Editorial. Ortodontia e a realidade social

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1 Ortodontia e a realidade social Mudanças na ordem social, geralmente, acontecem lentamente e resultam de transformações culturais e dos hábitos de uma população. A política, responsável entre outras coisas pela gerência da economia, da saúde, da educação e da cultura de um país, convive com um modelo administrativo desgastado e, muitas vezes, ineficiente. Com isto cresce a participação e o interesse do cidadão comum pela ação social. Organizações não governamentais (ONGs), sindicatos, associações de classe e bairros, e outras agremiações vêm, cada vez com mais freqüência, opinando sobre empreendimentos oficiais, buscando defender interesses e expectativas de seus membros e, por que não dizer, da sociedade em geral. A participação individual, fruto do comprometimento com a ética e a cidadania, é um fenômeno tão comum na atualidade que já podemos vislumbrar uma nova ordem social. Em nosso campo de atuação, a Odontologia, podemos encontrar diversos exemplos desta mudança. Para citar alguns deles, lembremonos dos milhares de cirurgiões-dentistas que prestam serviços em comunidades isoladas do país. Amazonas, Pará e outros estados que os acolhem, contam com pouquíssimos recursos para ajudar estes profissionais em sua tarefa. Continuemos e façamos uma pesquisa à procura dos responsáveis pela maioria dos projetos de grande repercussão social, voltados para a saúde bucal da população. Encontraremos vários envolvidos: ministérios, governos estaduais, conselhos regionais de odontologia, indivíduos e até empresas privadas. Atesta-se não irresponsabilidade governamental, mas prova-se a consciência social de cirurgiões-dentistas e instituições da área. Em outras situações, iniciativas de cursos de Odontologia em conjunto com associações de classe ou universidades, oferecem a opção de tratamentos odontológicos a preços populares, viabilizando implantes, aparelhos ortodônticos, próteses e toda uma gama de benefícios para a saúde bucal, antes inacessíveis à população carente. É certo que estas ações podem, também, simbolizar uma alternativa para a queda do poder econômico de odontólogos. Mas delas não se deve subtrair o mérito de trazerem uma nova qualidade de vida à sociedade em geral. Afinal, quem trabalha na área médica ou odontológica tem este objetivo arraigado em sua escolha pela profissão. A Organização Mundial da Saúde já reconhece que 80% da população mundial é portadora de algum tipo de má-oclusão. Este quadro, além de ser um importante dado científico, serve de apoio para a tendência de popularização dos tratamentos ortodônticos. Convênios entre entidades de classe e a iniciativa privada são boas opções para atender esta necessidade. Cada vez mais a sociedade os aceita e prescinde deles. Lógico que todos eles devem ser analisados (e fiscalizados) sob a ótica da clareza e da transparência de objetivos. Neste item valem a participação e a opinião pública. Editorial Com propósitos como estes e pequenas atitudes individuais, a Odontologia brasileira comprova seu importante papel na mudança de nossa sociedade. O cirurgião-dentista, o especialista, o mestre e o doutor em Odontologia exercem um papel símbolo para a comunidade. Eles encarnam o sucesso do conhecimento adquirido na faculdade, junto com as possibilidades que a ciência odontológica oferece. Quando se enxergam sob esta ótica e assumem conceitos como comprometimento e ação social, sem preconceitos, comprovam que cada indivíduo faz diferença quando os objetivos comuns visam a qualidade de vida e a valorização do ser humano. O editor R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, jan./fev. 2002

2 Entrevista O Prof. Dr. Kurt Faltin Jr, renomado ortodontista, é Doutor pela Universidade de Bonn -Alemanha e atua como Professor Titular do Curso de Graduação e Coordenador dos Cursos de Especialização e Mestrado em Ortodontia e Ortopedia Facial do Departamento de Odontologia da Universidade Paulista, UNIP - São Paulo. Também Professor Convidado do Departamento de Ortodontia e Ortopedia Facial da Universidade ULM -Alemanha. O Prof. Kurt já orientou e publicou inúmeros trabalhos de pesquisas, conseqüentemente, divulgando com sucesso a Ortodontia brasileira por toda a América Latina, pela Europa e pelos Estados Unidos, mostrando que no Brasil as pesquisas na área ortodôntica são significantes para a nossa querida especialidade. No decorrer desta entrevista, o Dr. Kurt demonstrará seu potencial científico, pois todos nós conhecemos seu amor e dedicação pela Ortodontia. Seus conhecimentos didáticos, científicos e profissionais atingiram uma posição de destaque no cenário nacional e internacional, conseguindo assim, uma posição de liderança e respeito por todos os profissionais e pesquisadores que o conhecem. José Fernando Castanha Henriques 1) Maus seguros de saúde pagam preços aviltantes. Não surtiram efeitos os apelos para que os CDs não aceitem estes convênios. A exemplo dos anestesistas e dos oculistas, que impõem seus preços para as seguradoras, a ABOR não poderia encampar esta luta? Seria uma gloriosa cruzada em benefício do paciente e da boa Ortodontia. Qual sua opinião a respeito? Cléber Bidegain Pereira A ABOR Associação Brasileira de Ortodontia Ortopedia Facial na sua origem não tem nos seus estatutos este objetivo e embora reconhecida e afiliada ao Conselho Federal de Odontologia ainda não se preocupou com essa questão. Até o momento a ABOR tratou de aglutinar a especialidade no Brasil através das entidades representativas estaduais e do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria GRUPO no sentido de uma prestação de serviços de excelência clínica e o seu reconhecimento na comunidade odontológica e populacional. Entendo que num futuro próximo estaremos aptos a encampar esta luta, mas por hora estamos auxilian- Kurt Faltin Jr. do no que nos é possível. 2) Com espanto, vejo na literatura expansões com 1 centímetro, na arcada inferior, com fins de ganhar espaço para alinhar dentes. Há algum limite fisiológico que possa servir de orientação para o clínico? Cléber Bidegain Pereira Em primeiro lugar é necessário saber que a expansão de 1 centímetro em qualquer arcada trará um ganho de espaço de somente 6 mm, isto é, 60%. Do ponto de vista biológico não é possível expandir a mandíbula, por se tratar de um osso único, após a consolidação da sínfise mentoniana. O limite fisiológico é o da expansão da arcada através da verticalização dos dentes superiores, portanto, absolutamente individual. Deveremos manter sempre uma curva da Wilson e uma pirâmide de Monson dentro da normalidade. Com o advento da ósteo-distração a expansão transversa da mandíbula, no paciente adulto se tornou uma realidade dentro da limitação do diagnóstico em cada paciente em particular. 3) Aqueles que não têm o privilégio de trabalhar com o Digi- Graph e utilizam as telerradiografias, onde os acidentes anatômicos, dos dois lados da face, sobrepõem-se com suas assimetrias, distorções e variações de posicionamento não lhe parece mais seguro utilizar, como referências, pontos cefa- R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 1-9, jan./fev

3 prima pela qualidade continuará a diagnosticar corretamente e a montar um plano apropriado de tratamento usando a melhor terapia a cada momento, de todas que tem à sua disposição. Quinto, o profissional mais completo, capaz de integrar todos métodos para a obtenção do melhor resultado em menos tempo, isto é, aquele que prima pela qualidade e excelência no atendimento clínico, será sempre o mais procurado. 28) De que forma o senhor acha que o MEC terá condições de adequar esta situação já que na maior parte das Universidades Brasileiras consta no Curriculum apenas a disciplina Ortodontia? Dione Maria Viana do Valle Uma nova especialidade criada pelo CFO não tem relação alguma com o MEC. Uma coisa é criar ou modificar uma especialidade, a outra é o MEC alterar o currículo obrigatório de disciplinas na graduação ou mesmo na pós-graduação em cuja área a CAPES também tem a sua influência. Até agora nem mesmo o MEC alterou a denominação da disciplina Ortodontia para Ortodontia e Ortopedia Facial. Possivelmente será criada uma comissão especial que deverá relatar que existem sobreposições de conceitos que levará a uma séria reflexão antes de qualquer decisão. Mesmo porque são pouquíssimos os professores com titulação que poderão aspirar um cargo de professor titular para organizar uma nova disciplina. Somos de opinião que muita água ainda irá passar debaixo desta ponte e que ao final tudo será unido e integrado novamente, pois este é o caminho suportado pela biologia do nosso aparelho estomatognático. Cléber Bidegain Pereira - Consultor Científico da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Maxilar na área de Informática na Ortodontia. - Cinco Livros editados, 91 Trabalhos publicados, 105 conferências e 41 cursos ditados no Brasil e Exterior. - Pesquisador no Burlington Growth Center da Universidade de Toronto. - Seis Medalhas, entre elas Dr. Luiz Cesar Pannain - Ortodontia Membro da Academia Gaúcha de Odontologia. Dione Maria Vianna de Valle - Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo USP/Bauru. - Responsável pelo setor de Ortodontia do Núcleo de Atendimento ao Portador de Defeitos de Face do Instituto Materno- Infantil de Pernambuco. Flávio Vellini Ferreira - Livre Docente em Anatomia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP em Diretor da Faculdade de Odontologia da Zona Leste de São Paulo (UNICID) de 1970 até a presente data. - Publicou o livro Ortodontia Diagnóstico e Planejamento Clínico. - Pós-Graduado em Bioestatística pela USP. - Professor Adjunto do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. João Maria Baptista - Especialista em Ortodontia. - Professor do Curso de Pós- Graduação em Ortodontia da Universidade Federal do Paraná. - Professor Convidado de Cursos de Especialização em São Paulo e Mato Grosso do Sul. - Autor dos Livros: Tração Extrabucal: Diagnose e Terapia. Fundamentos em Cefalometria Clínica. Fundamentos da Oclusão e da Articulação Temporomandibular. Técnicas Ortodônticas e Suas Versões. José Fernando Castanha Henriques - Professor Titular da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo - FOB- USP. - Coordenador do Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em nível de Doutorado da FOB-USP. - Professor do Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em nível de mestrado da FOB-USP. - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia da FOB-USP. - Professor dos Cursos de Graduação em Odontologia e Fonoaudiologia da FOB- USP. Renato Rodrigues de Almeida - Freqüentou 155 cursos de atualização. - Doutor em Ciências Ortodontia, pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, em Professor Titular da Cadeira de Ortodontia, da Faculdade de Odontologia de Lins. - Publicou 4 obras didáticas, 3 capítulos de livros, 5 trabalhos científicos publicados em revistas internacionais, 45 trabalhos científicos publicados em revistas nacionais e 24 comunicações científicas. 8 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 1-9, jan./fev. 2002

4 Rolf Marçon Faltin - Mestre em Biologia Celular e Tecidual pela Universidade de São Paulo (ICB/USP). - Doutor em Ortodontia- Ortopedia Facial pela Universidade de ULM, Alemanha. - Professor Titular do Curso de Graduação e Pós-Graduação em Ortodontia-Ortopedia Facial, Departamento de Odontologia, Universidade Paulista - Pesquisador Associado do Laboratório de Biologia dos Tecidos Mineralizados (LBTM), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) - Pesquisador Associado do Departamento de Ortodontia da Universidade de ULM, Alemanha - Fellow da World Federation of Orthodontics (Federação Mundial de Ortodontia). Solange M. de Fantini - Graduada pela Faculdade de Odontologia de Bauru USP - Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. - Professora da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da FOUSP. - Professora do Centro de Estudos e Ensino Ortodônticos CEEO. - Professora do Curso de Especialização em Ortodontia da UNITAU - Universidade de Taubaté. Weber Ursi - Consultor Científico da Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Maxilar na área de Ortodontia. - Graduado em Odontologia pela Universidade Estadual de Londrina PR. - Mestrado e Doutorado em Ortodontia na Faculdade de Odontologia de Bauru USP. - Professor do Curso de Especialização em Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de São Paulo, Campus de São José dos Campos/SP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 1-9, jan./fev

5 Cursos e Eventos Curso Roth & Anka Data: 14/15 e 16 de março de 2002 Local: Campos do Jordão - SP Informações: (11) (11) º Congresso Internacional de Odontologia Cataratas do Iguaçu Data: 18 a 20 de abril de 2002 Local: Foz do Iguaçu - PR Informações: (45) alvo@alvoeventos.com.br ORTO Brasília 2 o Meeting Internacional 20 a 22 de junho de 2002 ORTO Brasília 2 o Meeting Internacional Data: 20 a 22 de junho de 2002 Local: Brasília - DF Informações: (61) º Congresso Internacional de Odontologia Cursos Nacionais, Internacionais e Work Shops Data: 4 a 7 de setembro de 2002 Local: Colégio Marista Pio XII - Ponta Grossa - Pr Informações: (42) abopg@convoy.com.br 13º Congresso Brasileiro de Ortodontia Data: 16 a 19 de outubro de 2002 Local: Expo Center Norte - São Paulo - SP Informações: (11) (11) eventos@vmcom.com.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 11, jan./fev

