4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 4.1 Uso e Ocupação do Solo

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1 4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 4. Uso e Ocupação do Solo Nos últimos 30 anos a pressão antrópica sobre a área reduziu a cobertura vegetal de forma preocupante. As fotos aéreas do projeto FAB/SUDENE (GERAN-970) e do projeto FIDEM (983), provenientes do aero-levantamento do º/6º GAV da Base Aérea do Recife, vem comprovar que a área do entorno da reserva, na década de 70, apresentava cobertura vegetal quase contígua. As fotos da década de 80 demonstravam que a UC estando inserida em área insularizada e quase nenhuma ocorrência de vegetação nativa no entorno tendo conseguido manter parcialmente sua integridade. Porém, preocupa atualmente o avanço dos cultivos sobre as matas e quanto ainda será derrubado pelos agricultores. Talvez a área não suporte mais 0 anos de pressão antrópica. Foram identificadas duas unidades de conservação próximas a Gurjaú. A Reserva Ecológica da Mata do Contra Açude, pertencente a duas propriedades privadas, localizadas a Nordeste da Usina Bom Jesus, no município do Cabo de Santo Agostinho, com 4,56 hectares, defendida pela mesma Lei Estadual que criou Gurjaú (Nº 9989 de 987). A área apresentava-se, em 988, em bom estado de Conservação, com monocultura da cana-de-açúcar no entorno (PERNAMBUCO, 00:3). E Reserva Ecológica da Mata do Bom Jardim, inserida em única propriedade privada próxima ao Engenho Monte, localizada no mesmo município, com 45,8 hectares definida pela mesma lei estadual. Apresentava-se, em 988, sem alteração, com monocultura de cana-de-açúcar no entorno (PERNAMBUCO, 00:33). Essas Unidades de Conservação e áreas protegidas que foram criadas e não pertenciam às categorias previstas no SNUC, serão reavaliadas no prazo de até dois anos (SNUC, 000:9). As atividades desenvolvidas em toda a bacia do Gurjaú interferem direta ou indiretamente na dinâmica do manancial hídrico. As massas de água não são sistemas fechados; antes precisam ser consideradas como parte de maiores bacias de drenagem ou sistemas hidrográficos (ODUM, 983:). Os principais problemas que afetam os

2 mananciais hídricos são decorrentes do manejo inadequado do solo e também da utilização incorreta de agrotóxicos, realizada por moradores que praticam agricultura de subsistência e cultivo de cana de açúcar no entorno da reserva pela Usina Bom Jesus e seus engenhos. Essa atitude causa poluição, assoreamentos, contaminações dos cursos d água e margens dos açudes e rio. Nos açudes de Gurjaú, Secupema e São Salvador observou-se margens assoreadas e cultivadas com lavouras de subsistência. O açude de Gurjaú foi construído sob o leito inundável do rio de mesmo nome, localizado na porção Sul da Reserva, em terras do antigo Engenho São João. As margens encontram-se bem protegidas, salvo em alguns pontos onde se avista cultivo. No trecho do açude de Gurjaú pelo rio, até o Engenho São Bráz observam-se alguns sítios de bananas (Musa sp), macaxeira (manihot sp), e mamão (Carica sp), alternados, onde deveria estar a mata ciliar. Em alguns braços do rio morto, incrustam-se sítios de bananeiras (Musa sp) dentro da mata ciliar, competindo com pioneiras em regeneração, formando um disclímax antropogênico. Esses sistemas de culturas não são estáveis da forma como são gerenciados, pois estão sujeitos à erosão e lixiviação. Nas margens do açude encontramos algumas gramíneas e vegetação aquática no leito como: Eichhornia e Nymphaea. Não há moradores nessas localidades, mas avistam-se cais para atracamento de barcos e jangadas. O açude de Secupema apresenta características distintas: foi construído posteriormente ao Açude de Gurjaú, sob o leito do Riacho São Salvador, localizado na região central da reserva, em terras do antigo Engenho Secupema. Em área de relevo ondulado, possui suas margens com algumas encostas íngremes, por vezes desprovidas de vegetação ciliar. Alguns moradores vivem no local há mais de 35 anos e relataram que o açude era limpo periodicamente pela SANER (atual COMPESA). Há pelo menos dez anos, eles roçavam até cinco metros da margem para fazer manutenção nos açudes. Hoje os moradores afirmam que tem muito lixo no açude, proveniente das residências próximas. As pessoas não têm como se "livrar" do lixo então jogam dentro do açude. Não há coleta de lixo nem saneamento básico, os dejetos humanos são lançados diretamente ao ar livre, sujeito a lixiviamento. Os moradores confirmam que usam o açude para banhos, lavar roupas e

3 pescarias nas quais já capturaram: Traíra, Cará, Piaba, Gundelo e alguns já viram Capivara. Avistam-se nas margens locais de criação de Caprinos, Suínos, Eqüinos, Patos, etc. e pontos de armadilhas para Capivara. As encostas desmatadas do açude contrastam com a vegetação ciliar. O açude de São Salvador foi construído sob o leito inundável do riacho de mesmo nome, localizado na porção Norte da Reserva, em terras do antigo Engenho São Salvador. É o açude com presença de maior ação antrópica dentro da reserva. Sua lâmina d água apresenta-se bastante reduzida. As margens não se encontram protegidas, em toda a borda observa-se a prática da cultura de subsistência, especialmente a macaxeira. Há vários pontos onde são avistados cultivos de posseiros e moradores das margens usam bombas para puxar água. Também se observam alguns sítios de bananas (Musa sp), macaxeira (manihot sp), onde deveria estar a mata ciliar. Da mata ciliar que margeava o açude, pouco resta. Na área que foi assoreada, próxima ao açude, é fácil identificar processos de competição com capins, espécies pioneiras como a embaúba (Cecropia sp.), formando um disclímax antropogênico. Numa das margens existe um córrego chamado Córrego do Abacaxi, que foi parcialmente destituído de vegetação para cultivos diversos. Os moradores são antigos, provavelmente, estão no local há cerca de 30 anos. Nos últimos meses, foi intensificada a construção de moradias nas redondezas do açude e em toda a Reserva. Os posseiros visam a resultados econômicos a curto prazo e devastam as florestas para plantio de cana-de-açúcar, por ser uma cultura de fácil manutenção, ter mercado certo (a Usina Bom Jesus compra toda a produção), e por utilizarem veículos da própria usina para escoar o produto. Os poucos gêneros alimentícios produzidos pelos posseiros são levados de ônibus a feiras livres de Jaboatão ou Cabo. Há características que dão certo grau de homogeneidade à área estudada: a pobreza, a falta de informação e os poucos recursos. Reproduzida nesses aspectos fica a situação geral da problemática ambiental, com todas as dificuldades para encontrar soluções. Talvez apenas medidas de pequeno alcance, quase paliativas, possam ser tomadas em nível regional ou local.

