CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ CAUÊ ROSETTO REIS RAFAEL LEME DE ALMEIDA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ CAUÊ ROSETTO REIS RAFAEL LEME DE ALMEIDA"

Transcrição

1 CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ CAUÊ ROSETTO REIS RAFAEL LEME DE ALMEIDA LEVANTAMENTO COMPARATIVO DE AVIFAUNA DO CAMPUS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ SÃO PAULO SANTO ANDRÉ 2012

2 CAUÊ ROSETTO REIS RAFAEL LEME DE ALMEIDA LEVANTAMENTO COMPARATIVO DE AVIFAUNA DO CAMPUS DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ SÃO PAULO Trabalho de conclusão de curso apresentado como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas, à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Centro Universitário Fundação Santo André. Orientador: Profº. Dr. José Luís Laporta SANTO ANDRÉ 2012

3 Aos meus pais Rogerio e Rose, aos meus tios Edson e Simone, e aos meus avós maternos Antônio e Teresa, e paterno Sônia. Cauê Rosetto Reis À minha mãe Silvana e pai Valdeci (in memoriam), a minha avó Dna. Carmen, aos meus irmãos Mayara e Ryan, e ao meu padrasto Waldiney. Minhas fontes inspiradoras. Rafael Leme de Almeida

4 AGRADECIMENTOS Ao nosso orientador Prof.º Dr. José Luis Laporta por toda a dedicação, apoio e auxílio no desenvolvimento desse levantamento. Ao Prof.º Dr. Roberto Carlos Sallai, Prof.ª Dra. Angela Martins Baeder e Prof.ª Dra. Dagmar Santos Roveratti por todas as orientações e aconselhamentos impreensidiveis que nos ajudaram a nortear o processo de elaboração metodológica e desenvolvimento teórico desse trabalho. À Bióloga Márcia Teixeira, bioterista do centro universitário, por todo o incentivo e interesse em nosso trabalho. Aos biólogos Mônica Luisa Kuhlmann e Hélio Rubens Victorino Imbimbo, responsáveis pela área de análise bentônica do setor de comunidades aquáticas da CETESB, pelo auxílio e colaboração. À Andrea Lima Grespan e Andressa Caroline Aparecida Shibata, nossas companheiras, que sempre estiveram conosco e jamais exitaram em nos apoiar e incentivar durante todos os dias de execução desse trabalho, sejam eles de fadiga ou superação. Obrigado por todo carinho, compreensão e paciência. Aos nossos amigos Alexandre Augusto Calixto, Ariane Marcelino e Gabriel Borali de Abreu pelo carinho, colaboração nas observações a campo, companheirismo e experiências compartilhadas durante nossas muitas passarinhadas. À Ana Cláudia Jacinto Somma, Larissa Souza Silva e Valéria Oliveira pelo apoio e amizade. Em especial a Marcelo Jordani Feliti, o qual somos profundamente gratos por ceder gentilmente seus registros fotográficos para que pudéssemos enriquecer nosso trabalho e por toda a confiança depositada. À todos os nossos demais amigos de faculdade pela amizade, e por tudo aquilo que de uma forma ou de outra colaborou para que esse trabalho se concretizasse. Por fim, agradecemos especialmente aos nossos familiares, responsáveis direto por todo o aprendizado e formação em nossas vidas, culminando para que, enfim, esse sonho se tornasse uma realidade. Obrigado por todo o amor, apoio e carinho.

5 A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana. Charles Darwin

6 RESUMO As profundas modificações executadas pelo homem ao meio ambiente trazem consigo ameaças às inúmeras espécies de aves. A urbanização é uma delas. Todavia, o campus do Centro Universitário Fundação Santo André possui em meio à cidade um fragmento razoável de vegetação, sendo um dos principais locais de refúgio de inúmeras populações de aves no que diz respeito à procura de abrigo, alimentação, reprodução e apropriação para os mais diversos fins. O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo apresentar um estudo do levantamento de espécies com ocorrência dentro do campus do centro universitário, cujo foco centralizou-se em identificá-las e enumerá-las, bem como realizar um levantamento comparativo com relação a trabalhos de mesma natureza já desenvolvidos de modo a verificar possíveis alterações ocorridas na avifauna local. Os dados foram obtidos por meio de observação direta a olho nu e/ou por meio das vocalizações emitidas pelos animais a partir de uma delimitação do campus do centro universitário em áreas. Utilizou-se o emprego do método sonoro de atração por play-back, guias de campo, fichas de observação e câmera fotográfica para registros. Em uma abordagem essencialmente qualitativa, os resultados apontaram após três anos de registros (2010, 2011 e 2012) a ocorrência de 64 espécies de aves pertencentes a 55 gêneros, 0 famílias e 14 ordens. Como parte complementar do estudo, o trabalho conta, também, com a apresentação de um guia de campo virtual da instituição, de modo a servir de instrumento para trabalhos educacionais que visem permear a promoção de uma educação ambiental consciente no interior do centro acadêmico. Palavras-chave: Aves, Avifauna, Levantamento, Ornitologia, Espécies de aves, Centro Universitário Fundação Santo André

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Figura 2 Mapa esquemático adaptado de Domenichelli e Simone (2002) do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA), destacando a divisão das áreas de observação e a distribuição de comedouro e bebedouros. Bebedouros utilizados durante o levantamento de avifauna do CUFSA. Página Página 4 Figura Figura 4 Instalação do bebedouro na sub-área 1.1 (viveiro). Página 4 Um dos dois comedouros utilizado durante o levantamento de avifauna do CUFSA. Página 5 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 1 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Fixação das frutas sob o comedouro instalado na sub-área 1.1 (viveiro). Comedouro de sementes instalado na sub-área 1.1 (viveiro). Casal de maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) Beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea) Rolinha-roxa (Columbina talpacoti) Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) Indivíduo fêmea de tiê-preto (Tachyphonus coronatus) Sabiá-barranco (Turdus leucomelas) Sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata) Casal de papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) Anu-preto (Crotophaga ani) Sabiá-coleira (Turdus albicollis) Bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus) Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) Alma-de-gato (Piaya cayana) Bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis) Página 5 Página 6 Página 62 Página 62 Página 62 Página 62 Página 62 Página 62 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 6 Página 64 Página 64 Página 64

8 Figura 22 Figura 2 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 0 Figura 1 Figura 2 Figura Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 40 Figura 41 Figura 42 Indivíduo macho de vira-bosta (Molothrus bonariensis) Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) Corruíra (Troglodytes musculus) Ninho com filhotes de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Suiriri (Tyrannus melancholicus) Ninho de joão-de-barro (Furnarius rufus) João-de-barro (Furnarius rufus) Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros) Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) Gavião-miúdo (Accipiter striatus) Juruviara (Vireo olivaceus) Anu-branco (Guira guira) se alimentando de um anfíbio Indivíduo macho de cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata) Coruja-orelhuda (Asio clamator) Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris) Jovem de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) Guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) Tesourinha (Tyrannus savana) Pombo-doméstico (Columba livia) Indivíduo fêmea de coleirinho (Sporophila caerulescens) Página 64 Página 64 Página 64 Página 65 Página 65 Página 65 Página 65 Página 65 Página 65 Página 66 Página 66 Página 66 Página 66 Página 66 Página 66 Página 67 Página 67 Página 67 Página 67 Página 67 Página 67

9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Percentual decrescente de espécies registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Página 9 Gráfico 2 Quantidade de espécies por ordem taxonômica registradas por meio do levantamento quantitativo no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Página 40 Gráfico Quantidade de espécies por família taxonômica registradas por meio do levantamento quantitativo no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Página 41 Gráfico 4 Percentual de espécies por hábitos alimentares registradas por meio do levantamento quantitativo. Página 4 Gráfico 5 Média de espécies observadas em cada área de observação. Página 46 Gráfico 6 Percentual de espécies observadas em cada local de observação. Página 48 Gráfico 7 Quantidade final de espécies por ordem taxonômica registradas na análise qualitativa realizada durante três anos (2010, 2011 e 2012). Página 55 Gráfico 8 Quantidade final de espécies por família taxonômica registradas na análise qualitativa realizada durante três anos (2010, 2011 e 2012). Página 55 Gráfico 9 Percentual final de espécies por hábitos alimentares registradas na análise qualitativa. Página 58

10 LISTA DE MAPAS Mapa 1 Mapa 2 Estado de São Paulo. Cidade de Santo André e localização do campus do CUFSA em destaque (Mapa de confecção própria). Página 24 Vista aérea do CUFSA Santo André/SP, 2012 (GOOGLE EARTH, 2012). Página 24 Mapa Campus do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) com destaque para a sua arquitetura (CUFSA, 2011). Página 25

11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 Tabela Lista das espécies de aves registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Distribuição das aves registradas no levantamento quantitativo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) segundo os hábitos alimentares. Lista das espécies de aves registradas nas observações quantitativas do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando três categorias de classificação: espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. Página 7 Página 42 Página 44 Tabela 4 Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8 Lista das espécies de aves registradas nas observações ocasionais do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) nos anos de 2010, 2011 e 2012, e inclusas no levantamento qualitativo. Lista das espécies de aves registradas nas observações ocasionais do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando quatro categorias de classificação: hábitos alimentares, espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. Lista final das espécies de aves registradas no Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) após três anos de registros (2010, 2011 e 2012). Distribuição final das aves registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) segundo os hábitos alimentares. Lista final das espécies de aves registradas no levantamento de avifauna do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando três categorias de classificação: espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. Página 49 Página 51 Página 52 Página 56 Página 59

12 SUMÁRIO 1 Introdução 1 2 Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos 21 Metodologia 22.1 Área de estudo Histórico Localização e caracterização 22.2 Procedimento Método de amostragem Processamento dos dados Outras técnicas e ferramentas Análise dos resultados Guia fotográfico virtual 1 4 Resultados Análise quantitativa Observações ocasionais Análise qualitativa Registros fotográficos do levantamento 62 5 Discussão e Considerações Finais 68 Referências 80 ANEXO 1 Fichas de observação em campo 8 ANEXO 2 Registros de espécies observadas ocasionalmente 87 ANEXO Guia fotográfico (Pranchas descritivas das espécies registradas) 90

13 1 1 INTRODUÇÃO As aves (Classe Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes, ovíparos, com temperatura corporal essencialmente constante (endotermia), bico córneo e características singulares que permitem a capacidade do voo, tais como o corpo coberto de penas, membros locomotores anteriores modificados em asas e ossos pneumáticos. Surgiram a partir de um grupo de répteis, provavelmente dos dinossauros, a cerca de 150 milões de anos durante o Jurássico Superior, data correspondente a idade do registro fóssil da primeira ave reconhecida pelos paleontólogos: o Archaeopterix (STORER, 2000). Ocupam todos os continentes, os mares e a maioria das ilhas e, portanto, habitam a maioria dos ecossistemas do planeta, do Ártico a Antártica. Podem variar muito em tamanho e peso, desde a menor ave do mundo, o endêmico cubano beijaflor-de-helena com 5,7cm de comprimento e cerca de g de peso, até a maior espécie do mundo, o africano avestruz com 2m de altura e cerca de 16kg (STORER, 2000). A priori, a importância ecológica da avifauna se dá na medida em que, ao conhecê-la abrem-se às portas para a manutenção da integridade e preservação das inúmeras espécies, bem como ao ecossistema associado, sendo que sua conservação é pertinente a cada habitante, tão como a instituição e órgãos ambientais interessados. No que diz respeito à riqueza em avifauna, o continente sul-americano possui papel de destaque em todo o planeta. Segundo Meyer de Schauensee (1970), citado por Sick (1997), o continente abriga aproximadamente a ordem de espécies residentes. Se contabilizado o número de espécies visitantes, essa abundância beira a margem de espécies. Com um total de espécies em todo o globo terrestre, a América do Sul possui pouco menos de 1/ do total de espécies registradas mundialmente, o que certamente faz do continente o abrigo do maior número de espécies de aves do mundo e detentor de uma riqueza ímpar, um verdadeiro paraíso não encontrado em qualquer outra região do planeta Terra. Dentre os treze países que integram o continente sul-americano, o Brasil possui papel de destaque mundial com relação à diversidade em sua fauna de aves, sendo que poucos países rivalizam nesse quesito. Com uma totalidade de 1.82

14 14 espécies já conhecidas, abarcando uma margem de 98 famílias e 1 ordens, o país é dono de uma diversidade impressionante e única (COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS - CBRO, 2011). A efeito de comparação, a abundância da fauna de aves nacional em questão torna-se ainda mais incrível se comparada às espécies de mamíferos (Classe Mammalia). Segundo Sick (1997), em 1997 a relação avifauna X mastofauna seria na margem de 6:1, ou seja, para cada 6 espécies de aves teria-se 1 espécie de mamífero. O Brasil, quinta maior nação do globo terrestre em extensão territorial (menor apenas de países como a Rússia, Canadá, Estados Unidos e China), possui km² o que equivale a 47,% da extensão superficial total da América do Sul. Paralelamente a grandeza territorial, também se faz presente a enorme diversidade de espécies de aves, tanto em âmbito qualitativo como quantitativo. No país existe, por exemplo, contrastes como é o caso da ema (Rhea americana), uma das maiores aves do planeta, e inúmeras espécies de beija-flores (Família Trochilidae), aves de menor porte. Voadores de maior porte mundial também é possível encontrar nacionalmente, como é o caso dos ocasionais albatrozes (Família Diomedeidae), aves da Família Cathartidae como, por exemplo, urubus e condor, e da maior ave de rapina das Américas, a harpia (Harpia harpyja). Também no país é possível encontrar aves voadoras mais ágeis, como os falcões (Família Falconidae) e andorinhões (Família Apodidae), bem como aves aquáticas migratórias e visitantes regulares das costas litorâneas e áreas lacustres do interior do país, como é o caso dos pinguins (Família Spheniscidae), patos, marrecos, gansos e cisnes (Família Anatidae). O país abriga também outro tipo de contraste, como, por exemplo, os representantes de aves que transmitem uma aparência um tanto quanto de estranheza, como é o caso dos urutaus ou mãe-da-lua (Gênero Nyctibius sp.), em oposição aos representantes exuberantes, detentores de cores chamativas e uma beleza admirável, tais como as araras, papagaios, periquitos, tiribas e maitacas (Família Psittacidae) (SICK, 1997). Com quase 60% de espécies de aves que ocorrem na América do Sul, o Brasil conta também com outro importante diferencial. Dentre as mais diversas espécies registradas sendo algumas citadas como exemplo anteriormente, são 24 o número das consideradas endêmicas, ou seja, que não ocorrem em mais nenhuma outra região do planeta, o que faz do país tupiniquim a nação não só com a maior

15 15 diversidade de aves, mas também com a maior quantidade de espécies endêmicas (GWYNNE et al., 2010). Não obstante, em fluxo contrário a toda riqueza e magnitude numérica que o Brasil dispõe, localiza-se no país um dos ecossistemas mais ameaçado e vulnerável do mundo: a Mata Atlântica (ou Floresta Pluvial Atlântica). Contando com uma extensão de km², equivalentes a 15% do território nacional, o bioma com a maior riqueza do planeta distribui-se nacionalmente do Rio Grande do Sul ao Piauí, englobando 17 estados brasileiros, e até mesmo países vizinhos como a Argentina e o Paraguai. Característica peculiar que o faz discernir dos demais biomas brasileiro, é o fato da Mata Atlântica apresentar distintas formas de relevo, paisagens, climas e culturas entre os povos que habitam sua vasta área (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2012). Outro aspecto que faz da floresta Atlântica um complexo único e grandioso se dá pelo fato desta apresentar não só uma extensa faixa que percorre toda parte oriental brasileira com inúmeros ecossistemas associados, tais como restingas, manguezais, brejos litorâneos, campos de altitude, e ilhas costeiras e oceânicas, mas também por essa apresentar distintas formações florestais, tal como a floresta litorânea e a floresta de montanhas (SICK, 1997; FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2012). A grandiosidade da Mata Atlântica pode também ser traduzida pelos impressionantes números a respeito de sua fauna e flora. São nas dimensões incomparáveis desse bioma que se registram mais de espécies de plantas, sendo que são endêmicas. A floresta também é o abrigo de espécies de aves, 72 de anfíbios, 50 de peixes, 197 de répteis e 270 de mamíferos (WWF BRASIL, 2012). Segundo Haffer, citado por Sick (1997), o sudeste brasileiro é responsável pelo maior índice de endemismo, com aproximadamente 140 espécies florestais. Dentre algumas espécies de aves, a floresta Atlântica é peculiar pela sua paisagem ser regida ao tom da martelada oriundo da vocalização da vulnerável araponga (Procnias nudicollis), considerada a voz da Mata Atlântica. O bioma também é a morada de diversas outras espécies de aves, tais como o macuco (Tinamus solitarius), jacuaçu (Penelope obscura), saíra-sete-cores (Tangara seledon), tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus), tangará (Chiroxiphia caudata) e beija-flor-de-fronte-violeta (Thalurania glaucopis) (WWF BRASIL, 2010).

16 16 Entretanto, foi no século XIX como parte do processo de colonização que o advento da cultura cafeeira em larga escala no Estado de São Paulo intensificou a devastação florestal da Mata Atlântica. Levando-se em consideração apenas o Estado de São Paulo, acreditava-se que primordialmente apresentava 81% de sua cobertura vegetal representado por florestas, que gradativamente foram sendo suprimidas pela ação humana (HÖFLING, CAMARGO, 1996). Também é na região de Mata Atlântica em que atualmente há habitação para 62% dos brasileiros, o que corresponde a aproximadamente 110 milhões da população nacional. Um enorme contingente visto que as relações homem e natureza se fazem constantemente presente, seja através de ações antropogênicas degradantes ou por sua pressão ocupacional, de modo a muitas vezes desequilibrar, ameaçar e acarretar prejuízos à biodiversidade local. Apesar de toda magnitude numérica, cerca de 9% da formação original da Mata Atlântica já fora devastada. Essa enorme sobrecarga ocupacional se faz preocupante quando analisada a importância desse bioma como fonte de inúmeros recursos. A região possui sete das nove maiores bacias hidrográficas do Brasil, responsáveis pelo abastecimento quantitativo e qualitativo de água potável para cerca de,4 mil municípios. Faz parte da rede de bacias que compõem a floresta Atlântica os rios São Francisco, Paraná, Tietê, Paraíba do Sul, Doce e Ribeira do Iguape, todos de importância nacional e regional, visto que é nessa rede hidrográfica que abrigam ricos e ameaçados ecossistemas aquáticos (FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA, 2012). Com a crescente urbanização relacionada ao avanço populacional sobre áreas verdes de mananciais registrados nas últimas décadas, coube a nossa avifauna buscar abrigo e refúgio em campos e florestas remanescentes. Daí encontra-se a importância da existência e conservação de parques e fragmentos de vegetações em meio ao caos urbano, uma vez que contribui para a manutenção e dá abrigo e alternativas para, ainda que precária, existência de diversas espécies de aves nas cidades (DEVELEY, ENDRIGO, 2011). Segundo Sick (1997), destacam-se no ambiente urbanizado três categorias de espécies de aves: (1) Aquelas sobreviventes da paisagem vigorada anteriormente no local, como por exemplo, o bacurau-tesoura (Hydropsalis torquata). (2) Espécies invasoras, tais como a rolinha-roxa (Columbina talpacoti), andorinhas (Família Hirundinidae) e beija-flores (Família Trochilidae), esses últimos podendo deter um papel de importância no ambiente urbanizado. () Por último, as consideradas aves

17 17 introduzidas, representa pelas exóticas Passer domesticus (pardal) e Estrilda astrild (bico-de-lacre). Outros exemplos de espécies decorrentes de um ambiente urbanizado são alguns tiranídeos, tais como o suiriri (Tyrannus melancholicus), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis) e a guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) (SICK, 1997). Em um país onde sua população cresce exponencialmente de forma desenfreada, cada vez mais se podem constatar impactos ambientais relacionado ao meio ambiente. Nos dias atuais convive-se, constantemente, com a discussão a respeito desse tema. Debates e conteúdos à cerca desta questão são vistos em noticiários televisivos e radiofônicos, em jornais e periódicos, como também na Internet. Todavia, o conceito de impacto ambiental é bem mais amplo, e muitas vezes vai além do que temos por definição, considerando que muitos conceitos oriundos e apropriados pelo senso comum nem sempre traduzem o real significado para diversos temas. Para uma definição mais sucinta a respeito, define-se impacto ambiental segundo o artigo 1 da Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 2 de janeiro de 1986, como sendo qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causado por qualquer forma de matéria ou energia resultantes das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais (BRASIL, 2008). As incalculáveis alterações na paisagem que a ação humana já realizou ou vem realizando drasticamente podem oferecer um risco a avifauna partindo do pressuposto de que uma das necessidades básicas para a manutenção da integridade das espécies, passa pela exigência de um espaço mais amplo para sobreviverem. Restos de hábitat naturais são impossíveis de atenderem toda a demanda de sobrevivência das espécies e, por esse motivo, é impossível preservar a avifauna limitando-as a fragmentos de área verde espalhados pela cidade. Aves voláteis que são mantidas em pequenos fragmentos de áreas, lotes de mata ou campos primitivos, dificulta e até mesmo impede as mesmas de manterem todo seu ciclo biológico durante o ano (SICK, 1997).

18 18 Faz-se importante ressaltar o fato das aves serem excelentes bioindicadoras da pressão ambiental do meio em que estão inseridas. Segundo pesquisas, as aves muitas vezes acumulam em suas penas depósitos de metais pesados suspensos na atmosfera, tais como chumbo e cádmio, oriundos na maioria das vezes da atividade humana. Aves também constituem elos finais na cadeia alimentar, e desse modo tendem a concentrar metais pesados através da alimentação. Estudos apontam que teores de mercúrio e zinco já fora incorporados ao tecido muscular de aves como trinta-réis (Sterna hirundinacea). Com relação à poluição da água, a crescente poluição de rios, muitas vezes transformados em esgotos a céu aberto, acarreta na expulsão de algumas espécies de aves, tais como os martins-percadores (Família Alcedinidae), mergulhões (Família Podicipedidae), trinta-réis (Família Sternidae) e andorinhas como Tachycineta albiventer (andorinha-do-rio) (SICK, 1997). Desta forma, por meio desse trabalho científico, propõe-se registrar não só a diversidade e ocorrência de inúmeras espécies de aves do campus do Centro Universitário Fundação Santo André, mas também o fato destas conviverem com pressões causadas pelo homem, bem como desmatamento, poluição e modificações do meio, como por exemplo, modificações paisagísticas internas do campus, como também àquelas relacionadas à região da instituição. Diante da pressão sofrida, os ecossistemas têm incrível capacidade de regeneração e recuperação contra eventuais impactos, sejam eles naturais ou antropogênicos. Não obstante, os impactos de natureza antropogênico são cada vez mais nocivos aos ecossistemas, não dando chance nem tempo para a regeneração do meio ambiente. Assim, o levantamento atualizado de avifauna no campus da instituição terá pertinência de maneira a possuir efeito essencialmente comparativo com relação a trabalhos realizados de mesma natureza, de modo que a ocorrência de espécies e alterações do meio serão partes fundamentais desta análise e registro da diversidade local. O próprio campus da faculdade não passou ileso ao processo de urbanização desordenada e redução da mata nativa em que a região da instituição sofreu no início do século passado. Se outrora, era um local que abrigava um sítio cujo nome remetia a uma ave da família Pipridae Sítio Tangará (Chiroxiphia caudata), contando com 25 alqueires e uma fauna que possuía exemplares de paca, tatu, preá, e porco do mato, bem como nhambu, marreco, pato e frango d água, hoje esses processos de alteração da fauna e flora resultaram em uma aproximação

19 19 entre o homem e espécies exóticas, que muitas vezes possuem importância sanitária. É o caso de dípteros do gênero Aedes, como por exemplo, o Tigre-asiático (Aedes albopictus) já identificado na instituição (LAPORTA, COSTA, 2002). No momento, o campus do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) dispõe de um campus cuja área relativamente grande integra aspectos naturais e urbanos em um ambiente agradável, oferecendo refúgio a diversas espécies de aves, colaborando para a riqueza da avifauna da região. Entretanto, uma vez que possíveis degradações e modificações da área verde local poderão ocorrer em um futuro breve caso continue existindo os diversos fatores constatados em primeira instância, a importância desse presente estudo se dá de modo a identificar possíveis problemas e oferecer dados para possíveis soluções. A identificação das inúmeras espécies de aves seguida das respostas que elas carregam com si próprias em relação às condições do meio tratado e a imensa capacidade de conviverem a esse ambiente vulnerável, fazem delas ótimos indicadores ecológicos para as condições do ambiente (GIMENES, ANJOS, 200). Desse modo, esse trabalho científico visa procurar conhecer a diversidade de espécies de aves frequentadoras do campus da faculdade, comparando os resultados a outros levantamentos e, a partir dos problemas encontrados oferecer suporte a execução de possíveis programas de educação ambiental junto a moradores da região e alunos/docentes da instituição a fim de propor medidas de conservação da avifauna local. Por fim, um levantamento da diversidade de avifauna no campus do Centro Universitário Fundação Santo André é justificado na medida em que é possível conhecer as inúmeras espécies que no local residem, visitam ou frequentam sazonalmente. Se colocarmos um outro aspecto a esta premissa, torna-se ainda mais pertinente o estudo a cerca desta avifauna. Esse aspecto seria a atualização e comparação de dados e registros com relação ao trabalho científico anterior realizado por Domenichelli e Simone em 2002 no interior da instituição, visto que nos últimos anos houve diversas alterações internas no próprio campus universitário como também nos arredores da faculdade. Em virtude de o Centro Universitário Fundação Santo André oferecer um razoável fragmento de área verde, é nítido sua importância para toda a avifauna da região. O campus oferece flora e fauna relacionando-se, o que favorece as mais diversas necessidades das aves, pois é através dos recursos alimentares, locais

20 20 para nidificação e refúgio disponíveis que as aves podem se estabelecer (HÖFLING, CAMARGO, 1996). Principalmente, quando tratamos de áreas urbanizadas e alteradas pela ação antropogênica, onde temos constantemente modificações ambientais. Almeja-se por objetivo que esse levantamento científico possa oferecer um trabalho que sirva de base não só para aqueles que são amantes desse mundo de cantos, cores e formas, mas também para aqueles que lutam através de programas e outros projetos em pró do meio ambiente e toda a diversidade de aves correlacionada.

21 21 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar o levantamento atualizado da avifauna do campus do Centro Universitário Fundação Santo André. 2.2 Objetivos Específicos Identificar as espécies que vivem e/ou circulam sobre o local. Verificar interações das aves com a vegetação local em relação à alimentação. Verificar possíveis alterações no local e nas redondezas e possíveis relações delas com a ocorrência de aves no campus. Elaborar um guia fotográfico virtual com registros, informações e curiosidades sobre a avifauna local.

22 22 METODOLOGIA.1 Área de estudo.1.1 Histórico O Centro Universitário Fundação Santo André é uma instituição de caráter público e de direito privado, fundada em 1962, através da Lei Municipal nº 1.840, da Prefeitura de Santo André. A priori, sua finalidade foi manter a Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FAECO), também criada pelo Poder Público Municipal, em 195. A FAECO foi a primeira escola de ensino superior da região do Grande ABC e teve suas atividades iniciadas nas instalações da Escola Técnica Júlio de Mesquita. Em 1966, surge a segunda unidade: FAFIL (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras). Em meados dos anos 80, a instituição criou a escola de ensino médio, o Colégio da Fundação Santo André. Com proposta pedagógica fundamentada nos princípios de construção do conhecimento e instalado em campus universitário, fato que incentiva a integração com o ambiente acadêmico até os dias atuais. O Centro de Pós-Graduação surgiu em No final dos anos 90, iniciou-se a transformação das faculdades isoladas, FAFIL e FAECO, em Centro Universitário, ocasião em que a terceira faculdade foi, também, criada, a Faculdade de Engenharia Celso Daniel - FAENG. Atualmente, a Fundação Santo André é mantenedora do Centro Universitário, que abriga as três faculdades e o colégio (CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ - CUFSA, 2011a)..1.2 Localização e caracterização O estudo sobre o levantamento de espécies de aves foi realizado no campus do Centro Universitário Fundação Santo André, localizado no município de Santo André, SP, Brasil (Mapa 1). Situado nas coordenadas 2 9'42"S e 46 '17"W, a faculdade possui seu campus instalado no bairro Vila Príncipe de Gales, na região denominada Grande

23 2 ABC, cujo alguns exemplos de bairros vizinhos são: Vila Vivaldi, Vila Valparaíso, Vila Guiomar, Vila Alpina e Vila Alice pertencentes ao município de Santo André, além dos bairros Rudge Ramos e Anchieta pertencentes ao município de São Bernardo do Campo (Mapa 2). O campus do centro universitário caracteriza-se por apresentar um terreno de 58,2 mil m² de área, sendo 0, mil m² equivalentes à área construída. Dentre a mesma, destacam-se arquiteturas que se diferenciam em suas constituições às demais construções vizinhas, tais como, por exemplo, três faculdades (FAFIL, FAECO e FAENG) que somam ao todo 165 salas de aula, um colégio, três auditórios, um teatro (Teatro Nelson Zanotti) com capacidade para 26 lugares, uma biblioteca (Jacob Daglian) comunitária, duas quadras poliesportivas, campo de terra para práticas de esportes, estacionamento amplo com capacidade total de 1100 vagas, área para biotério e viveiro didático (Mapa ) (CUFSA, 2011b). O campus também é localizado próximo ao rio Ribeirão dos Meninos, pertencente à Bacia do Alto Tamanduateí. Aspecto importante é a existência vizinha de um Reservatório de Retenção, o chamado Piscinão. Pertencente a Bacia do Alto Tamanduateí, o Piscinão denominado Fac. Medicina possui capacidade de 120 mil m³ e faz divisa com o campus do CUFSA, mais especificamente com a área em que se localiza atualmente o prédio da Faculdade de Engenharia Celso Daniel FAENG e o estacionamento (DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA - DAEE, 2011). O Parque Escola é uma importante área verde também localizada próximo a região do campus do CUFSA. Detentor de uma área distribuída em m, o local oferece diversas ferramentas naturais de cunho sócio-ambiental, dentre elas pode-se citar jardim para beija-flores e espécies botânicas tais como eucalipto gigante (Eucalyptus sp.), pau-jacaré (Piptadenia gonoacantha), samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), espatódea (Spathodea sp.), bromeliário (Ordem Poales) e orquidário (Ordem Asparagales) (PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ - PSA, 2010).

24 24 MAPA 1 Estado de São Paulo. Cidade de Santo André e localização do campus do CUFSA em destaque (Mapa de confecção própria). MAPA 2 Vista aérea do CUFSA Santo André/SP, 2012 (GOOGLE EARTH, 2012).

25 25 MAPA Campus do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) com destaque para a sua arquitetura (CUFSA, 2011)..2 Procedimento.2.1 Método de amostragem O método para a amostragem de aves baseou-se no de trajetos de distância ilimitada (BIBBY et al., 1992), a fim de obter um melhor aproveitamento numérico na relação espécies/esforço, de modo que, as visitas a campo foram realizadas de maneira quinzenal entre o seguinte intervalo de tempo: Período matutino (das 07h0 as 12h00). As observações foram realizadas levando-se em consideração a observação direta a olho nu e/ou por meio das vocalizações emitidas pelos animais. Também foi utilizada técnicas e ferramentas propostas por Franchin, Júnior e Del-Claro (2010), como o emprego do método sonoro de atração por play-back (técnica de bioacústica), no qual é reproduzido o canto ou chamado gravado previamente em aparelho sonoro da ave a ser observada, com finalidade de atrair e averiguar a presença dos espécimes que são induzidos pela fonte de som. Outra técnica

26 26 adequada baseou-se no registro das ocorrências com o advento de câmera fotográfica. Para tais operações, foram adotados os empregos de gravador de som modelo LG - GD510 e câmera fotográfica modelo Panasonic DMC FZ40. A identificação das espécies baseou-se na variada literatura que serviram como base para a execução desse trabalho, em especial àquelas que continham pranchas ilustrativas e descritivas das aves. Destacam-se Gwynne et al. (2010), Höfling e Camargo (1996), e o portal Wiki Aves (2011)..2.2 Processamento dos dados Os dados procedentes das amostragens foram registrados e arquivados de acordo com a data em fichas de observação em campo adaptadas de Domenichelli e Simone (2002) (ANEXO 1), e utilizados de modo a obter informações para a análise quantitativa e qualitativa dos resultados desse trabalho. Entende-se por análise quantitativa aquela em que gera resultados a partir de cálculos fundamentados nos dados obtidos durante os períodos de visita a campo. No que diz respeito a análise qualitativa, entende-se por aquela em que gera resultados a partir de uma listagem obtida da somatória das espécies avistadas de maneira ocasional, aliada àquelas também avistadas durante os períodos de visita a campo. Portanto, os dados quantitativos complementam a listagem qualitativa em uma análise final conjugada desse trabalho. As informações oriundas das fichas de observação em campo foram tabuladas e convertidas em análises gráficas por meio do emprego dos programas de computador Microsoft Excel e Microsoft Word. A nomenclatura cientifica das espécies e seus respectivos nomes populares (tanto português como inglês), bem como a classificação taxonômica, seguiram a lista proposta pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO, 2011). Para uma melhor delimitação da área abrangida, o campus da faculdade foi dividido em áreas e 6 sub-áreas de modo a facilitar as observações e ajudar a relacionar os registros e suas respectivas áreas de ocorrência. Os pontos de observação foram determinados levando-se em consideração os seguintes critérios: 1) Localização; 2) Movimentação de pessoas e veículos que circulam pelo local; )

27 27 Características da vegetação; 4) Construções adjacentes por intermédio de ações antropogênicas. Desse modo, utilizando como base a metodologia estabelecida por Domenichelli e Simone (2002), as áreas e suas respectivas sub-áreas (Figura 1) foram definidas: ÁREA 1: Abrange o biotério, quadras poliesportivas, galpão, e os prédios da FAFIL (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) e FAECO (Faculdade de Economia e Administração). Região bastante arborizada, inclusive com grande parte das árvores frutíferas do campus. Foi dividida em sub-áreas: 1.1 Biotério e quadra poliesportivas; 1.2 Região entre o galpão e o prédio anexo; 1. Região atrás dos prédios da FAFIL e FAECO, incluindo a região da Casa Amarela. ÁREA 2: Abrange a área entre os prédios da FAECO e FAFIL, e também a parte frontal desses mesmos prédios e do antigo colégio, incluindo a biblioteca (Biblioteca Comunitária Jacob Daghlian) e parte do terreno da Faculdade de Medicina do ABC, fazendo limite com as ruas de acesso à faculdade (Avenida do Conhecimento) e com uma das entradas da faculdade. Região bastante arborizada, não obstante, com menor número de árvores frutíferas e com maior quantidade de árvores de grande porte, como por exemplo, eucaliptos (Gênero Eucalyptus sp.). Devido à sua localização, esse local possui maior fluxo de pessoas e veículos que freqüentam a faculdade. Foi dividida em sub-áreas: 2.1 Trecho entre os prédios da FAECO e FAFIL, e entre a Casa Amarela e a Biblioteca; 2.2 Entre o setor frontal do Antigo Colégio e da FAECO e a Biblioteca; 2. Entre a Biblioteca e a parte frontal da FAFIL, incluindo parte do terreno da Faculdade de Medicina do ABC. ÁREA : Local onde abrange a região entre a parte frontal do prédio anexo e do Colégio, além do prédio da FAENG (Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel ), do campo de futebol e do estacionamento. Espaço no qual possui o menor número de árvores do campus, possuindo grande área de impermeabilização do solo. Área com grande fluxo de pedestres e, principalmente, de veículos. O local não teve divisões ao seu dispor.