6 Acontecimentos Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia é sucesso no Recife Realizado em outubro último, em Recife/PE, o III Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia (ABOR) foi sucesso de público, congregando quase participantes do Brasil, além de contar com a presença de ortodontistas portugueses. Os cursos e palestras ministrados ao longo dos dias 18, 19 e 20 de outubro comprovaram o valor que o profissional brasileiro vem demonstrando pelo aprimoramento e ao conhecimento científico. Como presidente do Congresso, a Profa. Dione Maria Viana do Valle representou, com grande competência, a participação cada vez mais ativa dos profissionais do norte e nordeste nas atividades científicas da ortodontia nacional. Outro destaque da ocasião foi a aprovação dos Estatutos do Board Brasileiro de Ortodontia-Ortopedia Facial (BBO). Contando com uma diretoria legitimada por meio de exames realizados durante o último Congresso da American Association of Orthodontics (AAO), Toronto, maio de 2001, o BBO é uma iniciativa pioneira na odontologia brasileira que poderá respaldar e servir de modelo para outras especialidades. Durante o congresso o presidente do BBO, Roberto Mario Lima Filho e o presidente eleito, Carlos Jorge Vogel, divulgaram os nomes da diretoria composta pelos doutores: Telma Martins de Araújo, José Nelson Mucha, Ana Maria Bolognese, Estélio Zan, Francisco Damico e Anna Letícia Lima. A missão de transformar o Board Brasileiro em um instrumento que estimule a obtenção de padrões de excelência clínica no exercício da ortodontia, abraçada por todos os diretores, foi amplamente aceita pela comunidade ortodôntica nacional. O próximo Congresso da ABOR acontecerá no ano de O estado escolhido, Paraná, representado pela Sociedade Paranaense de Ortodontia (SPRO) já está se mobilizando, aguardando com grande expectativa congressistas, professores, diretoria da ABOR, expositores e todos que visitarem o evento em busca da excelência na ortodontia. Abertura oficial do III Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia - Recife - Outubro de A presidente do Congresso, Dione Maria Viana do Valle e o presidente da ABOR, Kurt Faltin Jr., fazem a abertura do evento. Diretoria da Associação Brasileira de Ortodontia e diretores do Board Brasileiro de Ortodontia. 12 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 12, jan./fev. 2002

7 Artigo Inédito Avaliação da Estabilidade Esquelética e Dentária das Medidas Cefalométricas após Cinco Anos, em Pacientes com o Ângulo ANB Inicial maior que 4º, tratados Ortodonticamente com Extrações dos Quatro Primeiros Pré-Molares* A Five-Year Evaluation of Cephalometric Measurements in Patients that Displayed over than four-anb-initial-angle-degree, treated by Means of Orthodontic Appliances and the Four First Bicuspids Extraction Ana Carla Raphaelli Nahás Resumo Este trabalho teve como objetivo avaliar cefalometricamente a estabilidade das medidas SNA, SNB, ANB, 1.NA, 1-NA, _ 1.NB, 1-NB, 1.ENP-ENA, IMPA e 1. 1 a longo prazo, de pacientes com o ângulo ANB inicial maior que 4º, tratados ortodonticamente com extrações dos quatro primeiros pré-molares e verificar, paralelamente a isto, se foram realizadas as compensações dentárias na mecânica ortodôntica e se estas foram preservadas cinco anos após o término do tratamento. Vinte e sete pacientes foram analisados no início (T 1 ), no final (T 2 ) e cinco anos após a finalização terapêutica (T 3 ). De acordo com os resultados estatisticamente obtidos, todas as medidas estudadas entre as fases inicial e final se alteraram significantemente refletindo a influência da mecânica ortodôntica sobre os movimentos dentários e entre as fases final e cinco anos após, todas as medidas permaneceram estáveis. Obtiveram-se as compensações dentárias necessárias no final do tratamento ortodôntico e estas foram preservadas a longo prazo. INTRODUÇÃO Apesar das inúmeras pesquisas realizadas na tentativa de se determinar os prognósticos da estabilidade ortodôntica a longo prazo, encontram-se poucas evidências na literatura de estudos relacionando as inclinações axiais dos dentes anteriores e a recidiva ortodôntica 10. O primeiro a incluir os incisivos inferiores no planejamento dos casos clínicos, como critério fundamental para a obtenção de uma oclusão normal, foi Tweed 25,26,27, na década de 40. Tempos depois, Steiner 22,23,24 preconizou uma análise baseada empirica- * Dissertação (Mestrado) Ana Carla Raphaelli Nahás** Marcos Roberto de Freitas*** Arnaldo Pinzan**** José Fernando Castanha Henriques***** Guilherme dos Reis Pereira Janson****** Renato Rodrigues de Almeida******* Palavras-chave: Compensação dentária. Estabilidade. Ortodontia. ** Mestre em Odontologia, área de Ortodontia, pela Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. *** Professor Associado e Chefe do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo; coordenador do curso de Pósgraduação ao nível de Mestrado e orientador do trabalho. **** Professor Associado do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo; Professor Titular da Disciplina de Ortodontia da Universidade do Sagrado Coração e Professor Titular da UNICID. ***** Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo; coordenador do curso de Pós-graduação ao nível de Doutorado. ****** Professor Associado do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. ******* Professor Assistente da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP, Professor responsável pela Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Lins-UNIMEP e Professor Titular de Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo-UNICID. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

8 das variáveis em questão, ou seja, quanto maior o ângulo 1.NA em T 1 por exemplo, _ menor se mostra o ângulo De acordo com os dados obtidos, o ângulo interincisivos se tornou significantemente mais obtuso durante o período ativo de tratamento como resultado da grande lingualização e retração dos incisivos superiores e inferiores, mostrando realmente a realização das compensações dentárias nos segmentos anteriores dos arcos dentários, justamente pela necessidade de mascarar as discrepâncias esqueléticas no sentido sagital devido à falta de crescimento mandibular principalmente, podendo ser evidenciado nesta análise pelos valores não estatisticamente significantes do ângulo ANB nas três fases de estudo. O ângulo interincisivos, de acordo com esta pesquisa é uma excelente medida para se usar nas análises cefalométricas, no afã de se verificar as compensações dentárias realizadas. Os pacientes, componentes desta amostra, foram tratados ortodonticamente com sucesso no que tange a estabilidade destas medidas pós-tratamento, compensando satisfatoriamente as discrepâncias entre os ossos maxila e mandíbula. Discussão geral Nesta pesquisa, em geral, as mudanças que ocorreram durante o tratamento ativo foram maiores que as do período seguinte. Suave tendência das posições e inclinações axiais dos dentes anteriores em recidivarem para os valores pré-tratamento foi unânime em todas as medidas estudadas, embora estatisticamente não significantes. Contudo, observou-se uma grande variação individual. A variação individual é atribuída a diversos fatores como o padrão de crescimento facial 20, o crescimento pós-tratamento 19,20, às forças musculares 15,20,33 e as oclusais 31. Diagnosticada a grande variabilidade entre os componentes da amostra, realizou-se, também, a análise estatística para verificar possíveis diferenças quanto aos gêneros. Perante os resultados, os valores médios do gênero feminino foram _ maiores para os ângulos ANB e 1.NB na fase T 3. De acordo com a metodologia empregada, com os resultados obtidos e com diversos trabalhos anteriores 3,10,19,20 não se deve seguir à risca os valores estabelecidos por várias análises no planejamento dos casos ortodônticos e nem considerar os valores médios, obtidos desta pesquisa por exemplo, como valores absolutos. O paciente deve ser tratado de modo particular, pois cada caso é um caso. Em relação à recidiva do apinhamento ântero-inferior tardio de casos tratados ortodonticamente, não pode ser correlacionada às variáveis estudadas desta pesquisa. A recidiva é um fenômeno de processo lento e de causa multifatorial. Cabe ao profissional executar, com os aparelhos ortodônticos, movimentos precisos dos elementos dentários, supervisar o período pós-tratamento e tentar individualizar os aparelhos de contenção. CONCLUSÕES Os dados obtidos a partir da metodologia empregada indicaram: Todas as medidas cefalométricas se alteraram de modo significativo entre as fases de estudo inicial e final refletindo a influência da mecânica ortodôntica sobre os movimentos dentários; Entre as fases de estudo final e cinco anos após, todas as medidas cefalométricas mantiveram-se estáveis; No final do tratamento ortodôntico, as compensações dentárias foram obtidas e cinco anos após, permaneceram estáveis. Abstract The main objective of this study was to evaluate the long-term stability of the following cephalometric measurements: _ SNA, _ SNB, ANB, 1.NA, 1-NA, 1 _.NB, 1-NB, 1.PNS- ANS, IMPA, This analysis was carried out in patients that displayed an ANB initial angle over than 4 degrees, orthodontically treated which had the four first bicuspids extracted. Alternatively, this study also determined the influence of the proposed treatment at the dentobasal arrangements by orthodontic mechanics and its preservation after five years of treatment completion. The sample of this study was comprised of twenty-seven patients that were assessed at the beginning (T 1 ), at the end (T 2 ) and five years later (T 3 ). According to the statistically obtained results, all the studied measurements, between phases T 1 and T 2, significantly changed reflecting the influence of orthodontic mechanics on the dental movement. Between the T 2 and T 3 phases, all the measurements remained stable. By the end of the orthodontic treatment all the necessaries dental arrangements were performed and preserved in a long-term fashion. Key words: Dental arrangements. Orthodontics. Stability. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

9 REFERÊNCIAS 1 - BISHARA, S. E.; CUMMINS, D. M.; ZAHER, A. R. Treatment and posttreatment changes in patients with Class II, division 1 malocclusion after extraction and nonextraction treatment. Am J Orthod, St. Louis, v.11, no.1, p.18-27, Jan BJÖRK, A.; PALLING, M. Adolescent age changes in sagittal jaw relation, alveolar prognathy, and incisal inclination. Acta Odontol Scand, Stockholm, v.12, p , BRODIE, A. G. Does scientific investigation support the extraction of teeth in orthodontic therapy? Am J Orthod, St. Louis, v. 30, no. 8, p , Aug COLE, H. J. Certain results of extraction in the treatment of malocclusion. Angle Orthod, Appleton, v. 18, no. 3-4, p , July/Oct EL-MANGOURY, N. H. Orthodontic relapse in subjects with varying degrees of anteroposterior and vertical dysplasia. Am J Orthod, St. Louis, v. 75, no.5, p , May GRABER, T.M. A critical review of clinical cephalometric radiography. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 40, no. 1, p.1-26, Jan HASUND, A.; ULSTEIN, G. The position of the incisors in relation to the lines NA e NB in different facial types. Am J Orthod, St. Louis, v. 57, no.1, p.1-14, Jan HOLDAWAY, R..A. Changes in relationship of points A and B during orthodontic treatment. Am J Orthod, St. Louis, v. 42, no.1, p , Jan KEATING, P. J. The treatment of bimaxillary protrusion. Br J Orthod, London, v.13, no. 4, p , Oct LENZ, G. J.; WOODS, M. G. Incisal changes and orthodontic stability. Angle Orthod, Appleton, v. 69, no.5, p , Oct LITOWITZ, R. A. study of the movements of certain teeth during and following orthodontic treatment. Angle Orthod, Appleton, v.18, no.3-4, p , July/Oct MARGOLIS, H. I. The axial inclination of the mandibular incisors. Am J Orthod, St. Louis, v. 29, no. 10, p , Oct MILLS, J. R. E. The long-term results of the proclination of lower incisors. Br Dent J, London, v. 120, no.8, p , Apr MILLS, J. R. E. A long-term assessment of the mechanical retroclination of lower incisors. Angle Orthod, Appleton, v. 37, no. 3, p , July PROFFIT, W. R. Muscle pressures and tooth position: north american whites and australian aborigines. Angle Orthod, Appleton, v. 45, no.1, p.1-11, Jan RICKETTS, R. M. The influence of orthodontic treatment on facial growth and development. Angle Orthod, Appleton, v. 30, no. 3, p , July RICKETTS, R.M. Perspectives in the clinical application of cephalometrics. Angle Orthod, Appleton, v. 51, no. 2, p , Apr RIEDEL, R. A. The relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in normal occlusion. Angle Orthod, Appleton, v. 22, no. 3, p , July SCHAEFFER, A. Behavior of the axis of human incisor teeth during growth. Angle Orthod, Appleton, v.19, no. 4, p , Oct SOLOW, B. The dentoalveolar compensatory mechanism: background and clinical implications. Br J Orthod, London, v. 7, p , STEINER, C. C. Cephalometrics in clinical practice. Angle Orthod, Appleton, v. 29, no. 1, p. 8-29, Jan STEINER, C. C. Instructions for using cephalometric measurements for treatment planning and assessment, as used in the Steiner analysis. Hawaiian Orthod Soc, Apr STEINER, C. C. The use of cephalometrics as an aid to planning and assessing orthodontic treatment. Am J Orthod, St. Louis, v. 46, no.10, p , Oct STEINER, C. C. Cephalometrics as a clinical tool. In: KRAUS, B.S.I.; RIEDEL, R. A. Vistas in Orthod. Philadelphia: Lea&Febige, p TWEED, C.H. Indications for the extraction of teeth in orthodontic procedure. Am J Orthod Oral Surg, Chicago, v. 30, no.8, p , Aug TWEED, C. H. A philosophy of orthodontic treatment. Am J Orthod Oral Surg, Chicago, v. 31, no. 2, p , Feb TWEED, C. H. The Frankfort mandibular plane angle in orthodontic diagnosis, classification, treatment planning, and prognosis. Am J Orthod Oral Surg, Chicago, v. 32, no. 4, p , Apr TWEED, C. H. The frankfort mandibular incisor angle (FMIA) in orthodontic diagnosis, treatment planning and prognosis. Angle Orthod, Appleton, v. 24, no.3, p , July TWEED, C. H. The diagnostic facial triangle. Clin Orthod, Boulder, p. 6-12, TWEED. C. H. The diagnostic facial triangle in the control of treatment objectives. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 55, no.6, p , June VILELLA, O.V.; MUCHA, J.N. Avaliação cefalométrica da estabilidade dos incisivos inferiores pós-contenção ortodôntica. Ortodontia, São Paulo, v. 29, n.1, p , jan./abr VION, P. E. Anatomia telerradiográfica em norma lateralis. In:. Anatomia cefalométrica. São Paulo: Ed. Santos, p WEINSTEIN, S.; HAACK, D. C.; MORRIS, L.Y.; SNYDER, B. B.; ATTAWAY, H.E. On an equilibrium theory of tooth position. Angle Orthod, St. Louis, v. 33, no.1, p.1-26, Jan Endereço para correspondência Ana Carla Raphaelli Nahás Rua Guilherme de Almeida, 4-65 apto. 91 Bairro Aeroporto CEP Bauru - São Paulo ananahas@travelnet.com.br 26 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

