A Sintaxe da Ordem no Português,

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1 A Sintaxe da Ordem no Português, Projeto de Pesquisa Maria Clara Paixão de Sousa m a r ç o,

2 C o n t e ú d o Resumo Introdução Justificativas e Fundamentação Teórica Justificativas Fundamentação Teórica Plano de Trabalho Formação da Base Documental Objetivo Principais Procedimentos Resultados Preliminares: Corpus Inicial Trabalhos em Andamento Descrição e Análise dos Dados Empíricos Objetivo Principais Procedimentos Resultados Preliminares: Desenho da Estrutura Descritiva Trabalhos em Andamento Reflexão Teórica e Modelagem da Mudança: Objetivo Principais Procedimentos Resultados Preliminares: Levantamento de tópicos e bilbiografia Trabalhos em Andamento Resultados Esperados Resumo Desenvolvimento do Quadro Teórico Desenvolvimento de Metodologias de Pesquisa Produtos para a Comunidade de Pesquisa Formação Discente Referências Bibliográficas : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : : 2 :

3 Resumo Esta pesquisa tem por objetivo principal demonstrar que a evolução diacrônica dos padrões de ordem atestados em textos escritos em português entre os anos refletem uma mudança gramatical que remete, centralmente, à codificação das relações entre sintaxe e discurso na frase abstrata, conforme entendidas no quadro teórico gerativista, em sua versão minimalista. Neste plano teórico, as mudanças gramaticais consituem-se como alterações nas propriedades lexicais dos núcleos funcionais (ou seja: nos planos não-universais da arquitetura da gramática), que serão refletidas na produção lingüística de gerações diacronicamente subsequentes de falantes de uma língua particular. O fator central na mudança gramatical envolvida no fim do assim chamado Português Clássico ( ) seriam as propriedades lexicais do núcleo funcional responsável pela articulação entre a sintaxe e o discurso nas línguas naturais. Proponho como hipótese inicial para a sentença abstrata na gramática representada nos textos até o século 17 a estrutura [ CP... [ C ] [ FP... [F]] [ IP... [ I ] [ vp...[ v ] [ VP...[ V ] ]]]], onde F (lócus de codificação das relações entre sintaxe e discurso) tem traços [+φ]. Essa hipótese estrutural corresponde satisfatoriamente às condições de interpretação contextual das diferentes ordens superficiais dos constituintes (em especial, quanto aos sujeitos referenciais), e descreve satisfatoriamente a variação empírica detectada nos textos quanto aos constituintes que podem ocupar a posição pré-verbal interna. Defenderei que uma mudança nas propriedades lexicais do núcleo F (de traços [+φ] para traços traços [-φ] noportuguês Europeu; e a desativação do traço [afetivo]/[afetivo] no Português Brasileiro) é o fator central responsável pela reorganização da sintaxe da ordem a partir dos textos representativos do século 18. O desenvolvimento dessa hipótese fundamenta-se em uma análise que articula as propriedades computacionais e as propriedades semântico-discursivas envolvidas no ordenamento de constituintes, tal como essas podem ser investigadas em textos escritos. O trabalho inclui portanto a descrição e análise de dados, a reflexão sobre as condições de interpretação de dados documentais no quadro metodológico autorizado pela teoria gerativa da gramática, e a reflexão sobre os mecanismos responsáveis pelas mudanças gramaticais nesse quadro teórico. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 3 :

4 1. Introdução Nos textos portugueses escritos até o século 17 é bastante freqüente a ordem superficial {XVS} 1 (onde X é um complemento do verbo): (1) (a) Uma carta de Vossa Reverência me deu o padre Frei Ene perto de Cascais (Chagas, 1631) (b) A este livro chamão elles: Quid pro quo : quer dizer, huma couza por outra (Costa, 1601) (c) Na Côrte andou este Rei dous anos (Couto, 1554) As ordens {XVS} são epecialmente representativas de uma propriedade gramatical central da língua representada nos textos do Português Clássico: a organização da frase em torno de uma posição sintática codificadora da saliência informacional na periferia esquerda. Essa propriedade gramatical promove o termo mais saliente, entre os participantes da diátese verbal, para essa posição de destaque à esquerda. Na estrutura abstrata refletida nos padrões em (1) acima, {X} especifica um núcleo funcional localizado acima de I, ao qual o verbo (V-I) está integrado. Esse núcleo (F) codifica sintaticamente as relações discursivas que podem ser expressas no interior da frase por meio de traços abstratos morfológicos. O verbo é o núcleo lexical que compartilha este traço [+φ] com F, e que portanto deve (sempre) se integrar a F, e constituintes que compartilhem este traço [+φ] podem especificar F-V: (2) [ CP [C] [ FP X-[+φ] [ F-V-[+φ] ][ IP [ I-t ] [ vp [ v-t ] [ VP [ V-t ] ] ] ] ] onde F [+φ] Demonstrarei nesta pesquisa que esta formalização para a estrutura da frase permite explicar todas as ordens superficiais atestadas nos textosdo Português Clássico, e as proporções relativas entre elas (inclusive quanto à variação empírica na posição de pronomes clíticos). Além disso, a hipótese se adequa às interpretações contextuais correspondentes às construções nos textos: os dados preliminares desta pesquisa indicam que as ordens {XVS} no Português Clássico remetem à maior saliência contextual de {X} em relação aos demais constiuintes da frase 2. A adequação intepretativa é uma propriedade importante da hipótese, por dois motivos: primeiro, porque a interpretação dos dados permitirá formalizar as propriedades abstratas de F. Segundo, porque a interpretação é um dos aspectos centrais a diferenciar as ordens {XVS} no Português Clássico das ordens {XVS} do Português Europeu moderno e a aproximá-las das ordens {XV} do Português Brasileiro onde {X} é um tópico sentencial. 1 Nesta apresentação usarei a marca {...}, colchetes, para indicar a ordem superficial dos termos; ou seja, a seqüência{xvs}, por exemplo, não faz referência à posição estrutural de {X}, de {V} ou de {S}. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 4 :

