RELEVÂNCIA DO OURO NO MERCADO DE ATIVOS

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1 Departamento de Economia RELEVÂNCIA DO OURO NO MERCADO DE ATIVOS Aluna: Theodora Alencastro Orientador: Ruy Ribeiro Introdução O ouro é um bem singular e isto se reflete em seu mercado. A quantidade de ouro da economia é relativamente fixa, ela é limitada pela totalidade de resevas mundiais em exploração. Essa peculiaridade se transpõe para o mercado na forma de uma curva de oferta inelástica. O mercado de ouro se divide em diferentes setores conforme a sua natureza. De um lado, o mercado de joias no qual o valor do bem é acrescido do valor da mão de obra. De outro lado, o mercado de barras de ouro onde este se torna um ativo. O ouro se enquadra como um ativo não financeiro (non-financial asset). Contrariamente a ativos financeiros cujo valor é determinado pelo contrato, um ativo não financeiro possui um valor físico intrínseco possibilitando o seu uso como colateral. Este trabalho tem por objetivo entender em que medida o ouro é um ativo relevante dentro do mercado financeiro atual. A hipótese empregada é de que o ouro se torna mais atrativo para os agentes em contextos economicos pessimistas, dado que a variação de oferta não tem grande influência sobre o preço. Essa hipótese se baseia na estabilidade do preço do ouro frente às flutuações registradas por outros ativos, especialmente os ativos monetários. A tradição de equacionar a própria moeda circulante na economia com o ouro é uma marca do prestígio que este ativo, por razões tanto práticas (sua solidez e durabilidade) como simbólicas (sua cor) adquiriu ao longo da história. Isso se traduziu na circulação de moedas de ouro pelas principais economias ao longo da história; nos séculos 19 e 20, o papelmoeda podia em muitos casos ser trocado por uma quantia equivalente em ouro seguindo uma paridade pré-determinada. Crises de hiperinflação ao longo da história viram agentes econômicos se refugiarem no mercado de ouro, que frente às desprestigiadas moedas nacionais passa a fornecer um retrato mais real e prático dos preços dentro da economia. Essa tradição faz com que, até hoje, o ouro assuma um papel de reserva de valor, diferente de outros ativos potenciais. Objetivos Ao longo do trabalho, tentaremos desenvolver a relação entre o preço do ouro e a combinação inflação alta e taxa de juros baixa. Essa combinação enquadra cenários de recessão na economia. Construiremos modelos econometricos de regressão para compreender o efeito do contexto economico sobre o preço do ouro. Para cada modelo, serão feitas diferentes combinações de variáveis de previsão e correntes. Deste modo, teremos um esboço do impacto das expectativas dos agentes sobre a compra do ouro.

2 Metodologia O levantamento de dados de expectativa foi feito a partir de duas bases diferentes: Livingston price stock forecasts e Survey of professional forecasters (SPF). A primeira dispõe de dados semestrais e a segunda trimestrais. Ambas contêm as previsões de inúmeras entidades econômicas para variáveis macroeconômicas essenciais para nosso estudo (taxa de juros de curta maturidade TBILL, longa maturidade TBOND e inflação CPI). As previsões são dadas para diferentes horizontes temporais. Para a Livingston, as previsões são semestrais e vão de 6 meses até 10 anos. Enquanto isso, para a SPF, as previsões são trimestrais e vão até 1 ano. A partir dos dados, construímos séries temporais* da dispersão da previsão dos agentes para estas variáveis. Utilizamos diferentes medidas estatísticas de dispersão e distribuição: desvio padrão; quartil 1, 2 e 3 (respectivamente, 25%, 50% e 75%); e percentil 1 e 9 (10% e 90%). Deste modo, podemos observar com maior clareza as expectativas dos agentes para a economia. Tabela 1: Inflação de 1946 a 1954 Tabela 2: Taxa de juros de 1992 a 2000