10 Artigo Inédito Avaliação da Correlação entre as Características Dentárias Esqueléticas e Tegumentares em Portadores de Má Oclusão Cl. II Div. 1 a, obtidas pela Cefalometria e Análise Facial Numérica * Evaluation of the Correlation between the Dental, Skeletal and Tegumental Characteristics in Class II-1 Subjects, by means of the Cephalometric and Numeric Facial Analysis Adriana Maria Bueno Brandão Resumo O presente estudo objetivou avaliar a correlação entre as características dentárias, esqueléticas e tegumentares da má oclusão Cl. II div.1 a obtidas por meio da cefalometria e do exame facial numérico, em um grupo de 30 indivíduos masculinos e femininos, leucodermas, com idades entre 12 e 16 anos. Foram encontradas correlações estatisticamente significantes para as seguintes grandezas: mandíbula e grau de convexidade tegumentar; convexidade esquelética e convexidade tegumentar; convexidade esquelética e ângulo da linha queixo-pescoço; protrusão dos incisivos inferiores e ângulo labiomental; comprimento mandibular e ângulo da linha queixo pescoço; altura facial do terço médio esquelético e tegumentar; altura facial do terço inferior esquelético e tegumentar. INTRODUÇÃO O tratamento baseado apenas em análises de modelos ou em padrões cefalométricos esqueléticos, sem o exame facial, não é totalmente o mais comple- to; supor que a correção da má oclusão baseada em padrões cefalométricos estipulados por valores médios leva à correção da estética facial nem sempre é verdadeiro e pode, em alguns casos, levar a resultados faciais aquém dos desejáveis (ARNETT; BERGMAN 1, 1993). A confiabilidade do diagnóstico em radiografias laterais exige, indubitavelmente, a padronização da técnica, que deve ser realizada preferencialmente por observadores treinados, para que se cumpram algumas regras essenciais durante a obtenção da radiografia, tais como lábios em repouso, dentes em oclusão, postura natural da cabeça, evitando postura flexionada ou estendida (MOORREES 19, 1992). Para maior eficiência e compreensão das configurações esquelético faciais, alguns autores até sugerem registros extracranianos com o propósito de referência (HILLESUND et al. 10, 1978; SPRADLLEY et al. 23, 1981; BASS 4, 1991). Assim também ocorre com a observação fotográfica, que atua como excelente recurso de diagnóstico. Entretanto, considerando as várias constituições, *Parte da Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) para obtenção do título de Mestre em Odontologia (área de Ortodontia) Adriana Maria Bueno Brandão** Jorge Abrão*** Leopoldino Capelozza Filho**** Palavras-chave: Má oclusão Cl II div. 1ª. Perfil. Análise Cefalométrica. ** Mestre em Odontologia, Área de concentração Ortodontia, pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). *** Professor Associado do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). **** Professor Doutor da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP) e Responsável pelo setor de Ortodontia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC USP), Bauru-SP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

11 Abstract The purpose of this study was to evaluate the correlation between the dental, tegumental and skeletal characteristics of Class II-1 adolescents by means of the cephalometric and numeric facial analysis. The sample consisted of 30 white adolescents, males and females, age ranging from 12 to 16 years old. The following measurements presented statistical significant results: mandible and tegumental convexity degree; skeletal convexity and tegumental convexity; skeletal convexity and chin-neck line; protusion of the lower incisors and labiomental angle; mandibular length and chin-neck line angle; tegumentar and skeletal facial median 1/3 high; tegumentar and skeletal facial lower 1/3 high. Key words: Class II/1 malocclusion. Profile. Cephalometric analysis. REFERÊNCIAS 1 - ARNETT, G. W.; BERGMAN, R. T. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning - part I. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 103, no. 4, p , Apr ARNETT, G. W.; BERGMAN, R.T. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning - part II. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis. v. 103, no. 5, p , May AUGER, T. A.; TURLEY, P. K. The female soft tissue profile as presented in fashion magazines during the 1900s: A photographic analysis. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 14, no. 1, p. 7-18, BASS, N. M. The aesthetic analysis of the face. Eur J Orthod, London, v. 13, no. 5, p , BISHARA, S. E. et al. Changes in dentofacial structures in untreated Class II division 1 and normal subjects: a longitudinal study. Angle Orthod, Appleton, v. 67, no. 1, p , BISHARA, S. E. Mandibular changes in persons with untreated and treated Class II division 1 malocclusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 113, no. 6, p , june BITTNER, C.; PANCHERZ, H. Facial morphology and malocclusions. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 97, no. 4, p , Apr CLAMAN, L. et al. Standardized portrait photography for dental patients. 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Estudo cefalométrico das características da má oclusão de classe II div.1 a, em fase de dentadura mista (Parte I). Ortodontia, São Paulo, v. 31, n. 2, p.53-68, Maio/ Agosto MERRIFIELD, L. L. The profile line as an aid in critically avaluating facial esthetics. Am J Orthod, St. Louis, v. 57, no.11, p , Nov MICHIELS, G.; SATHER, A.H. Validity and reliability of facial profile evaluation in vertical and horizontal dimensions from lateral cephalograms and lateral photographs. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 9, no.1, p , MOORREES, C. F. Analysis of the facial profile commentary. Angle Orthod, Appleton, v. 62, no. 2, p. 133, POWELL, N.; HUMPHREYS, B. Proportions of the aesthetic face. New York: Thieme-Stratton, p. 5-7; RICKETTS, R.M. Esthetics, environment, and the law of lip relation. Am J Orthod, St. Louis, v. 54, no. 4, p , Apr SKINAZI, G. L. S. et al. Chin, nose, and lips, normal ratios in young men and women. 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Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v.101, no. 6, p , June Endereço para correspondência Adriana M. B. Brandão Av. General Mello Cuiabá-MT Unifaces@zaz.com.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

12 Artigo Inédito Análise do Perfil Facial em Fotografias Padronizadas* Facial Profile Analysis in Standardized Photographs Régis Reche Resumo O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise do perfil facial em fotografias padronizadas, que possa ser realizada como rotina no diagnóstico e planejamento ortodôntico, de modo simples, prático e confiável. A análise do perfil facial usada neste trabalho foi realizada em fotografias padronizadas com tamanho 10 X 15 cm coloridas, em uma amostra de 40 indivíduos do sexo feminino, com média de idade de 22 anos, normoclusão, perfil agradável, leucodermas, sem tratamento ortodôntico prévio, com a cabeça na posição natural, mandíbula em posição de repouso e lábios relaxados. Foram analisadas 14 variáveis faciais, incluindo medidas lineares, angulares e proporcionais, submetidas a testes estatísticos. Este trabalho concluiu que uma análise do perfil facial em fotografias, baseando-se exclusivamente em pontos do tecido mole, mostrou-se como um método auxiliar confiável e útil no diagnóstico e planejamento ortodôntico. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA A estética facial é um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico 5,13, 14,31,32,34,36,42. Com isso, a análise do perfil facial vem recebendo, atualmente, muita importância no diagnóstico e planejamento ortodôntico. O desejo de melhorar a estética dentofacial é uma das razões pelas quais os pacientes procuram o tratamento 27, principalmente numa faixa etária mais jovem 42, pois é importante para sua auto-estima 21. Os conceitos atuais no diagnóstico e planejamento ortodôntico buscam o equilíbrio e a harmonia entre os diversos traços faciais, levando em consideração, principalmente, o perfil tegumentar. Sendo assim, deve-se tratar a dentição, sob o ponto de vista estético, em função da face do paciente e não modificar a face em função de uma máoclusão, quando esta estiver em harmonia 6. Considerando que os objetivos do * Resumo da Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da EAP-ABO, Curitiba - PR. Régis Reche ** Vera Lúcia Colombo ** Janaína Verona *** Carlos Alberto Moresca **** Alexandre Moro ***** Palavras-chave: Análise facial. Perfil facial. Ortodontia. Fotografias padronizadas. ** Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela EAP-ABO, Curitiba PR. *** Aluna do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da EAP-ABO, Curitiba PR. **** Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela UFPR, Professor da disciplina de Oclusão da PUC-PR. ***** Mestre pela UMESP, Doutor em Ortodontia pela FOB-USP, Prof. do Departamento de Anatomia da UFPR, Prof. dos Cursos de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da UFPR e ABO Curitiba - PR. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

13 QUADRO 1 Normal Variáveis Obtido / / Desvios Linear Linha de Burstone (Li) Linha de Burstone (Ls) Linha de Ricketts (Li) Linha de Ricketts (Ls) Comprimento da linha mento-pescoço Comprimento do nariz Comprimento maxilar Comprimento mandibular 1mm ± mm ± mm ± mm ± mm ± mm ± mm ± mm ± 3.50 Angular Ângulo nasolabial Ângulo da convexidade facial Ângulo da convexidade facial total Cone facial de Reche 112º ± º ± º ± º ± 2.50 Proporcional Proporção facial total Proporção do 1/3 inferior 1 : 1 1 : 2 nasolabial, ângulo da convexidade facial, proporção facial total, proporção do 1/3 inferior e a inclinação do plano horizontal de Frankfurt; c) foram encontradas diferenças estatísticas significantes para as medidas da Altura facial ântero-inferior (AFAI) e do Cone facial de Reche entre a posição de repouso e em máxima intercuspidação habitual - o que indica que apenas uma dessas posições deve ser a utilizada em uma análise do perfil facial em fotografias padronizadas - e a posição sugerida por este estudo, é a de repouso; d) a análise do perfil facial em fotografias padronizadas é válida em uma documentação ortodôntica, pois é útil, prática, de baixo custo, facilmente esclarecida ao paciente e confiável. Abstract The purpose of this research is to evaluate a facial profile analysis using standardized photographs in order to be used as a routine procedure in the orthodontic practice in a simple, practical and reliable way. The sample used consisted of 40 white female subjects with a mean age of 22 years. They presented a pleasant profile, normal occlusion, and had not been treated previously. Colorful standardized 10X15 cm photographs were obtained with the patients in their natural head position. Fourteen facial variables were analyzed with linear, angular and proportional measurements, submitted to statistical tests. The results of this study indicated that a facial profile analysis in photographs, based only on the soft tissue of the face, is a reliable and useful method in the diagnosis and orthodontic treatment planning. Key words: Facial analysis. Facial profile. Orthodontics. Standardized photographs. REFERÊNCIAS 1 - ANGLE, E. H. Classification of malocclusion. Dental Cosmos, Philadelphia, v. 41, no. 2, p , ARNETT, W. G.; BERGMAN, R. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment planning -Part I. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v.103, no. 4, p , Apr ARNETT, W. G. ; BERGMAN, R. Facial keys to orthodontic diagnosis and treatment - Part II. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 103, no. 5, p , May ARNETT, G. W. ; KREASHKO, R. G. ; JELIC, J. S. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 13, no. 4, p , BASS, N. M. The aesthetic analysis of the face. Eur J Orthod, London, v. 13, p , BERTHOLD, T. ; BENEMANN, E. ; MALINSKI, J. Comparação de perfis esteticamente agradáveis selecionados entre acadêmicos de Odontologia da PUCRS e padrões preconizados por diversos autores. Rev Odonto Ciência, Porto Alegre, n. 19, p , BISHARA, S. E. ; PETERSON, L. C. ; BISHARA, E. C. Changes in facial dimensions and relationships between the ages of 5 and 25 years. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 88, no. 3, p , Mar BISHARA, S. E. ; FERNANDEZ, A. G. Cephalometric comparisons of the dentofacial relationships of two adolescent populations from Ajawa and Northern Mexico. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 88, no. 4, p , Oct R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