5 No detalhamento que segue apresentarei os dados iniciais que fundamentam essa interpretação dos constituintes pré-verbais nos textos representativos do Português Clássico (em contraste com sujeitos e outros elementos pós-verbais). Esses dados indicam que nesta língua, a organização da sentença gravita em torno de uma posição pré-verbal discursivamente saliente, que me parece poder ser adequadamente formalizada como a projeção FP proposta em URIAGERAKA (1998), RAPOSO & URIAGEREKA (2005). FP, para esses autores, é a categoria funcional onde se codifica a relação sintaxe-discurso no interior da frase na línguas românicas; a realização do verbo em F e sua especificação por um de seus complementos modela na frase o ponto de vista da proposição. A propriedade abstrata de F marca a saliência relativa ao ponto de vista a ser codificado na frase; os constituintes que especificam F são os mais salientes em relação aos demais participantes da diátese verbal tanto tópicos sentenciais, como focos e operadores de ênfase. RAPOSO & URIAGEREKA (2005) sugerem que o caso abstrato realizado em F é o caso citativo ; assumirei, inicialmente, esta formulação, pois ela parece adequada à observação da possibilidade de se encontrarem tanto focos como tópicos nesta posição nos textos clássicos 3. Precisar formalmente a natureza da saliência codificada em F, detalhando seus condicionantes discursivos e formais, será uma das tarefas centrais no desenvolvimento dessa pesquisa. Nesta Introdução, quero indicar como a hipótese estrutural (2) acima, considerada a análise preliminar de {X} em spec-fp como saliente (foco/tópico), se associa a uma perspectiva diacrônica interessante, especialmente no que se refere às estruturas de deslocamento e apagamento de argumentos nas variantes modernas do português: o Português Europeu (PE) e o Português Brasileiro (PB). De um lado, o contraste interpretativo (e certas diferenças sintáticas) que observei entre {XVS} no Português Clássico e {XVS} no Português Europeu mostrariam que a mudança para o PE incide numa reorganização dos mecanismos de codificação entre sintaxe e discurso na frase abstrata, onde a propriedade de saliência à esquerda parece ficar desativada. De outro lado, no que se refere à 2 Fundamentalmente, os sujeitos pós-verbais nos textos da época não aceitam inequivocamente a interpretação de focos, como acontece com os sujeitos invertidos no Português Europeu Moderno. Isso já indica ser mais adequado analisar {XVS}, no Português Clássico, como análogo às assim chamadas inversões germânicas que não são, a rigor, inversões de {S}, mas fronteamentos de {X}-{V}; e não às inversões românicas, que são focalizações de sujeito. Além do contraste interpretativo quando ao estatuto de S, as inversões românicas e germânicas diferenciam-se por subconfigurações específicas da porção pós-verbal das sentenças: as germânicas são tipicamente {XVSX}, como em (1a-c) acima; as românicas, tipicamente {(X)VXS}. Os dados preliminares mostram que a configuração específica {XVSX} é a ordem {VS} cuja freqüência cai mais agudamente nos textos com o fim do período clássico. 3 Parece-me adequado sugerir que, uma vez que F codifica ponto de vista, a importância relativa entre os constituintes pode estar ligada à topicalidade em alguns casos, e à saliência informacional em outros. Isso explicaria, portanto, a possibilidade de se encontrarem tanto focos como tópicos nesta posição: se o importante é salientar a topicalidade, o tópico sentencial é movido à esquerda. Se o importante é salientar a referencialidade, há um foco ( informação nova ), e este deve ser movido à esquerda. O caso citativo reflete também a idéia de aboutness, delineada em VALLDUVÍ (1993) para encompassar as propriedades de topicalidade e saliência referencial que se mesclam em diferentes medidas nos elementos focais e tópicos. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 5 :

6 mudança do Português Clássico para o PB, também se abre uma perspectiva diacrônica interessante: se a posição estrutural à esquerda no Português Clássico codifica a saliência informacional de tal modo a poder abrigar focos e tópicos sentenciais (e se a extensão do levantamento de dados comprovar a indicação preliminar da elevada freqüência de ocorrência de {XV} onde {X} é um tópico sentencial no Português Clássico), forma-se um quadro interessante para interepretar os antecedentes diacrônicos das construções de topicalização e promoção argumental no PB. Comecemos por notar que no Português Europeu moderno, a ordem superficial {XVS} ainda é atestada: (3) PE: (a) A sopa comeu o Paulo onde foco: o Paulo (Costa 1998:109) (b) A esse teu amigo tem dado atenção só o Pedro onde foco: o Pedro (Ambar 1992:81) (c) Em Lisboa mora o Pedro onde foco: o Pedro (Ambar 1992:78) As ordens {XVS} no PE e no PC, embora superficialmente semelhantes, apresentam diferenças interpretativas importantes: no PE, {S} recebe aí a interpretação de foco (segundo Ambar, 1992, e Costa, 1998, entre outros); no Português Clássico, como demonstrarei mais adiante, não recebe. No PE, portanto, essas ordens derivam da demoção do sujeito para uma posição pós-verbal ou seja, são aí, de fato, inversões da ordem canônica {SV} (que, defendo, não é canônica no PC). Coerentemente, enquanto no PE {XVS} é menos atestado que {SVX}, nos textos clássicos há um equilíbrio entre as duas ordens superficiais. A principal diferença de {XVS} no PC e no PE, portanto, é que no PC esta ordem deriva de uma operação sintática sobre {X}, e no PE, em geral, de uma operação sintática sobre {S}. Proponho que isso corresponde a uma mudança gramatical na qual a propriedade morfológica de F como [+CITATIVO] se perdeu no PE. Por outro lado, a propriedade que permite {XVS} como operação de {X} (e não de {S}) no PC tem como contraparte, no PE, uma construção muito especial, o chamado movimento afetivo : (4) Muito uísque bebeu o capitão! (Raposo, 1998) As construções de movimento afetivo são também atestadas nos textos clássicos: (5) Muito estimara eu que fôsse tal o meu desembaraço (Chagas, 1631) : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 6 :

7 A possibilidade do movimento afetivo no PE indica que a associação de F a um traço (nãomorfológico) [afetivo] se manteve nesta gramática 4. Assim, enquanto no PC F é morfológico e sempre presente nas derivações (podendo ou não carregar o traço adicional [afetivo]), no PE F cumpre exclusivamente a função de abrigar o traço [afetivo], e portanto só participa das derivações em que há um constituinte marcado com este traço. Já no Português Brasileiro, a construção {XVS} com com valor afetivo de {X} não é gramatical o que seria uma indicação inicial de que no PB o traço [afetivo] de F não está mais ativo: (6) PB: * Muito uísque bebeu o capitão! De fato, no PB ordens {XVS} não parecem naturais nem com a associação de um valor afetivo para {X}, nem como focalizações do sujeito, como acontece no PE: (7) PB: (a) * A sopa comeu o Paulo (b) * A esse teu amigo tem dado atenção só o Pedro (c) * Em Lisboa mora o Pedro Segundo importantes estudos (cf. Kato 2000, sobretudo), apenas ordens {VS} com verbos monoargumentais são possíveis e naturais no PB: (8) (a) Chegou a encomenda. (b) Apareceu a menina. Entretanto, os estudos também indicam que o estatuto de {a encomenda} ou {a margarida} nas sentenças acima como sujeitos é discutível; tais elementos, apesar de poderem ser analisados como sujeitos semânticos do verbo, parecem se comportar, de fato, como complementos sintáticos: (9) (a) Chegou as encomendas. (b) Apareceu as meninas. Inversamente, no PB os complementos semânticos do verbo (argumentais e outros, como locativos, 4 Talvez esta manutenção reflita, de fato, um resquício conservador do PE em relação à gramática clássica; encontro, por exemplo, em Costa (1998), a seguinte possibilidade para a posição dos sujeitos em construções afetivas (portanto, sujeitos não focalizados: (i) Muito vinho o João bebeu! A ordem acima ({X-afetivo SV}) está mais de acordo com a descrição do PE moderno proposta por Costa, em que a ordem {VS} só se explica por focalização de {S}. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 7 :

