1. INTRODUÇÃO. Apresentação do Objeto de Estudo
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- Levi Palhares Correia
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1 9 1. INTRODUÇÃO Apresentação do Objeto de Estudo O Programa de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde é um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro e de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do ambiente (BRASIL, 2004). Os Resíduos dos Serviços de saúde (RSS) são resíduos gerados por prestadores de assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica e instituições de ensino e pesquisa médica relacionada tanto à população humana quanto à veterinária. Os RSS, apesar de representarem uma pequena parcela em relação ao total de resíduos gerados em uma comunidade, são fontes potenciais de propagação de doenças e apresentam um risco adicional aos trabalhadores dos serviços de saúde e a comunidade em geral, quando gerenciados de forma inadequada (SILVA et al, 2002). Serviços de Saúde são estabelecimentos destinados a promover a saúde do indivíduo, protegê-lo de doenças e agravos, prevenir e limitar os danos a ele causados e reabilitá-lo quando sua capacidade física, psíquica ou social for afetada. (SILVA et AL, 2002). O Gerenciamento de Resíduos tem se efetivado através da obrigatoriedade estabelecida, pela Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RDC Nº 306 e pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 358, para a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) em todos os estabelecimentos brasileiros que de alguma forma estejam envolvidos com a saúde, e conseqüentemente, gerem resíduos através dos serviços prestados.
2 10 É importante considerar os variados riscos ambientais e organizacionais aos quais os trabalhadores estão expostos, em função de sua inserção nos processos de trabalho. Devem-se conhecer os diversos problemas de saúde relacionados aos contaminantes ambientais, aqueles causados pelos processos produtivos e as suas conseqüências para o meio ambiente. O Gerenciamento de Resíduos, dentro do processo de trabalho, possui grande relevância para a saúde do trabalhador, levando-se em conta o fato de que visa à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente. Nesse sentido, a sua importância, no contexto da Saúde do Trabalhador é de promover à saúde, prevenindo e/ou reduzindo riscos e pode ser considerado um importante passo na prevenção de acidentes ocupacionais. Assim como as instituições hospitalares, as unidades básicas de saúde produzem resíduos que podem gerar risco à saúde humana, quando estes não forem devidamente tratados, armazenados e transportados. Se não forem manipulados corretamente podem ocasionar acidentes com conseqüências importantes para os trabalhadores, principalmente os resíduos pérfuro-cortantes, que podem contrair vírus como hepatites B e C e HIV, além do que podem contribuir para a infecção cruzada e hospitalar, interferindo na saúde de outros. Justificativa A temática estudada está fundamentada na evidência dada atualmente ao gerenciamento dos resíduos nos serviços de saúde e por este ser um assunto, ainda que baseado numa legislação vigente, desconhecido por muitos estabelecimentos e profissionais de saúde e, ainda, pela atenção reduzida do poder público frente às questões específicas aos resíduos. No meu exercício profissional, onde faço parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Clínica do Rim, e tal responsabilidade me trouxe a inquietação de pesquisar sobre o Gerenciamento de Resíduos em serviços de Saúde, dentro do processo de Trabalho, tendo como relevância a contribuição para o melhoramento do processo do sistema de gerenciamento dos resíduos em
3 11 serviços de saúde, levando-se em conta o fato de que visa à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente. É um trabalho possível e necessário de ser desenvolvido em qualquer cidade, por se basear em disposições, normas e legislação de abrangência e aplicação de vários níveis, de ordem legal, ecológica, sanitária, ambiental e política. Problema O que diz a literatura sobre a importância do gerenciamento dos resíduos gerados em serviços de saúde? Objetivo Analisar, a partir da literatura, a importância do gerenciamento de resíduos na busca pela melhoria da qualidade da saúde do trabalhador. Metodologia A abordagem metodológica utilizada para a construção deste trabalho monográfico tem como fundamento uma revisão literária acerca do tema em foco, utilizando-se da pesquisa bibliográfica sobre Gerenciamento de Resíduos em serviços de Saúde e os aspectos voltados à Saúde do Trabalhador. A pesquisa bibliográfica é realizada a partir da identificação, localização e compilação dos dados escritos em livros, artigos de revistas oficializadas, publicações de órgãos oficiais relevantes para o objetivo do estudo. Almeida júnior (1995), define este tipo de pesquisa como sendo a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informação para coleta de dados a respeito de determinado tema. Para Leite (2008), a pesquisa bibliográfica é realizada através do uso de livros e documentos existentes na Biblioteca. É a pesquisa cujos dados e informações são
