Material Teórico. Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Barbara Ap. Pederiva e Profa. Paula Regina La Rosa Veiga

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Material Teórico. Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Barbara Ap. Pederiva e Profa. Paula Regina La Rosa Veiga"

Transcrição

1 História Medieval

2

3 Material Teórico A Evolução do Reino Franco Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Barbara Ap. Pederiva e Profa. Paula Regina La Rosa Veiga Revisão Textual: Profa. Esp. Márcia Ota

4

5 A Evolução do Reino Franco A evolução do Reino Franco A formação dos Reinos Bárbaros Os Merovíngios A representação de Carlos Magno O Império Carolíngio O fim do Império Carolíngio Sintetizando Os merovíngios; O Império Carolíngio; Carlos Magno; O fim do Império Carolíngio. Neste espaço, você irá desvendar os seguintes temas: como se formaram os reinos bárbaros; a conquista e expansão de um povo bárbaro específico conhecido como Francos; a consolidação desse reino; e a formação das estruturas do que chamamos de feudalismo. Espero que aproveite este momento para compreender que na história nada surge do nada; os fatos se entrelaçam, sendo importante observar as transformações e permanências. Por isso, leia o material com atenção, anote as dúvidas, use o material complementar para ampliar seu conhecimento sobre o tema e realize as atividades com atenção e cuidado. 5

6 Unidade: A Evolução do Reino Franco Contextualização Fonte: cantodafilosofia.wordpress.com Fonte: historiacem01.weebly.com Observe o mapa: Quando você olha para ele, consegue compreender o título da nossa unidade? Se você ainda não reparou no que aconteceu, olhe o primeiro mapa com atenção e veja o território do Reino Franco - como era essa território? E, no segundo mapa, o que aconteceu com o território dos francos? Aumentou ou diminuiu de tamanho? O diferencial desse reino bárbaro, apesar de ter havido muitos outros, é que eles realizaram três façanhas incríveis: aliaram-se ao Império Romano; continuaram sua expansão territorial, mesmo com essa aliança; e organizaram-se política e culturalmente para essa expansão: fazendo aliança com a nova religião Católica e dividindo seu território entre os nobres. Assim sendo, estudaremos a fundo cada uma dessas façanhas que transformou o Reino Franco em um grande Império. 6

7 A evolução do Reino Franco Fonte: Charles de Steuben ( )/Wikimedia Commons Fonte: Albrecht Dürer ( )/Wikimedia Commons Reflita Observe a imagem, a primeira mostra um líder bárbaro com o seu exército em uma invasão, a foto ao lado é também de um líder bárbaro, mas por que elas são tão diferentes? Nessa unidade, conheceremos um pouco sobre a formação do Reino Franco, que se deu por um longo processo iniciado com a queda do Império Romano pelas invasões Bárbaras até o seu apogeu com Carlos Magno, dono da foto da direita, e que, após anos e anos de aglutinação da cultura romana, não só havia se tornado Imperador, bem como recebeu a coroa das mãos da Igreja Católica. Mas, para isso, vamos voltar um pouco no tempo... A formação dos Reinos Bárbaros; Os Merovíngios; A representação de Carlos Magno; O Império Carolíngio; O fim do Império Carolíngio. 7

8 Unidade: A Evolução do Reino Franco A formação dos Reinos Bárbaros No final do século V (476 d.c.), como vimos nas unidades anteriores (Povos Bárbaros), os germanos ou bárbaros conquistaram Roma, ocasionando o fim do Império Romano do Ocidente. Nas terras conquistadas, os bárbaros fundaram vários Reinos independentes, dentre os quais cabe destacar: Reino do anglo-saxões; Reino dos visigodos; Reino dos suevos; Reino dos vândalos; Reino dos Ostrogodos; e Reino dos Francos. Observe a localização de cada um deles no mapa: Fonte: Charles de Steuben ( )/Wikimedia Commons A nossa história começa com a dominação de alguns pequenos reinos (como dos Suevos) por grandes reinos militares como o dos Francos... 8

9 Os Merovíngios Na Gália, os Francos viviam divididos em grupos cada qual com seu chefe militar e político. Um desses líderes se chamava Meroveu. Para os Francos, sua descendência era divina, pois contava a lenda que ele era filho de um ser mítico do mar. Esse fato o legitimou, política e militarmente, fortalecendo a sua liderança. Usando uma fonte primária: Toda pesquisa histórica necessita de materiais produzidos na época estudada, conhecidas como fonte primária. Vamos, agora, conhecer o mito em torno da vida de Meroveu. Quem nos conta essa história é Fredegário, cronista do século VII, e que nos apresenta diversas fontes sobre a Europa Ocidental desse período: Conta-se a história que um verão Clódio e sua mulher estavam sentados na praia. Quando ela entrou ao meio dia no mar para se banhar, um monstro parecido com um Quinotauro de Netuno a atacou. Como resultado, ela engravidou do monstro e/ ou de seu marido e pariu um filho batizado como Meroveu, a partir de seu nome os reis dos francos passaram a ser chamados de merovíngios. Fredegário in: OLIVEIRA, Natália Codo de. Da aurora da História nacional ao estudo da História da Igreja. Os Decem Libri Historiarum na historiografia. [Net]. Disponível em: Acesso em: 9/10/2014. Possível representação de um quinotauro, um ser mítico do mar Fonte: Charles de Steuben ( )/Wikimedia Commons Durante o governo de Meroveu, percebemos algo interessante: apesar de iniciar a expansão territorial pela Gália, esse se torna aliado do Império, ajudando na defesa do território galês durante a invasão de outros povos bárbaros. Essa simbiose entre eles acabou por gerar uma relação de servidão entre o Reino Franco e Roma: receberam um território, onde se fixaram, praticavam a agricultura e, quando necessário, os homens serviam como soldados romanos. Essa relação se fortificou ainda mais quando Meroveu venceu os Hunos na batalha de Mauriac. As honrarias e essa relação se mantiveram após a sua morte, durante o reinado de seu filho Childerico, que depois de vencer os saxões, visigodos e alamanos consolidou a dinastia de seu pai. Entretanto, manteve a política expansionista e a tradição de pilhagem dos Francos, enriquecendo e fortificando ainda mais o seu reino. 9

10 Unidade: A Evolução do Reino Franco Segundo Oliveira (2010, p. 16) A escavação da câmara funerária de Childerico indica que ele não só se relacionava com os romanos, como também não era mais um bárbaro. Isso porque ele fora encontrado com trajes e joias romanas e enterrado em um cemitério romano. Mas será que ele deixou de ser um Franco, um bárbaro? Também fora encontrado ao lado de seu túmulo a ossada de um cavalo e diversos tesouros para se levar na passagem espiritual, esse ritual de passagem é típico das práticas pagãs, ou seja, essa simbiose não apagou totalmente a cultura bárbara do líder dos francos. Clóvis, neto de Meroveu e filho de Childerico, impôs sua autoridade às demais tribos e se tornou rei dos Francos. Este inicia uma longa campanha de conquistas, para proteger seu território e estender seu domínio para outras regiões além da Gália. A partir dessa unificação, Clovis passa a agregar reinos maiores como os Burgúndios e os Visigodos na região sul. Não podemos esquecer que, paralelamente, o Cristianismo tomava forças e estava em constante conflito com a religião pagã dos Bárbaros. Idilicamente, alguns pesquisadores afirmam que Clovis se tornou cristão por sua esposa e por meio da comprovação de um milagre que ocorreu em uma batalha. Entretanto, assumir o Cristianismo como religião oficial dos Francos, é uma estratégia política, pois com a Igreja tomando forças, Clovis receberia o apoio dos nobres cristãos de outras regiões, dos Bispos e de uma grande parcela da população que se converteu à nova religião. Em troca, esses nobres receberiam terras e a população, proteção militar. Importante! Não podemos esquecer que, naquela época, possuir terras já era sinônimo de riqueza e poder. Clovis, ainda mais fortalecido, continua sua expansão territorial. Com o fim do Império e a maioria dos reinos aglutinados ao Reino Franco, Clovis passa a reinar na região que hoje é a França, parte da Alemanha, Suíça e Países Baixos. Porém, após a sua morte em 511, todo o processo de unificação dos Reinos Francos cai por terra, pois os reis que o sucederam acabaram por acentuar a crise que já vinha se desenvolvendo desde o final de seu reinado. Como não havia uma liderança forte, quem passa a administrar esses reinos são os altos funcionários da nobreza conhecidos como Mordomos do Paço. Glossário Mordomos do paço eram nobres eleitos pelo rei, que lhes dava poder para administrar o reino em diversas áreas, como: no recebimento de tributos, gastos cotidianos e até em assuntos militares. 10

