referência. 1 Georeferenciado: um mapa onde os elementos contêm coordenadas conhecidas num dado sistema de
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- Glória Sabrosa Peixoto
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1 MAPEAMENTOS Luiz Felipe Guanaes Rego Professor do Departamento de Geografia da PUC-RIO Coordenador do NIMA Gustavo Martins Russo Geógrafo do LabGis da PUC-RIO Aluna do Departamento de Geografia da PUC-RIO Elaine Tinoco Resumo Um artigo que descreve como foram feitos os mapas da pesquisa do mapeamento de terreiros no Rio de Janeiro, que pode ser tomado com um guia para orientar a produção de mapeamentos similares em outras regiões do país. O texto descreve como o mapa geral da pesquisa foi construído e disponibilizado na web; como se produziram os mapas temáticos e, para finalizar, apresenta o projeto piloto de análise geográfica dos dados do mapeamento, que vem sendo desenvolvido para o município de Nova Iguaçu. Introdução O Mapeamento das Casas de Religiões de Matrizes Africanas (CRMAs) é um projeto que integra uma perspectiva multidisciplinar. Os mapas, ou melhor, as representações cartográficas do espaço geográfico são, e foram, carregadas de intencionalidades que expressam territórios, conflitos e pressões (Massey, 2008). Mapear algo, dentro da intencionalidade do Estado expressa através da SEPPIR/PR, torna estes mapas instrumentos de reconhecimento espacial, sugerindo que as casas são áreas de ação territorial compondo uma configuração em rede que deve ser reconhecida como integrante da malha social e, como tal, sujeito de direitos que garantam sua permanência e interações religiosas em suas várias esferas e especificidades. Os mapas em si, georeferenciados 1, expressam a localização das casas e evidenciam, através dos questionários executados junto às lideranças das CRMAs, as ações empreendidas e sua abrangência. O projeto desenvolvido pelos Departamentos de Serviço Social, Ciências Sociais e Geografia da PUC-RIO, através do NIREMA e NIMA, imprimiu às representações cartográficas atributos categóricos e quantitativos que permitiram expressar os diferentes 1 Georeferenciado: um mapa onde os elementos contêm coordenadas conhecidas num dado sistema de referência.
2 aspectos das casas de religiões de matrizes africanas (CRMAs), o que em muito elucidou os problemas espaciais da rede, permitindo sustentar ações de reconhecimento a serem empreendidas pelo Estado com mais efetividade e realismo. Este artigo visa primeiramente descrever o processo de produção dos mapeamentos executados durante o projeto. Para isso o primeiro item denominado Como foram feitos os mapas, pode ser entendido com um guia que poderá orientar a produção de mapeamentos similares em outras regiões do país. Os mapas desenvolvidos no projeto também foram disponibilizados através da rede internacional de computadores (web), o que ampliou seu uso além dos tradicionais mapas em papel, permitindo uma relação mais interativa e dinâmica com os dados geográficos como descrito no item O mapa na web. As análises sobre o banco de dados que foram desenvolvidas necessitaram do apoio de mapas temáticos 2, compreendendo diferentes recortes espaciais que permitiram avaliar os serviços prestados pelas casas em uma perspectiva geográfica de redes e exigindo o estabelecimento de regiões de pesquisa, como descritos no item Regiões de pesquisa adotadas pelo projeto. As CRMAs representadas através de pontos georeferenciados, conectados a seus atributos derivados da pesquisa de campo, permitiram a busca de outras relações espaciais com informações de diferentes fontes, ampliando a capacidade de análise e entendimento daquele recorte geográfico. Assim se iniciou um trabalho piloto, em desenvolvimento, de organização de base de dados variados do município de Nova Iguaçu, visando integrá-los aos dados geográficos da pesquisa. Esta iniciativa está descrita no item O projeto piloto de Nova Iguaçu. Como foram feitos os mapas Para o mapeamento das CRMAs utilizamos um Sistema de Informações Geográficas (SIG), que é um sistema designado à captura, armazenamento, manipulação, análise, gerenciamento e apresentação de todo tipo de dado geográfico, ou seja, dados que contenham coordenadas geográficas. O SIG separa a informação em diferentes 2 Mapas temáticos são mapas que descrevem um atributo especifico do espaço geográfico.
