N.º de Março de 2014 MOÇAMBIQUE: UM PAÍS RICO EM OPORTUNIDADES CCILF E CCPM JUNTAS NO INCENTIVO AO INVESTIMENTO

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1 N.º de Março de 2014 MOÇAMBIQUE: UM PAÍS RICO EM OPORTUNIDADES CCILF E CCPM JUNTAS NO INCENTIVO AO INVESTIMENTO Dr. Miguel Spínola, da PLMJ & Associados em representação da CCPM Plateia Face ao sucesso alcançado na edição 2013, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa (CCILF) com a colaboração da Câmara Comércio Portugal Moçambique (CCPM) voltou a organizar um seminário dedicado a Moçambique, afinal Um País Rico em Oportunidades, tema do encontro. A edição deste ano decorreu ontem, em Lisboa, e amanhã (26 de Março) a iniciativa repete-se no Porto. Mais do que facultar aos empresários portugueses toda a informação sobre o potencial deste mercado e abordar alguns dos aspectos práticos relacionados com o mundo dos negócios, este seminário permitiu aos presentes aceder a especialistas da área económica, banca, consultoria, advocacia, capital humano, turismo, entre outras, que esclareceram dúvidas relativamente ao investimento estrangeiro em Moçambique. Por parte da CCPM, o vogal Miguel Spínola abordou a questão das relações económicas Portugal/Moçambique e os aspectos culturais a considerar nos negócios. Na apresentação efectuada, sublinhou a importância dos empresários portugueses se prepararem muito bem antes de investirem em Moçambique. No seu entender, devem estabelecer contactos com as entidades locais (como as Embaixadas, o AICEP, o CPI, entre outras) e recolherem o máximo de informação disponível sobre o país, o ambiente de negócios e informações macro-económicas. Não desvalorizar a aproximação às empresas locais para conhecer a realidade e facilitar contactos posteriores, porque a escolha de um parceiro local pode ser importante para vingar no país. Investir em Moçambique, referiu ainda Miguel Spínola, tem de ser

2 planeado a médio/longo prazo, com um plano de negócios bem preparado, consistente e realista fruto de todo o trabalho entretanto desenvolvido junto das entidades. Recorrer a um acompanhamento jurídico-financeiro é importantíssimo, conhecer os players que actuam no mercado, apostar na formação profissional como alternativa à aposta nos expatriados. Apesar das adversidades que possam existir (e existem), Moçambique está a crescer, é uma grande oportunidade, há lugar para as grandes mas também para as pequenas e médias empresas, um ambiente político favorável, um comportamento económico exemplar e um mundo de oportunidades de negócio, em áreas tão díspares mas igualmente interessantes, como obras públicas e construção civil, energia, indústria transformadora, produtos farmacêuticos e saúde, agroalimentares, serviços e logística, formação profissional, turismo, hotelaria, entre outras. Este seminário deu ainda a conhecer empresas que estão em Moçambique há pouco tempo e que retrataram a realidade dos negócios no país. À tarde, através do formato mesas redondas, os empresários tiveram a possibilidade de abordar o mercado moçambicano de uma forma mais directa e proveitosa, caso a caso. PORTUGAL VAI DESBLOQUEAR 100 MILHÕES DE EUROS PARA PROJECTOS DE PARCERIA COM MOÇAMBIQUE O montante que vai ser desbloqueado por Portugal no decurso da cimeira com Moçambique, a iniciar-se quarta-feira em Maputo, ultrapassa 100 milhões de euros a ser aplicado em projectos de investimento em parceria, noticio o jornal português Público. No decurso da visita de três dias que o primeiro-ministro português efectua a Moçambique serão assinados diversos documentos, sendo os mais significativos três no âmbito financeiro e a adenda ao protocolo de apoio ao fundo empresarial de cooperação portuguesa, celebrado em 2009 entre Lisboa e Maputo. Da agenda constam, ainda, a assinatura de um programa-quadro de cooperação técnico-militar e um memorando de entendimento entre o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e as autoridades moçambicanas para cooperação no domínio da aquacultura. Quinta-feira decorre na capital moçambicana o seminário empresarial, ao qual comparecem 30 empresários portugueses. As exportações portuguesas para Moçambique representam 0,5% do total do comércio externo de Portugal mas desde 2010 estão em crescimento, tendo, no ano passado, atingido 106 milhões de euros. TAXAS DE CÂMBIO Moeda Compra Venda EUR 42,26 42,54 USD 30,39 30,59 ZAR 2,83 2,85 Fonte: Banco de Moçambique TAXA DE INFLAÇÃO Mês Taxa Fev 0,660 Jan 1,140 Dez 0,640 Fonte: Instituto Nacional de Estatística CONFERÊNCIA POWERING ÁFRICA REALIZA-SE EM MAIO EM MAPUTO A descoberta da quarta maior reserva de gás natural do mundo em Moçambique, em conjunto com uma carteira de projetos no sector da energia com um valor estimado de 12 mil milhões de dólares americanos e um crescimento

