APLICABILIDADE E BENEFÍCIOS DA LEI MARIA DA PENHA.

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1 1 APLICABILIDADE E BENEFÍCIOS DA LEI MARIA DA PENHA. Patrícia Ribeiro Freire dos Santos 1 Douglas Yamamoto 2 RESUMO Diante desta monografia descrevemos sobre a lei /06, popularmente conhecida como a lei Maria da Penha, uma lei de proteção das mulheres vitima de violência doméstica e familiar. Neste trabalho, iremos estudar as formas de violência perante á mulher, quais as consequências e também quais as benfeitorias que foram tragas com a criação desta lei, veremos ainda se sua aplicabilidade é coibir todas as formas de violência doméstica e familiar. A lei Maria da Penha surgiu com o caso da biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, primeira mulher a lutar contra qualquer forma de violência contra a mulher. Com sua luta foi criada esta lei, que visa coibir e prevenir qualquer forma de violência doméstica e familiar contra a mulher. Buscamos ainda verificar a criação das medidas de proteção a estas mulheres vitimas de violência, cometida por uma pessoa na qual esta tenha uma afinidade, e que geralmente ocorre no âmbito doméstico. Verificamos se houve melhoria para as mulheres depois da criação da Lei Maria da Penha. PALAVRAS-CHAVE: lei Maria da penha; violência contra a mulher; proteção; violência doméstica e família. ABSTRACT In view of this monograph described on the Law / 06, popularly known as the Maria da Penha law, a law of protection of victim women of domestic violence. In this work, we will study the forms of violence against women will, the consequences and also which thou bring improvements that have been with the creation of this law, we will see if their applicability is to curb all forms of domestic violence. 1 Aluna do 10 período do curso de Direito da Faculdade Atenas, de Paracatu-MG. 2 Professor Orientador Mestre da Faculdade Atenas, de Paracatu-MG

2 2 The Maria da Penha Law came up with the case of biopharmaceutical Maria da Penha Fernandes, the first woman to fight against any form of violence against women. With their struggle was created this law, which aims to curb and prevent any form of domestic violence against women. We seek to further verify the creation of measures to protect these women victims of violence, committed by a person in which it has an affinity, which usually occurs in the home. We check if there was an improvement for women after the creation of Maria da Penha Law. Keywords: Maria da Penha Law and its forms of violence. Conceptualization of Law 11,340 / 06. Protection measures. Improvements to the woman's life. 1 INTRODUÇÃO Violência vem do latim violentia, que significa caráter violento. Violência é, pois, o ato de brutalidade, constrangimento, abuso, proibição, desrespeito, discriminação, imposição, invasão, ofensa, agressão física, psíquica, moral ou patrimonial contra alguém, caracterizando relações que se baseiam na ofensa e na intimidação pelo medo e pelo terror. (CAVALCANTI, 2007, p. 29) A violência é considerada como própria da essência humana, ou seja, do estado de natureza. Assim, a sociedade pode ser compreendida como uma construção que é destinada a enfrentar e conter o avanço da violência. Os homens são governados por um desejo que gera conflitos e rivalidades e que apresenta a seguinte fórmula: algo é desejável para alguém da mesma forma que também é desejado pelos outros, e dessa relação nasce o conflito. Tal análise tem como base a teoria de Thomas Hobbes que concebe a vida como sendo a busca da sobrevivência e pela preservação da existência humana. (CAVALCANTI, 2007, p. 25) A violência é uma constante na natureza humana. Desde a aurora do homem e, possivelmente, até o crepúsculo da civilização, este triste atributo parece acompanhar passo a passo a humanidade, como lembrar, a cada ato