4 12 coletadas em obras já existentes e serve de base para análise e a interpretação dos mesmos, formando um novo trabalho científico. Leite, afirma ainda que a pesquisa bibliográfica é fundamental, pois, além de ser autônoma, isto é, independe dos outros, serve de base, de alicerce para o fundamento e alcance dos objetivos dos outros tipos de pesquisa. Ela constitui também das pesquisas descritivas e experimentais. Apresentação da estrutura do trabalho Este estudo é constituído de uma revisão da literatura e, está subdividida da seguinte forma: No primeiro momento, foram apresentados autores que tratam da importância do gerenciamento de resíduos em Serviços de Saúde. Em seguida, foram descritas as seguintes Etapas do Programa de gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde: Segregação, Acondicionamento, Identificação, Transporte Interno, Armazenamento Temporário, Tratamento dos RSS e Transporte Externo. Posteriormente, foi abordado sobre a Importância e benefícios do Gerenciamento de resíduos para o homem e para o meio ambiente. No quarto momento foi enfatizado sobre à Promoção à Saúde do Trabalhador e Serviços de Saúde de acordo com a Lei 8080/90, como um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
5 13 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Gerenciamentos de Resíduos em Serviços de Saúde (GRSSS) Segundo o conceito do Ministério da Saúde do Brasil, os danos causados ao meio ambiente afetam toda a sociedade, cujo modelo de organização - individualista consumista e descartável - dificulta o entendimento, por parte de cada cidadão, da sua parcela de responsabilidade diante dos problemas ambientais; que dimensão alcança então, olhar sob ponto de vista coletivo e institucional. O problema do lixo é um assunto polêmico e de difícil dimensionamento no Brasil, onde cerca de 90% do total recolhido é lançado a céu aberto nos conhecidos lixões. Considerando que menos de 10% do volume total dos resíduos sólidos hospitalares produzidos são constituídos de lixo infeccioso, a classificação prévia na fonte produtora deverá reduzir o volume atualmente destinado a valas sépticas (Anjos et al., 1995) Atualmente, no Brasil, existe enorme preocupação com os grandes geradores de resíduos de maior risco para o meio ambiente, havendo intensificação da fiscalização e exigência no cumprimento de normas e leis existentes há mais de uma década. É fundamental compreender que todo Serviço de Saúde deve obrigatoriamente, elaborar um plano de gerenciamento de resíduos e submeter à aprovação do órgão fiscalizador determinado pelo município, seja ligado ao meio ambiente e/ou à saúde. O gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejamento e é formado a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro e eficiente (CAMPANER, SOUZA, 2002). Ainda no início da década de 90 foram emitidas várias leis e normas sobre resíduos de saúde nas esferas estadual e federal. E apesar do grande volume de leis,
6 14 decretos, portarias, resoluções e outros que havia na época, a questão ainda estava longe de ser resolvida, haja vista a falta de entendimento e aplicabilidade do exigido (CARTILHA DO PGRSS). Por várias vezes, foi comprovada a fragilidade da legislação vigente, uma vez que foram encontrados resíduos de saúde jogados em rios, matas, lixões e até em praça pública. Talvez o maior motivo para a não observância da legislação e conseqüente, o seu descumprimento fosse pelo fato de não ter tido uma eficiente fiscalização competente aos órgãos responsáveis (CARTILHA DO PGRSS) Tal situação ainda se faz presente e é ratificada por Correa (2003) o qual afirma que no Brasil, a maior parte dos resíduos sólidos gerados é disposta de forma inadequada no ambiente, que do ponto de vista sanitário e epidemiológico, são os grandes responsáveis pela transmissão de doenças, tais como as