CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA FORMAÇÃO DE BENFICA GEOTECHNICAL CHARACTERIZATION OF FORMAÇÃO DE BENFICA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA FORMAÇÃO DE BENFICA GEOTECHNICAL CHARACTERIZATION OF FORMAÇÃO DE BENFICA"

Transcrição

1 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA FORMAÇÃO DE BENFICA GEOTECHNICAL CHARACTERIZATION OF FORMAÇÃO DE BENFICA Vieira, Ana, LNEC, Lisboa, Portugal, Bilé Serra, João, LNEC, Lisboa, Portugal, Jeremias, Filipe Telmo, LNEC, Lisboa, Portugal, RESUMO Nesta comunicação são apresentados elementos de caracterização geotécnica da Formação de Benfica, parte de uma recolha sistematizada de informação mais recente proveniente de ensaios de laboratório e de campo, patente na bibliografia especializada. Esta unidade geológica, característica da região de Lisboa, surge intercalada entre o Manto Basáltico de Lisboa e os primeiros níveis marinhos do Miocénico Inferior, sendo atribuída ao Paleogénico. Sendo caracterizada por elevadas heterogeneidades vertical e lateral, o comportamento das diferentes unidades desta formação é sempre condicionado pelas características das litologias presentes. ABSTRACT This paper presents an update on geotechnical characterization of the Formação de Benfica unit, based on laboratory and field tests, as published in recent reports and thesis. This characteristic geological unit of Lisbon region is interspersed between Lisbon Basaltic Mantle and Lower Miocene marine period; it is attributed to the Paleogene period. It is characterized by both a high vertical and lateral heterogeneity, thus the behaviour of the different units is conditioned by the characteristics of prevalent lithology. 1. INTRODUÇÃO Nesta comunicação são apresentados elementos de caracterização geotécnica da Formação de Benfica, parte de uma compilação de informação recente baseada em ensaios de laboratório e de campo, recolhida na literatura especializada. O maior volume dos dados agora apresentados foi obtido em dois trabalhos recentes. Um deles refere-se aos estudos geológicos e geotécnicos efectuados no âmbito do estudo do sublanço Buraca/Pontinha do IC17 CRIL, realizados pela COBA entre 1989 e 24. Em particular, destaca-se um documento mais recente com inclusão dos resultados de uma campanha de prospecção complementar e com a compilação de todos os dados obtidos (COBA 26). O outro trabalho consiste numa tese de doutoramento referente ao estudo do comportamento diferido no tempo dos túneis em NATM do Prolongamento da Linha Amarela do Metropolitano de Lisboa (Vieira 26). Globalmente, pode considerar-se que a informação até agora coligida, embora contemple uma significativa diversidade de ensaios, é escassa, devido ao reduzido número de ensaios de alguns tipos, face à heterogeneidade desta formação. É igualmente de realçar o facto de se verificar, em alguns trabalhos, uma tendência de predomínio de ensaios de solos finos (Guedes et al e Vieira 26). 2. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO A Formação de Benfica é uma unidade geológica característica da área de Lisboa cujos afloramentos, na margem norte (Figura 1) se desenvolvem segundo três eixos principais (INETI 26): a norte, parte ao longo do vale do rio de Loures, entre Alverca, Vialonga, São Julião do

2 Tojal, Loures e Pinheiro de Loures; ao longo do vale da ribeira de Odivelas, segundo a direcção NE-SW, entre Unhos, Póvoa de Santo Adrião, Odivelas, Carriche, Alfornelos, Benfica e Calhariz de Benfica; a sul, segundo uma direcção WNW-ESSE, entre Calhariz de Benfica, Carnide, Sete Rios e a Av. de Berna. Para além destes afloramentos principais ocorrem ainda pequenas manchas entre as zonas da Praça do Marquês de Pombal, S. Sebastião da Pedreira e a Rua Marquês da Fronteira. Em termos estratigráficos, a Formação de Benfica assenta em descontinuidade Figura 1 Distribuição espacial da Formação de Benfica na sobre o Complexo Vulcâni- margem norte do Tejo co de Lisboa do Cretácico Superior e ocorre subjacente aos primeiros níveis marinhos do Miocénico Inferior (Argilas dos Prazeres), sendo-lhe atribuída idade paleogénica (Éocenico a Oligocénico). Foi descrita primeiramente por Choffat (195), que a subdividiu em cinco membros ou assentadas principais. A mineralogia da fracção argilosa é constituída predominantemente por esmectite e atapulgite (presente praticamente em toda a espessura da Formação de Benfica), verificando-se que existe uma associação preferencial daqueles minerais com o tipo litológico. Assim, a esmectite ocorre em percentagens mais elevadas nos níveis mais detríticos (areníticos), enquanto a atapulgite é o mineral predominante nos calcários, siltitos e argilitos. A presença de esmectite e atapulgite (minerais argilosos expansivos) confere-lhe um comportamento expansivo, característico, sobretudo, das litologias mais finas. 3. COMPOSIÇÃO DO SOLO 3.1. Índices físicos, granulometria e classificação A variação do teor em água, w, de amostras da Formação de Benfica, com a profundidade é mostrada na Figura 2 para os estudos indicados, com os correspondentes limites de liquidez, wl e de plasticidade wp. Verifica-se que w não tem uma evolução clara em profundidade, sendo substancialmente inferior a wp. Os valores de wl são bastante elevados e frequentemente superiores a 6%. Resume-se no Quadro 1 os valores dos limites de consistência juntamente com indicações relativas à composição granulométrica e à Actividade. Globalmente, os solos apresentam elevada plasticidade e retracção volumétrica significativa. Tal como havia sido constatado por Moitinho de Almeida (1991), os pontos correspondentes à relação wl-ip (Figura 3) distribuem-se acima ou próximo da linha A da carta de plasticidade, mostrando uma clara predominância dos solos de média a alta plasticidade. De uma forma geral, as granulometrias obtidas são muito extensas: argilas, argilas siltosas e arenosas, siltes

