Setor de Parasitologia
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- Arthur Madeira Ferretti
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1 RELATÓRIO DO LABORATÓRIO DE CONTROLE SANITÁRIO ANIMAL (LCSA) Setor de Parasitologia 2005 a 2009
2 A incidência de parasitos nas colônias de animais de laboratório é muito freqüente, podendo acarretar sérios problemas não só na criação, interferindo no desenvolvimento dos animais, como na experimentação, alterando o resultado de testes biológicos e de pesquisas biomédicas. Os parasitas fazem parte de um grupo de organismos que se caracteriza pela associação com outros organismos classificados como hospedeiros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência. Os hospedeiros são habitados por parasitas num processo chamado parasitismo. Esse grupo de invertebrados evoluiu e se desenvolveu junto aos seus hospedeiros podendo ou não provocar doença clínica, variação de fatores ambientais, populacionais, ecológicos, imunológicos, fisiológicos e de manejo, que influenciam a relação hospedeiro-parasita. Esta relação permanece em constante mudança, e à medida que mudam os sistemas de manejo na reprodução, manipulação, controle ambiental e no uso de drogas nos animais, podem ser observadas diferentes manifestações de doença (Foreyt, 2005). Um técnico experiente poderá identificar alterações comportamentais ou fisiológicas, possibilitando que sejam tomadas as providências cabíveis junto ao laboratório de controle sanitário onde serão examinadas as amostras para o controle parasitológico. Caso seja encontrada alguma estrutura suspeita, a mesma será submetida a estudos taxionômicos para que seja identificada. O NÍVEL SANITÁRIO E A COLETA DE AMOSTRAS Para que o controle parasitológico seja bem feito, é importante que os animais sejam enviados ao laboratório em gaiolas compatíveis com seu nível sanitário e respeitando as normas de transporte de animais para experimentação. Caso isso não ocorra, a quebra de barreira sanitária ou o estresse do transporte pode proporcionar alterações que vão prejudicar ou impossibilitar a realização do exame. PERIODICIDADE DAS COLETAS do animal. A periodicidade das coletas é determinada de acordo com a qualidade sanitária 2
3 QUALIDADE SANITÁRIA PERIODICIDADE IDADE AXÊNICO 3 Meses 1 a 2 meses SPF 3 Meses 1 a 2 meses CONVENCIONAL 6 Meses 1 a 2 meses O procedimento de coleta deve ser aleatório, evitando que o grupo formado seja de uma mesma gaiola. Sugere-se que quando possível se utilize casais das posições indicadas no esquema abaixo. 1 e e e e e 1 4 Posições indicadas para retirada das amostras na estante onde se encontram as gaiolas Também podem ser utilizados sentinelas, animais de nível sanitário conhecido que são expostos às condições da colônia, para que após alguns dias possam delatar eventuais contaminações durante a realização de exames. Observamos que existe prevalência diferente de parasitas quando levado em conta o sexo dos animais ou estação do ano. Por isso, recomendamos que a periodicidade e idade sejam respeitadas e que os animais levados a exame sejam de ambos os sexos. 3
4 TÉCNICAS UTILIZADAS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PARASITAS ENDOPARASITAS MÉTODO DIRETO COM RASPADO DA LUZ INTESTINAL Utilizado para pesquisa de protozoários, ovos, cistos, larvas, e adultos de helmintos. WILLIS É um método de flutuação, utilizado para a identificação de cistos de protozoários e alguns ovos leves de helmintos, os quais devido a sua densidade flutuam em solução saturada de cloreto de sódio. SWAB ANAL (FITA GOMADA) Utilizado para pesquisa de ovos de oxiurídeos através de fita gomada que é colocada na região perianal dos animais e em seguida pressionada em uma lâmina. ECTOPARASITOS SWAB DO PELO (FITA GOMADA) Utilizada na pesquisa de ácaros, piolhos, pulgas e carrapatos. 4
5 LISTA DE ORGANISMOS PESQUISADOS: AGENTE ESPÉCIES TESTADAS ECTOPARASITAS: Myobia musculis Miocoptes musculinus Radfordia affinis Radfordia ensifera Poliplax serrata Poliplax spinulosa Chirodiscoides cavie Cobaia. Gyropus ovalis Cobaia. Gliricola porcelli Cobaia. Sarcoptes scabiei Var. cuniculli Coelho Psoroptes cuniculli Coelho Cheyletiella parasitivorax Coelho Haemodipsus ventricosus Coelho ENDOPARASITAS: Giardia sp Tritrichomonas muris Eimeria sp Hymenolepis nana Hymenolepis diminuta Syphacia muris Syphacia obvelata Aspiculuris tetraptera Entamoeba muris Entamoeba caviae Balantidium cavie Cyathodinium piriforme Paraspidodera uncinata Passalurus ambiguus e cobaia, cobaia e coelho e cobaia. e cobaia. e cobaia. e cobaia. e cobaia. Cobaia Cobaia Cobaia Cobaia Coelho 5
6 COMPARATIVO DE PRODUÇÃO INSTITUIÇÃO NÚMERO DE EXAMES / ANO ICB USP EXTERNOS
7 7
8 8
9 OBS: Durante os meses de Agosto a Novembro de 2009 o Laboratório de Controle Sanitário Animal Setor de Parasitologia passou por uma reforma que impossibilitou a realização de exames. ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NOME INSTITUIÇÃO/ UNIDADE PERÍODO Adriano Abbud BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a Jul./ 2008 Alexandre Querolo BIOTÉRIO INSTITUTO ADOLFO LUTZ Nov./ 2007 a fev./ 2008 Ana Lucia F. Baldassarre PARTICULAR Jan./ 2006 a Nov./ 2008 Claudio Lucio De Castro BIOTÉRIO ICB-USP Desde Jan./2007 9
10 Marco Andre Alves BIOTÉRIO ICB-USP Desde Fev./ 2008 Roseni Oliveira BIOTÉRIO ICFQ- USP Fev. a Maio / 2008 Santana Katt Coelho Mattos BIOTÉRIO EEFE - USP Abr. e Maio/ 2008 Ricardo Bandeira BIOTÉRIO DEP. ANATOMIA ICB-USP Ago. a Dez./ 2008 ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS NOME INSTITUIÇÃO/ UNIDADE PERÍODO Claudio Lucio de Biotério do Dep. de Fisiologia e Biofísica Desde Janeiro./2007 Castro - ICB-USP Marco Andre Alves Biotério do Departamento de Farmacologia - ICB-USP Desde Fevereiro/ 2008 Tatiana Pinotti Guirao UNIFESP - CEDEME Desde abril/ 2009 Rosires Silva de Souza Biotério do Departamento de Patologia da FMVZ - USP De maio a agosto /2009 Katt Coelho Mattos Biotério da Faculdade de Educação Física - USP De março/2008 a junho/2009 Todos os serviços prestados desde 2005 foram realizados em colaboração com o Biólogo Robison José da Cruz, do Centro de Bioterismo FMUSP. 10
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