CSNU Tema: "A influência russa sobre as ex-repúblicas soviéticas."

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CSNU Tema: "A influência russa sobre as ex-repúblicas soviéticas.""

Transcrição

1 CSNU 1 PoliONU 2015

2 CSNU Tema: "A influência russa sobre as ex-repúblicas soviéticas." Bruno Arantes Fernanda Marinho Ricardo Bitter Thomaz Sardinha CSNU 2 PoliONU 2015

3 Sumário Carta aos Delegados... 5 Introdução... 6 I. O Conselho de Segurança Competências e poderes do Conselho de Segurança Conselho de Segurança e a situação Contexto Histórico... 7 II. Política dos Político-Econômicos União Europeia União Econômica Eurasiática III. Alianças Militares OTAN OTSC IV. A Questão Energética Sanções V. Crise na Rússia Ucrânia VI. Revolução Laranja VII. Manifestações VIII. Crimeia Base de Sebastopol IX. Outras Regiões Donetsk Lugansk X. Outros Países Estônia Geórgia Lituânia Cazaquistão Polônia CSNU 3 PoliONU 2015

4 6. Moldávia Bielorrússia XI. Soberania dos Territórios XII. Referências Bibliográficas Site Material Extra CSNU 4 PoliONU 2015

5 Carta aos Delegados Senhores Delegados, Sejam bem-vindos! É com imenso prazer que apresentamos o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), onde simularemos a sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a questão da influência russa e sobre as ex-repúblicas soviéticas. Devido à grande relevância dessa problemática no cenário internacional, é de extrema importância que os senhores delegados se dediquem aos estudos de questões relevantes ao tema e à leitura deste guia de estudos e do Guia de Regras para melhor compreensão do funcionamento de um Conselho de Segurança. Tendo em vista que o comitê trata-se de um assunto contemporâneo, é essencial que os delegados se atenham à política externa de suas delegações e se mantenham alinhados com a alta dinamicidade do cenário internacional. Para quaisquer dúvidas, a Mesa Diretora poderá ajudá-los. Esperamos que os senhores delegados tenham uma ótima simulação, rica em intelectualidade, e que seja uma experiência construtiva para a carreira e vida dos senhores. Atenciosamente, Bruno Arantes brunoaamello@gmail.com Fernanda Marinho fernandaltmarinho@gmail.com Ricardo Bitter ricardo_bitter@hotmail.com CSNU 5 PoliONU 2015

6 Thomaz Sardinha Introdução Este é o Guia de Estudos do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e aqui se encontram as informações introdutórias à problemática que será discutida no Conselho, tratando sobre A Influência Russa Sobre as Ex-Repúblicas Soviéticas. O estudo realizado com esse guia deve ser apenas introdutório, sendo o mínimo necessário para começar a compreender o tema a ser discutido. Logo, é necessário que os delegados expandam seus conhecimentos a respeito da situação como um todo, de acordo com estudos autônomos irrestritos ao Guia de Estudos. É essencial que a compreensão dos delegados não se restrinja a apenas situações locais e sim em tudo o que cerca tais ocorrências, como o contexto político, econômico e os antecedentes. Os delegados devem estar cientes do contexto global de eminente repolarização por disputas de poder e recursos naturais. O que leva a um temor de um possível conflito nuclear, visto que as superpotências em questão possuem armas de destruição em massa. Além disso, é essencial ter conhecimento de todo o histórico político das ex-repúblicas soviéticas desde sua separação da União Soviética até sua composição étnico-cultural e a relação disso com a expansão da influência da OTAN sobre o Leste europeu. Todos os presentes no debate devem também ter conhecimento de que se trata de uma discussão de caráter contemporâneo, ou seja, se passa no momento atual, logo deve ser coerente com a situação real da problemática, entendendo o caráter dinâmico do comitê como um todo. Assim sendo, é esperada uma compreensão profunda sobre o tema em questão e uma diplomacia eficiente para garantir a melhor solução ao problema debatido, levando em conta os interesses do maior número de nações possível, para que se chegue a uma resolução satisfatória, visando a paz mundial e o bem para todos. I. O Conselho de Segurança 1. Competências e poderes do Conselho de Segurança O Conselho de Segurança detém de principal responsabilidade a manutenção da paz e segurança internacional. Ele é composto por quinze membros das Nações Unidas, sendo cinco destes permanentes com poder de veto: a República Popular da China, a França, a Rússia, o Reino CSNU 6 PoliONU 2015

7 Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América. Os dez outros membros são eleitos pela Assembleia Geral, cinco dos quais, anualmente. Para que haja a aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança, é necessária a maioria de nove dos quinze membros, incluindo os cinco membros permanentes. Um voto negativo de qualquer membro permanente resulta em veto para a resolução. O Conselho de Segurança é o único comitê da ONU com caráter mandatório, podendo, assim, aplicar sanções econômicas, criar órgãos, organizar e/ou permitir operações militares. 2. Conselho de Segurança e a Situação Devido ao constante conflito no Leste ucraniano, foram feitas diversas reuniões para tratar dessa questão, porém, sem sucesso. Essa reunião que realizaremos busca chegar a uma solução que atenda a todas as partes tanto na questão da Ucrânia quanto em outras possíveis ocorrências de conflitos similares em outras ex-repúblicas soviéticas, prevenindo quaisquer problemáticas que possam vir a acontecer Contexto Histórico Durante o final do século XVIII e começo do século XIX, quando países do Leste e Norte da Europa (além de outros ao Sul da atual Rússia) faziam parte do Império Russo, russos migraram por todo o território, tornando-se maioria em algumas áreas. Declararam, então, Sebastopol, na Crimeia, uma região da Ucrânia, com sua base militar e fundamental saída para o Mar Negro. Na primeira metade do século XIX, houve a Guerra da Crimeia, na qual Turquia e Rússia disputavam territórios. Inglaterra e França, a fim de evitar a ascensão do Império Russo, apoiaram a Turquia. Apesar de não ter sido invadida, a Rússia foi derrotada, perdendo, naquele momento, a base de Sebastopol, depois recuperada em nova guerra contra a Turquia entre 1877 e Em 1917, irrompeu a Revolução Russa, conduzida pelo Partido Bolchevique, o qual defendia o marxismo leninista. Em 1922, surgiu oficialmente a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, reunindo Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Transcaucásia, Estônia, Lituânia, Letônia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão e Tadjiquistão. CSNU 7 PoliONU 2015

8 Países que formaram a União Soviética com seus nomes na época Durante a ocupação alemã na Ucrânia, na Segunda Guerra Mundial, uma parcela da população aderiu ao nazismo como reação ao domínio soviético. Chegou a ser criada uma divisão na Waffen-SS (exército da Alemanha nazista) apenas de ucranianos, os quais chegaram a lutar na Guerra. Em 1954, foi transferida para a Ucrânia a região da Crimeia por Nikita Khrushchev, atual governador da Rússia na época. A transferência foi uma forma de Khrushchev angariar apoio na região após a guerra. A população da Crimeia na época, apesar de possuir maioria russa, não se incomodou com o ato, visto que Ucrânia e Rússia faziam parte de uma única nação. Nesse período, foram instaladas 1656 ogivas nucleares na pequena região. Em 1955, formou-se uma aliança militar socialista, o Pacto de Varsóvia, criado em oposição à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O pacto representa um alinhamento entre os países membros, visando também de autoproteção, diante da grande ameaça que a OTAN representava. Além disso, ele reforçava o espaço econômico entre os países. Entretanto, as principais condutas tomadas foram com as intervenções para reprimir revoltas internas, como por exemplo na Polônia, Hungria e Tchecoslováquia (Primavera de Praga). Em 1991, teve fim a União Soviética e, por consequência, o Pacto de Varsóvia. A Ucrânia tornou-se independente e a Crimeia permaneceu em seu território, apesar dos russos ainda possuírem a base de Sebastopol. Em um momento em que a Rússia, após o fim da URSS, vivia em crise, a Ucrânia aproximou-se não só da União Europeia, mas também dos Estados Unidos, e, apesar do fim da Guerra Fria, as tensões entre Rússia e OTAN não desapareceram. CSNU 8 PoliONU 2015

9 Nas últimas décadas, a União Europeia (UE), juntamente com a OTAN, passou a expandir sua atuação pelo Leste Europeu, principalmente nas ex-repúblicas soviéticas. O atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, considera tal avanço uma afronta aos interesses do país. Estônia, Letônia e Lituânia já são membros desses dois órgãos. II. Política dos Político-Econômicos 1. União Europeia A União Europeia é um bloco político-econômico composto por 28 Estados e em constante expansão. O bloco opera por meio de organizações supranacionais e decisões negociadas pelos Estados membros. Sua composição tem origem na Comunidade Europeia do Carvão e Aço (CECA), criada em 1951 e efetivada no ano seguinte. A CECA era composta por Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, República Federal da Alemanha e Países Baixos. Seu objetivo era fomentar o crescimento europeu após a Segunda Guerra Mundial por meio da criação de um mercado comum para carvão e aço entre os Estados-membros. Em 1958 foi efetivada a Comunidade Econômica Europeia como uma forma de trazer integração econômica por meio de um mercado comum entre os países-membros. Formada inicialmente pelos mesmos países da CECA e com adesão posterior de Dinamarca (1973), Irlanda (1973), Reino Unido (1973), Grécia (1981), Espanha (1986) e Portugal (1986). Em 1985 foi assinado o Acordo de Schengen, este que, inicialmente, era alheio à legislação da CEE e futuramente da União Europeia, ou seja, países de fora do bloco podem fazer parte do acordo e países-membros do bloco não são obrigados a aderir ao tratado. Ele é baseado na criação da Área Schengen, sendo esta uma área sem fronteiras internas, ou seja, não são necessários vistos ou permissões para residentes dos países participantes trabalharem em outros países dentro da região. Também há a livre circulação de turistas, havendo fiscalização apenas no país pelo qual houve a entrada. CSNU 9 PoliONU 2015