3 argilosos e siltes arenosos, areias argilosas e areias arenosas, areias e areias com seixos. De acordo com sistema de classificação unificada (ASTM D ), é possível classificá-los da seguinte forma: a) solos grosseiros GM, GC, SM, SC; b) solos finos ML, MH, CL, CH. w (%) Ip (%) CH ou OH Prof. (m) 1 3 CL ou OL MH ou OH 2 Coba 1989 Coba Coba coba 26 ML ou OL Vieira 26 CL-ML Geocontrole Coba Coba 1989 Coba 1995 Moitinho de Almeida wl (%) coba 26 Vieira Geocontrole 1999 Figura 2 Evolução de w, w L e w P em profundidade Figura 3 Posicionamento das amostras na carta de plasticidade Moitinho de Almeida (1991) Quadro 1 Resumo das propriedades índice Guedes et al. Geocontrole (1998) COBA (26) Vieira (26) (1998) méd mín máx méd mín máx méd mín máx méd Mín máx méd mín máx w L ( %) 56, , , ,4 48,7 79,1 w P (%) 29,1 14 7, ,2 21,8 36,1 I P (%) 27,4 9 77, , , ,4 23,4 51,9 w R (%) 21,3 1,9 59, I R (%) 38,9 13,4 62, ,3 15,3 73, Areia (%) ,4 7,9 71, , ,3 Silte (%) 37 7,1 63, ,4 52, ,6 12,1 54 Argila (%) ,2 64, ,8 12,3 3 Actividade 1,58,38 8, ,53,33 3,92 1,32,81 1,78 1,52,75 2,73 γ (KN/m 3 ) 2,8 19,1 22, ,7 18,6 22,9 2, ,1 2,9 2, 22,1 G 2,65 2,5 2, ,71 2,66 2,79 2,72 2,6 2,77 2,78 2,69 2,84 I C 1,48,9 2, ,69 1,16 4,4 1,37,75 2,92 1,35 1,15 1,6 O peso volúmicoγ, médio nas amostras analisadas, apresenta pequena dispersão, variando entre 2,6 e 2,9 kn/m 3. Reflectindo a diversidade mineralógica ponderal, a densidade das partículas sólidas, G, situou-se entre 2,5 e 2,84, sendo a gama de variação dos valores médios entre 2,64 e 2,78. Moitinho de Almeida (1991) evidenciou a existência de uma dependência clara do aumento peso volúmico das partículas com o teor de esmectites, cuja densidade de 2,74 é substancialmente superior à da atapulgite (2,3). Os valores médios do índice de consistência, I C, podem considerar-se apresentar pequena dispersão, tendo variado entre 1,35 e 1,69. Os valores são típicos de solos rijos e sugerem variação reduzida com a profundidade até aos níveis estudados, situando-se os valores coligidos, na sua maioria, na gama 1,25 1,5. Apesar da sua grande dispersão, os valores médios da actividade alcançam valores muito próximos em todos os trabalhos analisados (1,58; 1,53; 1,32 e 1,52).

4 3.2. Expansibilidade A expansibilidade constitui uma das particularidades marcantes dos solos desta formação. Não existindo um procedimento único para o estudo desta propriedade, os parâmetros de caracterização dos terrenos expansivos diferem segundo a situação em análise: impedimento da expansão ou permissão para a sua ocorrência. Na prática, distinguem-se três parâmetros: a pressão de expansão, a expansão livre e o índice de expansão. Na campanha de 1993/94 promovida pela COBA, foram realizados 17 ensaios de determinação do potencial de expansão, segundo a especificação LNEC E2. Nestes ensaios, realizados em amostras classificadas como SM, SC, CL, CH ou MH, a expansão variou entre 14 e 41%, com um valor médio de cerca de 18%. Um valor muito próximo 2% foi obtido por Guedes et al. (1998), com base em três ensaios realizados segundo a mesma especificação. Roxo et al. (1995) realizaram 6 ensaios de expansão de acordo com a metodologia proposta por Jeremias (1993). Os valores de pressão de expansão obtidos apresentam-se muito dispersos, entre 2 e 93 kpa. Determinações da pressão de expansão de acordo com a norma ASTM D foram efectuadas por Vieira (26) na modalidade de expansão livre e de expansão impedida. Num total de 8 ensaios realizados em amostras de classificação SC, MH ou CH, foi obtida uma pressão de expansão média de 19 kpa, numa gama entre 5 e 4 kpa. 4. ESTADO DE TENSÃO IN SITU A avaliação do estado de tensão inicial é determinante para um adequado dimensionamento de obras que envolvam grandes volumes de escavação, como é o caso dos túneis. A complexidade do ambiente de deposição da Formação de Benfica torna a sua estimativa particularmente difícil. No âmbito do projecto da CRIL (LNEC 1994) e da expansão da Linha Amarela (LNEC 1999), foram efectuadas determinações da tensão K horizontal em repouso σ ho com o pressiómetro autoperfurador. Os valores obtidos evidenciam a existência de tensões horizontais elevadas e uma significativa dispersão no coeficiente de impulso em repouso, K. Prof. (m) press. autoperfurador (LNEC 1994) press. autoperfurador (LNEC 1999) press. Ménard (Coba 93/94) press. Ménard - Média corr. empíricas (Vieira 26) Na campanha de 1993/94 foram realizados 46 ensaios com o pressiómetro de Ménard (COBA 26). Apesar de todas as limitações inerentes à obtenção do valor da tensão horizontal neste tipo de ensaio, foi efectuada a sua determinação através do método iterativo de Marsland e Randolph (1977), particularmente indicado para argilas rijas. A compilação efectuada inclui também valores de K estimados a partir de correlações empíricas com o grau de sobreconsolidação OCR (Vieira 26). Para este fim, foram utilizadas as expressões propostas por Brooker e Ireland (1965) e Schmidt (1966). Figura 4 Evolução de K em profundidade Na Figura 4 sumariam-se todos os resultados referidos. Verifica-se uma grande dispersão nos valores de K estimados a partir dos pressiómetros de Ménard. Contudo, em termos médios estes

5 valores são perfeitamente consistentes com os obtidos no pressiómetro autoperfurador. Os valores obtidos a partir das correlações aproximam-se dos valores directos com algum enviezamento no sentido dos limites inferiores da nuvem de pontos. Como seria de esperar, verifica-se uma tendência para a diminuição de K com a profundidade. 5. COMPRESSIBILIDADE UNIDIMENSIONAL E ISOTRÓPICA Os 12 ensaios realizados em 1993/94, 1995 e 26 (COBA 26) envolveram amostras com classificação SC, CL, CH ou ML. Foram neles obtidos valores da tensão de σ' entre 12 e 4 kpa e um valor de 9 kpa, correspondendo a valores de OCR entre,62 e 2,5 e de 7,31, no último caso. Nos mesmos ensaios, os índices de recompressibilidade C r e de compressibilidade C c variaram, respectivamente, entre,2 e,25 e,33 e,22. Serão de colocar algumas reservas aos primeiros valores de σ', uma vez que são reduzidos e pouco consistentes com as p restantes propriedades geotécnicas desta formação. De facto, em virtude do elevado nível de tensões a que os terrenos desta formação já se encontraram submetidos ao longo da sua história geológica, a determinação da tensão de pré-consolidação σ' e de parâmetros de consolidação na zona de compressão virgem torna-se quase inviável com o recurso a edómetros correntes. Somente com edómetros de alta-pressão, que alcancem níveis de tensão vertical suficientemente elevados, é possível ultrapassar σ' e obter, com representatividade, o ramo virgem da curva de p compressão. Os valores obtidos para σ' p por Vieira (26) (amostras com classificação SC, CH, MH), no edómetro de alta-pressão do LNEC, situaram-se entre 9 e 14 kpa (OCR entre 3,32 e 8,57), C r variou entre,116 e,24 e C c entre,126 e,29. O coeficiente de consolidação c v variou entre,71 e 3,76 m 2 /ano (COBA 26) e 1,68 e 6,4 m 2 /ano (Vieira 26). p p 6. RESISTÊNCIA E DEFORMABILIDADE AO CORTE 6.1. Rigidez para pequenas deformações e variação da rigidez com a deformação A informação coligida sobre os valores da rigidez para muito pequenas e pequenas deformações foi obtida em ensaios in situ - ensaios sísmicos, ensaios com os pressiómetros autoperfurador e de Ménard e ensaios laboratoriais ensaios sónicos, ensaios triaxiais convencionais (com ou sem medição interna de extensão), ensaios triaxiais de fluência e ensaios de corte torsional. Na Figura 5 representa-se a evolução de E em profundidade, deduzida a partir dos valores da velocidade das ondas de corte obtidas em ensaios geofísicos. Para profundidades superiores a cerca de 1 m, ultrapassados os níveis de aterro e os níveis mais descomprimidos, os valores de V S, situam-se, na grande maioria entre 5 e 1 m/s, correspondendo-lhe valores de E entre 14 MPa e 55 MPa. Nesta figura, foram também incluídas medições da rigidez para pequenas deformações obtidas em ensaios de corte triaxial com medições locais de deformação (LVDTs submersíveis) e em ensaios de corte torsional (Vieira 26). A boa concordância entre estes resultados e os obtidos nos ensaios geofísicos, sugere que a qualidade de amostragem e de procedimentos de ensaio de que se destaca a saturação sob pressão de confinamento de 2 kpa (pressão média de expansão previamente determinada) terá sido, pelo menos em parte, adequada. Na Figura 6 compara-se a evolução de E, com a profundidade obtida em ensaios sónicos (realizados em grés argiloso), com a obtida com pressiómetros autoperfuradores (para vários ciclos de carga) e de Ménard (realizados em argilas, grés argiloso, margas argilosas, grés calcário e calcários) e em ensaios triaxiais convencionais (COBA 26 amostras com classificação SM, SC, CH ou CH) (Vieira 26 amostras com classificação SC, CH, e MH, para,1%,,1%

