O Evangelho de Mateus

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1 O Evangelho de Mateus No presente trabalho, busca-se um estudo de Mateus, seguindo o esquema do livro A justiça dos pobres de Ana Flora Anderson e de Gilberto Gorgulho, com complementações do livro O Evangelho de Mateus de Juan Mateos e Fernando Camacho e do livro Como ler Mateus de Ivo Stornilo. Todos das Edições Paulinas. ESQUEMA 1 I - Anúncio da pessoa e da missão de Jesus 1,1-4,16 1) Quem é Jesus (1-2): seu messianismo. 2) Conteúdo da prática messiânica (3,1-4,16). II - A novidade confiada aos discípulos 4,17-9,34 1) Dinamismo da ação de Jesus (4,17-25). 2) O Sermão da Montanha (5-7). 3) A ação messiânica de Jesus (8,1-9,34). III - O confronto entre o velho e o novo 9,35-13,52 1) Confronto e perseguições (9,35-10,42). 2) Jesus é o conteúdo do confronto (11,1-30). 3) Jesus, Senhor (12,1-21). 4) Exigências de discernimento (12,22-50). 5) Revelação do mistério do Reino (13,1-52). IV - A Igreja como sujeito da novidade 13,53-25,46 1) Jesus reúne o novo povo de Deus (13,53-16,12). 2) Fé e seguimento a Jesus (16,13-17,27). 3) A comunidade vive o amor e o perdão (18,1-35). 4) A graça constitui a novidade (19,1-23,39). 5) A vinda do Filho do Homem (24-25). V - Paixão, Morte e Ressurreição ) A entrega do Filho do Homem (26,1-30). 2) O Pastor ferido (26,31-75). 3) A venda do Justo (27,1-26). 4) A morte do Rei-pobre (27,27-56). 5) O Ressuscitado é o Senhor (27,57-28,20). I - O ANÚNCIO DA PESSOA E DA MISSÃO DE JESUS 1,1-4,16 O primeiro capítulo pode ser dividido em dois subcapítulos: 1 - Quem é Jesus (1-2)? Em cinco tópicos Mateus apresenta quem é Jesus: a) A genealogia 1,1-17 situa Jesus como Filho de Abraão e de Davi. Sobre os dois paira uma promessa (Gn 15 e 2Sm 7). Jesus é o cumprimento destas promessas. Jesus se situa dentro do povo eleito, mas não teve o concurso de José. Seu aparecimento é fruto da ação de Deus na história, por mera gratuidade. Deus já o fizera quatro vezes na genealo- 1 ANDERSON, A. F. E GORGULHO, G. A justiça dos pobres. Paulinas. p.8.

2 gia citada: Tamar era pecadora (Gn 38), Raab era prostituta (Js 2 e 6), Rute é estrangeira (Rt 1,4), a mulher de Urias foi infiel (2Sm 11). O messianismo de Jesus envolve todas estas situações humanas, não conhece fronteiras. Jesus inaugura nova realeza a partir dos excluídos da Lei e da religião oficial. b) O nascimento 1,18-25 é apresentado por Mateus com um gênero literário divinizado, onde a teofania se dá através de anjos. José é homem justo conforme a Lei. Logo ele devia repudiar Maria (Dt 22,13-21), mas sua justiça consiste em passar da antiga Lei para a novidade de Jesus. Nesta, o que conta não é a Lei, mas a fé. Ele crê e isto é justiça. O nome de Jesus (Deus salva) lembra o velho Josué que salvou as tribos. Jesus salvará o povo dos pecados, isto é, do velho sistema. Emanuel, tirado de Is 7,14 é um símbolo da teologia mateana que conflitua com a teologia farisaica. Segundo esta, Deus está no templo. As comunidades sentem Deus com eles sem a mediação do templo. Ele sempre estará com sua igreja (Mt 28,16-20). c) Manifestação aos povos 2,1-12 (cf Nm 24,17). Neste relato Mt mostra que os representantes da Lei resistem diante da novidade de Jesus, enquanto os pagãos aderem. A estrela, sinal de messianismo, brilha para todos, mas os representantes da Lei não são capazes de percebêlo. Isto gera um conflito que resulta em perseguições. As Escrituras previam o nascimento do Messias em Belém (Mt 2,6 cf Mq 5,1), mas a estrita observância da Lei obscurecia tal profecia. Esta profecia de Mq, retomada por Mt tem sentido simbólico. Davi começou humildemente em Belém, mas acabou em Jerusalém, que se tornou o símbolo do endurecimento do Javismo e da Lei, ou seja, Jerusalém é a síntese do javismo institucionalizado, frio da velha aliança. Logo, Jesus, vindo de Belém refaz a realeza davídica. A adoração dos magos (v.9-12) é símbolo da adesão dos pagãos conforme Is 60,6; Sl 72,1-15. Em resumo, o messianismo de Jesus é universal. Já nas origens de Jesus, segundo Mt, todos os povos se encontrarão. É a nova Aliança que congrega os povos. d) O novo êxodo 2,13-18) cf Ex 1-14). Jesus, o novo Moisés refaz a história do antigo povo de Israel. Vai ao Egito (Gn 37ss). Em sua infância foge e os meninos são mortos (Ex 1-2). Sua volta para Israel lembra o Êxodo (Ex 12-14), bem com a libertação messiânica de seu povo anunciada por Is 11,11-16; 10, Jesus personifica o novo povo de Israel: Do Egito chamei meu filho (Os 11,1). Acontece agora um conflito entre o velho Israel (Herodes e sacerdotes) e o novo Israel (Jesus). Assim, o novo êxodo preconizado por Jesus é a libertação da Lei, é a passagem da justiça dos escribas para nova justiça do Reino. e) Volta a Nazaré 2,19-23 também é simbólica, pois na Judéia está o poder político e o templo com o sinédrio, símbolo da religião petrificada. Jesus, como outrora Davi, é homem da periferia (Galiléia). Mais tarde, ressuscitado, é na Galiléia que reinicia sua missão (Mt 28,10.16). Isto difere de Lc que concentra a missão do ressuscitado em Jerusalém. Assim Mt justifica a origem messiânica de Jesus em Belém e a origem geográfica em Nazaré. A designação de Nazareu é mais uma vez simbólica. Designa alguém nascido em Nazaré, mas tem raiz nas palavras resto (Is 42,6; 49,8), rebento Jz 13,5.7; Is 11,1), guardar. Então, Jesus é o resto de Israel guardado por Deus. Assim completa-se a apresentação da pessoa e da missão de Jesus. Ele é a personificação do Resto de Israel; e dele surgirá uma nova história e um novo povo de Deus, libertado e salvo Conteúdo da prática messiânica (3,1-4,16) Esta unidade será dividida em quatro blocos: a) João Batista e o caminho 3,1-12 é mais um ensaio de enfrentamento do poder. João não trilha o caminho do templo. Vai ao deserto como em 1Mc 2,29. É a prática religiosa alternativa. Quer cortar o sistema (farisaico e saduçaico) pela raiz (v.10). Destrói o privilégio da hereditariedade (v.9). Para a nova realidade conta a justiça. João, aqui já é idealizado, pois coloca sua 2 2 Op. Cit. P. 30.