8 circunstanciais), quando são tópicos sentenciais, podem aparecer em posição pré-verbal. Mas, nessa configuração, esses complementos semânticos parecem comportar-se como sujeitos gramaticais: (10) (c) O filé acompanha fritas. (d) A máquina está lavando os tapetes. Uma boa hipótese para comparar PB e PC quanto à ocupação da posição esquerda FP seria a seguinte: no PB, o traço abstrato de caso [CITATIVO] não se perdeu; daí a produtividade das construções {XV} onde {X} é um topico sentencial, nessa gramática. Assim, no PB a propriedade morfológica que permite {XVS} como operação sobre {X} (caso abstrato [CITATIVO]) permanece. Entretanto, em associação a outras propriedades da gramática do PB (essencialmente, no que respeita as possibilidades de apagamento dos argumentos), a operação do caso [CITATIVO] sobre {X} complemento não resulta em inversão dos constituintes sujeitos mas sim na promoção de {X} a sujeito sintático (como indica a concordância entre {o filé} e {acompanha}, {a máquina} e {está}, nos exemplos acima). Ou seja: as construções de promoção argumental no PB seriam diacronicamente derivadas das construções de fronteamento{xvs} nopc: (11) (e) A esse livro chamam eles Quid pro quo (A esse livro: complemento fronteado) (f) Esse livro chama Quid pro quo (Esse livro: complemento promovido) Assim, o PB refletiria do PC não uma ordem superficial particular, mas sim uma propriedade abstrata: a de sempre posicionar o tópico sentencial à esquerda do verbo. No PC, quando o tópico sentencial não coincide com o sujeito gramatical, superficializa-se a ordem {XVS} simplesmente porque {S} permanece em IP. No PB, quando o tópico sentencial não coincide com o sujeito gramatical, ele é promovido a sujeito gramatical. De certa forma, no PB a propriedade de se deslocar o tópico sentencial à esquerda se radicaliza, em relação ao PC; mas nos dois casos, o traço morfológico de F pode ser o mesmo. A questão da da perda de {VS} no PB estaria relacionada a propriedades que governam IP (como a impossibilidade de categorias vazias no especificador de I), não com as propriedades abstratas de F. Na minha hipótese, portanto, o fim da gramática clássica estaria relacionado fundamentalmente a mudanças nas propriedades lexicais de F. No PE, F fica associado exclusivamente ao traço [afetivo] e portanto só aparece quando há um X com traço [afetivo], perdendo o traço morfológico de caso [CITATIVO]. No PB, o traço [afetivo/afetivo] se desativa, e o traço morfológico [CITATIVO] permanece ativo. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 8 :

9 Com relação às propriedades de F (ou seja: com relação às propriedades sintáticas que codificam valores discursivos no interior da frase), estes seriam os contrastes centrais entre PC, PB e PE. Entretanto, as ordens {XV} superficias, nas três gramáticas, podem envolver outras propriedades, que não analiso como relacionadas às propriedades de F: centralmente, os casos em que o {X} pré-verbal superficial não é um tópico sentencial (nem um foco), mas sim um tópico do discurso. Sob a rubrica tópicos do discurso compreendo os elementos {X} em {XV} que não fazem parte da diátese verbal e portanto, não participam da derivação da sentença no plano sintático. O estatuto de {X} enquanto tópico do discurso ou tópico sentencial é ambíguo em muitos casos, como discutirei mais à frente; considerarei que {X} é inequivocamente um tópico do discurso (e não um constituinte do interior da frase) quando não for possível atribuir a {X} um estatuto de argumento do verbo, estando todos os argumentos já representados na frase. Ou seja: incluo aqui os assim chamados tópicos pendentes, e também os assim chamados tópicos retomados (que na minha perspectiva apenas coincidem referencialmente com um constituinte que, na sentença, participa da diátese verbal): (12) (a) O ir para o Natal, como lá se disse, eu o tenho quási por impossível...(chagas, 1631) (b) A Rainha, deram-lhe as dores do parto (Couto, 1554) (c) Esses rapazes, dêem-lhe muitos recados (Mão Inábil, 1691) (d) A gente, parte dela se afogou, por se querer lançar a nado à terra, e a outra, que se deixou ficar na náo, toda se salvou, porque da terra lhe acudiram logo muitas almadias (Couto, 1554) Minha análise para {XV} em exemplos como (2) acima seria a de {X} como adjunto da frase: (13) {TÓPICO DO DISCURSO} [CP... ] Considerando que construções deste tipo são comuns no PE moderno e no PB, a construção {TOP}[frase] poderia ser analisada como diacronicamente estável (e universal): (14) (a) PE: Os gerentes, trata-os como se foram míseros contínuos REF (b) PB: A Patrícia, ela não faz nada o dia inteiro. REF Diferenças importantes são observadas: no PC e no PE, quando o tópico do discurso coincide referencialmente com o argumento objeto, este é representado lexicalmente no interior da frase (é a assim chamada retomada clítica ). No PB, quando o tópico do discurso coincide referencialmente com o argumento sujeito, este é representado lexicalmente no interior da frase (é a assim chamada retomada pronominal ). Essa diferença, entretanto, se explica plenamente pelas diferentes condições : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 9 :

