CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITAUZAcAO - CRSNSP

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1 CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITAUZAcAO - CRSNSP 23V Sesso Recursoii6080. Processo Susep n / RECORRENTE: COMPANHIA ITAU DE CAPITALIZAçAO S/A RECORRIDA: SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP EMENTA: RECURSO ADMINISTRATIVO. Auto de lnfraco. Itens 1 e 3 - Causar embaraco a fiscalização ao nao atender, no prazo e/ou na forma fixados, as solicitaçöes da SUSEP. Recurso conhecido e provido parcialmente. PENALIDADE ORIGINAL: Itens 1 e 3 - Multas no valor de R$ ,00. BASE NORMATIVA: Itens 1 e 3 - Art. 88 do Decreto-Lei n2 73/66. ACORDAO/CRSNSP N2 5936/16. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, decidem os membros do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privad os, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, por unanimidade, dar provimento parcial ao recurso da Companhia ltati de Capitalização S/A, nos termos do voto do Relator. para considerar a existência de uma ünica conduta delitiva, aplicando-se uma 6nica penalidade no valor de R$ ,00 (vinte e seis mil reals). Participaram do julgamento os Conseiheiros Waldir Quintiliano da Silva, Paulo Antonio Costa de Almeida Penido, Thompson da Gama Moret Santos, André Leal Faoro, Marcelo Augusto Camacho Rocha e Washington Luis Bezerra da Silva. Presentes o Senhor Representante da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Dr. José Eduardo de Aratjo Duarte, a Secretäria Executiva, Senhora Cecilia Vescovi de Aragão Brando, e a Secretária Executiva Adjunta, Senhora Theresa Christina Cunha Martins. Sala das SessOes (RJ) 7de rjulho de Q, L7 WALDIR UINTILIANO DA SILVA Pr sidente e Relator

2 c3 CONSEIHO DE RECURSOS SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E-DE capitauzaça0 - CRSNSP Recurso 6080 Processo Susep / Recorrente: Relator: Unibanco Cia de Capitalizacão WALDIR QUINTILIANO DA SILVA Relatório Trata-se de recursos apresentados por Unibanco Cia. de Capitalizaçäo contra decisöes condenatórias da SUSEP, por embaraço a fiscalizacão da autarquia, caracterizado pelo no atendimento ao quanto requisitado no oficio SUSEP/DEHS/GESUP/N 2 17/08, nos prazos e na forma estabelecida pela autarquia, conforme descrito nos itens 1 e 3 do auto de infraço SUSEP/DEFIS/GRFSP N901/2009, de 27/1/2009, Iavrado contra a companhia. 0 referido auto de infraçao relacionou outras quatro condutas consideradas irregulares. Uma delas, a de nümero 2, foi considerada insubsistente pela autarquia. Em reiaco as outras trés, a Unibanco näo apresentou recurso, recoihendo as multas correspondentes. Em relaçao as ocorréncias 1 e 3, a companhia se defendeu (fls. 126/130), negando tenha sido configurado o embaraço a fiscaiizaco, seja porque näo teve qualquer intenco de deixar de atender as requisicöes da 6rea de fiscalizaçao da autarquia, seja porque, quando houve atraso, esse atraso se deu por poucos dias e sem qualquer intençao de impedir ou de dificultar a acao fiscalizadora da autarquia, ou ainda porque houve problemas corn o tamanho do arquvo, no momento da transmisso dos dados, o que posteriormente fol corrigido. A autarquia, conforme fls. 156/163, considerou subsistente o auto de infraçao, em relacão aos mencionados itens 1 e 3, sob o argumento de que o simples fato de nao ter ocorrido o atendimento dentro do prazo definido caracteriza-se como embaraco a fiscalizaçao, independentemente de qualquer intenco de impedir ou dificultar a acao fiscalizadora. Em consequência, aplicou a indiciada a multa de R$ ,00, para cada uma das duas condutas consideradas irregulares, corn base Art. 26, inc. III, almnea "h" da Res. CNSP n9 60, de 2001, porque considerou configurada a infraçao ao Art. 88 do DL 73, de A Cia. Itaü de Capitalizaço S/A, incorporadora da Unibanco Cia. de CapitaIizaco S/A, por intermd dos documentos de fls. 210/212 e 214/217, apresentou recurso contra a decisão dausep, em reiaço aos itens 1 e 3 do auto de infração, com base em argumentos j trazidos ao'autys para requerer a apiicaco da situaco atenuante em relacào as penalidades aplicadas.