3 Tabela 3: taxa de juros de 1992 a 2000

4 *Para os dados de inflação, a série começa em 12/1946 e termina em 12/2015. Para as taxas de juros, o começo é 06/1992 e o término é o mesmo. Em seguida, utilizamos a serie de preços nominal do ouro disponibilizada pelo Quandl. Com as medidas de inflação do CPI, criamos a serie de preço real do ouro. A partir destas variáveis, criamos novas variáveis que se adequarão a projeção: 1. Realizamos algumas modificações na variável ouro real. Isto é, fizemos o quociente do valor do período pela média de todos os valores para todos os períodos. E seguida, afetamos o logaritmo neperiano ao quociente. Essa variável log(desvio) nos permite observar a dispersão percentual do ouro real em relação a média. 2. Criamos uma variável (inter) que relaciona as altas previsões de inflação (percentil 9) e a taxa de juros de maturidade de 1 ano. Portanto, se este quociente estiver alto significa que a expectativa de taxa de inflação esta alta em relação aos juros. 3. Criamos outra variável a partir desta: o quadrado de inter (inter2). 4. Elaboramos a variável disp que é a diferença entre as previsões altas de inflação (percentil 9) e a mediana. Tendo todas as variáveis prontas, construímos 5 regressões diferentes: 1. Regredimos log(desvio) pelo percentil 9 da inflação (p9inf) e taxa de juros de 1 ano (1yr).

5 Quadro 1: P9inf 1yr rate constante t-stat 5,30-4,49-3,79 11,55 (2,18) -8,06 (1,79) -0,32 (0,08) R 0,26 2. log(desvio) por inter, p9inf e 1yr. Quadro 2: Inter P9inf 1yr rate constante t-stat 7,10 4,52-0,75-7,99 0,04 (0,01) R 0,54 8,07 (1,79) -1,28 (1,71) -0,65 (0,08) 3. log(desvio) por inter e p9inf. Quadro 3: Inter P9inf constante t-stat 9,09 6,35-8,73 0,05 (0,01) R 0,54 7,02 (1,10) -0,67 (0,08) 4. log(desvio) por inter2, inter e p9inf Quadro 4: Inter2 Inter P9inf constante t-stat -5,06 7,71 7,93-11,16-0,01 (0,001) R 0,65 0,13 (0,02) 7,78 (0,98) -0,82 (0,07) 5. log(desvio) por disp, inter2, inter e p9inf

6 Quadro 5: Disp Inter2 Inter P9inf constante t-stat 2,14-4,59 7,19 3,65-11,56 13,71 (6,41) R 0,68-0,01 (0,001) 0,12 (0,02) 5,38 (1,47) -0,83 (0,07) Dentre estas regressões a que tem o R2 (o quanto a regressão explica a variação da variável dependente) mais alto, ou seja 68%, é a (5). As estatísticas T mostram que todos os coeficientes da regressão (5) são diferentes de 0 para um nível de significância 10% (valor crítico : 1,645). Portanto, assumindo a validade das hipóteses de Gauss-Markov, podemos afirmar que um cenário de inflação alta e taxa de juros baixa tem um efeito positivo sobre o preço do ouro. Isto é, o preço de equilíbrio se torna mais alto, o que representa um possível aumento na demanda por ouro. Conclusão A análise dos dados nos permite observar que, de fato, cenários pessimistas tornam o ouro um ativo mais relevante. Isso se traduz dentro do modelo pelo aumento do preço, provocado pelo aumento da demanda em um contexto de relativa inelasticidade dos estoques de ouro. No entanto, alguns fatores devem ser levados em consideração: as variáveis utlizadas explicam apenas 68% da variação no preço do ouro; não podemos afirmar que os coeficientes não estão enviesados; o preço reflete o equilíbrio do mercado de ouro, não a demanda. Futuras pesquisas ser feitas considerando-se outros fatores que poderiam impactar na variação do preço do ouro, como sua relação com o preço de outros minérios. Referências data/real-time- center/survey-of- professionalforecasters/ data/real-time- center/livingston-survey Price-USD

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