6 e,1% de deformação axial) e de fluência (amostras com classificação CH e MH). Como esperado, a gama de valores de E é substancialmente inferior à mostrada na figura anterior, consequência do nível de deformação mais elevado associado a estes meios de ensaio. A correlação entre os valores de E e a profundidade, obtida nos ensaios de fluência de Vieira (26), aproxima razoavelmente os valores de E obtidos nos ensaios triaxiais, para,1% de deformação axial e parte dos obtidos para,1%, assim como os resultantes das medições efectuadas com o pressiómetro autoperfurador e parte das efectuadas com o pressiómetro de Ménard. Os restantes valores de E apresentados são, com excepção dos obtidos nos ensaios com ultrasons (COBA 26), significativamente inferiores. Na Figura 7 representa-se a evolução de valores de E em profundidade, obtidos para diferentes valores de deformação em ensaios triaxiais convencionais, com e sem medições locais de deformação, para duas séries de amostras (argilas siltoso-arenosas CH e MH e grés argiloso CH e SC) (Vieira 26). Tal como esperado, verifica-se uma forte não-linearidade da rigidez com o aumento da deformação e a superioridade dos valores de rigidez obtidos com medições locais. A evolução da rigidez com a deformação, para as argilas, foi comparada com a obtida por Marques (1998) em ensaios triaxiais de compressão nas Argilas dos Prazeres. Os valores de E foram calculados a partir de um valor médio de c u através da relação E u /c u de Jardine et al. (1986) calibrada por Marques (1998), onde foi utilizado um sistema de electroníveis para a medição local de deformação (Figura 8). E (MPa) E (MPa) Prof. (m) Prof. (m) Geofísicos (Coba 26) 4 pressiómetro autoperfurador pressiómetro de Ménard (Coba 26) triaxiais,1% (Vieira 26) triaxiais,1% (Vieira 26) 18 2 Geofísicos (Vieira 26) Triaxial LVDT (Vieira 26) Torsinal LVDT (Vieira 26) 5 ensaios de fluência triaxiais (Coba 26) ultrasons (Coba 26) pressiómetro de Ménard (geocontrole 1999) regress. ensaios de fluência 6 Figura 5 Evolução de E em profundidade (ensaios de cross-hole, triaxiais com LVDTs e torsionais) Figura 6 Evolução de E em profundidade 6.2. Comportamento tensão-deformação, trajectórias de tensão, resistência ao corte nãodrenado e parâmetros de resistência O comportamento tensão-deformação obtido em ensaios triaxiais convencionais para duas litologias distintas (argilas e grés argiloso) é ilustrado na Figura 9 e na Figura 1. Nelas, mostram-se as correspondentes trajectórias de tensão. Nas mesmas argilas foram realizados ensaios

7 de fluência, onde se alternaram acréscimos da tensão distorcional q, com patamares de q constante. E (MPa) 45 E (MPa) medições locais (Formação de Benfica ) medições locais (argilas) 15 medições externas (grés argiloso) 5 medições locais (Argilas dos Prazeres ) medições externas argilas),1,1,1,1 1, 1, ε a (%) Figura 7 Evolução da rigidez com a deformação,1,1,1,1 1 1 ε a (%) Figura 8 Evolução da rigidez com a deformação (comparação com o Miocénico) Os resultados apresentados evidenciam um comportamento sobreconsolidado e fortemente sobreconsolidado e uma diferença significativa de resistência para os dois tipos de solo ensaiados. Os níveis de resistência obtidos nos ensaios de fluência são semelhantes aos obtidos nos ensaios convencionais para o mesmo tipo de terreno (Vieira 26). No Quadro 2 mostra-se o resumo dos valores da resistência não drenada c u coligidos, obtidos em ensaios triaxiais, ensaios de corte directo, com o pressiometro autoperfurador ou através de correlações com a pressão limite em ensaios com o pressiómetro de Ménard. q (kpa) 2 grés argiloso q (kpa) grés argiloso 1 1 argilas 5 5 argila ε a (%) p ' (kpa) Figura 9 Comportamento tensão-deformação (argilas CH/MH e grés argiloso SC) Quadro 2 Valores de c u coligidos Figura 1 Trajectórias de tensão solos argilas CH/MH e grés argiloso SC) Tipo de ensaio Terreno c u c u /σ vc Triaxial convencional (Geocontrole 1999) argilas silto-arenosas ,94 2,8 Pressiómetro autoperfurador (LNEC 1999) ,8 1,2 argilas, grés argiloso, margas Pressiómetro de Ménard (COBA 26) argilosas, grés calcário Triaxial convencional (COBA 26) SM, SC, CH, MH ,64 6,45 Corte directo (COBA 26) SC, CH, MH argila CH, MH ,54,75 Triaxial convencional (Vieira 26) grés argiloso SC, CH ,18 1,83 Triaxial fluência (Vieira 26) argilas CH, MH ,61,81

