IMPACTO DA ESCOLHA DE AÇO E TRATAMENTO TÉRMICO NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DAS FERRAMENTAS: UMA VISÃO ATRAVÉS DE CASOS

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5 IMPACTO DA ESCOLHA DE AÇO E TRATAMENTO TÉRMICO NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DAS FERRAMENTAS: UMA VISÃO ATRAVÉS DE CASOS

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7 Objetivo do Mini Curso Abordar através de casos práticos de falhas, os principais aspectos relacionados: 1. Seleção de materiais, 2. Propriedades dos aços ferramenta (para trabalho a quente, trabalho a frio e moldes plásticos) e 3. Como o tratamento térmico pode impactar na vida útil das ferramentas.

8 1. Cadeia Produtiva 2. Análise de Falha de Ferramentas 3. Falhas por Segmento a. Extrusão Programa do Mini Curso b. Forjamento c. Fundição sob Pressão Caracterização microestrutural conforme NADCA d. Moldes Plásticos e. Trabalho a Frio

9 Cadeia Produtiva

10 Aço ferramenta um nicho toneladas da produção 2015 Produção de Aço global Produção de Aço especial

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12 Aplicações Típicas dos Aços Ferramentas Moldes para Injeção de Plástico Ferramentas para Conformação a Frio Ferramentas de Corte Aços para Moldes Plásticos Matriz para Forjamento Aços Ferramenta para Trabalho a Frio Ferramentas para Extrusão em alta T Aços Rápido Matriz Injeção de Al Aços Ferramenta para Trabalho a Quente

13 Cadeia produtiva Siderurgia / Distribuidor de aço Ferramentaria Indústria de Processamento de Plásticos Indústria de Bens Duráveis

14 Matéria Prima Industrial Aço Alumínio Plástico Processos de Conformação Laminação Forjaria Trefilação Extrusão Injeção Sopro Usinagem Cadeia produtiva Ferramentas Industriais Moldes Matrizes Punções Roletes Estampos Facas Ind. Produtos Automóveis Utilidades Prod. Constr. Civil

15 ANÁLISE DE FALHAS DE FERRAMENTAS Conceitos

16 O que é falha? Falhas em Matrizes e Ferramentas o Inabilidade de funcionamento adequado de um componente, máquina ou processo. o As falhas podem ter origens físicas, documentais, organizacionais, culturais e de pensamento. Exemplo: implantes ortopédicos o Algumas destas falhas não são concretas no sentido mais físico. o Definição de falha muda com setor industrial (aeroespacial x agricultura) o O que é falha para vcs?

17 Falhas em Matrizes e Ferramentas Mississippi River Bridge Collapse Minneapolis, 2007 Matriz para fundição sob pressão após falha Qual a similaridade? Qual a diferença? Conclusão: saber o modo de falha pode ajudar na aplicação e seleção do aço correto. OBS: a única aplicação do aço ferramenta que usualmente não se espera falha é a de moldes para plástico

18 Falhas em Matrizes e Ferramentas As falhas podem ser divididas em: o Falhas funcionais: componente ou máquina ou processo falha e tudo para. (resposta imediata); o Falhas de performance: componente, máquina ou processo falha em atingir itens de performance (vida, limites operacionais, propriedades de Especificação). (maior prazo para resposta).

19 Falhas em Matrizes e Ferramentas o Porque as ferramentas falham? o Aspectos importantes para a vida de uma ferramenta o Falhas catastróficas o Falhas localizadas

20 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? Falhar é o destino das ferramentas o Os requisitos de uma ferramenta são geralmente muito elevados. o A ferramenta ideal custaria o mínimo necessário para produzir o total de peças desejadas e só então poderia falhar.

21 Ferramentas: Custo e Aspecto de Desempenho Trat. Térm. Usinagem Aço Total Custo do Molde Relação Importante: Peças Produzidas Custo Total do Molde Possibilidades (trabalho a frio e trabalho a quente): o Desempenho semelhante com o menor custo. o Melhores propriedades desempenho superior. o Combinação de ambos. (melhor opção: set-up, processo, qualidade de peças produzidas)

22 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? A verdadeira questão diz respeito então à quando a falha deve ser esperada: o Produção contínua ou prolongada: máxima vida de ferramenta; o Produção limitada: mínimo custo para atender totalidade da produção.