3 expectativa na pessoa de Jesus. Na realidade ainda existem batistas nos At 18,24ss e 19,1-7 e mesmo no século II. O batismo do Espírito e do fogo a que o Batista alude tem base em Ez 36,25-26; Is 1,25; Zc 13,9; Ml 3,2-3. E sempre traz o sentido de purificação. b) O batismo de Jesus 3,13,17 deve ser recordação de um fato real, pois não é compreensível que os cristãos o criassem, uma vez que isto poderia parecer inferioridade de Jesus diante de João. Jesus pede o batismo para que se realiza a justiça (v.15), isto é, a missão decorrente do batismo é a justiça, início do Reino dos Céus. Justiça esta que a antiga Lei não podia cumprir. A força que anima Jesus na missão é o Espírito (v.16), como também já fora ele a força na sua concepção. O Espírito em forma de pomba lembra Gn 1,2. Logo, inicia-se a nova criação. c) As tentações 4,1-11 mostram o desafio que Jesus sofreu do sistema. Não devem ser vistas como um fato ocorrido num determinado dia, mas sim a resistência diante de um messianismo imediatista. Jesus segue o caminho da cruz, não a lógica comum do sucesso ou do aproveitamento pessoal e da grandeza. Retomando as tentações de Israel no deserto, Mt reescreve o messianismo de Jesus (Dt 6-8). Satanás desviou Israel do projeto original, mas o novo Israel (Jesus), não se desvia. Jesus responde de acordo com Dt 6-8. As duas primeiras tentações lembram as murmurações de Israel diante da fome (Ex 16) e da sede (Ex 17) São um messianismo fácil que não requerem a fé. São satisfação material e o domínio sobre Deus. Jesus não quer um Deus a seu dispor, pois nem só de pão vive o homem. A 3º tentação lembra o bezerro de ouro (Ex 32), ou seja, é um messianismo nacionalista e idólatra. Quer refazer o império davídico, mas sem Deus, como acabou o velho império. Jesus, resistindo às tentações, ensina que seu projeto é algo mais do que gozo pessoal, que são as raízes da miséria social. O messianismo de Jesus está na total fidelidade ao Pai. Isto passa pela economia (pão), religião (atirar-se das alturas) e da política (ter reinos). Cedendo a estas tentações, Jesus não teria feito nada de novo. Os vícios que reduziram o povo à miséria continuariam. O Reino de Deus não aconteceriam, pois elas são a negação do reino. d) Jesus, luz 4, Agora, batizado, Jesus inicia a sua missão. João Batista está morto, por isto a missão de Jesus pode iniciar. Ele é luz para os pagãos Galiléia das nações (Is 9,1ss). Jesus veio buscar o que estava perdido. 3 II - A NOVIDADE CONFIADA AOS DISCÍPULOS 4,17-9,34 Esta unidade compreende três pontos: 1 - Dinamismo da ação de Jesus (4,17-25) O texto é como que um prólogo que perpassa o ensino de Jesus que se verifica em Mt 5-7. Três idéias perpassam o texto: - O reino requer conversão (v.17). Não é algo mágico. - A vocação dos discípulos (v.18-22). A igreja continua a obra de Jesus. - Ensino com curas (v.23-24). A Palavra vem acompanhada de obras. 2 - O Sermão da Montanha (5-7) A nova justiça está sendo anunciada. Não a justiça da Lei, mas a justiça que supera aquela. Ela vem pela graça de Jesus. Como Moisés no monte Sinai (Ex 19-24), Jesus sobe ao monte para revelar a novidade. a) As Bem-aventuranças 5,1-12 são o programa de Jesus que se dirige aos sofredores, pois sua ação é uma boa notícia para eles. Mt retoma Is 49,9-13 e Is 61,1-6. Felizes os pobres, pois o tempo messiânico está se realizando. Chegou a libertação total. - Econômica Serão saciados (v.6). - Política Possuirão a terra (v.5).

