Regimento Interno do Conselho Municipal de Juventude de Odemira
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- Fátima Giulia Antunes Carneiro
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1 Regimento Interno do Conselho Municipal de Juventude de Odemira As Autarquias são os órgãos que devido à sua proximidade com a população mais facilmente podem criar condições para uma efetiva participação dos cidadãos na definição dos planos de intervenção. Para o eficaz desenvolvimento de uma política de juventude é essencial conhecer as aspirações e anseios dos jovens do concelho designadamente nas questões ligadas ao emprego, educação, saúde, habitação, tempos livres, ambiente e outras problemáticas relacionadas com a juventude. Neste contexto, pretende-se que este órgão seja um espaço aberto de debate e partilha de opiniões, que lhes permita o direito a uma participação e cidadania ativa quer na resolução dos seus próprios problemas, bem como na procura das suas legítimas pretensões. Após publicação do Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Odemira, no passado dia 10 de Junho, e em cumprimento do previsto na Lei 8/2009, de 18 de Fevereiro, que cria o regime jurídico dos Conselhos Municipais de Juventude, com as alterações introduzidas pela Lei 6/2012, de 10 de Fevereiro, é elaborado o presente Regimento Interno que estabelece as regras de funcionamento deste Conselho, bem como a sua composição e competências. Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1.º Objeto O presente Regimento Interno tem por objeto a definição do modo de funcionamento e competências dos órgãos do Conselho Municipal de Juventude de Odemira, adiante designado por CMJO. Artigo 2.º Natureza O CMJO é o órgão consultivo da Câmara Municipal de Odemira para as questões relacionadas com a política da Juventude.
2 Artigo 3.º Fins O CMJO prossegue os seguintes fins: a) Colaborar na definição e execução das políticas municipais de Juventude, assegurando a sua articulação e coordenação com outras políticas sectoriais, nomeadamente nas áreas do emprego e formação profissional, habitação, educação e ensino superior, cultura, desporto, saúde e ação social; b) Assegurar a audição e representação das entidades públicas e privadas que, no âmbito municipal, prosseguem atribuições relativas à Juventude; c) Contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos indicadores económicos, sociais e culturais relativos à Juventude; d) Promover a discussão das matérias relativas às aspirações e necessidades da população jovem residente na área do Município de Odemira; e) Promover a divulgação de trabalhos de investigação relativos à Juventude; f) Promover, no concelho, iniciativas sobre a Juventude; g) Colaborar com os órgãos do Município no exercício das competências destes, relacionadas com a Juventude; h) Incentivar e apoiar a atividade associativa juvenil, assegurando a sua representação junto dos órgãos autárquicos, bem como junto de outras entidades públicas e privadas, nacionais ou estrangeiras; i) Promover a colaboração entre as associações juvenis concelhias no seu âmbito de atuação. Capítulo II Organização e Funcionamento Artigo 4.º Estruturas orgânicas 1. O CMJO é composto pelo respetivo Plenário e por uma Comissão Permanente. 2. Para a prossecução dos seus objetivos pode o CMJO deliberar a constituição de comissões eventuais de duração limitada. Artigo 5.º Âmbito Territorial O CMJO tem por âmbito territorial o concelho de Odemira.
3 Artigo 6.º Sede e Funcionamento O CMJO tem sede nas instalações do Município de Odemira, Praça da República, em Odemira, entidade responsável pelo apoio logístico ao seu funcionamento. Artigo 7.º Composição do CMJO 1. O CMJO é constituído por: a) Presidente da Câmara Municipal que preside ou em sua representação um (a) Vereador (a); b) Um membro da Assembleia Municipal de cada partido ou grupo de cidadãos eleitores representados na Assembleia Municipal; c) O representante do Município no Conselho Regional de Juventude; d) Um representante de cada associação juvenil com sede no Município inscrita no Registo Nacional de Associações Jovens (RNAJ); e) Um representante de cada associação de estudantes do ensino básico, secundário e ensino superior com sede no município; f) Um representante de cada federação de estudantes inscrita no RNAJ cujo âmbito geográfico de atuação se circunscreve à área do concelho ou nas quais as associações de estudantes com sede no município representem mais de 50% dos associados; g) Um representante de cada organização de juventude partidária com representação nos órgãos do Município ou na Assembleia da República; h) Um representante de cada associação jovem e equiparadas a associações juvenis, nos termos do n.º 3 do artigo 3º da Lei 23/2006, de 23 de Junho, de âmbito nacional. 2. O CMJO pode, por deliberação, atribuir o estatuto de Observador Permanente, sem direito de voto, a outras entidades ou órgãos públicos ou privados locais, nomeadamente a Instituições Particulares de Solidariedade Social sediadas no concelho de Odemira e que desenvolvam a título principal atividades relacionadas com a Juventude, bem como a associações juvenis ou grupos informais de jovens não registados no RNAJ. 3. O CMJO pode, por deliberação, convidar e participar nas suas reuniões, sem direito de voto, pessoas de reconhecido mérito, outros titulares de órgãos da autarquia, representantes das entidades referidas no número anterior que não disponham do estatuto de observador permanente, ou representantes de outras entidades públicas ou privadas cuja presença seja considerada útil para os trabalhos.