28 28 A partir destas áreas, foram escolhidos seis locais do ambiente com possibilidade de observação das aves. Foram eles: LOCAL 1: Campo aberto, solo plano e áreas com capinzal: campo de terra, ruas, calçadas e capinzais; LOCAL 2: Arbustos: arbustos e arvoretas; LOCAL : Árvores: árvores de médio e grande porte (frutíferas ou não); LOCAL 4: Construções: prédios, cercas, antenas, fios, comedouros e qualquer local que seja produto da ação antrópica; LOCAL 5: Voando baixo: aves durante o vôo em alturas semelhantes a um prédio de dois andares (como por exemplo, o Prédio Anexo da FAFIL); LOCAL 6: Voando alto: aves durante vôo em alturas superiores a 8 metros..2. Outras técnicas e ferramentas Dois bebedouros (Figuras 2 e ) para espécies nectarívoras foram adquiridos e instalados pela área 1 mais especificamente na sub-área 1.1. O abastecimento se deu, preferencialmente, por meio da solução oriunda da mistura de açúcar do tipo mascavo com água. Na mesma área e respectiva sub-área foi distribuídos dois comedouros (Figuras 4 e 5) com altura aproximada de 1,4 m adquiridos através de doação, cuja forma remetem a letra alfabética T, contendo dois pregos grandes no centro, em sua superfície, com a finalidade de fixação de frutas. As frutas utilizadas para a alimentação dos animais, em sua grande parte tiveram como critério de escolha àquelas previamente conhecidas, por meio da literatura, de apreciação por parte das aves frugívoras. Também foi instalado no mesmo local um comedouro para sementes (Figura 6) adquiridos através de confecção manual, em que consistia de um suporte elaborado de garrafa no qual armazenava as sementes que eram depositadas em um recipiente circular conforme as aves alimentavam-se do conteúdo. O abastecimento se deu por misturas de sementes, tais como alpiste, painço e variadas vitaminas coloridas artificialmente.

29 Análise dos resultados As análises dos resultados quantitativos basearam-se no aplicado por Domenichelli e Simone no trabalho de levantamento de aves executado no ano de 2002 no próprio campus da instituição, e podem ser vistas por intermédio da Tabela 1 e dos Gráficos 1, 5 e 6. Desse modo, os resultados quantitativos apresentados em forma de porcentagem na Tabela 1 e no Gráfico 1 foram determinados a partir do cálculo de multiplicação do número de avistamentos de cada espécie pelo número 100. O resultado do cálculo foi dividido pelo número total de amostragens realizadas (P). Em suma, a equação final utilizada foi: x = n x 100 / P, onde n = número total de observação de uma determinada espécie; P = número total de amostragens realizadas (P = 0). O mesmo método de cálculo foi utilizado para a representação dos locais em que fora ocupado pelas aves (Gráfico 6), diferindo apenas na acepção conferida ao símbolo n. Portanto, a equação final utilizada foi: x = n x 100 / P, onde n = quantidade de vezes em que foi avistado uma espécie em um local durante as amostragens; P = número total de amostragens realizadas (P = 0). A análise gráfica com relação as área de observação (Gráfico 5) foi obtida por meio da média obtida através da soma do número de espécies avistadas em cada área do campus da instituição, dividido pelo número de amostragens realizadas. Em suma, a equação utilizada foi: X = n / P, onde n = número total de observações das aves em determinada área; P = número total de amostragens realizadas (P = 0). No que diz respeito a análise qualitativa, levou-se em consideração a listagem de aves observadas ocasionalmente somadas àquelas observadas nas amostragens a campo (registros quantitativos).

30 0 Os resultados segundo os hábitos alimentares, presentes tanto na análise quantitativa como também na análise qualitativa (Gráficos 4 e 9), tiveram como base o cálculo utilizando-se a regra de três, cuja finalidade foi obter o percentual de cada resultado. Segundo o proposto por Magalhães (2007), e baseado na adaptação das informações obtidas da literatura (STOTZ et al., 1996; SICK, 1997; DEVELEY, ENDRIGO, 2004; GWYNNE et al., 2010), também adotaram-se categorias afim de delimitar um panorama da avifauna observada no campus da faculdade e, dessa maneira, propor uma melhor compreensão da dinâmica dos animais observados segundo os mecanismos que os regem. Desse modo, as aves registradas foram classificadas e agrupadas segundo características ecológicas. As características adotadas foram: 1. Hábito alimentar: insetívoras (espécies que se alimentam de artrópodes); onívoras (espécies que se alimentam tanto de animais quanto de vegetais); frugívoras (espécies que se alimentam principalmente de frutos); carnívoras (espécies que se alimentam de vertebrados); granívoras (espécies que se alimentam principalmente de sementes); nectarívoras (espécies que se alimentam principalmente de néctar); filtradoras (espécies que se alimentam de pequenos organismos aquáticos); e necrófagas (espécies que se alimentam de carniça). 2. Comportamento migratório: migrantes regionais (espécies que apenas atravessam o território brasileiro); migrantes setentrionais (espécies oriundas do Hemisfério Norte, durante o inverno boreal); migrantes na América do Sul (espécies que percorrem entre o Brasil e países vizinhos do continente sul-americano); e migrantes meridionais (espécies oriundas do Hemisfério Sul, durante o inverno austral).. Sensibilidade às modificações ambientais: espécies com alta sensibilidade às modificações ambientais; espécies com média sensibilidade às modificações ambientais; e espécies com baixa sensibilidade às modificações ambientais. 4. Endemismo na Mata Atlântica: espécies endêmicas (nativas); e espécies exóticas introduzidas.

31 1.2.5 Guia fotográfico virtual Utilizou-se a rede mundial de computadores para a elaboração do guia fotográfico virtual e sua respectiva hospedagem, de modo a ser possível o acesso ao mesmo através do endereço eletrônico: No ANEXO desse respectivo trabalho também é possível a visualização dos dados e fichas das espécies do mesmo guia correspondente. Contendo 64 fichas descritivas das espécies registradas no campus da instituição, listadas na análise qualitativa (Tabela 6), o guia foi confeccionado visando a fácil apreciação não só por parte de biólogos ou ornitólogos, mas também por leigos isentos de qualquer conhecimento de cunho cientifico, possibilitando um melhor conhecimento das espécies viventes. Priorizando o zelo quanto à simplicidade e objetividade com relação à exposição das informações, adotaram-se os seguintes critérios quanto aos dados descritivos contidos nas identificações das aves: nome comum, nome científico, nome em inglês, família taxonômica, tamanho, características gerais (cores, cantos, postura, hábitos, dentre outras), habitat, hábito alimentar e reprodução. As informações presentes no guia fotográfico virtual referentes a descrição de cada espécie observada foram extraídas dos livros Aves do Brasil: Pantanal & Cerrado de Gwynne et al. (2010), Aves no Campus de Höfling e Camargo (1996), Ornitologia Brasileira de Helmut Sick (1997), e também do portal Wiki Aves (2012). Baseado na classificação aplicada por Höfling e Camargo (1996), adotou-se também critérios para qualificar e quantificar os níveis de distribuição e abundância das espécies pelo campus da faculdade, permitindo serem vistos através do tópico Status no Campus. Os resultados basearam-se na quantidade de vezes em que as aves foram observadas durante o levantamento quantitativo, sendo também considerado os animais que foram observados apenas ocasionalmente (em geral, apenas uma única vez em todo o período de pesquisa). Para retratar os resultados, empregou-se a seguinte simbologia e escala: = espécie super-rara, observada ocasionalmente (em geral, avistada apenas uma ou duas vezes através da observação ocasional); = espécie rara e de difícil observação no campus (1 a 8 registros no levantamento quantitativo);

32 2 = espécie pouco comum no campus (9 a 16 registros no levantamento quantitativo); = espécie comum e de fácil observação no campus (17 a 24 registros no levantamento quantitativo); = espécie muito comum e numerosa no campus (25 a 0 registros no levantamento quantitativo).

33 Figura 1 - Mapa esquemático adaptado de Domenichelli e Simone (2002) do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA), destacando a divisão das áreas de observação e a distribuição de comedouro e bebedouros.

34 4 Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) Figura 2 - Bebedouros utilizados durante o levantamento de avifauna do CUFSA. Figura Instalação do bebedouro na sub-área 1.1 (viveiro). Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012)

35 5 Figura 4 Um dos dois comedouros utilizado durante o levantamento de avifauna do CUFSA. Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) Figura 5 Fixação das frutas sob o comedouro instalado na sub-área 1.1 (viveiro).

36 6 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 6 - Comedouro de sementes instalado na sub-área 1.1 (viveiro).

37 7 4 RESULTADOS 4.1 Análise quantitativa Os dados quantitativos obtidos após os trabalhos de observação em campo iniciados no dia 19 de setembro de 2011 e encerrados em 1 de setembro de 2012, apontaram após 0 turnos à campo e aproximadamente 27 horas de observação a ocorrência de 44 espécies de aves pertencentes a 40 gêneros, 26 famílias e 1 ordens (Tabela 1). Tabela 1 - Lista das espécies de aves registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. ORDEM FAMILIA ESPÉCIE NOME POPULAR N DE AVISTAMENTOS Accipitriformes Accipitridae Accipiter striatus Gavião-miúdo 10 Apodiformes Trochilidae Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul 4 1, Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura 5 16,6 Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero 5 16,6 Columbiformes Columbidae Columba lívia Pombo-doméstico 20 66,6 Columbina talpacoti Rolinha-roxa 17 56,6 Patagioenas picazuro Pombão 1, Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani Anu-preto 2 6,6 Guira guira Anu-branco 5 16,6 Piaya cayana Alma-de-gato 6 20 Falconiformes Falconidae Caracara plancus Caracará 5 16,6 Passeriformes Coerebidae Coereba flaveola Cambacica Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre 2 6,6 Furnariidae Furnarius rufus João-de-barro 1 4, Synallaxis spixi João-teneném 1, Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa 1 4, Icteridae Molothrus bonariensis Vira-bosta 6 20 Mimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo 10 Parulidae Basileuterus culicivorus Pula-pula 6 20 Parula pitiayumi Mariquita 1, Passeridae Passer domesticus Pardal 10 %

38 8 Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio 8 26,6 Thraupidae Pipraeidea melanonota Saíra-viúva 10 Tangara cayana Saíra-amarela 10 Tangara sayaca Sanhaçu-cinzento Thlypopsis sórdida Saí-canário 1 4, Troglodytidae Troglodytes musculus Corruíra 2 76,6 Turdidae Turdus leucomelas Sabiá-barranco 11 6,6 Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira Tyrannidae Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela 1, Myiozetetes similis Bentevizinho-de-penacho-vermelho 1, Pitangus sulphuratus Bem-te-vi Tyrannus melancholicus Suiriri 1, Tyrannus savana Tesourinha 2 6,6 Vireonidae Vireo olivaceus Juruviara 1, Pelecaniformes Ardeidae Ardea alba Garça-branca-grande 1, Piciformes Picidae Colaptes campestres Pica-pau-do-campo 2 6,6 Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado 2 6,6 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Biguá 1, Psittaciformes Psittacidae Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro 10 Brotogeris tirica Periquito-rico 2 76,6 Diopsittaca nobilis Maracanã-pequena 2 6,6 Strigiformes Strigidae Asio clamator Coruja-orelhuda 5 16,6 A análise da Tabela 1 apresenta como espécies mais avistadas as seguintes aves: cambacica (Coereba flaveola), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) e bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), todos observados em 100% do levantamento quantitativo, seguido do sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca) com 90%; na sequencia, com aproximadamente 70% das observações, destacam-se a corruíra (Troglodytes musculus) (76,6%), periquito-rico (Brotogeris tirica) (76,6%) e pombo doméstico (Columba livia) (66,6%). A seguir, os percentuais das observações também podem ser vistos na ordem decrescente por intermédio do Gráfico 1.

39 9 Gráfico 1 Percentual decrescente de espécies registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Coereba flaveola Pitangus sulphuratus Turdus rufiventris Tangara sayaca Brotogeris tirica Troglodytes musculus Columba lívia Coragyps atratus Columbina talpacoti Furnarius rufus Pygochelidon cyanoleuca Thlypopsis sórdida Turdus leucomelas Todirostrum cinereum Basileuterus culicivorus Molothrus bonariensis Piaya cayana Asio clamator Caracara plancus Eupetomena macroura Guira guira Vanellus chilensis Amazilia lactea Accipiter striatus Amazona aestiva Mimus saturninus Passer domesticus Pipraeidea melanonota Tangara cayana Colaptes campestres Colaptes melanochloros Crotophaga ani Diopsittaca nobilis Estrilda astrild Tyrannus savana Ardea alba Elaenia flavogaster Myiozetetes similis Parula pitiayumi Patagioenas picazuro Phalacrocorax brasilianus Synallaxis spixi Tyrannus melancholicus Vireo olivaceus ,6 16,6 16,6 16,6 16,6 1, ,6 6,6 6,6 6,6 6,6 6,6,,,,,,,,, 26,6 4, 4, 4, 6, ,6 66,6 76,6 76,6 90 Espécies X x Percentual de Espécies (%)

40 40 Com relação a classificação taxonômica, os resultados apontaram ao nível de ordem a dominância dos passeriformes sobre os demais táxons de mesma categoria. Com 24 (ou 54,5%) espécies de um total de 44, os passeriformes representam mais que a metade das espécies registradas (Gráfico 2), fato motivado por esta ordem abarcar um maior número de famílias (8 famílias de 24 computadas no total). As três espécies mais avistadas no levantamento quantitativo também fazem parte da ordem dos passeriformes: cambacica (Coereba flaveola), sabiálaranjeira (Turdus rufiventris) e bem-te-vi (Pitangus sulphuratus). Ao nível de família, os resultados apontaram a ligeira prevalência dos tiranídeos (Tyrannidae) com 5 (ou 11,%) espécies registradas, seguido pelos traupídeos (Thraupidae) com uma a menos, 4 espécies registradas (ou 9% do total) (Gráfico ). Entre os tiranídeos, ressalta-se novamente o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus); já com relação aos traupídeos, destaca-se o sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca), uma das espécies mais observadas no levantamento quantitativo. Gráfico 2 Quantidade de espécies por ordem taxonômica registradas por meio do levantamento quantitativo no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Total de espécies

41 Accipitridae Ardeidae Cathartidae Charadriidae Coerebidae Columbidae Cuculidae Estrildidae Falconidae Furnariidae Hirundinidae Icteridae Mimidae Parulidae Passeridae Phalacrocoracidae Picidae Psittacidae Rhynchocyclidae Strigidae Thraupidae Trochilidae Troglodytidae Turdidae Tyrannidae Vireonidae 41 Gráfico Quantidade de espécies por família taxonômica registradas por meio do levantamento quantitativo no período de 19/9/2011 a 1/9/2012. Total de espécies A Tabela 2 mostra a distribuição da avifauna avistada através do levantamento quantitativo segundo os hábitos alimentares delas. Do total de espécies observadas, foram registradas 7 categorias distintas. São elas: Carnívora, Necrófaga, Insetívora, Nectarívora, Frugívora, Onívora e Granívora. Com 8,6% (ou 17 espécies), ocorreu a prevalência do hábito alimentar insetívoro, seguido por espécies onívoras (20,45% ou 9 espécies), totalizando juntas 59,08% do total dentre todas as categorias. Na sequência destacam-se as espécies carnívoras e frugívoras com 11,6% (ou 5 espécies) cada uma, granívoras com 9,09% (ou 4 espécies), nectarívoras com 6,81% (ou espécies) e, por último, com apenas uma única espécie registrada, destaca-se o hábito alimentar necrófago (1,61%). Os percentuais das 7 categorias podem ser conferidos por intermédio do Gráfico 4.

42 42 Tabela 2 Distribuição das aves registradas no levantamento quantitativo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) segundo os hábitos alimentares. HÁBITO ALIMENTAR ESPÉCIE Carnívora Accipiter striatus Gavião-miúdo NOME POPULAR Ardea alba Caracara plancus Phalacrocorax brasilianus Asio clamator Garça-branca-grande Caracará Biguá Coruja-orelhuda Necrófaga Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Insetívora Vanellus chilensis Quero-quero Piaya cayana Guira guira Crotophaga ani Furnarius rufus Synallaxis spixi Pygochelidon cyanoleuca Parula pitiayumi Basileuterus culicivorus Colaptes campestres Colaptes melanochloros Todirostrum cinereum Troglodytes musculus Myiozetetes similis Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Vireo olivaceus Alma-de-gato Anu-branco Anu-preto João-de-barro João-teneném Andorinha-pequena-de-casa Mariquita Pula-pula Pica-pau-do-campo Pica-pau-verde-barrado Ferreirinho-relógio Corruíra Bentevizinho-de-penacho-vermelho Suiriri Tesourinha Juruviara Nectarívora Coereba flaveola Cambacica Amazilia lactea Eupetomena macroura Beija-flor-de-peito-azul Beija-flor-tesoura Frugívora Patagioenas picazuro Pombão Diopsittaca nobilis Amazona aestiva Brotogeris tirica Tangara cayana Maracanã-pequena Papagaio-verdadeiro Periquito-rico Saíra-amarela Onívora Columba lívia Pombo-doméstico Mimus saturninus Sabiá-do-campo

43 4 Thlypopsis sórdida Pipraeidea melanonota Tangara sayaca Turdus leucomelas Turdus rufiventris Pitangus sulphuratus Elaenia flavogaster Saí-canário Saíra-viúva Sanhaçu-cinzento Sabiá-barranco Sabiá-laranjeira Bem-te-vi Guaracava-de-barriga-amarela Granívora Columbina talpacoti Rolinha-roxa Estrilda astrild Molothrus bonariensis Passer domesticus Bico-de-lacre Vira-bosta Pardal Gráfico 4 Percentual de espécies por hábitos alimentares registradas por meio do levantamento quantitativo. Dentre as aves listadas no levantamento quantitativo, 6 espécies possuem comportamento migratório, sendo 1 migrante regional (Patagioenas picazuro), 2 migrantes setentrionais (Molothrus bonariensis e Vireo olivaceus), e migrantes meridionais (Pipraeidea melanonota, Tyrannus melancholicus e Tyrannus savana). Também registrou-se 1 espécie endêmica de Mata Atlântica, o periquito-rico (Brotogeris tirica), e espécies exóticas introduzidas, sendo elas o pombo-

44 44 doméstico (Columba lívia), o bico-de-lacre (Estrilda astrild) e o pardal (Passer domesticus). No que diz respeito a tolerância às modificações ambientais (sensibilidade), 8 espécies possuem baixa sensibilidade e 6 espécies possuem média sensibilidade. Entre as que possuem média sensibilidade, destacam-se: pombão (Patagioenas picazuro), pula-pula (Basileuterus culicivorus), mariquita (Parula pitiayumi), saíraamarela (Tangara cayana), papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e maracanãpequena (Diopsittaca nobilis). É possível a observação das categorias citadas anteriormente com relação as aves avistadas durante o levantamento quantitativo por meio da Tabela a seguir: Tabela - Lista das espécies de aves registradas nas observações quantitativas do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando três categorias de classificação: espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. ESPÉCIE NOME POPULAR MIGRAÇÃO ENDEMISMO SENSIBILIDADE Accipiter striatus Gavião-miúdo - - B Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul - - B Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura - - B Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta - - B Vanellus chilensis Quero-quero - - B Columba lívia Pombo-doméstico - EI B Columbina talpacoti Rolinha-roxa - - B Patagioenas picazuro Pombão R - M Crotophaga ani Anu-preto - - B Guira guira Anu-branco - - B Piaya cayana Alma-de-gato - - B Caracara plancus Caracará - - B Coereba flaveola Cambacica - - B Estrilda astrild Bico-de-lacre - EI B Furnarius rufus João-de-barro - - B Synallaxis spixi João-teneném - - B Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa - - B Molothrus bonariensis Vira-bosta S - B Mimus saturninus Sabiá-do-campo - - B Basileuterus culicivorus Pula-pula - - M

45 45 Parula pitiayumi Mariquita - - M Passer domesticus Pardal - EI B Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio - - B Pipraeidea melanonota Saíra-viúva M - B Tangara cayana Saíra-amarela - - M Tangara sayaca Sanhaçu-cinzento - - B Thlypopsis sórdida Saí-canário - - B Troglodytes musculus Corruíra - - B Turdus leucomelas Sabiá-barranco - - B Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira - - B Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela - - B Myiozetetes similis Bentevizinho-de-penacho-vermelho - - B Pitangus sulphuratus Bem-te-vi - - B Tyrannus melancholicus Suiriri M - B Tyrannus savana Tesourinha M - B Vireo olivaceus Juruviara S - B Ardea alba Garça-branca-grande - - B Colaptes campestres Pica-pau-do-campo - - B Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado - - B Phalacrocorax brasilianus Biguá - - B Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro - - M Brotogeris tirica Periquito-rico - EE B Diopsittaca nobilis Maracanã-pequena - - M Asio clamator Coruja-orelhuda - - B Legenda: Migração R Regional S Setentrional MA Migrante na América do Sul M Meridional Endemismo EE Espécie Endêmica de Mata Atlântica EI Espécie Exótica Introduzida Sensibilidade A Alta sensibilidade às modificações ambientais M Média sensibilidade às modificações ambientais B Baixa sensibilidade às modificações ambientais

46 46 A análise das áreas apresentou considerável representatividade com relação à área 1.1 correspondente ao biotério e as quadras poliesportivas, com uma média de 5,6 espécies checadas por observação. Em contra partida a área com menor média em número de espécies registradas por observação foi a área 2., localizada entre a biblioteca e a porção frontal do prédio da FAFIL, com média de 0,2 espécies. As demais áreas apresentaram médias intermediárias: área 1.2 (1,4 espécies), área 1. (2.9 espécies), área 2.1 (0,8 espécies), área 2.2 (1,1 espécies) e área (2,4 espécies) (Gráfico 5). Gráfico 5 Média de espécies observadas em cada área de observação. ÁREAS: 1.1 Biotério e quadras poliesportivas 1.2 Galpão e espaço entre a FAFIL e o Prédio Anexo 1. Atrás da FAFIL e FAECO, incluindo a região da Casa Amarela 2.1 Entre os prédios da FAECO e FAFIL 2.2 Entre o setor frontal do Antigo Colégio e da FAECO 2. Entre a Biblioteca e o setor frontal da FAFIL Entre o Prédio Anexo, Colégio, FAENG, Campo de Futebol e Estacionamento

47 47 Os resultados quantitativos mostraram também a predominância das aves em locais arborizados, observadas em 100% do levantamento em árvores e em 46,6% em arbustos; locais esses bastante ocupados pelo sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca), cambacica (Coereba flaveola) e coruja-orelhuda (Asio clamator), por exemplo. Com 8,% de frequência em construções lapidadas pelo trabalho humano, como por exemplo prédios, postes, muros, cercados e fios elétricos, as aves mostraram-se muitas vezes bastante adaptadas a esse caráter urbano, destacando-se como exemplificação o pombodoméstico (Columba livia), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a corruíra (Troglodytes musculus) e o vira-bosta (Molothrus bonariensis). No que diz respeito ao vôo, 70% das aves não atingiam altitudes acima de 8 metros de altura, alçando portanto, vôos baixos, enquanto outras 6,6% atingiam alturas superiores a estas, como por exemplo o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) e caracará (Caracara plancus), bem como as raras espécies avistadas em menores quantidades como a garça-branca-grande (Ardea alba) e o biguá (Phalacrocorax brasilianus). Com a menor porcentagem de observação dentre todos os locais, o local 1 correspondente ao campo aberto, solo plano ou áreas com capinzal apresentou 4,% de aves frequentadoras. Dentre estas, destacam-se o sabiá-do-campo (Mimus saturninus), sabia-laranjeira (Turdus rufiventris), pombo-doméstico (Columba livia), pardal (Passer domesticus), corruíra (Troglodytes musculus) e joão-de-barro (Furnarius rufus) (Gráfico 6).

48 48 Gráfico 6 Percentual de espécies observadas em cada local de observação. LOCAIS: 1 Campo aberto, solo plano ou áreas com capinzal 2 Arbustos Árvores 4 Construções 5 Voando baixo 6 Voando alto 4.2 Observações ocasionais Antes da exposição dos resultados, a titulo de ressalva, faz-se aqui importante destacar que embora nas observações ocasionais foram observadas espécies também listadas nos dados quantitativos (ANEXO 2), os resultados destas observações descritos a seguir privilegiou-se apenas àquelas espécies em que não foram avistadas nos turnos a campo, e que por isso tratam-se de dados ímpares se comparados aos registrados no levantamento quantitativo, todavia, se complementam no resultado final conjugado descrito por meio da análise qualitativa (Ver subcapítulo 4. desse trabalho). Desse modo, os dados obtidos através das observações ocasionais resultaram após três anos de registros (2010, 2011 e 2012) a ocorrência de 20 espécies de

49 49 aves pertencentes a 17 gêneros, 12 famílias e 7 ordens, todas observadas esporadicamente nos períodos fora das observações a campo quantitativas, e portanto, não pertencentes aos dados quantitativos (Tabela 4). Tabela 4 - Lista das espécies de aves registradas nas observações ocasionais do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) nos anos de 2010, 2011 e 2012, e inclusas no levantamento qualitativo. ORDEM FAMILIA ESPÉCIE NOME POPULAR Accipitriformes Accipitridae Rupornis magnirostris Gavião-carijó Anseriformes Anatidae Dendrocygna viduata Irerê Falconiformes Falconidae Falco sparverius Quiriquiri Milvago chimachima Carrapateiro Passeriformes Emberizidae Sporophila caerulescens Coleirinho Volatinia jacarina Tiziu Thraupidae Ramphocelus bresilius Tiê-sangue Tachyphonus coronatus Tangara ornata Tangara palmarum Tiê-preto Sanhaçu-de-encontro-amarelo Sanhaçu-do-coqueiro Turdidae Turdus albicollis Sabiá-coleira Turdus amaurochalinus Turdus flavipes Sabiá-poca Sabiá-una Tyrannidae Lathrotriccus euleri Enferrujado Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado Tityridae Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto Vireonidae Cyclarhis gujanensis Pitiguari Pelecaniformes Ardeidae Butorides striata Socozinho Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco Tucanuçu Psittaciformes Psittacidae Pionopsitta pileata Cuiú-cuiú A análise da Tabela 4 expõe, no que diz respeito a distinção taxonômica, a dominância da ordem passeriformes sobre os demais táxons. Com 1 espécies de um total de 20, os passeriformes representam mais que a metade das espécies registradas. Na sequência, destaca-se a ordem falconiformes com 2 espécies, seguida pelas demais ordens, todas com apenas 1 registro de espécie. Ao nível de família, os resultados apontaram a ligeira prevalência dos traupídeos (Thraupidae) com 4 espécies avistadas, seguido pelos turdídeos

50 50 (Turdidae) com espécies. As famílias Falconidae, Emberizidae e Tyrannidae apresentaram 2 espécies registradas, enquanto as famílias Accipitridae, Anatidae, Tityridae, Vireonidae, Ardeidae, Ramphastidae e Psittacidae apresentaram apenas uma espécie registrada nas observações ocasionais. A análise das observações ocasionais também apontou novidades nos táxons se comparadas aos resultados quantitativos, de modo que foram registradas 4 famílias (Anatidae, Emberizidae, Tityridae e Ramphastidae) e 1 ordem (Anseriformes) não listadas no levantamento quantitativo. No que diz respeito a distribuição da avifauna avistada através das observações ocasionais segundo os hábitos alimentares delas, observou-se 6 categorias: Carnívora, Filtradora, Granívora, Onívora, Frugívora e Insetívora. Destaca-se o hábito filtrador como novidade em relação aos observados pelo levantamento quantitativo. Com 5 espécies, ocorreu a prevalência dos hábitos alimentares onívoro e frugívoro, seguido por espécies carnívoras (4 espécies). Na sequência destacam-se as espécies insetívoras ( espécies), granívoras (2 espécies) e, com apenas uma única espécie registrada, destaca-se o hábito alimentar filtrador. Também observou-se no levantamento qualitativo, 9 espécies com comportamento migratório, sendo 1 migrante meridional (Tangara ornata), migrantes na América do Sul (Sporophila caerulescens, Lathrotriccus euleri e Butorides striata) e 5 migrantes regionais (Dendrocygna viduata, Falco sparverius, Turdus amaurochalinus, Myiodynastes maculatus e Pionopsitta pileata). Espécies migratórias do continente sul-americano foram novidades dos resultados qualitativos em relação aos resultados quantitativos. Em relação ao endemismo, registrou-se espécies endêmicas de Mata Atlântica: Ramphocelus bresilius, Tangara ornata e Pionopsitta pileata. Já no que diz respeito a sensibilidade em relação as modificações ambientais, 1 espécies possuem baixa sensibilidade e 7 espécies possuem média sensibilidade. As características citadas (hábitos alimentares, migração, endemismo e sensibilidade) distribui-se de maneira resumida através da Tabela 5 a seguir:

51 51 Tabela 5 - Lista das espécies de aves registradas nas observações ocasionais do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando quatro categorias de classificação: hábitos alimentares, espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. ESPÉCIE NOME POPULAR HABITO ALIMENTAR MIGRAÇÃO ENDEMISMO SENSIBILIDADE Rupornis magnirostris Gavião-carijó Carnivoro - - B Dendrocygna viduata Irerê Filtrador R - B Falco sparverius Quiriquiri Carnívoro R - B Milvago chimachima Carrapateiro Carnívoro - - B Sporophila caerulescens Coleirinho Granivoro MA - B Volatinia jacarina Tiziu Granivoro - - B Ramphocelus bresilius Tiê-sangue Onivoro - EE B Tachyphonus coronatus Tiê-preto Onivoro - - B Tangara ornata Sanhaçu-de-encontro-amarelo Frugivoro M EE M Tangara palmarum Sanhaçu-do-coqueiro Frugivoro - - B Turdus albicollis Sabiá-coleira Frugivoro - - M Turdus amaurochalinus Sabiá-poca Onivoro R - B Turdus flavipes Sabiá-una Frugivoro - - M Lathrotriccus euleri Enferrujado Insetivoro MA - M Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado Insetivoro R - B Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto Insetivoro - - M Cyclarhis gujanensis Pitiguari Onivoro - - B Butorides striata Socozinho Carnivoro MA - B Ramphastos toco Tucanuçu Onívoro - - M Pionopsitta pileata Cuiú-cuiú Frugivoro R EE M Legenda: Migração R Regional S Setentrional MA Migrante na América do Sul M Meridional Endemismo EE Espécie Endêmica de Mata Atlântica EI Espécie Exótica Introduzida Sensibilidade A Alta sensibilidade às modificações ambientais M Média sensibilidade às modificações ambientais B Baixa sensibilidade às modificações ambientais

52 52 4. Análise qualitativa Em uma abordagem essencialmente qualitativa, os resultados apontaram após três anos de registros (2010, 2011 e 2012) a ocorrência de 64 espécies de aves pertencentes a 55 gêneros, 0 famílias e 14 ordens (Tabela 6). É importante reiterar que, os resultados desta análise dizem respeito a somatória de todas as espécies observadas por meio de uma abordagem quantitativa através das visitas a campo realizadas no período de 19/09/11 a 01/09/12, como também daquelas avistadas durante as observações ocasionais realizadas em três anos (2010, 2011 e 2012). Tabela 6 - Lista final das espécies de aves registradas no Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) após três anos de registros (2010, 2011 e 2012). ORDEM FAMILIA ESPÉCIE NOME POPULAR Accipitriformes Accipitridae Accipiter striatus Gavião-miúdo Rupornis magnirostris Gavião-carijó Anseriformes Anatidae Dendrocygna viduata Irerê Apodiformes Trochilidae Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero Columbiformes Columbidae Columba lívia Pombo-doméstico Columbina talpacoti Patagioenas picazuro Rolinha-roxa Pombão Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani Anu-preto Guira guira Piaya cayana Anu-branco Alma-de-gato Falconiformes Falconidae Caracara plancus Caracará Falco sparverius Milvago chimachima Quiriquiri Carrapateiro Passeriformes Coerebidae Coereba flaveola Cambacica Emberizidae Sporophila caerulescens Coleirinho Volatinia jacarina Tiziu Estrildidae Estrilda astrild Bico-de-lacre Furnariidae Furnarius rufus João-de-barro

53 5 Synallaxis spixi João-teneném Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa Icteridae Molothrus bonariensis Vira-bosta Mimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo Parulidae Basileuterus culicivorus Pula-pula Parula pitiayumi Mariquita Passeridae Passer domesticus Pardal Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio Thraupidae Pipraeidea melanonota Saíra-viúva Ramphocelus bresilius Tachyphonus coronatus Tangara cayana Tangara ornata Tangara palmarum Tangara sayaca Thlypopsis sordida Tiê-sangue Tiê-preto Saíra-amarela Sanhaçu-de-encontro-amarelo Sanhaçu-do-coqueiro Sanhaçu-cinzento Saí-canário Troglodytidae Troglodytes musculus Corruíra Turdidae Turdus albicollis Sabiá-coleira Turdus amaurochalinus Turdus flavipes Turdus leucomelas Turdus rufiventris Sabiá-poca Sabiá-una Sabiá-barranco Sabiá-laranjeira Tyrannidae Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela Lathrotriccus euleri Myiodynastes maculatus Myiozetetes similis Pitangus sulphuratus Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Enferrujado Bem-te-vi-rajado Bentevizinho-de-penacho-vermelho Bem-te-vi Suiriri Tesourinha Tityridae Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto Vireonidae Cyclarhis gujanensis Pitiguari Vireo olivaceus Juruviara Pelecaniformes Ardeidae Ardea alba Garça-branca-grande Butorides striata Socozinho Piciformes Picidae Colaptes campestres Pica-pau-do-campo Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado Ramphastidae Ramphastos toco Tucanuçu

54 54 Suliformes Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Biguá Psittaciformes Psittacidae Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro Brotogeris tirica Diopsittaca nobilis Pionopsitta pileata Periquito-rico Maracanã-pequena Cuiú-cuiú Strigiformes Strigidae Asio clamator Coruja-orelhuda Em uma análise em que levou-se em consideração o táxon, os resultados qualitativos apontaram, a exemplo dos resultados quantitativos, a dominância dos passeriformes sobre as demais ordens. Abarcando 7 (ou 57,8%) espécies de um total de 64 registradas na listagem final, os passeriformes representam mais que a metade das espécies registradas, o que novamente assemelha-se ao encontrado por meio dos resultados quantitativos. A relevância desse resultado torna-se compreensível quando analisados o número de famílias em que esta ordem abrangeu: 16 famílias de 0 registradas no total. Na sequência, destaca-se a ordem dos psittaciformes, com 4 (ou 6,25%) espécies registradas. Na contramão, destacam-se como ordens com menor número de espécies registradas os anseriformes, cathartiformes, suliformes e strigiformes, todas com apenas 1 (ou 1,56%) espécie registrada. Os resultados no que diz respeito à família taxonômica demonstraram a prevalência dos traupídeos (Thraupidae) com 8 (ou 12,5%) espécies registradas, seguido pelos tiranídeos (Tyrannidae) com uma espécie a menos: 7 espécies registradas (ou 10,9%). Quinze famílias apresentaram apenas 1 (ou 1,56%) espécie registrada, são elas: Anatidae, Cathartidae, Charadriidae, Coerebidae, Estrildidae, Hirundinidae, Icteridae, Mimidae, Passeridae, Rhynchocyclidae, Troglodytidae, Tityridae, Ramphastidae, Phalacrocoracidae e Strigidae O número de espécies registradas com relação à ordem e família podem ser observados por intermédio dos Gráficos 7 e 8 a seguir:

55 55 Gráfico 7 Quantidade final de espécies por ordem taxonômica registradas na análise qualitativa realizada durante três anos (2010, 2011 e 2012). Gráfico 8 Quantidade final de espécies por família taxonômica registradas na análise qualitativa realizada durante três anos (2010, 2011 e 2012).