4 Sabe-se do desprestígio de certos órgãos de planejamento junto à comunidade, seja das mais diferentes esferas. Levantamentos, Diagnósticos, Relatórios, Recomendações, Planos e Projetos existem em quantidade, mas faltam medidas concretas na solução dos problemas fundamentais. A regularização do uso do solo implicaria no disciplinamento deste e recuperação das áreas desflorestadas e matas ciliares prevendo a manutenção dos açudes e nascentes. Porém a ausência desta faz da existência de atividades agrícolas com expansão desenfreada e "loteamentos" de chácaras um perigo para a manutenção do ecossistema. 4. Meio Biótico 4.. Levantamento de anfíbios Introdução A Mata Atlântica tem papel de destaque entre os ecossistemas do mundo. Apresenta alto número de espécies e elevado grau de endemismo. Todavia, trata-se de um dos habitats mais ameaçados do planeta - razão pela qual foi recentemente incluída na lista de hotspots globais (Myers et al. 000). Ações antrópicas, cuja implementação remonta aos idos de 500, reduziram este patrimônio biológico e genético a um conjunto de pequenos remanescentes florestais (Fundação SOS Mata Atlântica 99, Lima 998). No Nordeste do Brasil, os fragmentos que ainda restam da Mata Atlântica totalizam apenas cerca de 3% de sua extensão original (Câmara 99). Tal redução de áreas florestadas representa um perigo iminente à fauna e flora brasileiras, em especial às espécies endêmicas do Nordeste, podendo causar alterações na abundância das populações naturais e eventualmente provocar a extinção de espécies locais (Laurance e Bierregaard 997). Em cenários como o acima descrito, populações naturais de anfíbios merecem especial atenção dada sua vulnerabilidade a mudanças ambientais. A maioria das espécies de anfíbios (cujo nome vem do grego amphi = duas, bios = vida) possui dois modos de vida distintos: de seus ovos eclodem larvas aquáticas, ou girinos, que se metamorfoseiam em jovens com modo de vida terrestre. A pele permeável destes animais torna-os particularmente expostos a alterações físicas e químicas da água, do solo, e do ar, fazendo deste grupo um excelente bio-indicador. Adicionalmente, anfíbios constituem elementos-chave na cadeia

5 alimentar dos ecossistemas naturais (Stebbins e Cohen 997, Pounds et al. 999). A despeito de sua importância ecológica e como patrimônio genético, pouco sabemos sobre os anfíbios do Nordeste do Brasil (dos Santos e Carnaval 00). Ironicamente, é possível que o desaparecimento da Mata Atlântica nesta região esteja levando à extinção espécies ainda desconhecidas da comunidade científica. Frente ao supracitado, foi com satisfação que participamos dos levantamentos das espécies de anfíbios da Reserva de Gurjaú, numa iniciativa com vistas à conservação deste remanescente florestal situado na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco. A Reserva de Gurjaú constitui um dos fragmentos de mata que compõem o Complexo Catende, área amplamente reconhecida como prioritária para conservação e estudos aprofundados da fauna e flora no Nordeste do Brasil. São dignas de nota as recomendações referentes a esta micro-região encontradas nos documentos gerados pelo workshop Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica no Nordeste, realizado no ano de 993 em Itamaracá, PE, e no workshop Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação dos Biomas Floresta Atlântica e Campos Sulinos, realizado em Atibaia, SP, em 999. Atualmente, a área consta como prioritária para pesquisa e conservação no Estado de Pernambuco (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco 00). O presente relatório apresenta e discute os resultados obtidos durante o levantamento quantitativo e qualitativo das espécies de anfíbios da Reserva de Gurjaú, efetuado no período de Agosto de 00 a Abril de 003. Ao fim do presente, são feitas algumas recomendações conservacionistas com base nas informações levantadas. METODOLOGIA Esforço de Coleta e Áreas Amostradas De modo a gerar dados qualitativos sobre a anurofauna da Reserva de Gurjaú, efetuaram-se 33 horas-homens de busca ativa de anfíbios em diferentes partes da Reserva, entre Agosto de 00 e Abril de 003. Durante os meses de Agosto, Setembro, Novembro, Dezembro, Fevereiro, Março e Abril, os

6 trabalhos de busca foram executados por dois membros da equipe, variando entre 6 e 6 horas-homem por mês. Nos meses de Outubro e Janeiro, três membros participaram das buscas em campo, as quais corresponderam a 46 e 4 horas-homem, respectivamente (Figura 3). Horas-homem de busca ativa Ago. 00 Set. 00 Out. 00 Nov. 00 Dez. 00 Jan. 003 Fev. 003 Mar. 003 Abr. 003 Figura 3 - Esforço mensal de captura de anfíbios na Reserva de Gurjaú através de busca ativa durante os meses de Agosto de 00 a Abril de 003. Para os trabalhos de busca ativa, percorreram-se a pé aproximadamente km de trilhas em áreas florestadas e áreas abertas dentro da área da Reserva de Gurjaú, amostrando-se os seguintes ambientes: Trilha A Aproximadamente,,4 Km de borda de mata ao longo da estrada de terra paralela à represa e que conecta a Barragem de Gurjaú à Barragem de Sucupema, incluindo poças laterais, poças temporárias, ambientes inundados pela água da barragem e vegetação adjacente. A trilha corresponde ao trecho inicial da estrada de terra, estendendo-se da Barragem de Gurjaú até a área de cultura de cana; Trilha B - Aproximadamente,3 Km de borda de mata ao longo da estrada de terra que conecta a Barragem de Gurjaú à Barragem de Secupema, incluindo poças laterais, poças temporárias, ambientes inundados pela barragem e vegetação adjacente. A trilha estende-se da cultura de cana até a Barragem de Secupema; Trilhas C, D e E Margem leste do riacho formado pela Barragem de Gurjaú e entorno da mata a oeste da Barragem de Gurjaú; Trilha F - Area de lavoura e cultivo de frutas nas proximidades da Trilha A; Trilha G - Trilha na Mata da Porteira Preta;

