PROCEDIMENTO INTERNO REGULAMENTO DA COMISSÃO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS
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- Thomas de Almeida Figueiredo
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1 Índice Artigo 1.º... 2 (Disposições Gerais)... 2 Artigo 2.º... 2 (Objetivos)... 2 Artigo 3.º... 3 (Constituição e Nomeação)... 3 Artigo 4.º... 5 (Competências)... 5 Artigo 5.º... 6 (Reuniões e Funcionamento)... 6 Artigo 6.º... 8 (Disposições Finais)... 8 Pg. 1/8
2 Artigo 1.º (Disposições Gerais) As Feridas Agudas são feridas de fácil resolução se não se desviarem do processo de cicatrização fisiológico, pelo que, não justificam regulamentação em especial. As Feridas Crónicas atualmente designadas por feridas de difícil cicatrização são lesões com perda total da espessura da pele e que não cicatrizam após 4-6 semanas com terapêutica corretamente dirigida. Neste âmbito inserimos as ostomias pela sua cronicidade e continuidade de cuidados que implicam. Ambas são uma importante causa de morbilidade com implicações negativas na qualidade de vida do doente e família, associadas a elevados custos para os sistemas de saúde em todo o mundo. Pela sua elevada complexidade e pela dificuldade muitas vezes sentida pelas equipas de cuidados na abordagem a este tipo de utentes, foi criada a presente (CPTF), enquanto grupo institucional da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) que irá dedicar a sua atenção à prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e cuidados aos doentes ostomizados. Entendemos serem necessárias intervenções em equipa multidisciplinar, quer nos cuidados preventivos, quer curativos, quer de investigação e de melhoria contínua da qualidade das práticas. Este documento tem como principal objetivo regular a estrutura, organização e funcionamento da CPTF, assim como as atividades que o mesmo planeia, implementa e avalia. Artigo 2.º (Objetivos) 1. Objetivo Geral: Implementar normas de procedimento de modo a uniformizar, a prevenção e tratamento de Feridas na ULSCB. 1.1 Objetivos Específicos: a) Promover o acesso à formação e atualização científica dos elementos constituintes da Tratamento de feridas; b) Promover a formação dos prestadores de cuidados na prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização; c) Implementar sistemas de avaliação do risco de aparecimento de Feridas de difícil cicatrização; d) Elaborar guias de boas práticas, de modo a uniformizar procedimentos e reduzir custos na perspetiva da continuidade de cuidados atendendo às guidelines mais recentes; Pg. 2/8
3 e) Implementar um sistema de avaliação sistemática das Feridas de difícil cicatrização no âmbito de todas as Unidades de Prestação de Cuidados; f) Divulgar estado da arte no tratamento e prevenção da ferida crónica, em colaboração com os serviços farmacêuticos, permitindo a padronização dos novos apósitos; g) Promover a investigação clínica e epidemiológica relacionada com a prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização. 2 Objetivo Geral: Implementar orientações sistematizadas direcionadas para a pessoa com ostomia melhorando a qualidade em saúde; 2.1 Objetivos Específicos: a) Promover e realizar atividades de formação formal e informal aos enfermeiros da ULSCB; b) Elaborar guias de boas práticas de atuação na área da estomaterapia, permitindo a uniformização de procedimentos e redução de custos; c) Mobilizar a comissão para tomadas de decisões na contribuição das boas práticas em estomaterapia; d) Participar nas comissões de escolha de material e em todas as atividades referentes à atualização de material; e) Implementar um sistema de registos em estomaterapia permitindo a avaliação dos cuidados prestados; f) Promover e desenvolver atividades de investigação na área da estomaterapia. Artigo 3.º (Constituição e Nomeação) 1. A (CPTF) é uma comissão multiprofissional, constituído por elementos dos serviços e unidades de prestação de cuidados de saúde da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB). 2. Os membros efetivos serão divididos em três grupos: a) Um grupo coordenador das atividades, constituído por: - Um ou mais médicos de Cirurgia (a nomear pelo Conselho de Administração da ULSCB sob proposta do diretor de serviço respetivo); Pg. 3/8