10 A União Europeia se formou como tal em 1993 por meio do tratado de Maastricht. Inicialmente, era composta pelos doze países membros da CEE. O estágio final de integração econômica começou em 1997, com a criação do Banco Central Europeu, e em 1998, quando foi criado uma moeda única, o Euro. Em 1999, o Acordo de Schengen foi incorporado à legislação da UE, porém permitiu que o Reino Unido e a Irlanda permanecessem fora da área. É importante ressaltar alguns pontos acerca da União Europeia. Primeiramente, a adoção do Euro deve ser feita por todos os membros da UE assim que as condições necessárias forem alcançadas. Reino Unido e Dinamarca, excetuados dessa regra, negociaram cláusulas de derrogação que os permitiram ficar fora da Zona do Euro. Em segundo lugar, no início do século XXI, alguns Estados que anteriormente estavam na esfera de influência soviética gradualmente passaram a integrar a União Europeia. Porém, é importante ressaltar que esses países possuem claramente uma economia muito diferente da encontrada na Europa Ocidental. Em diversos casos, indústrias da Europa Ocidental migraram para a Europa Oriental em busca de mão de obra barata. Além disso, é preciso levantar a discussão a respeito do sucesso ou não do Euro. Por mais que o Euro tenha facilitado enormemente o comércio entre os países-membros, ao adotar uma moeda única cada país perdeu sua independência cambial. Uma estratégia comum para um país em crise aumentar sua competitividade e suas exportações é desvalorizar sua moeda a adoção do euro impossibilita tal estratégia. Sendo assim, o Euro configura um grande empecilho para alguns países do bloco como Grécia e Espanha que buscam se recuperar da crise. Por exemplo, a Islândia, país europeu que não aderiu à União Europeia nem ao Euro, recuperou-se da crise econômica com relativa rapidez não apenas por nacionalizar sem indenização seus bancos, mas também por desvalorizar a moeda para aumentar suas exportações. Por mais que, em janeiro de 2015, o Banco Central da Europa tenha anunciado medidas para impedir o progresso da crise deflacionária no bloco, a situação econômica na União Europeia não é estável e já se mostrou hostil a mercados pouco competitivos. A discussão acerca do euro e da efetividade da integração, portanto, está em pauta. CSNU 10 PoliONU 2015

11 2. União Econômica Eurasiática Para fazer frente à União Europeia, e para fortalecer a economia dos países participantes, modernizar e melhorar a competitividade desses países no mercado global, foi criada a União Econômica Eurasiática (UEEA). Os países membros desta se comprometem a assegurar a livre circulação de capital, produtos e pessoas entre seus territórios, comprometem-se a praticar uma política fundada nas bases da economia: agricultura, indústria, transportes e energia. A efetivação da união ocorreu apenas no primeiro dia de 2015, porém o processo de integração Eurasiático começou logo após o fim da União Soviética para manter laços econômicos com as ex-repúblicas Soviéticas por meio da criação da Comunidade dos Estados Independentes. A Comunidade dos Estados Independentes não é uma entidade supranacional e opera numa base voluntária. Ela é destinada a regular as relações de cooperação entre os Estados que anteriormente faziam parte da União Soviética. A organização foi fundada pelos chefes de Estado da Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, em 8 de dezembro de 1991, com o Acordo sobre o Estabelecimento da Comunidade dos Estados Independentes. Espaço econômico dos países-membros da UEEA CSNU 11 PoliONU 2015

12 Em 21 de dezembro de 1991, foi assinada a Declaração de Alma-Ata, que estabelece os objetivos e princípios da CEI. Ela contém uma disposição que a interação entre os membros da organização "será realizada no princípio da igualdade por meio da coordenação de instituições formadas numa base paritária e funcionará da forma determinada por acordo entre a comunidade, que não é nem um Estado, nem uma entidade supranacional". Os primeiros anos da organização foram mais focados em questões organizacionais. Na primeira reunião de Chefes de Estado da CEI, que foi realizada em 30 de dezembro de 1991, em Minsk, foi assinado o "Acordo Provisório sobre o Conselho de Chefes de Estado e do Conselho de Chefes de Governo da Comunidade dos Estados Independentes", que devem ser estabelecidos pelo órgão supremo da organização, o Conselho de Chefes de Estado. Nele, cada Estado tem direito a um voto, e as decisões são baseadas no consenso. Além disso, foi assinado um "Acordo do Conselho de Chefes de Estado da Comunidade dos Estados Independentes das Forças Armadas e das tropas de fronteira", segundo o qual os Estados-membros reafirmam o seu direito legítimo para estabelecer suas próprias forças armadas. A CEI é baseada no princípio da igualdade soberana de todos os seus membros, de modo que todos os Estados-membros são temas independentes do direito internacional. Seus principais objetivos são a cooperação nos domínios políticos e econômicos, cooperação em matéria de garantia da paz e da segurança internacional, desenvolvimento integral dos Estados-membros no prazo de um espaço econômico comum e assistência jurídica mútua. A UEEA também tem nas suas origens, a Comunidade Econômica Eurasiática (CEEA) que foi criada em 10 de outubro de 2000 pela Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Rússia. A Comissão Econômica Eurasiática é a agência reguladora do Espaço Econômico Comum da CEEA. No dia 10 de outubro de 2014, 14 anos depois da criação, foi assinado um acordo para o fim da CEEA, que acabou oficialmente no mesmo dia da criação oficial da UEEA, 1º de janeiro de Os países membros da UEEA se comprometem a assegurar a livre circulação de capital, produtos e pessoas entre seus territórios, comprometem-se a praticar uma política baseada nas bases da economia: agricultura, indústria, transportes e energia. CSNU 12 PoliONU 2015

13 Mapa comparativo entre a UE e a UEEA III. 1. OTAN Alianças Militares A Organização do Tratado do Atlântico Norte é uma aliança militar intergovernamental composta por 28 Estados-membros, seus gastos militares combinados de todos os membros constituem 70% do total mundial². A aliança funciona por meio de um sistema de defesa coletiva, na qual seus países se comprometem à defesa mútua em caso de ataque externo. A organização foi formada em 1949 por meio da assinatura do Tratado do Atlântico Norte, inicialmente composta por doze Estados, só passou a ser expressiva após o início da Guerra da Coreia e a formação do Pacto de Varsóvia em Durante a Guerra Fria, a Europa em sua maioria estava polarizada entre membros da OTAN e membros do Pacto de Varsóvia. Durante a Guerra Fria a OTAN não conduziu operações devido ao risco de um confronto direto com os países pertencentes ao Pacto de Varsóvia, apenas assegurando a efetividade da segurança de seus Estados-membros. Logo após o fim da Guerra Fria a organização começou a fazer operações, algumas delas para cumprir resoluções do Conselho de Segurança da ONU, em parceria com esta, e outras em interesse dos países integrantes da aliança. 1: Dados de 2010, SIPRI Em azul, membros da OTAN, em vermelho, membros do Pacto de Varsóvia *Albânia se retirou do Pacto de Varsóvia em CSNU 13 PoliONU 2015

14 Dentre os artigos do Tratado do Atlântico Norte, destacam-se os artigos 5 e 4. O artigo 5 diz que as partes envolvidas concordam que se um ou mais dos países sofrer um ataque, deve-se considerar isso como um ataque contra a aliança como um todo devem auxiliar o/os prejudicado(s) a tomar ação reparadora, incluindo o uso de força armada. O artigo 4 diz que, se alguma das partes tiver motivos para acreditar que sua integridade territorial, independência política ou segurança está ameaçada deve haver uma consulta entre os Estados Membros. Em 2001, após os atentados terroristas nos Estados Unidos, o país acionou o artigo 5º pela primeira vez na história da OTAN e, com a conformidade dos outros países membros da OTAN quanto a isso, iniciou uma operação militar coletiva e, conjuntamente com as outras nações da aliança militar, invadiu o Afeganistão. No entanto tal invasão não foi autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, portanto sendo ilegal à vista desta. Em 2014 o artigo 4 foi acionado por Polônia, Lituânia e Letônia em consequência da atuação russa na situação da Crimeia. 2. OTSC A Organização do Tratado de Segurança Coletiva é uma aliança militar intergovernamental composta por seis Estados-membros e dois Estados observadores. A aliança funciona por meio de um sistema de defesa coletiva, na qual seus países se comprometem à defesa mútua em caso de ataque externo. A origem da organização remonta a assinatura do Tratado de Segurança Coletiva da Comunidade dos Estados Independentes, sendo este criado em 1992 e efetivado em 1994, inicialmente feito para durar cinco anos com a possibilidade de ser estendido, possuía nove países participantes. Em 1999, apenas Rússia, Bielorrússia, Armênia, Cazaquistão, Tadjiquistão e Quirguistão renovaram o acordo, porém foi somente em 2002 que foi decidido transformar o tratado em uma organização internacional. A Organização do Tratado de Segurança Coletiva entrou em atuação em 2003, e em 2009 criou a Força Coletiva de resposta rápida, para retaliar ou combater possíveis ataques a algum de seus membros. A organização conduziu majoritariamente operações de treinamento, porém em 2010 auxiliou o governo do Quirguistão a suprimir o conflito étnico no país entre quirguizes e uzbeques. CSNU 14 PoliONU 2015