4 - Religiosa Serão consolados e verão Deus (v.4 e 8). Aqui se reflete o programa de Deus (Sl 82; 103; 146). Os pobres serão felizes, pois no reinado de Deus eles são favorecidos. O dinamismo das Bem-aventuranças é a cruz: - Pobres em Espírito = igual ao mestre, optam por Deus como Jesus que resistiu ao Maligno (Mt 4,1-11). Eles não idolatram o ter. Eles têm a Deus por rei, por isto são felizes. - Aflitos = pobres que sentem o peso e querem superar. - Famintos e sedentos = compromisso com o Reino. - Misericordiosos = Que não se orientam pelo Deus da Lei, pois este era carrasco, frio e distante. - Coração puro = superação da Lei, sintonia com o Pai. - Promotores da paz = os que se empenham na nova justiça. - Perseguidos = os evangelizadores perseguidos. O monte lembra o Sinai. Agora, no entanto, Jesus, diferente de Moisés, sobe e leva os discípulos. Não é Jesus quem recebe a Lei, mas é ele quem a dá. Não há mais distância entre Deus e o humano. O Reino está entre nós. As Bem-aventuranças podem ser agrupadas assim 3 : Os pobres em espírito terão Deus por Rei (v.3). Os que sofrem consolo (4) Os submetidos terra (5) Os famintos saciados (6) Os misericordiosos misericórdia (7) Os de coração limpo verão a Deus (8) Os pacíficos filhos de Deus (9) Os perseguidos terão Deus por Rei (10). Quando Deus for rei não haverá mais carências de nenhuma espécie, pois os pobres de Deus não deixarão faltar nada. Sempre haverá partilha (Mt 14,13ss e 15,32ss - Multiplicação dos pães). As Bem-aventuranças sobre os que sofrem, os submetidos e famintos de justiça referem-se aos injustiçados de Is 61,1ss, isto é, Israel oprimido. Jesus realiza a esperança messiânica de libertação preconizado pelo profeta. Os misericordiosos, os puros e promotores da paz se assemelham ao Deus de Jesus. Eles se diferenciam da justiça da Lei, que busca interesses, mas têm, como desejo último de seu coração, a Deus. São justos, não porque observam a Lei, mas porque buscam a Deus. b) A nova justiça 5,13-20 Sal e luz são funções da Sabedoria e da Lei. Também Jerusalém era visto como lugar de onde vem a luz (Is 60,1ss). Aqui, no entanto, há um contraste, o sal e a luz não são a Sabedoria, a Lei, nem Jerusalém. As comunidades é que o são (v.13-14). Isto é uma passagem das velhas realidades para a nova realidade: a comunidade de Jesus. Os fariseus e escribas materializaram a Lei, tomando-a a seu favor (Mt 15,3). É a Lei pela Lei (Mc 2,27). Jesus não veio abolir a Lei, mas lhe dar um novo sentido: praticar a justiça. Se a justiça de vocês não ultrapassar a dos escribas e fariseus, vocês não entrarão no Reino dos céus (Mt 5,20). Os fariseus cumpriam a Lei, mas não e- ram necessariamente justos (Mt 19,20-22). c) Superar a justiça dos escribas 5,21-48 Os fariseus e escribas observam a antiga Lei: O que foi dito aos antigos. Mas bem no fundo buscam a si mesmos (Lc 18,9-14). Ao cumprir a Lei eram egoístas (Mc 12,41-44 óbolo da 4 3 Inspirado em MATEOS, J. E CAMACHO, F. O evangelho de Mateus. p.56.

5 viúva). Os discípulos devem ter atitude diversa. Não devem apenas observar a Lei, mas ter um coração voltado a Deus e à justiça. Ser como o Pai (v.48). Para isto é preciso arrancar: - olho maneira viciada de ver - mão maneira viciada de agir - pé maneira viciada de caminhar (Mt 18,8). - coração totalidade (v.28). A maneira de Jesus viver a Lei é superior à dos fariseus. Jesus supera Moisés. A Lei, na pregação de Jesus adquire novo sentido, a pureza de coração: além de não matar, de não adulterar deve-se ter uma atitude de coração que faltava aos fariseus. Isto é, o amor ao próximo. Não jurar pelo céu, pela cabeça, etc, é mais uma guerra a uma religião exterior. O discípulo deve ter atitude interior de dizer a verdade. Isto é amor ao irmão, sem falsidade. Não vingar é superação da Lei (exterior) pelo amor (interior). Isto não é imperativo da Lei, mas porque Deus age assim. d) Superar a justiça dos fariseus 6,1-18 Os judeus resumiam a piedade em três ações: esmola (próximo), jejum (natureza), oração (Deus). Tudo era interesseiro. Queria-se tornar Deus o devedor. d.1 - Quando os fariseus dão esmola, no fundo buscam a si mesmos, não ao carente. O discípulo fará a esmola em silêncio, pois busca a Deus, isto é coração puro. d.2 - Orar nas esquinas e com muitos palavreados não é buscar a Deus, mas se promover pessoalmente. Orar em segredo é relação filial com Deus. O modelo do novo relacionamento com Deus vem expresso no Pai Nosso (v.9-13). É, antes de tudo um relacionamento afetivo e um compromisso com Deus e com a comunidade. A comunidade que experimentou a Deus como Pai, pede que tal experiência se estenda aos demais (v.9-10). A oração é, antes de tudo, compromisso com a nova experiência de Deus como Pai. A segunda parte da oração (v.11-13) se ocupa com a comunidade. A situação de grande parcela do povo era trágica: diaristas, miseráveis, mendigos. Estes, diariamente se preocupavam com o pão. Logo, a comunidade que pede o pão move-se no mundo destes últimos. Rezar é entrar no mundo daqueles que não têm pão. Além