10 quanto ao apagamento de argumentos em cada caso (cf. Kato & Negrão, 2000; Cyrino, 1994). Se levarmos isso em conta, construções acima no PC, no PE e no PB são paralelas. Podemos então resumir da seguinte forma os contrastes preliminares entre as três variantes, quanto às operações que poderiam se relacionar à superficialização de ordens {XV}: (15) Operações Resultantes na Ordem Superficial {XV}: Português Clássico, Europeu e Brasileiro ADJUNÇÃO MOVIMENTO NA SINTAXE PC PE PB adjunção à esquerda: tópicos do discurso movimento à esquerda: tópicos sentenciais movimento à esquerda: focos movimento à esquerda: afetivo * * * * No PE, {X} pré-verbal superficial pode ser um sujeito normal ou um tópico do discurso, um constituinte afetivo, mas não um foco; no PB {X} pré-verbal superficial pode ser um um sujeito normal, um tópico sentencial, um tópico do discurso, mas não um foco nem um constituinte afetivo. No PC, os elementos pré-verbais superficiais podem ser focos, tópicos sentenciais, ou tópicos do discurso; isso vale tanto para complementos como para sujeitos. Os sujeitos em {VS}, como já sugeri, são menos salientes que os pré-verbais. Mostro para isso algumas evidências preliminares. Começo por evidências relativas à proporção relativa das ordens superficiais nos textos, pelo estudo preliminar de um texto português escrito em 1552 (A História da Província Santa Cruz, de Pero Magalhães de Gandavo, nascido em 1502, cf. GANDAVO, 1576). Ali, as sentenças {S V} representam 42% das orações principais absolutas: (16) { S V...}: (a) Os louros têm um cabelo muito fino (b) As mulheres trazem uns paus grossos à maneira de maças As sentenças com outros constituintes precedendo o verbo representam 41% do total de principais (sendo 58% delas com sujeitos nulos e 32% com sujeitos pós-verbais): (17) { X V...}: (a) A quinta capitania a que chamam Porto Seguro, conquistou Pero do Campo Tourinho. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 10 :

11 (b) Alguns deles houveram já os Portugueses às mãos Os 17% de dados restantes são sentenças verbo-iniciais, como em (3) acima (sendo 86% delas com sujeitos nulos e 14% com sujeitos pós-verbais): (18) { V...}: (a) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela, f, nem, l, nem, R, coisa digna de espanto (b) Tem esta província assim como vai lançada da linha Equinocial para o Sul, oito capitanias povoadas de Portugueses Em resumo: neste texto, do total de sentenças que não são iniciadas pelo verbo, 50% são iniciadas pelo sujeito, e 50% por outros constituintes. Isso já é indicativo da generalização de que nos textos clássicos, os sujeitos não predominam, em relação a outros constituintes, na posição pré-verbal. Outra perspectiva interessante para olhar esses dados é a constatação de que os sujeitos nulos são a opção preferida, neste e em outros textos preliminarmente estudados, oscilando entre 50 a 70% das realizações nas sentenças principais. Restam portanto 50 a 30% de casos com sujeitos lexicais. Os sujeitos lexicais, por sua vez, dividem-se, em média, entre 50 a 40% pós-verbais, e 50 a 60% pré-verbais. Isso, por si, já mostra uma característica marcante da sintaxe superficial dos textos clássicos: a opção pelo sujeito pré-verbal, nesses textos, compete francamente com a opção pós-verbal ao contrário do que acontece nos textos do PE moderno, nos quais a maioria dos sujeitos lexicais tende a ser pré-verbais. Essas duas constatações empíricas estritamente quantitativas já justificam desconfiar que não estamos, aqui, diante de uma gramática SV padrão. Estamos, ao menos, diante de um fato empírico interessante: enquanto nas variantes modernas do português as ordens as ordens { X V S} claramente fogem à ordem canônica ({S V}), isso já não é claro para o Português anterior ao século 17. A questão das quantidades brutas de ocorrência, entretanto, precisa ser modulada por um segundo fator, antes de se chegar a uma proposta de análise abstrata: qual a qualidade informacional dos sujeitos lexicais pré-verbais e pós-verbais nesse sistema? Evidentemente, num sistema SV espera-se que os sujeitos pré-verbais sejam menos salientes informacionalmente que os sujeitos pós-verbais uma vez que nesses sistemas, VS corresponde a uma inversão do sujeito por conta de requerimentos semânticopragmáticos, ou seja, VS é uma focalização do sujeito. Mas os dados preliminares indicam que, quando se estudam os contextos de ocorrência das ordens SV e VS nos textos clássicos, o que se constata é exatamente o contrário: ali, às ordens SV corresponde, sempre, uma saliência semântico-pragmática do sujeito, em maior grau do que se atesta para as ordens VS. Mostro aqui exemplos de construções com sujeito pré-verbal do tipo {S CLÍTICO V}, a partir de constatações preliminares em Paixão de Sousa (1998a, 2004a). Os sujeitos nessa configuração são : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 11 :

12 interpretáveis como focos (ou ao menos: como informação nova), como fica claro quando observamos os contextos dos exemplos (1) (a)-(g) abaixo: (19) Exemplos de SV com próclises, séculos 16 e 17: (a) Os Índios da terra as costumam tomar em seus ninhos quando são pequenas (Gandavo, 1502) (b) Os moradores da terra os matam com arpões (Gandavo, 1502) (c) Os Índios da terra lhe chamam em sua língua Hipupiára... (Gandavo, 1502) (d) Dom Jorge de Castro o foi buscar (Gandavo, 1502) (e) Jordão de Freitas lhe mandou responder com um Requerimento (Couto, 1548) (f) Duarte Nunes me avisa tem comprado sessenta peças de boa artilharia... (Vieira, 1608) (g) Jerónimo Nunes me escreveu hoje tivera carta de V. Ex.a....(Vieira, 1608) (20) Contexto de (1a), Os Índios da terra as costumam tomar em seus ninhos quando são pequenas: Há nesta província muitas aves de rapina muito formosas e de várias castas, convém a saber, Águias, Açores, e Gaviões, e outras de outros gêneros diversos e cores diferentes, que também tem a mesma propriedade. As Águias são muito grandes e forçosas : e assim remetem com tanta fúria a qualquer ave, ou animal que querem prear, que às vezes acontece nestas partes virem algumas tão desatinadas seguindo a presa, que marram nas casas dos moradores, e ali caem à vista da gente sem mais se poderem, levantar. Os Índios da terra as costumam tomar em seus ninhos quando são pequenas, e criam-nas em umas sorças, para depois de grandes se aproveitarem das penas em suas galantarias acostumadas. (21) Contexto de (1b), Os moradores da terra os matam com arpões: É tão grande a cópia do saboroso e sadio pescado que se mata, assim no mar alto, como nos rios e baías desta província de que geralmente os moradores são participantes em todas as capitanias, que esta só fertilidade bastara a sustentá-los abundantíssimamente, ainda que não houvera carnes nem outro gênero de caça na terra de que se prouveram como atrás fica declarado. E deixando a parte a muita variedade daqueles peixes que comumente não diferem na semelhança de cá, tratarei logo em especial de um certo gênero deles que há nestas partes, a que chamam peixes bois: os quais são tão grandes, que os maiores pesam quarenta cinqüenta arrobas. Tem o focinho como de boi, e dois cotos com que nadam à maneira de braços. As fêmeas têm duas tetas com o leite das quais se criam os filhos. O rabo é largo rombo e não muito comprido. Não tem feição alguma de nenhum peixe somente na pele quer-se parecer com tuninha. Estes peixes pela maior parte se acham em alguns rios, ou baías desta costa, principalmente onde algum ribeiro, ou regato se mete na água salgada são mais certos: porque botam o focinho fora, e pastam as ervas que se criam em semelhantes partes, e também comem as folhas de umas árvores a que chamam Mangues, de que há grande quantidade ao longo dos mesmos rios. Os moradores da terra os matam com arpões, e também em pesqueiras costumam tomar alguns, porque vem com a enchente da maré aos tais lugares, e com a vazante se tornam a ir para o mar de onde vieram. (22) Contexto de (1c), Os Índios da terra lhe chamam em sua língua Hipupiára,... : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 12 :