56 56 Os dados da análise qualitativa relacionados à preferência alimentar, estão expostos por intermédio da Tabela 7 e do Gráfico 9, e apontam os seguintes aspectos: Da totalidade de espécies avistadas, registrou-se 8 categorias distintas, são elas a categoria pertencente ao hábito alimentar Carnívora, Filtradora, Necrófaga, Insetívora, Nectarívora, Frugívora, Onívora e Granívora. Com 20 espécies (ou 1,2%), ocorreu a prevalência do hábito alimentar insetívoro, seguido por espécies onívoras (14 espécies ou 21,8%), totalizando juntas 4 espécies, um pouco mais que a metade da totalidade de espécies observadas. Na sequência destacam-se as espécies frugívoras (10 espécies ou 15,6%), carnívoras (9 espécies ou 14%), granívoras (6 espécies ou 9,%), nectarívoras ( espécies ou 4,6%) e, por último, com apenas uma única espécie registrada (ou 1,5% do total), destacam-se os hábitos alimentares necrófago e filtrador. Tabela 7 Distribuição final das aves registradas nas observações em campo do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) segundo os hábitos alimentares. HÁBITO ALIMENTAR ESPÉCIE Carnívora Accipiter striatus Gavião-miúdo NOME POPULAR Rupornis magnirostris Ardea alba Butorides striata Caracara plancus Milvago chimachima Falco sparverius Phalacrocorax brasilianus Asio clamator Gavião-carijó Garça-branca-grande Socozinho Caracará Carrapateiro Quiriquiri Biguá Coruja-orelhuda Filtradora Dendrocygna viduata Irerê Necrófaga Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Insetívora Vanellus chilensis Quero-quero Piaya cayana Guira guira Piaya cayana Furnarius rufus Synallaxis spixi Pygochelidon cyanoleuca Alma-de-gato Anu-branco Anu-preto João-de-barro João-teneném Andorinha-pequena-de-casa

57 57 Parula pitiayumi Basileuterus culicivorus Colaptes campestres Colaptes melanochloros Todirostrum cinereum Pachyramphus validus Troglodytes musculus Myiodynastes maculatus Myiozetetes similis Lathrotriccus euleri Tyrannus melancholicus Tyrannus savana Vireo olivaceus Mariquita Pula-pula Pica-pau-do-campo Pica-pau-verde-barrado Ferreirinho-relógio Caneleiro-de-chapéu-preto Corruíra Bem-te-vi-rajado Bentevizinho-de-penacho-vermelho Enferrujado Suiriri Tesourinha Juruviara Nectarívora Coereba flaveola Cambacica Amazilia lactea Eupetomena macroura Beija-flor-de-peito-azul Beija-flor-tesoura Frugívora Patagioenas picazuro Pombão Pionopsitta pileata Diopsittaca nobilis Amazona aestiva Brotogeris tirica Tangara cayana Tangara ornata Tangara palmarum Turdus albicollis Turdus flavipes Cuiú-cuiú Maracanã-pequena Papagaio-verdadeiro Periquito-rico Saíra-amarela Sanhaçu-de-encontro-amarelo Sanhaçu-do-coqueiro Sabiá-coleira Sabiá-una Onívora Columba lívia Pombo-doméstico Mimus saturninus Ramphastos toco Thlypopsis sordida Pipraeidea melanonota Tangara sayaca Tachyphonus coronatus Ramphocelus bresilius Turdus leucomelas Turdus rufiventris Turdus amaurochalinus Sabiá-do-campo Tucanuçu Saí-canário Saíra-viúva Sanhaçu-cinzento Tiê-preto Tiê-sangue Sabiá-barranco Sabiá-laranjeira Sabiá-poca

58 58 Pitangus sulphuratus Elaenia flavogaster Cyclarhis gujanensis Bem-te-vi Guaracava-de-barriga-amarela Pitiguari Granívora Columbina talpacoti Rolinha-roxa Sporophila caerulescens Volatinia jacarina Estrilda astrild Molothrus bonariensis Passer domesticus Coleirinho Tiziu Bico-de-lacre Vira-bosta Pardal Gráfico 9 Percentual final de espécies por hábitos alimentares registradas na análise qualitativa. Do total de aves listadas, 15 espécies possuem comportamento migratório, sendo 6 migrantes regionais (Dendrocygna viduata, Patagioenas picazuro, Falco sparverius, Turdus amaurochalinus, Myiodynastes maculatus e Pionopsitta pileata), 4 migrantes meridionais (Pipraeidea melanonota, Tangara ornata, Tyrannus melancholicus e Tyrannus savana), migrantes na América do Sul (Sporophila caerulescens, Lathrotriccus euleri e Butorides striata), e 2 migrantes setentrionais (Molothrus bonariensis e Vireo olivaceus). Registrou-se também por meio da análise qualitativa 4 espécies endêmicas de Mata Atlântica (Ramphocelus bresilius, Tangara ornata, Brotogeris tirica e Pionopsitta pileata) e espécies exóticas introduzidas (Columba lívia, Estrilda astrild

59 59 e Passer domesticus). Portanto, a taxa de espécies que possuem distribuição restrita ao bioma Mata Atlântica (endemismo) foi de 6,2% do total de espécies, enquanto a taxa de espécies consideradas invasoras (exóticas) girou em torno de 4,6% do total. Quanto ao aspecto referente a tolerância às modificações ambientais (sensibilidade), 51 espécies (ou 79,6% do total) possuem baixa sensibilidade e 1 espécies (ou 20,%) possuem média sensibilidade. Nenhuma espécie encontrada possui alta sensibilidade. A observação das categorias citadas anteriormente com relação ao levantamento de avifauna realizada no campus do Centro Universitário Fundação Santo André é possível através da Tabela 8 a seguir: Tabela 8 - Lista final das espécies de aves registradas no levantamento de avifauna do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) destacando três categorias de classificação: espécies migratórias (Migração), espécies endêmicas (Mata Atlântica) e sensibilidade às modificações ambientais. ESPÉCIE NOME POPULAR MIGRAÇÃO ENDEMISMO SENSIBILIDADE Accipiter striatus Gavião-miúdo - - B Rupornis magnirostris Gavião-carijó - - B Dendrocygna viduata Irerê R - B Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul - - B Eupetomena macroura Beija-flor-tesoura - - B Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta - - B Vanellus chilensis Quero-quero - - B Columba lívia Pombo-doméstico - EI B Columbina talpacoti Rolinha-roxa - - B Patagioenas picazuro Pombão R - M Crotophaga ani Anu-preto - - B Guira guira Anu-branco - - B Piaya cayana Alma-de-gato - - B Caracara plancus Caracará - - B Falco sparverius Quiriquiri R - B Milvago chimachima Carrapateiro - - B Coereba flaveola Cambacica - - B Sporophila caerulescens Coleirinho MA - B Volatinia jacarina Tiziu - - B Estrilda astrild Bico-de-lacre - EI B

60 60 Furnarius rufus João-de-barro - - B Synallaxis spixi João-teneném - - B Pygochelidon cyanoleuca Andorinha-pequena-de-casa - - B Molothrus bonariensis Vira-bosta S - B Mimus saturninus Sabiá-do-campo - - B Basileuterus culicivorus Pula-pula - - M Parula pitiayumi Mariquita - - M Passer domesticus Pardal - EI B Todirostrum cinereum Ferreirinho-relógio - - B Pipraeidea melanonota Saíra-viúva M - B Ramphocelus bresilius Tiê-sangue - EE B Tachyphonus coronatus Tiê-preto - - B Tangara cayana Saíra-amarela - - M Tangara ornata Sanhaçu-de-encontro-amarelo M EE M Tangara palmarum Sanhaçu-do-coqueiro - - B Tangara sayaca Sanhaçu-cinzento - - B Thlypopsis sórdida Saí-canário - - B Troglodytes musculus Corruíra - - B Turdus albicollis Sabiá-coleira - - M Turdus amaurochalinus Sabiá-poca R - B Turdus flavipes Sabiá-una - - M Turdus leucomelas Sabiá-barranco - - B Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira - - B Elaenia flavogaster Guaracava-de-barriga-amarela - - B Lathrotriccus euleri Enferrujado MA - M Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado R - B Myiozetetes similis Bentevizinho-de-penacho-vermelho - - B Pitangus sulphuratus Bem-te-vi - - B Tyrannus melancholicus Suiriri M - B Tyrannus savana Tesourinha M - B Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-preto - - M Cyclarhis gujanensis Pitiguari - - B Vireo olivaceus Juruviara S - B Ardea alba Garça-branca-grande - - B Butorides striata Socozinho MA - B Colaptes campestres Pica-pau-do-campo - - B Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado - - B

61 61 Ramphastos toco Tucanuçu - - M Phalacrocorax brasilianus Biguá - - B Amazona aestiva Papagaio-verdadeiro - - M Brotogeris tirica Periquito-rico - EE B Diopsittaca nobilis Maracanã-pequena - - M Pionopsitta pileata Cuiú-cuiú R EE M Asio clamator Coruja-orelhuda - - B Legenda: Migração R Regional S Setentrional MA Migrante na América do Sul M Meridional Endemismo EE Espécie Endêmica de Mata Atlântica EI Espécie Exótica Introduzida Sensibilidade A Alta sensibilidade às modificações ambientais M Média sensibilidade às modificações ambientais B Baixa sensibilidade às modificações ambientais Por fim, registros associados a instalação dos comedouros e bebedouros foram de extrema importância durante as observações a campo. A instalação de comedouros junto a fixação de frutas foram de extrema importância na atração de inúmeras espécies de aves diferentes, como por exemplo o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) (Figura 11), sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) (Figura 7), tiê-preto (Tachyphonus coronatus) (Figura 12) e sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) (Figura 2), sendo as duas primeiras exemplo de espécies mais visualizadas no levantamento. Com relação ao comedouro com sementes, houve a atração basicamente da espécie Molothrus bonariensis, o vira-bosta. Os bebedouros para espécies de preferência alimentar nectarívora beneficiou a atração basicamente de três espécies, sendo elas duas espécies de beija-flor: beijaflor-de-peito-azul (Amazilia lactea) (Figura 8), beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) (Figura 0) e cambacica (Coereba flaveola).

62 Registros fotográficos do levantamento Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 7 Casal de maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) Figura 8 Beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Figura 9 Rolinha-roxa (Columbina talpacoti) Figura 10 Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 11 Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) Figura 12 Indivíduo fêmea de tiê-preto (Tachyphonus coronatus)

63 6 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 1 Sabiá-barranco (Turdus leucomelas) Figura 14 Sanhaçu-de-encontroamarelo (Tangara ornata) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Figura 15 Casal de papagaioverdadeiro (Amazona aestiva) Figura 16 Anu-preto (Crotophaga ani) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 17 Sabiá-coleira (Turdus albicollis) Figura 18 Bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus)

64 64 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 19 Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) Figura 20 Alma-de-gato (Piaya cayana) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) Figura 21 Bentevizinho-de-penachovermelho (Myiozetetes similis) Figura 22 Indivíduo macho de vira-bosta (Molothrus bonariensis) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 2 Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) Figura 24 Corruíra (Troglodytes musculus)

65 65 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 25 Ninho com filhotes de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Figura 26 Suiriri (Tyrannus melancholicus) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) Figura 27 Ninho de joão-de-barro (Furnarius rufus) Figura 28 João-de-barro (Furnarius rufus) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 29 Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros) Figura 0 Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura)

66 66 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 1 Gavião-miúdo (Accipiter striatus) Figura 2 Juruviara (Vireo olivaceus) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Figura Anu-branco (Guira guira) se alimentando de um anfíbio Figura 4 Indivíduo macho de cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 5 Coruja-orelhuda (Asio clamator) Figura 6 Pica-pau-do-campo (Colaptes campestris)

67 67 Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Figura 7 Jovem de sabiálaranjeira (Turdus rufiventris) Figura 8 Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Figura 9 Guaracava-de-barrigaamarela (Elaenia flavogaster) Figura 40 Tesourinha (Tyrannus savana) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) Figura 41 Pombo-doméstico (Columba livia) Figura 42 Indivíduo fêmea de coleirinho (Sporophila caerulescens)

68 68 5 DISCUSSÂO E CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho de levantamento de avifauna no Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) apontou que, embora situado em plena área de urbanização, o campus da instituição detêm uma riqueza considerável se comparado a outros trabalhos de mesma natureza, conforme descrito adiante. A quantidade de aves registradas nesse presente levantamento sofreu um acréscimo de 11 espécies se comparada a quantidade registrada por Domenichelli e Simone (2002) no mesmo local de pesquisa: 64 espécies comparadas as 5 espécies do trabalho anterior. No que diz respeito a discriminação taxonômica, esse acréscimo também se deu ao nível de gênero e família: 55 gêneros e 0 famílias, em oposição a 48 gêneros e 29 famílias registradas dez anos antes. Ao nível de ordem, as quantidades se mantiveram iguais na comparação de ambos os levantamentos, com 14 ordens registradas. Nota-se, portanto, um aumento na riqueza (número de espécies) da composição de avifauna local após passado uma década. Todavia, segundo Magalhães (2007), ao comparar os resultados obtidos com registros históricos de algum local, faz-se importante ressaltar o fato de que ao verificar e conhecer quais espécies surgiram e, em contra partida, quais desapareceram, a constatação nada mais pode significar do que um reflexo de transformações, que muitas vezes passam por processos de desmatamento e urbanização constantes como o ocorrido, por exemplo, na cidade de São Paulo. Segundo a autora, a substituição de espécies pode ocorrer, a título de exemplo, devido a extinção ou rarefação das menos tolerantes às modificações no meio ambiente, bem como também devido a colonização por parte de outras mais resistentes. A partir desse quadro, tal acréscimo na quantidade de aves observadas nesse trabalho pode ser explicado devido à modificação paisagista e, portanto, do habitat natural das espécies, que historicamente vem acometendo a região e seu entorno, o que acarreta na dispersão das aves em busca de novas áreas verdes para se estabelecerem. No estudo realizado pelo Consórcio JGP - PRIME (2009) nos anos de 2008 e 2009, cujo objetivo foi caracterizar a avifauna das áreas sob influência direta e indireta do traçado previsto das obras do Rodoanel Mário Covas trecho leste, foram realizados levantamentos de campo em quatro espaços localizados na

69 69 área da Várzea do Tietê (Suzano, SP), na área do Pesqueiro Vale Verde (Suzano, SP), na área de chácara (Ribeirão Pires, SP) e na área do Parque da Gruta de Santa Luzia (Mauá, SP), o qual observaram-se 182 espécies de aves distribuídas em 56 famílias. Desse total de registros, 49 espécies também foram catalogadas nesse trabalho, o que aponta uma taxa de pouco mais de 26% das espécies. Dentre alguns exemplos de aves observadas nesse presente trabalho e também registradas pelo Consórcio JGP - PRIME (2009), destacam-se as seguintes espécies: irerê (Dendrocygna viduata), biguá (Phalacrocorax brasilianus), socozinho (Butorides striata), gavião-carijó (Rupornis magnirostris), carrapateiro (Milvago chimachima), pombão (Patagioenas picazuro), guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster), bentevizinho-de-penacho-vermelho (Myiozetetes similis), mariquita (Parula pitiayumi), juruviara (Vireo olivaceus), sabiá-una (Turdus flavipes), sabiápoca (Turdus amaurochalinus), pitiguari (Cyclarhis gujanensis), caneleiro-de-chapéupreto (Pachyramphus validus), tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) e tiê-preto (Tachyphonus coronatus), todas observadas no mínimo uma única vez. A observação das 49 espécies nesse presente levantamento, especialmente às citadas anteriormente como pouco observadas, provavelmente, podem estar relacionadas com o abandono destas áreas de influência e busca pela sobrevivência por parte de algumas espécies, as quais procuram recursos em novos fragmentos de áreas verdes como por exemplo o próprio campus do CUFSA. Desse modo, quando comparados os resultados desse presente levantamento aos alcançados por Domenichelli e Simone (2002), acredita-se que o acréscimo na riqueza qualitativa da composição de espécies observadas no campus deveu-se às alterações do meio, como por exemplo as que ocorreram nos últimos dez anos na região em virtude das obras do Rodoanel Mário Covas. Todavia, outras e importantes interferências de ordem antropogênica ocorreram de 2002 até a presenta data, muitas destas até mesmo realizadas internamente no próprio campus da faculdade. Uma vez confrontados novamente os resultados desse presente trabalho aos de Domenichelli e Simone (2002), constatou-se que algumas espécies como o saíazul (Dacnis cayana), pia-cobra (Geothlypis aequinoctialis), graúna (Gnorimopsar chopi), alegrinho (Serpophaga subcristata), risadinha (Camptostoma obsoletum), gibão-de-couro (Hirundinea ferrugínea), martim-pescador-pequeno (Chloroceryle americana), beija-flor-de-papo-branco (Chloroceryle americana), andorinhão-do-

70 70 temporal (Chaetura meridionalis), taperuçu-de-coleira-branca (Streptoprocne zonaris), gavião-peneira (Elanus leucurus) e suindara (Tyto alba) foram registrados para o campus dez anos antes, e nesse presente trabalho não foram avistadas. É possível que a não observação de espécies, como por exemplo, o pia-cobra (Geothlypis aequinoctialis), a graúna (Gnorimopsar chopi), o alegrinho (Serpophaga subcristata), o risadinha (Camptostoma obsoletum) e o gibão-de-couro (Hirundinea ferrugínea), deveu-se ao fato atual destas não mais se beneficiarem do vasto terreno praticamente inexistente e que à época ainda oferecia recursos para elas, mesmo sendo utilizado para as obras do futuro prédio da FAENG e do estacionamento, uma vez que, esta área aberta possuía como característica semelhanças com ambientes de capoeirinhas e capinzal (HÖFLING, CAMARGO, 1996; GWYNNE et al., 2010). Por outro lado, observou-se, também, nesse presente levantamento, alguns exemplos não catalogados por Domenichelli e Simone (2002) de espécies aquáticas, como por exemplo o biguá (Phalacrocorax brasilianus) e o socozinho (Butorides striata). Embora o campus do CUFSA não possua um ambiente aquático de expressão, como por exemplo um lago, muito provavelmente estas espécies beneficiaram-se dos 120 mil/m³ do reservatório de retenção vulgo piscinão localizado ao lado do prédio da FAENG, o qual ainda não havia completado as obras de construção na época do levantamento de Outra espécie bastante adaptada a ambientes aquáticas é o irerê (Dendrocygna viduata), que a exemplo do registrado por Domenichelli e Simone em 2002, fora observada uma única vez visitando a nascente localizada atrás do prédio da FAENG e escutada algumas poucas vezes vocalizando durante o voo, sobrevoando o campus da faculdade. Completa a lista de espécies consideradas aquáticas a razoavelmente avistada garça-branca-grande (Ardea alba), a qual é provável que também beneficiou-se do reservatório de retenção citado, sendo também avistada no levantamento de 2002 (HÖFLING, CAMARGO, 1996; GWYNNE et al., 2010; DAEE, 2011). Em contraposto às modificações ambientais deletérias de ordem antropogênica, é possível validar a importância da preservação de espaços verdes quando analisados as áreas com maior ocorrência de aves no campus do CUFSA registrados nesse levantamento. Estas áreas corresponderam aquelas em que abrangeram o biotério e quadras poliesportivas (Área 1.1), e a região do bosque situado atrás da FAFIL e FAECO incluindo a região da Casa Amarela (Área 1.), locais esses com uma porção bem florestada, abrigando uma das maiores áreas

71 71 verdes do campus. Magalhães (2007) já destacara a importância da diversidade de aves nos ambientes florestais, uma vez que, esses ambientes comportam-se costumeiramente sendo os mais complexos e ricos. Segundo Höfling e Camargo (1996), esta importância aumenta quando considerado o fato desses fragmentos de área verde estarem situados em áreas urbanas, de modo que costumam oferecer locais de passagem e descanso de aves que se deslocam entre os demais fragmentos de mata, além de disponibilizarem, em alguns casos, recursos alimentares para elas. A exemplo de Domenichelli e Simone (2002), a avaliação com relação ao local de frequência das aves apontou uma predileção delas por locais arborizados (Local ), o que também assegura a ideia da importância de ambientes florestais na manutenção das aves, principalmente, quando situados a um grande centro urbanizado como o munícipio de Santo André. Desse modo, vale chamar a atenção com relação à importância dos fragmentos de áreas verdes situados no campus da instituição, uma vez que, devem ser priorizados e serem constantemente assegurados por projetos internos de conservação da instituição a fim de assegurar a manutenção das populações correlacionadas a esta paisagem. As observações também mostraram um predomínio das espécies consideradas grandes tolerantes às modificações ambientais (79,6%) comparadas àquelas que possuem média sensibilidade (20,%). Dentre as espécies consideradas de grande tolerância às modificações ambientais, destacam-se quatro espécies bastante observadas nesse trabalho e também descritas por Magalhães (2007) como as mais observadas no município de São Paulo: o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), o periquito-rico (Brotogeris tirica), e o joão-de-barro (Furnarius rufus). Ainda, segundo Magalhães (2007), a maior quantidade de espécies com baixa sensibilidade explica-se ao fato destas possuírem grande capacidade de adaptação às pressões e, delas extraírem benefícios. Não obstante, nem toda a adaptação às alterações ambientais faz das aves gozarem de benefícios. De acordo com Frisch e Frisch (2005), experiências realizadas com aves silvestres demonstraram que quando retiradas de seu habitat original e criadas fora dele, muitas delas apresentavam alterações em seus cantos, transformando-se em verdadeiros gritos desconexos. Isto posto, considerando-se o ambiente do campus uma área bastante modificada nos últimos anos por parte da ação humana, os resultados apenas

72 72 refletem o quão específicas são as espécies que vivem ou visitam o local, de modo que, sobrevivem paralelamente à proximidade das muitas pessoas que frequentam diariamente a instituição. Alguns exemplos observados de adaptações à modificação ambiental durante os trabalhos de campo foram, por exemplo, a construção de ninho por parte de um casal de corruíra (Troglodytes musculus) em pequenas fendas abertas nas paredes da arquitetura do viveiro (Área 1.1 da Figura 1), construção de ninho por um individuo de sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) em um canteiro do prédio utilizado como vestiário, próximo às quadras poliesportivas (Área 1.1 da Figura 1), bem como construções de ninhos e moradia de bandos de urubu-decabeça-preta (Coragyps atratus) e pombo-doméstico (Columba lívia) constantemente observados sobre os prédios da FAECO (Área 2.1 da Figura 1) e FAENG (Área 2. da Figura 1), respectivamente. Os benefícios alcançados e adaptações por parte das aves em meio às pressões que os ambientes exercem, explica também os resultados segundo a predileção de hábitos alimentares encontrados por esse levantamento. A maioria das espécies observadas apresentaram hábitos insetívoros (1,1% do total), seguidas por espécies onívoras (21,8%), totalizando juntos 5,1% das espécies. A respeito desse fato, para Magalhães (2007) a predominância desses dois hábitos alimentares está relacionada diretamente com ambientes urbanos, visto que nesse tipo de ecossistema nota-se grande representatividade de espécies generalistas e bastante adaptadas, uma vez que, esse modo de vida pode evidenciar uma estratégia vantajosa. Ainda, segundo Sick (1997), o predomínio dos hábitos alimentares insetívoro e onívoro podem, também, estar correlacionadas, uma vez que, em épocas de escassez de insetos como por exemplo os períodos de friagens pode ocorrer a seleção contra as aves insetívoras, favorecendo desse modo àquelas cujo hábito alimentar é generalista. No que diz respeito ao hábito alimentar frugívoro terceira dieta mais registrada nesse levantamento, com 15,6% do total de espécies e novamente o insetivoro, Frisch e Frisch (2005) mencionara a importância na criação de um ambiente com uma vasta fonte de alimentos (frutos, por exemplo) para a atração de algumas espécies de aves a partir de uma flora altamente diversificada. Todavia, esta flora deve ser isenta do uso de transgênicos, herbicidas e pesticidas, uma vez que, acabam por eliminar alguns artrópodes e, consequentemente, eliminam,

73 7 também, uma das principais fontes de dieta das aves insetívoras, o que pode acarretar no prejuízo da população delas. Höfling e Camargo (1996) afirmam que em um local cuja flora e fauna possuem relação íntima, ele possui extrema importância, pois acaba por beneficiar as aves na medida em que disponibiliza recursos alimentares, locais para nidificação e refúgio. Observou-se no campus da faculdade diversas espécies vegetais que atraíam aves frugívoras, como a pitangueira (Eugenia uniflora), a nespereira (Eriobotrya japônica), a embaúba (Cecropia pachystachya), o coqueiro-jerivá (Syagrus romanzoffiana), a amoreira (Morus nigra) e o abacateiro (Persea americana). Esse conjunto de espécies vegetais observado atraiu uma variedade de espécies de aves avistadas nesse levantamento, como por exemplo as cinco espécies de sábias (Turdus rufiventris, Turdus albicollis, Turdus amaurochalinus, Turdus flavipes e Turdus leucomelas), as três espécies de sanhaçus (Tangara sayaca, Tangara palmarum e Tangara ornata), as duas espécies de saíras (Pipraeidea melanonota e Tangara cayana), as duas espécies de tiês (Ramphocelus bresilius e Tachyphonus coronatus), dois columbídeos (Columba lívia e Patagioenas picazuro), quatro psitacídeos (Amazona aestiva, Brotogeris tirica, Diopsittaca nobilis e Pionopsitta pileata), além de outras espécies como o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), o saícanário (Thlypopsis sórdida), a guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) e o pitiguari (Cyclarhis gujanensis) (SICK, 1997; FRISCH, FRISCH, 2005). Sob outro prisma de análise, Magalhães já afirmara em 2007 que a grande quantidade de espécies frugívoras registradas podem indicar uma qualidade ambiental local, de modo que, faz-se importante aqui destacar o fato também defendido pela autora de que é essencialmente importante realizar a manutenção dos remanescentes florestais e o manejo adequado da vegetação, uma vez que, são exemplos de ações pró-biodiversidade. Em âmbito institucional interno, estas medidas podem contribuir e acrescentar muito se adotadas pelo centro universitário. Outro importante fato a ser destacado, diz respeito à dispersão de sementes no ambiente. Frequentemente observou-se sementes presentes nas fezes encontradas espalhadas pelo campus, como por exemplo naquelas proeminentes de aves dispersoras de sementes, como os sanhaçus (Tangara sp.) e sabiás (Turdus sp.). Todavia, segundo Sick (1997), pode-se afirmar que nem todas as aves registradas funcionam como excelentes dispersoras de sementes. As quatro espécies de

74 74 psitacídeos avistadas podem, como é característico da família, triturar os caroços, inviabilizando assim as sementes. Com relação as espécies de hábito carnívoro (9 espécies ou 14% do total), ocorreu a predominância de rapinantes. Foram espécies de falcões, 2 espécies de gaviões e 1 espécie de coruja. Magalhães (2007) discorre que, estas aves ocupam o posto de topo na cadeia alimentar e, dessa maneira, são extremamentes importantes na manutenção da diversidade de espécies na comunidade. Esta importância torna-se ainda mais significativa quando analisada a participação dessas aves em ecossistemas urbanos, de modo que, muitas vezes atuam no controle de pragas urbanas de interesse da saúde pública, como por exemplo roedores sinantrópicos. Dentre as espécies carnívoras, destacam-se o gavião-carijó (Rupornis magnirostris) e a coruja-orelhuda (Asio clamator), duas espécies relatadas com razoável frequência por Magalhães (2007) em diversas áreas verdes e urbanizadas no munícipio de São Paulo e que também foram registradas nesse presente levantamento. Dentre as aves nectarívoras, foram observados dois trochilideos o pequeno beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea) e o territorialista beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), além da cambacica (Coereba flaveola). Como o averiguado por Magalhães (2007), a atração destas espécies se dá muitas vezes devido à presença de plantas que possuem como diferencial a presença de flores muito atrativas. Dentre as principais espécies vegetais atrativas registradas nesse presente trabalho, destacaram-se: o malvavisco (Malvaviscus arboreus), o camarãoamarelo (Pachystachys lutea), o mulungu-do-litoral (Erythrina speciosa) e a lágrimade-cristo (Clerodendron thomsoniae), todas observadas sendo bastante visitadas por espécies nectarívoras, principalmente por parte da cambacica (FRISCH, FRISCH, 2005). Algumas das aves encontradas durante as amostragens podem ser consideradas migratórias. O tesourinha (Tyrannus savana), a juruviara (Vireo olivaceus) e o suiriri (Tyrannus melancholicus), por exemplo, puderam ser observadas no campus nos meses de setembro à janeiro, onde nidificavam e se alimentavam, desaparecendo logo após esse período. Esse evento coincide com o relatado por Storer et al. (2000), no qual menciona que a maioria das espécies usam rotas estabelecidas para a migração, de modo que costumam viajar dentro de um horário médio, aparecendo e desaparecendo regularmente de acordo com o