8 7. NOTAS FINAIS Neste trabalho foram dadas a público informações acerca das características geotécnicas da Formação de Benfica, resultantes de uma compilação de dados experimentais previamente publicados. A sua análise permitiu mais uma vez constatar ser a heterogeneidade uma das características marcantes desta formação, tendo-se revelado na caracterização, na resistência e na rigidez. Não obstante, obtiveram-se valores médios de consistência e de actividade próximos em todos os estudos. Verificou-se que os valores de rigidez para muito pequenas deformações obtidos no campo comparam favoravelmente com os obtidos em amostras de elevada qualidade, utilizando medições locais de deformação, nas quais se tomaram especiais precauções nas fases precedentes ao corte. Perspectiva-se a prossecução da recolha de informação geotécnica de modo a complementar a até agora coligida, da qual somente parte foi apresentada neste trabalho, tendo em vista a sua posterior divulgação e utilização públicas. Pretende-se que nesta informação venham a constar todos os elementos relativos à caracterização geotécnica desta formação que venham a ser obtidoso, quer em trabalhos de prospecção quer no âmbito de investigação. AGRADECIMENTOS Os autores desejam expressar os seus agradecimentos à empresa COBA, S.A., pela disponibilização dos resultados de ensaios conduzidos em terrenos da Formação de Benfica. REFERÊNCIAS Choffat, P. (195). Géologie du Cénozoïque du Portugal. (Publicação póstuma) Com. Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, Suplemento ao Tomo XXX, 182 p. Brooker, E.W.; Ireland, H.O. (1965). Earth pressure at rest related to stress history. Canadian Geotechnical Journal, National, Research Council, Ottawa, Ontario, vol. 2, nº1, pp COBA (26). IC17 Circular Regional Interior de Lisboa. Sublanço Buraca-Pontinha. Memória Descritiva dos Estudos Geológico-Geotécnicos. Geoncontrole (1999). Carriche/Odivelas. Reconhecimento geotécnico. Metropolitano de Lisboa, Ferconsult. Prolongamento Campo Grande/Odivelas, vol. 1. Guedes, T.; Moitinho de Almeida, I.; Prates, S. (1998). Expansibilidade e plasticidade de solos argilosos portugueses. Actas do V Congresso Nacional de Geologia, Comunicações do 1 G. M., 84 (2). INETI. (26). Carta Geólogica de Portugal na escala de 1/5 da folha 34-D, Lisboa. Jardine, R.J.; Potts, D.M.; Fourie, A.B.; Burland, J.B. (1986). Studies of the influence of non-linear stress-strain characteristics in soil-structure interaction. Géotechnique, nº. 3, pp Jeremias, F.T. (1993). Determinação das pressões de expansão em rochas argilosas. Geotecnia, vol.68, pp LNEC (1994). Ensaios com o pressiómetro autoperfurador no local de construção do túnel de Benfica na CRIL. Relatório 12/94 NF, LNEC, Lisboa. LNEC (1999). Ensaios pressiométricos na Linha de Metropolitano Carriche Odivelas. Ensaios em Odivelas. Relatório 59/99 NF, LNEC, Lisboa. Marques, F. R. (1998). Análise do Comportamento de um Túnel Aberto nas Formações Miocénicas de Lisboa. Tese de Mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Marsland, A.; Randolph, M.F. (1977). Comparison of the results from pressuremeter tests and large in situ plate tests in London clay. Géotechnique nº 27, pp Moitinho de Almeida, I. (1991). Características Geotécnicas dos Solos de Lisboa. Tese de Doutoramento, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa. Roxo, R.C.; Oliveira, R.; Melâneo, F. (1995). Contribuição da geologia de engenharia no projecto de túneis urbanos em solos rijos/rochas brandas. O túnel da CRIL em Lisboa. Actas do 5º Congresso Nacional de Geotecnia: pp Schmidt, B. (1966). Discussion of earth pressure at rest related to stress history. Canadian Geotechnical Journal, vol. 3, nº 4, pp Vieira, A. (26). Estudo do Comportamento Diferido no Tempo de Túneis em Argilas Sobreconsolidadas. Tese de Doutoramento, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE Melhoramento dos Solos com a Adição de Cal Análise dos Resultados Obtidos 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos ensaios destinados a avaliar os efeitos da

Leia mais

ESTUDO COMPARATIVO DOS PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DE DUAS REGIÕES DO SUPERPORTO DO RIO GRANDE

ESTUDO COMPARATIVO DOS PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DE DUAS REGIÕES DO SUPERPORTO DO RIO GRANDE ESTUDO COMPARATIVO DOS PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DE DUAS REGIÕES DO SUPERPORTO DO RIO GRANDE Luciano Vasconcelos Rocha Escola de Engenharia PPGEO/FURG, Rio Grande, Brasil, luciano_vrocha@yahoo.com.br Cláudio

Leia mais

Total de páginas: 9 1

Total de páginas: 9 1 /26 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T2 Terraplenagens Sumário da aula Estudo e reconhecimento geológico e geotécnico Características dos materiais e sua classificação Especificações

Leia mais

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04)

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) DEC FCTUC 1 - Considere uma fundação contínua com de largura, pertencente a um edifício de habitação, assente sobre um solo arenoso

Leia mais

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO 1. Sobre o maciço representado na Figura 1 vai ser construído um aterro ( at. = kn/m ) com uma altura de 8 m e que ocupará uma área de aproximadamente 10 hectares.,0 m,0

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/26 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T2 Terraplenagens Sumário da aula Estudo e reconhecimento geológico e geotécnico Características dos materiais e sua classificação Especificações

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS I (TEC00259) O sistema água-argilomineral Propriedades dos Solos. Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng.

MECÂNICA DOS SOLOS I (TEC00259) O sistema água-argilomineral Propriedades dos Solos. Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng. MECÂNICA DOS SOLOS I (TEC00259) O sistema água-argilomineral Propriedades dos Solos Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng.Civil, DSc AFINIDADE ÁGUA-ARGILOMINERAL UFF-CTC-TCE-TEC-Setor de Geotecnia CAULINITA

Leia mais

Classificação dos Solos

Classificação dos Solos Capítulo 3 Classificação dos Solos Geotecnia I SLIDES 05 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Introdução Por que classificar solos? A classificação dos solos é a tentativa

Leia mais

IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30

IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30 IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30 Cotação (total =15,0 val.): Grupo 1: a) 1,0 ; b) 1,0 ; 2c) 1,0

Leia mais

1. Rochas e formação de solos. Composição de solos.

1. Rochas e formação de solos. Composição de solos. Capítulo 1 DOS SÓLIDOS AOS SOLOS 1. Rochas e formação de solos. Composição de solos. Rocha material sólido que constitui o planeta; matéria mineral sólida e contínua. Tipos de Rochas: Magmáticas (ou ígneas

Leia mais

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS Algumas vezes, na engenharia civil, não dispomos de espaço suficiente para fazer uma transição gradual das elevações do terreno onde queremos implantar

Leia mais

Ensaios laboratoriais correntes

Ensaios laboratoriais correntes Ensaios laboratoriais correntes - 1 Mestrado em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Ensaios laboratoriais correntes Jaime A. Santos (IST) Ensaios laboratoriais correntes - 2 Ensaios laboratoriais

Leia mais

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 PROBLEMAS Parte 1 1. O elemento A do solo arenoso da Figura 1 está sujeito a uma tensão

Leia mais

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 Figura do problema 4.3 Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 4.4 - Sobre o terreno representado pelo perfil geotécnico da figura, pretende-se construir um edifício com uma área de 20x20 m 2,

Leia mais

3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos

3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos 3 Aspectos Geológicos e Geotécnicos Nos itens a seguir serão abordados os aspectos geológicos e geotécnicos de maior interesse na área da Barragem de Terra da Margem Esquerda. 3.1. Características Gerais