15 Em 2011 foi conduzida a maior operação de treinamento da OTSC, com um contingente de soldados, buscava aumentar a preparação em técnicas de controle de revoltas para evitar quaisquer ocorrências similares às da Primavera Árabe. IV. A Questão Energética Mapa comparativo entre a OTSC e a OTAN A economia da Rússia tem forte dependência para com a exportação de recursos naturais, especialmente gás natural e petróleo. Estes dois últimos, somados aos metais e madeira, correspondem a mais de 80% das exportações russas. Embora essas exportações sejam de grande importância, a maior parte do Produto Interno Bruto russo provém do setor de serviços (58,3%). As linhas em azuis representam os gasodutos na região da Ucrânia A grande responsável pelo gás russo é a estatal Gazprom, a maior empresa da Rússia e maior exportadora de gás natural do mundo. A empresa fornece cerca de 160 bilhões de metros cúbicos de gás natural para a Europa, transportados por gasodutos na Ucrânia e Bielorrússia. De todo o gás consumido pela União Europeia, mais de 50% provém da Rússia, e se continuar no ritmo atual, a dependência deve chegar a 80% em Devido aos conflitos atuais entre a Federação Russa e as ex-repúblicas soviéticas, a Ucrânia em destaque, a UE tem traçado planos para diminuir a sua dependência energética da Rússia. CSNU 15 PoliONU 2015

16 1. Sanções Com a crise na Ucrânia, os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções à Rússia, como restrições ao financiamento de algumas empresas estatais, congelamento de bens de dirigentes políticos russos, proibição de visto a sete altos servidores públicos russos e quatro ucranianos, dentre outras sanções. Em resposta, os russos sancionaram alguns políticos americanos. Apesar das grandes restrições contra a Rússia, essas sanções podem não ser muito efetivas. Estudos apontam que em apenas 30% dos casos elas fazem efeito, na maioria das vezes por serem sanções unilaterais que não exercem muita pressão e acabam prejudicando aquele que as aplicou. A UE, por exemplo, não aprovaria sanções pesadas contra o setor energético russo, por ser dependente deste. As restrições por parte de Washington, não devem fazer muito efeito a não ser que proíbam empresas americanas de fazer negócio no mercado russo, caso contrário, não há muito que possa ser feito pelos americanos para afetar a economia russa, pois apenas 2% das exportações russas vão para os Estados Unidos. V. Crise na Rússia A grande desvalorização da moeda russa, o Rublo, tem causado turbulência no mercado internacional, principalmente em países emergentes. Essa desvalorização gera uma preocupação com a ocorrência de uma crise similar à de 1998, na qual a Rússia declarou moratória da sua dívida, o que afetou a economia mundial. As principais causas da desvalorização no rublo são a acentuada queda no preço do petróleo e as sanções impostas por UE e Estados Unidos devido à postura russa em relação à Ucrânia. Para tentar evitar o colapso da moeda, o Banco Central russo tem tomado medidas como a venda diária de bilhões de dólares em moedas estrangeiras conversíveis. Devido a essa incerteza no rublo, o setor de serviços russo tem recuado e o Índice dos Gerentes de Compras diminuiu de 50,8 em fevereiro para 47,7 em março de Essa contração foi a maior desde agosto de 2010, com uma piora na condição para as empresas. A contração é caracterizada por um resultado inferior a 50 pontos no IGC. Para tentar conter a crise, o Banco Central russo elevou as taxas de juros de 10,5% para 17%, porém, essa medida não impediu que a moeda continuasse a desvalorizar. A inflação no preço dos alimentos aumenta a cada dia e chegou a 150% em 21 de janeiro de O presidente da CSNU 16 PoliONU 2015

17 Federação Russa, Vladimir Putin, ainda propôs um congelamento de três anos sobre as inspeções fiscais nas empresas, e também uma anistia fiscal para o dinheiro que for repatriado para Moscou. 1. Ucrânia A Ucrânia é um país que faz fronteira com a Rússia, Bielorrússia, Polônia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Moldávia. É o maior país situado totalmente no continente europeu. O país tem terras muito férteis. Em 2011, a produção de grãos foi 44,3% maior que a do ano anterior; a Ucrânia se tornou um dos três países que mais exportam grãos no mundo. O país também tem destaque na exportação de gêneros alimentícios e óleo de girassol. É formada por 24 províncias, uma república autônoma (a Crimeia) e duas cidades com estatutos especiais: Kiev e Sebastopol, esta última que abriga a frota do mar negro da Rússia. VI. Revolução Laranja A Revolução Laranja foi uma série de protestos que ocorreu entre 2004 e 2005, quando o candidato pró-rússia, Viktor Yanukovych, venceu as eleições com acusações de resultados manipulados a seu favor. Os manifestantes adotaram a cor laranja por ter sido a cor utilizada na campanha do candidato da oposição, Viktor Yushchenko. O símbolo da solidariedade com o movimento era uma fita laranja. A ação foi destacada por várias manifestações de caráter em toda a Ucrânia assim como uma greve geral no país. Em grande parte devido aos efeitos da atitude da oposição, os resultados das eleições foram anulados e uma segunda eleição foi ordenada pela Suprema Corte da Ucrânia. Sob uma intensa fiscalização na contagem de votos, a segunda eleição foi aceita por observadores locais e internacionais como livre de corrupção. Os resultados finais mostraram a vitória de Yushchenko, que recebeu 52% dos votos, enquanto Yanukovych recebeu cerca de 44%. O primeiro foi declarado o vencedor oficial. VII. Manifestações Na primeira década do século XXI, a Ucrânia se via dividida: por um lado, havia os laços (sendo eles étnicos e econômicos) que a ligavam à Rússia e, por outro, os projetos de integração com a União Europeia. CSNU 17 PoliONU 2015

18 No ano de 2004, nesse contexto, aconteceram as eleições na Ucrânia, em que Viktor Yanukovych, pró-rússia, vence contra Viktor Yushchenko, pró-europa. Com essa vitória, tudo indicava que o país entraria na esfera de influência russa. Todavia, a vitória de Yanukovych é contestada (também pela Suprema Corte), indicando fraude. É dado o início à Revolução Laranja. Com Yanukovych impedido de assumir, o poder passa para o outro candidato, Viktor Yushchenko. Devido ao novo governo pró-europa, a Rússia chega a interromper o fornecimento de gás para a Ucrânia em 2006 e Em 2010, Yanukovych, antes impedido de assumir o poder, vence as eleições. Apesar da vitória, há uma nítida divisão: ele venceu com ampla margem no Leste do país, pró-russa, e derrotado em várias regiões do Oeste, pró-europeia. Com esse impasse, o novo presidente visa uma conciliação entre Rússia, União Europeia e Ucrânia. A União Europeia, já no final de 2013, propôs um livre comércio à Yanukovych, podendo ser um passo para a aderência do país ao bloco e à OTAN. O acordo exigia o fim dos privilégios comerciais da Rússia, como a libertação da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, ela que residiu no cargo após o fim da Revolução Laranja em janeiro de 2005 até as eleições presidenciais em 2010, presa em 2011 por abuso de poder é vista hoje como símbolo máximo de oposição ao governo ucraniano e à Rússia. Além disso, seriam disponibilizados créditos de 610 milhões de euros, somados aos 120 milhões já previstos. Incluía também um aumento de investimentos, superando os atuais 634 milhões de euros. Por fim, havia a previsão de subsídios no valor de 200 milhões de euros para a modernização de setores sensíveis da economia ucraniana. Em compensação, para que esses empréstimos, vindos da União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI), ocorressem, o governo deveria fazer grandes cortes no orçamento e um aumento de 40% nas contas de gás. A Rússia, não querendo perder os recursos, mercados e acordos militares com a Ucrânia, faz uma forte pressão para que o presidente recusasse com o acordo. Putin, então, faz uma contraproposta: a Rússia ofereceu preços de gás 80% inferiores aos atuais e empréstimos no valor de 15 bilhões de dólares. A Ucrânia tornou-se incapaz de resistir à pressão russa, uma vez que não só os Estados Unidos e a União Europeia não têm condições de bancar os problemas econômicos da Ucrânia, como também não têm como suprir o financiamento de gás que o país recebe da Rússia. CSNU 18 PoliONU 2015