3 camadas temáticas e armazena-as independentemente, permitindo trabalhar com elas de modo rápido e simples, fazendo com que o operador ou utilizador possa relacionar a informação existente através da posição e topologia dos objetos, podendo até gerar uma nova informação (Câmara, 1996). Os SIGs constituem-se num poderoso conjunto de instrumentos que permitem transformar e organizar os dados do mundo real segundo um conjunto particular de objetivos, bem como expressam informações a respeito de dados em unidades espacialmente distribuídas, focalizando os fenômenos ocorrentes na superfície terrestre e seus atributos. A potencialidade dos SIGs aplica-se nos procedimentos de análise espacial, mas observa-se recentemente todo um conjunto de esforços visando a elaboração de programas que possibilitem, também, a análise dos dados de séries temporais (Christofolleti, 1999). Durante os trabalhos de campo, as CRMAs foram mapeadas com utilização de aparelhos de GPS 3 para atribuir-lhes coordenadas. Junto com as informações espaciais, diversos atributos quantitativos e qualitativos foram levantados a partir do Questionário da pesquisa, respondido pelos colaboradores do projeto. As informações contidas nos questionários foram, então, organizadas em planilhas, conformando um banco de dados digital. Estas planilhas foram organizadas por linhas e colunas. Cada linha representou uma CRMA e cada coluna um atributo derivado da pesquisa de campo incluindo: tipo e origem, número de atendimentos, ocorrências de atos de intolerância religiosa, entre outros. Cada linha daquela tabela está associada a um ponto georeferenciado, que pode ser visualizado em mapas. Os atributos associados podem ser representados graficamente através de cores e proporções. Os produtos das análises são mapeáveis, pois os sistemas de informação geográfica são tecnologias altamente visuais e orientadas para a graficacia. Os resultados da análise espacial são disponibilizados sob a forma gráfica e mapeável, assim o produto não fica sendo simplesmente um conjunto de valores estatísticos ou de parâmetros. 3 O sistema de posicionamento global, popularmente conhecido por GPS (acrônimo do original em inglês Global Positioning System ou, em português, Geo Posicionamento por Satélite ) é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a posição do mesmo, assim como informação sob todas condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS.
4 A característica da visualização é importante na análise espacial, como rege o paradigma da análise espacial exploratória (Batty, 1993), em que os três componentes básicos da análise espacial exploratória: 1) conhecimento e intuição humana; 2) instrumentos de análise, e 3) sistemas de informação geográfica, são etapas e interagem entre si. O software utilizado para construir os mapas do projeto foi o ArcGIS 4 na sua versão 9.3, instalado nas máquinas do Laboratório de Geoprocessamento (LabGIS) da PUC-Rio. O ArcGIS permitiu que o operador utilizasse a simbologia mais adequada para o objetivo do produto final, podendo conter representações cartográficas como ponto, linha ou polígono, que foram armazenadas em um arquivo vetorial geográfico denominado shapefile 5. Para o estudo em questão, foi adotada a simbologia de pontos para as feições que representam as CRMAs. Como pano de fundo, para orientar o leitor dos mapas, foram inseridas feições como polígonos tais como bairros e municípios e linhas como principais rodovias e ferrovias. Primeiramente, foi definido que seria usado, como indicado pelo IBGE, o South American Datum 1969 (SAD 69) como referencial geodésico horizontal e o sistema UTM (Universal Transversa de Mercator) para representar o mundo real no ambiente plano. Este sistema tem como base a projeção cilíndrica de Mercator, mas de forma transversal ao globo, de forma a abranger todas as latitudes. Além disso, o cilindro na UTM é secante ao globo, enquanto que na projeção cilíndrica normal ele é tangente. O cilindro secante faz com que haja duas linhas de distorção nulas e faixas de ampliação e redução da projeção com valores pequenos que variam de 0,9996 até 1,001. Outro facilitador desta projeção é o seu sistema de coordenadas, que adota o sistema métrico como medida, deixando o cálculo de distâncias no mapa mais prático do que com um sistema de graus, minutos e segundos (IBGE, 1998). Como a área de atuação do projeto é o Estado do Rio de Janeiro, com foco na 4 ArcGis é uma plataforma para criação e gerenciamento de soluções através da aplicação do conhecimento geográfico. 5 Shapefile é um formato desenvolvido pela ESRI para armazenamento digital de dados geográficos composto por geometrias como pontos, linhas e polígonos. Como exemplo representando poços, rios e lagos.