Leia mais

Ensaios laboratoriais correntes

Ensaios laboratoriais correntes Ensaios laboratoriais correntes - 1 Mestrado em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Ensaios laboratoriais correntes Jaime Santos Ensaios laboratoriais correntes - 2 Ensaios laboratoriais correntes

Leia mais

ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA

ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA EXPERIMENTAL EMBANKMENTS ON SOFT SOILS IN THE AREA OF MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA Guedes de

Leia mais

AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos

AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos 8.1 RECALQUES DEVIDOS A CARREGAMENTOS NA SUPERFÍCIE As deformações ocorridas na

Leia mais

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. CONSTRUÇÃO DE ATERROS A construção de aterros envolve os seguintes aspectos: 1. Estudos geológicos e geotécnicos, prospecção solos presentes e suas características, localização

Leia mais

7. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ROCHAS ALTERADAS/SOLOS

7. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ROCHAS ALTERADAS/SOLOS 7. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ROCHAS ALTERADAS/SOLOS Na tentativa de melhor identificar os materiais de alteração de rocha, como rocha alterada ou solo residual, realizou-se a imersão das mesmas em água,

Leia mais

Antigo Empreendimento Imobiliário em Camboinhas, Niterói (RJ)

Antigo Empreendimento Imobiliário em Camboinhas, Niterói (RJ) 1 Introdução 1.1 Contexto O setor da construção civil brasileiro recebeu grande incentivo ao crescimento nos últimos anos, motivo pelo qual surgiram diversos empreendimentos imobiliários e industriais

Leia mais

Obras de Aterro. Cap. 3 EM OBRA. Obras de Aterro

Obras de Aterro. Cap. 3 EM OBRA. Obras de Aterro Cap. 3 EM OBRA 1 Aspectos a abordar 1. Execução caracterização dos materiais escolha do equipamento aterros experimentais 2. Controlo da execução escolha das propriedades a medir e medição in situ dessas

Leia mais

OBJECTIVO. Trabalho de Doutoramento sobre materiais britados não tratados, DEC da Universidade de Coimbra, cujo objectivo principal

OBJECTIVO. Trabalho de Doutoramento sobre materiais britados não tratados, DEC da Universidade de Coimbra, cujo objectivo principal ESTRADA 2006 IV CONGRESSO RODOVIÁRIO PORTUGUÊS MODELOS DE COMPORTAMENTO E VALORES REAIS DE Mr DE AGREGADOS BRITADOS NÃO TRATADOS UTILIZADOS EM BASE E/OU SUB-BASE DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS EST-IPCB Rosa

Leia mais

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno Representação gráfica τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

ENSAIOS TRIAXIAIS CÍCLICOS NA CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE AGREGADOS BRITADOS: METODOLOGIAS AASHTO E CEN

ENSAIOS TRIAXIAIS CÍCLICOS NA CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE AGREGADOS BRITADOS: METODOLOGIAS AASHTO E CEN ENSAIOS TRIAXIAIS CÍCLICOS NA CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA DE AGREGADOS BRITADOS: METODOLOGIAS AASHTO E CEN Rosa Luzia Departamento de Engenharia Civil da EST do Instituto Politécnico de Castelo Branco Castelo

Leia mais

4 Resultados dos Ensaios

4 Resultados dos Ensaios 4 Resultados dos Ensaios Para implementar a metodologia desenvolvida na pesquisa e descrita no capítulo 3 foi feita uma campanha de ensaios para conhecer e estudar os resultados que estes ensaios fornecem.

Leia mais

ANEXO Estudo Geológico e Geotécnico

ANEXO Estudo Geológico e Geotécnico Secção de Urbanismo, Transportes, Vias e Sistemas Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Licenciatura em Engenharia Civil 5º Ano 2º Semestre PROBLEMA 1 MÓDULO A: TERRAPLENAGENS ANEXO

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2017 Areias Solos muito permeáveis Comportamento controlado pelas forças de gravidade, logo pelo tamanho

Leia mais

Tensão horizontal de repouso (σ h0 )

Tensão horizontal de repouso (σ h0 ) Através do ensaio pressiométrico de Ménard (PMT) podem avaliar-se os seguintes parâmetros geotécnicos relacionados com a resistência e deformabilidade dos solos: - Tensão horizontal de repouso (σ h0 )

Leia mais

Compacidade das areias e Limites de Atterberg

Compacidade das areias e Limites de Atterberg Conceitos Básicos P.P. (2011) GEOTÉCNIA Compacidade das areias e Limites de Atterberg Introdução (revisão) Mineralogia: argila se caracterizam por seu tamanho muito pequeno e sua atividade elétrica superficial

Leia mais

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ Representação gráfica τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

CAMPO EXPERIMENTAL DO LNEC CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR: SONDAGENS E APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS

CAMPO EXPERIMENTAL DO LNEC CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR: SONDAGENS E APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS Prospecção e Caracterização Geotécnica CAMPO EXPERIMENTAL DO LNEC CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR: SONDAGENS E APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOFÍSICOS LNEC EXPERIMENTAL SITE PRELIMINARY CHARACTERIZATION: BOREHOLES AND

Leia mais

A Formação Guabirotuba. Alessander Kormann

A Formação Guabirotuba. Alessander Kormann A Formação Guabirotuba Alessander Kormann Formação Guabirotuba Principal unidade geológica da Região Metropolitana de Curitiba Denominação popular: sabão de caboclo Início da deposição: Oligoceno-Mioceno

Leia mais

4 Resultados e análise da caracterização do solo e ensaios preliminares

4 Resultados e análise da caracterização do solo e ensaios preliminares 4 Resultados e análise da caracterização do solo e ensaios preliminares No presente capítulo apresentam-se os resultados da caraterização do solo e dos ensaios preliminares. 4.1. Caracterização do solo

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO EMPOLAMENTO DOS SOLOS

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO EMPOLAMENTO DOS SOLOS CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO EMPOLAMENTO DOS SOLOS Ronaldo Rocha Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Est. de São Paulo - IPT, São Paulo, Brasil, rrocha@ipt.br José Maria de Camargo Barros Instituto de

Leia mais

CLASSIFICACÃO E IDENTIFICACÃO DOS SOLOS

CLASSIFICACÃO E IDENTIFICACÃO DOS SOLOS Introdução Dada a infinidade de solos que existem na natureza é necessário um sistema de classificação que indique características geotécnicas comuns de um determinado grupo de solos a partir de ensaios

Leia mais

Projecto Geotécnico I

Projecto Geotécnico I Apresentação - 1 Projecto Geotécnico I Docentes: A. Gomes Coelho Eduardo Fortunato Marília Oliveira Jaime Santos (responsável) João Portugal José Muralha Ricardo Oliveira Mestrado em Geotecnia para Engenharia

Leia mais

TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL 1. INTRODUÇÃO...

TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL 1. INTRODUÇÃO... TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M.533-1 ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL RELATÓRIO 1. INTRODUÇÃO... 1 2. GEOLOGIA LOCAL... 1 3. PROGRAMA DE PROSPECÇÃO...