23 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? Se tudo sempre corresse bem: As ferramentas não falhariam? Quando falham, a determinação do modo de falha para o tipo de serviço, permite que haja: o o Adequação do projeto da ferramenta; Indicação do aço correto e dos processos adequados para obtenção da ferramenta ideal.

24 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? Mas a vida real é mais complicada: o o Não há um único modo de falha em serviço; As ferramentas falham antes de estarem prontas ou antes mesmo de trabalharem.

25 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? 1964 The Tool Steel Troubleshooter: o Análise de 107 casos de falha em ferramentas editado pela BETHLEHEM STEEL CORPORATION, indicando 5 fatores causadores de falha.

26 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? De acordo com The Tool Steel Troubleshooter: o o o o o Erro de Projeto; Defeito de Matéria Prima; Desvio ou Erro de Tratamento Térmico; Acabamento Inapropriado; e Fatores Operacionais e Mecânicos.

27 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? Histórico de análises Villares Metals (990 análises de 2009 a agosto 2016)

28 POR QUE AS FERRAMENTAS FALHAM? Histórico de análises Villares Metals (120 análises em 2016 jan a ago)

29 ASPECTOS IMPORTANTES PARA A VIDA DE UMA FERRAMENTA Podem então ser considerados fatores para o sucesso: o o o o o Bom Projeto; Aço Correto e de Boa Qualidade; Correto Tratamento Térmico; Acabamento Apropriado; e Aplicação Apropriada da Ferramenta

30 FALHAS CATASTRÓFICAS o o o Dano de grande extensão; Perda imediata de utilidade; Material para investigação completa; o Análise química o Metalografia o Fractografia o Ensaios mecânicos

31 ESTUDOS DE CASOS

32 EXTRUSÃO

33 Situação Atual do Segmento de Extrusão Perfis sólidos, tubulares e semitubulares Alumínio Ligas a base Cu Plástico Tubos e conexões aplicação industrial Tubos construção civil EXTRUSÃO EXTRUSÃO ALUMÍNIO Construção civil - Utilizam aços commodities - Cliente necessita de produtividade Ind. moveleira - Necessitam de melhor acabamento superficial

34 Situação Atual do Segmento de Extrusão Foco principal construção civil e industrial - Esquadrias: janelas, portas, sacadas, fachadas Segmentos secundário transporte (veículos automotivos, ônibus...) / trocadores de calor / máquinas e equipamentos / bens de consumo / moveleira...

35 Situação Atual do Segmento de Extrusão Custo do molde

36 Solicitações em Extrusão - Três mecanismos principais: (i) Desgaste; (ii) Deformação; (iii) Desplacamento. - Entendimento: o Tratamento de superfície; o Mecânicos.

37 Deformação Causas: o Dureza baixa; o Sobrecarga; o Projeto. Saber dimensionar a ferramenta para temperatura de trabalho

38 Deformação Matriz Tubular - Espina

39 Deformação

40 Desplacamento Matriz sólida

41 Desplacamento

42 Trinca durante tratamento térmico Porta matriz

43 Trinca durante tratamento térmico Matriz tubular

44 Trinca durante tratamento térmico Trinca devido a presença de concentrador de tensão canto vivo.

45 FORJAMENTO

46 Forjamento Forjamento a quente é um processo empregado para conformação de componentes de diversos tipos de metais a altas temperaturas. Componentes forjados Matrizes

47 Forjamento Principais Mecanismos de Falha em Matrizes de Forjamento - Desgaste abrasivo - Fadiga térmica - Fadiga mecânica - Deformação plástica

48 - Três mecanismos principais: FORJAMENTO (i) (ii) (iii) Falta de pré-aquecimento adequado; Solda; Operação.

49 Pré-Aquecimento - Visa aumentar a tenacidade da ferramenta - Efeito na formação de rebarba - Efeito na eficiência do lubrificante. - Efeitos de fadiga térmica são reduzidos com a redução da amplitude de ciclagem térmica sentida pela ferramenta pré-aquecida. Assim tanto por questões de operação e controle dimensional e de esforço de forjamento, como de melhoria de vida do ferramental é recomendada a prática de pré-aquecimento das matrizes.