do mais, os famintos contraem dívidas que não podem pagar, resultando daí a venda de seus filhos e de si mesmos, virando escravos ou indo para a prisão. O cristão que ora, diferente do fariseu, tem compromisso com estes lascados. Ele deve perdoar as dívidas, pois só assim pode pedir o perdão de Deus. O orante que não se importa com a sorte do irmão endividado não pode se dirigir a Deus. Esta novidade um fariseu não imaginaria, ainda que o Dt 15,4 já tivesse previsto tal coisa. Logo, a oração do cristão supõe a abolição da escravidão e a fraternidade, isto é pureza de coração. Não deixar cair em tentação é paralelo de Mt 4,1-11. Se o discípulo ceder à tentação, ele acumulará e, acumulando, ele comprometerá o pão e a liberdade do irmão. O reino não virá (Mt 5,3.10), o Nome não será santificado, pois a harmonia da comunidade estará quebrada. Não cair em tentação é pureza de coração. Assim, o Pai Nosso é a realização das Bem-aventuranças: - Mt 6,9-10 5,4-6 - libertação da humanidade - Mt 6,11-3 5,7-9 - libertação da comunidade d.3 - O jejum feito pelos fariseus nada tem com a justiça. É mero gesto exterior. Jesus entende jejum como Is 58,6-7. Logo, também no jejum está presente a novidade do coração puro, isto é, o compromisso com a comunidade. e) A nova vida dos discípulos 6,19-7,29 Este texto responde às Bem-aventuranças e se move no chão das tentações (4,1-11). Acumular, angustiar-se, servir a dois senhores (6,19-34) são características de quem cedeu à tentação (4,8-9). Antes se deve buscar o reino de Deus e sua justiça (6,33). Isto é, resistir à tentação. Este texto responde a Mt 5,3. 5

6 O julgamento (7,1-6) deve ser feito como é o julgamento de Deus que trata bem a bons e maus(5,45). Não há lugar para a arrogância de Deus. A oração (7,7-12) é antes de tudo confiança no Pai que supre as necessidades dos filhos (v.11). Portanto, não tem sentido a oração arrogante dos fariseus. A porta estreita (7,13-29), ou os dois caminhos ainda têm relação com as tentações de Jesus (4,1-11). Existem filhos do tentador, que, quais profetas (v.15), árvores frutíferas (v.16ss) e tagarelas (v.21ss) que enganam. Quem resiste ao tentador, deve distingui-los. Estes falsários podem ser fariseus e escribas baseados na Lei. 3 - Ação messiânica de Jesus 8,1-9,34 Jesus realiza sinais para reunir na fé e sustentar a comunidade. A novidade do Sermão da Montanha, agora se concretiza. a) O Servo Libertador 8,1-17 A ação de Jesus se volta aos excluídos (cf Mt 5,1-11). O leproso, o estrangeiro e a mulher febril são excluídos. Jesus, como Servo Sofredor (v.17) assume a vida desta gente. O leproso é impuro, o centurião é estrangeiro, portanto, pagão e também impuro. Jesus aboliu os motivos de abolição (v.10-12). A fé é a condição para participar da novidade. Sem ela, nem os herdeiros de Abraão participarão (v.12). Jesus realiza a Lei (v.4) e os Profetas (v.17). Sua ação é combater o mal, ao qual renunciou (Mt 4,1-11). b) Libertação do mal 8,18-9,17 Existe uma novidade na vida dos discípulos. Eles vivem na radicalidade (8,18-22). Eles diferem dos fariseus (9,9-17). A barca (8,23-27) lembra a igreja ameaçada pelas perseguições. Parece que Jesus dorme, mas não deixa a barca afundar. É, no entanto, necessário ter fé na comunidade para perceber como Jesus age. O exorcismo (8,28-34) mostra que a ação de Jesus vence o mal também em terras estrangeiras. Esta vitória já se dá agora, não só no fim dos tempos. A cura do paralítico (9,1-8) expressa a nova forma de perdoar os pecados, fora do templo. A comunidade de Jesus luta contra os males e vence o pecado, que é a raiz dos mesmos. Libertando do pecado (velho sistema) o homem começa a andar. A mesa dos pecadores (9,9-17) encena Jesus superando o sistema da Lei que exclui os pecadores. O novo sistema se baseia na misericórdia e não no sacrifício. Ele veio trazer alegria, não a tristeza do jejum legal. Jesus trouxe o vinho das bodas, pois ele é o esposo da nova comunidade. Este vinho da novidade não cabe nos odres velhos (sistema farisaico). Pois o vinho novo é a misericórdia, o vinho velho é o legalismo. C) Senhor da vida e da fé 9,18,34 Tanto na ressurreição da menina como na cura da mulher (9,18-26), o texto ressalta a fé. As comunidades de Mt precisam superar suas situações de morte a partir da fé. A doença e a morte são símbolos da condição dos homens separados de Jesus (Mt 8,22). 4 Os cegos e o mudo (9,27-34) apontam para as palavras de Is 35,6ss. O novo Davi vem refazer o que o velho destruiu (2Sm 5,8). Também os cegos vêem pela fé. As comunidades despertadas por Jesus (v.25) começam a ver e a falar (v.30 e 33). Os fariseus, no entanto, não podem aceitar o novo das comunidades de Jesus. Atribuem tudo ao demônio. III - CONFRONTO ENTRE O VELHO E O NOVO 9,35-13,52 Uma frase que caracteriza bem esta unidade pode ser a de Mt 12,7: Se entendêsseis o que significa: misericórdia é que eu quero e não sacrifício. Esta unidade mostra como a novidade do Reino trazida por Jesus enfrenta a velha Lei (Mt 12,7). 6 4 ANDERSON. A.F. Op. Cit. P. 97.

