 DIP 9,3 6,8 7,3 6,5 4,2 6,8 5,8 6,5 4,7 5, Anomalias Congênitas 3,1 3,3 3,3 3,6 4,3 5,5 4,3 5,4 4,3 4,8 DAR 9,4 9,1 9,2 6,6 9,6 8,1 6,3 5,8 4,9 4,5 Neoplasias 5, 3,3 4,4 2,7 5,1 5,7 4, 5,1 3,2 4,4 Legenda: DAR - Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 19

130 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco O sexo feminino, na faixa etária de 1 a 9 anos, apresentou as causas externas com maior risco de morte no período de 23 a 211. O coeficiente de mortalidade foi 1,2/1. habitantes em 23, e 8,4/1. habitantes em 211. Apenas no ano de 22 as doenças do aparelho respiratório foram a principal causa de morte, com 11,8 óbitos/1. habitantes (Figura 116). Figura 116 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 211* , 1,2 8,9 1,1 8,4 6,8 9,2 9,4 7,7 8,4 Anomalias Congênitas 2,8 4,5 3,5 4,2 4,5 4,4 6,2 4,6 3,8 6,6 DAR 11,8 9,1 6,9 7,3 6,7 6,1 6,4 6, 4,4 5,9 DIP 7,9 6,1 7,2 6,8 5,5 5,1 4,8 5,3 5,8 4,5 Neoplasias 2,6 4,2 3,5 3,6 3,4 3,7 4,1 4,1 3,9 4,4 Legenda: DAR Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Em 22, as Regiões de Saúde de I, II, IV, VII, VIII apresentaram as causas externas como principal causa de óbito, na faixa etária de 1 a 9 anos. Já em 211, somente a V, VI, e VII Regiões não apresentaram as causas externas como primeiro grupo de causa (Tabela 32). 11

131 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 32 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde I-Recife II-Limoeiro º 2º 3º 1º 2º 3º DIP DAR DAR Neoplasia; Endócrina; Anomalia Congênita III-Palmares Mal Definidas DAR IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas DAR ; DAR ; DAR DIP; Aparelho Digestivo DAR DIP; Mal Definidas IX-Ouricuri Mal Definidas DIP DAR X-Afogados da Ingazeira Mal Definidas DIP; DAR; externas; Endócrinas; DAC; DAGU; Anomalia Congênita; Sistema Nervoso XI-Serra Talhada DIP DAR XII-Goiana DAR Mal Definidas DIP DAR; Neoplasia Anomalia Congênita Anomalia Congênita DAR Sistema Nervoso Anomalia Congênita; Sistema Nervoso; DIP Anomalia Congênita DAR ; Sistema Nervoso DIP Mal Definidas Endócrina Mal Definidas DAR; Mal Definidas Anomalia Congênita ; Sistema Nervoso DAR ; DIP Anomalia Congênita DIP Neoplasia Neoplasia DAR; Neoplasia; Endócrina Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAGU Doenças do Aparelho Geniturinário; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Nos triênios de 22 a 24 e de 29 a 211, no grupo das causas externas, para o sexo masculino, os afogamentos e submersões acidentais foram as principais causas de óbito, com 29,6% e 32,1%, respectivamente (Tabela 33). Já no feminino, dentro do grupo das causas externas, os acidentes de transporte (3,1%) foram a primeira causa de morte no triênio 22 a 24 (Tabela 34). 111