4 Artigo 8.º Substituição 1. As organizações representadas no CMJO podem substituir os seus representantes, em qualquer momento, mediante comunicação por escrito, em papel timbrado da organização respetiva, dirigida ao Presidente do CMJO. 2. Podem ainda ser substituídos, a título provisório, os seus representantes, sempre que seja impossível a sua presença nas reuniões plenárias, após autorização do Presidente do CMJO. 3. O Presidente solicitará, após deliberação do CMJO, às organizações representadas no CMJO, a substituição dos seus membros que faltem injustificadamente a duas reuniões seguidas. Artigo 9.º Duração do Mandato Os elementos que constituem o CMJO terão um mandato com a duração igual à do cargo que desempenham na entidade que representam. Secção I Do Plenário Artigo 10.º Plenário do CMJO 1. No início de cada mandato, o Plenário elege dois secretários de entre os seus membros que, juntamente com o Presidente constituem a mesa do plenário do CMJO. 2. As reuniões do CMJO devem ser convocadas em horário compatível com as atividades académicas e profissionais dos seus membros. 3. Os membros das entidades que constituem o CMJO têm, obrigatoriamente, de estar mandatados com poder de representatividade e decisão. Artigo 11.º Direção dos Trabalhos O Plenário é presidido pelo Presidente do CMJO ou, em sua representação, por um(a) Vereador (a).
5 Compete à Presidência do CMJO: Artigo 12.º Competências do Presidente a) Assegurar o seu regular funcionamento e presidir aos seus trabalhos; b) Convocar as sessões ordinárias e extraordinárias; c) Abrir e encerrar os trabalhos das sessões e das reuniões; d) Dirigir os trabalhos e manter a disciplina das reuniões; e) Assegurar o cumprimento das Leis e a regularidade das deliberações; f) Suspender ou encerrar antecipadamente as sessões e as reuniões, quando circunstâncias excecionais o justifiquem, mediante decisão fundamentada a incluir na ata da reunião; g) Comunicar às organizações/entidades as faltas do seu respetivo representante às reuniões do CMJO; h) Elaborar a Ordem de Trabalhos e proceder à sua distribuição; i) Encaminhar, em conformidade com o Regulamento e o Regimento, as iniciativas dos membros do CMJO; j) Assegurar a redação final das deliberações; l) Proceder à marcação e justificação de faltas dos membros do CMJO e das suas deliberações. Compete ao Plenário do CMJO: Artigo 13.º Competência do Plenário a) Aprovar o seu Regimento Interno; b) Proceder à constituição da Comissão Permanente; c) Criar comissões eventuais de duração limitada, sempre que consideradas necessárias para o tratamento de assuntos específicos; d) Aprovar o Plano Anual de Atividades; e) Eleger o representante do município no Conselho Regional de Juventude; f) Emitir e deliberar sobre qualquer parecer que seja solicitado. Artigo 14.º Competência do Secretário Compete ao Secretário coadjuvar o Presidente do CMJO, designadamente: a) Assegurar o expediente; b) Lavrar as atas das reuniões; c) Proceder à conferência das presenças nas sessões, assim como efetuar o registo das votações; d) Ordenar a matéria a submeter a votação; e) Organizar as inscrições dos membros do CMJO que pretendam usar da palavra e registar os respetivos tempos de intervenção;
6 f) Servir o escrutinador; g) Fazer as leituras necessárias durante as sessões. Artigo 15.º Reuniões Ordinárias e Extraordinárias 1. O CMJO reúne ordinariamente quatro vezes por ano, sendo uma destas obrigatoriamente no mês de Setembro para apresentar e discutir as linhas gerais de política de juventude e respetivo orçamento proposto pelo executivo municipal, assim como para que o CMJO possa apresentar eventuais propostas quanto a estas matérias. 2. O CMJO pode reunir em sessão extraordinária, por iniciativa do Presidente do CMJO, ou por solicitação de pelo menos de um terço dos elementos com direito a voto. 3. O CMJO reúne mediante convocatória escrita expedida, via correio ou , para esse efeito, pelo seu Presidente, com antecedência mínima de oito dias, devendo constar da mesma o dia, hora e local de realização do plenário e respetiva ordem de trabalhos. 4. Em casos de justificada urgência, a convocação poderá ser feita por fax, telefone ou correio eletrónico, com a antecedência mínima de três dias. 5. Cada membro do CMJO pode, anualmente, solicitar ao Presidente o agendamento de dois temas específicos para discussão. 6. Para os efeitos do número anterior, as propostas para a ordem de trabalhos devem ser enviadas ao Presidente do CMJO com a antecedência necessária (mínimo um mês), para que venham mencionadas na ordem de trabalhos da sessão posterior às solicitações a enviar a cada membro do CMJO. Artigo 16.º Direito de Voto 1. Nos termos do n.º 1 do artigo 15.º do Regulamento do Conselho Municipal da Juventude de Odemira, têm direito de participar nas votações de todas as matérias submetidas à apreciação do CMJO os membros identificados nas alíneas d) a h) do artigo 4.º do supracitado Regulamento. 2. O Presidente tem voto de qualidade em caso de empate. 3. As votações realizam-se por braço levantado e por escrutínio secreto sempre que se realize qualquer eleição ou estejam em causa pessoas ou quando solicitado pela maioria dos elementos com direito a voto. Artigo 17.º Quórum e Deliberações 1. O CMJO reúne desde que estejam presentes a maioria dos seus membros, excetuando o previsto no n.º 2 do presente artigo.