13 E tanto que o Monstro se lançou em terra deixa o caminho que levava, e assim ferido urrando com a boca aberta sem nenhum medo, remeteu a ele e indo para o tragar a unhas e a dentes, deu-lhe na cabeça uma cutilada muito grande: com a qual ficou já muito débil, e deixando sua vã porfia, tornou então a caminhar outra vez para o mar. Neste tempo acodiram alguns escravos aos gritos da Índia que estava em vela : e chegando a ele o tomaram todos já quase morto, e dali o levaram dentro à povoação, onde esteve o dia seguinte à vista de toda gente da terra. E com este mancebo se haver mostrado neste caso tão animoso como se mostrou e ser tido na terra por muito esforçado, saiu todavia desta batalha tão sem alento, e com a visão deste medonho animal ficou tão perturbado e suspenso, que perguntando-lhe o pai, que era o que lhe havia sucedido, não lhe pode responder: e assim esteve como assombrado sem falar coisa alguma por um grande espaço. O retrato deste Monstro, é este que no fim do presente capítulo se mostra, tirado pelo natural. Era quinze palmos de comprido e semeado de cabelos pelo corpo, e no focinho tinha umas sedas muito grandes como bigodes. Os Índios da terra lhe chamam em sua língua Hipupiára, que quer dizer demônio d'água. (23) Contexto de (1d), Dom Jorge de Castro o foi buscar, e (1e), Jordão de Freitas lhe mandou responder com um Requerimento: Chegado o Galeão a Malaca, sabendo Ruy Vaz Pereira, Capitão da Cidade, que ali vinha ElRei de Maluco já feito Christão, o foi buscar, e o levou comsigo, fazendo-lhe a Cidade um grande recebimento, e foi aposentado em casas, que para êle estavam já prestes. Aqui acharam novas, que ElRei Aeiro (o irmão que governava o Reino) estava muito poderoso, e bem, e quieto. E como Jordão de Freitas era homem, que entendia mui bem a terra, receou que com a chegada d'elrei Dom Manoel, feito Christão, houvesse alguma alteração em os naturaes, e que lhe não quizessem entregar o Reino, com achaque de mudar lei, porque havia o Aeiro de os ter persuadido, que se o recebessem, logo os havia de obrigar a se fazerem Christãos. E querendo atalhar a isto, ajuntando-se com o Capitão em casa d'elrei, apresentou-lhe êstes inconvenientes, dizendo, que pelos escusar lhe parecia bem ficar ElRei Dom Manuel naquela fortaleza, e que iria êle tomar posse da de Maluco; e que na monção prenderia o Governador Aeiro, e o embarcaria pera a India, e que então iria ElRei Dom Manoel, e que tomaria livre, e desembaraçadamente posse do seu Reino. Pareceo aquilo bem a ElRei, e ao Capitão de Malaca, e mais Fidalgos, e Capitães, que ali havia, que pera isso se chamaram. Vinda a monção, se embarcou Jordão de Freitas, e foi surgir em Talangame, como atrás dissemos. Dom Jorge de Castro o foi buscar, e o levou para sua casa, e logo lhe fez entrega da fortaleza, dando-lhe conta do estado em que as cousas estavam. Ruy Lopes de Villa-Lobos, sabendo ser chegado Capitão novo, o mandou visitar; Jordão de Freitas lhe mandou responder com um Requerimento, em que lhe dizia, que logo se fôsse fóra daquelas Ilhas, que eram d'elrei de Portugal, fazendo sôbre isso seus protestos, como os passados de Dom Jorge. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 13 :

14 (24) Contexto de (1f), Duarte Nunes me avisa tem comprado sessenta peças... e (1g), Jerónimo Nunes me escreveu hoje tivera carta de V. Ex.a.... Do Pôrto chegou aqui navio em catorze dias com cartas de 15 do passado, em que se avisa por muitas vias haver chegado a Portugal caravela da Baía, com nova de Sigismundo ter deixado a ilha de Taparica: nisto concordam todos, e alguns acrescentam que ao embarcar lhe mataram os nossos novecentos homens. Os navios em que se retirou Sigismundo eram dezoito. Os que de aqui partiram encorporados padeceram no cabo de Finisterra uma terrível tempestade, de que arribou uma nau a Amsterdam muito destroçada, dando semelhantes novas dos que lá ficaram, e se nos disse ontem que alguns haviam arribado a Rochela, de que V. Ex.a. lá terá mais verdadeiras notícias. Da mesma armada do Brasil arribou a Roterdam outra nau de guerra, que haverá quinze dias que partiu, obrigada da contrariedade dos tempos e muito mais da rebelião dos soldados. Tudo se arma contra esta gente, e em tudo peleja Deus por nós. Esperamos que com tantos desenganos se lhe abram os olhos, e que acabem de vir em algum acomodamento, que sempre será melhor que a continuação da guerra, e nos deixará mais hábeis para fazermos outros, que tanto nos importam. Duarte Nunes me avisa tem comprado sessenta peças de boa artilharia para as duas naus, mas não diz o calibre: fala com grandes temores do grande empenho em que se tem metido, receando que faltem as assistências de Portugal; e verdadeiramente que é matéria digna de grande admiração que venham cada dia navios de tantos portos do Reino, e que, tendo os mais tristes mercadores avisos de seus correspondentes, só aos ministros de S. M. faltem, sendo tantos e de tanta importância os negócios que aqui se tratam. Jerónimo Nunes me escreveu hoje tivera carta de V. Ex.a. com recado de virem as letras no correio seguinte, e por isso o não torno a lembrar a V. Ex.a. Em todos esses exemplos, os termos {S} em {S CLÍTICO V} têm em comum o fato de constituirem a primeira remissão a um determinado referente (num contexto textual longo; por vezes, sua primeira referência no texto inteiro). Essa característica contextual das ocorrências de {S CLÍTICO V} é notavelmente recorrente, tanto em textos escritos nos séculos 16 e 17, como em textos escritos entre os séculos 13 e 15 (cf. Paixão de Sousa, 1998, 2004a). No caso de alguns tipos de sujeitos específicos, até o presente momento não encontrei nenhuma exceção a esta generalização (é o caso dos sujeitos SN nomes próprios; por sinal, como sugeri em Paixão de Sousa, 2004a, essa propriedade dos sujeitos SNs nomes próprios pode explicar o fato de alguns gêneros textuais apresentarem uma proporção de {S CLÍTICO V} mais elevada que a média: tipicamente, as crônicas históricas e narrativas em geral, nas quais há plena oportunidade para o aparecimento desse contexto discursivo). Castro Alves & Paixão de Sousa (em andamento) proporá uma sistematização desta constatação com uma análise metodológica mais rigorosa dos contextos de ocorrência. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 14 :