3 3 em que reemerge no cotidiano, nossa paradoxal condição, tão selvagem quanto humana. (PORTO, 2007, p. 13) A violência cometida contra a mulher é um fenômeno histórico que dura milênios, pois a mulher era tida como um ser sem expressão, uma pessoa que não possuía vontade própria dentro do ambiente familiar. Ela não podia sequer expor o seu pensamento e era obrigada a acatar ordens que, primeiramente, vinham de seu pai e, após o casamento, de seu marido. (MELLO, 2007, p. 03) Especificamente à violência contra a mulher e à violência doméstica, há uma explicação suplementar para a sua grande ocorrência no Brasil. Ela não está ligada somente à lógica da pobreza, ou desigualdade social e cultural. Também está ligada diretamente ao preconceito, à discriminação e ao abuso de poder que possui o agressor com relação à sua vítima. A mulher, em razão de suas peculiaridades, compleição física, idade, e dependência econômica, estão numa situação de vulnerabilidade na relação social. (SABADELL, 2005, p. 258) A violência doméstica contra a mulher é todo o ato, com uso de força ou não, causando danos físicos, morais, sexual ou psicológico e que visa não apenas punir o corpo da mulher, mas dobrar a sua consciência, seus desejos e sua autonomia. (BENFICA; VAZ,2008, p.201) A violência doméstica contra a mulher é definida como aquela que ocorre no âmbito doméstico ou em relações familiares ou de afetividade, caracterizando pela discriminação, agressão ou coerção, com o objetivo de levar a submissão ou subjugação do indivíduo pelo simples fato deste ser mulher. (BENFICA; VAZ,2008, p.201) Devido à relação de poder e à dominação que existe no relacionamento afetivo, geralmente o agressor detém, em relação à mulher que ele agride a força física e o poder econômico, passando a manipulá-la, violá-la e agredi-la psicologicamente, moralmente e fisicamente. Portanto com os altos índices de agressão contra as mulheres vem cada vez aumentando nos últimos anos, onde se viu a necessidade de criar uma lei de proteção, coibindo qualquer ato de violência praticado a ela. Faremos então um estudo à cerca da violência contra a mulher e sua

4 4 aplicabilidade disponível, e se a mesma é eficaz contra o agressor, e há quem cabe a proteção. 1.1 PROBLEMA Qual a aplicabilidade e benefícios da Lei Maria da Penha? 1.2 HIPÓTESE DE ESTUDO A violência doméstica contra a mulher é definida como aquela que ocorre no âmbito doméstico ou em relações familiares ou de afetividade, caracterizando pela discriminação, agressão ou coerção, com o objetivo de levar a submissão ou subjugação do indivíduo pelo simples fato deste ser mulher. (BENFICA; VAZ, 2008, p.201) A lei Maria da Penha veio para suprir, com vantagem, essa negligência, pois cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar, visando assegurar a integridade física, psíquica, sexual, moral e patrimonial da mulher. (DIAS,2013, p.112) 1.3 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Verificar a aplicabilidade e os benefícios que a lei Maria da Penha trouxe á mulher vitima da violência doméstica e familiar OBJETIVOS ESPECÍFICOS De forma específica e detida, a pesquisa irá se direcionar para a problemática que se pretende introduzir com o projeto. Ciente da celeuma que ora se instaura, tem a presente pesquisa o escopo de delinear de maneira específica toda a fundamentação esposada pela doutrina, jurisprudência, legislação e artigos, quando se manifestar acerca dos seguintes temas propostos: a) Descrever as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher; b) Expor o conteúdo da lei Maria da Penha; c) Relatar as sanções penais e administrativas da Lei Maria da Penha;

5 5 d) Descrever os benefícios que a lei trouxe para a vida da mulher e as exposições de motivos para a criação da Lei Maria da Penha. 1.4 JUSTIFICATIVA Ao longo desses últimos anos e com o crescimento da mulher na sociedade, e com alto índice de violência contra ela, viu se a necessidade da criação de uma lei para sua proteção. E o presente aspecto desse projeto é de levar maiores conhecimentos não só para a mulher, mas também para quem está a sua volta. Demonstrando no âmbito jurídico quais são as formas de violências, a aplicabilidade da Lei Maria da Penha, bem como as formas de coibição e de prevenção. Na qual tal pesquisa poderá trazer melhor aplicabilidade da lei, que ainda é vaga. Já para o aspecto social é mostrar que nenhum ser é diferente do outro, que todos somos iguais, é que o papel da mulher é de suma importância na contribuição da sociedade, que, portanto, ela pode sair para trabalhar, tendo a sua independência, fazendo o seu crescimento pessoal e profissional sem ela perder o papel de mulher. Enfim, o projeto vem para contribuir para que novos estudos sobre o tema sejam feitos, ampliando o conhecimento do estudante de direito e também para que as pessoas que tenham conhecimento sobre tal assunto que vem crescendo cada dia. 1.5 METODOLOGIA DO ESTUDO A pesquisa exploratória é frequentemente utilizada em estudos preliminares do objetivo principal da pesquisa a ser realizada, buscando familiarização com o fenômeno investigado, de maneira que a pesquisa propriamente dita possa ser desenvolvida com maior compreensão e precisão. Esse tipo de pesquisa pode ser realizado por meio de diversas técnicas e, em geral, usa-se uma pequena amostra que possibilita ao pesquisador a definição do seu problema de pesquisa e a formulação da hipótese, mais precisamente.