salmoneloses, leptospirose, giardíase, diarréias, dentre outras, bem como os acidentes com pérfuro-cortantes. Esta situação gera riscos à saúde e degrada o meio ambiente. Dados estatísticos mostram que do total do lixo produzido, cerca de 1 a 3% são gerados por estabelecimentos de saúde que da mesma forma que os restos domiciliares também têm o seu acondicionamento final inadequado. Garcia e Zanetti-Ramos (2004) relatam, também, sobre essa questão e afirmam que devido às condições precárias do gerenciamento dos resíduos no Brasil, decorrem vários problemas que afetam a saúde da população como a contaminação da água, do solo, da atmosfera e a proliferação de vetores e a saúde dos trabalhadores que têm contato com esses resíduos. Os problemas são agravados quando se constata o descaso com o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. No ano de 2003 surgiu a Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 33 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foi um marco histórico no monitoramento dos resíduos de saúde. Posteriormente, essa resolução sofreu algumas alterações e foi reeditada como RDC 306/04 para melhor convergir com a resolução 283 emitida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que tratava sobre o mesmo assunto. Mais tarde, a resolução do CONAMA também foi revisada e reeditada como 358/05, harmonizando os propósitos com a ANVISA, que por sua vez é o
7 15 órgão responsável pela fiscalização dos estabelecimentos de saúde de modo geral (CARTILHA DO PGRSS). Para a RDC Nº 306, são geradores de resíduos todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. Consta ainda na Resolução citada que todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas características dos resíduos por eles gerados. 2.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde suas etapas É o documento que aponta e descrevem as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e disposição final, bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente.compete a todo gerador de RSS elaborar seu PGRSS (CARTILHA DO PGRSS). Para a elaboração, implantação e desenvolvimento do PGRSS devem estar envolvidos os setores de higienização e limpeza, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), e os Serviços de Engenharia de Segurança e Medicina no Trabalho (SESMT), onde houver obrigatoriedade de existência desses serviços, através de seus responsáveis, abrangendo toda a comunidade do estabelecimento, em consonância com as legislações de saúde, ambiental e de Energia Nuclear, vigentes. Devem ainda fazer parte do Plano, ações para emergências e acidentes, de controle integrado de pragas e de controle químico, compreendendo medidas
8 16 preventivas e corretivas, assim como de prevenção de saúde ocupacional (CAMPANER, SOUZA, 2002). Os RSS possuem várias classificações, variando conforme os parâmetros adotados e o objetivo ao qual se destinam. Estes resíduos são divididos em três categorias: resíduos infecciosos, especiais e comuns. As etapas envolvidas no trato desses resíduos são importantes, desde o acondicionamento e o transporte no interior dos estabelecimentos de saúde, até as operações envolvidas na coleta externa, tratamento e destino final. Sendo assim, é de grande importância garantir a eficiência nos aspectos técnicos, operacionais, bem como as formas de controle e avaliação do processo. (BERTUSSI, 1994) De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA-RDC número 306, o PGRSS deve ser elaborado com base nas características e volume dos resíduos de serviços de saúde gerados, estabelecendo as diretrizes de manejo desses resíduos, incluindo as seguintes etapas: Segregação A segregação consiste na separação ou seleção apropriada dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos Acondicionamento O acondicionamento consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura (FIGURA 1). A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com geração diária de cada tipo de resíduo. - Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu
9 17 esvaziamento. - Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistente ao tombamento.- Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto não necessitam de tampa para vedação. - Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Figura1 Fonte: Identificação Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS (NORMA NBR 7.500, ABNT) Grupo A É identificado pelo símbolo de substância infectante com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos (FIGURA 2).