50 Pré-Aquecimento

51 Pré-Aquecimento

52 Pré-Aquecimento

53 Matriz inferior Eixo dianteiro caminhão Solda

54 Solda

55 Solda

56 Operacional

57 FUNDIÇÃO SOBRE PRESSÃO

58 Situação Atual da Fundição sob Pressão o o Fundição de uma forma econômica Indústria Automobilística (economia de peso); Tendência de: o o o o o Peças maiores. Paredes mais finas. Formas mais complexas. Menores tolerâncias. Aumento (constante) da produtividade. Solicitação das matrizes

59 Situação Atual da Fundição sob Pressão 2 rodas Veículos leves Veículos Pesados - Moldes menores - Moldes maiores FUNDIÇÃO DE ALUMÍNIO Alta Pressão - Valor agregado mais elevado - Cliente necessita de produtividade - Materiais refundidos Baixa Pressão - Vida útil do molde mais longa - Não utilizam aços refundidos

60 Situação Atual da Fundição sob Pressão Foco principal segmento automotivo - Componentes motores Segmentos secundário Peças estruturais (ex: carcaças de bombas e compressores) / Tecnologia da Informação - hardwares / telecomunicações / ferramentas manuais / instrumentos de medições,... Imagem removida do site nemak

61 Solicitações em Fundição sob Pressão - Três mecanismos principais: (i) Fadiga Térmica; (ii) Corrosão; (iii) Erosão. - Entendimento: o Efeitos químicos (reação Al - Fe), o Térmicos o Mecânicos.

62 1- Fadiga Térmica Mecanismo: o injeção do líquido: tensões de compressão na superfície; o retirada da peça e introdução do desmoldante: tensões de tração na superfície; Fadiga

63 Fadiga Térmica: rede de trincas ( heat checking ) Matriz antes de entrar em uso Matriz suspensa de operação devido ao dano ocorrido por fadiga térmica

64 INTRODUÇÃO Propriedades fundamentais - Tenacidade Segurança (contra ruptura catastrófica ou lascamentos); Trincamentos Grosseiros; Possibilitar Dureza; Resistência à Fadiga Térmica.

65 Fadiga Térmica Efeito da Tenacidade e Dureza Redução das trincas térmicas Aumento da Tenacidade Ref.: L. Eliasson and O. Sandberg, Effect of Different Parameter on Heat-Checking Properties of Hot-Work Tool Steels, New Materials and Processes for Tooling, H. Berns, H. Nordberg and H.-J. Fleischer, Ed. (Bochum, Germany), Verlag Schurmann and Klagges KG, 1989, p 1 7 Melhor situação: alta tenacidade e alta dureza. Mas tenacidade é dependente da dureza. Logo, normalmente, o balanço é cerca de 45 HRC.

66 Importância do Processamento Metalúrgico Uso de aços com composição química adequada: principal aço AISI H13 (VH13ISO). Uso de aços produzidos com processos especiais: Qualidades ISO e ISOMAX ISO = processos especiais de modificações de inclusões, homogeneização e recozimento especial melhora a tenacidade e isotropia. H13 convencional: Microestrutura heterogênea, com carbonetos primários e carbonetos em contornos de grão VH13 ISO e ISOMAX: Microestrutura homogênea ISOMAX = engloba os mesmos processos, acrescentando refusão por ESR aumenta ainda mais a tenacidade e otimiza a isotropia.

67 Como Retardar Fadiga Térmica o Balancear pré-aquecimento: se muito alto reduz resistência a quente; se muito baixo aumenta tensões térmicas; o Temperatura de injeção e tempo de ciclo: quanto mais altos, maior o aquecimento da superfície e maior o dano por fadiga térmica; o Taxa de Resfriamento dos tiros: quanto maior, maior as tensões na matriz. o Aços com alta tenacidade, alta homogeneidade microestrutural (limpeza), e alta resistência a quente. o Evitar Concentradores de tensão.

68 2- Corrosão Mecanismo da Corrosão: o Reação química entre o aço e o Al; o Difusão e formação de intermetálicos, aderindo o Al ao aço; o Comum em pinos machos. Influenciam: o Temperatura de fundição; o Lubrificante (desmoldante) se removido, por exemplo pela alta velocidade de injeção, a corrosão é mais fácil; o Tratamentos superficiais, que evitam o contato Fe-Al ou facilitam a ação do desmoldante.