7 7 1) Confronto e perseguição 9,35-10,42 A origem da missão dos apóstolos se dá na compaixão de Jesus, que vê o povo perdido como ovelhas sem pastor (9,35ss). Esta imagem vem de Ez 34 e Zc 13,7-9. Jesus revela um Deus diferente. É o Deus da compaixão. Movendo-se no chão do messianismo (Is 35,5ss), os discípulos levam a novidade de Jesus: expulsar demônios, curar, etc. (10,1ss). Fazem-no na gratuidade (v.8). Mas tal prática choca-se com o velho sistema. - Antes devem se dirigir aos perdidos de Israel (v.5-6). É mentalidade comum de que os judeus seriam os primeiros destinatários da Palavra (cf Rm 1,16-17; Mt 22,1ss). O povo de Israel é como ovelha sem pastor (Ez 34). Mateus quer congregar este povo por primeiro. - A proximidade do Reino é sinônimo de libertação dos males (v.7-8) e isto é gratuidade. - Os missionários devem ser pobres, ao contrário dos donos do templo (v.9-10). - Os discípulos realizam as Bem-aventuranças, eles anunciam a paz (v.11-15). Tudo isto provoca perseguição. É a guerra entre ovelhas e lobos (Ez 34). É preciso ser astuto para enfrentar os homens da Lei (v.16), mas não perder a humildade. Para esta luta os discípulos contam com o Espírito do Pai. É a vitória do Espírito do Reino contra o espírito da Lei. Denunciando a antiga Lei, dividem-se as pessoas conforme a sua opção. Perseguidos, os discípulos realizam as bem-aventuranças (5,10). Os discípulos seguem o mestre. Por isto o ódio que o mundo dedicou a Jesus se estenderá aos discípulos. Mas eles têm confiança de que a verdade triunfará (v.26-33). A ação de Jesus é uma espada divisória, pois julga e divide as pessoas (Mq 7,5). 2 - Revelação aos pequenos 11,1-30 Os v. 1-6 apontam para a presença do Reino pela prática de Jesus. Libertando os oprimidos, ele realiza o Reino (v.5). Ele carregou sobre si nossas enfermidades (v.8,17) até a morte, trazendo assim a vida (27,52-53). Nos v.7-19 se torna claro que a justiça é construída por gente periférica, como João Batista. Este homem periférico é personificação do anjo de Ex 23,20 e de Mq 3,1 que vai mostrar o caminho. João é a síntese do AT. Ele é o maior dentro da velha realidade, mas os membros das comunidades de Jesus são maiores do que ele. A passagem do velho sistema para o novo requer violência, pois o velho não quer morrer e o novo se sente frágil. Só os destemidos conseguem dar estes passos e entrar na novidade do Reino. João Batista agiu de forma violenta diante do velho sistema, por isto ele foi o precursor do novo. Pessoas passivas não se separam da Lei. Tanto João como Jesus pregam o reino, mas os adeptos da Lei rejeitam um e outro. A condenação das cidades (v.20-24) lembra a petrificação da antiga Lei que não se abre diante do reino e dos sinais realizados por Jesus. Elas são muito arrogantes, por isto se fecham ao clamor do povo. São, assim, mais responsáveis do que as cidades pagãs. A novidade do Reino (v.25-30) foge à compreensão dos escribas e doutores, pois eles se baseiam na Lei petrificada. Só os pobres e simples estão abertos ao reino, no qual Jesus é o mediador entre o Pai e os homens. 3 - Jesus é o Senhor 12,1-21 A prática de Jesus e dos seus discípulos, como sinal do reino, sempre se volta a favor da vida. As leis do AT quando foram criadas também o eram. No entanto, nos tempos de Jesus, as leis já tinham perdido seu sentido e só serviam aos interesses de gente conservadora. Valia mais a lei do que a pessoa (Mc 2,27). A lei servia como engrenagem do sistema centrado no templo. Jesus e os seus são os fora da Lei. Os vv.1-21 contrapõem a Lei ao Filho do Homem. Do lado dos fariseus está a Lei que não contempla a vida, mas faz funcionar o sistema do templo e do estado. Do lado de Jesus está a defesa da vida (v.1 e 13). Jesus volta à origem da Lei. Jesus é o restaurador do antigo Javismo (Ex 3,7-10). A religião é posta a serviço da vida (cf Is 58,6-12; Tg 1,27). Jesus não quer a Lei acima

8 das pessoas, mas quer a pessoa soberana, por isto insiste na misericórdia e não no sacrifício (v.7). Mt insiste em mostrar que Jesus é o Senhor que pode dar esta nova dimensão à lei (v.8). Jesus, o Filho do Homem, é a ligação entre Deus e o homem. Ele se declara superior ao templo (v.6), é senhor do sábado (v.8). Logo, o templo é abolido e o Filho do Homem faz a ligação Homem Deus, através da misericórdia. Este enfrentamento com o templo leva à morte de Jesus (v.14). Assim é apresentado o Servo (v cf 3,13-17 inspirado em Is 42,1-4). Ele fará a passagem do velho ao novo (v.18-21). Não destruirá Israel, mas levará o julgamento à vitória. Isto se estende a todos os povos (v.21). 