10 18 Figura 2 Fonte: Fonte: Grupo B É identificado pelo símbolo de risco associado e com discriminação de substância química e frases de risco (FIGURA 3). Figura 3 Fonte: Fonte: Grupo C É representado pelo Símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta), em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão REJEITO RADIOATIVO (FIGURA 4).
11 19 Figura 4 Fonte: Fonte: Grupo E É identificado pelo símbolo de substância infectante constante, rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resíduo (FIGURA 5). Figura 5 Fonte: Fonte: Transporte interno Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
12 20 apresentação para a coleta. O transporte interno deve ser realizado atendendo roteiro previamente definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Feito separadamente de acordo com grupo de resíduos e em recipientes que devem ser: Constituídos de material rígido, lavável, impermeável; Tampa articulada ao próprio corpo do equipamento; Cantos e bordas arredondados; Devidamente identificados com o tipo de resíduo neles contidos; Específicos a cada grupo de resíduos Providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído (FIGURA 6); Recipientes > 400l de capacidade deve possuir válvula de dreno no fundo; Recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o transporte pelos trabalhadores (Normas reguladoras do Min. do Trabalho e Emprego ) Figura 6 Fonte: Fonte: Armazenamento temporário Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para a coleta externa.
13 21 Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento; Poderá ser dispensado nos casos em que a distância entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem; A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resíduos deve ter: pisos e paredes lisas e laváveis; ponto de iluminação artificial ; área suficiente para armazenar, no mínimo, dois recipientes coletores; Sendo exclusiva, identificar SALA DE RESÍDUOS;Pode ser compartilhada com a sala de utilidades; Sendo assim, a sala deverá dispor de área exclusiva de no mínimo 2m², para armazenar dois coletores para posterior traslado até a área de armazenamento externo. Não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes ali estacionados; Tratamento Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. Pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento (condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento); Os sistemas de tratamento de RSS licenciamento ambiental (CONAMA 237/1997) passíveis de fiscalização e controle pelos órgãos da vigilância sanitária e do meio ambiente. Dispensado de licenciamento ambiental processo de autoclavação aplicados em laboratórios (redução de carga microbiana de culturas e estoques de microrganismos) Responsabilidade dos serviços que as possuírem, a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos periódicos devidamente registrados Sistemas de tratamento térmico por incineração (CONAMA 316/ 2002)
14 Armazenamento externo Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. Não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados Coleta e transporte externo Remoção dos RSS do abrigo de resíduos ( armazenamento externo ) até a unidade de tratamento ou disposição final; As normas NBR e NBR da ABNT, versam sobre a preservação das condições de acondicionamento, integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente (Órgãos de limpeza Urbana) (FIGURA 7); Figura 7 Fonte: Fonte: Destinação final Disposição de resíduos no solo, previamente preparados para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental ( CONAMA nº 237/ 97 )
15 23 Segundo a Resolução 358/2005, os resíduos de serviços de saúde são classificados em cinco grupos: Grupo A - potencialmente infectantes; Grupo B - químicos; Grupo C - rejeitos radioativos; Grupo D - resíduos comuns; e Grupo E - pérfuro-cortantes. Campaner e Souza (2002) comentam que os resíduos hospitalares favorecem um ambiente para o aparecimento de vetores como insetos e roedores, podendo gerar perigo a saúde humana e ao meio ambiente quando indevidamente tratados, armazenados e transportados. Se não forem manipulados adequadamente os resíduos biológicos podem ocasionar acidentes com graves conseqüências para os trabalhadores, e como exemplo clássico tem-se os resíduos pérfuro-cortantes, que podem veicular vírus como hepatite e HIV, além do que podem contribuir para a infecção hospitalar. Partindo do pressuposto que existe uma precariedade do tratamento e disposição final dos