132 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 33 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % externas 398 1, externas 299 1, Afogamento e submersão acidentais ,6 Afogamento e submersão acidentais 96 32,1 Acidentes de transporte 11 27,6 Acidentes de transporte 87 29,1 Outras causas externas 17 42,7 Outras causas externas ,8 DAR 28 1, DIP 111 1, Influenza e pneumonia , Doenças infecciosas intestinais 43 38,7 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 28 13,5 Outras doenças bacterianas 31 27,9 Outras DAR 49 23,6 Outras DIP 37 33,3 DIP 175 1, DAR 14 1, Doenças infecciosas intestinais 78 44,6 Influenza e pneumonia 55 52,9 Outras doenças bacterianas 56 32, Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 18 17,3 Outras DIP 41 23,4 Outras DAR 31 29,8 Legenda: DAR Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Tabela 34 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 9 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % externas 26 1, externas 169 1, Acidentes de transporte 62 3,1 Afogamento e submersão acidentais 48 28,4 Afogamento e submersão acidentais 52 25,2 Acidentes de transporte 38 22,5 Outras causas externas 92 44,7 Outras causas externas 83 49,1 DAR 24 1, DAR 18 1, Influenza e pneumonia ,7 Influenza e pneumonia 73 67,6 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 24 11,8 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores 14 13, Outras DAR 52 25,5 Outras DAR 21 19,4 DIP 155 1, DIP 13 1, Doenças infecciosas intestinais 7 45,2 Doenças infecciosas intestinais 41 39,8 Outras doenças bacterianas 6 38,7 Outras doenças bacterianas 29 28,2 Outras DIP 25 16,1 Outras DIP 33 32, Legenda: DAR Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 112

133 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Mortalidade entre 1 a 19 anos Na faixa etária de 1 a 19 anos, o sexo masculino apresentou, em 22, coeficiente de mortalidade de 14,4/1. habitantes, e de 126,2/1. habitantes, em 211. Esse resultado foi superior ao encontrado no sexo feminino, que obteve coeficiente de mortalidade de 4,2/1. habitantes, em 22, e de 38,7/1. habitantes, em 211 (Figura 117). Figura 117 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* Masculino 14,4 129,3 148, 137,2 137,1 162,3 151,1 136,5 126,5 126,2 Feminino 4,2 36,1 41,2 37,3 4,3 42,7 46,1 41,2 37,8 38,7 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias O risco de morte por causas externas para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 19 anos foi de 19,8 óbitos/1. habitantes em 22 e manteve-se como principal causa até 211, destacando-se entre as demais causas. Observa-se um decréscimo de 11,6% no coeficiente, quando comparados o primeiro e o último ano analisados (Figura 118). 113

134 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 118 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* ,8 1,9 118,8 19,3 111,2 129,8 123, 19,8 98,5 97,1 Mal Definidas 8,3 6,4 5,7 4,6 3,3 3,7 2,8 3, 4,1 5,3 Neoplasias 3,4 4, 5,3 5,4 4,1 6,3 4,1 6,1 6, 4,9 DAC 5,1 4, 3,6 3,3 3,5 4,7 5,2 3,3 3,6 4,8 DIP 4,2 2,7 3,4 3,9 3,5 4,6 3,2 2,1 2,3 3,5 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No sexo feminino, as causas externas permaneceram como primeiro grupo de causa com maior risco de morte, com coeficiente de mortalidade de 17,2/1. habitantes em 22, e 13,9/1. habitantes em 211. As neoplasias foram a segunda causa durante todo o período analisado (Figura 119). Figura 119 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 211* ,2 15,5 17,2 16, 16,2 17,9 2, 18,1 17,6 13,9 Neoplasias 4,2 3,4 4,2 4,2 3,5 4,2 3,7 5, 4, 5,5 DAC 1,9 2,5 2,8 2,1 2,1 3,2 3,5 2,8 1,7 3, DIP 1,6 1,2 1,8 2,2 2,4 2,4 2,7 1,9 2,3 2,9 Sistema Nervoso 1,7 1,3 2,8 2,1 2,6 2,1 2,5 1,6 2,9 2,3 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 114