15 Por ora resumo as constatações preliminares: os dados empíricos relativos à freqüência de ocorrência e à interpretação contextual dos sujeitos nas ordens { S V } indicam que os sujeitos pré-verbais nos textos clássicos apresentam sempre a propriedade de serem contextualmente salientes. Essa saliência se desdobra em dois casos estruturalmente independentes: ou são focos/tópicos sentenciais (que analiso como movidos à esquerda; e que, em sentenças com clíticos, realizam-se como { S CLÍTICO V }), ou são tópicos do discurso (que analiso como adjuntos à frase; e que, em sentenças com clíticos, realizam-se como { S V CLÍTICO}), como veremos agora. Quanto ao estatuto interpretativo dos sujeitos em {S V CLÍTICO}, Paixão de Sousa (2004a) e Galves Britto e Paixão de Sousa (2006) já mostraram que os sujeitos pré-verbais nessa configuração podem ser consistentemente interpretados como tópicos contrastivos 5. Vejamos alguns exemplos: (25) Exemplos de SV com ênclises (a) Elles conheciam-se, como homens, Christo conhecia-os, como Deus. (Vieira, 1608) (b) Deus julga-nos a nós por nós ; os homens julgam-nos a nós por si (Vieira, 1608) (26) Contexto para Elles conheciam-se, como homens, Christo conhecia-os, como Deus: Mas qual é, ou póde ser a razão porque onde dois homens tão grandes, tão qualificados e tão santos, como Job e S. Paulo, não reconhecem nada de culpa, lh'a haja de arguir Deus, e pedir-lhes conta? A primeira razão, e da parte de Deus (a qual só póde ignorar quem o nãoconhece) é, porque ainda nas coisas mais interiores nossas, conhece Deus muito mais de nós, do que nós de nós. Quando Christo na meza da ultima Cêa revelou aos Apostolos, que um d'elles o havia de entregar: Amen dico vobis, quia unus vestrum metraditurus est, diz o Evangelista, que muito tristes todos com tal noticia, começou cada um a perguntar: Nunquid ego sum, Domine? Por ventura, Senhor, sou eu esse? Pedro, André, João e os demais, excepto Judas, bem sabia cada um de si, que não era o traidor, nem tal coisa lhe passára pelo pensamento; pois porque se não deixam estar muito seguros na boa fé da sua lealdade, mas pondo em duvida o de que não duvidavam, pergunta cada um a Christo se é elle o traidor: Nunquid ego sum? Porque ainda a propria consciencia os não accusava, sabiam todos que sabia Christo mais de cada um d'elles, do que elles de si. Elles conheciam-se, como homens, Christo conhecia-os, como Deus. Esse foi o erro e engano de S. Pedro, que estava á mesma meza! 5 A idéia dos sujeitos com ênclise como tópicos contrastivos nos textos clássicos é herdeira de uma longa tradição de se analisarem as contruções com ênclise em geral, no português clássico e arcaico (como nas demais línguas românicas medievais), em função da famosa Lei de Tobler-Mussafia, que descreve a impossibilidade dos pronomes átonos aparecerem em primeira posição estrutural nessas línguas. Salvi (2002), entre outros, propõe que as ordens { X V clítico} correspondem, no romance medieval, a uma estrutura verbo-inicial. A partir deste quadro geral, Galves (2002) sugeriu que as construções SV com ênclises, no Português Clássico, corresponderiam a topicalizações do sujeito com valor contrastivo uma proposta que foi plenamente comprovada por Galves, Britto e Paixão de Sousa (2006). : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 15 :

16 (27) Contexto de Deus julga-nos a nós por nós ; os homens julgam-nos a nós por si : No Juiso de Deus havemos de ser julgados pelos mandamentos: quem guardou os mandamentos póde estar seguro; no juiso dos homens não aproveita guardar os mandamentos. Fizestes o que vos mandaram, e muito melhor do que vol-o mandaram, e sobre isso sois julgado e condemnado. Como a semrazão é tão moderna, não ha exemplo d'ella nas Escripturas; tel-o-hão os vindoiros, se o crêrem. Deus julga a cada um pelo que é, os homens julgam a cada um pelo que são. Mais claro. Deus julga-nos a nós por nós; os homens julgam-nos a nós por si. Observe-se, nos dois exemplos, como os pares {Elles}/{Cristo} e {Deus}/{os homens} são contrastados entre si ao longo do período; em Galves, Britto e Paixão de Sousa (2006) mostramos que esta configuração contextual se confirma na maioria dos casos em que se encontra essa construção (ou em sua totalidade, a depender do texto) nos textos escritos por autores nascidos até 1700 (depois disso, os contextos de ocorrência de {S V CLÍTICO} são os mais variados, levando-nos a considerar que, aí, essa construção já não remete a qualquer configuração discursiva especial). Mostramos também, naquele trabalho, que o mesmo contexto de contrastividade se observa com a topicalização de complementos nos textos clássicos: (28) Exemplos de Deslocamentos com Retomada Clítica: (a) A José deu-lhe Jacob por benção, que crescesse: Filius accrescens Joseph, filius accrescens: A Ruben deu-lhe Jacob por benção, que não crescesse: Ruben primogenitus meus non crescas. (Vieira, 1608). Assim, as construções com sujeitos pré-verbais seguidos de ênclise e as construções de deslocamento com retomada clítica podem receber a mesma análise nesta gramática: são estruturas verbo-iniciais, nas quais o elemento pré-verbal é um tópico marcado, adjunto à sentença. Nas topicalizações de complementos, o tópico adjunto coincide referencialmente com o complemento expresso na sentença por meio de um pronome clítico; nas topicalizações de sujeitos, o tópico adjunto coincide referencialmente com o sujeito pro, nulo, na sentença. A ênclise se explica como derivada da restrição ao clítico em posição inicial, fato fartamente descrito para o português desta época (e explicado recentemente, no quadro da morfologia distribuída, por Galves e Sandalo, 2004). Ou seja: basicamente, no português escrito antes do século 18, nas ordens {S : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 16 :