resíduos de serviços de saúde no Brasil, em que apenas pequena parte é depositada em aterros sanitários controlados, não se pode desprezar a contaminação ambiental provocada por esses resíduos. Silva et al. (2002) informam que diferentes microrganismos patogênicos presentes nos resíduos de serviços de saúde apresentam capacidade de persistência ambiental, entre eles Mycobacterium tuberculosis, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, vírus da hepatite A e da hepatite B. Bidone (2001) salienta ainda que diferentemente dos resíduos domiciliares comuns, os de serviços de saúde podem apresentar grande quantidade de substâncias químicas, como desinfetantes, antibióticos e outros medicamentos, decorrendo daí também o risco químico, além do biológico. Kümmerer (2003) complementa, afirmando que, além disso, a disposição conjunta dos resíduos contendo microrganismos e substâncias químicas podem provocar um aumento das populações bacterianas resistentes a certos antibióticos, detectadas no esgoto de hospitais. Dessa forma, o mau gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde pode favorecer a propagação da resistência bacteriana múltipla a antimicrobianos. Silva et al. (2002) verificaram que há possibilidade de agravos à saúde humana e ambiental associados a diferentes microrganismos patogênicos, ressaltando o risco
16 24 à exposição biológica quando prevalece o gerenciamento inadequado dos resíduos de serviços de saúde, dentro e fora dos serviços de saúde. A segregação dos resíduos produzida no momento e no local onde são gerados permite a redução do volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais, além de trazer benefícios à saúde pública e ao meio ambiente. 2.3 Importância e benefícios do gerenciamento de resíduos para o homem e para o meio-ambiente Minimização da geração de resíduos; Destinação correta dos resíduos; Reduzir a periculosidade dos resíduos; Diminuição dos impactos ambientais e visuais; Preservação dos recursos naturais renováveis e não renováveis; Receita na venda de materiais recicláveis; Redução com os gastos de disposição; Diminuição da quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários; Marketing positivo, em virtude da imagem de responsabilidade social e ecológica do município/instituição que se adapta a tais práticas; Biossegurança dos trabalhadores / melhora a segurança e a higiene do trabalho; Ampliação da qualidade dos serviços prestados; Satisfação dos clientes, dos trabalhadores e da sociedade; Cumprimento da Legislação vigente; Melhoria da qualidade de vida. 2.4 Promoção à Saúde do Trabalhador O objeto da saúde do trabalhador pode ser definido como o processo saúde e doença dos grupos humanos, em sua relação com o trabalho. Representa um esforço de compreensão deste processo - como e porque ocorre - e do
17 25 desenvolvimento de alternativas de intervenção que levem à transformação em direção à apropriação pelos trabalhadores, da dimensão humana do trabalho, numa perspectiva teleológica (MENDES & DIAS, 1991). Entende-se por saúde do trabalhador, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho (BRASIL, LEI 8080/90, Art. 6, 3). A vigilância sanitária não recupera a saúde do indivíduo doente, ela possui um papel mais complexo dentro do SUS, que é o de pôr em prática medidas que objetivam diminuir, prevenir, eliminar, coibir, fiscalizar, induzir e intervir nas condições que constituam riscos de agravo à saúde do indivíduo, da coletividade e, de modo especial, do indivíduo trabalhador em seu ambiente de trabalho. Nesse sentido, não se pode entender a saúde do trabalhador como oferecimento de serviços ambulatoriais e hospitalares ao trabalhador acidentado, excluindo as ações preventivas e coercitivas que possam eliminar os riscos advindos das condições de trabalho. Hoje, apesar de os trabalhadores estarem mais conscientes dos prejuízos à sua saúde ocasionados pelas más condições de trabalho, a política de transformação do fator nocivo em complemento salarial (pagamento da insalubridade e periculosidade), ainda freia as reivindicações e a efetividade das medidas de proteção (HAAG & LOPES, 2001). O medo de perder o emprego por parte de alguns trabalhadores, pode fazer com que, muitas vezes, os mesmos aceitem as condições de trabalho que lhes são oferecidas, de forma passiva, mesmo por parte daqueles que possuem algum conhecimento dos seus direitos adquiridos, enquanto empregado de uma instituição. Tal comportamento leva a uma insegurança considerada para a saúde do trabalhador.