4 - Um médico de Medicina geral e familiar (a nomear pelo Conselho de Administração da ULSCB); - Um Enfermeiro dos Centros de Saúde (a nomear pelo Conselho de Administração da ULSCB); - Enfermeiros dos serviços de internamento do Hospital Amato Lusitano, que estejam diretamente relacionados com doentes com feridas crónicas e ostomias e com formação diferenciada em feridas (inicialmente reunidos por vontade própria e divulgados em circular interna e posteriormente a nomear pelo Conselho de Administração da ULSCB sob proposta do enfermeiro Chefe ou responsável dos diferentes serviços); - Um farmacêutico da ULSCB, atualmente a Drª. Maria José (posteriormente a nomear pelo Conselho de Administração da ULSCB sob proposta do Diretor do respetivo serviço); - O grupo coordenador deverá eleger um Coordenador, da de entre os seus membros, atualmente dirigido pela Drª. Aida Paulino em colaboração com a Enfª. Isabel Costa; - Os membros do grupo coordenador devem dispor de 4 horas semanais ou seja dois dias por mês para atividades de coordenação. b) Um grupo executivo constituído por um Enfermeiro representante de cada um dos serviços e unidades, onde se prestam cuidados relacionados com feridas de difícil cicatrização, sendo nomeados pelo Conselho de Administração sob proposta do respetivo Enfermeiro Chefe/Responsável. Alguns Serviços e Unidades, considerando as suas necessidades, poderão indicar dois Enfermeiros. Os membros do Grupo Executivo devem dispor de 2 horas por semana ou seja um dia por mês para atividades executivas. c) Um grupo consultivo constituído por um Diabetologista, um psicólogo, um Nutricionista, um dermatologista, um fisioterapeuta, um membro da GCLPPCIRA e um Técnico Superior de Serviço Social, (nomeados pelo Conselho de Administração da ULSCB). Este Grupo pode recorrer à opinião/colaboração de consultores e/ou dinamizadores internos ou externos, sempre que o julgue necessário. Pg. 4/8
5 3. Esta deverá ter apoio administrativo a tempo parcial (8 horas semana) a designar pelo Presidente do Conselho de Administração da ULSCB. 4. Os elementos da CPTF deverão ser nomeados por períodos com a duração de 3 anos, a renovação far-se-á por nomeação, mantendo-se em funções até nova nomeação. Artigo 4.º (Competências) 1. O Grupo Coordenador da CPTF tem as seguintes competências: a) Coordenar a formação dos prestadores de cuidados na prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e estomoterapia em articulação com a estrutura de formação da ULSCB; b) Coordenar a implementação de sistemas de avaliação: Do risco de aparecimento de Feridas de difícil cicatrização nos utentes dos serviços de saúde da ULSCB; Das Feridas de difícil cicatrização que surjam nos utentes dos serviços de saúde da ULSCB; c) Coordenar a elaboração e implementação de guias de boas práticas de prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e cuidados ao doente ostomizado; d) Criar e manter em funcionamento um de apoio formativo/informativo sobre Feridas de difícil cicatrização e doente ostomizado (formalmente já criado, cptferidas@ulscb.min-saude.pt); e) Emitir pareceres sobre dúvidas ou questões relacionadas com Feridas de difícil cicatrização e doente ostomizado, colocadas pelos prestadores de cuidados; f) Emanar orientações sobre a prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e cuidados ao doente ostomizado; g) Assegurar a aplicação das orientações emanadas, através de auditorias a realizar nos diversos serviços de prestação de cuidados, relacionados com Feridas de difícil cicatrização e doente ostomizado; h) Emitir pareceres sobre materiais a adquirir pela instituição para a prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e cuidados à ostomia; i) Elaborar o seu plano de ação e respetivo relatório anual de atividades; j) Realizar ou apoiar a realização de estudos de investigação relacionados com Feridas de difícil cicatrização e doente ostomizado. Pg. 5/8