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I Aula 05 Classificação do Solo Augusto Romanini Sinop - MT 2017/1 Versão:

Leia mais

- TP01/1 - TP01/2 - TP01/3 - TP01/4 - TP01/5. FIGURA 7.27: Teor de Sólidos com a Profundidade da LAMA DE LAVAGEM DE BAUXITA.

- TP01/1 - TP01/2 - TP01/3 - TP01/4 - TP01/5. FIGURA 7.27: Teor de Sólidos com a Profundidade da LAMA DE LAVAGEM DE BAUXITA. 397 0 - TP01/1 1 - TP01/2 Profundidade (m) 2 3 4 5 6 - TP01/3 - TP01/4 - TP01/5 Profundidade (m) 0 1 2 3 4 - SP2-3/1 - SP2-3/2 7 10 20 30 40 50 60 70 80 5 30 40 50 60 70 Teor de Sólidos (%) Teor Índice

Leia mais

Ensaios de campo. Correlações.

Ensaios de campo. Correlações. Obras Geotécnicas Ensaios de campo. Correlações. 1 Ensaio de penetração dinâmica - SPT Ensaio SPT (Standard Penetration Test): - realizado no interior de um furo de sondagem; - consiste em cravar no terreno

Leia mais

Determinação das Propriedades Geotécnicas dos Sedimentos Eólicos da Cidade de Natal-RN

Determinação das Propriedades Geotécnicas dos Sedimentos Eólicos da Cidade de Natal-RN Determinação das Propriedades Geotécnicas dos Sedimentos Eólicos da Cidade de Natal-RN Freitas Neto, O. Departamento de Geotecnia, Escola de Engenharia de São Carlos, São Paulo. Costa, F. A. A., Lima,

Leia mais

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO REFORÇO ESTRUTURAL DE TÚNEIS DO METROPOLITANO DE LISBOA

SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO REFORÇO ESTRUTURAL DE TÚNEIS DO METROPOLITANO DE LISBOA SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO REFORÇO ESTRUTURAL DE TÚNEIS DO METROPOLITANO DE LISBOA Leitão, N.S. 1 ; Vieira, A. 1 ; Barreto, J. 2 & Sousa, L.R. 1 Resumo Os túneis incluídos nos 52º e 53º troços do Prolongamento

Leia mais

DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MACIÇOS ROCHOSOS

DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MACIÇOS ROCHOSOS DESCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MACIÇOS ROCHOSOS Metodologia e sistemática A descrição e caracterização dos maciços rochosos em afloramentos são tarefas necessárias em todos os estudos de engenharia geológica,

Leia mais

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Capítulo 4 Apresentação e Análise dos Resultados 70 CAPÍTULO 4 - APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo são analisados os resultados dos ensaios triaxiais cíclicos, cujos resultados

Leia mais

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Classificação dos Solos - continuação Profº Caio Rubens Tipos de classificação usuais: Classificação Unificada: Considera o tamanho dos grãos e os índices de

Leia mais

4 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E MINERALÓGICA

4 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E MINERALÓGICA Capítulo 4 Caracterização Geotécnica e neralógica 4 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E MINERALÓGICA 4.1 Considerações Iniciais Para o desenvolvimento do trabalho proposto foram realizados ensaios de caracterização

Leia mais

Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas?

Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas? Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas? Toda a camada de solo mole. Tensões radiais. Eliminação da compressibilidade, impondo rigidez no solo. Enrijecimento apenas sob o corpo

Leia mais

PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS/ 3. mensurar os deslocamentos recuperáveis nos pavimentos, denominados de

PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS/ 3. mensurar os deslocamentos recuperáveis nos pavimentos, denominados de TT 402 TRANSPORTES B PAVIMENTAÇÃO PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS Eng. Mário Henrique Furtado Andrade PRPPRIEDADES MECÂNICAS E ESCOPO. Estudos de Resiliência 2. Estudos de Solos Tropicais.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV 332 MECÂNICA DOS SOLOS I APOSTILA DE EXERCÍCIOS Parte 03 Prof. Benedito de Souza Bueno Prof.

Leia mais

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS Capítulo 3-3.1 - Introdução Compressibilidade é uma característica de todos os materiais de quando submetidos a forças externas (carregamentos) se deformarem. O que difere o solo dos outros materiais é

Leia mais

Solos. Amostras colhidas com pá, trados manuais, etc Podem ir ate 6m de profundidade (estrutura do solo destruída).

Solos. Amostras colhidas com pá, trados manuais, etc Podem ir ate 6m de profundidade (estrutura do solo destruída). -Amostragem -Preparação das amostras -Composição granulométrica -Limites de consistência -Classificação -Compactação 1 Amostragem -Amostras remexidas Amostras colhidas com pá, trados manuais, etc Podem

Leia mais

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC

Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki. Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC Roberta Bomfim Boszczowski e Laryssa Petry Ligocki Características Geotécnicas dos Solos Residuais de Curitiba e RMC MAPA GEOLÓGICO CARACTERÍSTICAS REGIONAIS Rochas do embasamento: condições muito boas

Leia mais

Capítulo 3 Professora: Ariel Ali Bento Magalhães

Capítulo 3 Professora: Ariel Ali Bento Magalhães M E C Â N I CA DO S S O L O S Capítulo 3 Professora: Ariel Ali Bento Magalhães arielali@gmail.com A IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO A diversidade e a enorme diferença de comportamento apresentada pelos diversos

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS LEVES EM ARGILA EXPANDIDA PARA APLICAÇÕES EM GEOTECNIA

CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS LEVES EM ARGILA EXPANDIDA PARA APLICAÇÕES EM GEOTECNIA SEMINÁRIO GEO LECA Lisboa, LNEC, Maio 26, 211 CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS LEVES EM ARGILA EXPANDIDA PARA APLICAÇÕES EM GEOTECNIA Laura Caldeira *, E. Maranha das Neves e Pedro Saraiva * Laboratório Nacional

Leia mais

EC7 Importância da Caracterização Geotécnica

EC7 Importância da Caracterização Geotécnica Mestrado em Estruturas (IST) - 2003/2004 Fundações de Estruturas EC7 Importância da Caracterização Geotécnica Jaime A. Santos Eurocódigos estruturais: (Normas relativas ao projecto estrutural e geotécnico

Leia mais

6. Análise de Estabilidade

6. Análise de Estabilidade . Análise de Estabilidade As análises de estabilidade de aterros sobre solos moles podem ser realizadas em termos de tensões totais (φ = ) ou em termos de tensões efetivas (c, φ e u ). A condição não drenada

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DE UM SOLO SEDIMENTAR ESTRATIFICADO ATRAVÉS DE ENSAIOS DE CISALHAMENTO DIRETO

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DE UM SOLO SEDIMENTAR ESTRATIFICADO ATRAVÉS DE ENSAIOS DE CISALHAMENTO DIRETO DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DE UM SOLO SEDIMENTAR ESTRATIFICADO ATRAVÉS DE ENSAIOS DE CISALHAMENTO DIRETO Cezar Augusto Burkert Bastos Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Brasil,

Leia mais

Princípios da Mecânica Força

Princípios da Mecânica Força Mecânica dos Solos e Fundações PEF 522 5 a Aula Conceitos de Tensões total, neutra e efetiva Capilaridade Transmissão de tensões no solo Prof. Fernando A. M. Marinho Princípios da Mecânica Força Equilíbrio