11 Um desses administradores foi Carlos Martel, líder dos Carolíngios, que era de uma família da alta nobreza. Em 732 este líder, à frente de um exército, impediu a invasão dos Muçulmanos na batalha de Portiers, aumentando seu prestígio frente aos súditos, enquanto o rei perdia cada vez mais seu poder. Após a sua morte, seu filho Pepino, o Breve em 751 por meio de um golpe, depõe o último rei merovíngio assumindo o reino, iniciando, assim, a dinastia Carolíngia. Como governante, Pepino fortaleceu o poderio da Igreja ao enfrentar e expulsar os Lombardos da Península Itálica, dando à Igreja as terras conquistadas e recebendo em troca apoio incondicional desta. Dessa doação, originaram-se os Estados da igreja, ou patrimônio de São Pedro, por isso, hoje, o Vaticano é sede da Igreja Católica. Fonte: Charles de Steuben ( )/Wikimedia Commons 11

12 Unidade: A Evolução do Reino Franco A representação de Carlos Magno Mais importante do que conhecer a biografia de um determinado personagem histórico, é conhecer o como ele é representado, quem o representou dessa maneira e o porquê. A figura de Carlos Magno, assim como de grandes conquistadores/governantes da História, está extremamente marcada pela fantasia, pelos contos e façanhas que só um herói pode sustentar. Na pesquisa histórica, não podemos utilizar desse maniqueísmo ao se analisar um fato, ou seja, heroicizar ou vilanizar personagens, mas os feitos de Carlos Magno e de seus cavaleiros de maior confiança foram retratados na literatura em um texto conhecido como Carlos Magno e os doze pares de França, apesar de escrito durante a Idade Média e, posteriormente, ao seu reinado, ainda assim é considerada uma fonte primária, que podemos utilizar com a devida ressalva e crítica na pesquisa. Vejamos um trecho dessa história, em que Carlos Magno é desafiado por um rei Turco, para uma disputa cara a cara : (...) Ouvindo Carlos Magno as vozes do Turco, tomou logo uma grossa lança, e sahio a campo com o Rei Burlante, o qual lhe perguntou se era Carlos Magno. Elle respondeu que sim. O turco tomou campo á sua vontade; e encontrando-se com Carlos Magno com toda a força, que os cavalos, e ficarão prostrados em terra, sem que em algum deles se conhecesse vantagem; e levantados que forão, metterão mão ás espadas, e se derão taes golpes, sendo ambos velhos, que os moços, que os vião, lhes tinhão inveja. (...) Vendo Carlos Magno que por força de armas não podião ferir o Turco, confiado na sua destreza, que tinha no jogo da luta, querendo-lhe atirar o Turco um talho, se metteo Carlos Magno com ele, e deixando cahir a espada, se abraçou com o Turco pela cintura, e lançou com ele em terra, e com um punhal lhe cortou os laços do elmo, ou capacete, e a cabeça, e se voltou vitorioso para o Exercito, aonde foi recebido com muita alegria, e se fizeram grandes festejos pela victoria. E logo se montou acavallo, e tomando uma lança, mandou que marchassem todos para diante com boa ordem, e o mesmo fizeram os turcos. CARVALHO, Jerônimo Moreira de Carvalho. História de Carlos Magno e os doze pares de França. [Net]. Disponível em: Acesso em: 10/10/2014. Quais foram as impressões que o texto te trouxe? Ele é de um tempo recente? Que elementos demonstram tempo, o espaço e o fato ocorrido? E a linguagem? Você deve ter achada vários erros de português. Que informações podemos tirar desse texto? Todas essas perguntas fazem parte de uma análise documental, que visa ver o documento, a fonte primária, com o máximo de criticidade possível, para que as informações dela retirada sejam válidas na pesquisa. 12

13 Podemos perceber que o texto é narrativo, pois descreve um fato, possui personagens, um local e um narrador. Mas, por meio linguagem e da grafia das palavras, percebemos que o texto não é recente e, sim, de um tempo mais antigo. Pelas pesquisas sabemos também que os maiores inimigos nesse período para o Reino e para a fé cristã eram os muçulmanos; por isso; ele coloca Turco a todo momento e não o nome do rei. Podemos, até mesmo, inferir que Turco é escrito com letra maiúscula para identificar um nome. Sendo uma referência as diversas batalhas que se sucederam para a proteção do território franco contra os mouros que se estabeleceram na Península Ibérica. É perceptível que a fonte não é um relato exato do que aconteceu, mas é importante destacar que nenhuma pode ser, pois justamente por ser feita no calor do momento ela possui uma ideologia de quem escreveu, uma intenção, um objetivo, logo faz parte da análise as razões da escrita desse material. Com o texto, no geral, podemos inferir que havia a necessidade de enaltecer o cristianismo e seus mártires, bem como vilanizar os muçulmanos, que representavam não só um perigo a fé, bem como um perigo político pelas constantes incursões militares dos mesmos para conquistar território, ainda durante o feudalismo (possível período em que o texto foi escrito) logo era de bom tom divulgar para que todos odiassem e combatessem essa ameaça. Carlos Magno iniciou em seu governo a consolidação e a organização do Reino Franco, com medidas administrativas que transformaram o Reino em Império, como veremos a seguir. Conheça um pouco mais dessas histórias acessando os sites: Carlos Magno e os 12 pares de França: A literatura de Cordel e o Carlos Magno: 13

14 Unidade: A Evolução do Reino Franco O Império Carolíngio Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, deu continuidade à aliança com a Igreja e a política guerreira dos Francos. Iniciando, dessa forma, uma política expansionista que serviria não só para aumentar seu território, como também para divulgar a fé cristã. Em retribuição, a Igreja coroou Carlos como Imperador romano, em 800 d.c. Recebendo, dessa forma, o nome Magno. Carlos Magno criou, por conta da extensão do território, uma série de medidas políticasadministrativas dentre as quais podemos citar: controle dos tribunais; padronização do sistema de cunhagem de moeda; mudança da corte de Paris para a atual Alemanha; uso crescente do registro em documentos escritos. Além dessas medidas, o Imperador dividiu o território em condados governados por condes. Nas áreas de fronteira de território, foram criadas unidades administrativas chamadas marcas e seus administradores eram chamados de marqueses. Outra categoria de nobres que administravam o reino eram os duques, responsáveis pela formação do exército; assim, alguns condados formavam um ducado. Marcas Ducados Repare que as relações de suserania e vassalagem já estavam postas. Agora, você conhece essa relação??? Esse tipo de organização política e econômica irá se manter também durante o Feudalismo, ela está pautada no juramento de fidelidade, que não vinha de graça, quem recebia as terras era um vassalo e, em troca, jurava fidelidade ao suserano. 14