18 26 Outra situação é observada em algumas empresas que assumem uma postura equivocada em relação às questões de segurança e promoção da saúde de seus trabalhadores onde, a preocupação maior no cumprimento dos programas de segurança deve-se ao atendimento das exigências legais contidas na legislação trabalhista. Essa conduta limita as ações em nível de segurança no trabalho podendo, inclusive, comprometer a segurança e a saúde dos trabalhadores. Conseqüentemente, os próprios funcionários envolvidos nessa rotina, podem banalizar questões tão importantes, como sua própria segurança, em virtude de saberem que a empresa pode estar mais preocupada com o cumprimento da legislação e com o processo produtivo e seus resultados, do que com questões referentes às condições laborais e a própria saúde dos seus trabalhadores. A pouca preocupação dos geradores dos resíduos de serviços de saúde com o gerenciamento desses resíduos reflete a atitude das autoridades governamentais, que em nosso país têm uma história de descaso com a saúde. A população por sua vez também exerce pouca pressão sobre as autoridades, contentando-se com a coleta apenas, não acompanhando o gerenciamento dos resíduos até a disposição final e não exigindo um melhor tratamento desses resíduos. Isso fica evidente pela inexistência de um hábito de segregação dos resíduos nos domicílios brasileiros e à pequena porcentagem de municípios que oferecem coleta seletiva (GARCIA & ZANETTI-RAMOS, 2004). As ações de vigilância em saúde do trabalhador devem ser intensificadas, buscando maior intervenção para promover o cumprimento das normas, monitoramento dos casos, melhoria dos ambientes de trabalho e a redução dos riscos de doenças e de acidentes de trabalho. Há algumas realizações de alta relevância e que devem ser estimuladas. O trabalhador brasileiro tem direito a uma qualidade de vida digna e isso só será possível com um sistema de saúde que o trate com dignidade (O NEILL, 2000). Em se tratando da problemática do gerenciamento de resíduos, será uma importante conquista tanto para a instituição quanto para os seus trabalhadores o cumprimento da legislação, deixando claro o fato de que a prática de ações de segurança quanto
19 27 ao manuseio e destinação adequada de resíduos contribui diretamente para a promoção da qualidade do trabalho prestado, para a saúde do trabalhador e para o meio ambiente. 2.5 Serviços de Saúde Serviços de Saúde são estabelecimentos destinados a promover a saúde do indivíduo, protegê-lo de doenças e agravos, prevenir e limitar os danos a ele causados e reabilitá-lo quando sua capacidade física, psíquica ou social for afetada. (SILVA et AL, 2002). A Organização Mundial de Saúde e Organização Internacional do Trabalho, diz que todo cidadão tem direito ao trabalho saudável, seguro e a um ambiente laboral que lhe conceda uma vida social e economicamente produtiva. Tomando-se como referência a relevante incidência de acidentes e doenças ocupacionais, torna-se evidente que estamos ainda distantes deste objetivo. Estudos realizados mostram a importância do gerenciamento adequado dos resíduos produzidos para a promoção da saúde do trabalhador e para a manutenção de um meio ambiente saudável e os efeitos deletérios de sua não implantação, o que pode implicar em danos à saúde humana, ao ecossistema, aos recursos naturais ou à saúde da comunidade e da sociedade tanto a curto como a longos prazos. Os efeitos adversos dos resíduos sólidos municipais no meio ambiente, na saúde coletiva e na saúde do indivíduo são reconhecidos por diversos autores (Anjos et al., 1995; Ferreira, 1997; Maglio, 2000; Robazzi et al., 1992; Velloso, 1995), que apontam as deficiências nos sistemas de coleta e disposição final e a ausência de uma política de proteção à saúde do trabalhador, como os principais fatores geradores desses efeitos. Os autores supracitados referem também que os trabalhadores, diretamente envolvidos com os processos de manuseio, transporte e destinação final de resíduos estão expostos aos riscos de acidentes de trabalho provocados pela ausência de