19 Sendo assim, é no dia 21/11/2013 que o governo de Yanukovych recusa a assinatura do acordo com a UE, gerando a crise. Após isso, no dia 17/12/2013, Rússia e Ucrânia assinam novos acordos para retirar barreiras comerciais entre os dois países. E é com a recusa do acordo que Moscou, como prometido, concede um empréstimo de 15 bilhões de dólares e um desconto de 30% no preço do gás natural. As manifestações na Ucrânia tiveram início no final de novembro de 2013, na capital Kiev e outras partes do país, para protestar contra a não adesão à União Europeia do país e contra o então presidente (tendo apoio europeu, que visava trazer a Ucrânia para sua esfera de influência). Segundo a população que estava nas ruas, participar do bloco econômico europeu ajudaria na situação econômica ucraniana. Durante três meses, os manifestantes mantiveram-se nas ruas e ocupando a Praça da Independência, no centro da capital. O movimento foi chamado de Euromaiden (em ucraniano, Europraca, nome popularizado na rede social Twitter, referência à Praça Maiden da Independência de Kiev) foi uma onda de manifestações ultranacionalistas, com protestos públicos exigindo uma maior integração europeia. Inicialmente conduzidos por estudantes universitários, os protestos reuniram amplos setores da população que estava descontente com a gestão do governo do Partido das Regiões e os resultados da sua política econômica e social, a oposição política e as igrejas ucranianas. O manifestante mais conhecido é Vitali Klitschko, campeão de boxe que se tornou em líder opositor. Diante disso, os movimentos populares foram se fortalecendo e chegaram a ocupar a prefeitura de Kiev. O governo reagiu com muita violência e várias prisões. Apesar da violenta resistência do governo, as manifestações continuaram crescendo. Entre essas facções revoltosas, encontram-se alguns grupos fascistas e neonazistas, ultranacionalistas e xenófobos, que eram a tropa de choque das manifestações. Os fascistas são uma formação política conhecida como Pravy Sektor (Setor Direita), uma organização que abriga vários grupos ultranacionalistas de direita, incluindo os apoiadores do Partido Svoboda (Liberdade), Patriotas da Ucrânia, Assembleia Nacional da Ucrânia Autodefesa Nacional Ucraniana (UNA-UNSO), e Trizub. Todas essas organizações compartilham uma ideologia comum que é veementemente antirussa, anti-imigrantista e antijudaica. A filiação foi restrita aos ucranianos étnicos, e por um período o partido não aceitou ateus ou ex-membros do Partido Comunista. O partido também recrutou skinheads e hooligans. Esses fascistas são muito bem CSNU 19 PoliONU 2015

20 armados, organizados militarmente em companhias, patrulham as ruas em grupos de combate de dez pessoas, com capacetes e armas, alguns usando capacetes da divisão SS Galícia, que lutou ao lado dos nazistas alemães contra os soviéticos entre 1943 e Há acusações contra a União Europeia que foi dado apoio a esses grupos, os quais, gritando Ucrânia para ucranianos, eram bastante hostis às minorias russas, muitas das quais acabaram sofrendo agressões. No fim de fevereiro de 2014, houve a vitória popular que fez com que Yanukovych deixasse o país. O Parlamento assumiu o controle provisório, e uma votação nele destituiu o antes presidente e, com 285 de 339 deputados, Alexander Turchinov foi nomeado presidente interino da Ucrânia. Turchinov é próximo da ex-primeira-ministra do país, Yulia Timoshenko. Turchinov governaria até as próximas eleições. O presidente deposto chegou a comparar a situação com a tomada de poder dos nazistas na Alemanha. A troca de governo foi reconhecida pela maioria dos países do mundo. Porém, a Federação Russa a viu como um golpe de estado que ameaçava os cidadãos de etnia russa que vivem na região da Crimeia e com isso assumiu o controle da área, além de não reconhecer o novo governo e cancelar os empréstimos dados até então. Cerca de 2 milhões de pessoas moram na península da Crimeia. Dessas, mais da metade se considera de origem russa e utiliza o idioma diariamente. A Crimeia resume uma divisão política e cultural que acontece em toda a Ucrânia. O Leste do país tende a ser pró-rússia e o Oeste, pró- UE. Isso é refletido principalmente nos resultados das eleições. A maioria dos votos de Yanukovych foram da população do Leste. A instabilidade política e a ocupação de tropas militares russas foram motivos de disputas entre Rússia e Ucrânia. Em março de 2014, o parlamento da República Autônoma da Crimeia declarou independência, visando separar-se da Ucrânia. Após a declaração, os legisladores da Crimeia votaram formalmente tanto pela separação da Ucrânia como pelo pedido para aderir à Federação Russa. Em 18 de março de 2014, o presidente da Rússia, Vladmir Putin, o primeiro-ministro da Crimeia e o prefeito de Sebastopol assinaram em conjunto um acordo para que a Crimeia e Sebastopol passassem a fazer parte, oficialmente, da Federação Russa. A população da Crimeia, em votação num referendo, apoiou fortemente tal anexação. O governo provisório de Turchinov junto com o parlamento foi logo opressor com as minorias, abolindo a lei sobre as línguas minoritárias, que estabelecia que onde um determinado idioma fosse falado por pelo menos 10% da população, essa língua poderia adquirir o estatuto de CSNU 20 PoliONU 2015

21 língua oficial; esta lei que foi aprovada em 2012 e sua revogação prejudicou os falantes de russo, húngaro e romeno. As eleições para a nova presidência aconteceram em abril de O eleito foi o empresário e dono da empresa Roshen, Petro Poroshenko, com 54% dos votos. Yulia Timoshenko ficou em segundo lugar. O secretário de Estado norte-americano logo declarou o apoio ao presidente eleito. O governo ucraniano vem contando com o apoio dos Estados Unidos cada vez mais. Por exemplo, dias antes das eleições Kiev recebeu a visita do diretor da CIA, John Brennan, sem ninguém saber ao certo o real motivo por trás da visita. O governo da Rússia vem aumentando seu poderio militar na região da Crimeia. Putin declarou que tem o direito de proteger os interesses russos e os direitos daqueles russos que vivem na região. Segundo o mesmo, as medidas tomadas pelas autoridades legítimas da Crimeia são baseadas em leis internacionais. Em um discurso para a população na capital ucraniana o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk prometeu não ceder um único centímetro de terras ucranianas para o governo de Moscou. Em setembro de 2014, manifestantes pró-ucrânia derrubaram a estátua de Vladimir Lênin, um dos maiores revolucionários e símbolos da União Soviética, como um ato simbólico. O acontecimento se deu na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, no Leste do país. O governador da região chegou a ordenar a destruição total do monumento para evitar que os responsáveis pela ação fossem processados pela Justiça. Ao todo são inúmeras estátuas e bustos de figuras da URSS derrubadas pelos manifestantes. Na cidade de Sebastopol já chegou a acontecer um conflito entre manifestantes pró-ucrânia com manifestantes pró-rússia, de maneira que os primeiros manifestavam para os 200 anos do poeta nacional ucraniano, Taras Shevchenko, quando os segundos começaram o confronto. Já ao Leste da Ucrânia, ativistas pró-rússia chegaram a ocupar escritórios do governo regional, na cidade de Lugansk, e obrigaram o governador a renunciar ao cargo. Em Donetsk, os manifestantes derrubaram uma bandeira ucraniana próximo ao prédio do governo regional deste, substituindo-a por uma bandeira russa. CSNU 21 PoliONU 2015

22 VIII. Crimeia A República Autônoma da Crimeia é uma república situada na península da Crimeia, na costa do Mar Negro. Sua capital e matriz administrativa é a cidade de Simferopol que está localizada no centro do país. Ao extremo Sul da república, encontrase Sebastopol, que é a sede de uma grande frota no Mar Negro, pertencente à Rússia, que Mapa das principais cidades do Mar Negro é absolutamente estratégica para Putin. Na Crimeia, como já dito anteriormente, a maior parte da população é russa, e a queda do presidente Yanukovych foi vista como um golpe o que fez com que a Rússia tomasse posse do local e posteriormente aderisse a região ao seu território. Mesmo enquanto pertencente a Ucrânia, a república já era uma região autônoma com parlamento próprio. Mesmo sob as ameaças de sanções, a anexação da Crimeia à Rússia foi assinada, e aprovada por unanimidade pelo parlamento e ratificada por um referendo. Após a declaração de independência todos os bens ucranianos na região foram nacionalizados, passaportes e certidões foram alterados. Os tártaros da Crimeia que são compostos em geral por mulçumanos são nativos da região. Na época em que a península fazia parte da União Soviética, eles sofreram muito. Durante o regime stalinista muitos foram expulsos da região e outros fugiram. Após o fim da URSS esse povo retornou ao seu lugar de origem. Com a adesão a Federação Russa os tártaros demostraram preocupação, visto que não querem que o sofrimento do passado seja revivido. 1. Base de Sebastopol A Base de Sebastopol é uma base naval russa localizada na cidade de Sebastopol, ao sul da península da Crimeia, é de extrema importância estratégica não somente por abrigar a frota da Rússia no Mar Negro como por sua localização neste. Ela foi estabelecida como um porto militar estratégico em 1783, com a anexação da Crimeia pelo Império Russo. A base foi essencial na guerra da Crimeia, ocorrida entre 1853 e 1856, envolvendo o Império Russo de um lado e do outro uma coligação dos Impérios Otomano, CSNU 22 PoliONU 2015

