A Terra, um planeta em mudança

Transcrição

1 A Terra, um planeta em mudança

2 A Terra, um planeta em mudança As alterações que a Terra experimenta reflectem-se na distribuição e no tipo de formas vivas que a habitam. Assim, verificou-se no decorrer dos tempos que algumas espécies desapareceram, sendo posteriormente substituídas por outras.

3 Que explicações para a extinção dos dinossauros? Resolva o Doc. 10 da página 44 do seu manual Sugestão de resposta ao Doc. 10

4 As consequências climáticas e ecológicas de um impacto meteorítico e as do vulcanismo em grande escala seriam semelhantes. A projecção de poeiras para a atmosfera terá resultado numa obscuridade tal fazendo com que ocorresse: A redução ou interrupção da fotossíntese; A interrupção das cadeias alimentares; O aparecimento de um período de clima frio.

5 Estas explicações inserem-se num pensamento catastrofista: Dados existentes fazem acreditar que existiram grandes catástrofes que levaram a grandes alterações à superfície da Terra, nomeadamente à extinção dos dinossauros.

6 Há, porém, outros cientistas que justificam a extinção dos dinossauros através de uma crise geral selectiva: Dizem que os dinossauros não desapareceram de uma só vez, uma vez que numerosos grupos de animais e de plantas atravessaram esse período sem qualquer perturbação.

7 Os paleontólogos falam numa Crise do Cretácico, afirmando que a maior parte dos dinossauros não se extinguiu apenas no fim da Era Mesozóica. Diziam que houve aparecimento e extinção de muitas espécies ao longo de todo o Jurássico e Cretácico e que o Cretácico superior seria já bastante pobre em dinossauros. Nos últimos 3 M.a. do Cretácico, aparentemente já só existia meia dezena de espécies de formas de grandes dimensões.

8 Ora, o impacto meteorítico parece coincidir com o fim do Cretácico. Além disso, as observações feitas em Montana (EUA) levaram à conclusão que nessa altura sobreviveram cerca de 64% das espécies de vertebrados, o que constitui um dado inconciliável com as visões catastróficas dos defensores da queda do meteorito. Certos cientistas atribuem à crise do Cretácico um importante recuo das águas marinhas o que poderá ter levado a mudanças climáticas fatais para um grande número de espécies.

9 A discussão das causas da extinção dos dinossauros põe em evidência o carácter dinâmico da ciência: Para o mesmo fenómeno podem existir várias teorias e assim vários investigadores tentam encontrar elementos que apoiem as suas teorias, surgindo assim novas explicações.

10 Princípios básicos do raciocínio geológico Os geólogos, assim como outros cientistas, recolhem e interpretam dados que procuram explicar a evolução do nosso planeta. Existem duas linhas de interpretação da evolução passada da Terra: Catastrofismo; Uniformitarismo.

11 Catastrofismo e uniformitarismo em que diferem? Resolva o Doc. 11 da página 47 do seu manual Sugestão de resposta ao Doc. 11

12 O actualismo deve ser encarado com algumas reservas pois os fenómenos que ocorrem na actualidade podem não corresponder exactamente aos fenómenos ocorridos no passado. As condições do passado e as actuais podem não ser exactamente as mesmas. Além disso, o uniformitarismo pode induzir em erro, ao admitir que os fenómenos eram cíclicos e que se repetiam ao longo da história da Terra.

13 O actualismo é uma aplicação prática do uniformitarismo, permitindo que a interpretação dos processos passados seja feita por analogia com os processos actuais. Assim, um novo princípio surgiu neocatastrofismo. O neocatastrofismo concilia o uniformitarismo com o catastrofismo. Na verdade, na história da Terra são claros os episódios de grande violência, mas esses episódios distribuem-se ao longo dos tempos e relacionam-se com o modo como o planeta evoluiu.

14 Mobilismo geológico O dinamismo terrestre não se manifesta apenas através das mudanças dos seres vivos, mas também da própria actividade do planeta. Os vulcões e os sismos são provas dessa actividade. No entanto, vão acontecendo outras mudanças no planeta mas que são imperceptíveis aos nossos olhos. Montanhas que se formam e que são lentamente erodidas; Continentes que mudam de posição; Oceanos que se formam e desaparecem.

15 Que dados apoiam a mobilidade dos continentes? Resolva o Doc. 12 da página 50 do seu manual Sugestão de resposta ao Doc. 12

16 Wegener admitiu a hipótese dos continentes já terem estado, no passado, unidos num supercontinente, a Pangeia, rodeados por um só oceano, a Pantalassa. Esse supercontinente ter-se-á fragmentado em dois continentes: um a norte, a Laurásia, e outro a sul, a Gonduana.

17 Diferentes dados apoiam a hipótese da existência do continente Gonduana, formado por continentes que se hoje se encontram separados: A forma complementar de zonas costeiras de continentes hoje separados, como por exemplo, a África e a América do Sul; A semelhança entre camadas rochosas com a mesma idade em certas regiões de vários continentes actualmente distantes; Os testemunhos fósseis, como é o caso do Glossopteris, que aparece fossilizados exclusivamente em África, na América do Sul, na Índia, na Austrália e na Antárctida.

18 Admite-se que a Índia, há cerca de 70 M.a., se terá separado do continente africano e deslocado para o norte até chocar com a Ásia. Hoje, a ligação da Ásia com a Índia é marcada pelas grandes montanhas dos Himalaias, resultantes da elevação e deformação dos sedimentos que se tinham depositado ao longo das margens continentais antes da colisão.

19 Admite-se ainda que durante 60 M.a. a América do Norte e a América do Sul estiveram separadas, e que só há cerca de 2 M.a. a 3 M.a. se formou o istmo do Panamá, o que permitiu a migração de animais entre América do Norte e a América do Sul. Os fósseis encontrados nas rochas dos dois continentes vieram apoiar esta suposição.

20 É importante salientar que ao longo da história da Terra, muitas pangeias se formaram e se fragmentaram em continentes diferentes dos actuais e outros mares e oceanos se abriram e fecharam. O estudo das rochas e dos fósseis nelas contidos, bem como o estudo da deformação que experimentaram, permite aos geólogos reconstruir a posição geográfica dessas massas rochosas continentais no passado do nosso planeta. Esta alteração na posição dos continentes e dos mares ao longo dos tempos é consequência do movimento das placas tectónicas.

21 Que relação pode estabelecer-se entre o movimento das placas litosféricas e a posição dos continentes? Resolva o Doc. 13 da página 50 do seu manual Sugestão de resposta ao Doc. 13

22 O limite das placas litosféricas podem ser de diversos tipos: Divergentes Convergentes Conservativos Ver Figura página 53 do manual