6 6 Além disso, permite a escolha das técnicas mais viáveis e adequadas ao estudo. (COLLIS; HUSSEY, 2005). No que se concerne a coleta de dados, para Lakatos e Marconi (2008), a coleta de dados é utilizada para adquirir informações e/ou conhecimentos sobre uma situação, procurando respostas a um problema, comprovações de uma hipótese, ou até encontrar novas situações ou soluções não esperadas. Na primeira etapa da pesquisa, a coleta de dados, foi realizado um levantamento das informações existentes sobre o assunto. Para Marconi e Lakatos (2008) o levantamento de dados, primeiro passo de qualquer pesquisa científica, é feito de duas maneiras: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. Foi então decidido utilizar as duas maneiras do levantamento dos dados. A pesquisa bibliográfica é toda bibliografia tornada pública, tais como: jornais, revistas, livros, ou até mesmo gravações em fita magnética. (MARCONI; LAKATOS, 2008, p.57), bem como pesquisa em periódicos e banco de teses e dissertações. (COLLIS; HUSSEY, 2005). A pesquisa bibliográfica consiste no estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas. (VERGARA, 2006, p.48). Diante do grande volume de informações disponíveis para a coleta de dados, utilizou-se bases gerais do direito civil, comuns em revisões sistemáticas na jurisprudência e bases específicas direcionadas à temática em discussão: Scientific Electronic Library Online (Scielo), sites oficiais e de âmbito jurídico. Além dessas bases adotou-se como fonte de pesquisas, bibliotecas digitais reconhecidas pela qualidade de suas publicações. 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO O primeiro capítulo apresenta a introdução com a contextualização do estudo; formulação do problema de pesquisa; as proposições do estudo; os objetivos geral e específico; as justificativas, relevância e contribuições da

7 7 proposta de estudo; a metodologia do estudo, bem como definição estrutural da monografia. No segundo capitulo, iremos descrever as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher; No terceiro capitulo, trataremos do conteúdo da lei Maria da Penha; Já no quarto capitulo, relataremos as sanções penais e administrativas da lei Maria da Penha para quem agride a mulher no âmbito doméstico e familiar; E no quinto capitulo descreveremos os benefícios que a lei trouxe para a vida da mulher e as exposições de motivos para a criação da Lei Maria da Penha ; No sexto e último capítulo, será demonstrada as devidas considerações finais concernentes ao trabalho proposto com base na apresentação da resposta frente à problemática apresentada com fundamento no contexto de toda pesquisa efetivada. 2 BREVE ANALISE DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER: Maria da Penha Fernandes, biofarmacêutica que ficou paraplégica por causa de um tiro nas costas dado pelo próprio marido e se tornou um ícone na luta contra a violência doméstica e a impunidade do seu agressor, assim como é o caso de tantas outras que vieram a sofrer, e ainda sofre com a violência domestica e familiar e que por medo não veio a lutar por uma melhoria de vida e por uma proteção especial na violência de gênero, e com a falta de punidade com quem comete essa atrocidade de violência á mulher, viase então que deveria ser criada um mecanismo que erradicasse total violência contra a mesma, deste modo o Brasil então, tornou-se signatário pela Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, vindo a ser promulgada o Decreto n 4.377/02 e juntamente com a Convenção Interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, também conhecida como Convenção do Belém do Pará, promulgada pelo Decreto n 1.973/96,vindo então surgia á Lei /2006, conhecida como Lei Maria da Penha, em sua homenagem.