135 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Ao estratificar por Regiões de Saúde, as causas externas permanecem como a primeira causa de óbito na faixa etária de 1 a 19 anos em todas as Regiões de Saúde, tanto no ano de 22 quanto no de 211 (Tabela 35). Tabela 35 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana º 2º 3º 1º 2º 3º Neoplasias; DAC Neoplasias Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Neoplasias DAC; DAR DIP Neoplasias DAC DAC; DIP Anomalia Congênita; Aparelho Digestivo; DAR; Endócrinas DAR; DIP; DSOH; Endócrinas DAR DAC; DIP; Neoplasias DAC; Neoplasias DAR Neoplasias DAC; Neoplasias Neoplasias Neoplasias Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Neoplasias DIP; Neoplasias DIP DAC DAR DAC; DSOTC DAC Anomalia Congênita; DAR; Neoplasias DAC Neoplasias Anomalia Congênita; Aparelho Digestivo; DAC; Endócrinas; Mal Definidas; TMC Mal Definidas; Sistema Nervoso Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DSOH Doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos e alguns transtornos imunitários; DAR Doenças do Aparelho Respiratório; TMC - Transtornos Mentais e Comportamentais; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Para o sexo masculino, as agressões representaram 72,3% das causas externas, e essa foi a principal causa de óbito nos dois triênios analisados. Quando se comparam os dois triênios, observase uma redução de 5,8% nas agressões e um aumento de 24,8% nos acidentes de transporte (Tabela 36). 115

136 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 36 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % , , Agressões ,3 Agressões ,1 Acidentes de transporte ,9 Acidentes de transporte 47 16,1 Outras causas externas ,8 Outras causas externas ,8 DAC 115 1, Neoplasias 141 1, Doenças cerebrovasculares 27 23,5 Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e correlatos 61 43,3 Doenças reumáticas crônicas do coração 22 19,1 Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central 2 14,2 Outras DAC 66 57,4 Outras neoplasias 6 42,6 Neoplasias 114 1, DAC 97 1, Neoplasias malignas primárias, dos tecidos linfático, hematopoético e 48 42,1 Doenças cerebrovasculares 26 26,8 correlatos Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e outras partes do sistema nervoso central 26 22,8 Doenças isquêmicas do coração 21 21,6 Outras neoplasias 4 35,1 Outras DAC 5 51,5 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE No sexo feminino, considerando o triênio de 29 a 211, os acidentes de transporte (34,2%) obtiveram maior proporção entre as causas externas, seguida das agressões (32,5%) (Tabela 37). Tabela 37 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 1 a 19 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % 446 1, 43 1, Agressões ,7 Acidentes de transporte ,2 Acidentes de transporte ,9 Agressões ,5 Outras causas externas ,4 Outras causas externas ,3 Neoplasias 15 1, Neoplasias 118 1, Neoplasias malignas primárias, dos tecidos Neoplasias malignas primárias, dos tecidos 35 33,3 linfático, hematopoético e correlatos linfático, hematopoético e correlatos 43 36,4 Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e Neoplasias malignas dos olhos, encéfalo e 15 14,3 outras partes do sistema nervoso central outras partes do sistema nervoso central 28 23,7 Outras neoplasias 55 52,4 Outras neoplasias 47 39,8 DAC 64 1, DAC 61 1, Doenças cerebrovasculares 19 29,7 Doenças cerebrovasculares 13 21,3 Doenças reumáticas crônicas do coração 17 26,6 Doenças reumáticas crônicas do coração 1 16,4 Outras DAC 28 43,8 Outras DAC 38 62,3 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 116

137 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Mortalidade entre 2 a 39 anos Analisando a faixa etária de 2 a 39 anos, observa-se que o sexo masculino apresentou um coeficiente de mortalidade variando de 455,8 a 355,1/1. habitantes, no período de 22 a 211, representando uma redução de 22,1%. Já o sexo feminino, obteve uma menor redução (7,1%), com coeficiente de 11,3 óbitos/1. habitantes em 22, e de 94,1 óbitos/1. habitantes em 211 (Figura 12). Figura 12 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* Masculino 455,8 452,5 415, 419,6 415,3 43,3 396,8 375,1 362,5 355,1 Feminino 11,3 98,4 99,8 96,4 98,5 89,9 94,7 93, 93,3 94,1 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias O sexo masculino apresentou maior risco de morte para as causas externas, com coeficiente de mortalidade de 33,7/1. habitantes em 22 e 235,/1. habitantes em 211, resultando no decréscimo de 22,6%. Apesar da redução, as causas externas refletem a maior exposição a riscos do sexo masculino nesta faixa etária. As demais causas, como as doenças do aparelho circulatório, infecto-parasitárias e do aparelho digestivo, representaram menor coeficiente de mortalidade quando comparadas às causas externas (Figura 121). 117