69 Dureza (HV) Exemplo de Corrosão A Perda em dureza + adesão = quebra do pino B Dureza inicial = 610 HV Distância da Superfície (mm)

70 Dureza (HV) Propriedades Fundamentais -Resistência a Quente 800 Fundamental para a Resistência ao Desgaste a Quente Dureza núcleo 53 HRC Depende muito da Resistência ao Revenimento. Deformação a Quente. Dano por Fadiga Térmica retarda iniciação das trincas ~ 42 HRC Distância da Superfície (mm)

71 Mecanismo da Erosão 3- Erosão o Movimento do líquido gerando desgaste da matriz, o Alta temperatura e partículas abrasivas, com inclusões do Al ou fases com Si, podem causar desgaste; o Normalmente ocorre juntamente com a corrosão. Influenciam: o Temperatura e fluxo do Al fundido; o Design da matriz; o Resistência ao revenido; o Tratamentos superficiais;

72 Aspectos de Design o Aços ferramenta = Materiais de alta resistência sensíveis a entalhes; o Maiores temperaturas próximas aos canais de ataque (gate). Portanto, deve-se colocá-lo o mais longe possível de regiões críticas (geometrias complexas, insertos, pinos, etc.). Ideal maior que 2. o Os canais de resfriamento devem gerar perfis homogêneos de temperatura matriz. o Evitar paredes (matriz-exterior) muito finas (min 1 ), distâncias dos canais (min 1 a 2 ), e cantos vivos raios pequenos (>1,0 mm).

73 Usinagem Cuidado com imperfeições trincas de tratamento térmico. Realizar alívio de tensões: -2h, ~30 C menor que a T revenimento, resfriamento lento (ao ar), o Usinagem final o Tratamento Térmico Final. Sobremetal: depende da geometria, tratamento térmico e da quantidade removida.

74 Estabilidade Dimensional - Mudanças Dimensionais causadas por tensões: internas (de usinagem), térmicas ou de transformação - Tensões internas o Se não feito alívio de tensões, são liberadas durante o tratamento térmico. o Causam deformação, pela redução da resistência com o aumento da temperatura. o Solução: alívio de tensões. (na manufatura e durante o uso!) - Tensões Térmicas o Heterogeneidade no aquecimento (a seguir). o Solução: i) aq. lento e pré-aquecimento. ii) melhorar a homogeneidade durante a têmpera. - Tensões de Transformação o Surgem das diferenças de volume entre austenita ( ) e martensita ( ). o Podem causar distorções ou trincas. o Solução: melhorar a homogeneidade do resfriamento.

75 Temperatura Aspectos Práticos Tratamentos Térmicos Austenitização Préaquecimento Têmpera Alívio de tensões Revenimentos usinagem Tempo

76 Aspectos Práticos Tratamentos Térmicos

77 Aspectos Práticos Tratamentos Térmicos Martêmpera Tratamento térmico

78 Fornos de Aquecimento Fatores chaves: o Temperatura correta (na peça!); o Atmosfera controlada descarbonetação.

79 Pré-aquecimento Tempo de pré-aquecimento deve levar em conta a estabilização

80 Dureza (HRC) Dureza (MHV) Austenitização Temperatura e tempos adequados T aust maior resistência a quente. T aust maior tenacidade. Temperatura de Austenitização (ºC) Exemplo didático: aço rápido.

81 Fatores chaves: Têmpera o Deve considerar a temperabilidade e os aspectos microestruturais para escolher o meio. o Para o aço ferramenta, quanto maior a taxa de resfriamento melhores as propriedades. o Contudo, o aumento da taxa de resfriamento causa distorções ou trincas, principalmente em fornos a vácuo. Portanto, deve-se cuidar quanto à homogeneidade. o Para matrizes de fundição sob pressão, não se recomenda tratar blocos para posterior usinagem. o Revenir logo após a peça atingir 50/70 C.

82 TEMPERATURA Revenimento Deve considerar dureza desejada (curva de revenimento) Algumas dicas: - Estando fixas as condições de austenitização, sempre utilizar a temperatura de revenimento mais alta possível. - Quando utiliza-se baixa dureza, em durezas em torno de 40 HRC, manter o revenimento abaixo desta condição e acertar a dureza pelo tempo de revenimento (parâmetro de revenimento). - Em aços para trabalho a quente, a temperatura de revenimento deve ser sempre superior à temperatura de uso da matriz. TEMPO Nunca utilizar tempos menores. NÚMERO mínimo 2 revenimentos, 3 por garantia. dificilmente um aço pode ser super-revenido, mas facilmente pode ser sub-revenido