23 Britânico e Francês juntamente com o Reino da Sardenha. A cidade foi ocupada entre 1855 e Com o fim da ocupação e da guerra, estabelecidos pelo o Tratado de Paris, o Império Russo e o Império Otomano ficaram proibidos de possuírem uma frota no mar negro, logo a base ficou inoperante. Em 1877, a base voltou à operação devido à necessidade de uma marinha no mar negro por parte da Rússia devido a uma nova guerra contra o Império Turco. Ela permaneceu sob domínio russo até a Segunda Guerra Mundial quando foi ocupada pelos nazistas, depois do fim da Guerra, foi controlado pela União Soviética, sendo um centro econômicoadministrativo em regime autônomo dentro da RSFS da Rússia de 1948 até 1954, quando foi incorporada à RSS da Ucrânia pelo presidente Nikita Khrushchev. Após o fim da Guerra Fria, a cidade de Sebastopol recebeu um status especial perante o governo ucraniano e continuava a abrigar a frota russa no Mar Negro, devido a acordos entre os dois países. IX. Outras Regiões 1. Donetsk Donetsk é uma cidade da Ucrânia, capital da região com mesmo nome. Está localizada no Sudeste do país, nas margens do rio Kalmius. A população de Donetsk, ao contrário do que acontece nas zonas Ocidentais da Ucrânia, é maioritariamente de origem russa. Após a revolução ucraniana, mais especificamente no começo de Abril de 2014, a população declarou a região como República Popular de Donetsk e se aliou a Federação Russa. Desde então, diversas batalhas foram travadas entre o exército ucraniano e os rebeldes prórussos. A maioria dos confrontos foram realizados na região do aeroporto internacional de Donetsk, que está sob domínio ucraniano. Os ataques ao aeroporto continuaram ocorrendo ao CSNU 23 PoliONU 2015

24 longo dos meses, tendo em vista que ter o domínio de um campo de aviação permite infinitas novas possibilidades, facilitando, por exemplo, o transporte e o recebimento de ajuda internacional. Durante os conflitos, os rebeldes separatistas recebiam reforços de armas pesadas sem identificação. O governo ucraniano acusa a Rússia de estar por trás do fornecimento dos equipamentos, mas as agências oficiais russas negam tal acusação. As tensões fizeram renascer um clima de Guerra Fria e levaram o Ocidente a impor pesadas sanções contra a Rússia por conta de sua participação no conflito. Moscou nega envolvimento direto, mas, além de reconhecer as eleições separatistas, anexou a Crimeia a seu território no início da crise. Após vários meses de guerra, um acordo de cessar-fogo começou a ser discutido, mas não houve muita mudança na situação. Então, começou a ser divulgado que um cessar-fogo para a área do aeroporto havia sido feito. Contudo nada foi modificado. Ambos os lados continuaram a se atacar; ocasionando, portanto, mais mortes. 2. Lugansk Lugansk, assim como Donetsk, é uma região localizada no Leste da Ucrânia, fazendo fronteira com a Rússia. No dia 27 de Abril de 2014 Lugansk declarou independência do governo ucraniano e foi nomeada como República Popular de Lugansk. Posteriormente, a república separatista fez um referendo para legitimar a Mapa simplificado da situação na Ucrânia independência e, segundo eles, houve aprovação de 94%. Foi declarado que a maior parte dos habitantes participaram da votação. Entretanto, o governo ucraniano questionou a legitimidade da consulta e contestou os números apresentados. Segundo este, houve a participação de apenas 32% da população do local. CSNU 24 PoliONU 2015

25 X. Outros Países 1. Estônia A Estônia possui 25% da sua população de etnia russa, sendo que que a Rússia declarou várias vezes preocupação visto que as estas parcelas são negados direitos básicos e, muitas vezes, cidadania, sendo motivo de uma convocação feita pela própria Rússia ao Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, dizendo que "Língua não deve ser usada para segregar e isolar grupos". O presidente estoniano, no primeiro semestre de 2014, pediu forças da OTAN para seu país, sendo respondido com uma infantaria dos Estados Unidos, treinamento para o Exército estoniano e aparentemente cada vez mais tropas e tanques. 2. Geórgia A Geórgia está atualmente em processo de integração com a OTAN e busca fazer acordos com a União Europeia. Ela possui duas regiões separatistas, Ossétia do Sul e Abecásia, ambas com a independência reconhecida pela Federação Russa. A Geórgia tem motivos para temer uma possível intervenção russa em seu território, visto que em 2008 houve uma situação muito similar com a ocorrência na Crimeia, no entanto no caso houve confronto direto entre o exército russo e o exército geórgico. 3. Lituânia No começo de 2014, a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, pediu à OTAN que protegesse o país de um "cenário ucraniano". O Ministério da Defesa lituano mandou, nesse mesmo ano, um navio de guerra para o Mar Báltico quando visto um navio russo próximo à costa. O vice presidente dos Estados Unidos prometeu ajudar a segurança da Lituânia. 4. Cazaquistão O Cazaquistão é um dos maiores aliados da Rússia, abrigando cerca de 3,5 milhões de russos étnicos, porém, com os conflitos na Ucrânia o movimento nacionalista no país ganhou força. É importante ressaltar que o país apoiou a ação russa na Crimeia e têm profundas ligações históricas, econômicas, políticas e culturais com a Rússia. CSNU 25 PoliONU 2015

26 5. Polônia A Polônia, apesar de não ser uma ex-república soviética, fazia parte da área de influência da URSS. O país vem se tornando cada vez mais próximo da Ucrânia após a crise e chegou a pedir a presença permanente do exército norte-americano da OTAN, que já ocupava a Polônia antes mesmo do posicionamento de tropas russas na fronteira da Ucrânia com a Polônia. O Ministro da Defesa polonês já chegou a declarar que "nós (poloneses) queremos estar o mais próximo possível do Ocidente". 6. Moldávia A Moldávia busca o ingresso à União Europeia, porém, à vista desta, não é considerada um potencial candidato. A Transnístria é um Estado separatista localizado na fronteira entre a Moldávia e a Ucrânia o qual pertence oficialmente à Moldávia, trata-se de uma região que está atualmente sob forte influência russa devido à presença de tropas desta na região. Com o fim da União Soviética, a Transnístria não desejava se separar desta. Em 2006 foi feito um referendo para a anexação da região à Rússia, o resultado foi 96% da população a favor, porém o Kremlin se negou a anexar a região. 7. Bielorrússia A Bielorrússia é um dos maiores aliados da Rússia, porém também é muito dependente desta. Os dois Estados constituem um Estado de União, no entanto os projetos de integração entre os países não foram realmente efetivados. A intervenção na Crimeia prejudicou as relações entre os dois países, visto que, segundo o presidente bielorrusso, marca um precedente ruim. A Bielorrússia tem aumentado a cooperação militar e econômica com a China, como uma forma de diminuir sua dependência da Rússia. XI. Soberania dos Territórios Para discutir-se a questão da soberania dos territórios é necessário o conhecimento do conceito de soberania, do conceito de autodeterminação dos povos e de como esses princípios se relacionam. Soberania pode ser definida como o direito de um Estado de exercer poder absoluto dentro de seu limite territorial, sem a interferência de poderes externos, e se baseia na igualdade jurídica CSNU 26 PoliONU 2015

27 de todos os Estados, independente de fatores econômicos, sociais ou militares. O conceito de soberania se originou com a Paz de Vestfália, uma série de acordos diplomáticos entre países europeus em 1648, após a guerra dos 30 anos. Tal conceito serviu de base para a fundação da Organização das Nações Unidas. Artigo 2. A Organização e seus Membros [ ] agirão de acordo com os seguintes Princípios: 1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros. [...] 4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os Propósitos das Nações Unidas. [...] 7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; [...] A autodeterminação dos povos pode ser definida como o direito de uma certa população de determinar livremente seu estatuto político e assegurar seu desenvolvimento econômico, social e cultural. Tal direito pode ser exercido por meio da criação ou demarcação de um Estado próprio e também por meio da existência de uma região com maior autonomia dentro dos limites territoriais de um Estado. Porém é preciso notar que a ocorrência de uma situação ou outra, levando em conta o princípio da autodeterminação apenas, é de jurisdição exclusiva do povo autodeterminado ou que pode vir a autodeterminar-se. O princípio de autodeterminação também está presente nas bases da Organização das Nações Unidas. Artigo 1. Os propósitos das Nações unidas são: [...] 2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal; [...] CSNU 27 PoliONU 2015

28 À vista disso, pode-se não somente teorizar, como pode-se observar casos onde esses dois princípios entram em conflito, por exemplo no caso de um povo, que vive nos limites um Estado, autodetermina-se de forma unilateral, ou seja, sem o consentimento prévio do Estado em questão, havendo uma secessão. Esse conflito se deve ao fato de o Estado ter soberania sobre seu território, logo ter o direito de permitir ou não ocorrências do tipo, e o povo ter o direito de determinar seu estatuto político e, porventura, tornar-se soberano. Na justiça internacional ainda não se chegou a um consenso sobre qual desses dois princípios deve ser imperativo para determinar o limite da soberania em conjunto com o limite da autodeterminação dos povos. CSNU 28 PoliONU 2015

29 XII. Referências Bibliográficas 1. Site nte+interino+para+substituir+yanukovich.shtml minister Material Extra Material do curso de Atualidades distribuído pelo professor Daniel Gomes em setembro de 2013 para o 3o Colegial do Poliedro de São José dos Campos CSNU 29 PoliONU 2015

30 CSNU 30 PoliONU 2015

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE 9. o ANO FUNDAMENTAL PROF. ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE CONTEÚDOS E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade I Tempo, espaço, fontes históricas e representações cartográficas. 2

Leia mais

Rússia e Ucrânia podem entrar em guerra?