138 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 121 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* ,7 311,5 282,9 289,4 289,8 279,3 273, 254,2 241,9 235, DAC 22,9 23,4 23,7 27,5 27,2 28,9 25,2 23,6 25,8 25,8 DIP 23,8 22,3 22,2 2,7 22,7 2,1 18,2 23,1 2,4 21,9 Aparelho Digestivo 22,5 21,4 19,7 18,8 18, 17,2 19,8 18,3 16,2 17,5 Mal Definidas 33,5 27,1 24,9 2,2 11,1 11,1 13,7 12,9 13,9 13, Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias As causas externas também assumiram o maior risco de morte para o sexo feminino, cujo coeficiente variou de 21,8 óbitos/1. habitantes em 22 para 24,1 óbitos/1. habitantes em 211, registrando maior valor no ano de 29. Porém, diferentemente do sexo masculino, os valores do coeficiente de mortalidade por causas externas apresentaram-se mais próximos das neoplasias e doenças do aparelho circulatório nesta faixa etária (Figura 122). Figura 122 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 211* ,8 2,7 21,5 22, 23,6 22,9 24,9 25,2 23,2 24,1 Neoplasias 15,6 16,1 16,6 18,2 18,5 15,7 17, 17,1 17,2 15,3 DAC 14,4 13,8 15,8 14,8 14,7 13,9 14,7 13,7 14,4 14,2 DIP 11,8 9,9 1,1 1,8 11,5 8,7 1,4 8,9 9, 9,6 DAR 7, 5,1 4,6 4,7 4,3 4,1 4,4 5,2 5,3 6, Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias. * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 118

139 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco As causas externas permanecem como a principal causa de óbito em todas as Regiões de Saúde, tanto no ano de 22 quanto no de 211 para a faixa etária de 2 a 39 anos (Tabela 38). Tabela 38 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde 1º 2º 3º 1º 2º 3º I-Recife II-Limoeiro III-Palmares IV-Caruaru V-Garanhuns VI-Arcoverde VII-Salgueiro VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada XII-Goiana DIP DAC; Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas DAC DAC DAC DAC DAC; Neoplasias DAC; DIP Neoplasias DAC DAC Aparelho Digestivo DAR Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE DIP DAC Neoplasias DAC DAC DAC Neoplasias DAC DAC DAC DAC DAC DAC Neoplasias DAC Neoplasias Mal Definidas Mal Definidas Mal Definidas; Aparelho Digestivo Mal Definidas Mal Definidas Aparelho Digestivo; Neoplasias DIP DIP Dentro do grupo das causas externas, as agressões destacaram-se, tanto no sexo masculino como no feminino. No sexo masculino foi responsável por 71,4% dos óbitos, no triênio de 22 a 24, e por 6,3% no triênio de 29 a 211. Já no sexo feminino, obtive-se 48,5% e 41,3%, respectivamente (Tabela 39 e 4). 119

140 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 39 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % , , Agressões ,4 Agressões ,3 Acidentes de transporte ,6 Acidentes de transporte ,4 Outras causas externas , Outras causas externas ,3 DAC 874 1, DAC , Doenças isquêmicas do coração ,9 Doenças isquêmicas do coração ,4 Outras formas de doença do coração ,1 Outras formas de doença do coração ,5 Outras DAC ,9 Outras DAC 43 37,1 DIP 852 1, DIP 943 1, Doença pelo vírus da imunodeficiência Doença pelo vírus da imunodeficiência ,5 humana [HIV] humana [HIV] ,5 Tuberculose ,2 Tuberculose ,5 Outras DIP ,2 Outras DIP ,1 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Tabela 4 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 2 a 39 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % 862 1, , Agressões ,5 Agressões ,3 Acidentes de transporte ,9 Acidentes de transporte , Outras causas externas ,6 Outras causas externas ,6 Neoplasias 651 1, Neoplasias 756 1, Neoplasias malignas dos órgãos genitais Neoplasias malignas dos órgãos genitais ,3 femininos femininos ,3 Neoplasias malignas da mama ,5 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos 14 18,5 Outras neoplasias ,2 Outras neoplasias ,2 DAC 593 1, DAC 646 1, Doenças cerebrovasculares ,4 Doenças cerebrovasculares ,3 Outras formas de doença do coração 122 2,6 Doenças isquêmicas do coração ,7 Outras DAC ,1 Outras DAC 31 48, Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 12