3 V A PGFN, chamada a opinar spçe o feito (fis. 224/225), manifestou-se pelo conhecimento do recurso e pela neativfde seu provimento. o Relatório. Brasilia, 9 a, \2015 aldir Quintilian Conseiheiro a Silva

4 / 2t If CONSELHO DE RECURSOS SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDENCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAcAO - CRSNSP Recurso 6080 Processo Susep / Recorrente: Recorrida: Relator: Unibanco Cia de Capitalização SUPERINTENDENCIA DE SEGUROS PRIVADOS - SUSEP WALDIR QUINTILIANO DA SILVA VOTO A Unibanco Cia de CapitaIizaco recorreu a este Conselho de Recursos contra a decisão condenatória da SUSEP, no que se refere as duas penalidades de multa de R$ ,00, cada, alegando basicamente que não teve qualquer intencâo de causar embaraco a aço fiscalizadora da autarquia e que o atraso de poucos dias teve como motivo dificuldades na obtençäo dos dados. Alega também que a faiha foi sanada prontarnente. E de se esclarecer, inicialmente, que o auto de infração inicial contém 6 itens, cada urn deles apontando urna conduta irregular. Os três primeiros tratam do embaraco a fiscalização da SUSEP, por no atender a solicitacôes, em nimero de três, contidas no oficio SUSEP/DEFIS/GESUP/N 17/08, nos prazos e na forma estabelecida pela autarquia. A indiciada recorreu apenas em relacao as condutas tratadas nos itens 1 e 3 do auto de infracão. A autarquia considerou insubsistente a imputação de que tratou o item 2 do referido auto de infração. E em relaçâo as demais penalidades (itens 4, 5 e 6), a Unibanco não recorreu. Muito bern. Verifico que, de fato, a materialidade das condutas irregulares está devidamente caracterizada nos autos e a própria recorrente reconhece que houve atraso no fornecimento das informacôes requeridas pela autarquia. Sustenta, no entanto, que o fato se deveu a dificuldades na obtenção dos dados e näo teve qualquer intencâo de causar embarco a fiscaiizaço da autoridade de origem. Registro que essas duas condutas elencadas pela autarquia, no auto de infracão em apreco, devern ser tidas como se urna so fosse, isto porque resultantes de no atendimento a pedido de inforrnaçôes feito em urna tnica oportunidade, por intermédio de urn Cinico docurnento de solicitacão, quando do inicio do procedimento fiscalizatório levado a efeito por inspetores da autarquia. E óbvio que o no atendimento ao quanto requerido no documento da autarquia (oficio SUSEP/DEFIS/GESUP/N 2 17/08), nos prazos ali estabelecidos, causou prejuizos ao andarnento dos trabalhos desenvolvidos pela equipe de inspetores da autorida e supervisora. No entanto, a similitude da natureza das informaçäes solicitadas me leva o entendimento de que na verdade houve apenas e tho somente urna conduta irregular L

5 caracterizada pela açäo de atrasar o andarnento dos trabaihos de fiscalização, trazendo embaraco a execução dos trabaihos de fiscalizacão. E é sobre isso e que se deve deter a análise: foram apenas duas modalidades de informacöes soticitadas em uma mesma oportunidade. Nao consigo ver duas condutas irregulares, mas apenas uma, a de não atender, no prazo assinalado, ao pedido de fornecimento de informacôes que subsidiariarn os trabaihos de fiscalizaçâo. 0 outro aspecto a ponderar diz respeito ao fato de que, agora, estamos no regime punitivo da Resoluçao CNSP n2 243, ambiente regulatório em que a autoridade de supervisão tern espaco para aferir a menor ou major gravidade da conduta delitiva, ponderando, no caso, a gravidade em que se dê o embaraco a sua ação fiscalizadora, de modo a balizar a dosimetria da pena cabivel em cada circunstância. Então, mesmo que se esteja frente a uma situacâo em que o embaraco a acão fiscalizada se verifique em grau de grande severidade, a autoridade poderá dosar o valor da multa levando em conta essa circunstância, sem que ela venha a enfraquecer-se diante de rnaior reniténcia no atendimento a requisiçöes de documentos ou de informacöes, indispensáveis a realização das atividades de fiscalizaco. Corn essas observaçöes, conheco do recurso e a ele dou provirnento parcial, para cancelar uma das penalidades aplicadas, sob o entendimento de que, na situacão especifica retratada nos autos, a conduta delitiva é uma so, causar ernbaraco a fiscalizaçao, justificando- Se, por isso, a imposicão de uma so pena de multa, no valor de R$ ,00. / ;sp> Waldir Qiintiliano da Silva Cons7iro r Oe 44 --, bo