4 - Exigências de discernimento 12,22-50 Os v são a indicação do discernimento que se requer dos discípulos diante do Reino. Os fariseus se fecham, dizendo que o novo é obra de satanás. Não aceitar o novo como obra do Espírito é fechar-se ao Reino. Ora, quem se fecha à novidade do Reino não participa da sua misericórdia e do seu perdão (v.32). A opção por Jesus (v.33-37) é atitude que envolve a raiz de nosso ser. Sem um discernimento que abrange nosso íntimo, não haverá verdadeira adesão. Aquilo que cada um é na raiz, aquilo é que ele deixará para a comunidade (frutos). O centro deste trecho podemos grifar nos v O discernimento se torna radical. Os representantes da Lei pedem um sinal. Querem objetivar a fé. Mas eles só serão salvos se fizerem o discernimento diante do sinal de Jonas, isto é, se discernirem diante da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Não há outro sinal superior a este. Jesus é superior a Jonas e a Davi. O povo de Nínive discerniu diante de Jonas, a rainha do sul discerniu diante de Salomão. Os fariseus têm Jesus, que é superior. Se não souberem discernir, estarão perdidos. O mau espírito que volta com mais sete espíritos impuros (v.43-45) é uma figura dos judeus que por ora aderem a Jesus (Mt 12,15), mas depois lhe voltam as costas. Voltar contra Jesus é pior do que viver na Antiga Lei. É negar o Reino e a Lei, pois esta aponta para Jesus. É tornarse sete vezes mais diabólico. A novidade (v.46-50) supera tudo, até os laços familiares. Ser de Jesus é o mesmo que ser de sua família, ou todos juntos formarem uma só família. 5 - Revelação do mistério do Reino 13,1-52 Jesus se dirige às multidões (v.1-9) numa pregação universal. Sua palavra é semente para todos os povos. Sua palavra foi lançada qual semente. Ainda que a falta de discernimento dos representantes da Lei obstaculize, ela dará frutos. Os discípulos (v.10-17) estão aptos a entender o Reino. Não, porém, os representantes da Lei. Estes estão empedernidos, cegos e surdos. Jesus é mais que os profetas, mas isto não é dado a entender a todos. Acolhendo a Palavra (v.18-23) o Reino se antecipa. Fechando-se, não há frutos. As parábolas (v.24-48) mostram que o cristianismo não pode ser como o farisaísmo, formando um sistema fechado, só para puros. Os discípulos devem conviver com os maus para ganhá-los para o Reino. Quem entendeu a novidade (v.44) pode abandonar a Lei, pois o Reino é muito mais. Portanto, é preciso optar (v.47-48). 8 IV - A IGREJA COMO SUJEITO DA NOVIDADE 13,53-25,46 Neste bloco se verá que a igreja foi encarregada de continuar a obra de Jesus (Mt 16,18). Isto se dá nos seguintes passos:

9 1 - Jesus reúne o novo povo de Deus 13,53-16,12 O novo povo de Deus é formado por judeus e gentios. Supera-se a pureza racial que separa uns e outros. Entre rejeição e perseguições a Igreja continua a caminhada. Jesus é rejeitado pelos seus (13,53-58), é perseguido (14,1-13). Mesmo assim ele inicia uma caminhada de libertação. Enquanto o povo acorre a Jesus (14,13ss) ele o congrega na partilha. Esta ação de Jesus aos poucos vai revelando que não há obstáculos a temer (14,22ss). A falta de pão se resolve pela partilha como outrora Deus alimentara o povo no deserto (Ex 16; Is 55,1ss). Os ventos não conseguem solapar a igreja, pois Jesus caminha sobre as ondas. Os obstáculos da pureza racial (15,1ss) que dificultavam o relacionamento entre judeus e gentios são removidos. No entanto, os cristãos devem cuidar da hipocrisia dos fariseus e saduceus. A mulher cananéia (15,22ss) mostra que Jesus supera definitivamente a questão racial. Os representantes do templo não percebem a novidade da Igreja (16,1ss). Não sabem distinguir o sinal de Jonas (sepultura e ressurreição). Jesus se retira deles (16,5), pois seria perda de tempo insistir com quem quer objetivar a fé. Os discípulos não devem se contaminar com o fermento deles. Em síntese, o Ressuscitado reúne e sustenta o povo de Deus no mundo (barco e pão). Quando não o reconhecem ele não faz milagres (13,57-58), mas reconhecendo-o, os milagres a- contecem (14,34-36). Os ensinamentos sobre pureza legal (15,1ss) e o apelo da mulher cananéia (15,21ss) induzem os cristãos a abolir a separação racial. Tudo requer a fé. Nem os representantes da Lei (16,1ss), nem os discípulos (16,5ss) a têm. 2 - Fé e seguimento a Jesus 16,13-17,27 A novidade acontece (16,13-18). Os fariseus e saduceus não a podem abarcar (16,1-4). Pedro, um leigo, homem simples, o faz. Pedro é figura central. Sempre que se quer ensinar algo novo, ele entra em cena. É o pequeno feliz (5,3; 11,6; 13,16; 24,46) a quem são revelados os mistérios de Deus. Pedro recebe o poder de ligar (interditar) e desligar (soltar), ou seja, excluir e reintroduzir na comunidade. Tanto a pedra como a chave são figuras bíblicas. A pedra lembra Is 51,15-16 e a chave lembra os doutores da Lei no seu acesso à Lei. A chave agora já não está com eles, mas com o simples Pedro. Só quem adere a Jesus e é pequeno recebe esta luz. A comunidade, representada por Pedro tem a promessa de proteção (16,18 cf tb 14,22-32; 8,23-27). Jesus dá esta proteção, mas o discípulo deve segui-lo até a cruz (16,21ss). Para que os discípulos, surpresos com a cruz, pudessem revigorar sua fé, é apresentada a glória de Jesus (17,1-9 = Transfiguração). Esta cena lembra o sermão da montanha (5-7), o batismo (3,13ss) e o monte da Galiléia onde Jesus se manifesta glorioso (28,16-20). É uma figura de Ex 19; 34,29-35 e de Zc 14. Jesus recapitula sobre o monte, a Lei (Moisés) e os profetas (Elias). Ele é divino, está envolto em nuvem. Elias, João Batista e Jesus têm a mesma missão(v.10-13). Todos os três sofrem rejeição, por isto se coloca um como continuação do outro. A cura do lunático (v.14-21) quer realçar a necessidade da fé. É um texto reescrito sobre a descida de Moisés do Sinai (Ex 32,25-29). É preciso destruir o demônio que engana. Somente um espírito astuto pode resistir ao demônio enganador. Os fariseus e saduceus, ainda que usando o nome de Javé, eram guiados pelo demônio. Os seguidores de Jesus (v.24-27) estão se libertando do templo. Os estrangeiros eram os que deviam pagar os pesados impostos aos reis deste mundo. Jesus e seus são filhos do Reino, portanto, livres. Trata-se aqui da igreja em processo de separação do judaísmo e já não precisa mais pagar o tributo do templo. No entanto, para não escandalizar os pequenos, eles às vezes pagam (Ex 30,11ss). 9