141 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Mortalidade entre 4 a 59 anos No período de 22 a 211, na faixa etária de 4 a 59 anos, o coeficiente de mortalidade masculino foi quase o dobro do feminino. O sexo masculino apresentou um decréscimo de 9,9%, enquanto o feminino obteve uma redução equivalente a 15,7% (Figura 123). Figura 123 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211* Masculino 914,6 937,5 951,1 927,5 942,3 843,2 826,7 822, 786,9 824,3 Feminino 476,8 486,2 52,4 489,2 482,9 424,2 426,1 418,4 393,3 41,7 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No sexo masculino, o maior risco de morte foi por doenças do aparelho circulatório, com coeficiente de mortalidade em 22 de 226,4/1. habitantes e de 219,8/1. habitantes em 211, seguidas das causas externas (Figura 124). Figura 124 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211* DAC 226,4 239,6 253,3 253, 258,2 228,2 228,9 226,6 219, 219,8 18,9 19,1 176,5 179,6 192,1 174,8 167,2 165,1 159,4 166,7 Neoplasias 89,3 97,6 16,1 18,9 115,1 17,3 13,1 95, 95,7 99,2 Aparelho Digestivo 14,4 17, 17,3 13,3 17,9 15,1 97,6 95,8 94,5 94,7 DIP 61,4 61,1 61,3 64,3 62,8 52,6 51,4 55,3 49,6 54,4 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 121

142 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco O maior risco de morte no sexo feminino, também foi por doenças do aparelho circulatório, porém este grupo teve redução de 12,4%, enquanto o de neoplasias apresentou acréscimo de 5,%, se comparados os anos de 22 e 211 (Figura 125). Figura 125 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 211* DAC 147,9 159,4 166,1 164,9 161,9 144,1 142,3 139,3 126, 129,6 Neoplasias 17,7 11,6 116,1 124,2 132,2 19,7 113,2 114,2 16,9 113, Endócrinas 35,3 36, 43,4 39,7 4,9 37,2 36,7 33,1 3,9 33,3 DAR 29,8 3,2 23,6 22,6 26,7 24,8 27,5 28,7 27,8 29,4 Aparelho Digestivo 26,1 24,2 25,1 29,3 27,3 24,2 21,1 23,4 21,2 22,4 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias Em 211, as doenças do aparelho circulatório em todas as Regiões de Saúde, exceto na VIII Região, na qual as causas externas foram o principal grupo e causa de óbito. Lembrando que as Regiões que apresentaram como primeiro grupo as causas mal definidas, no ano de 22, mudaram seu perfil em 211, consequência da melhoria no preenchimento das causas de óbito durante o período analisado. (Tabela 41). 122