7 Trilha H - Trilha na Mata do Sítio do Pica-Pau, passando pela Barragem de Secupema, dirigindo-se para oeste até a cultura de cana; Trilha I - Trilha na Mata do Bonde; Trilha J - Trilha na Mata do Enxofre (alcançada com auxílio de bote); Trilha K - Arredores dos tanques de decantação e alojamento, junto à sede da COMPESA. Com vistas a complementar os dados gerados por procura ativa, registraram-se também os exemplares eventualmente capturados em 39 armadilhas tipo pitfall montadas pela Equipe de Répteis, sendo cada armadilha composta por quatro baldes (Heyer et al. 994). Ao longo dos meses de Agosto a Abril, 30 armadilhas foram mantidas abertas na mata adjacente à trilha principal que conecta a Barragem de Gurjaú à Barragem de Secupema (Trilha I), sendo conferidas a cada três dias. Entre os meses de Novembro a Abril, nove armadilhas adicionais foram colocadas na Mata do Enxofre (Trilha J), seguindo-se a mesma metodologia. PROCEDIMENTOS DE BUSCA ATIVA Durante todos os dias de visita à Reserva, foi efetuada uma saída a campo no período noturno para busca ativa de indivíduos. Saídas a campo também foram executadas durante o dia, para coleta de indivíduos com atividade diurna, coleta de larvas e desovas. A cada saída noturna percorreu-se ao menos uma das trilhas selecionadas para amostragem. Indivíduos adultos foram localizados visualmente, com o auxílio de lanternas, ou através de suas vocalizações. O tempo de permanência na trilha variou conforme o número de indivíduos presentes, oscilando entre duas e quatro horas. Saídas diurnas também oscilaram em duração, variando de meia hora a cinco horas. Para cada saída de campo foi preenchida uma ficha (Anexo I), em que se anotaram dados a respeito da data de coleta, equipe de trabalho, horário de início dos trabalhos de campo, horário de término dos trabalhos de campo, temperatura, condições do tempo, espécies encontradas, número de indivíduos avistados para cada espécie, ambiente utilizado por cada espécie

8 (mata, reservatório, poça temporária, água corrente, etc.), e micro-ambiente utilizado (folhas sobre poça, galhos de árvores, chão da mata, etc.). Representantes adultos das espécies encontradas foram manualmente coletados e posteriormente sacrificados e preservados em meio líquido, de modo a constituirem testemunhos da identificação taxonômica. Girinos também foram coletados com auxílio de peneiras durante excursões diurnas, e mantidos em lotes individuais. LEVANTAMENTO QUANTITATIVO Com vistas a permitir uma comparação quantitativa a respeito da freqüência de encontro das diferentes espécies de anfíbios da Reserva de Gurjaú, compilaram-se todos os registros visuais efetuados nas trilhas A, B, C, D, E, e H, bem como nas áreas das trilhas G, I, e J onde a borda da mata se aproxima da água da barragem, totalizando 0 noites de observação. O levantamento quantitativo se restringiu às áreas acima mencionadas uma vez que as mesmas se assemelham quanto aos micro-ambientes que apresentam, sendo aparentemente ocupadas pelo mesmo conjunto de espécies. De modo a manter a amostragem uniforme, os dados compilados para fins de análise quantitativa foram coletados por dois componentes da equipe (G. Moura e M. Silva). Visando a uniformizar os dados, o número de indivíduos observados por espécie foi dividido pelo número total de homens-hora de amostragem efetuado na noite do registro. Para fins de comparação, os resultados foram plotados por espécie. PROCEDIMENTOS EM LABORATÓRIO Os exemplares coletados para fins de identificação foram trasportados em sacos plásticos para o alojamento. Antes de serem sacrificados, os indivíduos foram fotografados e observados quanto à sua coloração em vida. Seguindo recomendações e metodologias discutidas na literatura (Heyer et al. 994), os indivíduos foram anestesiados em solução de clorobutanona ou etanol e fixados em solução de formaldeído a 0%. Após uma semana de fixação, todas as carcaças foram transferidas para solução de etanol a 70%. Girinos coletados em estágios iniciais de desenvolvimento foram mantidos em aquários, para que se desenvolvessem, permitindo assim sua identificação.

9 Girinos em estágios mais avançados tiveram seu padrão de colorido descrito e foram fixados e mantidos em solução de formaldeído a 5% (Heyer et al. 994). Os exemplares coletados foram adicionados à Coleção Herpetológica do Laboratório de Vertebrados da Universidade Federal de Pernambuco. Resultados Componentes da Biodiversidade Vinte e seis (6) espécies de anfíbios, todas pertencentes à Ordem Anura, foram registradas em Gurjaú. Quatro famílias encontram-se representadas na Reserva, a saber: Bufonidae (04 espécies), Hylidae ( espécies), Leptodactylidae (09 espécies) e Ranidae (0 espécie) (Tabela I, Figura 4). 4% 5% Bufonidae 35% Hylidae Leptodactylidae Ranidae 46% Figura 4 - Representatividade das famílias de Anuros na Reserva de Gurjaú. A acumulação de registros de espécies não se deu de forma homogênea ao longo dos trabalhos de levantamento. Vinte anfíbios foram registrados durante a primeira metade dos trabalhos de campo (de Agosto a Novembro de 00), enquanto seis táxons adicionais foram registrados entre Dezembro de 00 e Abril de 003 (Figura 5) Ago. 3 Ago Ag. 8 o. 5 Set. 7 Set. 9 Ou t. Ou t O. 3 u t. N 6 ov D e z. D. 6 ez. 9 Jan. Jan J. 9 an. 3 Fev F. 8 ev. M 30 a M r. 0 ar. 7 Abr. Ab r. 0