8 8 A referida convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, estabeleceu que a discriminação da mulher, viola os princípios igualdade de direito e do respeito a dignidade humana, dificultando a participação da mulher na vida politica, social, econômica e cultural do País, impedindo-a de servir o seu País em todas as possibilidades e dando o mínimo de acesso a ela no mercado de trabalho, na educação, aos cuidados médicos, e na oportunidade de transgredir de vida. Deste modo a Convenção veio para excluir ou restringir, erradicando todos os meios que venha a prejudicar, ou destruir o reconhecimento da participação do exercício das mulheres na vida social, econômica do País. Entretanto, a Convenção interamericana para prevenir, punir e erradicar a violência contra a mulher, entendendo que a violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada em gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico á mulher. Deste modo os Estados devem editar normas de proteção contra a violência generalizada contra a mulher, dentro ou fora do lar. Portanto, para coibir a violência domestica e familiar contra a mulher, foi Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil, no dia 7 de agosto de 2006 a lei /06 que visa á proteção da mulher. (ANDREUCCI, 2011; p.664) A lei, então promulgada, definiu o que caracteriza violência doméstica e familiar contra a mulher, da seguinte forma: Art 5. Para efeitos desta lei, configura violência domestica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Entretanto, para configurar violência contra a mulher, deve haver uma relação de afinidade com o possível agressor, e independente da orientação sexual do mesmo, assim, ela pode vim a acontecer no âmbito da unidade doméstica, na qual compreende o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vinculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas. Também ocorre no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa. E por fim, ela

9 9 vem a ocorrer pela relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Em seguida, o legislador, estabeleceu quais seriam as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, previstas na Lei Maria da Penha: Art. 7 o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. (NUCCI, 2014; p.694) Diante de conceito legal da violência domestica e suas formas de violência, no próximo capítulo abordarão o conteúdo da lei Maria da Penha. 3 O CONTEUDO DA LEI MARIA DA PENHA: A Violência doméstica ou intrafamiliar, prevista no artigo do Código Penal, condiz que é a lesão praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domesticas, de coabitação ou de hospitalidade. Art. 129 do Código Penal: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Violência Doméstica

10 10 9 o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. Entretanto com a edição da Lei /2006 viu a necessidade a necessidade de se realmente atentar para o que viria a ser a violência doméstica e a violência de gênero, na qual por essência discriminatória onde a principal vitima é a mulher. Deste modo pontifica-se que a violência contra as mulheres não é uma questão biológica nem doméstica, mas de gênero, ou seja, é uma consequência de uma situação de discriminação que tem origem em uma estrutura social de natureza patriarcal. Deste modo, a violência doméstica e a violência de gênero são fenômenos distintos, mesmo que relacionados. Assim, a violência contra as mulheres acabe por diluir-se em relação às manifestações de agressividade originadas por causa alheias ao sexo da vitima, o que impede por conseguinte, que a sociedade visualize, a manifestação como uma extrema discriminação estrutural. Já a violência de gênero existe como um fenômeno social, ou seja, como um tipo especifico de violência vinculada ao modo direto de á vitima ser mulher. Portanto, a violência de gênero refere-se aos atos de agressão ou de violência exercidos contra determinada pessoa por força de a mesma ser mulher, já a violência doméstica diz se respeito á sua pratica no âmbito domestico ou intrafamiliar, ou a ele diretamente relacionado, verificando-se no ambiente da vida familiar ou de convivência afetiva. (PRADO,2014;p.698) Preceituando que a violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação de direitos humanos, na qual é qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial. (ANDREUCCI, 2011; p.668) Art 5. Para efeitos desta lei, configura violência domestica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A violência contra a mulher é todo ato, com uso de força ou não, que lhe cause danos ou constrangimento físico, sexual, moral ou psicológico e que

11 11 visa não apenas punir o corpo da mulher, mas dobrar a sua consciência, seus desejos e sua autonomia, podendo ela ocorrer no ambiente doméstico ou em relações familiares ou ainda de afetividade, caracterizando pela discriminação, agressão ou coersão com o objetivo de levar a submissão ou subjugação do individuo, por esta ser mulher. A violência domestica é a causa mais comum de lesões não fatais em mulheres e ocorre, na maioria das vezes, por parceiros que abusam ou usam drogas, ou aqueles que estão desempregados, ou não possuem um emprego fixo, e tem escolaridade abaixo do ensino médio. E ainda existem os riscos provocados por ex-maridos, ex- namorados ou parceiros separados que não aceitam o fim da relação. (BENFICA; VAZ, 2008; p.201) Com a edição da lei /06 trouxe uma grande importância à vida da mulher, na qual a lei estabelece a criação de juizados de violência doméstica e familiar contra á mulher, órgãos integrantes da justiça comum, naturalmente estadual, em decorrência da matéria, com competência cumulativa cível e criminal, na qual a mulher agredida poder socorrer tanto no juízo criminal quanto no cível, buscando resolução ao seu problema perante o agressor, tornando- se punir o agressor tanto na área criminal como na civil. Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher. Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. Com a Lei também foi criada medidas de assistência mulher em situação de violência doméstica e familiar, na qual há uma prevenção, visando coibir a violência contra a mesma. Art. 8 o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização

12 12 de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1, no inciso IV do art.3 e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal; IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher. (NUCCI, 2014; p.702) E ainda são assegurados os direitos humanos a toda mulher, na qual gozam dos direitos fundamentais inerentes á pessoa humana, independentemente de raça, cor, classe ou qualquer forma que a discrimine: Art. 2 o Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendolhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. E ainda são asseguradas as mulheres a igualdade do livre exercício em qualquer área social, econômica e também familiar: 3 o Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. 1 o O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

13 13 2 o Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o efetivo exercício dos direitos enunciados no caput..(nucci, 2014; p.687) Contudo o agressor que comete qualquer forma de violência contra a mulher sofrem algumas sanções, e são tomadas algumas medidas contra ele para que não volte a cometer o ato, e também há aquelas medidas que são para proteção da mulher que sofreu agressão que serão abordados no próximo capitulo. 4 SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRATIVAS DA LEI MARIA DA PENHA: Com o vigor da Lei Maria da Penha, na qual tem a finalidade de criação de mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Esta lei estabeleceu medidas de prevenção, assistência e proteção ás mulheres em situação de risco. Com a criação desta lei, foram implantados os Juizados de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, que tem competência tanto na área civil como criminal, que tem por objetivos prevenir as diversas formas de violência contra á mulher no âmbito doméstico. A lei Maria da Penha tem a ampliação e a criação de serviços públicos, de campanhas educativas e mecanismos ágeis de acesso á justiça para o atendimento da mulher em casos envolvendo qualquer tipo de violência contra ela. Além disso, foram introduzidos uma série de mecanismos recomendadas pela Convenção de Belém do Pará, na qual o Estado tem a obrigação na criação desses serviços e a capacitação de seus agentes para que possam atender adequadamente as mulheres nessas situações, e também na lei foram criadas medidas de proteção imediatas, tanto de caráter penal como civil. A lei ainda prevê ainda em seu artigo 17 da lei /2006 quanto á aplicação das penas, que são vedadas, nos casos de violência doméstica familiar contra á mulher, a aplicação de penas restritivas de direito de prestação pecuniária, cesta básica e multa. (BENFICA; VAZ, 2008, p.205)

14 14 Em nosso Código Penal foram criados os parágrafos 9 e 10 do artigo 129, quanto às lesões corporais no aspecto de violência domestica, desta forma o agressor irá responder de acordo com a lesão que praticou contra a mulher. Desta forma veremos como são aplicadas as penalidades para o agressor que comete lesões corporais prevista no nosso ordenamento jurídico pelo Código Penal: Art. 129 do Código Penal: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Violência Doméstica 9 o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 10. Nos casos previstos nos 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). A lei da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher estabeleceu a politica pública visando coibir os atos de violência contra a mulher no âmbito familiar e doméstico nas qual estão prevista no artigo 8 que estabelecem as diretrizes básicas dessas medidas integradas de proteção da agredida: Art. 8 o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art.1,no inciso IV do art. 3 e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal; IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher; V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;

15 15 VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher; VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher. Mas existem medidas administrativas gerais reagentes, que são aplicadas quando a mulher já se encontra em situação concreta de violência doméstica, e serão prestadas de forma articulada e conforme os princípios e diretrizes previstas na Lei Orgânica da Administração Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e politicas publicas, inclusive emergencial, quando for o caso. O juiz no âmbito das medidas administrativas gerais reagentes emergenciais pode: Art. 9 o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso. 1 o O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais do governo federal, estadual e municipal. 2 o O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta ou indireta; II - manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, por até seis meses. 3 o A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. No caso da autoridade policial ao tomar conhecimento da prática de violência doméstica ou em caso de iminência, estes deverão tomar de imediato

16 16 e eficaz as providências legais cabíveis, pois, são as delegacias de policia que tem o primeiro contato com os casos concretos sendo dentre elas: Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis. E, além disso, em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, após fazer o registro da ocorrência, a autoridade policial deverá de imediato adotar os seguintes procedimentos, sem prejuízo dos demais já previsto pela legislação processual penal na qual: Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários; V - ouvir o agressor e as testemunhas; VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele; VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público. 1 o O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: I - qualificação da ofendida e do agressor; II - nome e idade dos dependentes; III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. 2 o A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no 1 o o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. 3 o Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