15 Mas o que estava imposto nessa fidelidade? Eles faziam um acordo? Era como um contrato de papel passado no cartório? Observe essa imagem: Para pensar Que elementos compõe a imagem? Quem é o suserano? Quem é o Vassalo? Quem seria essa terceira pessoa? Fonte: Charles de Steuben ( )/Wikimedia Commons Alguns elementos na imagem nos dão algumas dicas de quem é quem: À esquerda, temos um vassalo, podemos reparar que além de ele estar de joelhos, as roupas são mais simples. À direita, recebendo o que era chamado de homenagem, está o suserano, percebe-se pelas próprias vestimentas que este está acima dos outros, principalmente, do terceiro elemento que se encontra em segundo plano. E, por falar nesse terceiro elemento, percebemos que ele é um funcionário da corte que tinha a função de registrar o que ficou acordado, logo o que cada um daria nessa relação. Detalhe esse que podemos inferir sobre algo já citado no texto, Carlos Magno iniciou em seu governo o registro de feitos em documentos escritos, ou seja, havia um documento oficial (produzido pelo governo) que comprovava o juramento de fidelidade por um determinado vassalo. Só haviam nobres vassalos? Eles só recebiam terras? Observe a imagem: Suserano Suserano do Marquês Vassalo do Carlos Magno Carlos Magno Duque Suserano do servo Vassalo do marquês Conde Suserano do conde Vassalo do duque Marquês Vassalo de todos os outros nobres Servo 15

16 Unidade: A Evolução do Reino Franco Será que o servo, não sendo nobre, recebia terras? O servo prestava serviços, em troca recebia proteção, alimento e moradia. Essa troca também era conhecida como vassalagem, mas estes não recebiam terras porque ela representava poder e riquezas, sendo destinada apenas aos nobres e ao clero. Estes administradores do reino (condes, marqueses e duques) eram supervisionados por um alto funcionário do Imperador, o missi dominici, que resolvia os problemas locais e ouvia a população, mas, na verdade, o principal objetivo dele era manter a fidelidade ao Imperador. Essas estruturas tinham como objetivo manter o controle sobre todo o território franco. Mendonça (1985, p. 74) nos fala um pouco mais sobre a importância dos missi dominici: A ameaça constante de insubordinações e revoltas contra o poder central foi parcialmente sanada por intermédio da nomeação de agentes diretos do rei os missi dominici. Estes, situados paralelamente à hierarquia dos demais funcionários, eram encarregados de supervisionar localmente o cumprimento das ordens reais, bem como de renovar a fidelidade dos vassalos e coibir seus abusos e desmandos de poder. Mas, para que esse sistema funcionasse, Carlos Magno exigia desses altos funcionários uma formação de excelência; por isso, estimulou a criação de escolas. Mas será que essas escolas eram para toda a população? Claro que não, a educação se reservava apenas para a nobreza e para os clérigos. Esse movimento causou intensas mudanças culturais, pois além de estudarem a bíblia, ainda tinham aula de gramática, retórica, dialética, matemática, astronomia, música e medicina. Sem contar no movimento conhecido como Renascimento Carolíngio, que por intermédio dos monges copistas salvaguardaram milhares de documentos, possibilitando que hoje historiadores tivessem acesso a fontes primárias que para esse período são extremamente escassas. Diálogo com o Autor Jacques Le Goff, um dos grandes pesquisadores medievalistas, em seu livro A civilização do Ocidente medieval (1995, p. 166, vol. 1), destaca o caráter elitista do Renascimento Carolíngio: As limitações do Renascimento carolíngio provêm, principalmente, de ele corresponder às superficiais necessidades de um pequeno grupo social. (...) Esse Renascimento tinha de garantir um mínimo de cultura a alguns altos funcionários. Carlos Magno conseguiu manter seu domínio territorial e político durante todo o reinado, mas será que ele permaneceria? O que aconteceu após a sua morte? 16

17 O fim do Império Carolíngio Após a morte de Carlos Magno, seu filho Luís, o Piedoso, não conseguiu administrar o território como seu pai. Após a sua morte seus filhos, disputaram, por meio de uma guerra que durou três anos, o território do Império. Após essa batalha, estabeleceram um acordo conhecido como Tratado de Verdum no qual, o Império fora dividido em três partes: Carlos, o calvo ficou com a parte direita ou ocidental; Lotário com a central; e Luís, o germânico, ficou com a parte esquerda ou Oriental. Fonte: Mello, José Roberto. O Império de Carlos Magno. São Paulo: Ática, p. 56 Devido à essa fragmentação, os nobres que administravam o reino (duques, marqueses e condes) fortaleceram seu poder local. Para agravar essa situação, o Império passou por sucessivos ataques dos muçulmanos, dos vikings e dos Húngaros. Os reis, para resolverem essa situação, pedem ajuda para os nobres, que conseguem expulsar os invasores. O problema é que, agora, a população e outros setores expressivos da sociedade passam a apoiá-los. Os reis veem seu poder cada vez mais enfraquecido e o poder se torna cada vez mais fragmentado, está aí a semente do que virá a ser o FEUDALISMO. Diálogo com o Autor Mello (1990, p. 6) autor do livro O Império de Carlos Magno já nos dá o indicativo dessa movimentação: (...) como marco inicial da civilização em formação no Ocidente após as invasões bárbaras dos séculos V e VI, conhecidas por nós como civilização medieval. Vamos encontrar sintetizadas nele todas as principais características da nova civilização, desde o deslocamento geográfico, centrado no mediterrâneo durante a antiguidade, para o continente, agora com sentido norte-sul, até suas bases econômicas, políticas e culturais. 17

18 Unidade: A Evolução do Reino Franco Quando falamos de povos bárbaros, logo nos vêm à mente a violência, a insubordinação e até mesmo a ignorância. Não conseguimos imaginar que, apesar de o Império Romano estar enfraquecido, eles foram dominados por esses povos. Como duvidar de suas habilidades? Diferentemente do que pensamos, os povos bárbaros tinham organização política, social, econômica e cultural. Foram ainda mais inteligentes, se observarmos que eles aglutinaram as suas estruturas alguns hábitos romanos, que favoreceram ainda mais sua expansão territorial e política. O Reino Franco é a prova de que essa transição não foi feita somente por meio da belicosidade, mas também de muitas estratégias, tais quais: a união com o Império no início da formação do Reino Franco e da aliança com a Igreja Católica em expansão. Sua evolução se deu, principalmente, no governo de Carlos Magno, que elevou o reino a Império cristão, organizou e fortificou o seu território e, por fim, manteve seu domínio durante todo seu reinado. Agora, eu te pergunto, quem é o bárbaro? 18

19 Sintetizando Reinos Bárbaros >Unificação de pequenos reinos a grandes reinos, através de incursões militares. Reino Franco > Formado a partir das conquistas e acordos entre o Império Romano e seu líder mais representativo Meroveu. Meroveu > Iniciou a Dinastia Merovíngia representadas, após a sua morte, por: a. Childerico: continuou as expansões militares e acentuou ainda mais a relação com o remanescente do Império Romano. b. Clóvis: Unificou o Reino Franco, conquistou diversos territórios, criou uma poderosa aliança com a Igreja, se convertendo ao catolicismo. Após a morte de Clóvis: a. Território enfraquecido. b. Fortalecimento do poder dos mordomos do paço. c. Carlos Martel fortalece o poder de sua família, os carolíngios, vencendo a batalha de Portiers contra os Muçulmanos. Pepino, o Breve, com um golpe, retira o último rei merovíngio e inicia a Dinastia Carolíngia. Império Carolíngio: a. Principal representante: Carlos Magno. b. Tornou-se Imperador pelas mãos da Igreja Católica, fortificando ainda mais essa aliança. c. Em seu governo, mesclou políticas expansionistas com a organização territorial do Reino que já atingia diversas regiões, por meio da relação de vassalagem com duques, marqueses e condes. d. Contava também com instruídos missi dominici, administradores que mantinham a fidelidade econômica e militar dos vassalos do Império. e. Propôs o registro e a compilação de documentos e livros, movimento esse que ficou conhecido como Renascimento Carolíngio. Fim do Império Carolíngio: a. Morte de Carlos Magno. b. Seu filho Luís, Piedoso, assume o poder e inicia o enfraquecimento do Império. c. Guerra pelo poder e pelo território, após a morte de Luís entre seus três filho. d. Ao fim dessa guerra, estabeleceram a divisão do Reino em três partes, conhecida como Tratado de Verdum. e. Fortalecimento dos nobres locais (condes, marqueses e duques), principalmente, na batalha contra os Vikings, muçulmanos e Húngaros. f. Fortalecimento do poder local => Início do Feudalismo. 19