5 Região Metropolitana, foi preciso utilizar apenas um fuso do sistema UTM, o fuso 23. No caso específico do recorte geográfico da Região da Baixada Fluminense, por estar localizado na borda do fuso, se extrapolou as coordenadas até que alcançasse toda a área de interesse (IBGE, 2008). Com os dados da pesquisa georeferenciados e determinados os parâmetros cartográficos se produziu um primeiro produto numa escala pequena que permitiu a visualização da parte do Estado do Rio de Janeiro, na qual se localizaram as casas que compunham o universo da pesquisa. Neste primeiro mapa geral as CRMAs foram mapeadas com símbolos que representaram as seguintes denominações: Candomblé, Umbanda ou Híbridas. Este mapa teve como objetivo mostrar a distribuição geográfica das casas no Estado do Rio de Janeiro. As perspectivas de análise espacial são importantes para as aplicações nos estudos sociopolíticos, como em relação ao objetivo da análise sobre intolerância religiosa, onde as distâncias entre os locais dos eventos é fator relevante para determinar as interações entre eles. Desta maneira, é importante salientar que as ocorrências distribuídas espacialmente não são independentes, pois a produção e reprodução do espaço envolvem um conjunto de processos ainda mais articulados. Sendo assim, a necessidade de intervir nesse espaço, buscando uma melhor compreensão do espaço geográfico e das relações da sociedade com o ambiente onde vive, torna a procura por novos instrumentos conceituais e técnicos uma constante em todas as áreas do conhecimento (Farina, 2010). Mapas na web Um dos efeitos de maior notoriedade na atualidade é a proliferação de dados geográficos na Internet, o que vem revolucionando a maneira com a qual lidamos com a informação. Esta encurtou distâncias e abriu o acesso instantâneo a milhões de fontes de conhecimento. Como consequência disto, notamos uma corrente migratória dos Sistemas de Informação para a Internet (Junior et al, 2010). Nota-se também que, devido a popularidade da Internet, o paradigma dos Sistemas de Informações Geográficas está se deslocando para uma nova direção que é a de Serviços de Informações Geográficas (Tsou, 2001). No bojo das tecnologias de sensoriamento remoto e sistemas de posicionamento global, através de interfaces
6 amigáveis e bastante ágeis como o Google-Earth 6 ou o Google-maps 7, tornou-se normal acessar todo tipo de dados geográficos, tais como: imagens de satélite, dados socioeconômicos e dados físico-espaciais. Esta revolução da informação geográfica, em conjugação com as ditas redes sociais, vem permitindo o surgimento de vários movimentos de conscientização e articulação de ações com características espaciais estimulando processos de participação social de muitas ordens. Neste contexto, o projeto desenvolveu um aplicativo na internet que permitiu a visualização das CRMAs em ambiente geográfico. O objetivo principal dos mapas digitais foi criar uma interface amistosa, que permitiu que usuários que nunca tiveram acesso a esse tipo de ambiente se sentissem compelidos a utilizar as informações mapeadas e disponibilizadas. Na página da web foi possível a visualização das diferentes camadas de informação 8, o que permite a obtenção de diversas informações com apenas um toque. O usuário pode selecionar qualquer casa de axé diretamente no mapa e obter informações sobre o número de adeptos, telefone para contato, ano de fundação, nome da principal liderança religiosa, endereço, etc. Ao mesmo tempo, e de forma interativa, o usuário pode, a partir do universo de todas as casas, filtrar aquelas que realizaram algum tipo de trabalho social, por exemplo, apontando para o usuário o resultado da busca. Os mapas foram disponibilizados na web (World Wide Web), veículo popular de distribuição e compartilhamento de informação, através do software ArcGis Server que permitiu expandir para este ambiente várias funcionalidades do ArcGis, o que viabilizou a interação entre a representação e o usuário (Esri, 2010). E ainda, um novo paradigma para o geoprocessamento se fez necessário para que a troca de informações saísse da simples transferência de arquivos para um nível mais avançado, onde é possível que os usuários compartilhem dados e integrem as funcionalidades dos diferentes SIGs aos objetivos de cada pesquisa. Regiões metodológicas adotadas pela pesquisa no Estado Camada de informação envolve dados geográficos temáticos georeferenciados em ambiente digital, estas camadas estão representadas na legenda e podem ser ligadas ou desligadas.