17 V CLÍTICO} não está em jogo o estatuto de {S} pré-verbal enquanto sujeito, mas sim enquanto tópico adjunto 6. Em resumo, a posição de {S}, em qualquer das duas configurações pré-verbais aqui analisadas, é a mesma posição que outros {X} pré-verbais (a posição externa própria para tópicos do discurso e a posição interna própria para elementos fronteados). Daí surge uma pergunta evidente: onde estarão os sujeitos não-salientes nesta gramática? Como lembrei em Paixão de Sousa (2004a), numa língua que permite o sujeito nulo (como é, claramente, o caso do Português Clássico), é natural supor que todo sujeito lexicalmente realizado carregue alguma relevância informacional. Assim, os sujeitos menos salientes podem ser, simplesmente, não-lexicalizados. Entretanto, no Português Clássico, entre os sujeitos lexicalizados, os pós-verbais seriam relativamente menos salientes que os pré-verbais. Para sustentar essa hipótese, é preciso demonstrar que se podem encontrar nos dados sujeitos pós-verbais que não recebem a interpretação de focos; vamos analisar neste sentido os seguintes exemplos: (29) Exemplos de { X (CLÍTICO) V (CLÍTICO) S} (a) Então despediu logo Pedro Álvares um navio com a nova a el-rei Dom Manuel (Gandavo, 1502) (b) Nisto conheceu o mancebo que era aquilo coisa do mar: (Gandavo, 1502) (c) Partidos êstes navios, daí a oito dias o fez também o Villa-Lobos na sua náo (Couto, 1548) (d) Na Côrte andou este Rei dous anos (Couto, 1548) (e) Morre enfim Cristo na cruz (Vieira, 1608) (f) aprazivel, e generoso lhe respondeo Dom Duarte (Céu, 1658) Observando-se o contexto maior das ocorrências, constata-se que em nenhum dos casos os sujeitos pós-verbais são informação nova - ao contrário, todos eles têm sua referência estabelecida no contexto anterior. Ou seja, exatamente o contrário do que observamos acima para os sujeitos préverbais: (30) Contexto de (1a), Então despediu logo Pedro Álvares um navio com a nova a el-rei Dom Manuel: Reinando aquele muito católico e sereníssimo Príncipe el-rei Dom Manuel, fez-se uma frota para a Índia de que ia por capitão mór Pedro Álvares Cabral: que foi a segunda navegação que fizeram os Portugueses para aquelas partes do Oriente. A qual partiu da cidade de Lisboa a nove de Março no ano de E sendo já entre as ilhas do Cabo Verde (as quais iam demandar para fazer aí aguada) deu-lhes um temporal, que foi causa de as não poderem tomar, e de se 6 Do ponto de vista estatístico, Paixão de Sousa (2004a) reforça essa análise: demonstrei ali que o padrão de evolução diacrônica de {S V clítico} é paralelo ao padrão de {X V clítico} em que {X} é um complemento retomado nos textos dos séculos 16 e 17 (período clássico); entretanto, nos textos dos séculos 18 e 19 (início do PE moderno), o padrão de evolução da construção {S V clítico} se diferencia significativamente, até o ponto desta passar a ser a ordem mais comum nos textos do final do período. : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 17 :

18 apartarem alguns navios da companhia. E depois de haver bonança junta outra vez a frota, empegaram-se ao mar, assim por fugirem das calmarias de Guiné, que lhes podiam estorvar sua viagem, como por lhes ficar largo poderem dobrar o cabo de Boa Esperança. E havendo já um mês, que iam naquela volta navegando com vento próspero, foram dar na costa desta província : ao longo da qual cortaram todo aquele dia, parecendo a todos que era alguma grande ilha que ali estava, sem haver Piloto, nem outra pessoa alguma que tivesse notícia dela, nem que presumisse que podia estar terra firme para aquela parte Ocidental. E no lugar que lhes pareceu dela mais acomodado, surgiram aquela tarde, onde logo tiveram vista da gente da terra: de cuja semelhança não ficaram pouco admirados, porque era diferente da de Guiné, e fora do comum parecer de toda outra que tinham visto. Estando assim surtos nesta parte que digo, saltou aquela noite com eles tanto tempo, que lhes foi forçado levarem as âncoras, e com aquele vento que lhes era largo por aquele rumo, foram correndo a costa até chegarem a um porto limpo e de bom surgidouro onde entraram : ao qual puseram então este nome, que hoje em dia tem de Porto Seguro, por lhes dar colheita e os assegurar do perigo da tempestade que levavam. Ao outro dia seguinte, saiu Pedro Álvares em terra com a maior parte da gente: na qual se disse logo Missa cantada, e houve pregação : e os Índios da terra que ali se ajuntaram ouviam tudo com muita quietação, usando de todos os atos e cerimônias que viam fazer aos nossos. E assim se punham de joelhos e batiam nos peitos, como se tiveram lume de Fé, ou que por alguma via lhes fora revelado aquele grande e inefável mistério do Santíssimo Sacramento. No que mostravam claramente estarem dispostos para receberem a doutrina Cristã a todo tempo que lhes fosse denunciada como gente que não tinha impedimento de ídolos, nem professava outra lei alguma que pudesse contradizer a esta nossa, como adiante se verá no capítulo que trata de seus costumes. Então despediu logo Pedro Álvares um navio com a nova a el-rei Dom Manuel, a qual foi dele recebida com muito prazer e contentamento: e daí por diante começou logo de mandar alguns navios a estas partes, e assim se foi a terra descobrindo pouco a pouco e conhecendo de cada vez mais, até que depois se veio toda a repartir em capitanias e a povoar da maneira que agora está. (31) Contexto de (1b), Nisto conheceu o mancebo que era aquilo coisa do mar: Na capitania de São Vicente, sendo já alta noite a horas em que todos começavam de se entregar ao sono, acertou de sair fora de casa uma Índia escrava do capitão: a qual lançando os olhos a uma várzea que está pegada com o mar, e com a povoação da mesma capitania, viu andar nela este monstro, movendo-se de uma parte para outra, com passos e meneios desusados, e dando alguns urros de quando em quando tão feios, que como pasmada e quase fora de si, se veio ao filho do mesmo capitão, cujo nome era Baltesar Ferreira, e lhe deu conta do que vira, parecendo-lhe que era alguma visão diabólica. Mas como ele fosse homem não menos sisudo que esforçado, e esta gente da terra seja digna de pouco crédito, não lho deu logo muito a suas palavras, e deixando-se estar na cama, a tornou outra vez a mandar fora dizendo-lhe que se afirmasse bem no que era. E obedecendo a Índia a seu mandado foi : e tornou mais espantada, afirmando-lhe e repetindo-lhe uma vez : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 18 :

