Como estamos fazendo a gestão dos RSS no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE): reflexão e orientação
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1 Como estamos fazendo a gestão dos RSS no Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência (CAOE): reflexão e orientação Janaína Conrado Lyra da Fonseca Resp. Grupo Segurança do Trabalhador e Sustentabilidade Ambiental
2 Quais as legislações precisamos atender? Resolução Anvisa 306/2004 Resolução Conama 358/2005 NR 32
3 O que precisamos providenciar? Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde- PGRSS: Documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos serviços mencionados no art. 1 desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente (definição CONAMA)
4 O que precisamos providenciar? Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde- PGRSS: O PGRSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS. (definição Anvisa)
5 A quem se aplica? A todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares.
6 Quem são os responsáveis pelo PGRSS? Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao responsável legal o gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final. Devem elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), de acordo com a legislação vigente, especialmente as normas da vigilância sanitária.
7 Os resíduos de serviço de saúde são classificados em: GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. São subdivididos em: A1, A2, A3, A4 e A5.
8 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? A1 1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética; 2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;
9 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? 3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta; 4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
10 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? A2 - carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica;
11 Quais os cuidados com cada uma das classes? Destino resíduos Classe A1 e A2 Devem ser submetidos a processos de tratamento em equipamento que promova redução de carga microbiana compatível com nível III de inativação microbiana e devem ser encaminhados para aterro sanitário licenciado ou local devidamente licenciado para disposição final de resíduos dos serviços de saúde.
12 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? A3 - peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares; Destinação: I - sepultamento em cemitério, desde que haja autorização do órgão competente do Município, do Esta Estado ou do Distrito Federal; ou II - tratamento térmico por incineração ou cremação, em equipamento devidamente licenciado para esse fim.
13 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? 1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados; 2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; 3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. 4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração; lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
14 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? 5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; 6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica; 7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas forrações; e 8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
15 Cuidados na destinação da classe A4 Podem ser encaminhados sem tratamento prévio para local devidamente licenciado para a disposição final de resíduos dos serviços de saúde. Parágrafo único. Fica a critério dos órgãos ambientais estaduais e municipais a exigência do tratamento prévio, considerando os critérios, especificidades e condições ambientais locais.
16 Quais são os resíduos que pertencem a cada classe? A5 - órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. Destinação: devem ser submetidos a tratamento térmico - incineração.
17 Premissas de um PGRSS Prevenir; Minimizar; Segregar; Tratar e/ou dispor.
18 Etapas de um PGRSS da geração a destinação final Caracterização; Segregação; Acondicionamento; Tratamento; Armazenamento; Transporte; Disposição Final
19 Caracterização A1 Culturas e estoques de mo resíduos da fabricação de produtos biológicos; vacinas de mo vivos ou atenuados Sangue e hemoderivados bolsas e equipamentos de sangue e hemoderivados após transfusão, com prazo de validade vencido ou com sorologia positiva. A2 Resíduos cirúrgicos, anatomo-patológicos Tecidos, víceras, feto, peças anatômicas proveniente de animais submetidos a processos de experimentação com mo, necrópsia e resíduos contaminados por estes materiais.
20 A3 Peças anatômicas humanas, fetos menores que 500g. A4 Kits de linhas arteriais, filtros de ar e gases, sobras de amostras contendo fezes, urina e secreções. A5 órgãos, tecidos, fluidos orgânicos e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou surpresa de contaminação com príons.
21 Segregação/Identificação Levantamento dos tipos de resíduos Identificação dos resíduos Infectantes e/ou perfurocortantes Químicos Radioativos
22 Segregação/Manejo a segregação será no local da geração; identificado de acordo com a NBR ; o transporte interno será feito em recipientes de material rígido, impermeável e lavável, em sentido único em horário pré-estabelecido; 1 ABNTNBR7500: Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos.
23 Acondicionamento
24 Saco Branco Leitoso NBR 9191/2000
25 Coleta e Transporte Interno Consistem no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo, com a finalidade de disponibilização para a coleta.
26 Carrinhos de coleta Interna
27 Armazenamento temporário Devem ser mantidos nos coletores; Local deve ser fechado, ventilado e de fácil higienização; Fácil putrefação devem ser armazenados por no máximo 24 horas; etc.
28 Armazenamento Externo Acessibilidade; Exclusividade; Segurança (sol, chuva e pessoas); Higiene (do local e dos carrinhos coletores)
29 Transporte Externo/Coleta Sinalização e simbologia adequadas; Não possuir compactação; Identificação do veículo; Etc.
30 Acondicionamento de RSSS Grupo E - Perfurocortantes
31 Disposição Final aterros sanitários incineradores
32 Tratamento Desinfecção Autoclavagem Incineração Microondas
33 Grupo B - Químicos Medicamentos vencidos Vacinas
34 Grupo D Serão embalados em sacos impermeáveis, contido em recipientes identificados. Os destinados a reciclagem,deverão ser identificados utilizando cores e símbolos de materiais recicláveis do CONAMA nº 275/2001. Azul - Papeis; Amarelo - Metais; Marrom - Orgânicos; Vermelho - Plásticos; Verde - Vidros. Os resíduos orgânicos (flores, sobras de alimentos que não tiveram contato com secreções, excreções e fluidos corpóreos), podem ser encaminhados para compostagem.
35 RSS coletados no Brasil por região (em ton/dia) A população brasileira cresceu 16,8% nos últimos 10 anos, enquanto os resíduos 48% no mesmo período. IBGE,2000.
36 Plano de Trabalho PGRSS 3 meses - 14 agosto/2012 Treinamento/capacitação (parceria com admnistração da FOA setembro/2012) Adequação de infra-estrutura -? Adequação de espaços, equipamentos e utensílios (carrinhos limpeza, carrinho para transporte de resíduos infectantes, depósitos de estoques, identificação dos espaços, outros ver relatório) 6 meses - 13 novembro/2012
37 Grata pela atenção
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