Leia mais

Obras Geotécnicas. Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S)

Obras Geotécnicas. Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S) Obras Geotécnicas Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Análise de Estruturas Geotécnicas (4º/1ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S) Área de Especialização Geotecnia 4º ano 2º semestre Estruturas de Betão II

Leia mais

MATERIAIS BRITADOS NÃO LIGADOS EM PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS: COMPORTAMENTO MECÂNICO PARA CONDIÇÕES PORTUGUESAS

MATERIAIS BRITADOS NÃO LIGADOS EM PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS: COMPORTAMENTO MECÂNICO PARA CONDIÇÕES PORTUGUESAS MATERIAIS BRITADOS NÃO LIGADOS EM PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS: COMPORTAMENTO MECÂNICO PARA CONDIÇÕES PORTUGUESAS Rosa Luzia, Engenheira Geóloga, MSc, Professora, Departamento de Engenharia Civil da Escola Superior

Leia mais

7 Ensaios de laboratório

7 Ensaios de laboratório 17 7 Ensaios de laboratório Neste capítulo serão apresentados os resultados dos ensaios de laboratório realizados. Estes ensaios visam a caracterização e a obtenção de parâmetros de resistência e deformabilidade

Leia mais

Soluções dos problemas propostos

Soluções dos problemas propostos Ínices Físicos os Solos Soluções os problemas propostos 1. n γ s a) e = ) γ = 1 n 1 + e (1 + w) γ e = s 1 e) γ = γ + nγ w γ wg c) S = e f) γ ' = γ γ w 2. a) γ = 20,65 kn/m γ = 18,77 kn/m c) e = 0,44 )

Leia mais

Aluviões. Miocénico. Paleogénico. Neo-cretácico. Cretácico. Rio Tejo

Aluviões. Miocénico. Paleogénico. Neo-cretácico. Cretácico. Rio Tejo LISBOA E-NOVA Geologia de Lisboa e Permeabilidade Ponto de Encontro -3 de Fevereiro de 2011 Aluviões Miocénico Paleogénico Neo-cretácico Cretácico Rio Tejo Geomorfologia Solos arenosos Solos argilosos

Leia mais

Geotécnica Ambiental. Aula 4: Propagação de tensões no solo

Geotécnica Ambiental. Aula 4: Propagação de tensões no solo Geotécnica Ambiental Aula 4: Propagação de tensões no solo Propagações de tensões no solo devido a carregamentos externos São as tensões decorrentes das cargas estruturais aplicadas (tensões induzidas),

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Interação solo X estrutura Recalques Recalques

Leia mais

Assentamento em meio elástico carga pontual

Assentamento em meio elástico carga pontual Assentamento em meio elástico carga pontual Q [F] x r y y x R P z h(z = 0) = Q πer (1 ν2 ) Assentamento em meio elástico carga circular R q [FL 2 ] z h = qb E (1 ν2 )I fc I fc = 1 (centro); I fc = 0.64

Leia mais

Obra Obr s Geotécnicas Geotécnicas Ensaios de de Campo Campo. Correlações Jaime A. Santos

Obra Obr s Geotécnicas Geotécnicas Ensaios de de Campo Campo. Correlações Jaime A. Santos Obras Geotécnicas Ensaios de Campo. Correlações Jaime A. Santos Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado no interior de um furo de sondagem e consiste em cravar

Leia mais

ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS. Algumas imagens retiradas de: C. Derek Martin Site Investigation II Nadir Plasência tese de mestrado IST

ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS. Algumas imagens retiradas de: C. Derek Martin Site Investigation II Nadir Plasência tese de mestrado IST ESTRUTURAS SUBTERRÂNEAS Algumas imagens retiradas de: C. Derek Martin Site Investigation II Nadir Plasência tese de mestrado IST Diversas finalidades Tipos de estruturas Lineares Localizadas Dados importantes

Leia mais

DFA em Geotecnia para Engenharia Civil. Caracterização Geotécnica. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST)

DFA em Geotecnia para Engenharia Civil. Caracterização Geotécnica. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) DFA em Geotecnia para Engenharia Civil Caracterização Geotécnica Ensaios de campo Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado na base de

Leia mais

Lista de Exercícios de Adensamento

Lista de Exercícios de Adensamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil Setor de Geotecnia CIV 333 - Mecânica dos Solos II Prof. Paulo Sérgio de Almeida Barbosa Lista de

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS - COMPACTAÇÃO -

MECÂNICA DOS SOLOS - COMPACTAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UFC CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL MECÂNICA DOS SOLOS - COMPACTAÇÃO - PROF. SILVRANO ADONIAS DANTAS NETO, DOUTOR EM GEOTECNIA INTRODUÇÃO:

Leia mais

Compactação dos Solos. Fernando A. M. Marinho 2012

Compactação dos Solos. Fernando A. M. Marinho 2012 Compactação dos Solos Fernando A. M. Marinho 2012 Por que Compactar os Solos? Objetivos da Compactação Aumentar a capacidade suporte do solo. Diminuir os recalques indesejados nas estruturas. Controlar

Leia mais

Artigo produzido na disciplina de Mecânica dos Solos I do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa 2

Artigo produzido na disciplina de Mecânica dos Solos I do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa 2 COMPARAÇÃO DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS SOLOS DE DOIS MUNICÍPIOS DA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL 1 COMPARISON OF THE PHYSICAL CHARACTERIZATION OF THE SOILS OF TWO MUNICIPALITY OF THE

Leia mais

ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE

ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE ANÁLISE DE SOLO COMPACTADO COM RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO 1 ANALYSIS COMPACTED SOIL WITH CONSTRUCTION AND DEMOLITION WASTE Carlise Patrícia Pivetta 2, Márcio Antônio Vendruscolo 3 1 Projeto de Iniciação

Leia mais

5. Análise dos deslocamentos verticais

5. Análise dos deslocamentos verticais 5. Análise dos deslocamentos verticais Os deslocamentos verticais em aterros fundados em solos altamente compressíveis apresentam-se como uma das principais preocupações do engenheiro projetista. A busca

Leia mais

DFA em Engenharia de Estruturas. Fundações de Estruturas. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT

DFA em Engenharia de Estruturas. Fundações de Estruturas. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT DFA em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Ensaios de campo Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado na base de um furo

Leia mais

Objetivo. Material de apoio. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006); Sumário

Objetivo. Material de apoio. Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto, Oficina de Textos, 2006); Sumário Universidade Paulista Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Engenharia Civil Professora Moema Castro, MSc. 1 Material de apoio 2 Curso básico de mecânica dos solos (Carlos Souza Pinto,

Leia mais

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Profª Aline Cristina Souza dos Santos (alinecris16@hotmail.com) COMPORTAMENTO DOS SOLOS Objetivo da Mecânica dos Solos Caracterização Granulométrica

Leia mais

Ciclo de Conferências

Ciclo de Conferências BARRAGENS DE SEKLAFA E CHARCHAR (ARGÉLIA) Ciclo de Conferências Obras de Engenharia Geotécnica Portuguesa no Mundo - Obras Hidráulica Auditório da Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros Lisboa, 27 de março