Rússia e Ucrânia podem entrar em guerra? Rússia e Ucrânia podem entrar em guerra? Soldados russos cercaram diversas bases ucranianas na Crimeia A situação não poderia ser mais séria. No sábado, o presidente Vladimir Putin conseguiu a autorização

Leia mais

A formação da União Europeia

A formação da União Europeia A formação da União Europeia A EUROPA DOS 28 Como tudo começou? 1926: 1º congresso da União Pan- Europeia em Viena (Áustria) 24 países aprovaram um manifesto para uma organização federativa na Europa O

Leia mais

As instituições internacionais e a reorganização do espaço geográfico mundial

As instituições internacionais e a reorganização do espaço geográfico mundial As instituições internacionais e a reorganização do espaço geográfico mundial ONU A ONU (Organização das Nações Unidas) foi fundada no dia 24 de outubro de 1945, em São Francisco, Estados Unidos. O encontro

Leia mais

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido.

Até então o confronto direto entre os aliados não havia acontecido. Confronto entre os aliados, vencedores da 2ª Guerra: Inglaterra, França, EUA e União Soviética. Acordo pós-guerra definiria a área de influência da URSS, onde estavam suas tropas (leste europeu). Conferência

Leia mais

Entre a Rússia, a União Europeia e os EUA Prof. Alan Carlos Ghedini

Entre a Rússia, a União Europeia e os EUA Prof. Alan Carlos Ghedini A Crise na Ucrânia Entre a Rússia, a União Europeia e os EUA Prof. Alan Carlos Ghedini Em 2004, a Revolução Laranja Em 2004 uma série de protestos tomava conta da Ucrânia, motivados por denúncias de corrupção

Leia mais

E.E. Dr. João Thienne Geografia

E.E. Dr. João Thienne Geografia E.E. Dr. João Thienne Geografia INTRODUÇÃO O presente trabalho é sobre conflitos no Cáucaso, mais concretamente o caso da Chechênia. São objetivos deste trabalho adquirir conhecimentos sobre o assunto,

Leia mais

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS EM POUCAS PALAVRAS OS PRIMEIROS PASSOS DATA/LOCAL DE ASSINATURA E ENTRADA EM VIGOR PRINCIPAIS MENSAGENS QUIZ 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS OS PRIMEIROS PASSOS No século XX depois das Guerras No século XX, depois

Leia mais

O PÓS-GUERRA E A CRIAÇÃO DA 1ª COMUNIDADE

O PÓS-GUERRA E A CRIAÇÃO DA 1ª COMUNIDADE O PÓS-GUERRA E A CRIAÇÃO DA 1ª COMUNIDADE Durante muito tempo os países da Europa andaram em guerra. A segunda Guerra Mundial destruiu grande parte do Continente Europeu. Para evitar futuras guerras, seria

Leia mais

Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10

Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Unidade II Poder, Estudo e Instituições Aula 10 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Conteúdo O Consulado: Economia, Educação

Leia mais

VERSÕES CONSOLIDADAS

VERSÕES CONSOLIDADAS 9.5.2008 PT Jornal Oficial da União Europeia C 115/1 VERSÕES CONSOLIDADAS DO TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA E DO TRATADO SOBRE O FUNCIONAMENTO DA UNIÃO EUROPEIA (2008/C 115/01) 9.5.2008 PT Jornal Oficial da

Leia mais

1. Conceito Guerra improvável, paz impossível - a possibilidade da guerra era constante, mas a capacidade militar de ambas potências poderia provocar

1. Conceito Guerra improvável, paz impossível - a possibilidade da guerra era constante, mas a capacidade militar de ambas potências poderia provocar A GUERRA FRIA 1. Conceito Conflito político, econômico, ideológico, cultural, militar entre os EUA e a URSS sem que tenha havido confronto direto entre as duas superpotências. O conflito militar ocorria

Leia mais

O CONTINENTE EUROPEU

O CONTINENTE EUROPEU O CONTINENTE EUROPEU 12. Europa: Divisão Política Referências: Geografia em Mapas (pgs. 42 e 43) Geoatlas 9º ANO 1º BIMESTRE - TU 902 AULA 6 INTRODUÇÃO Recordando Aula 05 - Fluxos Financeiros Centros de

Leia mais

Disciplina: Geografia 9º ano Turma: Professora: Renata Sampaio Ficha: 02 Bimestre: 3º

Disciplina: Geografia 9º ano Turma: Professora: Renata Sampaio Ficha: 02 Bimestre: 3º Disciplina: Geografia 9º ano Turma: Professora: Renata Sampaio Ficha: 02 Bimestre: 3º Apresentação: Esta ficha atende a dois objetivos principais: 1. Oferecer os conteúdos básicos a respeito dos objetivos

Leia mais

COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES

COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES Características da União Soviética - Moeda Única - Governo Central - Forças Armadas unificadas Países resultantes da desagregação da União Soviética - Rússia - Armênia

Leia mais

Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo

Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo Corte Internacional de Justiça se manifesta acerca da declaração de independência do Kosovo Análise Europa Segurança Jéssica Silva Fernandes 28 de Agosto de 2010 Corte Internacional de Justiça se manifesta

Leia mais

Geografia 03 Blocos Economicos 02 - Por Tabata Sato

Geografia 03 Blocos Economicos 02 - Por Tabata Sato Geografia 03 Blocos Economicos 02 - Por Tabata Sato União Europeia A Turquia apresentou o pedido de adesão em 1987 É candidata oficialmente desde 1999 Mas as negociações começaram apenas em 2005 União

Leia mais

MNE DGAE. Tratado de Lisboa. A Europa rumo ao século XXI

MNE DGAE. Tratado de Lisboa. A Europa rumo ao século XXI Tratado de Lisboa A Europa rumo ao século XXI O Tratado de Lisboa Índice 1. Contextualização 1.1. Porquê um novo Tratado? 1.2. Como surgiu o Tratado de Lisboa? 2. O que mudará com o Tratado de Lisboa?

Leia mais

BLOCOS ECONÔMICOS. O Comércio multilateral e os blocos regionais

BLOCOS ECONÔMICOS. O Comércio multilateral e os blocos regionais BLOCOS ECONÔMICOS O Comércio multilateral e os blocos regionais A formação de Blocos Econômicos se tornou essencial para o fortalecimento e expansão econômica no mundo globalizado. Quais os principais

Leia mais

CRONOLOGIA DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA

CRONOLOGIA DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA CRONOLOGIA DA INTEGRAÇÃO EUROPEIA 1950 9 de Maio Robert Schuman, Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, profere um importante discurso em que avança propostas inspiradas nas ideias de Jean Monnet.

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

Atualidades. Blocos Econômicos, Globalização e União Européia. 1951 - Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA)

Atualidades. Blocos Econômicos, Globalização e União Européia. 1951 - Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA) Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, ecologia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e segurança

Leia mais

TEMA 6 O AVANÇO DOS ALIADOS. Os combates decisivos entre as tropas do Eixo e as forças aliadas foram travados em território soviético.

TEMA 6 O AVANÇO DOS ALIADOS. Os combates decisivos entre as tropas do Eixo e as forças aliadas foram travados em território soviético. TEMA 6 O AVANÇO DOS ALIADOS Os combates decisivos entre as tropas do Eixo e as forças aliadas foram travados em território soviético. A operação Barbarossa A operação Barbarossa era a invasão da União

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra o regime absolutista. 2º - Abriu espaço para o avanço do CAPITALISMO.

1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra o regime absolutista. 2º - Abriu espaço para o avanço do CAPITALISMO. APRESENTAÇÃO Aula 08 3B REVOLUÇÃO FRANCESA Prof. Alexandre Cardoso REVOLUÇÃO FRANCESA Marco inicial da Idade Contemporânea ( de 1789 até os dias atuais) 1º - Foi um movimento liderado pela BURGUESIA contra

Leia mais

A questão da natalidade nos países da União Européia: desafios e alternativas em discussão 1.