10 Figura 5 - Total acumulado do número de espécies de anfíbios registradas na Reserva de Gurjaú entre os meses de Agosto de 00 e Abril de 003. Tabela 6 - Lista dos anfíbios anuros da Reserva de Gurjaú. Nomes populares, quando existentes, são fornecidos na coluna à direita. ORDEM ANURA Família Bufonidae Bufo crucifer Wied-Neuwied, 8 Bufo granulosus Spix, 84 Bufo jimi Stevaux, 00 Frostius pernambucensis (Bokermann, 96) Família Hylidae Hyla albomarginata Spix, 84 Hyla atlantica Caramaschi and Velosa, 996 Hyla branneri Cochran, 948 Hyla decipiens Lutz, 95 Hyla aff. nana Boulenger, 889 Hyla raniceps (Cope, 86) Hyla semilineata Spix, 84 Phyllodytes luteolus (Wied-Neuwied, 84) Phyllomedusa hypochondrialis (Daudin, 800) Scinax auratus (Wied-Neuwied, 8) Scinax nebulosus (Spix, 84) Scinax x-signatus (Spix, 84) Família Leptodactylidae Adenomera cf. marmorata Steindachner, 867 Eleutherodactylus sp. Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 84) Leptodactylus natalensis Lutz, 930 Leptodactylus ocellatus (Linnaeus, 758) Leptodactylus troglodytes Lutz, 96 Physalaemus cuvieri Fitzinger, 86 Proceratophrys boiei (Wied-Neuwied, 84) Pseudopaludicola sp. Família Ranidae Rana palmipes Spix, 84 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL sapo cururu cururuzinho sapo cururu grande, sapo boi perereca verde pererequinha amarela rã rã de listra sapinho amarelo perereca de banheiro, raspa côco sapinho da mata gia pimenta, rã pimenta, gia boi caçote marrom, caçote rã manteiga caçote da barreira sapinho do oi, foi-não-foi sapo boi, sapo de chifre caçote verde, caçote

11 Os anfíbios de Gurjaú diferiram no tocante à utilização do espaço físico da Reserva (Tabela 7). Tabela 7 - Sítios de encontro das espécies de anuros da Reserva de Gurjau. Espécie Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jmi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla aff. nana Hyla raniceps Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactlys natalensis Leptodactylus ocellatus Leptodactlus troglodytes Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Proceratophrys boiei Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus Entorno da Represa X X X X X X X X X X X X X X X X Interior da Mata X X X X X X X X X X X X X X X X X X A maioria das espécies (58% do total) foi encontrada nas proximidades da água represada pelas barragens da COMPESA. São elas: Bufo jimi, Frostius pernambucensis, Hyla atlantica, H. albomarginata (Figura 6), H. branneri, H. decipiens, H. aff. nana, H. raniceps, Leptodactylus natalensis, L. ocellatus, Phyllomedusa hypochondrialis, Pseudopaludicola sp., Scinax auratus, S. nebulosus e S. x-signatus. A existência de discos adesivos nos dedos das espécies pertencentes à família Hylidae (H. atlantica, H. albomarginata, H. branneri, H. decipiens, H. aff. nana, H. raniceps, P. hypochondrialis, S. auratus, S. nebulosus e S. x-signatus) permitem às mesmas ocupar a vegetação semiaquática, arbustiva, ou arbórea junto à água. Já as espécies pertecentes às

12 famílias Bufonidae e Leptodactylidae (como B. jimi, L. natalensis, L. ocellatus e Pseudopaludicola sp., por exemplo), desprovidas de discos adesivos, se restringem ao chão das trilhas, matas, e áreas alagadas no entorno da represa. Figura 6 - Hyla albomarginata, Gurjau, janeiro de 003. Oito espécies (3% do total) foram registradas tanto nas imediações da represa, quanto no interior da mata. São elas: Adenomera cf. marmorata, Bufo crucifer, B. granulosus, Eleutherodactylus sp., Hyla semilineata, Leptodactlys labyrinthicus, Physalaemus cuvieri e Rana palmipes. Dentre essas, Eleutherodactylus sp. e H. semilineata são capazes de utilizar a vegetação local como abrigo e área de vocalização. As demais se limitam a ocupar o chão da mata. Três espécies Leptodactylus troglodytes, Phylodytes luteolus e Proceratophrys boiei (Figura 7) foram registradas exclusivamente em áreas de mata. Novamente se observaram diferenças no tocante ao micro-habitat utilizado pelas espécies: enquanto P. luteolus foi capaz de utilizar a vegetação local como sítio de abrigo, os leptodactylideos L. troglodytes e P. boiei se restringiram ao chão da mata, tendo sido capturados em armadilhas do tipo pitfall.

13 Figura 7 - Proceratophrys boiei (Fotografia de S.A. Roda). SÍTIOS DE VOCALIZAÇÃO E SÍTIOS REPRODUTIVOS Através da observação de desovas, girinos, e atividades de vocalização, foi possível registrar os ambientes utilizados para fins reprodutivos por 8 das 6 espécies locais (Tabela 8). Oito espécies Hyla atlantica (Figura 7), H. albomarginata, H. semilineata, H. raniceps, Phyllomedusa hypochondrialis, Scinax auratus, S. nebulosus e S. x-signatus vocalizaram sobre vegetação arbustiva ou arbórea próxima à represa. Três espécies H. branneri, Hyla aff. nana (Figura 8) e Hyla decipiens vocalizaram unicamente sobre as gramíneas parcialmente submersas pela água da represa e/ou sobre a vegetação subaquática. Figura 8 - Hyla atlântica Gurjaú, janeiro de 003. No tocante às espécies de chão, quatro espécies Bufo jimi, Leptodactylus labyrinthicus, Pseudopaludicola sp. e Rana palmipes utilizaram as margens