75 75 calendário. Tanto o tesourinha (Tyrannus savana) como a juruviara (Vireo olivaceus), também foram mencionados por Magalhães (2007) como aves com hábito migratório encontradas no município de São Paulo, sendo a primeira espécie observada nos meses de outubro e dezembro e, a segunda vista e ouvida a partir de setembro, desaparecendo a partir de março. Outras espécies consideradas pela autora com esse tipo de hábito, também foram registrados nesse presente trabalho: vira-bosta (Molothrus bonariensis), sabiá-poca (Turdus amaurochalinus), irerê (Dendrocygna viduata), garça-branca-grande (Arde alba), pombão (Patagioenas picazuro), quiriquiri (Falco sparverius), coleirinho (Sporophila caerulescens), saíraviúva (Pipraeidea melanonota), sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata), enferrujado (Lathrotriccus euleri), bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus), socozinho (Butorides striata) e cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata). Esses registros em comum podem conferir ao hábito migratório uma das possíveis explicações do motivo pelo qual todas as espécies citadas anteriormente foram observadas poucas vezes nesse presente levantamento algumas destas avistadas apenas uma única vez (Registros ocasionais, ver tabela 5). Embora registrados 15 espécies com comportamento migratório (6 migrantes regionais, 4 migrantes meridionais, migrantes na América do Sul e 2 migrantes setentrionais), Ruschi (1979) relata o fato de que o Brasil possui, proporcionalmente, um número muito menor de espécies visitantes e passageiras, comportando-se, assim, como área avifaunística residente. Ou seja, o país detêm poucas espécies passageiras (migratórias), sendo maioria espécies residentes locais (não migratórias). Höfling e Camargo (1996) relata exemplos de aves sinantrópicas, ou seja, espécies que se adaptaram a viver em áreas urbanas junto ao homem, a despeito da vontade deste. Dentre os exemplos citados pelos autores, destacam-se a rolinharoxa (Columbina talpacoti), os beija-flores (Eupetomena macroura e Amazilia lactea), o bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), a andorinha-pequena-de-casa (Pygochelidon cyanoleuca), o sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris), a cambacica (Coereba flaveola), o sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca), o adaptado bico-de-lacre (Estrilda astrild), além das duas espécies encontradas apenas nas cidades, o pombo-doméstico (Columba lívia) e o pardal (Passer domesticus), esses três últimos pertencentes as espécies exóticas introduzidas na fauna brasileira devido à ação humana. Todas as espécies citadas foram também avistadas nesse presente levantamento, bem como

76 76 outras espécies bastante comuns em meio urbano atualmente, os quais destacamse o joão-de-barro (Furnarius rufus), o periquito-rico (Brotogeris tirica), a corruíra (Troglodytes musculus) e o urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). Curiosos foram os registros esporádicos de algumas espécies, tal como o tucanuçu (Ramphastos toco). Segundo Sick (1997), a espécie costuma frequentar matas de galeria, pantanal e capões e, caracteriza-se por ser o único ranfastídeo brasileiro a não viver socialmente em florestas, além de beneficiar-se dos desmatamentos. A observação de um único individuo no ano de 2011 se depara, portanto, curiosamente contraditório às características da espécie. O registro no ano de 2011 de um individuo solitário sobrevoando o campus da instituição, em pleno bioma de Mata Atlantica, traz consigo um aspecto de surpresa se confrontados o ocorrido com análises de outros levantamentos. Embora Höfling e Camargo (1996) também observara a ocorrência esporádica da espécie no campus da Cidade Universitária Armando de Salles de Oliveira (CUASO), a espécime jamais fora listado por Magalhães (2007) no munícipio de São Paulo. Fatos como esses remetem à crença na hipótese do individuo relatado ser um animal silvestre oriundo de escape de cativeiro, uma vez que, a espécie é intensamente retirada de seu hábitat original. Por outro lado, na cidade de Rio Claro no interior de São Paulo, Gussoni e Guaraldo (2008) relatam a espécie como frequentadora local. As poucas observações do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) também surtiram efeito curioso durante as pesquisas a campo. Sempre observada em casal, a espécie quando registrada era habitualmente observada alimentando-se dos frutos de coqueiro-jerivá (Syagrus romanzoffiana) distribuídas pelo campus (figura 15). Diferentemente do relatado por Höfling e Camargo (1996) durante o levantamento de avifauna da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, no qual classificara a espécie como de ocorrência eventual, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) foi observado não de forma ocasional durante as pesquisas a campo desse presente levantamento, embora avistados algumas poucas vezes. Acredita-se, portanto, que os indivíduos avistados trataram-se de exemplares selvagens, embora não descartada a hipótese defendida por Höfling e Camargo (1996) e Strube et al. (2009), o qual classificam a espécie sendo provavelmente oriunda de escape ou soltura de cativeiro. Segundo Leite et al. (2008), citado pelo Consórcio JGP - PRIME (2009), a espécie possui distribuição original restrita à porção central e oeste do

77 77 estado de São Paulo. Entretanto, sua ocorrência na área pode ser atribuída à expansão de distribuição da espécie. Segundo Strube et al. (2009), paralelamente aos escapes acidentais e solturas propositais de Amazona aestiva, em meados da década de 80 houve uma grande soltura de periquitos do gênero Brotogeris (como por exemplo, o Brotogeris tirica, avistado nesse presente trabalho). Ainda, segundo os autores, esses períodos coincidem exatamente com o ínicio da aclimatação destas espécies, culminando com uma situação considerada explosiva e incontrolável no ínicio dos anos 90 no município de Curitiba. Entretanto, é importante ressaltar que, a existência de tais espécies principalmente a espécie Brotogeris tirica, uma vez que trata-se de uma ave endêmica de Mata Atlântica no campus do CUFSA pode ser originada por outros motivos diferentes que acometeram a região metropolitana da Grande São Paulo e, por isso, necessitam de pesquisas mais detalhadas a respeito. Outro curioso registro foi o cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata), no qual trata-se de uma espécie restrita à Região Sudeste do Brasil, Paraguai e Misiones, na Argentina. Avistada uma única vez nesse levantamento, a espécie já fora diagnosticada como espécie de ocorrência eventual na Cidade Universitária por Höfling e Camargo em 1996, de modo que, a ocorrência poderia estar relacionada aos deslocamentos que ocorrem por parte das aves cujo motivo é ocasionado por mudanças bruscas de temperatura ambiental. Os mesmos autores previam, à época, que a espécie seria potencialmente capaz de permanecer e compor a avifauna da área que abriga a Cidade Universitária, dependendo da permanência dela no local. Todavia, no caso específico do CUFSA observa-se que esse evento não ocorreu, uma vez que, tratase de um fato inédito, porém, único registro para o local, visto que Domenichelli e Simone não registrara a espécie no levantamento de Interessante tornou-se o registro fotográfico da espécie (figura 4) em sua única visita ao campus da faculdade quando confrontados com outros registros hospedados no portal Wiki Aves (2011), de modo que, verificou-se que a observação da espécie no campus significou o primeiro registro para a Região do Grande ABC. Outros registros ocasionais também chamaram a atenção pela sua peculiaridade curiosa: as raras observações do tiê-preto (Tachyphonus coronatus) e sabiá-poca (Turdus amaurochalinus), observados quase sempre alimentando-se nos comedouros com sementes e frutas; sabiá-coleira (Turdus albicollis), observado algumas poucas vezes no bosque situado nas sub-áreas 1.2 e 1. (figura 1); bem-te-

78 78 vi-rajado (Myiodynastes maculatus) e pitiguari (Cyclarhis gujanensis), observados basicamente no ano de 2011 apenas; a observação de um casal de tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) em apenas duas ocasiões no ano de 2010; e as observações únicas do gavião-carijó (Rupornis magnirostris), quiriquiri (Falco sparverius), carrapateiro (Milvago chimachima), coleirinho (Sporophila caerulescens), tiziu (Volatinia jacarina), sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata), sanhaçu-do-coqueiro (Tangara palmarum), sabiá-una (Turdus flavipes), enferrujado (Lathrotriccus euleri) e caneleiro-de-chapéu-preto (Pachyramphus validus). As diferentes informações anteriormente expostas possibilitam a conclusão da importância das inúmeras espécies de aves seguida das respostas que elas carregam com si próprias em relação às condições do meio tratado, no caso a instituição acadêmica, e a imensa capacidade de conviverem a esse ambiente, o que faz delas ótimos indicadores ecológicos para as condições do ambiente e das modificações físicas e bióticas que ocorreram no local nos últimos dez anos. Ainda que a área do campus esteja situado em uma região alterada e urbanizada, é nítido a considerável riqueza no local. Tal discurso é validado quando comparado ao trabalho de Magalhães (2007), no qual relatara baseado na lista de espécies registradas para o município de São Paulo pela Divisão de Fauna e seus colaboradores, a ocorrência de 284 espécies, de modo que, exceto Ramphastos toco, todas as demais 6 espécies registradas nesse presente levantamento também foram observadas na lista do município de São Paulo. Ou seja, os resultados da quantidade de espécies avistadas no CUFSA apontam uma taxa de pouco mais de 22% do total de espécies relatadas por Magalhães. Gussoni e Guaraldo (2008) relatam a existência ao todo de 172 espécies de aves que podem ser observadas no campus da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), no município de Rio Claro, São Paulo. Desse total, 51 espécies foram registradas também por esse presente levantamento para o campus do CUFSA, o que equivale a uma taxa de aproximadamente 29,6% das espécies em comum em ambas as universidades. Develey e Endrigo (2004), por exemplo, estimam que pelo menos 27 espécies de aves ocorram atualmente na grande São Paulo, enquanto Höfling e Camargo (2002) estimam 152 espécies observadas somente na Cidade Universitária, dados esses que dimensionam os resultados encontrados por esse levantamento, uma vez

79 79 que, se levarmos em consideração apenas a quantidade de espécies registradas em detrimento dos registros qualitativos, o levantamento de avifauna do CUFSA aponta uma porção de um pouco mais de 1/4 do número total de espécies registradas por Develey e Endrigo para a grande São Paulo e aproximadamente 2/ do total observado por Höfling e Camargo para a Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, também em São Paulo. Em virtude do centro universitário oferecer um considerável fragmento de área verde, é evidente sua importância para toda a avifauna da região. O campus oferece flora e fauna relacionando-se, o que favorece as mais diversas necessidades das aves, e remete a conclusão da importância de tais registros, uma vez que, possa servir de subsidio à educação ambiental a fim de oferecer informações pertinentes para a execução consciente de possíveis programas junto a comunidade da região e alunos/docentes da instituição, cuja finalidade é propor medidas de conservação da surpreendente diversidade de avifauna local. Os registros alcançados por intermédio desse levantamento para o centro universitário demonstram acima de tudo o quão é pertinente e importante realizar uma manutenção e monitoramento contínuo da dinâmica da avifauna local, uma vez que, desse modo é possível avaliar os efeitos das atividades antrópicas internas. Por fim, a titulo de ressalva, deve-se salientar que futuras pequisas científicas correlacionadas ao tema realize uma abordagem mais focada a respeito da biologia e ecologia das espécies ali residentes, como por exemplo um estudo relacionado a nidificação das espécies no local, no qual deve ser realizado para completar as informações do presente trabalho. Em virtude da inviabilidade por parte dos autores no processo de observações noturnas a campo dessa pesquisa, outro estudo considerado pertinente diz respeito a um levantamento que priorizasse um enfoque com relação às espécies de hábitos noturnos do local. Uma pesquisa científica futura em que priorizasse um maior período de observações a campo também poderá ser demasiadamente importante, colaborando no enriquecimento de trabalhos de mesma natureza no campus da instituição.

80 80 REFERÊNCIAS BIBBY, Colin J. et al. Bird census techniques. 2. ed. Londres, UK: Academic Press, p. Disponível em: < BR&lr=&id=Ld5wkzPp49cC&oi=fnd&pg=PR5&dq=BIBBY+et+al.,+1992)+&ots=8bo50 JkHLw&sig=B4JOtfEjUvOP0yxN9BR_LG8SKcE#v=onepage&q=BIBBY%20et%20al. %2C%201992)&f=false>. Acesso em: 6 jun BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA. Resolução CONAMA n. 1, de 2 de janeiro de 1986, Publicada no DOU, de 17 de fevereiro de 1986, Seção 1, páginas Resoluções do Conama: resoluções vigentes publicadas entre julho de 1984 e novembro de 2008, Brasília, 2. ed., 928 p., Resolução nº 1, de 2/01/1986. Disponível em: < Acesso em: 14 mai CBRO. COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS. Listas das aves do Brasil. 10ª Edição Disponível em: < >. Acesso em: 14 out CONSÓRCIO JGP PRIME. Programa Rodoanel Mario Covas: Trecho Leste. São Paulo, v.. CUFSA. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ. História: Fundação completa 46 anos. Disponível em: < Acesso em: 6 jun CUFSA. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ. Infra-estrutura. Disponível em: < Acesso em: 6 jun DAEE. DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA. Piscinões: Implantação dos Reservatórios de Retenção. Disponível em: < piscinoes-home&catid=8%apiscinoes&itemid=55>. Acesso em: 4 mai DEVELEY, Pedro F.; ENDRIGO, Edson. Guia de Campo - Aves da Grande São Paulo. 2. ed. São Paulo: Aves e Fotos Editora, p. DOMENICHELLI, Guilherme Augusto; SIMONE, Leandro Wada. Avifauna do Campus do Centro Universitário Fundação Santo André p. Projeto de

81 81 Iniciação Científica (Zoologia) Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, FRANCHIN, Alexandre Gabriel; JÚNIOR, Oswaldo Marçal; DEL-CLARO, Kleber. Ecologia Comportamental: métodos, técnicas e ferramentas utilizadas no estudo de aves. In: VON MATTER, Sandro et al. (Org.). Ornitologia e Conservação: Ciência Aplicada, Técnicas de Pesquisa e Levantamento. 1. ed. Rio de Janeiro: Technical Books, cap. 11. p FRISCH, Johan Dalgas; FRISCH, Christian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem.. ed. São Paulo: Dalgas-Ecoltec Ecologia Técnica Ltda., p. FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA. Mata Atlântica. Disponível em: < Acesso em: 7 mai GIMENES, Márcio Rodrigo; ANJOS, Luiz dos. Efeitos da fragmentação florestal sobre as comunidades de aves. Acta Scientiarum. Biological Sciences, Maringá, v. 25, n. 2, p , 200. Disponível em: < Acesso em: 28 mar GOOGLE EARTH 6.2. Mountain View, CA: Google inc, Microsoft Windows XP. GUSSONI, Carlos Otávio Araujo; GUARALDO, André de Camargo. Aves do câmpus da UNESP em Rio Claro. Rio Claro: C.O.A. Gussoni : A.C. Guaraldo, p. GWYNNE, John A. et al. Aves do Brasil Vol. 1. Pantanal & Cerrado. São Paulo: Editora Horizonte, p. (Aves do Brasil, n. 1). HÖFLING, Elizabeth; CAMARGO, Hélio F. de Almeida. Aves no Campus: Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. 2. ed. São Paulo: Edusp, p. HÖFLING, Elizabeth; CAMARGO, Hélio F. de Almeida. Aves no Campus: Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira.. ed. São Paulo: Edusp, p. LAPORTA, José Luíz; COSTA, Carmen Beatriz Taipe Lagos da. Do Tangará ao Aedes: ocupação urbana e alteração de fauna. In: FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ.

82 82 Revista Fundação Santo André. Memória e transformação. Santo André: Fundação Santo André, v. 1. p MAGALHÃES, Anelisa Ferreira de Almeida. Aves do Município de São Paulo. In: MAGALHÃES, Anelisa Ferreira de Almeida; VASCONCELLOS, Marcos Kawall (Coord.). Fauna Silvestre: Quem são e onde vivem os animais na metrópole paulistana. São Paulo: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, p PSA. PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ. Parque Escola. Disponível em: < Acesso em: 4 mai RUSCHI, Augusto. Aves do Brasil. São Paulo: Ed. Rios, p. SICK, Helmut. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. STORER, Tracey I. et al. Zoologia geral. 6. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, p. (Biblioteca universitária, ). STOTZ, D. F. et al. Neotropical birds: ecology and conservation. Chicago: University of Chicago Press, p. STRUBE, Fernando C. et al. Aves de Curitiba. Curitiba: Hori Consultoria, p. WIKI AVES. A enciclopédia das aves. Disponível em: < Acesso em: set WWF BRASIL. Guia de Aves Mata Atlântica paulista Serra do Mar e Serra de Paranapiacaba. 1 ed. São Paulo, p. WWF BRASIL. Mata Atlântica, herança em perigo. Disponível em: < f>. Acesso em: 9 mai

83 8 ANEXO 1 - Fichas de observação em campo OBSERVAÇÃO DE AVIFAUNA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ DATA: / / SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM HORÁRIO (INÍCIO): : (TÉRMINO): : TEMPO: ENSOLARADO NUBLADO GAROANDO CHOVENDO VENTANDO SEM VENTO TEMPERATURA: C MOVIMENTO NO CAMPUS: NENHUM POUCO REGULAR MUITO ESPÉCIE FAMILIA ÁREA LOCAL Gavião-carijó Rupornis magnirostris ACCIPITRIDAE Gavião-miúdo Accipiter striatus ACCIPITRIDAE Irerê Dendrocygna viduata ANATIDAE Garça-branca-grande Ardea alba ARDEIDAE Socozinho Butorides striata ARDEIDAE Urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus CATHARTIDAE Quero-quero Vanellus chilensis CHARADRIIDAE Cambacica Coereba flaveola COEREBIDAE Pombão Patagioenas picazuro COLUMBIDAE Pombo-doméstico * Columba livia COLUMBIDAE Rolinha-roxa Columbina talpacoti COLUMBIDAE Alma-de-gato Piaya cayana CUCULIDAE Anu-branco Guira guira CUCULIDAE Anu-preto Crotophaga ani CUCULIDAE Coleirinho Sporophila caerulescens EMBERIZIDAE Bico-de-lacre * Estrilda astrild ESTRILDIDAE Caracará Caracara plancus FALCONIDAE Carrapateiro Milvago chimachima FALCONIDAE Quiriquiri Falco sparverius FALCONIDAE

84 84 João-de-barro Furnarius rufus FURNARIIDAE João-teneném Synallaxis spixi FURNARIIDAE Andorinha-pequena-de-casa Pygochelidon cyanoleuca HIRUNDINIDAE Vira-bosta Molothrus bonariensis ICTERIDAE Sabiá-do-campo Mimus saturninus MIMIDAE Mariquita Parula pitiayumi PARULIDAE Pula-pula Basileuterus culicivorus PARULIDAE Pardal * Passer domesticus PASSERIDAE Biguá Phalacrocorax brasilianus PHALACROCORACIDAE Pica-pau-do-campo Colaptes campestris PICIDAE Pica-pau-verde-barrado Colaptes melanochloros PICIDAE Cuiú-cuiú Pionopsitta pileata PSITTACIDAE Maracanã-pequena Diopsittaca nobilis PSITTACIDAE Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva PSITTACIDAE Periquito-rico Brotogeris tirica PSITTACIDAE Tucanuçu Ramphastos toco RAMPHASTIDAE Ferreirinho-relógio Todirostrum cinereum RHYNCHOCYCLIDAE Coruja-orelhuda Asio clamator STRIGIDAE Saí-canário Thlypopsis sordida THRAUPIDAE Saíra-amarela Tangara cayana THRAUPIDAE Saíra-viúva Pipraeidea melanonota THRAUPIDAE Sanhaçu-cinzento Tangara sayaca THRAUPIDAE Sanhaçu-de-encontro-amarelo Tangara ornata THRAUPIDAE Sanhaçu-do-coqueiro Tangara palmarum THRAUPIDAE Tiê-preto Tachyphonus coronatus THRAUPIDAE Tiê-sangue Ramphocelus bresilius THRAUPIDAE Caneleiro-de-chapéu-preto Pachyramphus validus TITYRIDAE Beija-flor-de-peito-azul Amazilia lactea TROCHILIDAE Beija-flor-tesoura Eupetomena macroura TROCHILIDAE Corruíra Troglodytes musculus TROGLODYTIDAE

85 85 Sabiá-barranco Turdus leucomelas TURDIDAE Sabiá-coleira Turdus albicollis TURDIDAE Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris TURDIDAE Sabiá-poca Turdus amaurochalinus TURDIDAE Sabiá-una Turdus flavipes TURDIDAE Bem-te-vi Pitangus sulphuratus TYRANNIDAE Bem-te-vi-rajado Myiodynastes maculatus TYRANNIDAE Bentevizinho-de-penachovermelho Myiozetetes similis TYRANNIDAE Enferrujado Lathrotriccus euleri TYRANNIDAE Guaracava-de-barriga-amarela Elaenia flavogaster TYRANNIDAE Suiriri Tyrannus melancholicus TYRANNIDAE Tesourinha Tyrannus savana TYRANNIDAE Juruviara Vireo olivaceus VIREONIDAE Pitiguari Cyclarhis gujanensis VIREONIDAE OBSERVAÇÕES: * Espécies Exóticas ÁREAS: LOCAIS: 1.1 Biotério e quadras poliesportivas 1 Campo aberto, solo plano ou áreas com capinzal 1.2 Galpão e espaço entre a FAFIL e o Prédio Anexo 2 Arbustos 1. Atrás da FAFIL e FAECO, incluindo a região da Casa Amarela Árvores 2.1 Entre os prédios da FAECO e FAFIL 4 Construções 2.2 Entre o setor frontal do Antigo Colégio e da FAECO 5 Voando baixo 2. Entre a Biblioteca e o setor frontal da FAFIL 6 Voando alto Entre o Prédio Anexo, Colégio, FAENG, Campo de Futebol e Estacionamento

86 86 OBSERVAÇÃO OCASIONAL DE AVIFAUNA* DATA HORÁRIO NOME POPULAR/CIENTÍFICO ÁREA LOCAL OBSERVAÇÕES * Espécies avistadas de maneira esporádica, em ocasiões fora dos momentos estipulados de observação em campo. ÁREAS: LOCAIS: 1.1 Biotério e quadras poliesportivas 1 Campo aberto, solo plano ou áreas com capinzal 1.2 Galpão e espaço entre a FAFIL e o Prédio Anexo 2 Arbustos 1. Atrás da FAFIL e FAECO, incluindo a região da Casa Amarela Árvores 2.1 Entre os prédios da FAECO e FAFIL 4 Construções 2.2 Entre o setor frontal do Antigo Colégio e da FAECO 5 Voando baixo 2. Entre a Biblioteca e o setor frontal da FAFIL 6 Voando alto Entre o Prédio Anexo, Colégio, FAENG, Campo de Futebol e Estacionamento

87 87 ANEXO 2 Registros de espécies observadas ocasionalmente DATA HORÁRIO 08/10/ / Manhã NOME POPULAR/CIENTÍFICO Caneleiro-de-chapéu-preto (Pachyramphus validus) * Manhã Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) - - Tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) * Enferrujado (Lathrotriccus euleri) * Sanhaçu-do-coqueiro (Tangara palmarum) 2011 Manhã Sabiá-uma (Turdus flavipes) 05/04/11 Tarde 06/05/11 Tarde 06/05/11 Tarde Maracanã-pequena (Diopsittaca nobilis) Beija-flor-de-peito-azul (Amazilia lactea) Tiê-preto (Tachyphonus coronatus) * ÁREA LOCAL OBSERVAÇÕES Indivíduo solitário Observados algumas vezes durante 2010 e e Casal observado 2 vezes nesse ano Casal /05/11 - Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) /05/11-0/06/11 Tarde 11/06/11 Tarde 16/08/11 Manhã Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) Sanhaçu-de-encontro-amarelo (Tangara ornata) * Sabiá-barranco (Turdus leucomelas) Indivíduo fêmea alimentando-se no comedouro 1. Casal alimentando-se 1.1 Indivíduo solitário alimentando-se /08/11 09h08 Cuiú-cuiú (Pionopsitta pileata) * 1.1 Indivíduo macho solitário 16/08/11 09h12 Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) * 1.1 Indivíduo solitário 17/09/11 - Sabiá-coleira (Turdus albicolli) * /09/11 09h40 Gavião-miúdo (Accipiter striatus) 2.1 e 5 Nidificando 19/09/11 15h40 Tucanuçu (Ramphastos toco) * Sobrevoando 21/09/11 Tarde Juruviara (Vireo olivaceus) 1.2-2/09/11 - Coruja-orelhuda (Asio clamator) 1.1 Indivíduo solitário 27/09/11-28/09/11-28/09/11-0/09/11-05/10/11-07/10/11 1h25 07/10/11 15h44 Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros) Bem-te-vi-rajado (Myiodynastes maculatus) * Rolinha-roxa (Columbina talpacoti) Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) Pica-pau-do-campo (Colaptes campestres) Sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) * Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura) Jovem observado no prédio da FAECO 2.2 Indivíduo observado fora do ninho Indivíduo alimentando-se no comedouro 01/11/11 07h5 Tesourinha (Tyrannus savana) - 01/11/11 07h8 Anu-preto (Crotophaga ani) 4 -

88 88 01/11/11 07h42 01/11/11 07h4 04/11/11 14h50 Bentevizinho-de-penachovermelho (Myiozetetes similis) Guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) Alimentando-se Alimentando-se Ninho com 2 filhotes 09/11/11 07h02 Suiriri (Tyrannus melancholicus) 4-09/11/11 07h11 Coleirinho (Sporophila caerulescens) 2 Indivíduo fêmea solitária 09/11/11 07h7 Tesourinha (Tyrannus savana) - 09/11/11 12h04 Corruíra (Troglodytes musculus) /11/11 12h16 Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris) /11/11 08h48 Alma-de-gato (Piaya cayana) 1.2 Indivíduo solitário 19/12/11 12h5 Anu-branco (Guira guira) 4 Alimentando-se de um anfíbio anuro 19/12/11 15h50 João-teneném (Synallaxis spixi) /12/11 Tarde Socozinho (Butorides striata) * 4 Indivíduo solitário 19/12/11 15h56 Ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) Indivíduo solitário 28/02/12 - Quiriquiri (Falco sparverius) * - Avistado por Cauê Reis 08/0/12 - Maracanã-pequena ( Diopsittaca nobilis) /0/12 - Caracara (Caracara plancus) /0/12 Maracanã-pequena ( Diopsittaca nobilis) /0/12 - Biguá (Phalacrocorax brasilianus) 6-22/0/12 - Caracara (Caracara plancus) /0/12 - Caracara (Caracara plancus) Nificação 12/04/12-12/04/12-16/04/12-17/04/12 11h00 17/04/12 11h00 18/04/12-18/04/12 - Garça-branca-grande (Ardea alba) Sabiá-do-campo (Mimus saturninus) Carrapateiro (Milvago chimachima) * Pula-pula (Basileuterus culicivorus) Enferrujado (Lathrotriccus euleri) * Carrapateiro (Milvago chimachima) * Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) 1 2 indivíduos 1 2 indivíduos Vocalização Indivíduo solitário empoleirado em um pé de café - - Avistado por Cauê Reis 2. Casal vocalizando 18/04/12 - Pombão (Patagioenas picazuro) Indivíduo solitário 19/04/12 11h00 Periquito-rico (Brotogeris tirica) /04/12 11h00 0/05/12 11h0 Sanhaçu-cinzento (Tangara sayaca) Pula-pula (Basileuterus culicivorus) /05/12 11h0 Gavião-miúdo (Accipiter striatus) 1.1-0/05/12 - Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) 2. Casal vocalizando 0/05/12 - Quero-quero (Vanellus chilensis) 5 Sobrevoando

89 89 07/05/12 - Quero-quero (Vanellus chilensis) 5 Sobrevoando 07/05/12 - Biguá (Phalacrocorax brasilianus) 6 indivíduos sobrevoando 14/05/12 - Quero-quero (Vanellus chilensis) 5 indivíduos 15/05/12 - Saíra-amarela (Tangara cayana) 1.2 Vocalização 15/05/12 11h00 15/05/12 12h00 16/05/12-17/05/12 11h40 Pula-pula (Basileuterus culicivorus) Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) * Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) Tiê-preto (Tachyphonus coronatus) * Casal 1.1 Indivíduo femêa 2/05/12 11h00 Mariquita (Parula pitiayumi) /08/12 09h00 Caracara (Caracara plancus) /08/12-10/08/12 Manhã Pica-pau-do-campo (Colaptes campestres) Pica-pau-do-campo (Colaptes campestres) /08/12 Manhã Anu-branco (Guira guira) /08/12 Manhã João-teneném (Synallaxis spixi) /08/12 Manhã 11/08/12 08h1 18/08/12 10h00 Pula-pula (Basileuterus culicivorus) Vira-bosta (Molothrus bonariensis) Bentevizinho-de-penachovermelho (Myiozetetes similis) Indivíduo solitário /08/12 21h00 Irerê (Dendrocygna viduata) * 2. - Sobrevoando 25/08/12 07h0 Pica-pau-do-campo (Colaptes campestres) /09/12 Manhã Tiziu (Volatinia jacarina) 2 - * Espécies inclusas no levantamento qualitativo (Total: 20) ÁREAS: LOCAIS: 1.1 Biotério e quadras poliesportivas 1 Campo aberto, solo plano ou áreas com capinzal 1.2 Galpão e espaço entre a FAFIL e o Prédio Anexo 2 Arbustos 1. Atrás da FAFIL e FAECO, incluindo a região da Casa Amarela Árvores 2.1 Entre os prédios da FAECO e FAFIL 4 Construções 2.2 Entre o setor frontal do Antigo Colégio e da FAECO 5 Voando baixo 2. Entre a Biblioteca e o setor frontal da FAFIL 6 Voando alto Entre o Prédio Anexo, Colégio, FAENG, Campo de Futebol e Estacionamento

90 90 ANEXO Guia fotográfico virtual (Pranchas descritivas das espécies registradas) FSA E SUAS AVES Diante da pressão sofrida, o meio ambiente tem incrível capacidade de regeneração e recuperação contra eventuais impactos, sejam eles naturais ou antropogênicos. Não obstante, os impactos de natureza antropogênico são cada vez mais nocivos aos ecossistemas, não dando chance nem tempo para a regeneração do meio ambiente. A exemplo de toda e qualquer área verde localizada próximo às cidades, o próprio campus do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) não passou ileso ao processo de urbanização desordenado e redução da mata nativa em que a região da instituição sofreu no início do século passado. No entanto, as aves possuem incrível capacidade de superação. Colonizam, se estabelecem e se adaptam bravamente paisagens urbanas alteradas e, apesar de todas as condições adversas, chamam a atenção pela riqueza e diversidade de espécies. O campus do Centro Universitário Fundação Santo André, embora tenha passado por um processo de modificação ambiental, dispõe de uma área relativamente grande e integra aspectos naturais e urbanos em um ambiente agradável, oferecendo refúgio a diversas espécies de aves, colaborando para a riqueza da avifauna da região. Situado no munícipio de Santo André, SP, Brasil, nas coordenadas 2 9'42"S e 46 '17"W, a faculdade possui seu campus instalado no bairro Vila Príncipe de Gales, na região denominada Grande ABC, e conta com um razoável fragmento de área verde, cuja importância para toda a avifauna da região é nítida. O campus oferece flora e fauna relacionando-se, o que favorece as mais diversas necessidades das aves, pois é através dos recursos alimentares, locais para nidificação e refúgio disponíveis que as aves podem se estabelecer. Principalmente, quando tratamos de áreas urbanizadas e alteradas pela ação antropogênica, onde temos constantemente modificações ambientais. Almeja-se por objetivo que esse guia virtual possa oferecer informações que sirvam de base não só para aqueles que são amantes desse mundo de cantos, cores e formas, mas também para aqueles que lutam em pró do meio ambiente e

91 91 toda a diversidade de aves correlacionada. Aliar o processo de desenvolvimento com o de conscientização ambiental é um desafio enorme, mas não impossível. Se batalhada firmemente a questão ambiental vai muito além da conservação das espécies e recursos naturais: melhora a qualidade de vida populacional e abre novos horizontes e perspectivas quanto ao futuro das novas gerações, de todas as espécies viventes e de toda a humanidade. Por fim, a idealização desse guia virtual é justificável na medida em que é possível conhecer as inúmeras espécies de aves que no local residem, visitam ou frequentam sazonalmente. Ao longo desse guia virtual é possível visualizar fichas de 64 espécies de aves registradas durante os trabalhos de observação em campo, pertencentes a 55 gêneros, 0 famílias e 14 ordens, cujas fichas contendo informações e curiosidades estão presentes nesse blog. Cauê Rosetto Reis Rafael Leme de Almeida Alunos do 4 ano de Ciências Biológicas, no ano de 2012.