14 9 - BISHARA, S. E.; HESSION T. J.; PETERSON L. C. Longitudinal softtissue profile changes: A study of three analyses. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 88, no. 3, p , Sept BISHARA, S. E. et al. A computer assisted photogrammetric analysis of soft tissue changes after orthodontic treatment. Part I: Methodology and reliability. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 107, no. 6, p , Jun BISHARA, S. E. ; JORGENSEN, G. J. ; JAKOBSEN, J. R. Changes in facial dimensions assessed from lateral and frontal photographs. Part I - Methodology. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v.108, no. 4, p , Oct BISHARA, S. E. ; JORGENSEN, G. J. ; JAKOBSEN, J. R. Changes in facial dimensions assessed from lateral and frontal photographs. Part II - Results and conclusions. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 108, no. 5, p , Nov BLOOM, L. A. Perioral profile changes in orthodontic treatment. Am J Orthod, St. Louis, v. 47, no. 5, p , May BURSTONE, C. J. 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15 Artigo Inédito Análise Radiográfica das Angulações Dentárias dos Incisivos Centrais Permanentes em Portadores de Fissura Completa Unilateral de Lábio e Palato Radiographic Analysis of the Dental Angulations Upper Central Incisors Permanent in Patient with Unilateral Complete Cleft Lip and Palate Alexandra Sárzyla Medeiros Resumo Analisou-se a angulação dentária dos incisivos centrais permanentes em pacientes portadores de fissura completa unilateral de lábio e palato para uma melhor orientação dos profissionais que trabalham com esta anomalia. Encontrou-se a angulação média invertida de - 19,07º e -22,16º para o incisivo central do lado fissurado respectivamente para os sexos masculino e feminino, com diferença estatisticamente significante, médias quando comparado com o incisivo do lado não fissurado. Neste último, os valores de 5,84º e 7,91º, para os grupos masculino e feminino, respectivamente assemelharam-se à angulação de incisivos considerada normal. INTRODUÇÃO As fissuras de lábio e palato são comumente afetadas por anomalias e assimetrias em sua estrutura anatômica e esquelética. As alterações encontradas são limitadas ao septo nasal, prémaxila, maxila, processos alveolares adjacentes à área da fissura e maus posicionamentos dentários 1,6. Molsted e Dahl 7, em 1990, encontraram uma pronunciada assimetria da parte anterior da maxila com a espinha nasal anterior desviada da linha média da face, direcionada para o lado fissurado, incisivos irrompendo na direção da fissura e inclinados para a linha média. Em 1993, Suzuki et al. 12, verificaram que a fissura da maxila estava relacionada com o deslocamento lateral do complexo nasomaxilar e com a displasia de crescimento da altura anterior superior. Outro estudo de Molsted et al. 8 (1993), mostrou que a inclinação da pré-maxila poderia resultar na maior angulação dos incisivos. Embora existam trabalhos que estudem algumas destas anormalidades 1,6,7,8,12 a posição que o incisivo central permanente ocupa na maxila de portador de fissura completa unilateral de lábio e palato, operado e sem qualquer tratamento ortodôntico, não tem sido documentada na literatura. Por isso, o seu conhecimento é importante para a orientação de profissionais que trabalham com o portador de fissura, na resolução de problemas e procedimentos desenvolvidos para sua reabilitação. Palavras-chave: Fissura completa unilateral lábio-palatal. Angulação dentária. Radiografia posteroanterior. Alexandra Sárzyla Medeiros* Marcia Ribeiro Gomide** Beatriz Costa*** Cleide Felício de Carvalho Carrara*** Lucimara Teixeira das Neves*** * Aluna do Curso de Especialização em Odontopediatria do Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru-SP. ** Responsável pelo Setor de Odontopediatria do HRAC-USP, Bauru-SP. *** Odontopediatras do HRAC-USP, Bauru-SP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

16 TABELA 1 Valores médios (x) e desvio padrão (DP) das angulações dentárias do lado fissurado (LF) e não fissurado (LNF) na fissura completa unilateral de lábio e palato para os sexos masculino (M) e feminino (F). Fissura LF LNF TABELA 2 Comparação entre os valores médios da angulação dentária do lado fissurado (LF) e não fissurado (LNF) através do teste t pareado para os sexos masculino (M) e feminino (F). Valores Sexo M F * significante (p<0,05). x -19,07º 5,84º quisa (Tab. 1) verifica-se que os incisivos centrais presentes no lado fissurado apresentaram angulação dentária invertida e com valores aumentados, principalmente no sexo feminino, quando comparados com a angulação da coroa dos incisivos centrais encontrada por Andrews 2,3, 1996, em indivíduos não fissurados, cujos dados revelaram ângulos de 5º. Os incisivos do lado não fissurado, na fissura completa unilateral de lábio e palato, apresentaram-se menos M DP 7,44 6,59 t 6,094 5,390 x -22,16º 7,91º LF x LNF F p DP 8,38 6,04 0,000* 0,000* inclinados, de modo similar aos desse autor, ficando claro que as maiores alterações localizaram-se na região adjacente à fissura 5,11,13. Mesmo após as cirurgias reparadoras das fissuras, a angulação dentária do incisivo central adjacente à fissura continua acentuada e invertida, pois está implantado em uma base óssea alterada pelo defeito anatômico alveolar. Muitas vezes esses elementos dentários são assim mantidos até que procedimentos cirúrgicos secundários como o enxerto ósseo na região alveolar da fenda, permita sua movimentação ortodôntica e correto alinhamento. O conhecimento da angulação dentária dos incisivos centrais permanentes em portadores de fissura completa unilateral de lábio e palato permite que o planejamento do tratamento reabilitador possa ser definido em bases seguras para os procedimentos de ortodontia e de cirurgia de enxerto ósseo alveolar secundário. CONCLUSÕES Da análise dos dados obtidos neste estudo, concluiu-se que: - O incisivo central permanente do lado fissurado em portadores de fissura completa unilateral de lábio e palato apresentou angulação dentária invertida em relação à linha média da face, tendo sido encontrado valores de - 22,16º para o sexo feminino e de - 19,07º para o masculino. - O incisivo central permanente do lado não fissurado demonstrou angulação de 7,91º para o sexo feminino e de 5,84º para o masculino, semelhante à de indivíduos com oclusão normal. Abstract Anatomical modifications due to cleft lip and palate are increased in the area of the alveolar cleft. The purpose of this study was to analyse the dental angulation in this site. Thirty postero anterior mandible radiographs of operated unilateral cleft lip-palate patients was analysed. The measurements of the angle formed between long axis of the upper central incisor permanent ridge left and midline of the face were done as reported by Molsted et al 8, The results showed that the angle of upper central permanent area of the alveolar cleft was - 22,16º for female and -19,07º for male. Non cleft side showed 7,91º for female and 5,84º for male, similar to the normal values. Key words: Unilateral. Cleft lip and palate. Dental angulation. Posteroanteior radiograph. REFERÊNCIAS 1 - ADUSS, H.; PRUZANSKY, S. Eidth of cleft at the level of the tuberosities in complete unilateral cleft lip and palate. Plast Reconstr Surg, Baltimore, v. 41, no. 2, p , Feb ANDREWS, L. F. As seis chaves da oclusão perfeita. In:. O conceito e o aparelho. Tradução por Carlos Cabrera, Omar Gabriel da Silva Filho. 2. ed. Curitiba: Interativas, p ANDREWS, L. F. Medições. In:. O conceito e o aparelho. Tradução por Carlos Cabrera, Omar Gabriel da Silva Filho. 2. ed. Curitiba: Interativas, p CAPELOZZA FILHO, L. et al. Angulação dentária após o tratamento ortodôntico pela técnica de Andrews e Edgewise: avaliação pela ortopantomografia. Ortodontia, São Paulo, v. 27, n. 2, p , maio/ago FISHMAN, L. S. Factors related to tooth number, eruption time, and tooth position in cleft palate individual. J Dent Child, Baltimore, v. 37, no. 4, p , July/Aug HARVOLD, E. Cleft lip and palate. Am J Orthod, St. Louis, v. 40, p , MOLSTED, K.; DAHL, E. Asymmetry of the maxillary in children with complete unilateral cleft lip and palate. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 27, no. 2, p , Apr MOLSTED, K., et al. A six-center international study of treatment outcome in patients with clefts of the lip and palate; evaluation of maxillary R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

17 asymmetry. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 30, no. 1, p , Jan SIEGEL, S. Nonparametric statistic: for the behavioral sciencis. New York: McGraw-Hill, SUZUKY, A.; TAKAHAMA, Y. Maxillary lateral incisor of subjects with cleft lip and/or palate. I. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 29, no. 4, p , July SUZUKI, A. et al. Maxillary lateral incisor of subjects with cleft lip and/or palate. II. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 29, no. 4, p , July SUZUKY, A. et al. Relationship between cleft severety and dento craneofacial morphology in japonese subjects with isolated cleft palate and complete unilateral cleft lip and palate. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 30, no. 2, p , Mar ZILBERMAN, Y. Observations on the dentition and face in cleft of the alveolar process. Cleft Palate J, Pittsburgh, v. 10, p , July Endereço para correspondência Marcia Ribeiro Gomide Setor de Odontopediatria do HRAC-USP. Rua Silvio Marchione, CEP Bauru - SP 50 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

18 Artigo Inédito Avaliação Comparativa entre Dois Métodos de Medição do Diâmetro Dentário Comparative Evaluation between Two Measurement Methods of Dental Width Resumo No presente trabalho foi realizado um estudo comparativo entre dois métodos de medição do diâmetro dentário utilizado para cálculo da discrepância dentoalveolar de arcadas dentárias em modelos ortodônticos. As medições foram feitas pelo método convencional com paquímetro digital e com o auxílio do computador. Concluiu-se que embora alguns dentes tenham apresentado diferenças significativas quando medidos pelos dois métodos, não foram encontradas diferenças significativas no somatório total dos arcos. INTRODUÇÃO Um planejamento em Ortodontia baseia-se na análise criteriosa das características clínicas do paciente e da documentação ortodôntica. As informações fornecidas pelas radiografias e modelos de gesso permitem um estudo minucioso do caso e um diagnóstico mais acurado. O registro da quantidade de espaço presente no arco dentário é portanto, uma das primeiras etapas do diagnóstico e planejamento ortodôntico. A informação precisa sobre a quantidade da discrepância entre tamanho dentário e base óssea, normalmente leva à ponderação a respeito de exodontias de pré-molares, de desgaste de substância dentária interproximal e/ou de diversos métodos de recuperação de espaço (9, 14, 7, 8). É certo afirmar-se que muitos métodos disponíveis de medição de tamanho dentário têm sido utilizados na procura de uma técnica acessível e funcional. Bolton 5 (1958), Ballard 3 (1944), Hunter e Priest 11 (1960), Nance 18 (1947), Neff 19 (1949), Hixon e Oldfather 10 (1958), Moorrees e Reed 15 (1954), e Barrett, Brown, Mac Donald 4 (1963) descreveram técnicas similares na medição das dimensões mésiodistais dos dentes, através de modelos de gesso dos arcos superior e inferior. Basicamente dois instrumentos eram utilizados: 1) paquímetro com escala e 2) régua milimetrada. Atualmente, porém, alguns autores utilizam aparelhagem mais sofisticada para obterem tais medidas, como por exemplo, os sistemas de análise por computador. Brook et al. 6 (1986) compararam as estimativas do diâmetro mésio-distal de dentes perma- Ana Tereza Ferreira Guido * Ione Helena Vieira Portella Brunharo ** Marco Antonio de Oliveira Almeida *** Raquel Hallack Wildberger Tibana **** Sandra de Paula ***** Palavras-chave: Tamanho Dentário. Paquímetro. Computador. * Especialista em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Volta Redonda. ** Especialista e Mestranda em Ortodontia - FO/UERJ-RJ *** Professor e Coordenador dos Cursos de Especialização e Mestrado - FO/UERJ-RJ **** Especialista e Mestranda em Ortodontia - FO/UERJ-RJ ***** Professora Titular de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Volta Redonda R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