20 Unidade: A Evolução do Reino Franco Material Complementar Vídeos: Para facilitar a visualização do processo de conquista e de fortalecimento do Reino Franco, e também de suas dinastias você pode assistir a essa série produzida pela THC no youtube: Dessa mesma série, foram produzidos documentários sobre os outros povos bárbaros, se quiser complementar o seu estudo é uma boa pedida. Leitura: No site da Unicamp, está disponível a obra conhecida como Carlos Magno e os Doze pares de França, que conta a trajetória de Carlos Magno de forma heroica. Esse texto escrito durante a Idade Média foi traduzido para o português de Portugal por Jerônimo Moreira de Carvalho em Vale a pena conferir: 20

21 Referências CARVALHO, Jerônimo Moreira de Carvalho. História de Carlos Magno e os doze pares de França. [Net]. Disponível em: Acesso em: 10/10/2014. GOFF, Jacques Le. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Editorial Estampa, (Vol. 1). MELLO, José Roberto. O Império de Carlos Magno. São Paulo: Ática, MENDONÇA, Sonia Regina de. O Mundo Carolíngio. São Paulo: Brasiliense, OLIVEIRA, Natália Codo de. Da aurora da História nacional ao estudo da História da Igreja. Os Decem Libri Historiarum na historiografia. [Net]. Disponível em: Acesso em: 9/10/

22 Unidade: A Evolução do Reino Franco Anotações 22

23

24

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos A IDADE MÉDIA Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos. 1453 d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos Idade Média Idade das Trevas Duração +/- 1000 anos.

Leia mais

A alta Idade Média e a formação do Feudalismo (Séc. V Séc. X) Prof. Rafael Duarte 7 Ano

A alta Idade Média e a formação do Feudalismo (Séc. V Séc. X) Prof. Rafael Duarte 7 Ano A alta Idade Média e a formação do Feudalismo (Séc. V Séc. X) Prof. Rafael Duarte 7 Ano 1) As tribos Germânicas (p. 12 e 13): Francos, Anglos, Saxões, Ostrogodos, Hunos e etc... Bárbaros: povos fora das

Leia mais

IMPÉRIO FRANCOS. Prof. Filipe Viana da Silva

IMPÉRIO FRANCOS. Prof. Filipe Viana da Silva IMPÉRIO FRANCOS Prof. Filipe Viana da Silva 1. OS REINO FRANCO Invasões germânicos abriram as portas do Império Romano para os francos; Reino mais poderoso da Europa Ocidental; Origem remete à figura mítica

Leia mais

H14 - A FORMAÇÃO DO FEUDALISMO

H14 - A FORMAÇÃO DO FEUDALISMO H14 - A FORMAÇÃO DO FEUDALISMO Desagregação do Império Romano do Ocidente Povos germânicos habitavam da região além do Rio Reno até o sul da Escandinávia hábitos seminômades viviam do pastoreio e agricultura

Leia mais

A EUROPA FEUDAL PROFESSOR OTÁ

A EUROPA FEUDAL PROFESSOR OTÁ A EUROPA FEUDAL PROFESSOR OTÁ REINOS GERMÂNICOS OS GERMÂNICOS ERAM POVOS GUERREIROS. OS GUERREIROS JURAVAM PRESTAVAM JURAMENTO DE FIDELIDADE AO CHEFE, ESSE GRUPO DE GUERREIROS RECEBIA O NOME DE COMITATUS.

Leia mais

IDADE MÉDIA ALTA IDADE MÉDIA (SÉC. V X) 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS:

IDADE MÉDIA ALTA IDADE MÉDIA (SÉC. V X) 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS: 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS: Formação e apogeu do Feudalismo. Período de constantes invasões e deslocamentos populacionais. Síntese de elementos do antigo Império Romano + povos bárbaros + cristianismo. 2

Leia mais

Curso de História. Prof. Fabio Pablo. efabiopablo.wordpress.com

Curso de História. Prof. Fabio Pablo. efabiopablo.wordpress.com Conteúdo Multimídia A Dinastia Merovíngia A Dinastia Carolíngia Recomendo! #A DINASTIA MEROVÍNGIA Entre os diferentes povos responsáveis pela invasão do Império Romano do Ocidente, os francos destacam-se

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO ÁRABE

CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO ÁRABE Alta idade média (Séculos v AO X) CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO ÁRABE Baixa Idade Média (SÉCULOS

Leia mais

Os povos bárbaros. Povos que não partilhavam da cultura greco-romana. Bárbaros. Estrangeiros. Para os romanos

Os povos bárbaros. Povos que não partilhavam da cultura greco-romana. Bárbaros. Estrangeiros. Para os romanos Idade Média Parte 1 Os povos bárbaros Bárbaros Estrangeiros Para os romanos Povos que não partilhavam da cultura greco-romana Viviam em clãs. Economia agrícola/pastoril Não tinham propriedade privada.

Leia mais

OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA

OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA OS BÁRBAROS A IDADE MÉDIA Antecedentes: Crise do Império Romano: Crise do escravismo; Declínio da produção e crises econômicas; Altos custos do Estado; Instabilidade política e militar; Ampliação do latifúndio;

Leia mais

15. Europa Ocidental: das migrações ao mundo Carolíngio. Páginas 30 à 43.

15. Europa Ocidental: das migrações ao mundo Carolíngio. Páginas 30 à 43. 15. Europa Ocidental: das migrações ao mundo Carolíngio Páginas 30 à 43. Recordando... Marcando o tempo... IDADE MÉDIA Das invasões bárbaras e da destruição do Império Romano do Ocidente (por volta do

Leia mais

1. As origens de Constantinopla

1. As origens de Constantinopla PROF. RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes 1. As origens de Constantinopla Quando o imperador romano Constantino escolheu a região de Bizâncio para construir a sede da Nova Roma, a antiga colônia grega tinha

Leia mais

HISTÓRIA GERAL AULA 7

HISTÓRIA GERAL AULA 7 HISTÓRIA GERAL AULA 7 Alta Idade Média Ocidental Europa Medieval Reino Franco Feudalismo Igreja Medieval Idade Média 2 fases : Alto Idade Média ( século V - século X) Baixa Idade Média ( século X século

Leia mais

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO Capítulo 22 OS REINOS BÁRBAROS E O REINO FRANCO BÁRBAROS OU POVOS GERMÂNICOS QUEM ERAM

Leia mais

BÁRBAROS Para os romanos, bárbaros eram todos aqueles que não tinham a cultura romana, que estavam fora das fronteiras do Império.