10 3 - A comunidade vive o amor e o perdão 18,1-35 A comunidade é formada pelos pequenos (18,1-4). A criança, que não conta na sociedade judaica, igual aos pequeninos, é modelo da nova comunidade. Os pequenos não podem ser diminuídos (v.5-9). Por isto é preciso arrancar toda maneira viciada de ver (olhos), de agir e caminhar (mãos e pés), pois na comunidade judaica isto era comum. Mas a comunidade cristã quer abolir a opressão ao fraco. Os cristãos não devem excluir o fraco (v.10-14), mas usar da misericórdia e buscar o extraviado. Para isto se requer a correção comunitária (v.15-20). Ou seja, toda comunidade deve se envolver no perdão. O ato de perdoar, pergunta de Pedro (v.21-31) representa a passagem do sistema de dívidas para a comunhão. Perdoar sempre é superar o sistema de escravidão ou aprisionamento. Na comunidade cristã tal prática não pode acontecer. A parábola do credor mostra o que se passa na sociedade e que não deve ser reproduzida na igreja. 4 - A graça constitui a novidade 19,1-23,39 Na velha Lei tudo é ritualismo. Na comunidade de Jesus a graça supera a Lei. a) Seguir na Graça 19,1-20,16 O casamento, para os fariseus (19,1-9) é lei. Para Jesus é graça. Jesus volta à origem (Gn 1,27ss) onde o casamento é doação total. Os castrados (19,10-12) não podiam participar do templo (Lv 21,17-21; Is 56,3). Na comunidade cristã impera a graça, eles são tidos por modelo. As crianças (19,13-15) são o símbolo da gratuidade, pois não podem obedecer à Lei, nem fazer obras meritórias. O jovem rico (19,16-22) mostra a passagem da antiga Lei para a gratuidade do seguimento. A graça não violenta a liberdade. É preciso discernir entre as riquezas e Jesus (19,23-30). Os muito apegados, não participam da gratuidade. Os operários de última hora (20,1-16) contrariam a idéia de retribuição dos fariseus. "O ato gratuito de Deus precede qualquer mérito". 5 b) A força da libertação 20,17-21,11 Inicia-se a inversão do velho sistema(20,17-19). A gratuidade leva à cruz (16,25). Quem não tem méritos, segue o caminho da cruz. A lógica nova inverte o legalismo judeu (20,20-28). Jesus deu a vida, os discípulos a darão. Desta forma, numa atitude política que contesta a prática de dominação e de ambição, a comunidade adere a outro caminho. A cura dos dois cegos (20,29-34) lembra os dois discípulos cegos (v.20-24). Jesus, por sua graça lhes abre os olhos e os torna aptos a segui-lo. Quem só vê o mundo pelos óculos do farisaísmo não pode seguir Jesus. O rei pobre (21,1-8) se inspira em Zc 9,9-12 e 14,4.20ss e lembra a inversão da realeza davídica. Pela graça os pobres (grande multidão) se congregam. Este rei pobre vem para tomar posse, pela cruz (gratuidade). c) Libertação do templo 21,12-32 No templo Jesus inaugura a nova realeza. Entra em choque com tal instituição (21,12-14). Expulsa os que fazem da religião comércio e admite os deficientes físicos ao templo, o que não era permitido (Lv 21,17-23; 2Sm 5,8). Jesus contrapõe o velho culto e o novo (21,15-17). O velho é comércio, o novo é louvor dos pequeninos. A figueira estéril (21,18-22) lembra Is 5,7. É uma imagem de Israel, o velho sistema que não deu os frutos, somente folhas que lembram o esplendor do templo. Jesus condena tal sistema. É preciso superar o templo pela fé. A autoridade de Jesus (21,23-27) de arrancar tal sistema é questionado ANDERSON. A.F. Op. cit. p. 182.

11 Os dois filhos (21,28-32) lembra que os fariseus só têm palavras, mas não agem. Os pecadores os precedem. d) A graça transforma as estruturas 21,33-22,46 Os vinhateiros homicidas (21,33-46) lembra Israel que não cumpriu seu compromisso (Aliança). Por isto mesmo, muda-se o sujeito. Um novo povo entra em cena (v.43). O mesmo diz a parábola dos convidados ao casamento (22,1-10). Os bons e maus entram, mas os judeus se excluem. O convite se dá pela graça do Senhor, não por méritos dos convidados. Mas os convidados não ficarão alienados. Eles terão de se revestir com a prática da justiça (22,11-14). Jesus começa a enfrentar as estruturas de poder (22,15-22). Ele relativiza o poder romano. Ter dinheiro com o rosto de César era idolatria, negar a Javé (Ex 20,3ss). Logo, devolver a César o que é dele é sinônimo de eliminar o domínio romano, rejeita o senhorio dele. Dar a Deus o que é de Deus, é aceitar seu domínio. Jesus também relativiza o poder dos saduceus coniventes com os romanos (22,23-34). E- les não crêem na ressurreição, pois esta era a fé dos pobres injustiçados. Só crêem nesta vida, pois assim Deus estaria abençoando os bons aqui e eles eram os abençoados. Jesus mostra que Deus é dos vivos e que sua idéia é ridícula. Também relativiza o legalismo fariseu (22,35-40). Une o amor a Deus ao amor ao próximo. Mt 22,41-46 mostra que Jesus é superior a Davi. e) Contradições do farisaísmo 23,1-39 Este texto reflete a briga da Igreja com as sinagogas, ou seja, as sinagogas perseguem a igreja. Os fariseus têm bonitos discursos, mas sua prática é vazia. 