19 CONCLUSÃO Em vista dos resultados obtidos neste trabalho, quando comparadas as medidas de elementos dentários através do computador e do paquímetro, pôde-se concluir que: 1 - Foram encontradas diferenças significativas nos valores médios dos dentes: 14,24,45,35,25, sendo os valores encontrados pelo método do computador maiores, e 42, 21 e 11, com os valores encontrados pelo método do computador menores. 2 - Não foram encontradas diferenças significativas nos somatórios totais das medidas dentárias. Abstract Two measurement methods of dental diameters used to estimate dental discrepancies in orthodontics casts were compared. The digital paquimeter and a specific computer program were used to obtain the dental widths. It was observed no significant difference in the sum of measurement of dental widths, in spite of some teeth present significative differences. Key words: Dental Width. Paquimeter. Computer. REFERÊNCIAS 1 - AL-KHADRA, B. H. Prediction of the size of unerupted canines and premolars in a Saudi Arab Population. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 104, no. 4, p , ALMEIDA, M. A. O. et al. Stability of the palatal rugae as landmarks for analysis of dental casts. Angle Orthod, Appleton, v. 65, no. 1, p , BALLARD, M. L. Asymmetry in tooth size: A factor in the etiology, diagnosis and treatment of malocclusion. Angle Orthod, Appleton, v. 14, p , BARRETT, M. J. ; BROWN, T. ; MAC DONALD, M. R. Dental observations on the Australian Aborigines: Mesiodistal crown diameter of the permanent teeth. Aust Dent J, St. Leonards, v. 8, p , BOLTON, W. A. Disharmony in tooth size and its relation to the analysis and treatment of mallocclusion. Angle Orthod, Appleton, v. 28, p , BROOK, A. H. et al. An image analysis System for the determination of the tooth dimensions from study casts; comparison with manual measurement of mediodistal diameter. J Dent Res, Chicago, v. 65, no. 3, p , DORIS, J. M.; BERNARD, B. W. ; KUFTINEC, M. M. A biometric study of tooth size and dental crowding. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 79, no. 3, p , Mar FORSBERG, C. M. Tooth size, spacing, and crowding in relation to eruption or impaction of third molars. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 94, no. 1, p , July HARRIS, E. F.; VADEN, J. L. ; WILLIAMS, R. A. Lower incisor space analysis: A contrast of methods. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 92, no. 1, p , Nov HIXON, E. H. ; OLDFATHER, R.E. Estimation of the sizes of unerupted cuspid and bicuspid teeth. Angle Orthod, Appleton, v. 28, no. 4, p , HUNTER, W. S. ; PRIEST, W. R. Errors and discrepancies in measurement of tooth size. J Dent Res, Chicago, v. 39, p , IRWIN, R. D.; HAROLD J. S. ; RICHARDSON, A. Mixed dentition analysis: a review of methods and their accuracy. Int J Paediatr Dent, Oxford, v. 5, p , LOU-CHAN, S. et al. Mixed dentition analysis for Asian-Americans. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 113, no. 3, p , MERZ, M. L.; ISAACSON, R. J.; GERMANE, N.; RUBENSTEIN,L.K. Tooth diameters and arch perimeters in a black and white population. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 99, p , July MOORREES, C. F. A. ; REED, R. B. Biometrics of crowding and spacing of the teeth in the mandible. Am J Phys Anthropol, Washington, v. 12, p , MOTOKAWA, W. et al. A method of mixed dentition analysis in the mandible. J Dent Child, Baltimore, p , Mar./Apr MOK, K. H. Y. ; COOKE, M. S. Space Analysis: a comparison between sonic digitalization (DigiGraph Workstation) and the digital caliper. Eur J Orthod, London, v. 10, , NANCE, H. N. Limitations of orthodontic treatment. Part I. Am J Orthod, St. Louis, v. 33, p , NEFF, C. W. Tailored occlusion with the anterior coefficient. Am J Orthod, St. Louis, v. 35, p , RICHMOND, S. Recording the dental cast in three dimensions. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 92, no. 3, p , Sept SCHIRMER, U. R. ; WELTSHIRE, W. A. Orthodontic probability tables for black patients of African descent: Mixed dentition analysis. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 112, no. 5, p , SILVA, R. M. O.; PINTO, A. C. G. ; MATSON, E. Estudo comparativo entre as análises da dentição mista de Nance e Moyers. Rev Assoc Paul Cir Dent, São Paulo, v. 37, no. 6, p , TANAKA, M. M. ; JONHSTON, L. E. The prediction of the size of unerupted canines and premolars in a contemporary orthodontic population. J Am Dent Assoc, Chicago, v. 88, p , VAN DER MERWE, S.W. et al. An adaptation of the Moyers mixed dentition space analysis for a Western Cape Caucasian Population. J Dent Assoc South Africa, Tydsknift, v. 48, p , Endereço para correspondência Marco Antonio de Oliveira Almeida Rua Marquês de São Vicente, CEP Gávea - Rio de Janeiro R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

20 Artigo de Divulgação Parâmetros para a Extração de Molares no Tratamento Ortodôntico: Considerações Gerais e Apresentação de um Caso Clínico Guidelines for Molars Extraction in the Orthodontic Treatment: General Aspects and a Case Report José F. Castanha Henriques Resumo As extrações de pré-molares constituem rotina no planejamento ortodôntico. Contudo, em algumas situações, as extrações de outros dentes podem ser mais apropriadas e vantajosas, desde que seja executado um diagnóstico minucioso, observando-se as corretas indicações. Assim, por exemplo, existe a opção das extrações dos primeiros ou segundos molares, uni ou bilateralmente, em um ou ambos os arcos dentários e que, apesar de bastante discutida na literatura, ainda causa muitas controvérsias. Este trabalho tem por objetivos apresentar a opinião de vários autores sobre o tratamento ortodôntico com extrações de molares, as principais indicações, contraindicações, as vantagens e desvantagens, enfatizando-se os parâmetros mais utilizados para este procedimento e ilustrando-o com um caso clínico. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LI- TERATURA A extração de molares Em Ortodontia Corretiva, as extrações dentárias geralmente estão indicadas quando há apinhamento intra-arco considerável, ou seja, mais do que quatro mi- límetros. A grande miscigenação de raças e grupos étnicos da população brasileira pode gerar jovens com padrão dentário incompatível com o esquelético, causando a falta de espaço e o apinhamento dos arcos dentários 14. Nestes casos, realizam-se as extrações para que, ao final do tratamento, os objetivos principais da terapêutica ortodôntica sejam alcançados. Isto significa um padrão dentofacial harmonioso e duradouro, uma oclusão funcional e um grau de recidiva bastante minimizado. Além disso, indicam-se as extrações dentárias nos casos de protrusão dentoalveolar e nos tratamentos compensatórios, com discretas discrepâncias basais que não justifiquem as correções cirúrgicas. Geralmente, os dentes extraídos são os primeiros pré-molares, pois a sua posição nos arcos dentários permite a resolução dos apinhamentos anterior e posterior, fornecendo espaço ao irrompimento dos caninos permanentes, além de favorecer a retração dos dentes anteriores. Porém, na individualização dos casos, às vezes, tornam-se necessárias as extrações dos molares. As extrações de molares como auxiliares na terapia ortodôntica não são re- José Fernando Castanha Henriques* Guilherme Janson** Sandra Márcia Hayasaki*** Palavras-chave: Extração dentária. Molares permanentes. Ortodontia corretiva. * Professor Titular e Coordenador do Curso de Pós-graduação ao nível de Doutorado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. ** Professor Associado e Coordenador do Curso de Pós-graduação ao nível de Mestrado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. *** Aluna do Curso de Pós-graduação ao nível de Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

21 apesar das diferenças estatisticamente significantes na quantidade de retração anterior, na movimentação mesial dos molares e no posicionamento do lábio inferior, a alteração final no perfil facial dos pacientes não apresentou diferenças significantes. Estes resultados confirmam a indicação da extração dos pré-molares em detrimento dos molares. CONCLUSÕES De acordo com os resultados alcançados, pode-se afirmar que as extrações dos molares representam uma alternativa terapêutica satisfatória no tratamento de determinadas más oclusões, desde que sejam corretamente indicadas, ou seja: Molares permanentes com extensas lesões cariosas; Ou com lesões apicais, tratamentos endodônticos insatisfatórios; Ou com acentuado comprometimento periodontal; Terceiros molares radiograficamente presentes e anatomicamente satisfatórios; Terceiros molares favoravelmente posicionados. Abstract Premolar extractions are very common in the orthodontic treatment plan. However, in some cases, the extractions of other teeth are more correct and advantageous options, but just when correctly indicated. So, the following options are feasble: upper and/or lower first or second molars. There are many divergences in the literature on how to choose alternative. This paper presents different opinions about the orthodontic treatment with molar exctraction, the main indications, contraindications, the advantages and disadvantages, enphasizing the most used parameters for this procedure and illustrating with a case report. Key words: Teeth extraction. Permanent molars. Corrective orthodontic. REFERÊNCIAS 1 - ARRUDA JÚNIOR, H. M. Tratamento ortodôntico com extração de molares f. Monografia (Especialização) - Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas. Regional de Bauru, Bauru, BASDRA, E. K.; KOMPOSCH, G. Maxillary second molar extraction treatment. J Clin Orthod, Boulder, v. 28, no. 8, p , BASDRA, E. K.; STELLZIG, A.; KOMPOSCH, G. 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Tratamento ortodôntico com extracões de prirneiros molares. Ortodontia, São Paulo, v. 19, n. 1/2, p , GAUMOND, G. Second molar germectomy and third molar eruption: 11 cases of lower second molar enucleation. Angle Orthod, Appleton, v. 55, no. 1, p , Jan HAAS, A. J. Let s take a rational look at permanent second molar extraction. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 90, no. 5, p , Nov HALDERSON, H. Early second molar extraction in Orthodontics. Am J Orthod, St. Louis, v. 47, no. 9, p , Sept Abstract KIN, Y.H. Anterior openbite and its treatment with multiloop edgewise archwire. Angle Orthod, Appleton, v. 4, no. 57, p , LAWOR, J. The effects on the lower third molar of the extraction of the lower second molar. Br J Orthod, London, v. 5, p , LAWRENCE, M. A. Differences in anterior retraction between identical twins. J Clin Orthod, Boulder, v. 24, no. 12, p , LIDDLE, D. W. Second molar extraction in orthodontic treatment. Am J Orthod, St. Louis, v. 72, p , MAGNESS, W. B. 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Angle Orthod, Appleton, v. 64, no. 2, p , SPOONER, M. Practical Orthodontics. 8. ed. St. Louis, 1955, Mosby Co., chap.8, p.307 apud CHIPMAN, M. R. Second and third molars: their role in orthodontic therapy. Am J Orthod, St. Louis, v. 47, p , July STAGGERS, J. A. A comparison of results of second molar and first premolar extraction treatment. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 98, no. 5, p , Nov WHITNEY, E. F.; SINCLAIR, P. M. An evaluation of combination second molar extraction and functional appliance therapy. Am J Orthod, St. Louis, v. 89, p , Mar Endereço para correspondência Disciplina de Ortodontia Faculdade de Odontologia de Bauru/USP Alameda Octávio Pinheiro Brizolla, 9-75 Caixa Postal 73 CEP Bauru-SP 64 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

22 Artigo de Divulgação Infra-oclusão de 2 os Molares Decíduos Anquilosados: Solução Clínica Infraocclusion of Ankylosed 2 nd Deciduous Molars: Clinical Solution Vera Campos Resumo A ocorrência de infra-oclusão em molares decíduos é bastante comum e os danos causados à oclusão podem ser muito graves ou até irreversíveis. O objetivo deste artigo é apresentar dois casos clínicos, um deles com tratamento alternativo para molares decíduos anquilosados em infra-oclusão severa, e o outro onde foi possível recuperar o espaço perdido no arco, evitando maiores danos para a oclusão. Foi realizada, também, uma revisão da literatura, enfatizando as causas, conseqüências e o tratamento da anomalia. INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LI- TERATURA A anquilose é uma anomalia eruptiva com característica peculiar de progressividade, podendo ocorrer em qualquer momento, em dentes decíduos ou permanentes 2,18. Um dente anquilosado pode parecer impactado, em infra-oclusão ou submerso. Esta anomalia é erroneamente chamada de submersão, uma vez que não é o dente, propriamente, que submerge, mas sim o osso que continua seu processo de crescimento, acompanhado pelo tecido mole, e vai, aos poucos, envolvendo o elemento dentário anquilosado. Os dentes vizinhos ao dente anquilosado acompanham o crescimento ósseo, ainda que não de forma totalmente normal, determinando o aparecimento do primeiro sinal clínico da anquilose, que é a infra-oclusão 3,11. O grau de infra-oclusão pode variar de cerca de 1 mm até o completo desaparecimento do dente da cavidade bucal 13,18,21. Segundo Brearley e Mckibben 10 (1973), a infra-oclusão pode ser classificada em: - Leve: Superfície oclusal, localizada aproximadamente 1 mm abaixo do plano oclusal dos outros dentes. - Moderada: Superfície oclusal aproximadamente ao nível do ponto de contato de um ou ambos os dentes adjacentes. - Severa: Superfície oclusal ao nível ou abaixo do tecido gengival interproximal de um ou ambos os dentes adjacentes. A maioria dos dentes anquilosados apresenta infra-oclusão leve. Infraoclusão moderada e severa ocorrem mais freqüentemente em molares superiores 7,10. Existem algumas teorias que não conseguem explicar satisfatoriamente a Palavras-chave: Anquilose. Infra-oclusão. Molares. Dentes decíduos. Vera Campos * Alessandra R. Bomfim ** Hilton Souchois A. Mello *** * Professora Assistente de Odontopediatria da Fo-UERJ. ** Mestre em Odontopediatria da Fo-UERJ; Prof. Assistente de Ergonomia da UNESP. *** Professor Titular de Odontopediatria da Fo-UERJ. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