83 Revenimentos Múltiplos M M rv M rv M Austenitização Têmpera 1º Revenimento 2º Revenimento

84 Garantia de Tratamento Térmico Dureza: condição necessária mas não suficiente. Procedimento deve ser garantido! Incorreto Correto 35 J 350 J e perda em dureza de 0,5 HRC / 10h a 550 C 208 J e perda em dureza de 3 HRC após 10h a 550 C 225 J

85 Garantia de Tratamento Térmico Dureza: condição necessária mas não suficiente. Procedimento deve ser garantido!

86 MICROESTRUTURA Aços Ferramenta para Trabalho a Quente Conforme NADCA 207_2016

87 OBS: as microestruturas utilizadas pela NACDA foram removidas da especificação da SEP Material reprovado, pois apresenta intensa segregação (regiões mais escuras) e carbonetos primários (pontos de coloração clara). Material aprovado: microsegregação baixa (obs: não existe material com 0% de segregação) e isenção de carbonetos primários. Material uniforme.

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89 Todas as imagens na região em verde (Accpetable) estão aprovadas e todas são igualmente aceitáveis, independente da sequencia de numeração. Esta variação microestrutural é natural e é resultado de diversos fatores, sendo os principais: - Ciclo de recozimento empregado; - Dimensão do material tratado; - Região de análise (superfície / ½ raio / núcleo). A microestrutura é composta basicamente por contendo carbonetos secundários (perlita) esferoidizada uniformente distribuída em uma matriz ferrítica. Quanto mais acima do quadro, mais esferoidizada encontra-se a perlita. Quando localizada mais abaixo, a perlita possui morfologia mais acicular. Elevada heterogeneidade microestrutural, contendo diversas áreas a presença de ferrita livre e ausência de carbonetos secundários. Estas condições microestruturais são resultantes principalmente de: - Ciclo de recozimento não corretamente realizado; - Processo de conformação termomecânica (forjamento e/ou laminação) não uniforme; - Segregação excessiva. Esta heterogeneidade microestrutural pode gerar uma microestrutura pós-têmpera não uniforme, heterogeneidade de dureza, além de poder favorecer trincas ou maiores níveis de distorções dimensionais durante processo de tratamento térmico de austenitização e têmpera.

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91 Todas as imagens na região em verde (Accpetable) estão aprovadas e todas são igualmente aceitáveis, independente da sequencia de numeração. Esta variação microestrutural é natural e é resultado de diversos fatores, sendo os principais: - Microestrutura de partida; - Dimensão do material tratado; - Região de análise (superfície / ½ raio / núcleo). A microestrutura é composta basicamente por uma matriz de martensita revenida, podendo conter uma fração de bainita. Também é possível verificar microestruturas que contenham pequena marcação (discreta) de contornos de grãos. Presença de precipitação de carbonetos em contornos de grãos, contendo formação de perlita (pequenas ilhas escuras) baixa taxa de resfriamento durante processo de têmpera. Presença de muitas ilhas de perlita baixa taxa de resfriamento durante processo de têmpera. Taxa de resfriamento durante processo de têmpera extremamente lenta. Material apresenta microestrutura próxima de um material recozido. Presença de ferrita e carbonetos secundários esferoidizados e frações de perlita lamelar Microestruturas heterogêneas, resultantes de um tratamento térmico não apropriado. Material não foi corretamente austenitizado baixa temperatura de austenitização ou baixo tempo de permanencia em temperatura de austenitização. Superfície do material apresenta descabonetação e presença de óxidação intergranular. Típico de material que não é tratado (austenitizado) em fornos à vácuo. Atmosfera do forno oxidante. Material austenitizado em baixa temperatura abaixo do recomendado. É possível verificar uma grande quantidade de carbonetos secundários não dissolvidos durante processo de austenitização Materal austenitizado em alta temperatura acima do recomendado. Tamanho de grão grosseiro (~3 ASTM). Matriz de martensita revenida com tamanho de grão elevado.

92 PLÁSTICO

93 Aços Ferramenta para Moldes de Plástico - Conformação de polímeros termoplásticos. - Aplicações típicas: Injeção, Extrusão e Sopro. - Propriedades Importantes= Propriedades de Manufatura: * Usinabilidade * Polibilidade e Resp. Texturização * Resp. Trat. Térmico Outras: Resposta a Nitretação, Reparo por Solda, Resistência à Corrosão,

94 - Quatro mecanismos principais: Moldes Plásticos (i) (ii) (iii) (iv) Eletroerosão; Corrosão / Oxidação; Porosidade; Textura.