143 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 41 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde I-Recife DAC Neoplasias II-Limoeiro III-Palmares º 2º 3º 1º 2º 3º DAC DAC; Mal Definidas IV-Caruaru Mal Definidas DAC V-Garanhuns Mal Definidas VI-Arcoverde Mal Definidas DAC VII-Salgueiro DAC Mal Definidas VIII-Petrolina IX-Ouricuri X-Afogados da Ingazeira XI-Serra Talhada Mal Definidas Mal Definidas DAC Neoplasias Mal Definidas DAC Neoplasias DAC ; Neoplasias DAC DAC DAC DAC DAC DAC DAC DAC Neoplasias Neoplasias Neoplasias Neoplasias ; Neoplasias DAC; Neoplasias Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias DAC XII-Goiana DAC Mal Definidas Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Aparelho Digestivo DAC Neoplasias Neoplasias As doenças isquêmicas do coração foram as principais causas para o sexo masculino no grupo de doenças do aparelho circulatório, com 42,9% no triênio de 22 a 24, e 48,5% no triênio de 29 a 211, seguidas das doenças cerebrovasculares (Tabela 42). Já no sexo feminino, o primeiro triênio apresentou as doenças cerebrovasculares como a primeira causa (34,6%), e no segundo triênio, as doenças isquêmicas do coração obtiveram a maior proporção (Tabela 43). 123

144 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 42 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % DAC , DAC , Doenças isquêmicas do coração ,9 Doenças isquêmicas do coração ,5 Doenças cerebrovasculares ,1 Doenças cerebrovasculares ,6 Outras DAC ,1 Outras DAC , , , Agressões ,4 Agressões ,5 Acidentes de transporte 94 25,7 Acidentes de transporte ,1 Outras causas externas 96 25,8 Outras causas externas ,5 Aparelho digestivo , Neoplasias , Doenças do fígado ,7 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,4 Doenças do esôfago, do estômago e do Neoplasias malignas do aparelho 86 4,2 duodeno respiratório e dos órgãos intratorácicos 485 2, Outras doenças do aparelho digestivo 38 15,1 Outras neoplasias ,6 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Tabela 43 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 4 a 59 anos. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % DAC , DAC , Doenças cerebrovasculares ,6 Doenças isquêmicas do coração ,1 Doenças isquêmicas do coração ,8 Doenças cerebrovasculares ,6 Outras DAC ,5 Outras DAC ,2 Neoplasias , Neoplasias , Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,9 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,5 Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos ,6 Neoplasias malignas da mama ,5 Outras neoplasias ,5 Outras neoplasias , Endócrinas, nutricionais e metabólicas 867 1, Endócrinas, nutricionais e metabólicas 954 1, Diabetes mellitus ,3 Diabetes mellitus 769 8,6 Desnutrição 65 7,5 Desnutrição 65 6,8 Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas 8 9,2 Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas 12 12,6 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 124

145 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Mortalidade entre 6 anos e mais No período de 22 a 211, na faixa etária de 6 anos e mais, o sexo masculino obteve maior coeficiente de mortalidade, com 4.631,5/1. habitantes em 22, e 4.342,6/1. habitantes em 211, resultado em uma redução de 6,2%. Já o sexo feminino obteve decréscimo de 7,5% no período citado (Figura 126). Figura 126 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo sexo na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* Masculino 4.631, ,2 4.76, , ,7 4.23, , ,7 4.9, ,6 Feminino 3.594, 3.751, , 3.683, , ,2 3.43, , 3.177, ,9 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No sexo masculino, as doenças do aparelho circulatório, representaram o maior coeficiente de mortalidade, variando de 1.539,4/1. habitantes em 22, para 1.63,6/1. habitantes em 211. Em 22, o grupo de causas mal definidas ocupava a segunda posição (1.166,4 óbitos/1. habitantes), porém, em 211, houve redução de 77,3%, que passou a ocupar o quinto grupo de causa, com 264,5 óbitos/1. habitantes (Figura 127). 125