23 contatos oclusais, tal como relatado por Dias et al. 16 (1994) e Bonin 10 (1976) para casos de infra-oclusão moderada. Além do restabelecimento dos contatos, a utilização da resina composta proporciona estética agradável e manutenção da oclusão, que é prejudicada nos casos de exodontia do elemento e colocação de aparelho mantenedor de espaço. Cabe ressaltar a importância das consultas periódicas de controle, devido à necessidade de retocar a resina quando houver desgaste, e de se observar radiograficamente o bom posicionamento do germe dental subjacente, utilizando-se inclusive da comparação com o seu homólogo. No segundo caso, a demora na procura de tratamento levou à instalação de uma infra-oclusão severa, agravada por uma perda de espaço, a qual ocorreu após a exodontia do elemento dentário em infra-oclusão e luxação do primeiro molar permanente. A exodontia do dente decíduo em infra-oclusão foi realizada antes da erupção do primeiro molar permanente, como no caso relatado por Coutinho e Stulberg 15 (1995). Como já havia perda de espaço e o primeiro molar permanente já apontava na cavidade bucal, preferiu-se aguardar um estágio de erupção mais apropriado para proceder a recuperação do espaço. Houve, porém, um agravante: o dente permanente adjacente se encontrava anquilosado, o que complicou o quadro. Tentou-se, então, luxar o primeiro molar permanente, conforme técnica sugerida por Albers 2 (1986) e Almeida et al. 3 (1990), com o objetivo de romper a anquilose 2,3. Após este procedimento, foi colocado um aparelho recuperador de espaço, que possibilitou a erupção do segundo pré-molar, girovertido. Acredita-se que este posicionamento tenha ocorrido em função de uma alteração no curso normal de erupção, hipótese também aceita por Pedersen e Hallett 20 (1994), Douglass e Tinanoff 14,20 (1991). O tratamento dos segundos molares decíduos anquilosados deve ser o mais conservador possível, com o objetivo de se evitar possíveis iatrogenias ou traumas ao paciente. É importante a confecção de modelos de estudo e cálculo da análise de discrepância, para que se faça um plano de tratamento adequado para cada caso. Dependendo do grau da perda de espaço e da idade do paciente, o clínico geral ou odontopediatra poderá confeccionar um recuperador de espaço, sem a necessidade de encaminhamento para tratamento ortodôntico corretivo. O diagnóstico precoce e tratamento correto, associados ao acompanhamento periódico, possibilitam redução nos custos e no tempo de tratamento, além de evitar a instalação de seqüelas. Caso estas já estejam presentes pode-se conseguir, em alguns casos, que as mesmas sejam corrigidas. CONCLUSÃO Com base na literatura consultada e nos casos clínicos relatados, pôde-se concluir que a anquilose, quando detectada precocemente e monitorada, possui um prognóstico favorável, não causando danos à oclusão permanente. Entretanto, quando deixada a seu próprio curso, poderá ocorrer a instalação de seqüelas cuja correção demanda um tratamento longo, complexo e oneroso. Abstract The infraocclusion occurrence in deciduous molars is very common and the damage caused in the occlusion may be very serious, even irreversible. The aim of this paper is to present 2 clinical cases, one with an alternative treatment to ankylosed deciduous molars with severe infraocclusion and the other where it was possible the recovering of the lost space in the arch, preventing great damage to the occlusion. A literature review was done emphasizing the causes, consequences and treatment. Key words: Ankylosis. Infraocclusion. Molars. Deciduous teeth. 70 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

24 REFERÊNCIAS 1 - ADAMS, T. W. et al. Early onset of primary molar ankylosis: report of a case. J Dent Child, Baltimore, v. 48, no. 6, p , ALBERS, D. D. Ankylosis of teeth in the developing dentition. Quintess Int, Carol Stream, v.17, no. 5, p , ALMEIDA, R. R. et. al. Anquilose de dentes decíduos. Rev Fac Odont Lins, Lins, v. 3, n. 2, p. 6-12, BECKER, A. ; KARNEI-R EM, R. M. The effects of infraocclusion: Part I. Tilting of the adjacent teeth and local space loss. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 102, p , BECKER, A.; KARNEL-R EM, R. M. The effects of infraocclusion: Part 2. The type of movement of the adjacent teeth and their vertical development. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 102, p , BECKER, A., KARNEI-R EM, R.M. ; STEIGMAN, S. The effects of infraocclusion: Part 3. Dental arch length and the midline. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v.102, p , BEN-BASSAT, Y. et al. Occlusal disturbances resulting from neglected submerged primary molars. J Dent Child, Baltimore, v. 58, no. 2, p , BIEDERMAN, W. The incidence and etiology of tooth ankylosis. Am J Orthod, St. Louis, v. 42, no. 12, p , BONIN, M. Simplified and Rapid Treatment of Ankylosed Primary Molars with an Amalgam and Composite Resin. J Dent Child, Baltimore, v. 43, no. 3, p , BREARLEY, L. J.; MCKIBBEN, D. H. Ankylosis of Primary Molar Teeth I. Prevalence and Characteristics. J Dent Child, Baltimore, v. 40, no. 1, p , CALDAS, Z.D.; LINO, A.P.; MUENCH, A. Molares decíduos superiores - Estudo radiográfico. Rev Ass Paul Cirurg Dent, São Paulo, v. 45, n. 2, p , COUTINHO, T. C. L.; STULBERG, I. Anquilose precoce de segundo molar decíduo inferior: relato de um caso. Rev Bras Odont, Rio de Janeiro, v. 52, n. 1, p , DIAS, F. L. et al. Anquilose dental em molares decíduos. Rev Ass Paul Cirurg Dent, São Paulo, v. 48, n. 4, p , DOUGLASS, J.; TINANOFF, N. The etiology, prevalence, and sequelae of infraclusion of primary molars. J Dent Child, Baltimore, v. 58, no. 6, p , FRAUCHES, M. B. et. al. Anquilose de dentes decíduos - epidemiologia e discussão das formas de tratamento. Revista Científica Cenbios, Governador Valadares, v. 1, n. 2, p , HIXON, E. H.; OLDFATHER, R. E. Estimation of the sizes of unerupted cuspid and bicuspid teeth. Angle Orthod, Appleton, v. 28, no. 4, p , MANCINI, G. et al. Primary tooth ankylosis: Report of case with histological analysis. J Dent Child, Baltimore, v. 62, no. 3, p , NASCIMENTO, Z. C. P.; VALLADARES NETO, J. Infra-oclusão de molares decíduos: preceitos literários. Revista de Odontopediatria, São Paulo, v. 2, n. 4, p , NOLLA, C. M. The Development of The Permanent Teeth. J Dent Child, Baltimore, v. 27, p , PEDERSEN, K. E.; HALLETT, K. B. Treatment of multiple tooth ankylosis with removable prosthesis: case report. Pediatr Dent, Iowa, v. 16, no. 2, p , RAGHOEBAR, G.M.; BOERING, G.; STEGENGA, B. et. al. Secondary retention in the primary dentition. J Dent Child, Baltimore, v. 58, no. 1, p , SILVA FILHO, O.G.; NORMANDO, A.D.C.; VALLADARES NETO, J. Intra-oclusão de molares decíduos: apresentação de uma conduta clínica racional. Rev Bras Odont, Rio de Janeiro, v. 49, n. 2, p. 2-7, Endereço para correspondência Vera Campos Faculdade de Odontologia da UERJ Disciplina de Odontopediatria Av. 28 de Setembro, 157, 2º andar Vila Isabel - Rio de Janeiro - R.J. CEP vcampos@uerj.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p ,- jan./fev

25 Artigo de Divulgação Expansão de Maxila Cirurgicamente assistida sob Anestesia Local Surgically assisted Maxillary Expansion under Local Anesthesia Resumo A expansão da maxila cirurgicamente assistida, é um procedimento utilizado para tratamento das deficiências transversais verdadeiras em pacientes com maturidade esquelética. A aplicação de uma técnica ortodôntica-cirúrgica simplificada, sob anestesia local permite a correção desta discrepância, com baixo índice de complicações, tornando-se uma boa alternativa para o tratamento destes pacientes. INTRODUÇÃO A utilização da expansão rápida no tratamento das deficiências transversais em crianças, unicamente através de aparatologia ortopédica-ortodôntica, foi primeiramente descrita por Angell 1, em 1860, e foi reintroduzida por Haas 12 (1961). Este procedimento continua sendo utilizado por ortodontistas com alta taxa de sucesso, no entanto sua aplicação em indivíduos adultos está relacionada a complicações como dor, perda óssea alveolar, compressão de ligamento periodontal, extrusões e deslocamentos dentários laterais 3,13,18. O principal fator de resistência à expansão maxilar é representado pelo au- mento da maturidade esquelética, onde áreas críticas são representadas pelos pilares de força do esqueleto craniofacial 13. Existe grande controvérsia na literatura relacionada ao principal sítio de resistência à expansão da maxila. A idade do paciente relaciona-se com o fator maturidade das suturas craniofaciais. Melsen 21 (1975) demonstrou em um estudo em cadáveres de crianças e adultos que com o desenvolvimento esquelético, a sutura palatina mediana em adultos apresenta maiores pontos de interdigitações, conferindo maior resistência à expansão maxilar. Brown 7 (1938) e Timms 27 (1968) acreditavam que o principal sítio de resistência era representado pela sutura palatina mediana. Issacson e Murphy 14 (1964) estudando expansão em pacientes fissurados, relataram a impossibilidade de expansão em pacientes adultos. Estes autores concluíram que a rigidez do esqueleto facial era fator mais importante do que a ossificação da sutura palatina mediana, uma vez que não existia a sutura palatina como zona de resistência neste estudo. O pilar zigomaticomaxilar assim como a sutura ptérigomaxilar também Palavras-chave: Expansão da maxila. Cirurgia ortognática. Má-oclusão. Deficiência transversal. Luis Raimundo Serra Rabêlo * Eider Guimarães Bastos * Adriano Rocha Germano * Luis Augusto Passeri ** * Aluno do Curso de Doutorado em Clínica Odontológica na Área de Cirurgia Bucomaxilofacial FOP - Unicamp ** Professor Associado, responsável pela Área de Cirurgia Bucomaxilofacial - FOP - Unicamp R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

26 Abstract Surgically assisted palatal expansion is a procedure used for management of true maxillary transverse deficiencies in patients with skeletal maturity. The use of a rior maior que 7 mm, o que poderia ser alcançado por ambas as técnicas, sendo racional optarmos por uma técnica de fácil aplicação e menor índice de complicações 2,23. Proffit et al. 25 (1996) sugerem a expansão rápida da maxila como um meio de melhorar a estabilidade. Eles encontraram recidiva em mais de 2/3 dos pacientes submetidos à osteotomia Le Fort I segmentar. Além de todos esses aspectos a osteotomia Le Fort I segmentar necessita de anestesia geral para sua execução, tornando o procedimento de menor aceitação e maior custo para o paciente. simplified technique under local anesthesia allows the correction of this discrepancy with low index of complications and long-term stability, becoming a good alternative for the CONCLUSÃO A realização da expansão cirurgicamente assistida através da técnica descrita mostra-se extremamente eficaz no tratamento de pacientes portadores de deficiências transversais. Através de uma simplificação das osteotomias é possível obtermos um menor tempo cirúrgico, possibilidade de realização sob anestesia local, com baixo índice de complicações. treatment of these patients. Key words: Maxillary expansion. Orthognatic surgery. Malocclusion. Transversal deficiencies. REFERÊNCIAS 1 - ANGELL, E. H. Treatment of irregularities of the permanent adult tooth. Dent Cosmos, Philadelphia, v.1, p , BAYLE, L. J. et al. Segmental Le Fort I osteotomy for management of transverse maxillary deficiency. J Oral Maxillofac Surg, Chicago, v. 55, p , BAYS, R.A.; GRECO, J. M. Surgically assisted rapid palatal expansion: an outpatient technique with long-term stability. J Oral Maxillofac Surg, Chicago, v. 50, p , BELL, W. H.; EPKER, B. N. Surgicalorthodontic expansion of the maxilla. Am J Orthod, St. Louis, v. 70, p , BERGER, J. L. et al. Stability of orthopedic and surgically assisted palatal expansion over time. Am J Orthod, St. Louis, v.114, p , BETTS, N. J. et al. Diagnoses and treatment of transverse maxillary deficiency. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v.10, p , BROWN, G. I. V. The Surgery of oral and facial diseases. 4th ed. London: Kimpton, p CONVERSE, J. M.; HOROWITZ, S. L. The surgical orthodontic approach to treatment of dentofacial deformities. Am J Orthod, St. Louis, v. 55, p , EPKER, B. N.; WOLFORD, L. M. Dentofacial deformities: surgicalorthodontic correction. St Louis: Mosby, p FISH, L. C.; EPKER, B. N. Prevention of relapse in surgical orthodontic treatment. Part I. Mandibular procedures. J Clin Orthod, Boulder, v. 20, p , GLASSMAN, A. S. et al. Conservative surgical orthodontic adult rapid palatal expansion: sixteen cases. Am J Orthod, St. Louis, v. 86, p , Sept HAAS, A. J. Long-term post-treatment evaluation of rapid palatal expansion. Angle Orthod, Appleton, v. 50, p , HAAS, A. J. Rapid expansion of the maxillary dental arch and nasal cavity by opening the midpalatal suture. Angle Orthod, Appleton, v. 31, p , ISAACSON, R. J. ; MURPHY, T. D. Some effects of rapid maxillary expansion in cleft lip and palate patients. Angle Orthod, Appleton, v. 34, p , JACOBS, J. D.; BELL, W. B.; WILLIAMS, C. E. et al. Control of the transverse dimension with surgery and orthodontics. Am J Orthod, St. Louis, v. 77, p , Mar KENNEDY, J. W. et al. Osteotomies an adjuncto rapid maxillary expansion. Am J Orthod, St. Louis, v.70, p , KOLE, H. Surgical operations on the alveolar ridge to correct occlusal abnormalities. Oral Surg, St. Louis, v.12, p , KRAUT, R. A. Surgically assisted rapid maxillary expansion by opening the midpalatal suture. J Oral Maxillofac Surg, Chicago, v. 42, p , LANINGAN, D. T.; HEY, J. H. ; WEST, R. A. Aseptic necrosis following maxillary osteotomies: report of 36 cases. J Oral Maxillofac Surg, Chicago, v. 48, p , LINES, P. A. Adult rapid maxillary expansion with corticotomy. Am J Orthod, St. Louis, v. 67, p , MELSEN, B. Palatal growth studied on human autopsy material. Am J Orthod, St. Louis, v. 68, p , MOSS, J. P. Rapid expansion of the maxillary arch. Part II. J Pract Orthod, Hempstead, v. 2, p , PHILLIPS, C. et al. Stability of surgical maxillary expansion. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 5, p , POGREL, M. A.; KABAN, L. B.; VARGERVIK, K. et al. Surgically assisted rapid maxillary expansion in adults. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 7, p , PROFFIT, W.R.; TURVEY, T.A.; PHILLIPS, C. Orthognatic surgery: a hierarchy of stability. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 11, n. 3, p , SCHWARZ, G. M. et al. Tomographic assessment of nasal septal changes following surgical-orthodontic rapid maxillary expansion. Am J Orthod, St. Louis, v. 87, p , SHETTY,V.; CARIDAD, J.M.; CAPUTO, A. A. et al. Biomechanical rationale for surgical-orthodontic expansion of the adult maxilla. J Oral Maxillofac Surg, Chicago, v. 52, p , TIMMS, D. J. An occlusal analysis of lateral maxillary expansion with midpalatal suture opening. Dent Pract Dent Res, Bristol, v. 18, p , WERTZ, R. A. Skeletal and dental changes accompanying rapid midpalatal suture opening. Am J Orthod, St. Louis, v. 58, p , Endereço para correspondência Luis Augusto Passeri Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp Departamento de Diagnóstico Oral Área de Cirurgia Bucomaxilofacial Av. Limeira, 901 Areião CEP passeri@fop.unicamp.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