17 17 No caso das medidas protetivas de urgência, a lei arrolou outras que dizem respeito á integridade física e ao patrimônio da ofendida e de seus dependentes, quando o juiz acha necessário ele pode: Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento; II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor; III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; IV - determinar a separação de corpos. E no que refere á proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daquelas de propriedade particular da mulher, poderá o juiz, liminarmente tomar as seguintes medidas: Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e III deste artigo. Ao agressor é aplicado medidas protetivas que o obrigam: Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da lei de 22 de dezembro de 2003; II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;

18 18 IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar; V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 1 o As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. 2 o Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e inciso do art.6 da lei de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso. 3 o Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. 4 o Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber. A referida lei estabeleceu diversas medidas protetivas de urgência a serem tomadas pelo juiz que após, tomar conhecimento do fato e com o pedido da ofendida ou do Ministério Publico, poderá no prazo de 48 horas. Assim dispõe o artigo 18 da lei /2006 que: Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas: I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o caso; III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. Quando requeridas pelo Ministério Público, o juiz pode: Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. 1 o As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. 2 o As medidas protetivas de urgência serão aplicadas isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados. 3 o Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se entender necessário à proteção da ofendida, de seus familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério Público. O juiz ainda pode decretar a prisão do agressor de imediato: Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva do agressor, decretada pelo juiz,

19 19 de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade policial. Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. E ainda notificar a ofendida dos atos processuais: Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído ou do defensor público. Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar intimação ou notificação ao agressor. As medidas protetivas de urgência podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, ou ainda, ser substituída a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre que os direitos reconhecidos na lei forem ameaçados ou violados. (ANDREUCCI,2011; p.674) No próximo e ultimo capitulo abordaremos os benefícios da lei e sua efetiva eficácia para as mulheres que sofrem violência doméstica e familiar e também a exposição de motivos referente a criação da lei Maria da Penha. 5 OS BENEFÍCIOS QUE A LEI TROUXE PARA A VIDA DA MULHER E SUAS EXPOSIÇÕES DE MOTIVOS: Com a proposta de Projeto de Lei que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do 8 do art. 226 da Constituição Federal a presente propositura do anteprojeto de Lei foi amplamente discutida com representantes da sociedade civil e órgãos diretamente envolvidos na temática, tendo sido objeto de diversas oitivas, debates, seminários e oficinas. A Constituição Federal, em seu art. 226, 8º, impõe ao Estado assegurar a assistência à família, na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência, no âmbito de suas relações". A Constituição demonstra, expressamente, a necessidade de políticas públicas no sentido de coibir e erradicar a violência doméstica. O projeto delimita o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, por entender que a lógica da hierarquia de poder em

20 20 nossa sociedade não privilegia as mulheres. Assim, busca atender aos princípios de ação afirmativa que têm por objetivo implementar ações direcionadas a segmentos sociais, historicamente discriminados, como as mulheres, visando a corrigir desigualdades e a promover a inclusão social por meio de políticas públicas específicas, dando a estes grupos um tratamento diferenciado que possibilite compensar as desvantagens sociais oriundas da situação de discriminação e exclusão a que foram expostas. As iniciativas de ações afirmativas visam corrigir a defasagem entre o ideal igualitário predominante e/ou legitimado nas sociedades democráticas modernas e um sistema de relações sociais marcado pela desigualdade e hierarquia tal fórmula tem abrigo em diversos dispositivos do ordenamento jurídico brasileiro precisamente por constituir um corolário ao princípio da igualdade. A necessidade de se criar uma legislação que coíba a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevista tanto na Constituição como nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, é reforçada pelos dados que comprovam sua ocorrência no cotidiano da mulher brasileira. Ao longo dos últimos anos, a visibilidade da violência doméstica vem ultrapassando o espaço privado e adquirindo dimensões públicas. É contra as relações desiguais que se impõem os direitos humanos das mulheres. O respeito à igualdade está a exigir, portanto, uma lei específica que dê proteção e dignidade às mulheres vítimas de violência doméstica. Não haverá democracia efetiva e igualdade real enquanto o problema da violência doméstica não for devidamente considerado. Os direitos à vida, à saúde e à integridade física das mulheres são violados quando um membro da família tira vantagem de sua força física ou posição de autoridade para infligir maus tratos físicos, sexuais, morais e psicológicos. As disposições preliminares da proposta apresentada reproduzem as regras oriundas das convenções internacionais e visa propiciar às mulheres de todas as regiões do País a certificação categórica e plena de seus direitos fundamentais previstos na Constituição Federal, a fim de dotá-la de maior cidadania e conscientização dos reconhecidos recursos para agir e se posicionar, no âmbito familiar e na sociedade, o que, decerto, irá repercutir, positivamente, no campo social e político, ante ao factível equilíbrio nas relações pai, mãe e filhos.