7 Os mapas temáticos envolveram seis regiões metodológicas de pesquisa decorrentes do universo amostral determinado pelo Conselho Griot. As regiões foram denominadas: 1) Baixada Fluminense; 2) Baixada Litorânea; 3) Leste e Norte da Baia da Guanabara; 4) Região Serrana; 5) Sul Fluminense e Sul da Região Metropolitana e 6) Município do Rio de Janeiro, sendo esta última subdividida em quatro sub-regiões, conformando nove regiões metodológicas. Estas foram cartografadas através de 49 mapas temáticos produzidos para a pesquisa. As primeiras cinco regiões correspondem à aglutinação de conjuntos de municípios. O município do Rio de Janeiro, por sua vez, foi dividido em quatro subregiões (denominadas zonas, Sul, Oeste, Norte e Centro), cada uma delas composta pela aglutinação de um conjunto de bairros. Os critérios utilizados para a definição da relevância do mapeamento de cada região de pesquisa foi determinada pelo número de CRMAs registradas no recorte geográfico político-administrativo do Município no Estado, ou bairro do Município do Rio de Janeiro. Os mapas produzidos pelo corte em regiões da pesquisa permitiu a utilização de escalas 9 maiores do que a utilizada no mapa geral da pesquisa no Estado. O maior detalhamento permitido pela escala propiciou que as variáveis fossem visualizadas. Assim foram produzidos oito conjuntos de mapas temáticos com os seguintes temas: 1) Denominação; 2) Ações Sociais; 3) Agência Sociopolítica; 4) Parceiros; 5) Tamanho; 6) Abrangência; 7) Fundação e 8) Intolerância, compondo um conjunto de 49 mapas. Deste total a Região Serrana, o Centro e a Zona Sul do município do Rio de Janeiro não aparecem nos mapas construídos dada a insignificância numérica de casas mapeadas nestas regiões. As duas únicas exceções são para os mapas de localização das ocorrências de intolerância religiosa, dada a sua importância temática. A maioria dos temas foi representado de forma categórica como o mapa principal, no qual cada casa, de acordo com o sua denominação, foi classificada com um símbolo Os mapas temáticos: Tamanho e Abrangência, por sua natureza numérica, 9 A escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões do objeto no real e as do desenho que o representa em um plano ou um mapa. Constitui-se em um dos elementos essenciais de um mapa, juntamente com a orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a fonte.
8 permitiram uma representação agregada através de símbolos proporcionais que permitiram visualizar as relações proporcionais entre as casas dentro de um tema (Martinelli, 2003). O projeto piloto de Nova Iguaçu Visando ampliar as possibilidades de representação do espaço em ambiente GIS, foi criado um projeto piloto no município de Nova Iguaçu que objetivou se estabelecer uma série de cruzamentos espaciais, gerando sínteses geográficas que permitem análises complexas do espaço geográfico (Burrough & McDonnell, 1998). A escolha do Município de Nova Iguaçu se deu por ser o de maior presença quantitativa de casas de religiões de matrizes africanas no Estado do Rio de Janeiro, exceto o município do Rio de Janeiro. Nova Iguaçu está inserida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, localizando-se a noroeste da capital do Estado, distando desta cerca de 30 km. Segundo o Censo 2010 do IBGE, o município ocupa uma área de km2, e sua população foi estimada em habitantes. Sendo este, o quarto mais populoso do Rio de Janeiro, atrás somente de Duque de Caxias, São Gonçalo e da capital. Estes entrecruzamentos de informações de diversas ordens começam a sugerir padrões espaciais, o que vem permitindo facilitar a compreensão dos processos espaciais nos quais as CRMAs estão inseridas. Uma série de novas indagações espaciais já podem ser identificadas como, por exemplo, o interesse em correlacionar a localização das CRMAs com dados socioeconômicos, tais como: a densidade populacional, nível de renda, escolaridade, gênero e idade, condições socioambientais como saneamento básico, coleta de lixo, água, energia e infraestrutura urbana, e mesmo condições ambientais específicas, como a proximidade a rios e florestas, entre outros. Neste contexto, séries de cruzamentos foram realizados, gerando mapas digitais que poderão ser navegados em ambiente digital ou impresso como mapa em papel. Adicionalmente, mapas temáticos foram elaborados com um plano de fundo composto por dados do Censo 2010 do IBGE, representados por polígonos georeferenciados, relacionando ao número de habitantes e densidade demográfica dos setores com o número de adeptos e frequência de pessoas das CRMAs (White, 2007). Este estudo está em fase de desenvolvimento.