27 Artigo Inédito Trabalho sobre a Incidência de Má Oclusão entre Crianças de 3 a 6 Anos The Incidence of Malocclusion in Children between 3 to 6 Years of Age Paulo Roberto de Jesus Lenci Resumo A grande incidência de crianças com problemas de má oclusão, e principalmente os problemas que se seguem (doença periodontal, disfunções musculares, articulares, dores faciais, dificuldades em abrir a boca, etc.) e que acometem os jovens e adultos, levou-nos, na procura do porquê de tudo isso acontecer, a entender o conceito de reabilitação Neuro Oclusal descrito pelo Dr. Pedro Planas (Barcelona). Entendendo como cresce e se desenvolve o sistema estomatognático e como e porque se instalam essas patologias, podemos o mais cedo possível intervir para a reabilitação dos pacientes acometidos dessas patologias e conduzir outros para que não tenham tais problemas. Sendo de fácil implantação e de baixo custo, torna-se uma grande arma para o combate dessa doença Má Oclusão tanto na Saúde Pública como na clínica diária, pois infelizmente a classe menos favorecida economicamente não tem condições de tratamento corretivo ou reabilitador. PROPOSIÇÃO Considerando que a proposta seria em nível de prevenção, e tendo em vista a grande incidência de desvios da oclu- são entre crianças de 3 a 6 anos e também da grande necessidade de que as crianças de classe econômica baixa têm de qualquer tipo de orientação preventiva bem como de qualquer tratamento que possa evitar a instalação dessas patologias, propusemo-nos a escolher uma escola onde teríamos pacientes nessa faixa etária e nessa classe econômica. A partir da escolha da escola, procuramos verificar quais seriam os fatores que mais contribuiriam para a instalação dessas patologias e de porte desses dados, começar a orientar as professoras e todo o pessoal de apoio que estivesse em contato diário com as crianças, bem como a fazer reuniões para orientação dos pais e conseguir meios para uma maior divulgação das orientações de prevenção. Usamos também técnicas preventivas e tratamentos quando possível. MATERIAIS E MÉTODOS Para a realização deste trabalho foram examinadas 219 crianças na faixa etária entre 3 e 6 anos. Foram considerados apenas os fatores mais evidentes e que se revelaram com maior incidência, ou seja, função mastigatória, mordida aberta, mordida cruzada e mordida profunda. Palavras-chave: Má Oclusão. Reabilitação Neuro Oclusal. Pista Direta. Talhados Seletivos. Paulo Roberto de Jesus Lenci * * Cirurgião Dentista formado na UNICAMP 83 Especialista em Radiologia na UNICAMP 94 Mestrando em Radiologia na UNICAMP Trabalha na área de Prevenção e Tratamento das Maloclusões, Disfunções da ATM e Dor Orofacial R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

28 5 Anos (42%) 6 Anos (37%) 3 Anos (12%) 4 Anos (9%) 189 crianças não apresentaram Mordida Cruzada (86,3%) 30 crianças apresentaram Mordida Cruzada (13,7%) GRÁFICO 5 - Mordida Aberta. Ocorrência por faixa etária. GRÁFICO 6 - Mordida Cruzada. Porcentagem em 219 crianças examinadas. 5 Anos (76,7%) 6 Anos (10%) 4 Anos (10%) 3 Anos (3,3%) Unilateral 26 Crianças (86,7%) Bilateral 4 Crianças (13,3%) GRÁFICO 7 - Mordida Cruzada. Ocorrência por faixa etária. GRÁFICO 8 - Mordida Cruzada. Porcentagem em 30 crianças examinadas. 197 crianças* apresentaram Mordida Profunda (90%) 22 crianças* apresentaram Mordida Profunda (10%) 5 Anos (50%) 6 Anos (36,4%) 3 Anos (13,6%) 4 Anos (0%) GRÁFICO 9 - Mordida Profunda. Porcentagem em 219 crianças examinadas. GRÁFICO 10 - Mordida Profunda. Ocorrência por faixa etária. Abstract The great incidence of malocclusion, and specially the problems that take place afterwards such as: the lack of space for the teeth in the archs, periodontal diseases, muscles dysfunctions, oral facial pain, condilar disorders etc., that can reach the young as well the adults made us look for the reason, why all this happen and why dentistry still gives more importance in treating the problems instead of preventing them. With this in mind we got to know and understand the Neuro Occlusal Rehabilitation concept, described by Prof. Dr. Pedro Planas from Barcelona, Spain. When we understand how the stomatognatic system works, we can also understand how it grows and develops. Knowing how the occlusal problems take place, we should, as soon as possible, interfere in order to rehabilitate the patient and guide those that still don t have it. It is easy and does not demand much money, what makes it a good and efficient way for public health programs as well for the daily dentistry practice. Key words: Malocclusion. Neuro Occlusal Rehabilitation. Pista Direta Planas. REFERÊNCIA 1 - PLANAS, Pedro. Rehabilitation neurooclusal (RNO). 2. ed. Espanha: Masson, Salvat. Agradecimentos Departamento de Odontologia Municipal de Limeira Escola Caic Limeira. Endereço para correspondência Rua Piauí nº Vila Cláudia CEP: Limeira, São Paulo Telefax (019) atmrno@terra.com.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

29 Artigo Inédito Avaliação Psicológica de Pacientes submetidos à Cirurgia Ortognática Psychological Evaluation of Patients submitted to Orthognatic Surgery Valéria Cristina Zane Resumo As fissuras lábio-palatais, de etiologia congênita, podem acarretar prognatismo facial cujo tratamento implica em um processo de recuperação doloroso, devido a um pós-operatório limitante em termos de fala e ingestão alimentar, podendo causar a queda das defesas emocionais e psicológicas do paciente. Com o objetivo de levantar e discutir os aspectos psicológicos dos pacientes submetidos à cirurgia ortognática foram estudados 10 pacientes adultos, de ambos os sexos, atendidos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio Faciais da Universidade de São Paulo (Bauru-SP). A avaliação do estado psicológico do paciente foi realizada mediante Entrevista Estruturada, previamente elaborada, sendo aplicada em 3 momentos: pré-operatório (M1), no dia da alta hospitalar (M2 ) e pósoperatório tardio (M3 = dias). Os resultados obtidos com as avaliações mostraram que no M1, todos os pacientes da amostra estavam motivados para a cirurgia, visando melhora estética ou funcional. Todos mostraram-se orientados quanto à limitação da ingestão alimentar. No M2 a dieta foi aceita por 90% da amostra, apesar de terem referi- do pelos pacientes sintomas como: fraqueza (60%), insônia (20%), anorexia (20%), fome (10%), perda de peso (70%), além de estado depressivo póscirúrgico (80%), tendo observado que a ingestão alimentar pode ter sofrido influência do estado psico-emocional do paciente e levado às perdas ponderais. Em M3, as maiores dificuldades referidas foram relacionadas à dieta domiciliar (50%), sendo que 70% da amostra continuou a perder peso, 20% ganhou, 10% conservou o peso da alta hospitalar e 80% mostrou-se satisfeita com os resultados alcançados pela cirurgia. Conclui-se, portanto, que face à influência do estado psico-emocional do paciente sobre seu pós-operatório, os pacientes submetidos à cirurgia ortognática devam ser diligentemente avaliados no pré-operatório quanto ao seu estado psicológico, para que no pós-operatório tais alterações não prejudiquem sua recuperação cirúrgica. INTRODUÇÃO De modo geral, os portadores de lesão lábio-palatal podem apresentar crescimento facial anômalo que leva a uma desagradável relação estética, contribuindo para o alongamento da face 15, Valéria Cristina Zane * Liliam D Aquino Tavano ** Suely Prieto de Barros Almeida Peres *** Palavras-chave: Cirurgia Ortognática. Psicologia. * Aluna Bolsista do Curso de Especialização em Psicologia Clínica do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), Bauru-SP. ** Psicóloga Clínica do HRAC-USP, Bauru-SP. *** Nutricionista, Diretora Técnica do Serviço de Nutrição do HRAC-USP, Bauru-SP. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

30 tório (80%) (Gráf. 3), sendo observado em 80% da amostra que a ingestão alimentar alterada pode ter sido influenciada pelo estado psicoemocional do paciente e levado às perdas ponderais. A maior incidência desta sintomatologia ocorreu no pósoperatório imediato (Gráf. 4). No M3, as maiores dificuldades referidas pelos pacientes foram relacionadas à ingestão alimentar domiciliar (50%), à dificuldade para se comunicar (10%), dificuldade respiratória (10%) e incompreensão familiar (10%) (Gráf. 5). Observou-se que a ingestão alimentar pode ainda ter sido influenciada pelo estado emocional do paciente, sendo relatado por 50% dos pacientes dificuldades com a ingestão alimentar neste período. A maioria dos pacientes mostrou-se satisfeita com os resultados alcançados, tendo referido mudanças estéticas e funcionais (Gráf. 6). DISCUSSÃO No M1, a análise dos dados são concordantes quanto à necessidade da preparação e avaliação psicológica de pacientes submetidos à cirurgia ortognática, para avaliar o seu interesse, sua motivação, sua expectativa em relação aos procedimentos cirúrgicos, ao pós-operatório e ao resultado alcançado pela cirurgia 6, 9, 10, 20. Encontrou-se índice elevado de pacientes motivados para a cirurgia devido a estreita relação entre interesse e motivação, pois quanto maior o interesse do paciente em melhorar o aspecto estético e funcional, maior será sua motivação para a cirurgia 6, 7, 9, 13, 22. A avaliação do estado nutricional do paciente, através de exames antropométricos e ambulatoriais deve ser realizada para prevenir complicações futuras e prever o sucesso da cirurgia, uma vez observado neste estudo, uma relação entre estado nutricional e estado psicológico, onde a influência do estado psicológico sobre o estado nutricional acabou por acarretar no paciente sensíveis perdas ponderais no M2 e M3 10, 16. No M2, observou-se pacientes referindo dores fortes, inchaço, entorpecimento da face, dificuldades na comunicação e ingestão alimentar, que trouxeram certa dificuldade e insatisfação para os mesmos, neste momento. Tais insatisfações pós-operatórias podem ser resultados de grandes expectativas do paciente depositada na sua convalescência e que poderiam ser menores, caso fossem verificadas e trabalhadas no pré-operatório 9. Após analisar estes pacientes portadores de prognatismo mandibular, sob o ponto de vista psicológico, acredita-se que os sintomas pós-operatórios surgidos, neste período, estão mais ligados à limitação da fala e ingestão alimentar vivenciadas pelo paciente 7. As mudanças alcançadas em termos estéticos e funcionais proporcionaram aos pacientes satisfação em relação aos resultados da cirurgia ortognática 4, 5, 20. Conclui-se então que os dados coletados são indicativos de que os pacientes submetidos à cirurgia ortognática devam ser diligentemente avaliados no pré-operatório quanto ao seu estado psicológico, para que tais alterações não venham a prejudicar o seu estado nutricional e recuperação cirúrgica. Todos os pacientes mostraram-se motivados quanto à realização da cirurgia ortognática, visando mudanças no aspecto estético ou funcional. O pós-operatório imediato mostrou ser o período de maior dificuldade atravessado pelo paciente, com apresentação de sintomas depressivos e distúrbios orgânicos. A maioria dos pacientes referiram, no pós-operatório, ter a ingestão alimentar prejudicada devido ao seu estado emocional, sendo que este fato só poderá ser minimizado com a ajuda de intervenções psicológicas futuras através de acompanhamento pós-operatório, para que não prejudiquem ainda mais sua recuperação e restabelecimento. Abstract Congenital palatal fissures can lead to facial prognatism. Surgical treatment of this condition implies a painful recovery process, which is due to restrictive conditions of speech and food intake after surgery; this can lead to weakening the patient s psychological defenses. This study is an attempt to evaluate and discuss the psychological aspects of patients submitted to orthognatic surgery. Ten adult patients from both sexes, admitted to the Hospital de Reabilitação de Anomalias Crânio Faciais da Universidade de São Paulo (Bauru-SP), were studied. Evaluation of the psychological condition of the patient was performed through a previously elaborated Entrevista Estruturada ; which was used in three different moments: before surgery (M1), on the day the patient left the hospital (M2), and late post surgery, 30 to 40 days after the patient left the hospital (M3). Results show that on M1, 90% of the patients were highly motivated for surgery with the expectation of stetical and/or functional improvement. All patients demonstrated knowledge related to the necessary limitation of food intake on the period that followed surgery. M2 showed that food intake restriction was accepted by 90% of the patients. At this time, referred symptoms were: weakness (60%), insomnia (20%), hunger (10%), weight loss (70%) and also a postsurgery depressive state (80%). Food intake limitation may have led to the observed psico-emotional effects and 88 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev. 2002