6 2. Para além das atribuições inerentes ao grupo coordenador, o Coordenador da deve ainda: a) Representar a ; b) Convocar as reuniões e presidir às mesmas; c) Coordenar a elaboração de normas e procedimentos a adotar pela ; d) Distribuir as tarefas pelos vários membros da ; e) Indicar o seu substituto nos seus impedimentos; f) Apresentar as decisões ao CA da ULSCB e aos responsáveis técnicos dos diversos departamentos/serviços/unidades; g) O Coordenador deve dispor de 8 horas por semana ou seja um dia por semana para atividades de coordenação. 3. O Grupo executivo tem as seguintes competências: a) Colaborar com o grupo coordenador: - Na formação dos prestadores de cuidados - Na implementação dos sistemas de avaliação - Na divulgação dos guias de boas práticas elaborados - Na divulgação das orientações adotadas - Na garantia do cumprimento das orientações adotadas - Na realização de estudos de investigação b) Assegurar, em articulação com os responsáveis pelos serviços farmacêuticos dos respetivos serviços a existência de stocks de material necessário à prevenção e tratamento de Feridas de difícil cicatrização e cuidados ao doente ostomizado. Artigo 5.º (Reuniões e Funcionamento) 1. Reuniões Gerais: Os membros da (grupo coordenador e executivo) deverão reunir-se em Assembleia-geral duas vezes por ano, em local e datas a marcar e divulgar pelo coordenador. a) Estas reuniões podem ser realizadas desde que estejam presentes, pelo menos em terço dos elementos da ; b) Todos os elementos pertencentes aos grupos Coordenador e Executivo têm o direito a voto nas decisões a serem tomadas; Pg. 6/8
7 c) As decisões devem ser tomadas por consenso ou por votação da maioria dos seus elementos. O Coordenador da tem voto de qualidade; d) Estas reuniões serão presididas pelo Coordenador da ou seu substituto, e secretariadas pelo administrativo; e) Nestas reuniões poderão também participar todos ou alguns dos membros consultivos ou outros, sob convocatória do coordenador da, no sentido de fornecerem parecer técnico quando considerado necessário. Estes elementos não têm direito de voto nas deliberações tomadas. 2. Reuniões do Grupo Coordenador: O Grupo Coordenador deverá reunir-se, de dois em dois meses, em local e datas a marcar e divulgar pelo Coordenador. Pode funcionar desde que estejam presentes, o Coordenador ou o seu substituto, no caso de impedimento deste, e pelo menos mais dois dos elementos constituintes do grupo. a) Estas reuniões serão presididas pelo Coordenador da e secretariadas pelo administrativo; b) As decisões devem obter-se por consenso ou por votação da maioria dos membros, tendo o Coordenador voto de qualidade; c) Nestas reuniões poderão também participar todos ou alguns dos membros consultivos, sob convocatória do Coordenador do grupo, no sentido de fornecerem parecer técnico quando considerado necessário. Estes elementos não têm direito de voto nas deliberações tomadas. 3. Outras Reuniões: a) Sempre que o coordenador da entenda por conveniente pode reunir com alguns dos membros efetivos e/ou consultivos, em local data e hora a marcar e divulgar por si; b) Nestas reuniões não poderão ser tomadas deliberações que alterem o normal funcionamento da comissão; c) A solicitação de qualquer dos elementos da, o coordenador poderá sempre convocar reuniões extraordinárias, quer gerais quer do grupo coordenador. Pg. 7/8
8 Artigo 6.º (Disposições Finais) 1. As dúvidas ou omissões que resultem da aplicação deste Regulamento deverão ser resolvidas pelo CA da ULSCB. 2. Este Regulamento entra em vigor no dia 1 do mês seguinte à sua homologação em Conselho de Administração, pelo período experimental de 1 ano, findo o qual passará a definitivo se não houver propostas de alterações; 3. O Regulamento deve ser revisto com a periodicidade máxima de 3 anos, podendo no entanto ser alterado em qualquer altura, por proposta de qualquer dos membros do Grupo, em reunião do grupo coordenador e aprovado em Assembleia-Geral por votação da maioria dos membros com direito a voto; 4. Os guias de boas práticas elaborados, após aprovação pelo CA da ULSCB, serão divulgados e tornam-se vinculativos para todos os serviços e pessoal das várias Unidades de Saúde. Pg. 8/8
Direcção-Geral da Saúde
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