Leia mais

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Compacidade das Areias, Consistência das Argilas e Classificação dos Solos

Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Compacidade das Areias, Consistência das Argilas e Classificação dos Solos Disciplina: Mecânica dos Solos e Fundações Compacidade das Areias, Consistência das Argilas e Classificação dos Solos Prof. Caio Rubens Estado das Areias - Compacidade O estado em que se encontra uma areia

Leia mais

Um Estudo Preliminar Sobre a Infiltrabilidade Vertical de Alguns Solos da Cidade de Salvador-BA

Um Estudo Preliminar Sobre a Infiltrabilidade Vertical de Alguns Solos da Cidade de Salvador-BA Um Estudo Preliminar Sobre a Infiltrabilidade Vertical de Alguns Solos da Cidade de Salvador-BA Luis Edmundo Prado de Campos Universidade Federal da Bahia Paulo Cesar Burgos Universidade Federal da Bahia

Leia mais

Projecto Geotécnico I

Projecto Geotécnico I Apresentação - 1 rojecto Geotécnico I Docentes: A. Gomes Coelho Eduardo Fortunato Marília Oliveira Jaime Santos (responsável) João ortugal José Muralha Ricardo Oliveira Mestrado em Geotecnia para Engenharia

Leia mais

Estudo da Plasticidade de Misturas de Bentonita-Areia

Estudo da Plasticidade de Misturas de Bentonita-Areia Estudo da Plasticidade de Misturas de Bentonita-Areia Giovana Collodetti e Kátia Vanessa Bicalho Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, Espírito Santo

Leia mais

TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC

TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC 1 - Considere uma estaca cravada, de betão, com secção circular de 0,5 m de diâmetro. Calcule a carga vertical máxima

Leia mais

4 Caracterização Física, Química, Mineralógica e Hidráulica

4 Caracterização Física, Química, Mineralógica e Hidráulica 4 Caracterização Física, Química, Mineralógica e Hidráulica Neste capítulo serão apresentados os resultados, análises e interpretação dos ensaios de caracterização física química e mineralógica para cada

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA MECÂNICA DOS SOLOS 1 1998/1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA Folha de exercícios nº 6 Exercício resolvido - nº 1 Exercícios propostos para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas-

Leia mais

log σ 4 - CONSOLIDAÇÃO Cálculo da tensão de pré-consolidação, σ' P,

log σ 4 - CONSOLIDAÇÃO Cálculo da tensão de pré-consolidação, σ' P, 4 - ONSOLIDAÇÃO álculo da tensão de pré-consolidação, σ P, Para estimar o valor da tensão de pré-consolidação, é usual utilizar o método proposto por asagrande, esquematizado na igura: e a) - Localizar

Leia mais

Mecânica dos Solos I (TEC00259) Compressibilidade e recalques elásticos nos solos. Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng.

Mecânica dos Solos I (TEC00259) Compressibilidade e recalques elásticos nos solos. Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng. Mecânica dos Solos I (TEC00259) Compressibilidade e recalques elásticos nos solos Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto Eng. Civil, DSc Compressibilidade e recalques elásticos nos solos SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

evolução da estabilização de um solo residual granítico após a adição de cal hidratada.

evolução da estabilização de um solo residual granítico após a adição de cal hidratada. Estabilização dos Solos com a Adição de Cal Análise dos Resultados Obtidos 7.1 INTRODUÇÃO Focaram-se anteriormente os principais aspectos relacionados com a formulação, a partir de ensaios laboratoriais,

Leia mais

Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil. Projecto Geotécnico I. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT

Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil. Projecto Geotécnico I. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil Projecto Geotécnico I Ensaios de campo Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado na base de

Leia mais

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas.

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas. 302 11 Conclusões Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas. 11.1. Conclusões Esta pesquisa envolveu a realização de quatro etapas

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Índices Físico. Disciplina: Geotecnia 1. Prof a. : Melina Freitas Rocha. Geotecnia I

Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Índices Físico. Disciplina: Geotecnia 1. Prof a. : Melina Freitas Rocha. Geotecnia I Pontifícia Universidade Católica de Goiás Índices Físico Disciplina: Geotecnia 1 Prof a. : Melina Freitas Rocha O ESTADO DO SOLOS Índices físicos entre as três fases: os solos são constituídos de três

Leia mais

EFEITOS DA ADIÇÃO DE CONCRETO ASFÁLTICO FRESADO NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE SOLOS

EFEITOS DA ADIÇÃO DE CONCRETO ASFÁLTICO FRESADO NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE SOLOS EFEITOS DA ADIÇÃO DE CONCRETO ASFÁLTICO FRESADO NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE SOLOS Rafael Batezini Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, Brasil, rafaelbatezini@gmail.com Fernando José Pugliero Gonçalves

Leia mais

Geologia de Túneis UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. GAEC - Geologia Aplicada à Engenharia Civil

Geologia de Túneis UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL. GAEC - Geologia Aplicada à Engenharia Civil UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GAEC - Geologia Aplicada à Engenharia Civil Prof.: Flavio A. Crispim SINOP - MT 2013 Introdução Tipos Fonte: http://www.uma.pt/sprada/ 2

Leia mais

A ESTAÇÃO DA AMEIXOEIRA DO METROPOLITANO DE LISBOA. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

A ESTAÇÃO DA AMEIXOEIRA DO METROPOLITANO DE LISBOA. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO A ESTAÇÃO DA AMEIXOEIRA DO METROPOLITANO DE LISBOA. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO Joaquim Barreto 1 ; Daniel Dias 2 & Luís Ribeiro e Sousa 3 Resumo Nesta comunicação apresenta-se a extensão da Linha Amarela

Leia mais

Caderno de questões. Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 2018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado

Caderno de questões. Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 2018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado Caderno de questões Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado ORIENTAÇÃO PARA ESSA PROVA Esta prova possui 0 (vinte) questões, todas

Leia mais

Parâmetros de resistência ao cisalhamento e de permeabilidade de solos pertencentes ao grupo Itararé (Bacia do Paraná)

Parâmetros de resistência ao cisalhamento e de permeabilidade de solos pertencentes ao grupo Itararé (Bacia do Paraná) Parâmetros de resistência ao cisalhamento e de permeabilidade de solos pertencentes ao grupo Itararé (Bacia do Paraná) Geraldo Vanzolini Moretti Moretti Engenharia Consultiva, São Paulo, Brasil, E-mail:geraldo@morettiengenharia.com.br

Leia mais

Classificação dos solos e Caracterização das areias e argilas. Fernando A. M. Marinho 2017

Classificação dos solos e Caracterização das areias e argilas. Fernando A. M. Marinho 2017 Classificação dos solos e Caracterização das areias e argilas Fernando A. M. Marinho 2017 Introdução Os sistemas de classificação foram desenvolvidos para fornecerem a engenheiros e técnicos informações

Leia mais

Princípios da Mecânica Força

Princípios da Mecânica Força Mecânica dos Solos e Fundações PEF 522 Conceitos de Tensões total, neutra e efetiva Capilaridade Propagação de tensões no solo Princípios da Mecânica Força Equilíbrio Tensão Tensão normal Tensão tangencial

Leia mais