14 da represa como sítio de vocalização. Pseudopaludicola sp. diferenciou-se das demais por vocalizar unicamente em áreas encharcadas e elameadas, geralmente por entre gramíneas parcialmente inundadas. Figura 9 - Hyla aff. nana Gurjaú, janeiro de 003. Hyla semilineata e Rana palmipes foram capazes de utilizar, como sítio de desova, a água corrente por entre as rochas abaixo da Barragem de Gurjaú. Pseudopaludicola sp. e Scinax x-signatus também utilizaram este ambiente como sítio de vocalização. Leptodactylus natalensis e Physalaemus cuvieri destacaram-se das demais espécies da Reserva por reproduzirem-se em poças temporárias, às vezes utilizando ambientes aquáticos de curta duração. Em várias ocasiões, indivíduos reprodutivamente ativos foram encontrados na água acumulada em depressões rasas formadas pelos pneus dos carros que circulavam nas trilhas A e B. As atividades de vocalização de Eleutherodactylus sp. Diferenciaram-se das demais por ocorrerem na borda e no interior da mata, muitas vezes em locais afastados da água. No tocante à utilização de diferentes tipos de corpos d água como sítio de reprodução, observamos que o entorno da represa foi a área em que se registrou o maior número de espécies com atividade de vocalização, desovas e/ou girinos (4 táxons). Todavia, poças temporárias e áreas de gramíneas inundadas não diferiram muito quanto ao número de anfíbios aí registrados, tendo sido utilizadas por e 0 espécies, respectivamente (Tabela 8). Tabela 8 - Sítios de vocalização, desova, e/ou desenvolvimento de girinos pelas espécies de anuros da Reserva de Gurjau. Espécie Represa Poças Temporárias Alagados Água Corrente Mata

15 Bufo jmi Eleutherodactylus sp. Hyla albomarginata Hyla atlantica Hyla branneri Hyla decipiens Hyla aff. nana Hyla raniceps Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactlys natalensis Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X TOLERÂNCIA À AÇÃO HUMANA As espécies de anuros da Reserva de Gurjaú diferiram no que diz respeito ao grau de tolerância a modificações ambientais causadas pelo Homem (Tabela 9). Indivíduos de Adenomera cf. marmorata, Bufo crucifer, B. jimi, Eleutherodactylus sp., Hyla semilineata, Phyllodytes luteolus, Rana palmipes e Scinax x-signatus foram registrados em locais onde a vegetação local encontra-se em contato com, ou é parcialmente substituída por, áreas de cultivo e lavoura. Representantes de Bufo granulous, B. jimi, Leptodactlylus labyrinthicus e S. x-signatus foram encontrados em imediações de construções humanas, tal como a sede da COMPESA. Nenhuma das demais 6 espécies (i.e., 6% do total) foi registrada em áreas intensamente modificadas por ação humana. Tabela 9 - Ocorrência das espécies de anfíbios em ambientes modificados pelo Homem.

16 Espécies Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jmi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla aff. nana Hyla raniceps Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactlys natalensis Leptodactylus ocellatus Leptodactlus troglodytes Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Proceratophrys boiei Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus Áreas de Cultivo e Lavoura X X X X X X - Imediações de Construções X X X - X X X DADOS QUANTITATIVOS Dezoito espécies foram registradas visualmente durante os levantamentos quantitativos: Bufo crucifer, B. granulosus, B. jimi, Eleutherodactylus sp., Frostius pernambucensis, Hyla albomarginata, H. atlantica, H. branneri, H. raniceps, H. semilineata, Leptodactylus labyrinthicus, L. natalensis, L. ocellatus, Phyllomedusa hypochondrialis, Physalaemus cuvieri, Rana palmipes, Scinax auratus e S. x-signatus. O número de indivíduos avistados variou entre táxons (Figura 9). Hyla semilineata e Rana palmipes foram as espécies registradas com mais freqüência, sendo encontradas em relativa abundância. Enquanto as observações de indivíduos de H. semilineata deram-se de forma homogênea ao longo dos trabalhos de campo, um maior número de indivíduos de R. palmipes foi registrado nos primeiros meses de amostragem do que nos meses seguintes.

17 Bufo jimi Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla raniceps 0 Ag A o. 07 go. 07 Se t. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z De. D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v 3 Ma. r. 30 Ma r. 3 Ma r. A 0 br. 6 Ab A r. br. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 e S t. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. M 3 a r. 0 Abr. A 6 br Ab. r Ago A. 07 go. 07 Se t. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov D. 7 ez De. D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. M 3 a r. 0 Abr. A 6 br A. br. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov D. 7 e z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. M 3 a r. 0 Abr. 6 Abr Ab. r. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v 3 Ma. r. 30 Ma M r. 3 ar. 0 Abr. 6 Abr Ab. r. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v 3 Ma. r. 30 Ma r. M 3 a r. 0 Abr. A 6 br A. br Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et Se. t. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. 3 Ma r. A 0 br. 6 Abr Ab. r. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov D. 7 e z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. M 3 ar. A 0 br. A 6 br Ab. r. Bufo jimi, Eleutherodactylus sp. e Leptodactylus labyrinthicus apresentaram razoável número de registros visuais, sendo encontrados na maioria dos meses. Uma das noites de levantamento (7 de Dezembro) apresentou condições apropriadas à reprodução de B. jimi, acarretando em um grande número de encontros de indivíduos da espécie, todos em atividade reprodutiva. Bufo crucifer, Hyla albomarginata, H. atlantica, H. branneri, Leptodactylus natalensis e Physalaemus cuvieri foram avistados em menores números, porém ao menos em três ocasiões. Bufo granulosus, Frostius pernambucensis, Hyla raniceps, Leptodactylus ocellatus, Phyllomedusa hypochondrialis, Scinax auratus e S. x-signatus apresentaram as mais reduzidas taxas de encontros visuais, sendo avistadas uma ou duas vezes dentre as 0 noites de amostragem. Bufo crucifer Bufo granulosus Eleutherodactylus sp. Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla semilineata