5 - A vinda do Filho do Homem Aconteceu a ruptura da igreja com o templo. O templo será destruído, pois ele é o lugar da enganação (24,4). Nele estão os falsos messias. A passagem do velho templo para a era do Filho do Homem não se dará sem crises. Estas crises são descritas com base em Dn 7,9-13. São crises de perseguições. Muitos neocristãos perdem o ardor e caem na apostasia. A destruição do templo é o início do fim: o novo tempo. Não deve ser entendido como presságio do fim do mundo, mas sim, como o último tempo. O último tempo pode demorar muito tempo, mas as coisas velhas passaram. Nada há a temer. Jesus é o Senhor da história, ele virá sobre a nuvens (24,30). Ele virá no momento não pensado, isto é, difícil de ser percebido pelos que pautam sua vida pela lógica do templo. É preciso discernir (24,43-44). Não se pode esfriar. As parábolas do empregado fiel (24,45-51), das moças prudentes (25,1-13) e dos talentos (25,14-30) lembram que não se pode ceder à tentação de afrouxar na nova prática, diante da demora da vinda do Filho do Homem. O critério de julgamento do Filho do Homem é o amor feito ao próximo (v.31-46). V - PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO O relato da Paixão, Morte e Ressurreição é antes teológico do que histórico. Segue os seguintes passos: 1 - A entrega do Filho do Homem 26,1-30 Jesus vai consciente para a paixão. Ele já sabe como será o desfecho. Os chefes se reúnem (v.3) conforme o Sl 2,2. A valoração da pessoa de Jesus (v.6-16) mostra como se avalia Jesus. Por um lado a mulher, que unge com o melhor, por outro lado os discípulos que reclamam, e Judas que o vendeu. As trinta moedas lembram o preço do escravo (Ex 21,32), bem como a venda de José ao Egito (Gn 37,28). 11

12 Jesus sabe que seu tempo está próximo (v.17-18). Sabe também que esta será a sua páscoa. Isto tudo, na realidade, é teologia pós-pascal. À mesa, novamente Jesus sabe que vai ser entregue (v.20-24). Conhece o traidor, mas não o condena. Come do mesmo prato, isto é, uma profunda amizade e intimidade os une. A ceia (v.26-30) é teologia pós-pascal. Interpreta Jesus como o Servo que entrega seu sangue pelos pecados. O pão lembra a Lei e o alimento. Jesus substitui a Lei (Aliança). Comer significa assimilar. Jesus entrega o pão, ou seja, entrega a vida. O cálice lembra a morte na cruz. Beber significa seguir até a morte. Derramar lembra Jl 3,1s. Mateus não evidencia se os discípulos comeram ou beberam o corpo e o sangue. Jesus não toma mais o fruto da videira (v.29) conforme 21, A velha Aliança ruiu e a nova surge. A nova leva à doação da vida (20,28). 2 - O pastor ferido 26,31-75 Os v se baseiam em Zc 13,7ss. Ver-se-á que o pastor será ferido e o rebanho se dispersa. Os mais astutos fugirão. Com o resto fiel se formará o novo. Jesus enfrenta novamente a tentação (v.36-46). Ele opta livremente pela vontade do Pai. Jesus é Senhor do ato de entrega (v.47-56). Não recorre a nenhum recurso para se livrar, pois cumpre a vontade do Pai. A condenação de Jesus (v.57-68) se dá pela sua identidade (Filho do Homem) e pela palavra contra o templo. 3 - A venda do justo 27,1-26 Jesus, vendido aos pagãos (v.1-10) a preço de escravo será a esperança deste povo (Gn 37,28). Judas morre sem esperança, pois subavaliou o inocente (Zc 11,12-13). Sua morte manchou a terra de sangue, bem como a de Jesus (campo de sangue). Jesus é rei (v.11-14), mas não nos moldes de Pilatos ou do Império Romano. Jesus se cala diante deste poder. Os judeus preferem um bandido ao Messias (v.15-26). Ele desacreditou suas instituições, ao passo que o bandido as legitima. O julgamento de Pilatos (Sl 26,6; Dt 21,6-8), bem como a intervenção de sua esposa, lembram que a responsabilidade desta entrega cai sobre os judeus. 4 - A morte do rei pobre 27,27-56 Alguns pontos merecem ser destacados: - O Dia de Javé (Am 5,18s) - O julgamento do templo - A ressurreição O Servo Sofredor (Is 52,13-53,12) é o rei pobre, zombado e abandonado (Sl 22). Nesta entrega os discípulos devem acompanhá-lo (v.32). Neste momento, Jesus novamente se mostra fiel ao Pai, na tentação (v.29). O letreiro da cruz lembra o batismo e a transfiguração. A crucifixão se espelha no Sl 22 e em Is 53,12ss. A morte é o Dia de Javé (Am 5,18-19). Jesus se entrega de forma livre (v.50). Sua morte realiza o julgamento. O véu do templo rasga e os mortos ressuscitam. - O véu rompe = rompem-se as barreiras do acesso a Deus. - Ressurreição = nova vida começa. - Os pagãos aderem (v.54). - As mulheres testemunham o novo. 5 - O Ressuscitado é o Senhor 27,57-28,20 Este texto reflete a fé da Igreja primitiva no Ressuscitado (28,9.20). 12

13 - Ele foi entregue à terra (27,57-61). Os judeus querem negar a ressurreição (27,62-66): - A ressurreição é revelada (anjo) 28,1-4 - Testemunhas proclamam a ressurreição 28,7-8 - O Ressuscitado aparece como fundamento da fé (v.8-19) e precederá na Galiléia (periferia). Enfim, chega-se ao ponto culminante (v.18-20). É a entronização de Jesus como Senhor da História (Dn 7,13). Ele revela sua autoridade - toda autoridade (v.18). Envia em missão universal (v.19)., promete sua presença à comunidade (v.20). Cumpre-se o que anunciou em Mt 1,23. É o Emanuel, Deus conosco. 13

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