92 MODELO DAS FICHAS: 92

93 9 NOME POPULAR: Gavião-carijó NOME EM INGLÊS: Roadside Hawk NOME CIENTÍFICO: Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Accipitridae (Vigors, 1824) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Olho amarelo, de longe parecendo branco; cera amarelo-viva; perna amarela. Na maior parte, o adulto é cinza-amarrronzado por cima, garganta e papo algo mais claros, este às vezes com algum ferrugíneo; peito e barriga barrados de pardo e cinza-ferrugíneo. Cauda com faixas cinzentas e pretas. O individuo imaturo é parecido, mas tem peito rajado e mais marrom. Em voo, apresenta-se barrado cinza sobre as asas, primárias ferrugíneas (ocultas na ave pousada). Nenhum outro gavião de silhueta semelhante tem ferrugem na asa. Pousa em locais expostos e costuma abanar a cauda para os lados; pode permitir grande aproximação. Em voo, intercala batidas de asa curtas e rápidas com planeios curtos. Às vezes plana alto, circulando com urubus em correntes térmicas. É um dos gaviões que mais vocalizam. Pousado, dá um grito de alarme agudo e anasalado, descendente, kiiiééé, que lembra o grito do carrapateiro (Milvago chimachima); em voo (às vezes pousado), dá uma série rápida de notas anasaladas ké. TAMANHO: -8 cm HABITAT: De ocorrência ampla em borda de mata e capoeira, e em qualquer ambiente aberto com árvores, inclusive cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de artrópodes, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Como método de caça de vertebrados, o gavião-carijó mata a presa através da pressão dos dedos munidos de fortes garras. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho, que mede cerca de 46 cm de diâmetro por 6 cm de profundidade, geralmente no topo de uma árvore, entre dois galhos verticais, com pedaços de madeira grossos e secos. O fundo do ninho, onde repousam os ovos, é revestido de folhas secas. Os dois ovos, esbranquiçados com manchas pardas, que medem 49 x 8 mm, são incubados pela fêmea. Durante o período de incubação, a fêmea é alimentada, durante o dia, pelo macho. Os filhotes, cobertos por uma penugem rala e de olhos abertas, nascem inteiramente dependentes dos pais. STATUS NO CAMPUS:

94 94 NOME POPULAR: Gavião-miúdo NOME EM INGLÊS: Sharp-shinned Hawk NOME CIENTÍFICO: Accipter striatus (Vieillot, 1808) FAMÍLIA: Accipitridae (Vigors, 1824) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Olho amarelo. Adulto com face e coxas ferrugíneas, partes superiores cinza-ardósia; cauda escura com -4 faixas cinza-escuras. Por baixo, apresenta-se branco com barrado ferrugíneo de densidade variável, crisso branco. O indivíduo imaturo é marrom por cima, e possui penas com leve orlado ferrugíneo; por baixo, é branco sujo com barrado e estriado marrom de densidade variável. Agressivo, voa rápido entre a folhagem densa para capturar aves; pode ser bem ousado. Às vezes plana. Em geral silencioso; sobretudo na época de cria, o macho pode dar uma série longa de notas suaves, pi-pi-pi-pi-pi. TAMANHO: 25-0 cm HABITAT: Vivem em florestas e matas. Apesar de viver oculto nas matas e bosques, voa abertamente de uma mata a outra. ALIMENTAÇÃO: Apesar de pequeno, não hesita em atacar uma presa maior, pássaros são sua dieta habitual, caça a partir de um poleiro. É bastante ágil, pode perseguir sua presa voando entre as árvores. REPRODUÇÃO: Botam de 2 a 5 ovos, o período de incubação é de 0 a 5 dias. STATUS NO CAMPUS:

95 95 NOME POPULAR: Irerê NOME EM INGLÊS: White-faced Whistling-Duck NOME CIENTÍFICO: Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Anatidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico e pernas cinza-escuros. Face e garganta brancas (às vezes sujas de terra, mas mesmo assim distinguíveis) contrastando com o negro do resto da cabeça e pescoço; por cima, marrom rajado com pardo. Papo e peito de um marrom-ferrugíneo vivo, flancos com finas estrias pretas e brancas, meio da barriga preto. Em voo, apresenta asas e cauda escuras. Prefere áreas abertas. Costuma permanecer pousado à beira d água, numa postura alerta; em geral em bandos, que podem ter centenas de aves, às vezes junto com outras espécies do mesmo gênero. Alimenta-se em brejos, alagados e água rasa. O chamado mais frequente, que inspirou o nome popular, é um assobio agudo, I-re-rê, dando em voo; pode ser ouvido também de noite, até sobre cidades. TAMANHO: 4-48 cm HABITAT: De ocorrência ampla, comum em brejos e à beira de baías e lagoas. ALIMENTAÇÃO: Brotos vegetais, folhas, sementes e alguns invertebrados que fornecem uma fonte proteica. A água e a lama coletadas junto ao alimento são filtrados através do serrilhado do bico. REPRODUÇÃO: Põem 8 a 14 ovos diretamente no solo, em locais protegidos; eventualmente utilizam-se de ninhos em árvores, abandonados por outras aves. Os ovos são brancos, esverdeados ou azulados, medindo 47 x 7 mm e incubados pelo casal durante 28 a 0 dias. Muitas vezes o macho participa por mais tempo do que a fêmea da incubação e ambos possuem cuidado parental. STATUS NO CAMPUS:

96 96 NOME POPULAR: Garça-branca-grande NOME EM INGLÊS: Great Egret NOME CIENTÍFICO: Ardea alba (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Ardeidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERISTICAS: Olho amarelo, bico amarelo-vivo, loros verde-amarelados, pernas pretas. Adulto branco. Na reprodução, loros mais verdes, aigrettes longas e etéreas nas costas e na frente do pescoço. O indivíduo jovem possui bico amarelo com ponta escura. Possui porte grande, esguia, de pescoço muito longo. Seu voo é tranquilo, com batidas de asas amplas e pausadas. Aninha em ninhais, frequentemente com outras garças. Em geral quieta, ao assustar-se voa com um ãhhrrr grave e gutural, como fazem as Egretta. No ninhal, costuma produzir um som semelhante ao grunhido de um porco. TAMANHO: cm HABITAT: Vive em grupo de vários animais à beira de rios, lagos e banhados. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se principalmente de peixes, podendo consumir pequenos roedores, anfíbios, répteis e insetos. Aproxima-se sorrateiramente com o corpo abaixado e o pescoço recolhido e bica seu alimento, esticando seu longo pescoço. REPRODUÇÃO: Constroem ninho em ninhais que podem ter milhares de indivíduos de várias espécies de aves aquáticas. Os ninhos são construídos em uma plataforma de galhos secos sobre uma árvore, geralmente próxima à água e a alguns metros do solo. Os ovos de coloração esverdeados ou verde-azulados possuem grande diâmetro. O casal incuba os ovos durante 25 a 26 dias e, quando nascem os filhotes, que são nidícolas, fornece-lhes alimento regurgitado. Na época de reprodução os indivíduos de ambos os sexos apresentam longas penas no dorso chamadas egretas. STATUS NO CAMPUS:

97 97 NOME POPULAR: Socozinho NOME EM INGLÊS: Striated Heron NOME CIENTÍFICO: Butorides striata (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Ardeidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Pequeno, atarracado, com pernas curtas, amareladas. O indivíduo adulto possui coroa e crista pretas; por cima, preto-esverdeado com penas da asa orladas de pardo. Lados da cabeça, pescoço e peito cinzentos, com uma faixa branca orlada de castanho descendo garganta abaixo; barriga cinza-clara. O indivíduo imaturo possui coroa estriada; amarronzado por cima; estrias marrons por baixo. Em geral é solitário, embora nos locais onde é numeroso pode ser visto em grupos. Espreita de poleiros logo acima da água, pegando presas com botes rápidos. Quando agitado, move a cauda para os lados e eriça a crista. Aninha sozinho ou em grupos pequenos, mas não com outras garças. Ao assustar-se, foge com um kiau! irritado. TAMANHO: 8-4 cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em brejos e à beira d água; habita inclusive lagões em parques urbanos. ALIMENTAÇÃO: Peixes, anfíbios, pequenos répteis e invertebrados capturados dentro d água. Como técnica de pesca, fica parado à espreita, equilibrando-se num galho a baixa altura, próximo da borda d água; inclina-se para frente até o bico encostar na água e nesse momento apanha a presa. REPRODUÇÃO: Constroem uma plataforma de galhos finos e grossos, colocada numa árvore, 5 a 10 mm do solo. Neste ninho, a fêmea põe ou 4 ovos verde-pálidos ou azuis, medindo 8 x 29 mm. O período de incubação é de 21 a 2 dias. STATUS NO CAMPUS:

98 98 NOME POPULAR: Urubu-de-cabeça-preta NOME EM INGLÊS: Black Vulture NOME CIENTÍFICO: Coragyps atratus (Bechstein, 179) FAMÍLIA: Cathartidae (Lafresnaye, 189) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERÍSTICAS: Cabeça e pescoço nus, cinza-escuros. Plumagem negro-fosco. Em voo, asas largas e longas, cauda curta; a base esbranquiçada das primárias forma uma mancha clara na asa, visível por baixo e por cima. Pernoita em grandes grupos, pousado em árvores. Em cidades, aninha no alto de prédios. TAMANHO: 56-6 cm HABITAT: Abundante, de ocorrência ampla, é frequente em qualquer ambiente aberto, é o urubu mais comum na proximidade humana (sobretudo em lixões), mas é escasso em matas. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de restos e carniças, mas pode capturar presas vivos, como filhotes de outros animais. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho no solo, entre vegetação densa ou espinhosa, podendo utilizar cavidades sob rochas ou árvores, raramente a mais de 50 cm de altura. Os 2 ovos, que medem 67 x 50 mm, são de cor cinza ou verde-pálida, com larga mancha marrom e listas negras num dos pólos e mancha marrom, em forma de lágrima, no outro. O casal incuba os ovos, durante 2 a 9 dias e quando nascem os filhotes regurgita-lhes o alimento liquefeito, de odor desagradável. O filhote ao nascer apresenta uma penugem amarelada e o bico reto colorido de azul-escuro; após semanas sua cor é branco-rosada, com uma estreita faixa negra circundando a cabeça e as pernas são azuladas; um mês depois, com o tamanho de uma galinha, sua plumagem é castanho-clara, mostrando algumas penas negras. Aos 2 meses, já com a plumagem e o bico negros, tem a pele do pescoço lisa, sem as proeminências transversais e rugosas da ave adulta. O primeiro voo dá-se com cerca de 11 semanas de vida. STATUS NO CAMPUS:

99 99 NOME POPULAR: Quero-quero NOME EM INGLÊS: Southern Lapwing NOME CIENTÍFICO: Vanellus chilensis (Molina, 1782) FAMÍLIA: Charadriidae (Leach, 1820) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) CARACTERÍSTICAS: O quero-quero é inconfundível. Longa crista rala. Bico rosa-choque com ponta preta. Cabeça e pescoço cinzentos, com mancha branca na face e linha preta na testa ao meio do papo; peito preto. Pardo escuro por cima, com escapulares bronze e verde e esporão rosa no ombro; rabadilha branca e cauda preta; pernas rosadas. Em voo, apresenta vistoso padrão preto, branco e cinza; asas largas e arredondadas, faixa branca por cima, por baixo contraste entre coberteiras brancas e penas de voo pretas. Em par, trios ou pequenos grupos barulhentos; às vezes ativo à noite. A vocalização da espécie é um quéru-quéru-quéru... estridente, dado à menor perturbação, podendo ser bem irritante. TAMANHO: -5 cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em áreas abertas, como pastos e plantações; frequenta o entorno de casas. ALIMENTAÇÃO: Insetos e outros artrópodes capturados no solo. REPRODUÇÃO: Folhas secas, geralmente de gramíneas, são depositadas numa rara depressão no solo e em local seco. Os 2 a 4 ovos, pardo-amarelados e verdes com desenhos pretos, camuflam-se com o substrato. Os ovos medem 45 x mm e são incubados principalmente pela fêmea. Quando nascem os filhotes, nidífugos, a fêmea alimenta-os durante alguns dias e o macho ocasionalmente o faz. Durante a incubação e cuidado com os filhotes o macho torna-se agressivo, executando voos rasantes sobre o intruso que se aproxima. Nesta espécie pode ocorrer poliginia, quando um macho reúne 2 fêmeas que põem seus ovos num mesmo ninho. STATUS NO CAMPUS:

100 100 NOME POPULAR: Cambacica NOME EM INGLÊS: Bananaquit NOME CIENTÍFICO: Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Coerebidae (d Orbigny & Lafresnaye, 188) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico fino, curto e curvo, bem característico, às vezes róseo na base. Quase preta por cima, com longa sobrancelha branca, manchinha branca na asa e rabadilha amarela; amarela por baixo, contrastando com garganta cinza. Irrequieta e ativa, a cambacica é fácil de se ver, percorrendo a folhagem a qualquer altura, muitas vezes em locais bem expostos. O canto é curto, muito frequente, com uma sequência rápida e variada de notas agudas e chiadas. TAMANHO: 10,5 cm HABITAT: Razoavelmente comum, de ocorrência ampla em áreas abertas com árvores, sedes de fazendas e cidades. Adaptase facilmente em ambientes urbanos. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de néctar de flores e também de pequenos frutos e bichinhos. Costuma visitar bebedouros de beija-flores e pode aparecer em comedouros com frutas. REPRODUÇÃO: O casal constroem 2 tipos de ninhos, um para criar a prole e outro para descanso e pernoite. O primeiro é esférico, de parede grossa e compacta, feito com palhas, folhas, capins e teias de aranhas; a câmara incubatória localiza-se no centro, com a entrada às vezes protegida por palha. O segundo tipo é menor, mais achatado e de parede frouxa. Os ovos são branco-esverdeados com linhas e pontos pardo-amarelados e uma coroa de manchas azul-cinzentas. A incubação é feita exclusivamente pela fêmea. STATUS NO CAMPUS:

101 101 NOME POPULAR: Pombão NOME EM INGLÊS: Picazuro Pigeon NOME CIENTÍFICO: Patagioenas picazuro (Temminck, 181) FAMÍLIA: Columbidae (Leach, 1820) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Olho laranja-avermelhado. Cor geral cinza-vinácea, nuca e dorso superior com fino escamado branco bem visível, barriga mais cinzenta; asa mais escura, com faixa branca bem visível, sobretudo em vôo; cauda cinza-azulada, mais escura na metade terminal. Muito gregária, o pombão pode percorrer longas distâncias entre os locais de pernoite e de alimentação, voando alto, com batidas de asa rápidas e decididas. Alimenta-se em geral no chão, sendo comum em pastos e plantações; pousa e aninha em árvores. A voz é um hu-uu, hu-hu-huu, hu-hu-huu lento, que começa com uma longa nota arrastada, característica, e que pode ser intercalado com arrulhos graves (dados também sozinhos). TAMANHO: 6 cm HABITAT: Ocorrência em áreas abertas, capoeiras, sedes de fazenda e cidades. ALIMENTAÇÃO: Sementes e pequenos frutos coletados no solo. REPRODUÇÃO: Em árvores e a cerca de m do solo, constroem um ninho achatado com gravetos frouxamente entrelaçados. O único ovo, branco, com 5-40 x mm, é incubado pelo casal que também se ocupa da criação do filhote. STATUS NO CAMPUS:

102 102 NOME POPULAR: Pombo-doméstico NOME EM INGLÊS: Rock Pigeon NOME CIENTÍFICO: Columba lívia (Gmelin, 1789) FAMÍLIA: Columbidae (Leach, 1820) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Cabeça pequena e redonda, bico fraco, na base coberto pela cera a qual é intumescida no pombo. Corpo pesado, plumagem cheia e macia. Hálux bem desenvolvido. TAMANHO: 8 cm HABITAT: Encontrada em todo o Brasil, sendo comum em grandes centros urbanos. ALIMENTAÇÃO: É granívora e frugívora. Com o bico, costuma revirar folhas secas em busca de alimentos. REPRODUÇÃO: Constroem seus ninhos em locais protegidos contra chuvas e ventos fortes, tais como vigas de telhados, parapeitos de janelas e galpões. O casal incuba os 2 ovos brancos, durante 17 ou 18 dias e alimenta os filhotes com o leitedo-papo, como os demais columbídeos. Á medida que o filhote cresce, sementes e outros alimentos são adicionados à dieta. Durante o ano, efetuam várias posturas. Durante o cortejo, o macho faz reverências diante da fêmea. STATUS NO CAMPUS:

103 10 NOME POPULAR: Rolinha-roxa NOME EM INGLÊS: Ruddy Ground-Dove NOME CIENTÍFICO: Columbina talpacoti (Temminck, 1811) FAMÍLIA: Columbidae (Leach, 1820) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho inconfundível, cinza-rosado, mais claro na face e garganta; coroa cinza-azulada. Asa com algumas manchas pretas, primárias ferrugíneas (visíveis em vôo), coberteiras inferiores da asa pretas; cauda ferrugínea com cantos pretos, visíveis em vôo. Fêmea mais apagada: marrom-clara por cima, parda por baixo. Vive em casal ou em grupinhos, formando bandos maiores fora da época de cria. Alimenta-se enquanto caminha pelo chão e grandes números visitam comedouros com sementes e milho quebrado. Mansa; bate as asas com estrépito ao fugir voando e, em geral, pousa perto. O canto é um u-hu, u-hu, u-hu... repetido e monótono. TAMANHO: 17 cm HABITAT: Abundante, de ocorrência ampla em áreas abertas com árvores, incluindo pastos; ocorre em cidades e perto de casas. ALIMENTAÇÃO: Sementes e pequenos frutos coletados no solo. REPRODUÇÃO: O ninho, compacto e mais fundo do que os dos demais columbídeos, é feito com pequenos galhos entrelaçados, em árvores ou arbustos a pouca altura do solo. Dois ovos brancos e alongados, com 2 x 18 mm, são incubados pelo casal durante 11 a 1 dias e o jovem deixa o ninho aos 12 dias de vida. O casal tem ou 4 posturas por ano, podendo ou não reutilizar o ninho. STATUS NO CAMPUS:

104 104 NOME POPULAR: Alma-de-gato NOME EM INGLÊS: Squirrel Cuckoo NOME CIENTÍFICO: Piaya cayana (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Cuculidae (Leach, 1820) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Grande, esguia, com cauda muito longa, graduada. Bico esverdeado; olho e anel ocular vermelhos. Por cima, castanho-ferrugíneo uniforme intenso. Garganta e papo cor-de-canela, contrastando com peito e barriga cinzentos, baixo ventre e crisso pretos. Preto sob a cauda, com grandes manchas brancas nas pontas das penas. Sozinho ou em casal, o almade-gato move-se entre a folhagem e salta de galho em galho, às vezes com a agilidade de um esquilo (ou de um gato, daí o nome popular). Não é difícil de ver. Voa pouco, mas às vezes cruza áreas abertas entre uma árvore e outra, intercalando planeios com algumas batidas de asa. Vocaliza com frequência. Dá uma série de notas uit! potentes e penetrantes, que pode repetir por um bom tempo, a partir de um poleiro oculto. Tem vários chamados, entre eles um tchic! kuáá abrupto e forte, e um resmungo anasalado. TAMANHO: 40,5-46 cm HABITAT: De ocorrência ampla em mata, capoeira, pomares e na arborização urbana. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se basicamente de insetos, principalmente lagartas, que captura ao examinar as folhas, inclusive em suas partes inferiores. Consome também frutinhas, ovos de outras aves, caçam lagartixas e pererecas. REPRODUÇÃO: No início do período reprodutivo, canta incansavelmente durante o dia todo. O ninho, em forma de panela rasa, é construído com ramos frouxamente entrelaçados e situado em árvores não muito altas, recebendo, em geral, 6 ovos brancos de x 27 mm. Existe, nestes ovos, uma crosta calcária de cor branco-suja. O casal é responsável pela incubação, durante cerca de 14 dias e, posteriormente, pelo cuidado com a prole. Os filhotes permanecem no ninho aproximadamente 7 dias; durante as duas semanas seguintes movimentam-se por entre os galhos até que possam alçar voo. STATUS NO CAMPUS:

105 105 NOME POPULAR: Anu-branco NOME EM INGLÊS: Guira Cuckoo NOME CIENTÍFICO: Guira guira (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Cuculidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Por cima, marrom-escuro estriado de branco, cabeça parda, olho e bico amarelos ou laranja, crista despenteada, arruivada; baixo dorso e rabadilha brancos. Branco-sujo por baixo, lados do pescoço com estrias marrons esparsas, cauda longa, preta com base e ponta brancas. Inconfundível, o anu-branco é uma das aves mais vistas em áreas alteradas; pousa na fiação elétrica e em cercas. Vive em bandos em geral com até dez aves (mas podem chegar a 15-20). No frio, as aves do bando se aconchegam umas às outras; também pernoitam todas juntas. Alimenta-se no chão, em bando, num comportamento semelhante ao do anu-preto (Crotophaga ani), cujos ninhos pode parasitar; há casos em que incubam juntos os ovos. Muito ruidosos, têm vários chamados, entre eles uma série descendente, forte e penetrante, mais assobiada no começo e trêmula no final, cri-ier, cri-ier, cri-ier, cri-ier, criir, criir, e um matraqueado agudo e prolongado, em geral dado em vôo. TAMANHO: 6-40 cm HABITAT: De ocorrência em cerrado, pasto, plantações, sedes de fazendas e no entorno de cidades. ALIMENTAÇÃO: Artrópodes e pequenos vertebrados. REPRODUÇÃO: O ninho, semelhante ao do anu-preto (Crotophaga ani), situa-se geralmente na forquilha de uma árvore e a cerca de 5 m do solo. Os 5 a 7 ovos verde-marinhos, revestidos de uma rede calcária branca e em alto relevo, são postos em ninhos individuais ou comunitários; no último caso o número de ovos pode chegar a 20. O peso de um ovo representa 17% a 25% do peso da fêmea. É comum encontrar ovos quebrados no solo, sob os ninhos comunitários, devido à ocupação do mesmo por várias fêmeas. Além disso, como há forte competição por alimento entre os numerosos filhotes, poucos sobrevivem. STATUS NO CAMPUS:

106 106 NOME POPULAR: Anu-preto NOME EM INGLÊS: Smooth-billed Ani NOME CIENTÍFICO: Crotophaga ani (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Cuculidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Grande bico negro, lateralmente comprimido, com uma corcunda ao longo do cúlmen. Olho escuro. Todo preto-fosco, às vezes com aparência despenteada. Cauda longa, arredondada, que muitas vezes parece estar meio frouxa. Vive em bandos com 6-10 aves, pousando em arbustos, mourões e fios de cerca, raramente mais alto. Ave mansa; nos pastos, costuma seguir o gado, comendo insetos espantados pelas reses e até pousando sobre elas; apesar da crença popular, carrapatos não são importantes em sua dieta. Voo pesado e fraco, com batidas rápidas de asa intercaladas a planeios incertos; pouso desajeitado, com a longa cauda muitas vezes curvando-se por cima do dorso. Vocaliza com frequência, um uuu-ík, ascendente, que dá ao alarmar-se ou em voo; tem ainda vários chamados queixosos ou cacarejados. TAMANHO: 4 cm HABITAT: Abundante, de ocorrência ampla em áreas abertas com árvores e em brejos, mais numeroso em ambientes alterados. ALIMENTAÇÃO: São essencialmente carnívoros, comendo gafanhotos, percevejos, aranhas, miriápodes etc. Predam também lagartas, lagartixas e camundongos. Periodicamente comem frutas, bagas, coquinhos e sementes, sobretudo na época seca, quando há escassez de artrópodes. REPRODUÇÃO: O ninho, que é feito com pequenos ramos e folhas, mede cerca de 0 cm de diâmetro por 1 cm de profundidade e abriga ovos de várias fêmeas; cada uma põe de 4 a 7 ovos, podendo o total atingir 20 ovos. Pode acontecer de um ninho ser ocupado por 6 ou 10 aves, e conter 10, 20 e até mais ovos. Cada ovo é azul-esverdeado e recoberto por uma crosta calcária, mede cerca de 5 x 25 mm, representando 14 % do peso da ave adulta. A incubação dura de 1 a 16 dias e os filhotes deixam o ninho com 5 dias de idade; enquanto não voam, permanecem nas proximidades do ninho subindo pelos galhos com auxílio do bico e dos pés. STATUS NO CAMPUS:

107 107 NOME POPULAR: Coleirinho NOME EM INGLÊS: Double-collared Seedeater NOME CIENTÍFICO: Sporophila caerulescens (Vieillot, 182) FAMÍLIA: Emberizidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho cinza por cima, lavado de marrom no manto (sobretudo o jovem), às vezes um espelho branco na asa; bico amarelo-esverdeado, mento preto, delineado por bigode e coleira brancos, com uma coleira preta por baixo (formando um colar duplo), num padrão inconfundível. Fêmea com bico escuro em cima e amarelado embaixo. É uma das aves mais populares do Brasil. Canto variado e agradável, uma série rápida e musical de assobios agudos, pelo qual costuma ser perseguido como ave de gaiola. TAMANHO: 11 cm HABITAT: De ocorrência em capoeirinhas e áreas abertas. Também vive em bandos, em pastos e plantações. ALIMENTAÇÃO: Sementes, insetos e aracnídeos. Seguem mesmo a expansão de certas gramíneas que produzem muitas sementes. REPRODUÇÃO: Constroem um ninho de cerca de 5 cm de diâmetro, em forma de tigela transparente, com raízes finas, sobre pequenos arbustos. Nele são postos ovos, com cerca de 17 x 1 mm, branco-esverdeados inteiramente cobertos por manchas alongadas e pontos pardo-amarelados. STATUS NO CAMPUS:

108 108 NOME POPULAR: Tiziu NOME EM INGLÊS: Blue-black Grassquit NOME CIENTÍFICO: Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Emberizidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERÍSTICAS: Uma das aves mais frequentes e conhecidas de áreas alteradas. Bico delicado e pontudo. O indivíduo macho é preto luzidio, e branco sobre a asa. O imaturo e na muda, é mesclado de preto e marrom. A fêmea é marrom, pardoclara por baixo, com peito e flancos rajados. Fora da época de cria, forma grandes bandos; alimenta-se muitas vezes com o coleirinho (Sporophila caerulescens). Na época de cria, o macho pousa num lugar baixo e emite um tziu! abrupto, enquanto dá um salto vertical, agitando as asas e exibindo o branco sob elas; passa muito tempo fazendo isso. TAMANHO: 10 cm HABITAT: De ocorrência ampla em capinzais naturais ou antrópicos, até em cidades. ALIMENTAÇÃO: Sementes e insetos. REPRODUÇÃO: O macho toma a iniciativa na construção do ninho, que tem a forma de taça, com cerca de 7 cm de diâmetro e,5 de profundidade. Ele é construído com pecíolos foliares, capins secos e raízes finas entrelaçadas frouxamente, situado a pouca distância do solo, em arbustos. Os ovos, geralmente 2, são brancos ou fortemente esverdeados, salpicados de castanho-avermelhado e medem 17 x 12 mm. A incubação, que dura cerca de 11 dias, é tarefa da fêmea, embora o macho participe eventualmente e leve alimento para ela. Os tizius reproduzem-se em qualquer estação e cada fêmea tem até posturas anuais. STATUS NO CAMPUS:

109 109 NOME POPULAR: Bico-de-lacre NOME EM INGLÊS: Common Waxbill NOME CIENTÍFICO: Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Estrildidae (Bonaparte, 1850) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERISTICAS: Pequeno e inconfundível, de cauda longa e bico vermelho-vivo. Por cima, marrom com vermiculações escuras, estria vermelha pelo olho; por baixo, pardacento vermiculado de preto no peito e flancos; mancha rósea no meio da barriga. Em bandinho, desloca-se num voo flutuante, dando chamados suaves e delicados, frequentando, sobretudo, áreas com capim alto TAMANHO: 11,5 cm HABITAT: Introduzido a partir da África tropical, tornou-se comum, de forma localizada, em cidades e arredores, sobretudo em capinzais perto de brejos. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se basicamente de sementes de gramíneas africanas, como o capim-colonião e o capim-elefante, introduzidos no Brasil para formação de pastagens. REPRODUÇÃO: O casal constrói o ninho em arbustos fechados, de forma esférico ou oval, com penas, algodões e hastes de capins; as paredes são grossas e resistentes, mas não tecidas. A entrada do ninho é representada por um túnel estreito, lateral e pouco evidente devido à orientação oblíqua do material. Ás vezes, constrói também ninhos menores que servem como dormitórios ou, ainda, sobre o ninho de cria, um outro bem visível com a base apoiada sobre o mesmo. Parece que a função deste último é desviar a atenção dos predadores do ninho verdadeiro. Os ovos brancos são incubados pelo casal durante 11 dias e os filhotes permanecem no ninho de 17 a 19 dias. STATUS NO CAMPUS:

110 110 NOME POPULAR: Carcará NOME EM INGLÊS: Southern Caracara NOME CIENTÍFICO: Caracara plancus (Miller, 1777) FAMÍLIA: Falconidae (Leach, 1820) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Cera, base do bico e loro róseos ou alaranjados (pode ser mais pálido no jovem); bico azul-claro, pernas longas e amarelas. Indivíduo adulto apresenta coroa e pequena crista pretas, contrastando com lados da cabeça, garganta e papo brancos; nuca e alto dorso barrados de preto; peito branco com barrado preto fino, barriga e coxas pretas, crisso branco; rabadilha e metade basal da cauda brancas com barras escuras. Ponta da cauda preta. Em voo, asas longas, pretas com grande mancha branca nas primárias. Imaturo mais marrom, com coroa preta; é pardo onde o adulto é branco; estriado no dorso superior e por baixo. Adulto inconfundível; jovem reconhecido pelo padrão da cabeça e cor do bico. Fácil de ver, pousa em locais expostos (cercas, topo de árvores isoladas) e até no chão, no qual caminha com desenvoltura. Voo forte, com batidas firmes, amplas; plana a grande altura, mas por pouco tempo. Em geral silencioso, dá um matraquear, que originou o nome popular, e vários gritos guturais. TAMANHO: cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em áreas abertas com árvores. Freqüenta pastos, sedes de fazendas, beira de estradas e mesmo cidades. ALIMENTAÇÃO: Insetos, vermes e também um grande elenco de vertebrados, preferencialmente mortos e em início de decomposição. Quando caça vertebrados, mata-os com sucessivas bicadas na nuca. REPRODUÇÃO: O ninho, localizado entre ramos de árvores altas como eucaliptos (Eucalyptus ssp), é uma ampla estrutura de pedaços de madeira, aparentemente desordenados, e raramente forrada com material mais delicado; nele são postos 2 ou ovos, raramente 4, de colorido um tanto variável: branco, vermelho-esbranquiçado, camurça ou vináceo, sempre com numerosas e nítidas manchas vermelho-pardas. Os ovos, que medem x mm, são incubados pelo casal durante cerca de 28 dias. Geralmente os pais criam um único filhote por ninhada. STATUS NO CAMPUS:

111 111 NOME POPULAR: Carrapateiro NOME EM INGLÊS: Yellow-headed Caracara NOME CIENTÍFICO: Milvago chimachima (Vieillot, 1816) FAMÍLIA: Falconidae (Leach, 1820) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Adulto branco-sujo ou amarelado, com risco escuro atrás do olho; costas e asas marrom-escuras. Rabadilha parda, cauda meio longa, barrada de pardo e marrom, com larga ponta marrom. Em voo, asa marrom-escura com mancha parda na base das primárias. Imaturo mais escuro, com cabeça e pescoço rajados de marrom, garganta e peito salpicados e rajados. Sozinho ou em casal, é fácil de ver, pois usa poleiros expostos e segue o gado; chega a pousar sobre as reses, talvez para comer carrapatos, e faz o mesmo em capivaras. Sobrevoa estradas, em busca de animais atropelados, caminha pelo chão e frequenta currais e sedes de fazendas. Ao voar, alterna batidas rápidas de asas a planeios de asas curvas para baixo; não costuma planar no alto. Dá um grito agudo, anasalado e débil, kiééé, de onde vem o nome popular, pinhé. TAMANHO: cm HABITAT: Habita pastagens, campos com árvores esparsas, vizinhanças de cidades e margens de rodovias. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se principalmente de parasitas bovinos e equinos tais como carrapatos. Quando não encontra carrapatos, se alimenta de lagartas e cupins, saqueia ninhos, se alimenta de carniça, frutas e outras opções. REPRODUÇÃO: Constroem grandes ninhos, de ramos secos, em palmeiras ou em outras árvores. Os ovos, de 5 a 7, são redondos, pardo-amarelos com manhas pardo-vermelhas. A fêmea encarrega-se da incubação e o macho fornece-lhe o alimento durante tal período. O tempo de incubação é de 4 a 8 semanas. STATUS NO CAMPUS:

112 112 NOME POPULAR: Quiriquiri NOME EM INGLÊS: American Kestrel NOME CIENTÍFICO: Falco sparverius (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Falconidae (Leach, 1820) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Pequeno. Macho com dorso ferrugíneo, coroa cinza-azulada, face branca com bigode e costeleta pretos; coberteiras da asa cinza-azuladas. Acanelado por baixo, com pintas pretas; cauda longa, ferrugínea, com faixa preta na ponta e branco nas penas externas. Fêmea barrada de ferrugíneo e preto por cima, rajada de marrom por baixo; cauda marrom barrada. Em voo, asas longas e pontudas. Sozinho ou em casal, pousa em fios e postes de luz. Paira no ar ( peneirando ) e mergulha para capturar insetos. Dá um quiri-quiri-quiri... agudo. TAMANHO: 25,5-29 cm HABITAT: De ocorrência ampla e fácil de ver em áreas abertas, inclusive pastos, plantações e entorno de residências. ALIMENTAÇÃO: Insetos, anuros, lagartos, pequenos mamíferos e aves. A maioria dos ataques às presas, porém, é executado a partir de um poleiro exposto situado, em média, a 7 m do solo. Com frequência captura grandes insetos em vôo, retornando então ao ponto de origem; pode também perseguir morcegos em vôo; mais raramente captura insetos, aranhas e vermes na superfície do solo. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho em cavidades de árvores, geralmente abandonadas por pica-paus. No período de escolha do local de nidificação, mesmo antes do início da postura, a fêmea torna-se cada vez mais sedentária, deixando de caçar. O macho passa a alimentar a companheira transportando pelo bico pequenas presas como insetos e pequenos lagartos; presas maiores são transportadas pelos pés, seguras pelas garras. No ninho, a fêmea põe 4 ovos salpicados de pardo sobre fundo branco e que medem 5-8 x mm. O casal incuba os ovos por 29 a 1 dias, embora o tempo dedicado pelo macho a tal atividade seja muito reduzido (cerca de 15 a 20%), pois ele continua alimentando a fêmea durante este período. Quando os ovos eclodem, o macho passa a alimentar também os filhotes e esta atividade estende-se por 9 a 11 semanas. O macho, que pesa cerca de 110g, necessita caçar em torno de 150g por dia para o sucesso de uma família de 6 indivíduos. STATUS NO CAMPUS:

113 11 NOME POPULAR: João-de-barro NOME EM INGLÊS: Rufous Hornero NOME CIENTÍFICO: Furnarius rufus (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Furnariidae (Gray, 1840) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERÍSTICAS: Colorido uniforme. Marrom-ferrugíneo por cima, mais cinzento na coroa. Por baixo mais claro, garganta e meio da barriga brancos. Caminha decidido pelo solo e pousa em mourões, postes e árvores. Uma das aves mais populares do Brasil. Canto forte, dado em dueto pelo casal: uma série de notas abruptas e rascantes, que se intensifica e depois se atenua e desacelera, lembrando uma gargalhada. TAMANHO: 18 cm HABITAT: De ocorrência ampla em áreas abertas, incluindo pastos, plantações e sedes de fazendas; também em cidades. ALIMENTAÇÃO: Revirando as folhas, busca cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos. Alimenta-se também de outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveita restos alimentares humanos, como restos de pão. REPRODUÇÃO: De 5 a 6 dias juntos, o casal constrói um ninho em formato de forno de barro, o qual pode ser facilmente identificado no alto de árvores e postes em regiões campestres. No interior do ninho há uma parede que separa a entrada e a câmara incubadora, construída para diminuir as correntes de ar e o acesso de possíveis predadores. Utiliza como matéria prima o barro úmido, esterco e palha, cujas proporções dependem do tipo de solo. Põe de a 4 ovos brancos, que medem cerca de 27 x 21 mm. A incubação diurna é executada pelo casal e a noturna pela fêmea, durante 14 a 18 dias. Os filhotes são alimentados pelo casal por 2 dias. STATUS NO CAMPUS:

114 114 NOME POPULAR: João-teneném NOME EM INGLÊS: Spix's Spinetail NOME CIENTÍFICO: Synallaxis spixi (Sclater, 1856) FAMÍLIA: Furnariidae (Gray, 1840) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Marrom-oliváceo por cima, coroa e testa ferrugíneas, ombro ferrugíneo, cauda cinzenta. Cinzento por baixo com garganta escura. Esgueira-se entre a folhagem densa, em casal. O canto, um uet-te-te-te repetido sem parar, mesmo no meio do dia, originou o nome popular. TAMANHO: 16 cm HABITAT: De ocorrência em borda de mata, capoeirinha e capinzal. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de artrópodes, que captura em arbustos e, ocasionalmente, no solo. REPRODUÇÃO: O ninho, de gravetos, tem uma projeção alongada com uma pequena abertura na extremidade que conduz a um túnel horizontal que termina na câmara de ovipostura, forrada por material delicado. Nela são acumulados cascas de árvores e ramos, formando um cone volumoso. Os ovos, ou 4, são esverdeados ou azulados e medem cerca de 20 x 15 mm. A incubação e o cuidado com a prole são efetuados pelo casal, como nos demais membros da família Furnariidae. STATUS NO CAMPUS:

115 115 NOME POPULAR: Andorinha-pequena-de-casa NOME EM INGLÊS: Blue-and-white Swallow NOME CIENTÍFICO: Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) FAMÍLIA: Hirundinidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERÍSTICAS: Azul-escura metálica por cima; branca por baixo, crisso preto bem visível. Jovem amarronzado por cima. Os migrantes austrais (que criam na Patagônia) são um pouco maiores, cinzentos sob a asa, com o preto do crisso mais restrito às laterais. Fácil de ver ao redor de construções humanas; cria sob beirais de telhados, cavidades em paredões rochosos e barrancos. Pousa na fiação, em bandos. Com freqüência dá um triiiií-ilí longo e delicado e um chilreio mais chiado; ao voar dá um tzi. TAMANHO: 12 cm HABITAT: Muito comum, em áreas abertas e sedes de fazendas; é a andorinha mais freqüente nas cidades. ALIMENTAÇÃO: Insetos capturados em vôo. REPRODUÇÃO: O ninho tem forma de tigela, com palha e fezes secas de gado, sendo que o material não é solidamente preso. Mede 8 cm de diâmetro e 4 cm de profundidade; seu exterior é disforme e o interior bem acabado. Os ovos, 2 a 6, são brancos, medem 15 x 12 mm e são incubados durante cerca de 15 dias pelo casal; durante a noite é a fêmea quem incuba, mas o macho dorme junto no ninho. Os filhotes são alimentados, no ninho, durante 26 dias; torna-se independentes com 40 dias, podendo voltar a dormir no ninho até os 2 meses de idade. STATUS NO CAMPUS:

116 116 NOME POPULAR: Vira-bosta NOME EM INGLÊS: Shiny Cowbird NOME CIENTÍFICO: Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) FAMÍLIA: Icteridae (Vigors, 1825) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho, preto com reflexo violáceo, mais brilhante na cabeça e nuca. Fêmea marrom-chocolate escura, quase preta, com aparência aveludada; jovem parecido com ela. Vive em bandos e o dimorfismo sexual ajuda no reconhecimento. Uma das aves mais populares do Brasil, é frequente na proximidade humana. Parasita os ninhos de inúmeras outras aves, que incubam seus ovos e criam os seus filhotes. Canto, um chilreio musical, muitas vezes dado em voo; o macho dá, ainda, um canto mais grave, gorgolejando, com a cabeça curva e as penas do pescoço infladas. TAMANHO: 19-21,5 cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em áreas abertas com árvores, incluindo pastos, sedes de fazendas e cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos e sementes, costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho. REPRODUÇÃO: Esta espécie não constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no ninho de cada hospedeiro. Para chegar ao ninho hospedeiro, segue os futuros pais adotivos. Os ovos são de colorido uniforme e com a casca sem brilho, branco-esverdeados, vermelho-claros ou verdes, ou ainda com manchas e pintas, conforme a região geográfica. O período de incubação é de 11 ou 12 dias. Quando abandona o ninho o filhote chopim é alimentado pelos pais adotivos por 15 dias, solicitando alimento no bico através de um chamado característico, abaixando o corpo e tremulando as asas. STATUS NO CAMPUS:

117 117 NOME POPULAR: Sabiá-do-campo NOME EM INGLÊS: Chalk-browed Mockingbird NOME CIENTÍFICO: Mimus saturninus (Lichtenstein, 182) FAMÍLIA: Mimidae (Bonaparte, 185) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Por cima, marrom-cinzento mesclado com mais escuro; sobrancelha branco-suja e estria ocular preta; cauda longa com pontas brancas. Branco-sujo por baixo; pode estar tingido com a cor da terra. Ousado e fácil de detectar, pode estar em atividade nas horas de calor; passa muito tempo no chão. Pousa em poleiros expostos, jogando a cauda para a frente, sobre o dorso, ao pousar. Vive em casal ou em grupinhos familiares com até 12-1 aves; aninha em moitas e arvoretas. Empoleira em arbustos e árvores para cantar e seu canto é variado e sem padrão fixo. Quando alarmado, dá um tchic áspero ou um íu aflito. TAMANHO: 26 cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em cerrado, pastos e sedes de fazendas; às vezes em cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos, outros invertebrados e de frutos, silvestres e cultivados. REPRODUÇÃO: O ninho é uma tigela rasa, volumosa, em geral a 1,5 m do solo e firmemente presto a um arbusto; confeccionado externamente com gramíneas e ramos às vezes espinhosos, e com gramíneas e raízes finas no interior. Na construção do ninho e na alimentação dos filhotes, colaboram os ajudantes que são indivíduos geralmente pertencentes à mesma família, porém nascidos de posturas anteriores. Têm até quatro posturas por ano e cada uma delas com até 5 ovos azul-claros ou verde-claros, salpicados de castanho ou castâneo-vináceo, medindo 29 x 21 mm. É possível que apenas a fêmea se ocupe da incubação. STATUS NO CAMPUS:

118 118 NOME POPULAR: Mariquita NOME EM INGLÊS: Tropical Parula NOME CIENTÍFICO: Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) FAMÍLIA: Parulidae (Wetmore, Friedmann, Lincoln, Millers, Peters, van Rossem, van Tyne & Zimme, 1947) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERISTICAS: Macho azul-cinzento por cima, com máscara preta, mancha oliva no meio das costas e duas faixas brancas na asa; amarelo-vivo por baixo, garganta e peito lavados de laranja. Fêmea de colorido mais apagado. Pequena e bonita, improvável de confundir. Arborícola; o casal percorre a folhagem no alto das árvores, em busca de insetos; junta-se a bando mistos. O canto, característico e frequente, é uma série de notas agudas, seguidas de um trinado fino ascendente tziptzip-tzip-tzip -tzrrrrrrrrip. TAMANHO: 11 cm HABITAT: habita as copas das árvores mais altas da mata seca e cerradões, ocasionalmente desce a estratos mais baixos nas regiões de borda e clareiras. Evita planícies úmidas, sendo que em regiões de maior umidade é encontrada principalmente em áreas montanhosas. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos, pequenas aranhas e lagartas, obtidos em flores e, às vezes, diretamente em voo. REPRODUÇÃO: O ninho é uma cestinha aberta, colocada no interior da vegetação densa, no alto das árvores, ou então, em tranças pendentes de barba-de-velho (Tillandsia usneoides). Os ovos são branco-amarelados com pouco salpicos roxos que medem 19 x 1 mm. STATUS NO CAMPUS:

119 119 NOME POPULAR: Pula-pula NOME EM INGLÊS: Golden-crowned Warbler NOME CIENTÍFICO: Basileuterus culicivorus (Deppe, 180) FAMÍLIA: Parulidae (Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimme, 1947) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Oliváceo por cima, coroa escura com estria laranja no meio, sobrancelha branca; amarelo por baixo. Move-se ativamente pela vegetação, agitando as asas e abanando a cauda, muitas vezes arrebitada. Costuma ser a espécie central em trono da qual se formam bandos mistos. Fácil de detectar. Canto, uma série alegre de 6-8 notas tsuí, em geral a penúltima mais aguda e enfática; chamado, um chiadinho seco e áspero. TAMANHO: 12,5 cm HABITAT: Razoavelmente comum, de forma localizada, no sub-bosque de mata e capoeira. ALIMENTAÇÃO: Insetos capturados na superfície de ramos e folhas. REPRODUÇÃO: O ninho, em forma de tigela, é feito no solo, entre a vegetação, sendo finos e cortiças. Os 2 ou ovos são brancos, com uma larga coroa de pontos azul-cinzentos misturados a outros de cor de vinho e medem 17 x 12 mm. STATUS NO CAMPUS:

120 120 NOME POPULAR: Pardal NOME EM INGLÊS: House Sparrow NOME CIENTÍFICO: Passer domesticus (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Passeridae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) CARACTERÍSTICAS: Macho com coroa cinza, nuca castanha, face branca e babador preto; dorso rajado de marrom e preto, rabadilha cinza; cinza por baixo (a plumagem pode estar suja). Fêmea rajada de marrom e preto por cima, sobrancelha clara, amarelo no bico; branco-suja por baixo. Ruidoso, ousado e sociável. Numeroso em áreas urbanas, é uma das aves mais conhecidas pelas pessoas. Bandos enormes reúnem-se para pernoitar em árvores de praças e jardins. TAMANHO: 15 cm HABITAT: Introduzido a partir da Europa, abundante em cidades e arredores e em sedes de fazendas. ALIMENTAÇÃO: Sua alimentação consiste de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. REPRODUÇÃO: Constrói ninho esférico com entrada lateral, feito de capins, penas, papel, algodão e outras fibras, excepcionalmente feito pelo macho. É feito em cavidades e fendas afastados do solo, em árvores, telhados, postes de iluminação pública e semáforos. Os 4 ovos cinzentos manchados são incubados pelo casal durante 12 dias. Os filhotes são alimentados com pequenos artrópodes e abandonam o ninho com cerca de 10 dias de idade, quando passam a uma dieta vegetariana. Com frequência os filhotes retornam ao ninho para nele dormir, durante algum tempo. STATUS NO CAMPUS:

121 121 NOME POPULAR: Biguá NOME EM INGLÊS: Neotropic Cormorant NOME CIENTÍFICO: Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) FAMÍLIA: Phalacrocoracidae (Reichenbach, 1849) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico longo, esguio, com gancho na ponta; bolsa gular e pele facial amarelas (cor mais forte durante a reprodução), com uma fina orla branca. Adulto na reprodução, preto, amarronzado por cima, com algumas penas brancas na cabeça e pescoço. Fora na reprodução, tem cor mais opaca, faltam as penas brancas e a borda branca da face é menos evidente. Imaturo cinza ou marrom-fosco por cima, mais claro por baixo. Jovem quase branco por baixo e nas laterais de cabeça e pescoço. Ao nadar, pode lembrar um pato. Muito gregário, ocorre em qualquer lugar em que haja peixes e parece ser bastante nômade. A silhueta ao nadar é bem baixa, e às vezes apenas cabeça e pescoço afloram, o bico apontando para cima; ao se alimentar, mergulha freqüentemente. Costuma pousar sobre troncos e em árvores, de asas abertas, secando-se ao sol, pois sua plumagem não é impermeável. Vôo forte e seguro, muitas vezes em formação em V; mantém o pescoço levemente dobrado. Em geral silencioso, pode dar roncos graves e ásperos quando empoleirado, sobretudo se agutado. TAMANHO: 6-68 cm HABITAT: De ocorrência ampla, localmente comum em rios, lagoas e baías. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de peixes e crustáceos. REPRODUÇÃO: Nidifica sobre arvores em matas alagadas, às vezes entre colônias de garças. Ovos de coloração azul-claro. Incubação em torno de 24 dias. STATUS NO CAMPUS:

122 122 NOME POPULAR: Pica-pau-do-campo NOME EM INGLÊS: Campo Flicker NOME CIENTÍFICO: Colaptes campestris (Vieillot, 1818) FAMÍLIA: Picidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÌSTICAS: Coroa e garganta pretas; face, lados do pescoço e papo amarelo-vivos; bigode pouco visível, salpicado de vermelho no macho e de branco na fêmea. Por cima, barrado de preto e branco; por baixo, branco escamado de preto. Improvável confundi-lo. Fácil de ver, muitas vezes no chão, onde pega formigas e cupins; pousa em arvoretas e postes de luz e descansa em mourões de cerca ou cupinzeiros. Aninha em tocas escavadas em troncos, postes e cupinzeiros. Dá chamados fortes e penetrantes, como um uic, uic, uic... repetido; também chãchãchã rápido, de onde veio outro nome popular, chanchã. TAMANHO: 1 cm HABITAT: De ocorrência ampla em áreas abertas. Colonizou pastos e plantações muito melhor que a maioria das outras aves de campo e cerrado. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. A secreção de sua glândula mandibular é como uma cola que faz com que a língua funcione como uma vara de fisgo para capturar insetos. REPRODUÇÃO: Constroem ninhos bastante elaborados, e em muitos casos, construídos a cada período reprodutivo. Além das cavidades em troncos de árvores, o casal pode escavar o ninho em barranco, mourão de cerca e próximo ao topo de cupinzeiro terrícola. Põe de 4 a 5 ovos brancos, límpidos e brilhantes. Macho e fêmea fazem a incubação, mas pode existir um ajudante extra pertencente ao bando familiar nas atividades relacionadas com o ninho. STATUS NO CAMPUS:

123 12 NOME POPULAR: Pica-pau-verde-barrado NOME EM INGLÊS: Green-barred Woodpecker NOME CIENTÍFICO: Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Picidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Por cima, verde-amarelado barrado de preto; testa preta, nuca e bigode vermelhos (este último preto na fêmea), face branco-creme. Garganta rajada de branco e preto; por baixo, amarelado com grandes pintas pretas. Compare com o pica-pau-do-campo, maior, nuca sem vermelho, face e papo amarelo-vivos. Sozinho ou em casal, alimenta-se em árvores e pode descer ao chão. O chamado mais freqüente é um kip! alto e ressonante, que pode repetir várias vezes; o canto, dado a partir de um poleiro elevado, é uma série rápida de notas kiu. TAMANHO: 28 cm HABITAT: De ampla ocorrência em cerradão, mata de galeria, cerrado e áreas abertas com árvores. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se sobretudo de formigas, mas também frutos REPRODUÇÃO: No período reprodutivo (a partir de julho), os machos iniciam a temporada de canto territorial. A timidez do resto do ano desaparece, dando lugar a uma vocalização intensa, contínua, especialmente nos períodos matinais. Nessas ocasiões, escolhe alguns pousos tradicionais em galhos altos, vários expostos. Pode cantar durante dias no mesmo lugar (às vezes semanas), emitindo uma risada alta e parecida com à do pica-pau-do-campo (Colaptes campestris). O macho exibe-se para a fêmea no cortejo pré-nupcial. O casal elabora uma cavidade para o ninho preferencialmente na madeira de árvores mortas, mas freqüentemente usa palmeiras e embaúbas. Preferem cavar na face da árvore que se inclina para o solo, o que facilita a proteção contra a chuva e a defesa da entrada. A câmara incubatória costuma ser forrada por pequenos pedaços de madeira, produzidos durante a construção do ninho. São postos 2 a 4 ovos brancos e brilhantes, ambos os pais revezando-se na incubação. Os filhotes nascem nus e cegos e são alimentados pelos pais, que regurgitam uma massa de insetos. STATUS NO CAMPUS:

124 124 NOME POPULAR: Cuiú-cuiú NOME EM INGLÊS: Red-capped Parrot NOME CIENTÍFICO: Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) FAMÍLIA: Psittacidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Ambos sexos apresentam plumagem verde uniforme, mas somente os machos possuem a testa, o loro e a coroa vermelha. Fêmea é verde uniforme e apresenta fronte com faixa levemente azulada. Ambos possuem a borda superior das asas, em azul escuro. Possui aspecto muito semelhante a das maitacas pequenas, sendo seu colorido inconfundível quando adulto. Sua vocalização é um tchi, tchi, chilö, chilö e klu-luí, klu-luí... que emite durante o voo, assemelhando-se ao periquito-rico (Brotogeris tirica), as vezes seu vizinho. Não se reúne em bandos maiores. TAMANHO: 21 cm HABITAT: Vive na mata alta da Serra da Mantiqueira (Itatiaia, Campos do Jordão) e da Serra do Mar (Bocaina, Serra dos Órgãos) e das montanhas do Espírito Santo. Reproduz no planalto paranaense no verão e se desloca no inverno para a mata atlântica no litoral (Scherer-Neto ScMüIler 1984). Ocorre do sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, Argentina (Misiones) e Paraguai. Ainda em bom número no Paraná bem como em estados adjacentes. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de grande variedade de frutas silvestres, como a candeia, um dos alimentos prediletos desta espécie, e o cambuí (em São Paulo). REPRODUÇÃO: Biologia reprodutiva e aspectos da nidificação ainda pouco conhecidos. STATUS NO CAMPUS:

125 125 NOME POPULAR: Maracanã-pequena NOME EM INGLÊS: Red-shouldered Macaw NOME CIENTÍFICO: Diopsittaca nobilis (Rafinesque, 1815) FAMÍLIA: Psittacidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Pequena, do porte de um periquitão. Verde-viva, com pequena área de pele facial branca, bico bicolor e testa azulada; ombro vermelho. Amarelo-oliva sob asas e cauda; difere de outras maracanãs por não ter azul nas primárias. Vive em grupinhos que pousam em palmeiras; mansa. A voz lembra o gênero Aratinga, algo anasalada, em geral um ain-ain que repete depressa. TAMANHO: -5 cm HABITAT: De forma localzada, em cerrado, cerradão e mata de galeria e áreas abertas próximas; numerosa em buritizais. Vive bem no entorno de casas e até em cidade. ALIMENTAÇÃO: Come coquinhos de palmeiras silvestres e frutos, principalmente o caroço, que tritura com seu possante bico. REPRODUÇÃO: Nidifica em cavidades de árvores e palmeiras, e em cupinzeiros entre fevereiro e junho. O casal fica sempre junto. A arara-nanica põe de 2 a 4 ovos que são chocados principalmente pela fêmea, durante cerca de 24 dias. STATUS NO CAMPUS:

126 126 NOME POPULAR: Papagaio-verdadeiro NOME EM INGLÊS: Blue-fronted Parrot NOME CIENTÍFICO: Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) FAMÍLIA: Psittacidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Cor geral verde. Face amarela (pode chegar à garganta), testa azul; pescoço, costas e peito com leve escamado mais escuro. Em voo, espelho vermelho bem visível na asa e ombro amarelo. A cabeça pode ser verde no jovem e quase toda amarela na ave velha. Vive em casal ou bandos, que fora da época de cria podem juntar-se em grupos numerosos. Uma das aves de gaiola mais cobiçadas no Brasil. Está em declínio por causa da captura de filhotes e destruição dos ocos nos quais aninha. Dá vários chamados roucos; o mais comum, em voo, é um rau-rau repetido. TAMANHO: 8 cm HABITAT: Habita florestas úmidas, savanas, matas de galeria, áreas cultivadas com árvores e matas com palmeiras ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de sementes e frutos nativos. REPRODUÇÃO: Se reproduz em buracos de rochas erodidas ou em barrancos. Os filhotes permanecem no ninho por cerca de 2 meses. STATUS NO CAMPUS:

127 127 NOME POPULAR: Periquito-rico NOME EM INGLÊS: Plain Parakeet NOME CIENTÍFICO: Brotogeris tirica (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Psittacidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Nesta espécie, o azul-violeta das asas apresentado por parte das coberteiras e rêmiges, destaca-se no colorido predominantemente verde. Deslocam-se em bandos barulhentos, pois os indivíduos vocalizam durante o voo. TAMANHO: 24 cm HABITAT: Florestas, áreas abertas e parques de cidades. ALIMENTAÇÃO: Frutos, sementes e néctar; em geral, nos meses de junho e agosto são observados destruindo os frutos de paineiras (Chorisia speciosa) para utilizarem suas sementes como alimento, espalhando um tapete de paina sob as árvores. Durante o inverno, junho e setembro, época de floração dos suínas (Erythrina speciosa), podem ser observados cortando com o bico as flores destes, para coletar gotículas de néctar. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho em cavidades de árvores ou nas bainhas foliares de palmeiras, junto ao tronco; nele são postos 4 ovos brancos que medem cerca de 25 x 21 mm. A incubação, que dura cerca de 26 dias, é tarefa da fêmea; o macho alimenta a companheira durante este período e auxilia na alimentação dos filhotes que deixam o ninho cerca de 5 semanas após o nascimento. STATUS NO CAMPUS:

128 128 NOME POPULAR: Tucanuçu NOME EM INGLÊS: Toco Toucan NOME CIENTÍFICO: Ramphastos toco (Statius Muller, 1776) FAMÍLIA: Ramphastidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: O maior dos tucanos; vistoso, é uma das aves mais populares do Brasil. Bico muito longo, amarelo e laranja com uma gota preta na ponta da maxila; em alguns machos particularmente bicudos, o bico parece tão longo quanto o corpo. Pele nua laranja e anel ocular azul ao redor do olho. Preto, com garganta e papo brancos, coberteiras supracaudais e crisso vermelhos. Inconfundível. Ocorre em ambiente mais aberto que os outros tucanos. Vive em casais ou bandos, em geral fáceis de observar enquanto voam de árvore em árvore, em fila indiana, ou pulam de um galho a outro. Costuma pousar em galhos secos, quase como se quisessem chamar a atenção para seu bico fora do comum. Ás vezes voa a grande altura, com batidas de asa rápidas intercaladas com longos planeios; é capaz de atravessar extensas áreas abertas. Pode visitar comedouros, tornando-se muito manso. Costuma ser mais silencioso que seus parentes; o chamado é um resmungo grave, dado numa curta série. TAMANHO: 59 cm HABITAT: De ocorrência ampla em matas de galeria, cerradão, cerrado e capões, frequentando ainda pastagens com árvores esparsas e até a proximidade humana. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de frutos, inclusive cultivados (laranja, goiaba), e também de presas animais; além de insetos, preda filhotes e ovo de outras aves. REPRODUÇÃO: Faz seu ninho em árvores ocas, buracos em barrancos ou cupinzeiros. Costuma botar de 2 a 4 ovos, que são incubados por um período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a fêmea na época de reprodução. STATUS NO CAMPUS:

129 129 NOME POPULAR: Ferreirinho-relógio NOME EM INGLÊS: Common Tody-Flycatche NOME CIENTÍFICO: Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Rhynchocyclidae (Berlepsch, 1907) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Testa e face pretas, mudando para cinza na nuca e oliva no dorso; olho amarelo, pode ter um pontinho amarelo perto do bico. Asa preta, com filetes amarelos; cauda graduada, preta com laterais brancas. Amarelo-vivo por baixo. Fácil de ver, em locais expostos. É arborícola, mas pode descer bem baixo. Irrequieto, ergue a abana e cauda. Geralmente em casal, não se junta a bandos mistos. Vocaliza bastante. Dá um chamado áspero e matraqueado, como a corda de um relógio antigo (daí o nome); dá também um tâc tâc tâc.... TAMANHO: 9,5 cm HABITAT: De ocorrência ampla em áreas alteradas com árvores esparsas; também em cidades. ALIMENTAÇÃO: Artrópodes, que capturam através de vôos rápidos entre a vegetação densa; caçam inclusive presas que se localizam na face inferior das folhas. REPRODUÇÃO: Com o bico característico, longo em forma de espátula, o casal constrói um ninho pendente, situado desde 1 até 15 m de altura, em geral sobre um riacho; utiliza nessa tarefa folhas secas e painas ligadas com teias de aranhas; a câmara de ovipostura é forrada com capins e outros materiais delicados. STATUS NO CAMPUS:

130 10 NOME POPULAR: Coruja-orelhuda NOME EM INGLÊS: Striped Owl NOME CIENTÍFICO: Asio clamator (Vieillot, 1808) FAMÍLIA: Strigidae (Leach, 1820) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Orelhas bem longas, orladas de pardo. Acanelada por cima com grossas estrias e vermiculações escuras, área fácil branco-suja delineada por uma linha escura fina, mas evidente, olho escuro; penas de voo e cauda pardacentas barradas e vermiculadas de marrom-claro. Garganta esbranquiçada; por baixo, branco-suja com estrias escuras finas. Passa o dia no chão, em geral entre capinzal alto; fica ativa logo antes do escurecer e pode pousar sobre mourões ou na fiação, à espreita de presas, ou sobrevoar campo aberto a baixa altura. Costuma ser silenciosa; dá um huu grave e abafado, bem espaçado, e também um assobio agudo, descendente, que pode repetir com regularidade durante horas. TAMANHO: 5,5-8 cm HABITAT: De ocorrência localizada em cerrados, pastos com árvores e até em cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de ratos, morcegos, anfíbios, répteis e até filhotes de galinha. REPRODUÇÃO: Faz ninho sob o chão e em ocos de árvores. Põe de 2 a 4 ovos (normalmente ), que são chocados por dias. A fêmea praticamente não sai do ninho durante a incubação, sendo alimentada pelo macho. STATUS NO CAMPUS:

131 11 NOME POPULAR: Saí-canário NOME EM INGLÊS: Orange-headed Tanager NOME CIENTÍFICO: Thlypopsis sordida (d'orbigny & Lafresnaye, 187) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Partes superiores cinzentas, com coroa e nuca alaranjadas, face e garganta amarelo-vivas; partes inferiores pardacentas. Fêmea de colorido mais apagado, com face e garganta amareladas. Vivem em casal, que se move ativamente a altura variável, em geral não muito alto, procurando insetos na folhagem e entre folhas secas; às vezes junta-se a bandos misto. O canto é uma série vivaz de notas agudas, cujo timbre lembra o do canário-da-terra (Sicalis flaveola), o que deu origem a seu nome popular. TAMANHO: 1,5 cm HABITAT: Razoavelmente comum, de ocorrência ampla em mata mais rala, capoeira e cerradão. ALIMENTAÇÃO: Frutos, sementes e insetos capturados na folhagem. REPRODUÇÃO: O ninho tem a forma de uma tigela, sendo situado a cerca de 2 m de altura numa árvore. A fêmea é responsável pela maior parte da construção, mas o macho colabora carregando o material necessário para a confecção do ninho. Nele são postos 2 ou ovos, azul-esbranquiçados com manchas pardas, que são incubados pela fêmea. Quando nascem os filhotes, estes são alimentados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

132 12 NOME POPULAR: Saíra-amarela NOME EM INGLÊS: Burnished-buff Tanager NOME CIENTÍFICO: Tangara cayana (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERISTICAS: Macho com colorido predominante amarelo-pardacento, com asa e cauda verde ou verde-azuladas; por baixo, ampla área preta ou enegrecida, da face e garganta ao meio da barriga. Fêmea apagada, sem preto por baixo, com máscara escura e costas mais esverdeadas. Inconfundível em ambiente aberto. Avistada com frequência, mesmo em árvores isoladas. Em pares ou bandinhos familiares, é visitante regular de árvores com frutos e pode aparecer em comedouros com frutas; não costuma juntar-se a outras saíras, mas é comum vê-la com o sanhaçu-cinzento. TAMANHO: 1,5 cm HABITAT: De ocorrência ampla em capoeiras, cerrado, bordas e áreas abertas com árvores, incluindo pomares e cidades. ALIMENTAÇÃO: Se alimenta de frutos e insetos como cupins e vespas. Costuma frequentar comedouros e árvores com frutos maduros. REPRODUÇÃO: O ninho, em forma de taça aberta, é feito com folhas, raízes e capins e envolto por finas raízes. Colocado em ramos com folhas a cerca de 2 metros do solo, em árvores baixas e isoladas. Normalmente bota de 2 a ovos. Os ovos são esbranquiçados, azul-pálidos ou branco-pardos com manchas pardas num dos pólos. A fêmea constrói o ninho com auxílio do macho, incuba e aquece os filhotes. Durante este período o macho permanece nas proximidades do ninho e alguns podem alimentar a fêmea. O macho auxilia também na alimentação dos filhotes. STATUS NO CAMPUS:

133 1 NOME POPULAR: Saíra-viúva NOME EM INGLÊS: Fawn-breasted Tanager NOME CIENTÍFICO: Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho bonito, preto-azulado por cima, com coroa e nuca azul-claras contrastando com máscara preta; por baixo, pardo-alaranjado uniforme. Fêmea com o mesmo padrão, mas mais apagada. Vivem em casal, não costuma juntarse a bandos mistos. Percorre silenciosa a folhagem, a altura variável, pousando em galhos grossos ou saltitando ao longo deles. Canta pouco, uma série variada de assobios finos, algo dissonantes. TAMANHO: 14 cm HABITAT: Escassa, de ocorrência localizada em borda de mata, capoeira e áreas abertas próximas. ALIMENTAÇÃO: Frutos e insetos que são colhidos no topo das árvores, no tronco e nos galhos. Capturam borboletas através do vôo curto e rápido, em pleno ar. REPRODUÇÃO: O ninho é confeccionado com musgos, a cerca de 15 a 20 m de altura, escondido entre epífitas, sobre um ramo de árvore. STATUS NO CAMPUS:

134 14 NOME POPULAR: Sanhaçu-cinzento NOME EM INGLÊS: Sayaca Tanager NOME CIENTÍFICO: Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Cinza-azulado (às vezes esverdeado), mais claro por baixo; asa com filetes azul-esverdeados. É improvável confundi-lo; Fácil de ver e bem conhecido, pode ser manso na proximidade humana. Vive em casal ou em bandinhos, que podem juntar-se a bandos mistos. Canto, uma sequência apressada de assobios um tanto estridentes e dissonantes; os chamados têm timbre semelhante. TAMANHO: 16,5 cm HABITAT: De ocorrência ampla em qualquer ambiente com árvores, incluindo sedes de fazenda e áreas urbanas. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de frutos e insetos; frequenta plantas frutíferas em fazendas e cidades e costuma ser um dos visitantes mais numerosos em comedouros com frutas (sobretudo mamão, banana e laranja). REPRODUÇÃO: O ninho, construído pelo casal, é compacto, feito de pequenas raízes, musgos e pecíolos foliares, com um diâmetro externo de cerca de 11 cm. Fica escondido em vegetação densa, em forquilha de árvore, em alturas variáveis. A fêmea põe de 2 a ovos com colorido variado: branco-amarelado, cinza, esverdeado, com manchas pardas pronunciadas ou não. A incubação é responsabilidade da fêmea e provavelmente do macho, durando de 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que deixam o ninho após 20 dias de idade. STATUS NO CAMPUS:

135 15 NOME POPULAR: Sanhaçu-de-encontro-amarelo NOME EM INGLÊS: Golden-chevroned Tanager NOME CIENTÍFICO: Tangara ornata (Sparrman, 1789) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Espécie facilmente identificável pela coloração azul-acinzentada escura e coberteiras superiores das asas amarelas, diferenciando-se bem das outras espécies de sanhaços. No inverno, juntam-se a grandes bandos mistos de espécies de outras famílias, comportamento útil na proteção contra inimigos. TAMANHO: 16 cm HABITAT: Habita beira de matas e de capoeiras. ALIMENTAÇÃO: Frutas pequenas e geralmente duras de árvores, arbustos e cipós. Se alimenta também de folhas, botões e néctar podendo caçar insetos em voo como cupins e borboletas. Ao se alimentar de frutos contribui para a dispersão de sementes em áreas verdes urbanas. REPRODUÇÃO: Os ninhos geralmente têm forma de cesto aberto bem elaborado construído pelo casal, às vezes entre grandes bromélias. A fêmea coloca, geralmente, 2 a ovos. Os filhotes deixam o ninho com 18 dias. STATUS NO CAMPUS:

136 16 NOME POPULAR: Sanhaçu-do-coqueiro NOME EM INGLÊS: Palm Tanager NOME CIENTÍFICO: Tangara palmarum (Wied, 182) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2010) CARACTERÍSTICAS: Cor geral oliva, com testa mais amarelada e olho bem escuro, destacando-se. As penas de voo escuras contrastam com as coberteiras oliváceas e a asa fechada parece bicolor; sob luz ruim, pode ser a melhor forma de identificá-lo. Ocorre em pequenos grupos, irrequietos e nervosos; costuma juntar-se a bandos mistos. O canto e os chamados, estridentes e dissonantes, lembram os do sanhaçu-cinzento, mas são mais agitados. TAMANHO: cm HABITAT: Ocorrência ampla em ambientes abertos com árvores, capoeira e borda de mata; pode ocorrer em parques urbanos e bairros arborizados. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de frutos e insetos e frequenta comedouros; mostra predileção por palmeiras, nas quais pernoita, aninha e procura alimento. REPRODUÇÃO: O ninho em forma de taça, escondido no meio da folhagem densa ou nas bainhas foliares de palmeiras, é construído pelo macho e pela fêmea. Utilizam folhas largas e secas, revestindo externamente com fibras vegetais. Os ovos, em geral 2, são brancos ou cremes com manchas cinzas, pardas ou negras e são incubados pela fêmeas por 14 dias. Os filhotes, que permanecem no ninho de 17 a 21 dias, são alimentados pelo casal, possivelmente por regurgitação. STATUS NO CAMPUS:

137 17 NOME POPULAR: Tiê-preto NOME EM INGLÊS: Ruby-crowned Tanager NOME CIENTÍFICO: Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2012) CARACTERÍSTICAS: Bico cinza-azulado. Macho preto com algum reflexo azulado e uma estreita faixa vermelha no centro da coroa, em geral oculta; branco sob a asa, visível em vôo, e também algum branco no ombro (em geral oculto). Fêmea marromacanelada por cima, cabeça mais cinza; alaranjada por baixo, peito com leve rajado mais escuro. Vive em casal e não costuma juntar-se a bandos mistos. O canto, variável, mas em geral monótono, é um tchip-tchuic... tchip-tchuic, tchuic... repetido, mais ouvido ao amanhecer; enquanto se move, o casal mantém contato emitindo a cada tanto um tchep seco e decidido. TAMANHO: 18 cm HABITAT: Sub-bosque e borda de mata, capoeira e cerradão, ocasionalmente em pomares. ALIMENTAÇÃO: Frutos, sementes, flores, folhas e insetos, colhidos nas árvores a partir da altura média até o topo. REPRODUÇÃO: O ninho, em forma de tigela, é confeccionado com ramos, cipós e folhas, forrado internamente com finas raízes. Seu diâmetro externo tem 11 a 1 cm, sendo colocado na vegetação a menos de 2 m de altura. Os ovos, 2 ou, são róseos com manchas vermelhas e marrons, ou mesmo pretas, e medem 22 x 17 mm. STATUS NO CAMPUS:

138 18 NOME POPULAR: Tiê-sangue NOME EM INGLÊS: Brazilian Tanager NOME CIENTÍFICO: Ramphocelus bresilius (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Thraupidae (Cabanis, 1847) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho possui plumagem vermelho-vivo; parte das asas e da cauda são negras. Fêmea apresenta plumagem menos vistosa, de cor parda nas partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores. TAMANHO: 19 cm HABITAT: Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de cidades. ALIMENTAÇÃO: Frugívoro, tendo predileção pelos frutos da Embaúba, gênero Cecropia. Alimenta-se também de insetos e vermes. Frequenta comedouros de frutas. REPRODUÇÃO: Constrói o ninho em forma de cesto e muitas vezes é forrado com fibra de palmeira, fibra de sisal e raiz de capim. A fêmea põe de 2 a ovos verde- azulados lustrosos, com pintas pretas. Apenas a fêmea incuba, no entanto após o nascimento dos filhotes, vários indivíduos alimentam a prole, inclusive machos. O período de incubação é de 1 dias STATUS NO CAMPUS:

139 19 NOME POPULAR: Caneleiro-de-chapéu-preto NOME EM INGLÊS: Crested Becard NOME CIENTÍFICO: Pachyramphus validus (Lichtenstein, 182) FAMÍLIA: Tityridae (Gray, 1840) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico robusto. Macho preto por cima, cinza-oliváceo escuro por baixo; pode parecer todo preto. Fêmea canela por cima, coroa cinza-escura, contrastante, loro-pardo. Por baixo, acanelada. Em geral passa despercebido; vive só ou em casal e pode juntar-se a bandos mistos. Vocaliza menos que outras espécies do gênero, mas tem um repertório com vários assobios, trinados e gorjeios, incluindo um tsi-iík muito agudo e um sui-sui-sui... límpido com até 6 notas. TAMANHO: 18,5 cm HABITAT: Escasso, de ocorrência ampla em mata, capoeira e bordas, às vezes ocorrendo em áreas abertas. ALIMENTAÇÃO: Pequenos frutos. REPRODUÇÃO: O ninho, geralmente pendente, chama de longe a atenção por ser uma construção grande, de fibras vegetais, com a entrada na parte lateral e a câmara de ovipostura na parte superior. O macho, às vezes, auxilia na construção do ninho, mas só a fêmea incuba os ovos que podem ser verde-oliva, pardo-claros ou cinzas com manchas pardo-enegrecidas. O tempo de incubação é, provavelmente, de 18 ou 19 dias e os filhotes são alimentados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

140 140 NOME POPULAR: Beija-flor-de-peito-azul NOME EM INGLÊS: Sapphire-spangled Emerald NOME CIENTÍFICO: Amazilia lactea (Lesson, 182) FAMÍLIA: Trochilidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Garganta violeta e faixa branca que desce do peito até a barriga, o que o diferencia bem dos seus aparentados. As costas e nuca são verde brilhante, a cauda e parte das asas são azul escuro, a garganta e parte do peito possuem tom de azul vivo. Barriga branca, dela, sobe uma linha que divide o peito, que é ocráceo. TAMANHO: 9,5 cm HABITAT: De ocorrência comum em áreas urbanas, frequentando assiduamente plantas atrativas e bebedouros para beija-flor. ALIMENTAÇÃO: Visita bebedouros e flores em horários regulares. Explora até mesmo plantas rasteiras, voando muito baixo para tal. Nos jardins e espaços cultivados procura as flores de camarão-vermelho, grevíllea-anã, malvavisco e sálvia. Alimentam-se também de pequenos insetos. REPRODUÇÃO: Constrói o ninho a pouca altura, sobre um galho horizontal, camuflado com liquens na parte externa. Em seu ninho abriga 1 ou 2 ovos. STATUS NO CAMPUS:

141 141 NOME POPULAR: Beija-flor-tesoura NOME EM INGLÊS: Swallow-tailed Hummingbird NOME CIENTÍFICO: Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) FAMÍLIA: Trochilidae (Vigors, 1825) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2012) CARACTERÍSTICAS: Fácil de ver. Bico um tanto curvo (2 cm). Cabeça, pescoço e peito azul-escuros arroxeados, crisso e longa cauda bifurcada (7-9 cm) azuis; resto da plumagem verde-escuro. Fêmea um pouco menor e mais apagada. Fácil de identificar; na muda, com cauda mais curta. Visita flores em árvores e arbustos de espécies nativas e cultivadas; pega insetos no ar, paira diante de teias e da folhagem para capturar bichinhos. Ausente do interior da mata, é frequente em jardins, nos quais é dominante sobre outros beija-flores em bebedouros e plantas floridas. Dá um tsip rouco, às vezes repetido numa sucessão rápida. TAMANHO: cm HABITAT: De ocorrência ampla em borda, capoeira, áreas abertas com árvores, sedes de fazendas e cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade. REPRODUÇÃO: O ninho, em forma de tigela, é assentado numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a m do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais incluindo painas, musgos e líquens, aderidos externamente com teias de aranhas. STATUS NO CAMPUS:

142 142 NOME POPULAR: Corruíra NOME EM INGLÊS: Southern House Wren NOME CIENTÍFICO: Troglodytes musculus (Naumann, 182) FAMÍLIA: Troglodytidae (Swainson, 181) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: É uma das aves mais populares do Brasil. Miúda, toda marrom, mais clara em baixo; tênue sobrancelha mais clara, rabadilha acanelada, rajado escuro indistinto na asa e na cauda, que mantém arrebitada. Quase sempre em casal, mansa, percorre folhagens, muros e telhados. O canto é um gorjeio líquido e musical, repetido com insistência, muitas vezes desde um poleiro exposto; dá ainda um chiiah anasalado. Também chamada de garrincha ou cambaxirra. TAMANHO: 11,5 cm HABITAT: De ocorrência ampla em ambientes abertos, evitando áreas florestadas extensas; mais numerosa no entorno humano e em cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de pequenos insetos como besouros, cigarrinhas, formigas, vespinhas) e aranhas pequenas, às vezes até filhote de lagartixa. REPRODUÇÃO: Faz seu ninho, achatado, com raminhos secos e alcochoam-no com raízes finas, pelos e penas, utilizando cavidades de árvores ou de telhados, caixas de correio, de luz e até mesmo em ninhos abandonados de outras aves. Os ovos, de a 4, vermelho-claros, densamente salpicados de mais escuro, mostrando num dos pólos uma coroa pouco distinta de pontos pardo-escuros. A fêmea incuba os ovos durante cerca de 15 dias e o casal alimenta os filhotes, que abandonam o ninho após 17 a 18 dias. STATUS NO CAMPUS:

143 14 NOME POPULAR: Sabiá-barranco NOME EM INGLÊS: Pale-breasted Thrush NOME CIENTÍFICO: Turdus leucomelas (Vieillot, 1818) FAMÍLIA: Turdidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico amarelo-oliváceo. Cabeça e nuca cinzentas, constratando com as demais partes superiores, olivaacaneladas; pardo por baixo, garganta com estrias escuras. Percorre o solo em busca de alimento (frutos e bichinhos), em geral sob árvores; frequenta árvores que frutificam em praças urbanas com muito movimento humano. Canto, uma série de frases melódicas, difícil de distinguir dos outros sabiás; chamado frequente, muito característico, um rér-rér-rér forte e áspero. TAMANHO: 2 cm HABITAT: Comum, em capoeira, borda de mata, pomares e vegetação urbana. ALIMENTAÇÃO: Frutos carnosos, minhocas e artrópodes. REPRODUÇÃO: O ninho é uma tigela funda, feita com raízes entrelaçadas e com barro entre elas; na orla e no interior não é empregado o barro. Nele são postos ovos, verde-azulados com salpicos pardos, que medem 28 x 20 mm e são incubados durante cerca de 12 dias. STATUS NO CAMPUS:

144 144 NOME POPULAR: Sabiá-coleira NOME EM INGLÊS: White-necked Thrush NOME CIENTÍFICO: Turdus albicollis (Vieillot, 1818) FAMÍLIA: Turdidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Apresenta sutil dimorfismo sexual, sendo as fêmeas adultas um pouco maiores que os machos, sendo sua diferenciação principal feita apenas pelo canto, que é característica dos machos. Seu canto apresenta estrofes suaves, prolongadas e ininterruptas; motivos simples de pouca amplitude. TAMANHO: 22 cm HABITAT: É comum nos estratos inferior e médio de florestas úmidas e capoeiras altas, tanto nas baixadas quanto nas montanhas. ALIMENTAÇÃO: Onívora. Alimenta-se de frutos e segue formigas-de-correição. REPRODUÇÃO: Faz ninho semelhante ao de outros sabiás, construído com raízes, assemelhando-se a uma tigela funda; sua parede grossa é reforçada com barro e externamente enfeitada de musgos. Cada ninhada tem geralmente entre 2 e ovos azul-esverdeados claros com muitas manchas e salpicos bruno-avermelhados, mais concentrados no pólo rombo, medindo cerca de 0 x 22 mm. Tem de a 4 ninhadas por estação. A fêmea incuba os ovos durante 12 dias, ou 15 em cativeiro. Os filhotes nascem após 1 dias. O casal cuida dos filhotes, que deixam o ninho com aproximadamente 17 dias. STATUS NO CAMPUS:

145 145 NOME POPULAR: Sabiá-laranjeira NOME EM INGLÊS: Rufous-bellied Thrush NOME CIENTÍFICO: Turdus rufiventris (Vieillot, 1818) FAMÍLIA: Turdidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico oliváceo. Marrom por cima, com barriga cor de laranja, vistosa e contrastante (mais pálida na fêmea); garganta branca rajada de marrom. Visitante regular de pomares (onde se alimenta de frutas ainda no pé ou caídas no chão) e de comedouros com frutas; é notável sua habilidade para capturar minhocas, em especial após a chuva. Por seu canto melodioso e bonito, que pode ser ouvido ainda de madrugada, é uma das aves de gaiola mais cobiçadas no Brasil, vítima de implacável perseguição. TAMANHO: 24,5 cm HABITAT: Comum, de ocorrência ampla em borda de mata, capoeira, sedes de fazendas e em cidades, onde houver árvores. ALIMENTAÇÃO: Frutos carnosos, minhocas e artrópodes. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho com fibras vegetais, adicionando um pouco de barro para melhor adesão entre elas. Os ou 4 ovos são verde-azulados com pontos sépia e medem 28 x 21 mm. O jovem, quando deixa o ninho, apresenta o peito pintalgado como outros sabiás. STATUS NO CAMPUS:

146 146 NOME POPULAR: Sabiá-poca NOME EM INGLÊS: Creamy-bellied Thrush NOME CIENTÍFICO: Turdus amaurochalinus (Cabanis, 1850) FAMÍLIA: Turdidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Macho com bico amarelo, às vezes de ponta escura. Pardo-escuro por cima, com louros pretos. Por baixo, pardo com centro da barriga branco; garganta estriada de preto. Abana a cauda logo após pousar (outros sabiás também fazem isso, mas não com tanta frequência). O canto tem a sonoridade típica de um sabiá, mas é mais suave. O chamado é um poc sonoro, ouvido com frequência, do qual veio seu nome popular. TAMANHO: 2 cm HABITAT: Comum em capoeiras ralas e arvoredos antrópicos. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de invertebrados e pequenos frutos, principalmente no solo. Como outros sabiás, gostam de ciscar com o bico as folhas secas e escavar o chão. REPRODUÇÃO: Nidifica em arbustos isolados. O ninho apresenta formato de tigela, é feito com raízes e fibras com acabamento de barro nas paredes laterais dando solidez, dentro há um acolchoado de raízes finas e macias sem o barro. Coloca de a 4 ovos, bojudos e com a ponta alongada, azul-esverdeado com manchas e pintas ferrugíneas. O casal fica junto no período de incubação. STATUS NO CAMPUS:

147 147 NOME POPULAR: Sabiá-una NOME EM INGLÊS: Yellow-legged Thrush NOME CIENTÍFICO: Turdus flavipes (Vieillot, 1818) FAMÍLIA: Turdidae (Rafinesque, 1815) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: O macho é preto com as costas e barriga de coloração cinza; o colorido amarelo do bico do macho é característico da época de reprodução, pois no período de repouso sexual torna-se manchado de negro. A fêmea é marromoliváceo nas partes superiores e marrom-amarelado nas partes inferiores, com a garganta estriada de marrom-escuro. Canto bem variado, rico em motivos dos mais diversos e de duração diferente. Capaz de imitar outras aves. TAMANHO: 21,5 cm HABITAT: Ocorrência em florestas, parques e jardins. ALIMENTAÇÃO: Frutos carnosos e artrópodes.. REPRODUÇÃO: O ninho, em forma de tigela funda com parece espessa, é feito com folhas secas, raízes e fibras vegetais entrelaçados. Parece não utilizar barro na construção do ninho, como outros sabiás. A fêmea é a principal responsável pela construção do ninho e pela incubação que dura 12 a 14 dias. O casal alimenta os filhotes, que permanecem no ninho cerca de 17 dias. STATUS NO CAMPUS:

148 148 NOME POPULAR: Bem-te-vi NOME EM INGLÊS: Great Kiskadee NOME CIENTÍFICO: Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico forte e reto. Coroa e máscara negras, com longa sobrancelha branca, mancha amarela semioculta na coroa; marrom por cima, asa com filetes canela. Garganta branca, amarelo vivo por baixo. Chamativo e barulhento, pousa em locais bem visíveis, em casal ou grupinhos familiares. O canto, bem conhecido, é um sonoro bem-ti-vi ; também dá um iii, no mesmo timbre. TAMANHO: 2 cm HABITAT: De ocorrência ampla em borda de mata e qualquer ambiente alterado; abundante em cidades. ALIMENTAÇÃO: Possui variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos por dia. Mas também come frutas, ovos de outros pássaros, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, pequenos peixes, girinos e pequenos roedores. REPRODUÇÃO: Faz grandes ninhos esféricos, no alto de árvores ou até em transformadores em postes de luz. O ninho é esférico, elaborado com gravetos, palhas e outros materiais, com cerca de 25 cm de diâmetro e a câmara incubatória no centro, entre e 12 m do solo. Os ovos, normalmente 4, são brancos logo após a postura, passando a amarelados depois de algum tempo; mostram uma pequena coroa de pontos pardos ou azulados e medem 1 x 21 mm, sendo incubados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

149 149 NOME POPULAR: Bem-te-vi-rajado NOME EM INGLÊS: Streaked Flycatcher NOME CIENTÍFICO: Myiodynastes maculatus (Statius Muller, 1776) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico forte e reto. Coroa e máscara negras, com longa sobrancelha branca, mancha amarela semioculta na coroa; marrom por cima, asa com filetes canela. Garganta branca, amarelo vivo por baixo. Chamativo e barulhento, pousa em locais bem visíveis, em casal ou grupinhos familiares. O canto, bem conhecido, é um sonoro bem-ti-vi ; também dá um iii, no mesmo timbre. TAMANHO: 2 cm HABITAT: De ocorrência ampla em borda de mata e qualquer ambiente alterado; abundante em cidades. ALIMENTAÇÃO: Possui variada alimentação. É insetívoro, podendo devorar centenas de insetos por dia. Mas também come frutas, ovos de outros pássaros, flores de jardins, minhocas, pequenas cobras, lagartos, crustáceos, pequenos peixes, girinos e pequenos roedores. REPRODUÇÃO: Faz grandes ninhos esféricos, no alto de árvores ou até em transformadores em postes de luz. O ninho é esférico, elaborado com gravetos, palhas e outros materiais, com cerca de 25 cm de diâmetro e a câmara incubatória no centro, entre e 12 m do solo. Os ovos, normalmente 4, são brancos logo após a postura, passando a amarelados depois de algum tempo; mostram uma pequena coroa de pontos pardos ou azulados e medem 1 x 21 mm, sendo incubados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

150 150 NOME POPULAR: Bentevizinho-de-penacho-vermelho NOME EM INGLÊS: Social Flycatcher NOME CIENTÍFICO: Myiozetetes similis (Spix, 1825) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Coroa cinza-escura com mancha alaranjada semioculta, longa sobrancelha branca e máscara enegrecida; denais oartes superiores oliváceas, coberteiras da asa orladas com cinza ou pardo. Garganta branca, por baixo amarelo-vivo. O jovem pode ter tanto as coberteiras como as primárias orladas de canela. Dá vários chamados ásperos, como um kriiíu frequente, um uítititititi! e um uií! agudo e cortante. TAMANHO: 17 cm HABITAT: Ocorrência em áreas arbustivas e em bordas de mata e capoeira. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de frutos, insetos e também predam ninhos de outras aves.. REPRODUÇÃO: O ninho é ovóide, com cerca de 14 cm de largura por 20 cm de altura, com uma entrada lateral; é construído com capins secos e finos, entre 2 a 15 m de altura. Os 4 ovos, um tanto pontiagudos, são brancos com algumas manchas cor de vinho irregularmente distribuídas e medem cerca de 2 x 17 mm. STATUS NO CAMPUS:

151 151 NOME POPULAR: Enferrujado NOME EM INGLÊS: Euler s Flycatcher NOME CIENTÍFICO: Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2012) CARACTERÍSTICAS: Apagado. Mandíbula amarelada. Pardo-escuro por cima com mancha clara indistinta sobre o loro e anel ocular nítido; asa escura com duas faixas e filetes pardos; cauda pardo-escura. Garganta acinzentada, peito pardo-oliváceo, barriga. Discreto, pousa ereto entre a vegetação do sub-bosque e dá voos curtos até a folhagem, voltando ao poleiro. Não se junta a bandos mistos. Canto, uma série de notas ásperas ziu-ziu-ziuziu ; dá o tempo todo uma nota áspera, ziu às vezes em série. Canto da madrugada menos áspero, biu...biu-uíp, e lembra um Elaenia. TAMANHO: 1,5 cm HABITAT: Comum em mata, capoeira e bordas. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos capturados no ar. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho com a forma de uma tigela alta e estratificada, podendo ser colocado sobre um toco podre de árvore. STATUS NO CAMPUS:

152 152 NOME POPULAR: Guaracava-de-barriga-amarela NOME EM INGLÊS: Yellow-bellied Elaenia NOME CIENTÍFICO: Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2012) CARACTERÍSTICAS: É a guaracava mais numerosa em áreas alteradas. Exibe uma crista arrepiada bem evidente, em especial ao cantar. Pardo-oliváceo por cima, com tênue anel ocular branco; asa mais escura, com duas faixas brancas. Garganta branca, peito acinzentado, barriga amarelada. Apesar da aparência apagada, tem temperamento agitado; pousa em locais expostos e atrai a atenção. Come insetos e frutos. Barulhenta, tem vários chamados, todos exuberantes e roucos; os mais frequentes são um briiur! e um rik-kipiu em geral dobrado; o casal faz duetos. TAMANHO: 16 cm HABITAT: De ocorrência ampla em capoeirinha, áreas abertas com árvores, sedes de fazendas e cidades. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de pequenos frutos e insetos. REPRODUÇÃO: Nas madrugadas do período reprodutivo possui um chamado baixo e grave, repetido continuamente, a primeira parte ascendente, um intervalo e a continuação descendente, no mesmo tom. Seu período de reprodução acontece de julho a novembro. Seu ninho é em forma de tigela funda de fibras vegetais e raízes finas, presa com firmeza sobre um galho horizontal e revestida por fora com uma camuflagem perfeita de líquens e cascas de árvores e a fêmea bota em média 2 ovos de cor creme com manchas vermelhas. A incubação leva cerca de 16 dias e os filhotes desenvolvem a plumagem dentro dos 16 dias após a eclosão. STATUS NO CAMPUS:

153 15 NOME POPULAR: Suiriri NOME EM INGLÊS: Tropical Kingbird NOME CIENTÍFICO: Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Marcelo Jordani Feliti (2011) CARACTERÍSTICAS: Cabeça cinza com máscara mais escura. Oliva-acinzentado por cima; asa e cauda enegrecidas, cauda levemente furcada. Garganta acinzentada, peito oliváceo, peito e barriga amarelo-vivos. Sozinho ou em casal, pousa em locais bem expostos e permanece ativo o dia todo. Tem vários chamados agudos; o mais comum é um siriri, que originou seu nome; o canto da madrugada é um piri-riri-riri-ri ascendente e agudo. Uma das primeiras aves ouvidas, canta antes de clarear. TAMANHO: 21,5 cm HABITAT: Abundante e fácil de detectar em áreas abertas, incluindo pastos e plantações, e em cidades. ALIMENTAÇÃO: Captura insetos em voo, partindo de poleiros, e fora da época de cria come muitos frutos. REPRODUÇÃO: Constroem o ninho de vegetais, sem revestimento, quase plano, a cerca de m do solo, numa forquilha geralmente fora da folhagem. Os ovos são arredondados e brancos com uma coroa irregular de manchas cinzentas e cor de vinho claro, além de pontuações de cor sépia. Tais ovos medem cerca de 22 x 18 mm e são incubados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

154 154 NOME POPULAR: Tesourinha NOME EM INGLÊS: Fork-tailed Flycatcher NOME CIENTÍFICO: Tyrannus savana (Vieillot, 1808) FAMÍLIA: Tyrannidae (Vigors, 1825) Fotografia: Rafael Leme de Almeida (2011) CARACTERÍSTICAS: Inconfundível. Cabeça preta; costas cinzentas. Asa escura, longa cauda preta, em tesoura (mais curta em fêmeas, jovens e aves na muda); a lâmina externa das penas externas da cauda tem base branca. Branca por baixo. Jovem com boné mais marrom, sem as penas longas. Fácil de detectar e muito bonita, costuma pousar sobre moitas e árvores, inclusive em jardins. Dá vôos longos e graciosos para pegar insetos. Na época de reprodução é vista em casal, mas em outras épocas é gregária, migrando em bandos. Fora da reprodução come muitos frutos. O chamado é um tic fraco, como um estalo; o macho dá um matraqueado suave, enquanto faz vôos de exibição. TAMANHO: Macho: 8-40 cm. Fêmea: 28-0 cm. As dimensões incluem a longa cauda em tesoura. HABITAT: De ocorrência em campos sujos, pastos com árvores e pomares; residente de verão, no frio migra para o Norte, até a Amazônia. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos capturados durante o vôo, ou quando pousados em árvores. REPRODUÇÃO: O ninho é confeccionado com ramos secos, em forma de tigela, situando-se a cerca de 4 m do solo. Os ovos, 4 ou 5, são branco-amarelados com manchas alongadas pardas, pardo-enegrecidas e cinzentas, formando uma larga coroa num dos pólos. Eles medem cerca de 21 x 16 mm e são incubados pelo casal. STATUS NO CAMPUS:

155 155 NOME POPULAR: Juruviara NOME EM INGLÊS: Red-eyed Vireo NOME CIENTÍFICO: Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) FAMÍLIA: Vireonidae (Swainson, 187) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Oliva por cima, com coroa cinza e sobrancelha branca delineada por duas linhas pretas. Branca por baixo, com flancos e crisso lavados de oliváceo. Sozinha ou em casal, percorre a folhagem das árvores a altura variável, em busca dos insetos e frutos de que se alimenta; junta-se a bandos mistos. O canto, dado na época de cria, é um tiriri-tiruru abrupto e agradável, repetido a breves intervalos, algumas vezes nas horas mais quentes do dia. TAMANHO: 14,5 cm HABITAT: Comum em matas e quaisquer ambientes arborizados. ALIMENTAÇÃO: Sua alimentação consiste de pequenos insetos, aranhas e às vezes frutinhos ou pedaços de frutos grandes, como o da embaúba. REPRODUÇÃO: O ninho, apoiado na forquilha de um ramo de árvore, é uma tigelinha de parede delgada e funda, feito com capins e folhas secas por fora e capins finos no interior; externamente é revestido por musgos verdes, presos por fios de teia de aranha e de casulos de larvas de borboletas. Os ovos brancos com salpicos pretos, pouco numerosos, na metade do polo do rombo, medem 20 por 15 mm. O macho raramente, ou nunca, toma parte na incubação e no cuidado com os filhotes, colaborando, contudo, na alimentação destes. Os períodos de incubação e de permanência dos filhotes no ninho são de 1, e 11 ou 12 dias, respectivamente. STATUS NO CAMPUS:

156 156 NOME POPULAR: Pitiguari NOME EM INGLÊS: Rufous-browed Peppershrike NOME CIENTÍFICO: Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) FAMÍLIA: Vireonidae (Swainson, 187) Fotografia: Cauê Rosetto Reis (2011) CARACTERÍSTICAS: Bico claro e forte, com gancho na ponta. Oliva por cima, com cabeça e pescoço cinza; sobrancelha canela. Branco por baixo, com faixa amarelada no papo, pernas róseas. Sozinho ou em casal, desloca-se sem pressa pela folhagem, a altura variável; pode juntar-se a bandos mistos. Em geral numeroso, é sempre mais ouvido que visto. O canto é uma frase curta, composta por assobios fortes e sonoros, repetida até nas horas mais quentes do dia. TAMANHO: 15 cm HABITAT: De ocorrência ampla em capoeira, áreas abertas com árvores e borda de mata; também em parques urbanos. ALIMENTAÇÃO: Alimenta-se de insetos, suas larvas e pequenos frutos. REPRODUÇÃO: A maior parte da construção do ninho é um trabalho da fêmea que utiliza fibras vegetais na confecção de uma tigela aberta e funda, revestida com musgos. O ninho é bem preso numa forquilha de árvore com auxílio de teias de aranha. Neles são postos os ovos branco-avermelhados com salpicos roxos e brancos, medindo 24 x 18 mm. O macho e a fêmea revezam-se na incubação, durante cerca de 14 dias, e alimentam os filhotes. STATUS NO CAMPUS:

AVES PARQUE ESCOLA. Prefeitura de Santo André Secretaria de Educação Parque Escola, Pitiguari (Cyclarhis gujanensis)

AVES PARQUE ESCOLA. Prefeitura de Santo André Secretaria de Educação Parque Escola, Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) 1 Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) Pomba-de-bando (Zenaida auriculata) João-de-barro (Furnarius rufus) Pitiguari (Cyclarhis gujanensis) Pomba-de-bando (Zenaida auriculata) João-de-barro (Furnarius rufus)

Leia mais

beija flor de peito azul Amazilia lactea Beija flor de banda branca Amazilia versicolor Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva

beija flor de peito azul Amazilia lactea Beija flor de banda branca Amazilia versicolor Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva Por:Bruno Sellmer beija flor de peito azul Amazilia lactea Tamanho: 8cm Toda a Rivieira Beija flor de banda branca Amazilia versicolor Tamanho: 8,5 cm Papagaio-verdadeiro Amazona aestiva Tamanho: 35cm

Leia mais

ADmirAmOS O valor DA biodiversidade

ADmirAmOS O valor DA biodiversidade Admiramos o valor da biodiversidade Biodiversidade Conhecer para CONSERVAR. CONservar para Conhecer. Somos Fibria, uma empresa de base florestal. E para entender a floresta como um todo, buscamos entender

Leia mais

Vanellus chilensis (Molina, 1782)

Vanellus chilensis (Molina, 1782) CLUBE de OBSERVADORES de AVES de PORTO ALEGE COA - POA Saída de Campo, Parque Germânia. Zona norte de Porto Alegre. Bairro Jardim Europa. Ênfase em Três (3) Áreas de Preservação (Áreas não abertas aos

Leia mais

Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, em Porto Alegre-RS

Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, em Porto Alegre-RS Relatório de observação de campo do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre no Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, em Porto Alegre-RS 29 de setembro de 2018 Foto: Antônio Brum INTRODUÇÃO No dia

Leia mais

TÍTULO: ESTUDO DA COMUNIDADE DE AVES DA PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR,MUNICÍPIO DE SÃO PAULO:UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA NO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

TÍTULO: ESTUDO DA COMUNIDADE DE AVES DA PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR,MUNICÍPIO DE SÃO PAULO:UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA NO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: ESTUDO DA COMUNIDADE DE AVES DA PRAÇA DOM JOSÉ GASPAR,MUNICÍPIO DE SÃO PAULO:UMA ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Leia mais

Composição da Avifauna do IFSULDEMINAS Campus Machado, Machado-MG. Introdução

Composição da Avifauna do IFSULDEMINAS Campus Machado, Machado-MG. Introdução 4ª Jornada Científica e Tecnológica e 1º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 16, 17 e 18 de outubro de 2012, Muzambinho MG Composição da Avifauna do IFSULDEMINAS Campus Machado, Machado-MG Gleysson

Leia mais

BIOLOGIA, DIVERSIDADE E COMPORTAMENTO DE AVES TEORIA E PRÁTICA

BIOLOGIA, DIVERSIDADE E COMPORTAMENTO DE AVES TEORIA E PRÁTICA BIOLOGIA, DIVERSIDADE E COMPORTAMENTO DE AVES TEORIA E PRÁTICA Prof. Durval da Silva Filho Turdus rufiventris Biólogo - CRBio 72.738/01-D BIOLOGIA, DIVERSIDADE E COMPORTAMENTO DE AVES As aves no Brasil

Leia mais

Reunião realizada em 01 de outubro de 2016 no Jardim Botânico de Porto Alegre.