18 Figura89 - Número de indivíduos de amostragem para cada espécie Leptodactylus labyrinthicus avistados por horas.homem 8 7 Leptodactylus natalensis 7 Metodologia 86 de anfíbio em trilhas da Reserva de Gurjaú (detalhes em ). 6 7 Scinax auratus Abr A. 0 br. 0 0 AAgog A.o 070 Agog. 7.o 07 SeSt. 0 e. t 5 7SS e. 5S te. t est.. 5 No et. NNv. 65 ovo v. DeN. 76 zo. v 7DD ee. DDz. z. eze FD. z. 9 eve.z 6 FeFv. e. 3 9FeFv v. 6F e.v e 8 Fv.. 33Ma ev. Fr. 30 8Ma ev Mr.. M 33 a ar r.. 300AM bra. r. 6 AM 3Abra. r. 0 Abrb. r. AMOSTRAGEM EM PITFALL Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et Se. t. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. 3 Ma r. A 0 br. A 6 br Ab. r Um pequeno número de indivíduos foi capturado em armadilhas do tipo pitfall 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et Se. t. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. M 3 a r. A 0 br. 6 Abr Ab. r Phyllomedusa hypochondrialis 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. 3 Ma r. A 0 br. A 6 br Ab. r. 8 (Tabela0). 7 Leptodactylus ocellatus Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jmi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla aff. nana Hyla raniceps Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactlys natalensis Leptodactylus ocellatus Leptodactlus troglodytes Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Proceratophrys boiei Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et S. et. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. 3 Mar. A 0 br. 6 Abr A. br. Espécie de 00 a Número de Indivíduos Trilha I Número de Indivíduos Trilha J Scinax x-signatus 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et Se. t. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma M r. 3 ar. 0 Abr. A 6 br Ab. r. 0 Ago A. 07 go. 07 Set. S 5 et Se. t. 5 No N v. 6 ov De. 7 z. De D z. ez. F 9 ev. 6 Fev. 3 Fev Fe. 8 v. 3 Ma r. 30 Ma r. 3 Ma r. 0 Abr. A 6 br Ab. r. Rana palmipes Physalaemus cuvieri Número de indivíduos capturados em 30 armadilhas Tabela na Trilha I (Agosto Abril de de 00 a Abril de 003). 003) e em 9 armadilhas na Trilha J (Novembro 0 0

19 Dentre as 6 espécies registradas na Reserva, apenas nove (35% do número total) foram capturadas em pitfall. São elas: Adenomera cf. marmorata, Bufo crucifer, B. granulosus, Eleutherodactylus sp., Hyla semilineata, Leptodactylus troglodytes, Physalaemus cuvieri, Proceratophrys boiei e Rana palmipes. O número de indivíduos coletados oscilou ligeiramente entre as espécies, pertencendo todos à mesma ordem de grandeza e variando entre e 6. DISCUSSÃO A Classe Amphibia é composta por três ordens: Anura (incluindo os sapos, rãs e pererecas), Caudata (salamandras) e Gymnophiona (cecílias) (Stebbins e Cohen 997). Os levantamentos da Reserva de Gurjaú registraram apenas a ocorrência de anuros. Tal ausência de representantes das ordens Caudata e Gymnophiona não surpreende. No que se refere à Ordem Caudata, apenas uma espécie ocorre no Brasil. Trata-se de Bolitoglossa altamazonica (Cope), cuja distribuição no território nacional é restrita à Amazônia (Frost 00). No que se refere à Ordem Gymnophiona, o número de representantes no país também é baixo quando comparado ao número de anuros (Duellman 999). Adicionalmente, o hábito fossorial das cecílias torna sua amostragem difícil. A maior parte dos registros para este grupo é feita graças a encontros casuais, geralmente após fortes chuvas (Heyer et al. 994). Dado que os trabalhos de levantamento biológico em Gurjaú foram executados em meses de pouca pluviosidade, não é de se estranhar a ausência de representantes dessa Ordem nas amostragens. No tocante aos anuros registrados em Gurjaú, nota-se a grande representatividade das Famílias Hylidae e Leptodactylidae as quais corresponderam, respectivamente, a 46% e 35% das espécies amostradas (Figura 4). Uma vez que essas constituem as famílias mais ricas em espécies na região Neotropical (Duellman e Trueb 994), não causa surpresa que o mesmo padrão seja observado a nível local. No que se refere a questões taxonômicas, anfíbios anuros de Gurjaú puderam ser identificados ao nível de espécie. Todavia, somente através de

20 uma ampla revisão das espécies brasileiras dos gêneros Adenomera, Eleutherodactylus e Pseudopaludicola, incluindo exemplares provenientes de outras regiões do país, será possível esclarecer a taxonomia dos exemplares de Adenomera cf. marmorata, Eleutherodactylus sp. e Pseudopaludicola sp. coletados na Reserva. Esses três gêneros de leptodactilídeos são notoriamente conhecidos por sua complexidade taxonômica e pelo número de questões ainda pendentes no que se refere à sua sistemática. Hyla aff. nana também merece especial atenção, podendo tratar-se de uma espécie ainda não descrita. De modo a confirmar a sua identificação, será necessário coletar uma série maior de exemplares em Gurjaú, comparando-a a espécimes de H. nana obtidos em diversas áreas do país e fora dele. Atualmente, H. nana é tida como espécie amplamente distribuída na América do Sul, existindo registros do Nordeste do Brasil ao Paraguai, incluindo o norte da Argentina, leste da Bolívia, Uruguai e Bacia do Prata (Frost 00). É provável que uma revisão desses exemplares revele que os mesmos representem um conjunto de espécies distintas, fazendo de H. nana um complexo de espécies. A anurofauna de Gurjaú contém elementos e representantes de diversos ecossistemas brasileiros. Onze espécies encontradas em Gurjaú (ou seja, 4% do total) são endêmicas da Mata Atlântica. Trata-se de Adenomera cf. marmorata, Bufo crucifer, Eleutherodactylus sp, Frostius pernambucensis, Hyla atlantica, H. branneri, H. decipiens, H. semilineata, Phyllodytes luteolus, Proceratophrys boiei e Scinax auratus. Cinco táxons ocorrem na Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga: Bufo jimi, Leptodactylus labyrinthicus, L. natalensis, L. troglodytes e Physalaemus cuvieri. Cinco espécies são encontradas na Mata Atlântica, Amazônia/Guianas, Cerrado e Caatinga: Bufo granulosus, Hyla raniceps, Leptodactylus ocellatus, Phyllomedusa hypochondrialis e Scinax x-signatus. Três espécies ocorrem na Mata Atlântica e Amazônia - Hyla albomarginata, Scinax nebulosus e Rana palmipes (Duellman 999). Nenhuma das espécies registradas até o momento encontrase na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, recentemente atualizada pelo Ministério do Meio Ambiente e disponível em seu website, /port/sbf/index.cfm. A ocorrência de Frostius pernambucensis na Reserva de Gurjaú merece destaque. Trata-se de uma espécie endêmica da Mata Atlântica Nordestina,