A questão da natalidade nos países da União Européia: desafios e alternativas em discussão 1. Universidade do Vale do Itajaí Curso de Relações Internacionais LARI Laboratório de Análise de Relações Internacionais Região de Monitoramento: União Europeia LARI Fact Sheet Abril/Maio de 2011 A questão

Leia mais

Guerra Fria e o Mundo Bipolar

Guerra Fria e o Mundo Bipolar Guerra Fria e o Mundo Bipolar A formação do Mundo Bipolar Os Aliados vencem a 2.ª Guerra (1939-1945). Apesar de na guerra lutarem lado a lado, os EUA e a URSS vão afastar-se a partir de 1945. Guerra Fria

Leia mais

TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA

TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA TEMA 3 UMA EXPERIÊNCIA DOLOROSA: O NAZISMO ALEMÃO A ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha colocou em ação a política de expansão territorial do país e o preparou para a Segunda Guerra Mundial. O saldo

Leia mais

Os bancos públicos e o financiamento para a retomada do crescimento econômico

Os bancos públicos e o financiamento para a retomada do crescimento econômico Boletim Econômico Edição nº 87 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Os bancos públicos e o financiamento para a retomada do crescimento econômico 1 O papel dos bancos

Leia mais

Período pré-colonial

Período pré-colonial CHILE Período pré-colonial O navegador português Fernão de Magalhães, a serviço do rei da Espanha, foi o primeiro europeu a visitar a região que hoje é chamada de Chile. Os mapuches, grande tribo indígena

Leia mais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África,

Leia mais

país. Ele quer educação, saúde e lazer. Surge então o sindicato cidadão que pensa o trabalhador como um ser integrado à sociedade.

país. Ele quer educação, saúde e lazer. Surge então o sindicato cidadão que pensa o trabalhador como um ser integrado à sociedade. Olá, sou Rita Berlofa dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Brasil, filiado à Contraf e à CUT. Quero saudar a todos os trabalhadores presentes e também àqueles que, por algum motivo, não puderam

Leia mais

Exercícios sobre Israel e Palestina

Exercícios sobre Israel e Palestina Exercícios sobre Israel e Palestina Material de apoio do Extensivo 1. Observe o mapa a seguir, que representa uma área do Oriente Médio, onde ocorrem grandes tensões geopolíticas. MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO,

Leia mais

TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX

TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX TEMA I A EUROPA E O MUNDO NO LIMIAR DO SÉC. XX A supremacia Europeia sobre o Mundo A Europa assumia-se como 1ª potência Mundial DOMÍNIO POLÍTICO Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e outras potências

Leia mais

Impacto sobre os rendimentos dos títulos públicos

Impacto sobre os rendimentos dos títulos públicos Como as taxas de juros dos Estados Unidos afetam os mercados financeiros das economias emergentes 15 de maio de 2014 Alexander Klemm, Andre Meier e Sebastián Sosa Os governos da maioria das economias emergentes,

Leia mais

DIREITO COMUNITÁRIO. Aula 4 As revisões dos instrumentos fundamentais: o aprofundamento 2

DIREITO COMUNITÁRIO. Aula 4 As revisões dos instrumentos fundamentais: o aprofundamento 2 DIREITO COMUNITÁRIO Aula 4 As revisões dos instrumentos fundamentais: o aprofundamento 2 As revisões dos tratados fundadores 07/02/1992: Assinatura do Tratado sobre a União Européia,, em Maastricht; 20/10/1997:

Leia mais

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO A CUT e as centrais sindicais negociaram com o governo

Leia mais

UNIÃO EUROPEIA A CRIAÇÃO EUROPEIA. Maria do Rosário Baeta Neves Professora Coordenadora

UNIÃO EUROPEIA A CRIAÇÃO EUROPEIA. Maria do Rosário Baeta Neves Professora Coordenadora UNIÃO EUROPEIA A CRIAÇÃO EUROPEIA 1952 CECA (TRATADO DE PARIS 18 de Abril 1951) Países aderentes: França Alemanha Bélgica Holanda Luxemburgo Itália Objectivos do Tratado de Paris: Criação do Mercado Comum

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

ANO % do PIB (Aproximadamente) 2003 9% do PIB mundial 2009 14% do PIB mundial 2010 18% do PIB mundial 2013/2014 25% do PIB mundial

ANO % do PIB (Aproximadamente) 2003 9% do PIB mundial 2009 14% do PIB mundial 2010 18% do PIB mundial 2013/2014 25% do PIB mundial ANO % do PIB (Aproximadamente) 2003 9% do PIB mundial 2009 14% do PIB mundial 2010 18% do PIB mundial 2013/2014 25% do PIB mundial ANO Os BRICS EUA União Europeia PIB 2013 (aproximadamente) US$ 19 trilhões

Leia mais

2 DISCIPLINA: Economia M6 Ano :11º C DATA: 10/07/2013 Cursos Profissionais: Técnico de Restauração Variante de Restaurante - Bar

2 DISCIPLINA: Economia M6 Ano :11º C DATA: 10/07/2013 Cursos Profissionais: Técnico de Restauração Variante de Restaurante - Bar 2 DISCIPLINA: Economia M6 Ano :11º C DATA: 10/07/2013 Cursos Profissionais: Técnico de Restauração Variante de Restaurante - Bar Nome: N.º: Classificação: Ass.Professor: GRUPO I Este grupo é constituído

Leia mais

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra. Senhor Representante de Sua Excelência o Presidente da República, General Rocha Viera, Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Leia mais

Disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a II Guerra Mundial. É uma intensa guerra econômica, diplomática e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela divide o mundo

Leia mais

Geografia Econômica Mundial. Organização da Aula. Aula 4. Blocos Econômicos. Contextualização. Instrumentalização. Tipologias de blocos econômicos

Geografia Econômica Mundial. Organização da Aula. Aula 4. Blocos Econômicos. Contextualização. Instrumentalização. Tipologias de blocos econômicos Geografia Econômica Mundial Aula 4 Prof. Me. Diogo Labiak Neves Organização da Aula Tipologias de blocos econômicos Exemplos de blocos econômicos Algumas características básicas Blocos Econômicos Contextualização

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 26. CONVENÇÃO SOBRE A CELEBRAÇÃO E O RECONHECIMENTO DA VALIDADE DOS CASAMENTOS (concluída em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar a celebração de casamentos

Leia mais

Kosovo declara independência da Sérvia

Kosovo declara independência da Sérvia Kosovo declara independência da Sérvia Resenha Segurança Ana Caroline Medeiros Maia 24 de fevereiro de 2008 Kosovo declara independência da Sérvia Resenha Segurança Ana Caroline Medeiros Maia 24 de fevereiro

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO

MOTIVAÇÕES PARA A INTERNACIONALlZAÇÃO Internacionalização de empresas brasileiras: em busca da competitividade Luis Afonso Lima Pedro Augusto Godeguez da Silva Revista Brasileira do Comércio Exterior Outubro/Dezembro 2011 MOTIVAÇÕES PARA A

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PARECER DOS RECURSOS 11) China, Japão e Índia são três dos principais países asiáticos. Sobre sua História, cultura e relações com o Ocidente, analise as afirmações a seguir. l A China passou por um forte processo de modernização

Leia mais

A nova lei anti-secessão e as relações entre a China e Taiwan. Análise Segurança

A nova lei anti-secessão e as relações entre a China e Taiwan. Análise Segurança A nova lei anti-secessão e as relações entre a China e Taiwan Análise Segurança Bernardo Hoffman Versieux 15 de abril de 2005 A nova lei anti-secessão e as relações entre a China e Taiwan Análise Segurança

Leia mais

1. 2. 3. 4. PASSO A PASSO. Links para saber mais. A União Europeia. Ano Europeu: o que é? o que se comemora em 2012?

1. 2. 3. 4. PASSO A PASSO. Links para saber mais. A União Europeia. Ano Europeu: o que é? o que se comemora em 2012? junho 2012 PASSO A PASSO 1. 2. 3. 4. A União Europeia Ano Europeu: o que é? o que se comemora em 2012? Ano Europeu 2012: curiosidades iniciativas quiz Links para saber mais 1. A União Europeia 27 Estados-Membros

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

o alargamento da união europeia em tempos de novos desafios

o alargamento da união europeia em tempos de novos desafios o alargamento da união europeia em tempos de novos desafios Ana Paula Zacarias O ano de 2014 é muito importante para a União Europeia pelo seu simbolismo, uma vez que nele se celebra o 10º aniversário

Leia mais

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental

Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental Sustentabilidade nas instituições financeiras Os novos horizontes da responsabilidade socioambiental O momento certo para incorporar as mudanças A resolução 4.327 do Banco Central dispõe que as instituições

Leia mais

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio NOTAS ECONÔMICAS Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 11 Número 2 12 de julho de 2010 www.cni.org.br Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio Brasil

Leia mais

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial,

implementação do Programa de Ação para a Segunda Década de Combate ao Racismo e à Discriminação Racial, 192 Assembleia Geral 39 a Sessão suas políticas internas e exteriores segundo as disposições básicas da Convenção, Tendo em mente o fato de que a Convenção está sendo implementada em diferentes condições