7 2. Caso trinta minutos após a hora marcada para o início da reunião não exista quórum, o CMJO reúne com os elementos presentes, devendo este facto constar na ata. 3. As deliberações são tomadas por maioria dos votos dos membros do Plenário do CMJO. 4. O Plenário pode deliberar não submeter à votação determinada proposta e endereçála para a Comissão Permanente a fim de a aprofundar e estudar. Secção II Da Comissão Permanente Artigo 18º Composição da Comissão Permanente 1. A Comissão Permanente é composta por elementos eleitos pelo Plenário do CMJO, tendo em conta a representação adequada das diferentes categorias, designadamente: a) O representante do Município no Conselho Regional de Juventude; b) Um representante das Associações Juvenis; c) Um representante de cada Associação de Estudantes do Ensino Secundário; d) Um representante de cada Organização de Juventude Partidária; e) Um representante das Associações de Jovens e equiparadas a Associações Juvenis. 2. O Presidente da Comissão Permanente é eleito pelo plenário do CMJO de entre os membros desta Comissão. Compete à Comissão Permanente: Artigo 19.º Competências da Comissão Permanente a) Coordenar as iniciativas do Conselho e organizar as suas atividades externas; b) Assegurar o funcionamento e a representação do Conselho entre as reuniões do plenário; c) Elaborar o Regimento Interno do CMJO; d) Executar as deliberações do Plenário do CMJO; e) Elaborar a proposta do Plano de Atividades Anual do CMJO e do respetivo relatório de execução; f) Proceder à montagem, do Sistema de Informação e Comunicação que promova a atualização e circulação permanente de informação entre os membros e a população em geral; g) Elaborar os pareceres e relatórios que lhe sejam solicitados pelo Plenário do CMJO; h) Estimular a colaboração ativa de outras organizações/entidades, públicas ou privadas, na prossecução dos fins do CMJO;
8 i) Promover o debate e a discussão de matérias relativas à política municipal de juventude, assegurando a ligação entre os jovens residentes no município e os titulares de órgãos da autarquia; j) Promover a realização e divulgação de estudos sobre a situação dos jovens residentes no município; 2. No exercício das suas competências, a Comissão Permanente pode solicitar a colaboração de outros membros que compõem o CMJO. Artigo 20.º Funcionamento da Comissão Permanente A Comissão Permanente reúne ordinariamente de dois em dois meses no local designado para a sede do CMJO. Artigo 21.º Publicidade e Atas 1. Poderá o CMJO publicitar as deliberações das reuniões, podendo ser apresentadas à comunicação social, após cada reunião, uma síntese dos trabalhos efetuados e respetivas deliberações. 2. De cada reunião é lavrada ata, com o resumo do que de essencial nela se tiver passado, indicando, designadamente, a data e o local da reunião, os membros presentes e ausentes, os assuntos apreciados, as decisões e deliberações tomadas, o resultado das respetivas votações e, bem assim, o facto da ata ter sido lida e aprovada, à qual será anexada a folha de presenças. 3. Os documentos emanados do CMJO, bem como as atas das respetivas reuniões, são distribuídas a todos os membros, junto com a convocatória da próxima reunião. A ata é lida e posta à votação na reunião seguinte. Capítulo III Disposições Comuns e Finais Artigo 22.º Revisão do Regimento Interno O presente Regimento Interno pode ser revisto por uma proposta de uma maioria de dois terços do CMJO, desde que para tal conste expressamente na ordem de trabalhos.
9 Artigo 23.º Omissões e Dúvidas Os casos omissos e as dúvidas que surjam na interpretação deste Regimento, serão resolvidas por deliberação do CMJO. Artigo 24.º Entrada em vigor O presente Regimento Interno entra em vigor após a sua aprovação, por maioria dos presentes em reunião do Plenário do CMJO.
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