BÁRBAROS Para os romanos, bárbaros eram todos aqueles que não tinham a cultura romana, que estavam fora das fronteiras do Império. BÁRBAROS Para os romanos, bárbaros eram todos aqueles que não tinham a cultura romana, que estavam fora das fronteiras do Império. Expansão Carolíngia MENTALIDADE A Igreja Católica

Leia mais

Alta idade média (Séculos v AO X)

Alta idade média (Séculos v AO X) Alta idade média (Séculos v AO X) Baixa Idade Média (SÉCULOS XI AO XV) CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO

Leia mais

Reinos Germânicos e Império Carolíngio

Reinos Germânicos e Império Carolíngio IDADE MÉDIA OCIDENTAL Reinos Germânicos e Império Carolíngio Prof. Delzymar POVOS GERMÂNICOS/BÁRBAROS O Conceito de bárbaro veio dos gregos e foi assimilado pelos Romanos como todos aqueles que viviam

Leia mais

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos A IDADE MÉDIA Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos. 1453 d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos Idade Média Idade das Trevas Duração +/- 1000 anos.

Leia mais

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos

Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos A IDADE MÉDIA Periodização Oficial 476.dC último Imperador Império Romano do Ocidente Odoacro, Hérulos. 1453 d.c - Tomada de Constantinopla pelos Turcos Idade Média Idade das Trevas Duração +/- 1000 anos.

Leia mais

História 4A Aula 11 As Invasões Bárbaras e o Reino dos Francos.

História 4A Aula 11 As Invasões Bárbaras e o Reino dos Francos. História 4A Aula 11 As Invasões Bárbaras e o Reino dos Francos. Idade Média Invasão dos Povos Bárbaros na Europa Ocidental Germânicos. Organização de diversos reinos Séc. IV - VIII Nova forma de organização

Leia mais

Idade Média (século V ao XV)

Idade Média (século V ao XV) Idade Média (século V ao XV) Alta Idade Média (séculos V ao X): formação e consolidação do feudalismo Baixa Idade Média (séculos XI ao XV): apogeu e crise do sistema feudal. 1 Povos Romanos e germanos,

Leia mais

REINO FRANCO E FEUDALISMO. Professor Romildo Tavares

REINO FRANCO E FEUDALISMO. Professor Romildo Tavares REINO FRANCO E FEUDALISMO Professor Romildo Tavares REINO FRANCO Clovis unificou os povos Francos e originou a Dinastia Merovíngia. Converteu-se ao cristianismo e passou a ter o apoio da igreja católica.

Leia mais

Idade Média (século V ao XV)

Idade Média (século V ao XV) Idade Média (século V ao XV) Alta Idade Média (séculos V ao X): formação e consolidação do feudalismo Baixa Idade Média (séculos XI ao XV): apogeu e crise do sistema feudal. 1 Povos Romanos e germanos,

Leia mais

HISTÓRIA. aula Reino Franco e Mundo islâmico

HISTÓRIA. aula Reino Franco e Mundo islâmico HISTÓRIA aula Reino Franco e Mundo islâmico Os francos Dinastia Merovíngia: Clóvis (496) Batalha de Tolbiac conversão ao cristianismo Conquista e unificação da Gália Distribuição de terras entre clero

Leia mais

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio

Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Colégio FAAT Ensino Fundamental e Médio Recuperação do 4 Bimestre - História Conteúdo: IMPÉRIO BIZANTINO ÁRABES IMPÉRIO CAROLÍNGIO Lista de exercícios 1 - O império bizantino corresponde ao império Romano

Leia mais

Introdução A Alta Idade Média

Introdução A Alta Idade Média ALTA IDADE MÉDIA Introdução A Idade Média é o período histórico compreendido entre os anos de 476 (Queda do Império Romano do Ocidente) ao ano de 1453 (Queda de Constantinopla) esse peródo apresenta um

Leia mais

FEUDALISMO. CONCEITO: Modo de Produção que vigorou na Europa Ocidental durante a Idade Média e que se caracteriza pelas relações servis de produção.

FEUDALISMO. CONCEITO: Modo de Produção que vigorou na Europa Ocidental durante a Idade Média e que se caracteriza pelas relações servis de produção. Idade Média Idade Média A Idade Média é computada de 476 d.c. até 1453, quando ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e consequente queda do Império Romano do Oriente. É estudada com

Leia mais

Prof. Alexandre Cardoso. História 5A. Bizantinos e Francos.

Prof. Alexandre Cardoso. História 5A. Bizantinos e Francos. Prof. Alexandre Cardoso História 5A Aula 14 Bizantinos e Francos. Crescente Fértil ORIENTE O IMPÉRIO BIZANTINO O IMPÉRIO BIZANTINO: Império Romano do Oriente. Constantinopla capital. Antiga Bizâncio, hoje

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês 1 PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL: DATA DE ENTREGA: 16/03 VALOR: 10,0 Em dupla, você deverá criar

Leia mais

De acordo com o mapa podemos perceber que os germânicos ao invadirem o Império Romano do Ocidente não formaram um império único. Por quê?

De acordo com o mapa podemos perceber que os germânicos ao invadirem o Império Romano do Ocidente não formaram um império único. Por quê? ATIVIDADE DE HISTÓRIA PROF. MARCELO SAMPAIO ALUNO(a): Turma Assunto(s): Capítulo 11 O Mundo em Transição OBS: Responda no seu caderno para posterior visto. Prezados alunos, O objetivo desta lista de exercícios

Leia mais

O REINO DOS FRANCOS E O IMPÉRIO CAROLÍNGIO

O REINO DOS FRANCOS E O IMPÉRIO CAROLÍNGIO O REINO DOS FRANCOS E O IMPÉRIO CAROLÍNGIO A partir do século V, a Europa ocidental passou a ser dividida em diversos reinos, resultado da invasão de povos, sobretudo de origem germânica. Entre as principais

Leia mais

Capacete de um chefe saxão

Capacete de um chefe saxão Capacete de um chefe saxão Fivela de ouro (séc. VI, Museu Britânico, A Europa no início do século VI Londres, Inglaterra). 2 Fim do Império Romano do Ocidente Guerras civis. Descrédito do Imperador. Fixação

Leia mais

FORMAÇÃO TERRITORIAL DA EUROPA.

FORMAÇÃO TERRITORIAL DA EUROPA. FORMAÇÃO TERRITORIAL DA EUROPA. Origem do Continente Europeu A origem do continente europeu é associada a três elementos: 1. A cultura da Grécia e da Roma antiga. 2. O Cristianismo, uma ramificação peculiar

Leia mais

1. Formação do Feudalismo

1. Formação do Feudalismo 1. Formação do Feudalismo 1.1. Herança Romana O COLONATO foi uma instituição de fins do Império Romano, em que trabalhadores (colonos) recebiam um lote de terra para seu sustento, em grandes propriedades

Leia mais

DICAS DO PROFESSOR. História 6º Ano

DICAS DO PROFESSOR. História 6º Ano DICAS DO PROFESSOR História 6º Ano OS BÁRBAROS Os povos bárbaros, cujo grupo principal eram de origem germânica, habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império

Leia mais

CRISTÃOS DURANTE A ALTA IDADE MÉDIA PROFESSORA: MARTHA J. DA SILVA

CRISTÃOS DURANTE A ALTA IDADE MÉDIA PROFESSORA: MARTHA J. DA SILVA CRISTÃOS DURANTE A ALTA IDADE MÉDIA PROFESSORA: MARTHA J. DA SILVA PENSANDO A IDADE MÉDIA A Idade Média é o período que se inicia coma Queda do Império Romano do Ocidente, 476 d. C. e se finda entre a

Leia mais

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO

CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO CHEGA-NOS DO OCIDENTE UM RUMOR TERRÍVEL: ROMA ATACADA! FOI CONQUISTADA ESTA CIDADE QUE UM DIA CONQUISTARA O MUNDO 395 o Imperador Romano Teodósio dividiu o Império em duas partes: Império Romano do Ocidente

Leia mais

As lutas existentes no Segundo Triunvirato, durante a República, centralizaram o poder em Otávio. Vitorioso, ele tornou-se imperador de Roma,

As lutas existentes no Segundo Triunvirato, durante a República, centralizaram o poder em Otávio. Vitorioso, ele tornou-se imperador de Roma, Roma As lutas existentes no Segundo Triunvirato, durante a República, centralizaram o poder em Otávio. Vitorioso, ele tornou-se imperador de Roma, recebendo o título de Augusto, que significa divino.