Leia mais

4 de julho 1776 PROF. ROBERTO BRASIL

4 de julho 1776 PROF. ROBERTO BRASIL 4 de julho 1776 PROF. ROBERTO BRASIL A Revolução Americana é um movimento de ampla base popular, a burguesia foi quem levou esta revolução avante. O terceiro estado (povo e burguesia) conseguiu a independência

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 11 Pronunciamento sobre a questão

Leia mais

A unificação monetária européia

A unificação monetária européia A unificação monetária européia Especial Panorama Celeste Cristina Machado Badaró 06 de julho de 2007 A unificação monetária européia Especial Panorama Celeste Cristina Machado Badaró 06 de julho de 2007

Leia mais

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE

DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE DISCURSO SOBRE LEVANTAMENTO DA PASTORAL DO MIGRANTE FEITO NO ESTADO DO AMAZONAS REVELANDO QUE OS MIGRANTES PROCURAM O ESTADO DO AMAZONAS EM BUSCA DE MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA DEPUTADO MARCELO SERAFIM

Leia mais

PROVA MENSAL 2 BIMESTRE - 2011

PROVA MENSAL 2 BIMESTRE - 2011 PROVA MENSAL 2 BIMESTRE - 2011 Questão 1 a)a frase esse tal de Medvedev tem vontade própria tem aspecto irônico. Explique o contexto político que justifica essa ironia. O contexto político que explica

Leia mais

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

BRICS e o Mundo Emergente

BRICS e o Mundo Emergente BRICS e o Mundo Emergente 1. Apresente dois argumentos favoráveis à decisão dos países integrantes da Aliança do Pacífico de formarem um bloco regional de comércio. Em seguida, justifique a situação vantajosa

Leia mais

Guerra fria (o espaço mundial)

Guerra fria (o espaço mundial) Guerra fria (o espaço mundial) Com a queda dos impérios coloniais, duas grandes potências se originavam deixando o mundo com uma nova ordem tanto na parte política quanto na econômica, era os Estados Unidos

Leia mais

Motivar pessoas para o foco da organização

Motivar pessoas para o foco da organização PORTWAY Motivar pessoas para o foco da organização Série 4 pilares da liderança Volume 3 4 pilares da liderança Motivar pessoas para o foco da organização E m Julho de 2014, fui procurado por algumas diretoras

Leia mais

MINIGUIA DA EUROPA 2011 Comunicar com os Europeus Línguas Na Europa fala-se muitas línguas, cujas principais famílias são a germânica, a românica, a eslava, a báltica e a céltica. As instituições da União

Leia mais

1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial

1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial Décima Oitava Sessão Agenda item 43 Resoluções aprovadas pela Assembléia Geral 1904 (XVIII). Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial A Assembléia Geral,

Leia mais

POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa

POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa A UGT saúda o debate em curso na Comissão dos Assuntos Europeus sobre o Futuro da Europa e, particularmente, sobre o futuro do Tratado Constitucional. O

Leia mais

GUERRA FRIA 1945 1991

GUERRA FRIA 1945 1991 GUERRA FRIA 1945 1991 Guerra Fria 1945-1991 Conceito: Conflitos políticos, ideológicos e militares (indiretos), que aconteceram no pós guerra entre as duas potências mundiais EUA e URSS entre 1945-1991.

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 15. CONVENÇÃO SOBRE A ESCOLHA DO FORO (celebrada em 25 de novembro de 1965) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns sobre a validade e efeitos de acordos sobre

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

CRISE E RUPTURA NA REPÚBLICA VELHA. Os últimos anos da República Velha

CRISE E RUPTURA NA REPÚBLICA VELHA. Os últimos anos da República Velha CRISE E RUPTURA NA REPÚBLICA VELHA Os últimos anos da República Velha Década de 1920 Brasil - as cidades cresciam e desenvolviam * Nos grandes centros urbanos, as ruas eram bem movimentadas, as pessoas

Leia mais

EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI. Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista.

EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI. Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista. EXERCÍCIOS ON LINE DE GEOGRAFIA 8º 2º TRI Questão 1 Assinale a única alternativa que não indica uma característica do sistema capitalista. a) Os preços das mercadorias variam de acordo com a procura por

Leia mais

A Europa em poucas palavras

A Europa em poucas palavras A Europa em poucas palavras O que é a União Europeia? É europeia = está situada na Europa. É uma união = une países e pessoas. Examinemos mais atentamente: O que têm os europeus em comum? De que forma

Leia mais

ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC

ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS COMPARADAS CMI-CEIC 1 Sumário Executivo 1 - A China em África 1.1 - Comércio China África 2 - A China em Angola 2.1 - Financiamentos 2.2 - Relações Comerciais 3 - Características

Leia mais

História B Aula 21. Os Agitados Anos da

História B Aula 21. Os Agitados Anos da História B Aula 21 Os Agitados Anos da Década de 1930 Salazarismo Português Monarquia portuguesa foi derrubada em 1910 por grupos liberais e republicanos. 1ª Guerra - participação modesta ao lado da ING

Leia mais

QUARTA CONSTITUIÇÃO (A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO NOVO)

QUARTA CONSTITUIÇÃO (A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO NOVO) QUARTA CONSTITUIÇÃO (A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO NOVO) NOME...Constituição dos Estados Unidos do Brasil DATA...10 de Novembro de 1937 ORIGEM...Outorgada DURAÇÃO...9 anos PREÂMBULO O Presidente da República

Leia mais

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas A valorização do real e as negociações coletivas As negociações coletivas em empresas ou setores fortemente vinculados ao mercado

Leia mais

Decreto nº 77.374, de 01.04.76

Decreto nº 77.374, de 01.04.76 Decreto nº 77.374, de 01.04.76 Promulga a Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção e Estocagem de Armas Bacteriológicas (Biológicas) e à Base de toxinas e sua Destruição. O PRESIDENTE DA

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema 1. Introdução 1.1 Contextualização do problema e questão-problema A indústria de seguros no mundo é considerada uma das mais importantes tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social.

Leia mais

Avaliação da unidade II Pontuação: 7,5 pontos

Avaliação da unidade II Pontuação: 7,5 pontos Avaliação da unidade II Pontuação: 7,5 pontos QUESTÃO 01 (1,0 ponto) A Segunda Grande Guerra (1939-1945), a partir de 7 de dezembro de 1941, adquire um caráter mundial quando os a) ( ) russos tomam a iniciativa

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação

27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação 27. Convenção da Haia sobre a Lei Aplicável aos Contratos de Mediação e à Representação Os Estados signatários da presente Convenção: Desejosos de estabelecer disposições comuns sobre a lei aplicável aos

Leia mais

História da cidadania europeia

História da cidadania europeia História da cidadania europeia Introdução A cidadania da União conferida aos nacionais de todos os Estados Membros pelo Tratado da União Europeia (TUE), destina se a tornar o processo de integração europeia

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Como monitorar seus concorrentes e fazer pesquisa de mercado nas redes sociais. Por Gustavo Valvasori

Como monitorar seus concorrentes e fazer pesquisa de mercado nas redes sociais. Por Gustavo Valvasori Como monitorar seus concorrentes e fazer pesquisa de mercado nas redes sociais Por Gustavo Valvasori Índice 1. Introdução 2. Por que monitorar? 3. O que monitorar? 4. Como dialogar 5. Fluxo de comunicação

Leia mais

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região. O presente boletim analisa algumas variáveis chaves na atual conjuntura da economia sertanezina, apontando algumas tendências possíveis. Como destacado no boletim anterior, a indústria é o carro chefe

Leia mais

O processo de abertura comercial da China: impactos e perspectivas

O processo de abertura comercial da China: impactos e perspectivas O processo de abertura comercial da China: impactos e perspectivas Análise Economia e Comércio / Desenvolvimento Carolina Dantas Nogueira 20 de abril de 2006 O processo de abertura comercial da China:

Leia mais

Direitos das Pessoas Idosas e a Implementação da Convenção

Direitos das Pessoas Idosas e a Implementação da Convenção Direitos das Pessoas Idosas e a Implementação da Convenção Perly Cipriano Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos - Brasil Dados atuais sobre envelhecimento no mundo No ano de 2007, 10.7%

Leia mais

Ucranianos em Portugal entregaram apelo aos deputados do Parlamento Português

Ucranianos em Portugal entregaram apelo aos deputados do Parlamento Português Esta tarde, foi realizada uma manifestação em frente da Assambleia da Republica Portuguesa em São Bento, durante qual, os representantes da comunidade Ucraniana residente em Portugal entregaram um apelo

Leia mais

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países Para o Boletim Econômico Edição nº 45 outubro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países 1 Ainda que não haja receita

Leia mais

+COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

+COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL +COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 163, DE 2010. (Do Poder Executivo) Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

Breve guia do euro. Assuntos Económicos e Financeiros

Breve guia do euro. Assuntos Económicos e Financeiros Breve guia do euro Assuntos Económicos e Financeiros Sobre o euro O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros

Leia mais

OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO

OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA E DO CRESCENTE VERMELHO FOLHETO CICV O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho O Movimento Internacional

Leia mais