21 cuja distribuição conhecida limitava-se, até o momento, ao Horto Florestal Dois Irmãos (PE) e à Reserva de Murici (AL) (Bokermann 96, Peixoto e Freire 998). O registro de F. pernambucensis em Gurjaú amplia sua área de ocorrência dentro do Estado de Pernambuco, e faz da Reserva área prioritária para conservação da espécie. À excessão de Hyla aff. nana, todas as demais espécies de anuros encontradas em Gurjaú (Tabela 6) possuem registro de ocorrência em Pernambuco. Compilações recentes indicam que 65 espécies de anfíbios anuros encontram-se registradas para o Estado (dos Santos e Carnaval 00, O. L. Peixoto, comunicação pessoal). A anurofauna representada na Reserva de Gurjaú inclui 40% desse número. Táxons habitat-específicos, avistados em outras áreas de mata do Estado, não foram, até o momento, registrados em Gurjaú. É o caso, por exemplo, de Hylomantis granulosa (Cruz), espécie endêmica de Pernambuco e listada pelo Ministério do Meio Ambiente como criticamente em perigo, e Scinax gr. catharinae, registrada em Jaqueira. Fato semelhante ocorre com alguns táxons que utilizam bromeliáceas como abrigo ou sítio de reprodução, tal como Gastrotheca fissipes (Boulenger), registrada no Horto Dois Irmãos, Caetés e Jaqueira, e Scinax pachycrus (MirandaRibeiro), encontrada em Tapacurá, Jaqueira, Brejo dos Cavalos, e na Reserva Biológica de Serra Negra. Também não foram registradas em Gurjaú algumas espécies tolerantes a ambientes de borda de mata e áreas abertas, normalmente encontradas em diversas altitudes no Estado de Pernambuco. É o caso, por exemplo, de Hyla crepitans Wied-Neuwied, H. elegans WiedNeuwied, H. minuta Peters e Scinax eurydice (Bokermann) (dos Santos e Carnaval 00). A ausência de tais registros pode se dever ao fato da anurofauna de Gurjaú ainda estar subestimada. Apesar da curva de acumulação de espécies ter alcançado um platô, estabilizando-se ao fim dos trabalhos de campo (Figura 4), é importante ter em mente que o período do ano em que o presente levantamento foi efetuado não constitui o mais apropriado para amostragens de anfíbios. Anfíbios são facilmente observados durante sua época de reprodução, a qual, no Nordeste do Brasil, está intimamente relacionada ao período de chuvas (Arzabe 998). Uma vez que o presente levantamento iniciou-se ao fim da estação chuvosa, tendo que ser concluído antes do início

22 das fortes chuvas na região da Zona da Mata Sul de Pernambuco, é possível que o número real de espécies de anfíbios existentes na Reserva de Gurjaú exceda os 6 táxons registrados até o momento. Futuros trabalhos de campo na Reserva deverão contribuir com novos registros para a localidade. A ausência de determinadas espécies na Reserva pode estar também associada às características topográficas locais. Por estar localizada em área de mata de baixada e próxima ao mar, é natural que a anurofauna de Gurjaú apresente diferenças em relação às observadas nos brejos, florestas de altitude, e/ou áreas de caatinga do Estado de Pernambuco. Observações sobre os ambientes ocupados pelas diferentes espécies de anfíbios em Gurjaú mostraram que as mesmas são capazes de partilhar os sítios de abrigo e reprodução existente na Reserva através da utilização diferenciada dos vários micro-habitats disponíveis (Tabelas 3 e 4). O estabelecimento de mecanismos de partilha de recursos entre espécies de anfíbios através de diferenças temporais e espaciais no que se refere aos seus sítios de reprodução e vocalização, por exemplo é um tema amplamente reconhecido na literatura (Duellman e Trueb 994, Heyer et al. 994). Todavia, uma vez que a maioria das espécies de Gurjaú depende de corpos d água para se reproduzir, é importante ressaltar que a manutenção de poças permanentes, poças temporárias, alagados e riachos na mata é crucial à permanência das populações locais. Quatro espécies registradas na Reserva são reconhecidamente restritas a ambientes florestados. Trata-se de Adenomera cf. marmorata, Eleutherodactylus sp., Frostius pernambucensis e Proceratophrys boiei. Adenomera marmorata e espécies do gênero Eleutherodactylus depositam seus ovos no chão úmido da mata ao invés de utilizarem o meio aquático como sítio de desova e conseqüentemente dependem da existência de florestas úmidas (Lutz 949, Heyer 973). De modo a garantir a manutenção dessas populações em Gurjaú, é imprescindível proteger os remanescentes de Mata Atlântica incluída na área da Reserva, se possível reflorestando as áreas antropicamente impactadas que hoje existem na propriedade e conectando os fragmentos de mata ainda existentes. A baixa taxa de captura de indivíduos de P. boiei em armadilhas (Tabela 0) pode ser interpretada como um alerta para o perigo de extinção de algumas populações locais. Ademais, as observações de campo sugerem que apenas uma pequena parte do conjunto das espécies

23 locais é capaz de ocupar as áreas da Reserva mais intensamente alteradas pelo Homem, tais como zonas de cultivo, lavoura, e habitações. Duas espécies registradas em Gurjaú são reconhecidamente associadas à bromélias, utilizando-as como sítio de abrigo e/ou reprodução. Trata-se de Phyllodytes luteolus e Frostius pernambucensis (Peixoto 995, Peixoto e Freire 998). Uma vez que bromeliáceas consistem em grande foco de atenção por sua exploração comercial e uso ornamental, é importante que se estabeleça um mecanismo de fiscalização sobre a retirada dessas plantas na área da Reserva. No que se refere às freqüências de encontro de anuros em Gurjaú (Figura 9), o fato de algumas espécies terem sido registradas uma única vez não deve ser visto como alarmante. Em verdade, é extremamente difícil avaliar o tamanho de uma população de anfíbios sem se amostrar uma imensa quantidade de dias. Como exemplo, podemos citar o caso das espécies com reprodução explosiva, cujos machos e fêmeas vêm à água para se reproduzir durante poucas noites ao ano, escondendo-se sob folhas, em troncos de árvores, ou permanecendo enterrados pelo restante do tempo (Duellman e Trueb 994). Todavia, foi surpreendente, em Gurjaú, a baixa taxa de encontros de espécimens de Hyla raniceps, espécie geralmente abundante em ambientes de borda de mata e áreas abertas no Nordeste do Brasil (dos Santos e Carnaval 00, Frost 00). Resultados obtidos com armadilhas do tipo pitfall (Tabela 0) foram consistentes com as informações geradas por busca ativa. Representantes das famílias Bufonidae, Hylidae, Leptodactylidae e Ranidae foram registrados através da técnica. É interessante observar que uma espécie da família Hylidae (a saber, Hyla semilineata) tenha sido amostrada nos pitfalls. Representantes dessa família possuem discos adesivos nas pontas dos dedos dos pés e das mãos, permitindo-lhes escalar os tubos de PVC que compõem as armadilhas, e assim escapar com relativa facilidade. Os repetidos encontros de indivíduos de H. semilineata no interior dos tubos de PVC dos pitfalls sugerem que a espécie esteja utilizando-os como local de abrigo. CONCLUSÕES