21 21 As desigualdades de gênero entre homens e mulheres advêm de uma construção sociocultural que não encontra respaldo nas diferenças biológicas dadas pela natureza. Um sistema de dominação passa a considerar natural uma desigualdade socialmente construída, campo fértil para atos de discriminação e violência que se naturalizam e se incorporam ao cotidiano de milhares de mulheres. As relações e o espaço intra-familiares foram historicamente interpretados como restritos e privados, proporcionando a complacência e a impunidade. O artigo 6, afirma que a violência doméstica contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos, independente da penalidade aplicada. Conforme dispõe a Convenção de Belém do Pará, a violência contra a mulher é uma ofensa à dignidade humana e uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens. O artigo 8 tem por objetivo definir as diretrizes das políticas públicas e ações integradas para a prevenção e erradicação da violência doméstica contra as mulheres, tais como implementação de redes de serviços interinstitucionais, promoção de estudos e estatísticas, avaliação dos resultados, implementação de centros de atendimento multidisciplinar, delegacias especializadas, casas abrigo e realização de campanhas educativas, capacitação permanente dos integrantes dos órgãos envolvidos na questão, celebração de convênios e parcerias e a inclusão de conteúdos de equidade de gênero nos currículos escolares. Somente através da ação integrada do Poder Público, em todas as suas instâncias e esferas, dos meios de comunicação e da sociedade, poderá ter início o tratamento e a prevenção de um problema cuja resolução requer mudança de valores culturais, para que se efetive o direito das mulheres à não violência. Nos artigos em que são tratados o atendimento pela autoridade policial, foram propostas alterações no que tange ao procedimento nas ocorrências que envolvam a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ficou consignado, no artigo 10, que a autoridade policial ou agente deve comparecer, de imediato, ao local do fato e adotar as medidas de proteção cabíveis para o atendimento da vítima.

22 22 É de fundamental importância o atendimento por equipe multidisciplinar. A equipe multidisciplinar deverá ser formada por profissionais de diversas áreas de conhecimento, inclusive externa ao meio jurídico, tais como psicólogos, assistentes sociais e médicos. Esse sistema viabiliza o conhecimento das causas e os mecanismos da violência. A implementação deste sistema em alguns Juizados Especiais Criminais tem se mostrado eficaz no enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres. O Projeto refere-se à garantia da participação integral do Ministério Público nos casos de violência doméstica, intervindo nas causas cíveis e criminais, requisitando a força policial e a colaboração dos serviços públicos, exercendo a fiscalização nos estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência. O presente Projeto amplia o leque de medidas cautelares tanto em relação ao agressor, como em relação a medidas de proteção à mulher agredida, proporcionando ao juiz a escolha da providência mais ajustada ao caso concreto, considerando-se as áreas cíveis e penais. A presente proposta pretende garantir às mulheres o acesso direto ao juiz, quando em situação de violência e uma celeridade de resposta à necessidade imediata de proteção. O Projeto reúne medidas cautelares em relação ao agressor, possibilitando ao juiz não só exigir o seu afastamento do lar, mas, também, o seu encaminhamento a programa de acompanhamento psicossocial. Além disso, prevê a proibição de aproximação ou comunicação do agressor com a vítima, com testemunhas e familiares, a restrição de visitas aos dependentes menores e a prestação de alimentos provisionais. As vitimas e seus dependentes visa propor o encaminhamento das mulheres em situação de violência, a programas e serviços de proteção às mulheres, resguardando seus direitos relativos aos bens e a guarda dos filhos. Imputa ao agressor a responsabilidade econômica pela provisão alimentar e determina a recondução da mulher e seus dependentes, ao domicílio, após o afastamento do agressor. As medidas cautelares natureza patrimonial, possibilitam a revogação das procurações conferidas pela mulher ao agressor, a garantia do ressarcimento de bens e a indenização pelos danos e prejuízos causados. Nestes últimos casos são medidas do processo civil, cumuladas no processo

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