Leia mais

Merovíngios ( )

Merovíngios ( ) Reino dos Francos Merovíngios (447-458) Tribos germânicas que se estabeleceram na antiga província romana da Gália; Nome dado a Meroveu, rei que combateu Átila (huno) nos campos catalúnicos; Primeiros

Leia mais

Trabalho de Regulação 1 bimestre

Trabalho de Regulação 1 bimestre Nome: Ano: 7 ano Disciplina: História Professor: Eder Nº: Trabalho de Regulação 1 bimestre 1 - Complete abaixo a Linha do Tempo da Roma Antiga e responda a seguir com suas palavras o que foi a Crise do

Leia mais

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio

A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS. Professor: Eustáquio A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS Professor: Eustáquio BURGUESIA E O REI Situação a partir do século XI Revigoramento do comércio Revigoramento das cidades Surgimento de uma nova classe social Burguesia

Leia mais

O conceito surgiu no século XV; Aplica-se à população europeia; Refere-se ao período entre os séculos V (476) e XV (1453).

O conceito surgiu no século XV; Aplica-se à população europeia; Refere-se ao período entre os séculos V (476) e XV (1453). O conceito surgiu no século XV; Aplica-se à população europeia; Refere-se ao período entre os séculos V (476) e XV (1453). Alta Idade Média (entre os séculos V X): Surgimento dos feudos; Descentralização

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba História 7ºs anos Profª Marilia Coltri. Adaptado de Alex Federle do Nascimento

Colégio Ser! Sorocaba História 7ºs anos Profª Marilia Coltri. Adaptado de Alex Federle do Nascimento Colégio Ser! Sorocaba História 7ºs anos Profª Marilia Coltri Adaptado de Alex Federle do Nascimento Império Bizantino O Império Bizantino foi o Império Romano do Oriente durante a Antiguidade Tardia e

Leia mais

História Amauri Roteiro I 1º/ /03/2017. Roteiro de Estudos

História Amauri Roteiro I 1º/ /03/2017. Roteiro de Estudos Nº Ano/Série Ensino Turma 7º Fund. Disciplina Professor Natureza Código / Tipo Trimestre / Ano Data Tema História Amauri Roteiro I 1º/2017 29/03/2017 Roteiro de Estudos DICAS PARA FACILITAR SEU ESTUDO

Leia mais

Alta Idade Média. Setor Aula 5 Alta Idade Média Aula. Prof. Edu. 1 Império Bizantino. 2 Reino dos Francos

Alta Idade Média. Setor Aula 5 Alta Idade Média Aula. Prof. Edu. 1 Império Bizantino. 2 Reino dos Francos Aula 5 Alta Idade Média 1 Império Bizantino Setor 1606 2 Reino dos Francos 3 Origens do Islamismo 4 A Europa Feudal ealvespr@gmail.com 1.1 Império Romano do Ocidente Hipódromo Catedral de Santa Sofia Constantinopla

Leia mais

O nome surge no século XV; Aplica-se à população europeia; Aplica-se ao período entre os séculos V e XV;

O nome surge no século XV; Aplica-se à população europeia; Aplica-se ao período entre os séculos V e XV; O nome surge no século XV; Aplica-se à população europeia; Aplica-se ao período entre os séculos V e XV; Alta Idade Média (entre os séculos V X): Surgimento dos feudos; Descentralização política; Economia

Leia mais

FEUDALISMO P R O F E S S O R R O D R I G O AL C A N T A R A G AS P A R

FEUDALISMO P R O F E S S O R R O D R I G O AL C A N T A R A G AS P A R FEUDALISMO P R O F E S S O R R O D R I G O AL C A N T A R A G AS P A R FEUDALISMO Este curso têm por objetivo trazer noções básicos sobre o Feudalismo. De forma que para maiores detalhes e aprofundamento

Leia mais

O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média.

O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média. O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média. ORIGEM e CARACTERÍSTICAS: O processo de decadência do Império Romano, a partir do século III, está na

Leia mais

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS A CONSTRUÇÃO DO ABSOLUTISMO

MONARQUIAS ABSOLUTISTAS A CONSTRUÇÃO DO ABSOLUTISMO MONARQUIAS ABSOLUTISTAS A CONSTRUÇÃO DO ABSOLUTISMO Conceito de ABSOLUTISMO MONÁRQUICO IDADE MÉDIA -Apesar do prestígio, o rei medieval era apenas um entre outros condes e duques, dependia dos exércitos

Leia mais

REVISÃO HISTÓRIA 1 EM. Prova Bimestral 2º Bimestre

REVISÃO HISTÓRIA 1 EM. Prova Bimestral 2º Bimestre REVISÃO HISTÓRIA 1 EM Prova Bimestral 2º Bimestre IMPÉRIO BIZANTINO Governo com caráter despótico associado à grande influência religiosa, dando-lhe uma feição teocrática. Crise iconoclasta: descontentamento

Leia mais

A Europa Feudal. Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com

A Europa Feudal. Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com A Europa Feudal Professor Ulisses Mauro Lima historiaula.wordpress.com Em nome de Deus, dos Homens e do Lucro O feudalismo pode ser definido a partir da estrutura Política, social, econômica e cultural

Leia mais

A Formação dos Reinos Bárbaros. Prof. Alan Carlos Ghedini

A Formação dos Reinos Bárbaros. Prof. Alan Carlos Ghedini A Formação dos Reinos Bárbaros OS FRANCOS Prof. Alan Carlos Ghedini Reinos Bárbaros Após a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.c) Ruralização da Europa, com grande êxodo urbano Começa a se formar

Leia mais

A Alta Idade Média. - Fragmentação de Roma (+- entre séc IV e V): civilização greco-romana, tradições germânicas e visão cristã.

A Alta Idade Média. - Fragmentação de Roma (+- entre séc IV e V): civilização greco-romana, tradições germânicas e visão cristã. A Alta Idade Média - Fragmentação de Roma (+- entre séc IV e V): civilização greco-romana, tradições germânicas e visão cristã. -Invasores germânicos fundaram reinos em diversas regiões que antes eram

Leia mais

O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média. ORIGEM e CARACTERÍSTICAS: O processo de

O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média. ORIGEM e CARACTERÍSTICAS: O processo de O feudalismo foi um sistema econômico, social político e cultural predominantemente na Idade Média. ORIGEM e CARACTERÍSTICAS: O processo de decadência do Império Romano, a partir do século III, está na

Leia mais

História Rafael Av. Mensal 21/05/14 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

História Rafael Av. Mensal 21/05/14 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1º EM História Rafael Av. Mensal 21/05/14 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta prova

Leia mais

1. A multiplicidade de poderes

1. A multiplicidade de poderes 1. A multiplicidade de poderes Europa dividida - senhorios (terras de um senhor) - poder sobre a terra e os homens - propriedade (lati)fundiária - por vezes, descontinuada - aldeias, bosques, igrejas -

Leia mais

A FORMAÇÃO DA EUROPA CONTEMPORÂNEA. Professor: Marcelo Tatsch Disciplina: Geografia Instituição: Colégio Mauá