9 Também foram aplicados os fundamentos de Cartografia para a realização dos mapas, com cores gradativas que representam uma variável quantitativa para os polígonos do plano de fundo e associando tamanhos diferentes aos pontos do mapa para representar a quantidade e frequência de pessoas nas casas mapeadas (Martinelli, 2003). Hipóteses também estão sendo testadas a partir de mapas de porcentagem de população negra por setor censitário, proporção de homens e mulheres residentes em cada setor, faixa etária e taxa de alfabetização, entre muitos outros. Em outro mapa, com um foco um pouco diferente dos anteriores, foram atribuídas cores a diferentes categorias de uso do solo, delimitando-se as áreas de Unidades de Conservação, de acordo com dados do IBAMA. Já em uma terceira categoria, foram produzidos mapas com as estruturas importantes do município de Nova Iguaçu, tais como, a localização de escolas públicas e postos de saúde representados por pontos e dutos, ferrovias e rodovias (especificamente a BR-116) representados por linhas, relacionando-os ao padrão no posicionamento das CRMAs mapeadas. Os mapas do projeto piloto têm como objetivo a interpretação e sugestão de padrões espaciais que regem a distribuição das CRMAs na área de estudo e compõem um processo de pesquisa da área da Cartografia cultural, na medida em que estes mapas precisam chegar de forma sistemática as CRMAs, criando um fluxo constante entre mapeamento e mapeado, entre intenção e compreensão. Os primeiros resultados desses entrecruzamentos ainda estão sendo investigados, mas já nos permitem perceber a existência de uma correlação espacial entre as localizações das CRMAs e as áreas com baixa infraestrutura urbana e condições socioeconômicas menos favoráveis, o que sugere a corroboração de uma importante hipótese desta pesquisa: a forte função social das CRMAs mapeadas. Referências bibliográficas BATTY, M. Using GIS in urban planning and policymaking. In: FISCHER, M. M. & NIJKAMP, P. (Eds.) Geographical Information System, Spatial Modeling and Policy Evaluation. Berlin: Springer Verlag, P BURROUGH P. A. & MCDONNELL R. A. Principles of Geographical Information Systems. Oxford: Oxford University Press, 1998.
10 CAMARA, G.; CASANOVA M.; HEMERLY A.; MAGALHAES, G. & MEDEIROS, C. Anatomia de sistemas de informações geográficas. Campinas: Instituto de Computação/INICAMP CHRISTOFOLETTI, Antônio. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Editora Blucher, ESRI. ArcGIS Server and Virtualization. Redland: Disponível em: ArcMap Tutorial. Redland: Disponível em: IBGE. Noções básicas de cartografia, Disponível em: FARINA, Flávia Cristiane. Apresentação. In: FITZ, P.R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Editora Oficina de Textos, JUNIOR, J.B.M.; CANDEIAS, A.L.B. & JUNIOR, J.R.T. Serviços web geográficos e sua interoperabilidade, Revista Brasileira de Cartografia n 62/2010. MARTINELLI, M. Cartografia temática: caderno de mapas. São Paulo: EDUSP, 2003 MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política de espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand, WHITE, S. Socio-Economic Applications of Geographic Information Science. Kindle Edition, 2007.
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