20 28 treinamento, pela falta de condições adequadas de trabalho e pela inadequação da tecnologia utilizada à realidade dos países em desenvolvimento; e pelos riscos de contaminação pelo contato direto e mais próximo do instante da geração do resíduo, com maiores probabilidades da presença ativa de microorganismos infecciosos (Ferreira, 1997; Sivieri, 1995; Velloso et al., 1998). Além dos trabalhadores dos serviços de saúde, também os das firmas terceirizadas de limpeza e os trabalhadores das companhias municipais de limpeza manuseiam os resíduos de serviços de saúde e estão expostos aos riscos inerentes quando esses resíduos são mal gerenciados (GARCIA & ZANETTI-RAMOS, 2004). Relacionado aos trabalhadores de limpeza, Ferreira & Anjos (2001), refere que a escolha pelo modelo de terceirização e privatização dos serviços de limpeza urbana pode ter um reflexo negativo na saúde dos trabalhadores, visto que existe uma elevada rotatividade que inviabiliza programas de treinamento e prevenção, o que poderá resultar no aumento do número de acidentes e na degeneração dos padrões de saúde dos referidos trabalhadores. A falta de conhecimento ou a falta de cumprimento da legislação concernente aos resíduos nos serviços de saúde pode comprometer a segurança e a saúde do trabalhador, visto que o ambiente laboral se torna insalubre, ficando o trabalhador exposto com a execução do seu processo de trabalho, trazendo conseqüências importantes para a saúde pública. A luta pela conscientização dos empregados e dos empregadores no que se refere à importância de se adotar medidas que visem a preservação da saúde, conforto laboral e qualidade de vida do trabalhador, devem, conseqüentemente, estar associadas à melhoria das condições de trabalho e de aumento de produtividade. Garcia & Zanetti-Ramos (2004) acreditam que o gerenciamento adequado dos resíduos pode contribuir significativamente para a redução da ocorrência de acidentes de trabalho, especialmente aqueles provocados por pérfuro-cortantes. Assim sendo, também poderia ser reduzida a exposição percutânea dos trabalhadores dos serviços de saúde a materiais biológicos, uma medida no contexto da biossegurança que teria grande impacto para a saúde ocupacional.
21 29 Até a constituição de 1988, a saúde dos trabalhadores era de responsabilidade do Ministério do Trabalho, que fiscalizava os ambientes de trabalho e do Ministério da Previdência e Assistência Social, que concedia benefícios e cuidava da assistência médica dos acidentados. Nos anos 80, durante a Reforma Sanitária Brasileira, a sociedade debateu amplamente o conceito de saúde, reconhecendo a relação dos indivíduos e de grupos sociais com o trabalho como uma questão de saúde. Assim, a constituição de 88 incluiu a saúde dos trabalhadores como responsabilidade do SUS, integrando as ações de vigilância dos ambientes de trabalho as de atenção à saúde dos trabalhadores. O direito à saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano, sendo que o outro é o direito a um ambiente de trabalho digno. Faz-se mister buscar a qualidade plena que minimize os transtornos presentes nos locais de trabalho e, que tanto afeta a vida do trabalhador, de sua família e de toda a comunidade. É neste contexto que o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, dentro do processo de trabalho, possui grande relevância para a Saúde do Trabalhador, levando-se em conta o fato de que visa à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública e do meio ambiente. Nesse sentido, a sua importância, no contexto da Saúde do Trabalhador é de promover a saúde, prevenindo e/ou reduzindo riscos e pode ser considerado um importante passo na prevenção de acidentes ocupacionais, quando devidamente implantado e implementado. Assim como as instituições hospitalares, as unidades básicas de saúde produzem resíduos que podem gerar risco à saúde humana, quando estes não forem devidamente tratados, armazenados e transportados. Se não forem manipulados corretamente podem ocasionar acidentes com conseqüências importantes para os trabalhadores, principalmente os resíduos pérfuro-cortantes, que podem contrair
22 30 vírus como hepatites B e C e HIV, além do que podem contribuir para a infecção cruzada e hospitalar, interferindo na saúde de outros. Devido à tamanha relevância do assunto, o Gerenciamento de Resíduos tem se efetivado através da obrigatoriedade estabelecida, pela Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RDC Nº 306 e pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 358, para a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde (PGRSS) em todos os estabelecimentos brasileiros que de alguma forma estejam envolvidos com a saúde, e conseqüentemente, gerem resíduos através dos serviços prestados.