A FORMAÇÃO DA EUROPA CONTEMPORÂNEA. Professor: Marcelo Tatsch Disciplina: Geografia Instituição: Colégio Mauá A FORMAÇÃO DA EUROPA CONTEMPORÂNEA Professor: Marcelo Tatsch Disciplina: Geografia Instituição: Colégio Mauá IMPÉRIO ROMANO Início da unidade europeia no século II; INSTABILIDADE DO IMPÉRIO ROMANO Migrações

Leia mais

A IGREJA MEDIEVAL. História 1 Aula 13 Prof. Thiago

A IGREJA MEDIEVAL. História 1 Aula 13 Prof. Thiago A IGREJA MEDIEVAL História 1 Aula 13 Prof. Thiago A IGREJA MEDIEVAL Instituição centralizada, poderosa, hierárquica, supranacional e autoritária Única instituição coesa com o fim do Império Romano Controle

Leia mais

DICAS DO PROFESSOR. História 6º Ano

DICAS DO PROFESSOR. História 6º Ano DICAS DO PROFESSOR História 6º Ano ROMA ANTIGA fases: séculos: IIIdC JC I ac VI ac VIIIaC IMPÉRIO REPÚBLICA MONARQUIA Auge da civilização romana; Pão e circo e Pax Romana; Cristianismo; Bárbaros; Crise.

Leia mais

A crise de Roma e o Império Bizantino CAPÍTULO 15

A crise de Roma e o Império Bizantino CAPÍTULO 15 A crise de Roma e o Império Bizantino CAPÍTULO 15 A separação do Império Crises prolongadas, tanto internas quanto externas, desorganizou o império romano e contriibuiu para a sua desagregação. (sérculo

Leia mais

FEUDALISMO EUROPEU SÉC. V - XV.

FEUDALISMO EUROPEU SÉC. V - XV. FEUDALISMO EUROPEU SÉC. V - XV 1. CONTEXTO: Queda do Império Romano do Ocidente. Invasões bárbaras. Fusão: Bárbaros + Roma. 1. CONTEXTO Heranças bárbaras: Fragmentação política; Ausência da noção de Estado.

Leia mais

IDADE MÉDIA. Habilidade 11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.:

IDADE MÉDIA. Habilidade 11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.: IDADE MÉDIA Habilidade 11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.: "O Feudalismo medieval nasceu no seio de uma época infinitamente perturbada. Em certa medida, ele

Leia mais

Ampliação de seus conhecimentos sobre a África, a América e a Europa do século V ao século X. Profª Ms. Ariane Pereira

Ampliação de seus conhecimentos sobre a África, a América e a Europa do século V ao século X. Profª Ms. Ariane Pereira Ampliação de seus conhecimentos sobre a África, a América e a Europa do século V ao século X Profª Ms. Ariane Pereira Introdução No continente africano havia outros povos e cultura, para além do deserto

Leia mais

CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS NA EUROPA MODERNA

CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS NA EUROPA MODERNA CAPÍTULO 9 CONSOLIDAÇÃO DAS MONARQUIAS NA EUROPA MODERNA A centralização do poder Colapso do feudalismo. Ascensão da burguesia e declínio da nobreza (ambas sem força para impor sua hegemonia). Necessidades

Leia mais

Constantinopla Bizâncio

Constantinopla Bizâncio O Império Bizantino O Império Bizantino Constantinopla - o principal centro econômico-político do que havia sobrado do Império Romano. Foi edificada na cidade grega de Bizâncio, entre os Mares Egeu e Negro,

Leia mais

Trabalho de Regulação. 4 bimestre

Trabalho de Regulação. 4 bimestre V Nome: Ano: 6 ano Disciplina: História Data: Professor: Eder Nº: Trabalho de Regulação 4 bimestre 1 - Complete abaixo a Linha do Tempo da Roma Antiga e responda a seguir com suas palavras o que diferenciou

Leia mais

Império Romano e outros impérios de sua época. Profª Ms. Ariane Pereira

Império Romano e outros impérios de sua época. Profª Ms. Ariane Pereira Império Romano e outros impérios de sua época Profª Ms. Ariane Pereira Império Romano Expansão durante quatro séculos: Oriente e ocidente; Oriente: se estendeu do Egito à Mesopotâmia e chegou a Arábia;

Leia mais

A consolidação das monarquias na Europa moderna

A consolidação das monarquias na Europa moderna A consolidação das monarquias na Europa moderna 12.1 A centralização do poder Colapso do feudalismo Ascensão da burguesia e decadência da nobreza Ambas não tinham força para impor sua hegemonia Necessidade

Leia mais

ENSINO FUNDAMENTAL II

ENSINO FUNDAMENTAL II ENSINO FUNDAMENTAL II Valor: 2,0 pontos Nota: Data: / /2016 Professor: Vinícius Disciplina: História Nome: n o : Ano: 7º 1º bimestre TRABALHO DE RECUPERAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA ORIENTAÇÕES: Este trabalho

Leia mais

ESCOLA: Dr. Solano de Abreu DISCIPLINA: HISTÓRIA ANO: 7º ANO LETIVO 2013/2014 ATIVIDADES ESTRATÉGIAS. Análise de informação do manual

ESCOLA: Dr. Solano de Abreu DISCIPLINA: HISTÓRIA ANO: 7º ANO LETIVO 2013/2014 ATIVIDADES ESTRATÉGIAS. Análise de informação do manual ENSINO BÁSICO Agrupamento de Escolas Nº 1 de Abrantes ESCOLA: Dr. Solano de Abreu DISCIPLINA: HISTÓRIA ANO: 7º ANO LETIVO 201/201 CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS METAS DE APRENDIZAGEM ATIVIDADES ESTRATÉGIAS INSTRUMENTOS

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL Agrupamento de Escolas de Arraiolos Escola EB 2,3/S Cunha Rivara de Arraiolos Ano Lectivo 2009/2010 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5º C Teste de Avaliação nº 4 TESTE DE AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA

Leia mais

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO O ABSOLUTISMO ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO Regime político em que o poder está concentrado nas mãos do Rei. Rei: chefe militar, economia, chefe administrativo, controle da Igreja, poder político -> Poder

Leia mais

1. FEUDALISMO. Páginas 04 à 15.

1. FEUDALISMO. Páginas 04 à 15. 1. FEUDALISMO Páginas 04 à 15. Formação do sistema feudal A fragmentação do Império Romano do Ocidente, o estabelecimento dos bárbaros na Europa Ocidental e a ruralização da sociedade geram as condições

Leia mais

Prof. Tácius Fernandes O IMPÉRIO PERSA BLOG:WWW.PROFTACIUSFERNANDES.WORDPRESS.COM

Prof. Tácius Fernandes O IMPÉRIO PERSA BLOG:WWW.PROFTACIUSFERNANDES.WORDPRESS.COM Prof. Tácius Fernandes O IMPÉRIO PERSA Os persas viviam onde hoje é o Irã. A partir do século VI a.c., iniciaram a conquista de um dos maiores impérios da Antiguidade. Em 1935, a Pérsia passou a se chamar

Leia mais

O QUE FOI A IDADE MÉDIA?