3 económico sustentado de 8% ao ano, faz do país um dos destinos para o investimento no sector energético mais interessantes e lucrativos do mundo. Mais recentemente, a ACWA Power Moatize Termoeléctrica anunciou a construção de uma central termoelétrica na província de Tete, em Moçambique, com um custo estimado de mil milhões de dólares, e o governo japonês anunciou que concederá a Moçambique um empréstimo de 17,27 mil milhões de ienes (167 milhões de dólares americanos) para a construção em Maputo de uma central elétrica a gás natural. A 3ª Conferência Anual Powering Africa Mozambique reunirá os principais responsáveis destes projetos. Entre os participantes na conferência incluem-se: Salvador Namburete ( Ministro da Energia, República de Moçambique), Cédric Lemarié (Diretor Geral, Vale) Willem Theron (Diretor Geral: Desenvolvimento de Novos Negócios, Unidade de Energia da África do Sul, Eskom), Manoj Gupta, Diretor Geral em Moçambique (Jindal Africa), Kribs Govender, Diretor Geral SNE, Low Carbon Electricity (Sasol)m, entre outros. Um misto de mesas-redondas e workshops permitirá aos participantes questionar e dialogar com responsáveis governamentais e empresários do sector privado sobre possíveis soluções que permitam ajudar a definir os contornos de políticas para abordar algumas das questões mais críticas que o desenvolvimento do setor da energia em Moçambique enfrenta, incluindo: a produção de eletricidade para uso doméstico e internacional a partir de gás natural, o financiamento de projetos de energia hidroelétrica, o financiamento do investimento em redes elétricas, a resolução da questão do off-taker e da ausência de garantias governamentais. A 3ª Conferência Anual Powering Africa Mozambique está a ser organizada em parceria com o Ministério da Energia de Moçambique. ANADARKO PETROLEUM JÁ VENDEU 2/3 DO GÁS NATURAL A EXTRAIR EM MOÇAMBIQUE O grupo norte-americano Anadarko Petroleum já vendeu dois terços da capacidade da futura fábrica de processamento de gás natural em Moçambique a clientes asiáticos, afirmou segunda-feira o presidente executivo. No decurso de uma conferência sobre energia realizada em Nova Orleães, Estados Unidos, Al Walker adiantou esperar vender o terço restante muito em breve. O grupo é o principal investidor e funciona como operador do bloco Área 1 da bacia do Rovuma, norte de Moçambique, onde se estima existam mais de 65 biliões de pés cúbicos de gás natural. Posso afirmar que retirámos o risco a este projecto, disse ainda Al Walker, que remeteu para a parte final do ano uma decisão final sobre o investimento a efectuar na unidade de liquefacção de gás natural. O presidente do grupo norte-americano adiantou que o restante terço ainda por comercializar deverá ser colocado igualmente na Ásia. Entretanto, realiza-se dias 8 e 9 de Maio próximo a conferência Powering Africa: Mozambique, no decurso da qual o ministro da Energia, Salvador Namburete, deverá apresentar o ponto da situação no sector e mencionar oportunidades de investimento em Moçambique.

4 GOVERNO ALOCA USD 27 MILHÕES PARA COMUNIDADES RURAIS EM CABO DELGADO O Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia (FARE) está a investir cerca de USD 27 milhões em acções de bancarização rural em Moçambique para os próximos cinco anos. Uma parte do valor está a financiar pequenos projectos de agricultura e pesca desenvolvidos pelas comunidades rurais da província de Cabo Delgado que representa cerca de 25% da carteira financeira do FARE, segundo apurou-se de fonte documental da instituição. De 2005 até 2013, aquela instituição subordinada ao Ministério de Planificação e Desenvolvimento (MPD) já aprovou um total de 94 projectos de microfinanças, dos quais 57 estão no activo e dois foram cancelados por razões não especificadas. Refira-se que a iniciativa de apoio às finanças rurais conta igualmente com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) que já desembolsaram até ao momento cerca de USD 34,2 milhões. Basicamente, a iniciativa visa promover a expansão dos serviços bancários, promoção de investimento nas zonas rurais, comercialização de produtos agrícolas e agro-processamento, realça o Fundo de Apoio à Reabilitação da Economia. No global, o volume de investimento aplicado pelo Governo moçambicano para a expansão dos serviços financeiros e bancários nas zonas rurais já atingiu perto de USD 61,2 milhões desde º FÓRUM LUSÓFONO E IV MOSTRA TECNOLÓGICA - INSCRIÇÕES ABERTAS A ARCTEL - Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, criada em 2008, tem vindo a realizar desde 2010 o Fórum Lusófono das Comunicações, que pretende ser um espaço de diálogo aberto e discussão franca sobre temas centrais do setor das Telecomunicações. A esta iniciativa juntou-se, desde 2011 a organização de uma Mostra Tecnológica, com o intuito de dar aos diversos atores do setor (empresas, instituições de ensino, clusters de empreendedorismo, etc.) dos países membros a possibilidade de contatar com representantes das diferentes geografias abrangidas pela ARCTEL, num único espaço. A edição de 2014 dos eventos da ARCTEL serão já nos dias 24 e 25 de Abril e tendo desta vez como país anfitrião Moçambique, estas iniciativas da Associação irão decorrer em Maputo.

5 Naquela que será a sua 5ª edição, o Fórum Lusófono das Comunicações de 2014 e mantendo a sua já característica abordagem de temas centrais para o setor e para o espaço lusófono, terá como base de discussão "As comunicações CPLP na Era Digital". Simultaneamente decorrerá a Mostra Tecnológica, que nesta 4ª edição pretende continuar a perseguir o objetivo de proporcionar aos agentes do setor das telecomunicações um ambiente privilegiado para promover a sua atividade e interagir, num único espaço, com representantes de todos os países da comunidade lusófona. Não é demais realçar que a participação em ambos estes eventos é gratuita, mesmo para as empresas presentes na Mostra, sendo apenas necessário proceder ao registo através do preenchimento do formulário de inscrição (disponível em As inscrições para a Mostra Tecnológica estarão sujeitas ao espaço disponível para a realização do evento. Quaisquer esclarecimentos adicionais podem ser obtidos através do secretariado@arctel-cplp.org. Em poderão encontrar mais informação sobre a Associação, assim como sobre as edições anteriores dos eventos organizados pela ARCTEL.