146 Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Coeficiente de Mortalidade (por 1. habitantes) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 127 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo masculino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* DAC 1.539, , , , , 1.742, , , ,9 1.63,6 Neoplasias 519,9 533,2 57,1 613,2 664,5 628, 619,6 628,6 62,8 658,7 DAR 43,3 438,1 394,9 41,3 47,1 483,5 47,1 475, 511,8 68,9 Endócrinas 3,6 341,7 367,3 382, 398,5 368,8 41, 389,7 383,3 399, Mal Definidas 1.166, , 974,7 56,9 325,4 258,6 262,4 261, 243,7 264,5 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias No sexo feminino, observou comportamento semelhante ao masculino, já que as doenças do aparelho circulatório representaram o maior coeficiente de mortalidade, durante o período analisado, variando de 1.26,5/1. habitantes em 22, para 1.254,8/1. habitantes em 211. Entre 22 e 211, também chamou atenção a redução de 76,7% nos óbitos por causas mal definidas (Figura 128). Figura 128 Coeficiente de mortalidade (por 1. habitantes) segundo principais grupos de causa para o sexo feminino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 211* DAC 1.26, , 1.4, , , ,8 1.42, , , ,8 DAR 39,8 4,9 339,7 355,1 49,8 428, 42,7 449,6 429,7 5,5 Neoplasias 365,8 381, 49,2 442,4 487,9 436,2 451,1 453,7 422,7 43,9 Endócrinas 355,2 376,9 433,7 438,8 448, 443,4 439,8 434,3 42,8 421,1 Mal Definidas 872,3 846,6 779,7 468,3 274,5 219,1 218,3 224,9 198,8 23,3 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; IBGE Censos e estimativas Intercensitárias 126

147 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Ao analisar por Regiões de Saúde, no ano de 22 apenas a I, II, VII, e XII Regiões de Saúde apresentavam as doenças do aparelho circulatório como o primeiro grupo de causa de óbito, enquanto as demais Regiões foram representadas pelas causas mal definidas. Entretanto, em 211, as doenças do aparelho circulatório foram consideradas as principais causas de óbito em todas as Regiões (Tabela 44). Tabela 44 Classificação das principais causas de óbitos segundo Região de Saúde na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 e 211* Região de Saúde º 2º 3º 1º 2º 3º I-Recife DAC DAR Neoplasias DAC DAR Neoplasias II-Limoeiro DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias DAR III-Palmares Mal Definidas DAC Endócrinas DAC Endócrinas DAR IV-Caruaru Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Endócrinas Neoplasias V-Garanhuns Mal Definidas DAC DAR DAC Mal Definidas DAR VI-Arcoverde Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias VII-Salgueiro DAC Mal Definidas Neoplasias DAC Neoplasias DAR VIII-Petrolina Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Mal Definidas Neoplasias IX-Ouricuri Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias Mal Definidas X-Afogados da Ingazeira Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias Endócrinas XI-Serra Talhada Mal Definidas DAC Neoplasias DAC Neoplasias DAR XII-Goiana DAC Mal Definidas Endócrinas DAC Endócrinas DAR Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE No triênio de 22 a 24, as doenças cerebrovasculares, com 33,6%, representaram a principal causa de óbito para o sexo masculino no grupo das doenças do aparelho circulatório. Já no triênio de 29 a 211, as doenças isquêmicas do coração apresentaram maior proporção (38,2%), seguidas das doenças cerebrovasculares (3,5%) (Tabela 45). 127