O QUE FOI A IDADE MÉDIA? Idade Média O QUE FOI A IDADE MÉDIA? A Idade Média ou Idade Medieval foi um período intermédio numa divisão esquemática da História da Europa em quatro "eras": a Idade Antiga, a Idade Média', a Idade Moderna

Leia mais

Fim do Império Romano - causas

Fim do Império Romano - causas TEMA 3 - A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA SUBTEMA 3.1 - A EUROPA DO SÉCULO VI AO XII Fim do Império Romano - causas Os romanos chamavam Bárbaros aos povos que não tinham a sua

Leia mais

IGREJA Grande crescimento do cristianismo. Aliança Reis + Igreja Grande proprietária de Terras Controle sobre todo o conhecimento. Pregava repúdio as

IGREJA Grande crescimento do cristianismo. Aliança Reis + Igreja Grande proprietária de Terras Controle sobre todo o conhecimento. Pregava repúdio as IGREJA Grande crescimento do cristianismo. Aliança Reis + Igreja Grande proprietária de Terras Controle sobre todo o conhecimento. Pregava repúdio as Heresias: Qualquer interpretação teológica contrária

Leia mais

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser

Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser Colégio XIX de Março Educação do jeito que deve ser 2018 1ª PROVA SUBSTITUTIVA DE HISTÓRIA Aluno(a): Nº Ano: 7º Turma: Data: 07/05/2018 Nota: Professora: Ivana Cavalcanti Riolino Valor da Prova: 40 pontos

Leia mais

A Formação da Cristandade. Ocidental e a Expansão Islâmica. A Europa do século VI ao século IX

A Formação da Cristandade. Ocidental e a Expansão Islâmica. A Europa do século VI ao século IX A Formação da Cristandade Ocidental e a Expansão Islâmica A Europa do século VI ao século IX O novo mapa político da Europa As invasões bárbaras Império Romano Finais do século II O novo mapa político

Leia mais

Prof. José Augusto Fiorin

Prof. José Augusto Fiorin Alta idade média (Séculos v AO X) Baixa Idade Média (SÉCULOS XI AO XV) CARACTERÍSTICAS GERAIS OS POVOS BÁRBAROS O FEUDALISMO O IMPÉRIO CAROLÍNGEO ou REINO CRISTÃO DOS FRANCO O IMPÉRIO BIZANTINO: O IMPÉRIO

Leia mais

O mundo grego / O mundo romano / A Alta Idade Média

O mundo grego / O mundo romano / A Alta Idade Média 1 Os gregos nunca formaram um estado unificado. Organizavam-se em cidades-estados independentes, as chamadas póleis. Apresente três características comuns às cidadesestados gregas. 2 Complete as informações

Leia mais

A Formação dos Estados Nacionais. Prof. André Vinícius

A Formação dos Estados Nacionais. Prof. André Vinícius A Formação dos Estados Nacionais Prof. André Vinícius Você sabe o que é um Estado? Sabia que na Idade Média não existiam país? Ninguém afirmava ser inglês ou ter nascido em Portugal, por exemplo. Os Reis

Leia mais

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA Nome: Nº 7º ano Data: / /2017 Professor: Fernanda/ Iuri 1º bimestre Nota: (valor: 1,0) a) Introdução Neste bimestre, sua média foi inferior a 6,0 e você não assimilou

Leia mais

RESUMO: Aspectos da estrutura politico-militar romana.

RESUMO: Aspectos da estrutura politico-militar romana. 1 SAMUEL BARBOSA DE SOUZA RESUMO: Aspectos da estrutura politico-militar romana. Euclides da Cunha - Bahia 2016 2 Aspectos da estrutura politico-militar romana Trabalho apresentado no segundo semestre

Leia mais

ALTA IDADE MÉDIA: BIZANTINOS, ÁRABES E FRANCOS. Prof.: GUERRA

ALTA IDADE MÉDIA: BIZANTINOS, ÁRABES E FRANCOS. Prof.: GUERRA ALTA : BIZANTINOS, ÁRABES E FRANCOS Prof.: GUERRA ALTA (SÉC V XI) Inrodução a)alta Idade Média (V/XI): Formação do feudalismo (V/IX); Apogeu feudal (IX/XI) b) Baixa Idade Média (XI/XV) Expansão do feudalismo

Leia mais

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5.º ANO SEGUNDO CICLO DO ENSINO BÁSICO ANA FILIPA MESQUITA CLÁUDIA VILAS BOAS HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL DOMÍNIO A DOMÍNIO B A PENÍNSULA IBÉRICA: LOCALIZAÇÃO E QUADRO NATURAL A PENÍNSULA IBÉRICA:

Leia mais

Povos: etruscos, samnitas, latinos, italiotas e gregos. Economia: agricultura, pecuária e comércio. Organização social: patrícios, plebeus, clientes

Povos: etruscos, samnitas, latinos, italiotas e gregos. Economia: agricultura, pecuária e comércio. Organização social: patrícios, plebeus, clientes ROMA ANTIGA Roma nasceu na região central da Península Itálica. Ao longo dos séculos, estendeu seus domínios por toda a região do Mediterrâneo e formou uma grande civilização. Divisão histórica: Monarquia

Leia mais

As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna. Profª Ms. Ariane Pereira

As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna. Profª Ms. Ariane Pereira As transformações de saberes, crenças e poderes na transição para a Idade Moderna Profª Ms. Ariane Pereira Introdução Na Idade Média a Igreja era fundamental na produção cultural e expansão da religião

Leia mais

formação da sociedade

formação da sociedade Paulo Tumasz Junior Introdução à Geografia e a Slides, Gravação e Aula formação da sociedade Fonte: Google imagens 2017. GEO = Terra; Grafia = Escrita ou Estudo; É a ciência que estuda a Terra. (Grécia

Leia mais

A IGREJA MEDIEVAL. Profª. Maria Auxiliadora

A IGREJA MEDIEVAL. Profª. Maria Auxiliadora A IGREJA MEDIEVAL Profª. Maria Auxiliadora Organização Interna da Igreja Católica Clero Secular (Alto Clero) Papa, bispos, padres (ocupavam-se das coisas terrenas bens materiais) Clero Regular (Baixo Clero)

Leia mais

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Espanhol 1 Livro de Língua Portuguesa - Diálogo em gêneros: 7º ano. Fazer no livro as páginas 20 e 21.

Leia mais

A IDADE MÉDIA: INVASÕES BÁRBARAS E FEUDALISMO

A IDADE MÉDIA: INVASÕES BÁRBARAS E FEUDALISMO A IDADE MÉDIA: INVASÕES BÁRBARAS E FEUDALISMO 1. Período Medieval europeu Dividido em duas grandes etapas: Alta Idade Média (século V a século X) e Baixa Idade Média (século XI a século XV) 2. Invasões

Leia mais

02- Descreva as características e afazeres de cada um dos principais grupos que compunham a sociedade medieval: a) Clero:

02- Descreva as características e afazeres de cada um dos principais grupos que compunham a sociedade medieval: a) Clero: PROFESSOR: EQUIPE DE HISTÓRIA BANCO DE QUESTÕES - HISTÓRIA - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================== 01- Assinale a INCORRETA

Leia mais

História Ibérica I 2019

História Ibérica I 2019 História Ibérica I 2019 Código: FLH0261 (vespertino e noturno) Departamento de História FFLCH - USP Profa. Responsável. Dra. Ana Paula Torres Megiani Monitores PEEG, PAE e Pós-Docs: Graduação: Moreno Brender

Leia mais

Império Bizantino. Disciplina: História

Império Bizantino. Disciplina: História Império Bizantino Disciplina: História Origem O embrião do Império Bizantino surgiu quando o imperador romano Constantino I decidiu construir sobre a antiga cidade grega de Bizâncio uma nova capital para

Leia mais

Conceito de Feudalismo: Sistema político, econômico e social que vigorou na Idade Média.

Conceito de Feudalismo: Sistema político, econômico e social que vigorou na Idade Média. Conceito de Feudalismo: Sistema político, econômico e social que vigorou na Idade Média. 1.Decadência do Império Romano fragmentação do poder político. Ruralização da Sociedade; Enfraquecimento comercial;

Leia mais

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO

ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO O ABSOLUTISMO Transição... ABSOLUTISMO REGIME AUTORITÁRIO Regime político em que o poder está concentrado nas mãos do Rei. Rei: chefe militar, economia, chefe administrativo, controle da Igreja, poder

Leia mais