31 weight lost. M3 demonstrated that the greatest difficulties were related to restriction of food intake at home (50%); 70% of the patients continued to loose weight, 20% gained weight and 10% maintained the weight they had at the time they left the hospital. Eighty percent of the patients were pleased with the results obtained by the surgery. This study leads us to the conclusion that due the influence of the patient s psico-emotional state upon his post surgery behavior, patiens submitted to ortognatic surgery should have their psychological state carefully evaluated before surgery so that their psychological condition do not consitute a complicating factor in recovery from surgery. Key words: Orthognathic Surgery. Psychology. REFERÊNCIAS 1 - ANGERAMI, V. A. (Org.). Psicologia hospitalar: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, ARAÚJO, A. ; WOLFORD, L. M. Método sistemático de análise do paciente com vistas à cirurgia ortognática: diagnóstico e plano de tratamento. Ars Curandi Odont, Rio de Janeiro, v. 4, n. 10, p. 4-16, jan BELKISS, W. R. (Org.). A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira, BIRD, B. Conversando com o paciente. São Paulo: Manole, CHENG, L. H. et al. Orthognatic surgery. Br J Oral Maxillofac Surg, London, v. 33, no. 3, p. 197, June CHIDYLLO, S. A. ; CHIDYLLO, R. Nutritional evaluation prior to oral and maxillofacial surgery. Dent J, v. 55, no. 8, p , Oct CUNNINGHAM, S. J. et al. Psychological aspects of orthognathic surgery: a review of the literature. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 10, no. 3, p , D AGOSTINO, L.; JORGE, D. A criança portadora de fissura lábio-palatal. Pediatria Moderna, v. 26, n. 6, p , out FINLAY, P. M. et al. Orthognathic surgery: patient expectations; psychological profile and satisfaction with outcome. Br J Oral Maxillofac Surg, v. 33, no. 1, p. 9-14, Feb GARVILL J. et al. Psychological factores in orthognatic surgery. J Craniomaxillofac Surg, v. 20, no. 1, p , Jan GILL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, HALL, H. D. Intraoral surgery. In: BELL, W. H. (Ed.). Modern practice in orthognathic and reconstructive surgery. Philadelphia: Saunders, v. 3. p LAUFER, D. et al. Patient motivation and response to surgical correction of prognathion. Oral Surg, St. Louis, v. 41, no. 3, p , Mar MCBRIDE, K. L. ; SINN, D. P. Preoperative, intraoperative and postoperative care. In: BELL, W. H. ; PROFFIT, W. R. ; WHITE JUNIOR, R. P. (Ed.). Surgical conection of dentofacial deformities. Philadelphia: Saunders, 1980, v. 1, p MIYAHARA, M.; CAPELOZZA FI- LHO, L. Características cefalométricas da face no fissurado unilateral adulto. Ortodontia, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 5-16, jul./dez PERES, S. P. B. A. et. al. Impacto da cirurgia ortognática e da conduta nutricional pós-operatória sobre o estado protêico-energético dos pacientes. Ortodontia, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 8-16, maio/ago PROGREL M. A.; SCOTT P. Is it possible to identify the psychologically bad risk orthognathic surgery patient preoperativelly? Int J Adult Orthodon Orthognath Surg, Lombard, v. 9, no. 2, p , Feb ROSENFELD, I. Sintomas. Rio de Janeiro: Record, SCHMITT, F. E.; WOOLDRIDGE, P. J. Psychological preparation of surgical patients. Nurs Res, New York, v. 22, no. 2, p , Apr SHALHOUB, S. Y. Scope of oral and maxillofacial surgery: the psychosocial dimensions of orthognathic surgery. Aust Dent J, Sydney, v. 39, no. 3, p , June SOUZA, L. C. M. ; LUCCA, M. E. S. Face longa: tratamento cirúrgico. Rev Ass Paul Cirurg Dent, São Paulo, v. 44, n. 5, p , set./out WILMOT, J. J. et al. Associations between severity of dentofacial deformity and motivation for orthognathic surgery treatment. Angle Orthod, Appleton, v. 63, no. 4, p , Jan Endereço para correspondência Valéria Cristina Zane Rua Floriano Peixoto n o Jardim Estoril III - Bauru/SP CEP vczane@uol.com.br vczane@zipmail.com.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

32 Novos Produtos A TP Orthodontics apresenta o Primeiro Braquete de Cromo Cobalto na Prescrição Ricketts Os Braquetes Nu-Edge LN Mini-Twin pré-ajustados foram lançados recentemente na prescrição BioTech que oferece o alto torque recomendado pelo Dr. Ricketts. A TP Orthodontics foi a primeira a lançar os braquetes de Cromo-Cobalto Nu-Edge LN que são resistentes à corrosão e essencialmente sem níquel. Esta inovação em braquetes proporciona aos ortodontistas uma solução segura para o tratamento em pacientes alérgicos a níquel. O Slots verticais nos braquetes Nu-Edge LN, uma outra excelente qualidade, aceitam acessórios de até.018. Os acessórios reduzem e simplificam o tempo de tratamento dos pacientes. Assim como todos os braquetes da TP, a tecnologia PrimeKote está presente em todos os braquetes Nu-Edge LN para aumentar a força de aderência. Os braquetes Nu-Edge LN Bio Tech (Ricketts alto torque) estão disponíveis em kits com 20 braquetes ou em embalagens com 5. Fazer pedidos online é fácil e rápido no website da TP Para maiores informações sobre os braquetes Nu-Edge LN BioTech, por favor contate a TP Orthodontics Brasil através do Articulador semi-ajustável MG1 O articulador semi-ajustável MG1 é mais uma opção para o ortodontista no prognóstico do tratamento ortodôntico. Com um moderno sistema de transferência da posição do maxilar superior, o articulador evita a utilização do arco facial na montagem do modelo superior. O ajuste do garfo (forquilha) se realiza sem a utilização de ferramentas auxiliares (espátulas/alicates ou outras). Na regulagem do aparelho, já está incorporado o ângulo de Bennett nas caixas condilares. A altura entre as ramas do articulador permite sua utilização na montagem de pacientes com Síndrome de Long-face, para os quais o tratamento cirúrgico é, geralmente, prescrito. Todo este processo fica garantido graças ao pino de transferência que mantém o paralelismo de ambas as ramas, automaticamente, sem a necessidade de regulagem do pino incisal. A instalação dos medidores para registro da posição condilar é rápida e precisa. Também é fácil e exata a colocação das lâminas auto-adesivas nos medidores de registro de posição condilar (tambores e agulha). Graças a um sistema de platina (bolachas) para montagem dos modelos (superiores e inferiores) compatível com as facilidades deste articulador, torna-se fácil o manejo do mecanismo de registro de deslizamento transversal nos casos estudados. Além disto, pode-se fotografar posteriormente os modelos aproveitando-se a construção planejada do articulador. Para maiores informações: 90 R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p. 90, jan./fev. 2002

33 Novidades Editoriais Autotransplante Dentário Quando executado sob indicações adequadas, o autotransplante dentário é uma técnica previsível que normalmente resulta em um bom prognostico. Este atlas clínico, com 190 páginas e 700 ilustrações, detalha os vários procedimentos envolvidos no autotransplante. Conceitos como cicatrização associada com autotransplante, indicações clínicas, procedimentos cirúrgicos e prognósticos para várias situações, são apresentados aos leitores de forma simples, sendo possível ver o resultado de casos específicos num período de tempo mais alongado. Um recurso inestimável para cirurgiões bucais, ortodontistas, e periodontistas que querem integrar este procedimento à sua prática. O autor Tsukiboshi, Mitsuhiro incluiu as contribuições de Jens O. Andreasen, Yasuhiro Asai, Leif K. Bakland e Thomas G. Wilson, Jr. Conteúdo Introdução ao Autotransplante Dentário Embriologia e Anatomia dos Dentes e Tecidos Periodontais Cicatrização no Transplante e Reimplante Classificação e Indicações Clínicas Seguimento e Procedimentos de Tratamento Transplante de Dentes Imaturos Prognóstico História e Probabilidades Futuras Glossário de Termos Ortodônticos O autor John Daskalogiannakis reuniu neste Glossário um conjunto de livro e CD-ROM, que é o primeiro componente a ser lançado como parte das Dinâmicas de Ortodontia, uma série de aprendizagem multimídia interativa da Quintessence. Um guia de referência para o pensamento e conhecimento mais atualizado da comunidade ortodôntica, o Glossário contém as definições e descrições de mais de termos dentários e de Ortodontia, sendo 350 com ilustrações. O CD- ROM que o acompanha torna o Glossário mais conveniente e fácil de usar. O Glossário de Termos Ortodônticos será um importante auxiliar didático para o ortodontista que desejar explicar a seus pacientes detalhes do tratamento. Iniciados na ortodontia, professores de cursos de ortodontia, também encontrarão nesta ferramenta o respaldo necessário para esclarecer dúvidas e confirmar conhecimentos. Pedidos para a Quintessence Publishing pode ser feitos por service@quintbook.com ou por fax (630) Para falar com a empresa, o telefone é (630) Correspondências devem ser remetidas para 551 Kimberly Drive. Carol Stream, Il 60188, Ilinois EUA. Ortodontia Corretiva Técnica MD3 Alael de Paiva Lino utiliza esta obra para mostrar os resultados de um estudo longitudinal de mais 30 anos. Com o objetivo de atender aos anseios tanto de profissionais neófitos quanto de ortodontistas já experientes, o livro relaciona todas as características desta técnica, cujo maior trunfo é respeitar o sistema estomatognático. As 256 páginas e 400 ilustrações coloridas do Ortodontia Corretiva Técnica MD3 abordam de forma clara e didática o assunto. Desta forma, o leitor fica gratificado ao saber que, na Técnica MD3, o emprego de forças ortodônticas leves mantêm a sanidade periodontal, a integridade radicular e o equilíbrio neuromuscular, proporcionando maior conforto ao paciente. Solicitações devem ser feitas para a Livraria Artes Médicas. - Rua Dr. Cesário Motta Jr., 63 São Paulo SP. CEP Fone (011) Fax (011) artesmedicas@artesmedicas.com.br R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p.91, jan./fev

34 Tópico Especial Cirurgia Ortognática de Modelo realizada Passo a Passo Orthognatic Model Surgery Step by Step G. Willian Arnett Resumo A cirurgia ortognática realizada com precisão envolve vários procedimentos técnicos que devem seguir um protocolo particular para cada paciente, previamente ao procedimento cirúrgico propriamente dito. Dentre tais procedimentos destacam-se: análise facial precisa, análise radiográfica, confecção de registros inter arcos ou oclusais, confecção de modelos de gesso, planejamento preciso das movimentações ortodônticas, montagem dos modelos em articulador semi ajustável e realização da cirurgia de modelo para confecção do splint cirúrgico intermediário. Alguns autores já provaram que a cirurgia de modelo confeccionada com aferição de instrumentos digitais, sem dúvida é mais precisa, proporcionando maior fidelidade aos valores de referência obtidos em laboratório durante a cirurgia ortognática, propiciando um excelente pós-operatório e resultados condizentes com o planejemento inicial de cada paciente. A proposta deste tópico especial é descrever, passo a passo, os procedimentos da cirurgia de modelo e da confecção do splint cirúrgico intermediário. CIRURGIA DE MODELO Terminada a montagem dos modelos no articulador (Fig. 1), deve-se conferir: 1A - O pino guia incisal deve estar tocando a mesa incisal. 1B - O pino guia incisal deve estar no ponto zero. Este conjunto não deve ser movimentado em nenhum momento durante a cirurgia de modelos. FIGURA 1 A B G. Willian Arnett * Jon Kim ** Eduardo Sant Ana *** Fernando Paganeli M. Giglio **** Palavras-chave: Cirurgia de modelo. Cirurgia ortognática. Splint cirúrgico. * Instrutor Clínico e conferencista: das Universidades de Loma Linda, UCLA e USC e do Centro Médico Universitário de Fresno; em clínica particular, Santa Barbara, Califórnia; presidente da Sociedade Arnett de Cursos de Reconstrução Facial e presidente da Fundação de Cirurgia Ortognática Avançada. ** Em clínica particular, Santa Barbara, Califórnia; Membro da Fundação de Cirurgia Ortognática Avançada. *** Professor responsável pela Disciplina de Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo; membro da Advanced Orthognathic Surgery Foundation. **** Aluno de Mestrado em Estomatologia/Cirurgia da Faculdade de Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 7, n. 1, p , jan./fev

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