Reunião realizada em 01 de outubro de 2016 no Jardim Botânico de Porto Alegre. Reunião realizada em 01 de outubro de 2016 no Jardim Botânico de Porto Alegre. A observação de aves no Jardim Botânico (JB) iniciou às 8h, estendendo-se até às 9h40min, com uma manhã bastante ensolarada,

Leia mais

Levantamento preliminar das aves que ocorrem no Centro Universitário de Patos de Minas (Patos de Minas, MG)

Levantamento preliminar das aves que ocorrem no Centro Universitário de Patos de Minas (Patos de Minas, MG) CERRADO AGROCIÊNCIAS Revista da Faculdade de Engenharia e Ciências Agrárias do UNIPAM (ISSN 2178-7662) Patos de Minas: UNIPAM, (1): 60-67, agosto. 2010 Levantamento preliminar das aves que ocorrem no Centro

Leia mais

Contribuição ao estudo da avifauna urbana do município de Santa Maria, RS

Contribuição ao estudo da avifauna urbana do município de Santa Maria, RS Contribuição ao estudo da avifauna urbana do município de Santa Maria, RS Lisiane Acosta Ramos 1 & Luciane Maria 2 Introdução A cidade é um espaço artificial, construído pelo homem a fim de conviver em

Leia mais

AVIFAUNA DO SEMIÁRIDO, MACAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

AVIFAUNA DO SEMIÁRIDO, MACAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL AVIFAUNA DO SEMIÁRIDO, MACAÍBA, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL Júlio César Felix de Oliveira 1,2 Gustavo Henrique Nunes Basílio 1 ¹ Biólogo 2 Autor para contato: juliocesar.biologo@gmail.com RESUMO A avifauna

Leia mais

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso

Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso Marque a opção do tipo de trabalho que está inscrevendo: (X) Resumo ( ) Relato de Caso Diversidade de avifauna nas praias arenosas da região turística Costa Esmeralda, Santa Catarina AUTOR PRINCIPAL: Bruna

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS NA COMUNIDADE DE AVES NO ANO DE 2014/15 EM COMPARAÇÃO COM 2003/05.

AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS NA COMUNIDADE DE AVES NO ANO DE 2014/15 EM COMPARAÇÃO COM 2003/05. AVALIAÇÃO DAS MUDANÇAS NA COMUNIDADE DE AVES NO ANO DE 2014/15 EM COMPARAÇÃO COM 2003/05. Brunno Tolentino Oliveira Anamaria Achtschin Ferreira INTRODUÇÃO O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro (BORLAUG,

Leia mais

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ Edson J. Mariot 1 ; Gabrielle K. Blasius 2 ; Raul S. Cota 3 RESUMO Neste trabalho, foi efetuado o levantamento das espécies de aves existentes no campus

Leia mais

Distribuição de Aves da Nascente do Córrego Cruzeiro, Área Urbana de Quirinópolis, Goiás, Brasil

Distribuição de Aves da Nascente do Córrego Cruzeiro, Área Urbana de Quirinópolis, Goiás, Brasil 1 Distribuição de Aves da Nascente do Córrego Cruzeiro, Área Urbana de Quirinópolis, Goiás, Brasil Reile Ferreira Rossi 1,3 ; Jacqueline Jacinto Cabral Rossi 2,3 ; Ralder Ferreira Rossi 2,3 1 Pesquisador

Leia mais

Levantamento preliminar da avifauna do Campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins

Levantamento preliminar da avifauna do Campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins Levantamento preliminar da avifauna do Campus de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins Alexandre Neves Franco & Advaldo Dias do Prado 1 2 Considera-se que a América do Sul é o continente

Leia mais

Capivara. Fonte:

Capivara. Fonte: Capivara Fonte: http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes/episodio/biodiversidade-do-cerrado O Cerrado é o segundo maior BIOMA da América do Sul. Abrange os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso

Leia mais

Avifauna associada ao Campus da UNIVALI: Abundância e Diversidade

Avifauna associada ao Campus da UNIVALI: Abundância e Diversidade UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - ÊNFASE EM BIOTECNOLOGIA Avifauna associada ao Campus da UNIVALI: Abundância e Diversidade

Leia mais

Diagnóstico e análise de aves e mamíferos no licenciamento ambiental

Diagnóstico e análise de aves e mamíferos no licenciamento ambiental Diagnóstico e análise de aves e mamíferos no licenciamento ambiental Profa. Dra. Cristina V. Cademartori Unilasalle Canoas cristina.cademartori@unilasalle.edu.br O que é impacto ambiental? Qualquer alteração

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical. Ecossistemas Brasileiros

Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical. Ecossistemas Brasileiros Mata Atlântica Floresta Pluvial Tropical Ecossistemas Brasileiros https://www.youtube.com/watch?v=ee2ioqflqru Sub-regiões biogeográficas endemismo de aves, borboletas e primatas Mata das Araucárias (Ombrófila

Leia mais

Contribuição ao conhecimento da avifauna do Parque Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS

Contribuição ao conhecimento da avifauna do Parque Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS Contribuição ao conhecimento da avifauna do Parque Moinhos de Vento, Porto Alegre, RS Eduarda Goulart Buchmann Tecnóloga em Gestão Ambiental - IFRS Campus Porto Alegre (dudagbuchmann@hotmail.com) Elisângela

Leia mais

COMUNIDADE DE AVES URBANAS DO MUNICÍPIO DE VERÊ PARANÁ

COMUNIDADE DE AVES URBANAS DO MUNICÍPIO DE VERÊ PARANÁ Comunidade de aves urbanas... ESSY, A. B. C.; TRECO, F. R. 169 COMUNIDADE DE AVES URBANAS DO MUNICÍPIO DE VERÊ PARANÁ Ana Beatriz Ceron Essy 1 Fernando Rodrigo Treco 2 ESSY, A. B. C.; TRECO, F. R. Comunidade

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE

INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA PÓS-GRADUAÇÃO EM MEIO AMBIENTE INVENTÁRIO DA AVIFAUNA DO INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS, CAMPUS SÃO JOÃO EVANGELISTA MG São João Evangelista

Leia mais

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil

ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil ConScientiae Saúde ISSN: 1677-1028 conscientiaesaude@uninove.br Universidade Nove de Julho Brasil Ribeiro Pense, Marcela; Correa de Carvalho, André Paulo Biodiversidade de aves do Parque Estadual do Jaraguá

Leia mais

20 de abril de 2019 INTRODUÇÃO

20 de abril de 2019 INTRODUÇÃO Relatório da saída do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre à Ponta Grossa, Porto Alegre 20 de abril de 2019 Guaracava-de-barriga-amarela (Elaenia flavogaster) G. A. Bencke INTRODUÇÃO Abrangendo

Leia mais

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA DO CAMPUS DO IFC-CAMBORIÚ Autores : Pedro Antonio SCHWARZER; Sandro Roberto Campos JÚNIOR; Edson João MARIOT. Identificação autores: Pedro Antonio SCHWARZER e Sandro Roberto Campos

Leia mais

Palavras-chaves: avifauna; diversidade; educação ambiental; sensibilização ambiental;

Palavras-chaves: avifauna; diversidade; educação ambiental; sensibilização ambiental; 66 OBSERVAÇÃO DE DIVERSIDADE NA SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO DE AVIFAUNA EM UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NO RIO DE JANEIRO PEREIRA, José Felipe Monteiro 1 JEOVANIO-SILVA, Vanessa Regal Maione

Leia mais

Contribuição ao estudo da avifauna associada ao Largo Zumbi dos Palmares e às Praças General Braga Pinheiro e dos Açorianos, Porto Alegre, RS

Contribuição ao estudo da avifauna associada ao Largo Zumbi dos Palmares e às Praças General Braga Pinheiro e dos Açorianos, Porto Alegre, RS Nicolas Ghabril Tecnólogo em Gestão Ambiental - IFRS Campus Porto Alegre (nicolas_dalas@hotmail.com) Geórgia Antunes Carvalho Tecnóloga em Gestão Ambiental - IFRS Campus Porto Alegre (georgia.antunes8@gmail.com)

Leia mais

MEGADIVERSIDADE. # Termo utilizado para designar os países mais ricos em biodiversidade do mundo. 1. Número de plantas endêmicas

MEGADIVERSIDADE. # Termo utilizado para designar os países mais ricos em biodiversidade do mundo. 1. Número de plantas endêmicas MEGADIVERSIDADE MEGADIVERSIDADE # Termo utilizado para designar os países mais ricos em biodiversidade do mundo. 1. Número de plantas endêmicas 2. Número de espécies endêmicas em geral 3. Número total

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor: 2,0 Nota: Data: / /2017 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 7º 1º bim Orientações: - Leia atentamente as questões propostas; - Realize-as com muita atenção

Leia mais

ESTUDO BIOGEOGRÁFICO: LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EXISTENTE NO CAMPUS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE PRESIDENTE PRUDENTE (FCT/UNESP)

ESTUDO BIOGEOGRÁFICO: LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EXISTENTE NO CAMPUS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE PRESIDENTE PRUDENTE (FCT/UNESP) Estudo Biogeográfico: Levantamento da avifauna existente no campus da Faculdade...66 ESTUDO BIOGEOGRÁFICO: LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EXISTENTE NO CAMPUS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE PRESIDENTE

Leia mais

Áreas de Alto Valor de Conservação

Áreas de Alto Valor de Conservação Mil Madeiras Preciosas ltda. Áreas de Alto Valor de Conservação Resumo para Consulta Pública Acervo Área de Manejo PWA Setor de Sustentabilidade Itacoatiara/AM- Brasil. Agosto de 2017. SOBRE ESTE RESUMO

Leia mais

Aprendendo ciência através da observação de aves

Aprendendo ciência através da observação de aves SEÇÃO LIVRE Aprendendo ciência através da observação de aves Renata da Silva Xavier 1,2, Higor Alexandre Alves Cavalcante 1, Lucas Rodrigues Cerezini 1 & Ranulfo Gonçalves Dias dos Reis 1 O Programa Ciência

Leia mais

Relatório da saída do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre à Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul, RS

Relatório da saída do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre à Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul, RS Relatório da saída do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre à Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul, RS 20 de julho de 2014 Grupo em frente à capela de São Pedro (1893). Foto:

Leia mais

TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DINÂMICA DA AVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MINAS GERAIS.

TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DINÂMICA DA AVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MINAS GERAIS. TÍTULO: COMPOSIÇÃO E DINÂMICA DA AVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE MURIAÉ, MINAS GERAIS. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Ciências Biológicas INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE SANTA MARCELINA

Leia mais

Levantamento preliminar da avifauna do Morro da Luz, região central de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

Levantamento preliminar da avifauna do Morro da Luz, região central de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil 1 Levantamento preliminar da avifauna do Morro da Luz, região central de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil Anairson da Luz Nunes (Biólogo UNIC) Josué Ribeiro da Silva Nunes (Professor Adjunto Ecologia da UNEMAT)

Leia mais

Elaboração de um Guia de identificação de Aves Urbanas no âmbito da Agenda 21 Escolar do Colégio Termomecanica CEFSA São Bernardo do Campo

Elaboração de um Guia de identificação de Aves Urbanas no âmbito da Agenda 21 Escolar do Colégio Termomecanica CEFSA São Bernardo do Campo Elaboração de um Guia de identificação de Aves Urbanas no âmbito da Agenda 21 Escolar do Colégio Termomecanica CEFSA São Bernardo do Campo Prof. Andrés Calonge Méndez Biólogo pela UNESP SJRP; mestre e

Leia mais

AVIFAUNA DO CAMPUS CESUMAR

AVIFAUNA DO CAMPUS CESUMAR 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 AVIFAUNA DO CAMPUS CESUMAR Priscilla Esclarski¹, Willian Leite Gildo 1, Cibele Mª Vianna Zanon 3 RESUMO: O Centro Universitário de Maringá - Cesumar está

Leia mais

RESUMOS COM RESULTADOS

RESUMOS COM RESULTADOS 122 RESUMOS COM RESULTADOS... 123 RESUMOS COM RESULTADOS 123 AMOSTRAGEM DE ORDENS DE INSETOS UTILIZANDO ARMADILHA MOERICKE EM FRAGMENTO DE MATA EM PRESIDENTE PRUDENTE, SP... 124 AS INTERRRELAÇÕES ENTRE

Leia mais

Guia de Observação de Pássaros

Guia de Observação de Pássaros Guia de Observação de Pássaros Rio Novo, MG. Helio Duarte heliodrt@gmail.com 2018 Cidade de Rio Novo, MG Guia de Observação de Pássaros Rio Novo-MG. O Brasil é o país com maio número de espécies registradas,

Leia mais

com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente;

com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente; com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente; sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria. Fonte: http://7a12.ibge.gov.br/vamos-conhecer-o-brasil/nosso-territorio/biomas.html

Leia mais

1º Período UNIDADE 1. O Planeta Terra

1º Período UNIDADE 1. O Planeta Terra 1º Período UNIDADE 1 O Planeta Terra O planeta onde vivemos; Conhecendo a Terra; Continentes e oceanos; Conhecer algumas características e a estrutura do planeta Terra; Reconhecer a Terra como parte do

Leia mais

Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná. Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme

Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná. Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme Diagnóstico da Fragmentação Florestal na Microbacia Córrego Poço Grande, Município de Ouro Verde do Oeste, Paraná Daniela Mondardo, Aline Uhlein, Deise D. Castagnara, Felipe Guilherme Klein, Armin Feiden,

Leia mais

AVIFAUNA URBANA DO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA, RS, BRASIL (RESULTADOS PARCIAIS)

AVIFAUNA URBANA DO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA, RS, BRASIL (RESULTADOS PARCIAIS) BIODIVERSIDADE PAMPEANA ISSN 1679-6179 PUCRS, Uruguaiana, 6(1): -5, jun. 8 AVIFAUNA URBANA DO MUNICÍPIO DE URUGUAIANA, RS, BRASIL (RESULTADOS PARCIAIS) Vanessa PAETZOLD 1 & Enrique QUEROL 1 1 Bolsista

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA

AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA CEDOC 47.412 CONSULTA PÚBLICA AVALIAÇÃO DE ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO NAS FAZENDAS BARRA LONGA E CANHAMBOLA RESUMO EXECUTIVO 2018 ÍNDICE 1. APRESENTAÇÃO... 2 2. DURATEX FLORESTAL LTDA... 2 3. CERTIFICAÇÃO

Leia mais

1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas

1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas 1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas UNIDADE 1 O Planeta Terra Tema 1: O planeta onde vivemos; Tema 2: Conhecendo a Terra; Tema 3: Continentes e oceanos; Tema 4: Trabalhando com mapas..

Leia mais

LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA AVEFAUNA DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA FAP

LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA AVEFAUNA DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA FAP LEVANTAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DA AVEFAUNA DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DA FAP TEIXEIRA, Carlos Rodrigo¹; MIKALOUSKI, Udson² RESUMO O Brasil é um dos países que apresenta a maior diversidade biológica

Leia mais

CAPTURANDO VIDA: CONHECENDO, DIVULGANDO E PRESERVANDO A FAUNA DO CAMPUS PELOTAS VISCONDE DA GRAÇA (CAVG)

CAPTURANDO VIDA: CONHECENDO, DIVULGANDO E PRESERVANDO A FAUNA DO CAMPUS PELOTAS VISCONDE DA GRAÇA (CAVG) CAPTURANDO VIDA: CONHECENDO, DIVULGANDO E PRESERVANDO A FAUNA DO CAMPUS PELOTAS VISCONDE DA GRAÇA (CAVG) Área Temática: Meio Ambiente Tângela Denise Perleberg¹ (Coordenador da Ação de Extensão) Tângela

Leia mais

Componentes e pesquisadores envolvidos

Componentes e pesquisadores envolvidos Componentes e pesquisadores envolvidos Impactos sobre aves (avifauna) Dr. Luciano Naka Impactos nas comunidades indígenas e tradicionais - Dr. Philip Fearnside Qualidade da água: monitoramento de níveis

Leia mais

AVIFAUNA DO CAMPUS II DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA, MUNICÍPIO DE CARATINGA, MINAS GERAIS

AVIFAUNA DO CAMPUS II DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA, MUNICÍPIO DE CARATINGA, MINAS GERAIS AVIFAUNA DO CAMPUS II DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA, MUNICÍPIO DE CARATINGA, MINAS GERAIS Ramon de Oliveira Carvalho Pires 1 Reinaldo Soares Cazassa 2 Alisson Pereira 3 Emanuel Teixeira da Silva

Leia mais

Aluno(a): N o : Turma:

Aluno(a): N o : Turma: Área de Ciências da Natureza Disciplina: Ciências Ano: 6º - Ensino Fundamental Professoras: Danielle Dornelas e Isabela Monteiro Atividades para Estudos Autônomos ECOLOGIA I Data: 3 / 4 / 2018 Querido(a)

Leia mais

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Versão: 02 Atividade: IDENTIFICAÇÃO E MONITORAMENTO DE AAVC Data de Criação: 29/08/2007 Data de Revisão: 03/08/2017 Metodologia voltada

Leia mais

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras

Exercícios Complementares de Ciências Humanas Geografia Ensino Fundamental. Regiões Brasileiras de Geografia Exercícios Complementares Regiões Brasileiras 1. O mapa mostra a divisão do Brasil entre as cinco regiões do IBGE. Identifique-as e, na sequência, relacione as características listadas a seguir

Leia mais

PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PROGRAMAS DE RESTAURAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE MATAS CILIARES E DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PRADs realidade desde a sua fundação, porem sem foco da restauração dos ambientes naturais; 1990 convênio entre

Leia mais

Eixo temático: Conservação Ambiental e Produção Agrícola Sustentável.

Eixo temático: Conservação Ambiental e Produção Agrícola Sustentável. LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA NO PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA BOA ESPERANÇA Carlos Barbiere Coutinho(1); Douglas de Pádua Andrade(2) 1 - Coutinho Consultoria e Treinamento em Meio Ambiente LTDA ME; coutinhobc@yahoo.com.br.

Leia mais

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Ana Claudia dos Santos André Luiz Vaz de Araújo Denise Pitigliani Lopes Edmilson Almeida Elisabete Mendonça Gomes Barcellos

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Ana Claudia dos Santos André Luiz Vaz de Araújo Denise Pitigliani Lopes Edmilson Almeida Elisabete Mendonça Gomes Barcellos AGRADECIMENTOS ESPECIAIS: Ana Claudia dos Santos André Luiz Vaz de Araújo Denise Pitigliani Lopes Edmilson Almeida Elisabete Mendonça Gomes Barcellos Glória Maria Sarnaglia Inês Mauad Marcella Nossodeli

Leia mais

Levantamento da Diversidade de Aves em Áreas Urbanas na Cidade de Maringá PR

Levantamento da Diversidade de Aves em Áreas Urbanas na Cidade de Maringá PR DOI: 10.5433/2447-1747.2018v27n2p113 Levantamento da Diversidade de Aves em Áreas Urbanas na Cidade de Maringá PR Diversity Survey of Birds in Urban Areas in the City of Maringá PR Levantamiento de la

Leia mais

OBSERVAÇÃO DE AVES EM ARROIO EM MEIO URBANO COMO UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

OBSERVAÇÃO DE AVES EM ARROIO EM MEIO URBANO COMO UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL OBSERVAÇÃO DE AVES EM ARROIO EM MEIO URBANO COMO UM PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL BIRDWATCHING ON AN URBAN STREAM AS AN ENVIRONMENTAL EDUCATION PROJECT... Joana Tomazelli 1, Ismael Franz 2... Recebido

Leia mais

Bento Gonçalves RS, Brasil, 25 a 27 de Abril de 2012

Bento Gonçalves RS, Brasil, 25 a 27 de Abril de 2012 Caracterização da avifauna do Parque Farroupilha, em Porto Alegre, RS, no período de outono Docente Celson Roberto Canto Silva 1, Érica Nicolao Lunardi 2, Henrique Badke Silveira 3, Maite Jover Marset

Leia mais

Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação. Biogeografia - aula 4 Prof. Raul

Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação. Biogeografia - aula 4 Prof. Raul Política Nacional de Meio Ambiente: unidades de conservação Biogeografia - aula 4 Prof. Raul leis aprovadas na década de 1990. Lei dos Recursos Hídricos. Lei de Crimes Ambientais. Sistema Nacional de Unidades

Leia mais

Revista Eletrônica de Biologia

Revista Eletrônica de Biologia REB Volume 1 (1): 36-61, 2008. Revista Eletrônica de Biologia Avifauna em uma Área de Cerrado no Bairro do Central Parque, Município de Sorocaba, São Paulo, Brasil. Avifauna from the Cerrado area in the

Leia mais

É importante que você conheça os principais biomas brasileiros e compreenda as características.

É importante que você conheça os principais biomas brasileiros e compreenda as características. Plantas e Ambiente Profª Carla Aquino Como sabemos, a Ecologia é um dos temas mais cobrados no Enem. Os biomas brasileiros estão entre os assuntos com mais chances de aparecer na prova, uma vez que o Brasil

Leia mais

Morro São Pedro. 18 de agosto de 2013 INTRODUÇÃO

Morro São Pedro. 18 de agosto de 2013 INTRODUÇÃO Relatório de Excursão do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre ao Morro São Pedro 18 de agosto de 2013 Total de espécies registradas: 50 INTRODUÇÃO O Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre

Leia mais

FRAGMENTOS FLORESTAIS

FRAGMENTOS FLORESTAIS FRAGMENTOS FLORESTAIS O que sobrou da Mata Atlântica Ciclos econômicos 70% da população Menos de 7,4% e mesmo assim ameaçados de extinção. (SOS Mata Atlânitca, 2008) REMANESCENTES FLORESTAIS MATA ATLÂNTICA

Leia mais

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia A proposta A proposta de ensino para esta área de conhecimento considera o espaço como construção humana em que sociedade e natureza

Leia mais

Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos

Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos Relatório da Excursão do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre ao Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos 04 de março de 2018 No dia 04 de março de 2018, o Clube de Observadores de aves

Leia mais

GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA. Eng.Ambiental. Bruna de Souza Otoni Prefeitura Municipal de Araçuaí -MG

GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA. Eng.Ambiental. Bruna de Souza Otoni Prefeitura Municipal de Araçuaí -MG GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA Eng.Ambiental. Bruna de Souza Otoni Prefeitura Municipal de Araçuaí -MG CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO MUNICÍPIO : Araçuaí DISTÂNCIA DA CAPITAL : 678km MESOREGIÃO: Jequitinhonha

Leia mais

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Esta lista de exercícios aborda os seguintes ecossistemas: Pantanal, Mata de Araucárias Mata Atlântica, Cerrado,

Leia mais

CORPO: o formato de seu bico, que é comprido e possui uma colher na extremidade, deu origem a seu nome popular.

CORPO: o formato de seu bico, que é comprido e possui uma colher na extremidade, deu origem a seu nome popular. Nome: Alice nº 2 2º ano E NOME DO ANIMAL: Colhereiro. CORPO: o formato de seu bico, que é comprido e possui uma colher na extremidade, deu origem a seu nome popular. HÁBITOS ALIMENTARES: carnívoro. GESTAÇÃO:

Leia mais

Conteúdo(s) - Seres vivos: aves. Ano(s) 7º / 8º e 9º

Conteúdo(s) - Seres vivos: aves. Ano(s) 7º / 8º e 9º Objetivo(s) - Caracterizar a classe das aves; - Entender que algumas espécies são introduzidas em outros lugares que não o seu de origem; - Participar de um estudo de campo com observação de pássaros e

Leia mais

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Biomas brasileiros. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Biomas brasileiros. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Ecologia e ciências ambientais Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem: I Conceitos fundamentais II Fatores físicos que influenciam na formação dos biomas III Tipos de biomas brasileiros IV

Leia mais

Abundância da avifauna associada a duas áreas de manguezal antropizadas do Saco da Fazenda, Itajaí Santa Catarina, Brasil

Abundância da avifauna associada a duas áreas de manguezal antropizadas do Saco da Fazenda, Itajaí Santa Catarina, Brasil 1 Abundância da avifauna associada a duas áreas de manguezal antropizadas do Saco da Felipe Becker becker.felipe@outlook.com MBA Pericia, Auditoria e Gestão Ambiental Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS P1-4º BIMESTRE 6º ANO FUNDAMENTAL II Aluno (a): Turno: Turma: Unidade Data: / /2016 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Compreender o conceito de bioma. Reconhecer fatores bióticos

Leia mais

Universidade Estadual do Ceará UECE Centro de Ciências da Saúde CCS Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Ecologia.

Universidade Estadual do Ceará UECE Centro de Ciências da Saúde CCS Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Ecologia. Universidade Estadual do Ceará UECE Centro de Ciências da Saúde CCS Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Ecologia Biodiversidade P r o fe s s or D r. O r i e l H e r re ra B o n i l l a M o n i to

Leia mais

Anais do II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais

Anais do II Seminário de Atualização Florestal e XI Semana de Estudos Florestais LEVANTAMENTO COMPLEMENTAR DAS AVES DA FLORESTA NACIONAL DE IRATI, PR Vânia Rossetto Marcelino*, Deborah de Souza Romaniuk *Departamento de Engenharia Florestal Universidade Estadual do Centro-Oeste - UNICENTRO

Leia mais

Avifauna urbana dos balneários de Tramandaí e Imbé, litoral norte do Rio Grande do Sul

Avifauna urbana dos balneários de Tramandaí e Imbé, litoral norte do Rio Grande do Sul Capturas acidentais de vertebrados em estudos com pequenos mamíferos em SC Avifauna urbana dos balneários de Tramandaí e Imbé, litoral norte do Rio Grande do Sul Lisiane Acosta Ramos * Rafael Batista Daudt

Leia mais

As espécies frutíferas do cerrado da Fazenda Varginha IFMG Campus Bambuí: resgate histórico

As espécies frutíferas do cerrado da Fazenda Varginha IFMG Campus Bambuí: resgate histórico IV Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí IV Jornada Científica 06 a 09 de Dezembro de 2011 As espécies frutíferas do cerrado da Fazenda Varginha IFMG Campus Bambuí: resgate histórico Caio

Leia mais

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS Professora Débora Lia Ciências/Biologia BIOMAS - Aquáticos Mares e oceanos Talássicos São as regiões com a maior variedade de vida do planeta, nem as florestas tropicais igualam-se às regiões litorâneas;

Leia mais

COMPARATIVO DA AVIFAUNA DO PARQUE DO CINQUENTENÁRIO COM A ÁREA URBANA DE MARINGÁ PR

COMPARATIVO DA AVIFAUNA DO PARQUE DO CINQUENTENÁRIO COM A ÁREA URBANA DE MARINGÁ PR COMPARATIVO DA AVIFAUNA DO PARQUE DO CINQUENTENÁRIO COM A ÁREA URBANA DE MARINGÁ PR Marcelo Tenório Crepaldi Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Paraná, Brasil. E-mail: tenriomarcelo@gmail.com

Leia mais

Estudo das guildas alimentares de aves em ambiente urbano e florestal de Lorena/SP

Estudo das guildas alimentares de aves em ambiente urbano e florestal de Lorena/SP Estudo das guildas alimentares de aves em ambiente urbano e florestal de Lorena/SP Thomas Vinícius da Motta Galvão Discente do Ensino Médio do Instituto Santa Teresa (IST) de Lorena/SP. Bolsista do Programa

Leia mais

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Aspectos Físicos e Geográficos - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Aspectos Físicos e Geográficos - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS - CE Clima: O clima do Ceará é predominantemente semiárido,

Leia mais

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo Aula Bioma e Vegetação Prof. Diogo Mapa Mundo Vegetação Classificação dos Vegetais Existem várias formas de classificação: 1º Porte: - Herbácea (correspondem áreas campestres). - Arbóreas (áreas de florestas).

Leia mais

OS CERRADOS. Entre as plantas do cerrado, podemos citar a sucurpira, o pequi, a copaíba, o angico, a caviúna, jatobá, lobeira e cagaita.

OS CERRADOS. Entre as plantas do cerrado, podemos citar a sucurpira, o pequi, a copaíba, o angico, a caviúna, jatobá, lobeira e cagaita. Os principais biomas brasileiros (biomas terrestres) são: A floresta Amazônica, a mata Atlântica, os campos Cerrados, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. OS CERRADOS Localizados nos estados de Goiás, Tocantins,

Leia mais

Guia das Aves. Parque Natural Municipal da Atalaia. guia de aves.indd /02/13 13:56

Guia das Aves. Parque Natural Municipal da Atalaia. guia de aves.indd /02/13 13:56 Guia das Aves Parque Natural Municipal da Atalaia guia de aves.indd 22-23 26/02/13 13:56 2013 Diagramação: Karin Caroline Romano; Fotos: Bruno Henrique Lopes; Carlos Alberto Valle Jr.; Fernando A. Lopes;

Leia mais

AVIFAUNA DO CAMPUS II DA UNIVERSIDADE FEEVALE, EM NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL AVIFAUNA FROM FEEVALE UNIVERSITY - CAMPUS II, NOVO HAMBURGO, RS, BRAZIL

AVIFAUNA DO CAMPUS II DA UNIVERSIDADE FEEVALE, EM NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL AVIFAUNA FROM FEEVALE UNIVERSITY - CAMPUS II, NOVO HAMBURGO, RS, BRAZIL 1 AVIFAUNA DO CAMPUS II DA UNIVERSIDADE FEEVALE, EM NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL AVIFAUNA FROM FEEVALE UNIVERSITY - CAMPUS II, NOVO HAMBURGO, RS, BRAZIL Jane Beatriz Teixeira 1 Marcelo Pereira de Barros 2

Leia mais

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EM FRAGMENTO DE MATA EM ÁREA URBANA, ANÁPOLIS, GOIÁS.

LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EM FRAGMENTO DE MATA EM ÁREA URBANA, ANÁPOLIS, GOIÁS. LEVANTAMENTO DA AVIFAUNA EM FRAGMENTO DE MATA EM ÁREA URBANA, ANÁPOLIS, GOIÁS. MORAES, Cristiane Gonçalves 1 ; MOTA, Elias Emanuel Silva 2 ; ARAÚJO, Naiara Priscila 3 1. Professora UniEVANGÉLICA, Anápolis

Leia mais

ITINERÁRIO E SISTEMÁTICA

ITINERÁRIO E SISTEMÁTICA Relatório de saída embarcada do Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre para observação de aves pelágicas Torres, RS 13 de junho de 2015 Total de espécies observadas: 14 INTRODUÇÃO O Clube de Observadores

Leia mais

Ecossistemas Humanos

Ecossistemas Humanos Ecossistemas Humanos Ecossistemas humanos Necessidades e desejos da população controle ambiental Ambientes completamente novos ecossistemas humanos Do ponto de vista humano, a biosfera pode ser dividida

Leia mais

Terminologia, Conceitos, definições e esclarecimentos...

Terminologia, Conceitos, definições e esclarecimentos... Terminologia, Conceitos, definições e esclarecimentos......para facilitar a comunicação sobre o Código Florestal Brasileiro!!! por Renata Evangelista de Oliveira FCA-UNESP- Doutorado em Ciência Florestal

Leia mais

1 Biodiversidade espécies brasileiras ameaçadas de extinção, sobreexplotadas exploração

1 Biodiversidade espécies brasileiras ameaçadas de extinção, sobreexplotadas exploração Sumário 1Biodiversidade...2 1.1Estados Unidos Também é Rico em Biodiversidade...3 2 Principais Animais em Extinção no Mundo...5 3Principais Animais em Extinção no Brasil...5 3.1.1Tabela com nível desmatamento

Leia mais

3.9. FAUNA 3.9.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Na elaboração deste Plano de Manejo, o procedimento adotado para caracterizar a fauna da ARIE do Morro do Boa Vista constituiu-se, basicamente, por levantamentos

Leia mais

Relatório da VII Oficina de Observação de Aves para Iniciantes realizada pelo COA-POA no Complexo Eólico Osório 06 de outubro de 2018

Relatório da VII Oficina de Observação de Aves para Iniciantes realizada pelo COA-POA no Complexo Eólico Osório 06 de outubro de 2018 Relatório da VII Oficina de Observação de Aves para Iniciantes realizada pelo COA-POA no Complexo Eólico Osório 06 de outubro de 2018 Observação de aves na área do Complexo Eólico Osório, durante a VII

Leia mais

Localiza-se na margem Norte do Estuário do Tejo, constituindo o único refúgio para a avifauna em toda esta margem do rio.

Localiza-se na margem Norte do Estuário do Tejo, constituindo o único refúgio para a avifauna em toda esta margem do rio. Localiza-se na margem Norte do Estuário do Tejo, constituindo o único refúgio para a avifauna em toda esta margem do rio. Localização Descrição do Sitio O sitio corresponde a: As Salinas de Alverca As

Leia mais

Lista das 75 Espécies Observadas em Barra do Ribeiro, RS. 17 de agosto de 2014.

Lista das 75 Espécies Observadas em Barra do Ribeiro, RS. 17 de agosto de 2014. Lista das 75 Espécies Observadas em Barra do Ribeiro, RS. 17 de agosto de 2014. Comentários específicos sobre algumas espécies. Elaboração: Kleber Pinto Antunes de Oliveira. Família Nome em Português Tinamidae

Leia mais

Tema Conservação da Biodiversidade Palestra: Carlos Alfredo Joly, DEPPT/MCT e IB/UNICAMP

Tema Conservação da Biodiversidade Palestra: Carlos Alfredo Joly, DEPPT/MCT e IB/UNICAMP Tema Conservação da Biodiversidade Palestra: Carlos Alfredo Joly, DEPPT/MCT e IB/UNICAMP BIODIVERSIDADE & POLÍTICA NACIONAL DE MUDANÇAS DO CLIMA Carlos A. Joly IB & NEPAM/UNICAMP Coordenador BIOTA/FAPESP

Leia mais

LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA ORNITOFAUNA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO

LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA ORNITOFAUNA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO XIII CONGRESSO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE DE POÇOS DE CALDAS LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA ORNITOFAUNA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO Silva, Cleber Vinicius Vitorio (1) ;

Leia mais

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS Profº Gustavo Silva de Souza Os Biomas Brasileiros O Brasil possui grande diversidade climática e por isso apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas

Leia mais