148 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Tabela 45 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo masculino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % DAC , DAC , Doenças cerebrovasculares ,6 Doenças isquêmicas do coração ,2 Doenças isquêmicas do coração ,7 Doenças cerebrovasculares ,5 Outras DAC ,7 Outras DAC ,4 Neoplasias , Neoplasias , Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,9 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,1 Neoplasias malignas dos órgãos genitais Neoplasias malignas dos órgãos genitais ,5 masculinos masculinos , Outras neoplasias ,6 Outras neoplasias ,9 DAR , DAR , Doenças crônicas das vias aéreas inferiores ,7 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores ,3 Influenza [gripe] e pneumonia 89 22,3 Influenza [gripe] e pneumonia ,1 Outras DAR , Outras DAR ,6 Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE Para o sexo feminino, observa-se comportamento semelhante ao masculino, já que no triênio de 22 a 24, as doenças cerebrovasculares, obtiveram 34,3% das causas do grupo das doenças do aparelho circulatório, e no triênio de 29 a 211, as doenças isquêmicas do coração, com 33,6% (Tabela 46). Tabela 46 Número e proporção de óbitos segundo principais grupos de causa definida para o sexo feminino na faixa etária de 6 anos e mais. Pernambuco, 22 a 24 e 29 e 211* 22 a a 211 Grupo de causa Nº % Grupo de causa Nº % DAC , DAC , Doenças cerebrovasculares ,3 Doenças isquêmicas do coração ,6 Doenças isquêmicas do coração ,8 Doenças cerebrovasculares ,5 Outras DAC ,9 Outras DAC ,9 Endócrinas, nutricionais e metabólicas , DAR , Diabetes mellitus ,5 Influenza [gripe] e pneumonia ,9 Desnutrição ,1 Doenças crônicas das vias aéreas inferiores ,7 Outras endócrinas, nutricionais e metabólicas 26 5,5 Outras DAR ,4 Neoplasias , Neoplasias , Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,1 Neoplasias malignas dos órgãos digestivos ,9 Neoplasias dos órgãos genitais femininos ,5 Neoplasias malignas dos órgãos genitais femininos ,1 Outras neoplasias ,4 Outras neoplasias , Legenda: DAC Doenças do Aparelho Circulatório; DAR Doenças do Aparelho Respiratório * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 128

149 Número de óbitos Razão de Mortaliade Materna (por 1. nascidos vivos) Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco 7.3. Mortalidade Materna A Razão de Mortalidade Materna (RMM) estima a frequência de mortes de mulheres ocorridas durante a gravidez, aborto, parto ou até 42 dias após o parto, atribuídas a causas relacionadas ou agravadas pela gravidez, parto, aborto e puerpério, ou por medidas tomadas em relação a ela, tendo como denominador o total de nascidos vivos (NV). A RMM de Pernambuco foi calculada com os óbitos até 1 ano após o parto e apresentou 74,8 óbitos/1. NV em 22, e 79,6 óbitos/1. NV em 29, resultando em um incremento de 6,4% (Figura 129). Os anos de 21 e 211 apresentam-se com número baixo de óbitos maternos, em relação a anos anteriores, resultado da subnotificação desse tipo de óbito. Isto significa que as causas maternas, em muitos óbitos, não foram inseridas nas DO. Figura 129 Número de óbitos maternos e Razão de Mortalidade Materna (RMM) (por 1. nascidos vivos). Pernambuco, 22 a 211* Nº óbitos RMM 74,8 78,4 82,1 7,3 77,9 78,2 77,1 79,6 65,7 57,5 * Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE; Sinasc / SEVS / SES-PE Com relação às principais causas de óbito materno, as hipertensões e as hemorragias destacaram nos anos de 22 e 211. Entretanto, as infecções puerperais aparecem como a terceira causa no ano de 211, diferentemente do período anterior, onde as Doenças do Aparelho Circulatório destacaram-se (Figura 13). É importante destacar que os casos de óbito materno ocorridos em 211 ainda estão no processo de investigação de dos óbitos de Mulheres em Idade Fértil (MIF) e a qualificação das causas de óbito após a discussão nos Grupos Técnicos (GT), o que justifica a provável alteração do perfil da mortalidade nessa população. 129

150 Perfil Socioeconômico, Demográfico e Epidemiológico de Pernambuco Figura 13 Proporção de óbitos maternos segundo principais grupos de causa. Pernambuco, 22 e 211* % ,6 3 26, ,3 15,7 16,7 14,5 12,3 8,4 8,8 7,9 2,4 4,8 3,5 9,6 5,3 6, Hipertensões Hemorragias DAC Morte obstrétrica de causa não Outras doenças e afecções especificada especificadas Infecção puerperal Aborto Demais causas Legenda: DAC Doenças do aparelho circulatório Nota 1. Hipertensões: Pré-eclâmpsia, eclâmpsia e hipertensões maternas Nota 2. Hemorragias: Hemorragia pós-parto, descolamento de placenta, placenta prévia, atonia uterina e laceração do períneo *Dados sujeitos à alteração Fonte: SIM / SEVS / SES-PE 13

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