95 Eletroerosão

96 Eletroerosão Mandíbula de molde

97 Eletroerosão

98 Corrosão FONTE: HIPPENSTIEL, FRANK. Haddbook of Plastic Mould Steels, editado por Edelstahlwerke Buderus AG, p. Se o aço do molde não é inoxidável, condições apropriadas de armazenamento (óleo ou outra proteção) são importantes para evitar corrosão.

99 Polibilidade Pode ser afetada por: - inclusões não metálicas (ex: óxidos e sulfetos); - dureza não uniforme ou baixa; - presença de camada superficial microestruturalmente afetada (ex: carbonetação, ou camada branca - eletroerosão).

100 Polimento

101 Polimento

102 Polimento Efeito combinado da dureza e limpeza microestrutural utilização de materiais refundidos

103 Porosidade

104 Porosidade

105 Texturização Processo de ataque (também conhecido como photo-etching) Depende do tipo de ataque ácido Source: Mesquita & Schneider, Exacta, Sa o Paulo, v. 8, n. 3, p , 2010.

106 Texturização Photo-Etching Fenômeno de corrosão: depende da composição química, dureza e da condição microestrutural (tratamento térmico, solda, eletroerosão, encruamento). DUREZA (ex. H13) Condição de Ataque Tipo de Aço Sugestão: estabelecer itens de controle do texturizador: ex.: tipo de ácido (ph), procedimento, temperatura, superfície prévia. VP20 ISO 32 HRC, 60 mícrons VH13TIM 32 HRC, 30 mícrons

107 Texturização Efeito da microestrutura P P

108 Texturização Efeito da microestrutura P

109 Texturização Materiais de microestrutura uniforme

110 Soldabilidade: uniformidade de dureza Resultados de testes de soldagem nos aços P20 e VP50IM. Observar a regiões soldadas (ZAC) do aço P20 (a) expressivo aumento na dureza, que reproduz em diferente comportamento após texturização do molde. O mesmo não ocorre no aço VP50IM (b), que após tratamento térmico de envelhecimento (indicado na curva como TT de precipitação) possui dureza mais homogênea e, assim, superfície homogênea após texturização.

111

112 TRABALHO A FRIO

113 Exemplos de peças conformadas a frio Auto partes Auto partes e linha branca

114 Linha Branca Trabalho a Frio Construção Civil/Estrutural Automotivo Alto volume de produção - aço de alto desempenho (VF800AT/IM), baixo volume - aços (VD2 e VC131)

115 Exemplo de Microestrutura Típica do Aço Ferramenta para Trabalho a Frio MATRIZ: principal influência na propagação de trincas, deformação plástica e, também, desgaste. Fatores importantes: - Dureza - Tenacidade - Heterogeneidades (segregação) Na ciência dos materiais, aços ferramentas podem ser considerados compósitos, com fases de maior dureza distribuidos em uma matriz metálica. PARTICULAS: principal influência no desgaste e na nucleação de trincas. Fatores importantes: - Tamanho - Distribuição e aglomeração - Dureza

116 Resistência ao Desgaste Abrasivo Exemplo: desgaste por partícula abrasiva. 50 HRC 60 HRC 60 HRC Desejável: matriz de alta dureza e carbonetos primários não dissolvidos

117 Resistência ao Desgaste Abrasivo 50 HRC 60 HRC 60 HRC Desejável: matriz de alta dureza e carbonetos primários não dissolvidos Tenacidade: - diminui com aumento da dureza - diminui com o tamanho dos carbonetos

118 Desgaste Adesivo Abrasivo Solicitações Aço Ferramenta Depende da dureza da matriz e dos carbonetos. Propriedade fundamental em ferramentas de trabalho a frio, tais como em puncionamento e conformação de chapas. Também depende da tenacidade: microtrincas geralmente acompanham o desgaste adesivo e maior tenacidade pode evitar as trincas. Aço ferramenta chapa Adesivo (galling)

119 Falhas Superaquecimento durante eletroerosão Sugestão: remover a camada branca e revenir a matriz

120 Excesso de austenita retida Falhas

121 Muito Obrigada

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