19 e outra, que andava ali uma coisa tão feia, que não podia ser senão o demônio. Então se levantou ele muito depressa, e lançou mão a uma espada que tinha junto de si, com a qual botou somente em camisa pela porta fora, tendo para si (quando muito) que seria algum Tigre, ou outro animal da terra conhecido com a vista do qual se desenganasse do que a Índia lhe queria persuadir. E pondo os olhos naquela parte que ela lhe assinalou, viu confusamente o vulto do monstro ao longo da praia, sem poder divisar o que eram por causa da noite lho impedir e o monstro também ser coisa não vista, e fora do parecer de todos os outros animais. E chegando-se um pouco mais a ele para que melhor se pudesse ajudar da vista, foi sentindo do mesmo monstro : o qual em levantando a cabeça, tanto que o viu, começou de caminhar para o mar de onde viera. Nisto conheceu o mancebo que era aquilo coisa do mar, e antes que nele se metesse, acodiu com muita presteza a tomar-lhe a dianteira. (32) Contexto de (1c), Partidos êstes navios, daí a oito dias o fez também o Villa-Lobos na sua náo (Couto, 1548): Com isto se despedio Belchior Fernandes, e os Castelhanos ficaram naquele lugar esperando pela galeota, que era nas Filipinas, e uns poucos deles sairam um dia em terra pera tomarem mantimentos, e deram os negros neles, e mataram alguns, ao que acudiu Francisco Marinho, Mestre do campo, com alguma gente, e também o mataram com muitos de sua companhia, e o Ruy Lopes de Villa-Lobos imaginou sempre que fora ardil do Belchior Fernandes Correa, e que deixara peitados os da terra pera darem aos Hespanhoes, se fôssem a ela. Neste mesmo tempo chegou a galeota das Filipinas com muitos mantimentos, e deo por novas, que o galeão São Joanilho era partido pera a Nova Hespanha, e que aquela terra era muito boa, e fertil, e que os naturaes os desejavam lá muito. Com estas novas tornou o Villa-Lobos a mandar a galeota, e um bargantim, em que foi o mesmo Pero Ortiz, pera que se confederasse com os da terra, e lhe trouxessem mantimentos. Partidos êstes navios, daí a oito dias o fez também o Villa-Lobos na sua náo, e dous bergantins que fez, (porque outro navio dos da sua companhia era perdido), e tomou a derrota das Filipinas, e tendo navegado cincoenta léguas, lhe deram os brizas, com que não pôde passar, e despedio os bergantinas pera as Filipinas, e neles Frei Jerónimo de Santo Estevão, Prior dos Agostinhos, e êle se foi meter em uma baía da Ilha de Cesarea, chamada Blancai, onde se deixou ficar mais de um mês esperando pelos bergantins, e ali lhe vendiam os da terra algum pouco mantimento. (Couto, 1548) (33) Contexto de (1d), Na corte andou este Rei dous anos. E assim agora daremos conta do que aconteceo ao Rei dos Magores, que deixámos desbaratado de Xircan, e acolhido pera Pérsia, porque são cousas, que convém a nossa história, pera melhor entendimento dela. Pelo que se há de saber, que partido Hamau Paxá do Reino do Cinde, (como atrás dissemos no Capítulo III do X Livro da quarta Década), foi ter à Corte de Casbim, onde Xá Ismael residia, que o recebeo honradamente, compadecendo-se de suas misérias, e consolando-o, prometeu-lhe tôda ajuda, e favor que pudesse pera cobrar seus Reinos, mandando-lhe dar aposentos, e tôdas as cousas necessárias : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 19 :

20 à sua pessoa, e Estado. Na Côrte andou este Rei dous anos, dilatando-lhe o Ismael de dia em dia o socorro, sem acabar de concluir em alguma cousa. O Hamau Paxá sempre trouxe suas inteligências antre os inimigos pera ser avisado do que passava, andando muito enfadado das dilações daquele Rei. (Couto p 16) (34) Contexto de (1d), Morre enfim Cristo na cruz (Vieira, 1608): A maior defeza e justificação que Christo teve de sua innocencia, foi o depoimento de Pilatos, quando pedindo agua lavou as mãos, e pronunciou que elle era innocente no sangue d'aquelle Justo: Accepta aqua, lavit manus coram populo, dicens: Innocens ego sum à sanguine Justi hujos. Reparou n'esta agua e n'este sangue São Cyrillo Jerosolymitano, e disse com opinião singular, que aquella agua e aquelle sangue, que sahiu do lado de Christo na cruz, faziam alusão a esta agua e a este sangue: Erant hæc duo de latere, judicant aqua, clamantibus verò sanguis. A agua significava a agua com que Pilatos lavou as mãos: Accepta aqua, lavit manus : o sangue significava o sangue que o mesmo Pilatos declarou por justo, e os accusadores tomaram sobre si: Sanguis ejus super nos : de maneira, que assim como cá o réo ou o homiziado traz no seio os papeis de sua defeza, assim Christo metteu no coração aquella agua e aquelle sangue, em que consistiam os testemunhos authenticos de sua innocencia. Ora vêde agora sahir a Christo do Pretorio de Pilatos, acompanhado de grande tropel de justiças, e vereis, na representação d'aquella tragedia, o que cada dia acontece no mundo. O innocente caminhava para o supplicio, o pregão dizia as culpas, o coração levava as defezas. As culpas do pregão eram falsas, as defezas do coração eram verdadeiras; mas como o coração no mundo não vale testemunha, morreu crucificada a innocencia. Quantos traslados d'este processo se formam cada dia no juiso humano! Por isso os innocentes padecem, e os culpados triumpham. Quem mais innocente que José, quem mais culpado que a Egypcia? Mas a culpada mostrava os indícios na capa, e o innocente tinha as defezas no coração; por isso ella triumpha, e elle padece. Morre emfim Christo na cruz, abre-lhe uma lança o peito, fica o coração patente, e então sahiram em publico as suas defezas: Exivit sanguis, et aqua. Pois agora depois de Christo morto? Sim, agora, que essa é a diferença que ha de um Juiso a outro juiso. No Juiso depois da morte, que é o Juiso de Deus, então valem as defezas do coração; no juiso d'esta vida, que é o juiso dos homens, nenhuma valia teem. (35) Contexto de (1e), aprazivel, e generoso lhe respondeo Dom Duarte (Céu, 1658): Vendo a Noviça que este naõ queria contribuir para os gastos da profissaõ por escuzala; mandou chamar a Dom Duarte de Castellobranco seu cunhado, marido de sua segunda irmã Dona Luiza de Mendoça, que morreo a poucos annos de cazada sem deixar successaõ. Vindo Dom Duarte lhe communicou a resoluçaõ em que se achaua, sem meyos para conseguila, pello injusto enfado de seu Pay, e lhe pedio que em quanto este nao passasse, lhe fizesse emprestimo daquella soma de dinheyro que hauia de mister para os gastos da funçaõ; aprazivel, e generoso lhe respondeo Dom Duarte, seria logo obedecida, acrecentando que naquelle dia tinha cobrado de hum rendeyro a mesma quantia. (Céu, 1558) : : A Sintaxe da ordem no Português, : : Projeto : : Resumo : 20 :

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