23 31 3. Considerações Finais A importância deste estudo está fundamentada na evidência dada, atualmente, ao Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, por este ser um assunto, ainda que baseado numa legislação vigente, desconhecido por muitos estabelecimentos e profissionais de saúde e, ainda, pela atenção reduzida do poder público frente às questões específicas de resíduos. Portanto, é objetivo desta pesquisa alertar sobre a importância do Gerenciamento de Resíduos na busca pela melhoria da qualidade da Saúde do Trabalhador. Pode-se observar na literatura que fundamenta esta pesquisa, que a adoção de medidas prevencionistas de acidentes e doenças ocupacionais, relacionadas ao gerenciamento adequado de resíduos nos serviços de saúde representa um dos grandes desafios para a investigação e intervenção no âmbito da Saúde do Trabalhador. Os autores aqui estudados defendem que é importante tanto para os empregados quanto os empregadores, que tenham conhecimento ampliado das conseqüências que a ausência do gerenciamento de resíduos pode acarretar para a saúde do trabalhador e para o meio ambiente, tornando o ambiente laboral nocivo à saúde pública. Esta pesquisa nos mostra que, é inegável a relevância sobre a implantação e funcionamento devido do gerenciamento de resíduos nos serviços de saúde. A implantação do programa e o treinamento dos trabalhadores para o manuseio adequado dos resíduos produzidos minimizam os riscos de acidente de trabalho e de doenças ocupacionais, oferecendo ao trabalhador segurança para a sua saúde. No entanto, percebe-se a partir deste estudo que, o desconhecimento e descumprimento da legislação vigente por muitos, implicando na exposição do trabalhador em ambientes de trabalhos insalubres. O sistema de saúde brasileiro precisa investir mais nas ações de vigilância em saúde do trabalhador, para que desta forma possa ser cumprido por todos a legislação que trata do gerenciamento
24 32 de resíduos, as ações das instituições sejam monitoradas e, assim, qualificar os ambientes de trabalho e a redução dos riscos de doenças e de acidentes de trabalho.
25 33 4. REFERÊNCIAS ALMEIDA JÚNIOR, João Batista de. O estudo como forma de pesquisa. In: Carvalho, Maria Cecília de (org). Metodologia científica. Fundamentos e t ecnicas. 5. Ed. Campinas, SP: Papirus, ANJOS, Luiz Antonio et al. Gasto Energético e Carga Fisiológica de Trabalho em Coletores de Lixo Domiciliar no Rio de Janeiro: Um Estudo Piloto. Rio de Janeiro: Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, BERTUSSI, FILHO, L. A. - Curso de resíduos de Serviço em saúde: Gerenciamento, Tratamento e Destino Final. Apostila do curso de Lixo Hospitalar da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária. Curitiba PR: BIDONE, Francisco Ricardo Andrade. Resíduos sólidos provenientes de coletas especiais: eliminação e valorização. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, Brasília, set BRASIL. Presidência da República. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução nº 306, de 07 de dezembro de Diário Oficial da União, 10 de Dezembro de BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária- Brasília: Ministério da Saúde, p
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