24 Dado o presente estado de conservação da Floresta Atlântica Nordestina, é essencial o estabelecimento de reservas e áreas de proteção ambiental que efetivamente protejam e restaurem o ambiente natural outrora presente nesta região. Neste contexto, a Reserva de Gurjaú tem condições de exercer um importante papel na conservação dos recursos florestais brasileiros. Com vistas à manutenção das populações naturais ainda existentes na Reserva, é imprescindível que se restaurem os ambientes florestados aí existentes. Futuramente, é desejável que se promovam corredores de mata para comunicação entre a Reserva e outros remanescentes da Zona da Mata Sul de Pernambuco. Vinte e seis espécies de anfíbios anuros foram registradas na área da Reserva, das quais onze são endêmicas da Mata Atlântica. A ocorrência de Frostius pernambucensis faz de Gurjáu a terceira área para a qual essa espécie, endêmica da Mata Atlântica Nordestina, é conhecida. No que se refere especificamente à comunidade de anfíbios de Gurjaú, é importante não somente preservar e conectar os remanescentes de mata ainda existentes na área da Reserva, mas também garantir a manutenção de diferentes sistemas de água doce como forma de se maximizar a gama de sítios reprodutivos disponíveis às espécies. Adicionalmente, a fiscalização sobre retirada de bromélias é crucial para manutenção de algumas populações locais. AGRADECIMENTOS Dr. Sergio P. C. Silva, Dr. Oswaldo L. Peixoto, Dr. Ulisses Caramaschi, Dr. José Pombal Jr. e Ednilza M. Santos permitiram o acesso às coleções herpetológicas ZUFRJ, EI-UFRRJ, MNRJ, e Coleção Herpetológica-UFPE para fins de comparação de material, auxiliando na identificação de alguns exemplares. Joca e Bibiu auxiliaram nos trabalhos de campo. ANEXO I

25 Resultado dos levantamentos da anurofauna de Gurjaú obtidos via busca ativa Data Trilha * Horário Homens.hora Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jimi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla raniceps Hyla aff. nana Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactylus natalensis Leptodactylus ocellatus Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus 0 Ago. A N 6 Data Trilha * Horário Homens.hora Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jimi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla raniceps Hyla aff. nana Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactylus natalensis Leptodactylus ocellatus Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus Out. Out. Nov. 3 Nov. 5 Nov. 6 Dez. 7 Dez. Dez. G G A, B, I C G H J C, D, E N N N N N N N N Ago. 30 B N 4 Ago. 3 C N 4 Ago. 07 Set 08 Set 4 Set 5 Set 7 Out. 7 Out. 8 Out. 8 Out. 9 Out. 9Out. 9 Out. 9 Out. 0 Out. 0 Out. D E F G H A C H I K J J A G C N N N N N N N D N D N N N D N ,5 0,5 6 0,5,5 6 3,5 4, Dez. 6 Jan. 6 Jan. 7 Jan. 8 Jan. 8 C C A H, B,A J D N N N n Jan. 8. Jan.8 J A N N 7 Jan. 8 Jan. 9 Jan. C H,B,A C N D D girinos girinos girinos 7 girinos

26 Data Trilha * Horário Homens.hora Adenomera cf. marmorata Bufo crucifer Bufo granulosus Bufo jimi Eleutherodactylus sp. Frostius pernambucensis Hyla atlantica Hyla albomarginata Hyla branneri Hyla decipiens Hyla raniceps Hyla aff. nana Hyla semilineata Leptodactylus labyrinthicus Leptodactylus natalensis Leptodactylus ocellatus Phyllodytes luteolus Phyllomedusa hypochondrialis Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola sp. Rana palmipes Scinax auratus Scinax nebulosus Scinax x-signatus 9 Jan. 9 Jan. 0 Jan. 0 Jan. I A G G N N N N 3 4 Jan. Fev. 9 Fev. 9 Fev. 6 Fev. 3 Fev. 8 Mar. 3 Mar. 30 Mar. 30 Mar. 3 Abr. 0 Abr. 6 Abr. 7 Abr. F A G G A,B C,D J A G G J B, I D,E C D girinos Levantamento de Répteis Introdução Dentre as espécies de vertebrados, existem no mundo 7866 espécies de répteis assim distribuídas: 4470 lacertílios (57%), 90 serpentes (37%), 9 quelônios (4%), 56 anfisbenídeos (%), 3 crocodilianos (0,3%) e tuataras (0,05%) (Uetz 000). De todos os representantes vertebrados da fauna brasileira, o répteis são os menos estudados, principalmente no litoral da região Nordeste (Morais e Morais 987; Borges 99). Os poucos trabalhos existentes consideram, basicamente, descrições de espécies e algumas poucas informações de sua biologia, havendo por isso muita carência de dados para realização de estudos mais aprofundados. Em Pernambuco, o conhecimento desse grupo animal está restrito a poucas informações sobre algumas espécies de diferentes regiões do estado, principalmente, da caatinga (Ramos 94; Cordeiro e Hoge 973; Vanzolini et al. 980; Morais e Morais 987; Silva 00). Nas décadas passadas, muitos trabalhos demográficos foram realizados com répteis, embora quase que sua totalidade realizada na América do Norte e África (Pianka 967; Pianka 973; Huey e Pianka 977). No Brasil, são poucos os estudos que enfocam os répteis em áreas de grande empreendimento e que supostamente sofrem forte influência da ação 4

27 antrópica. Apenas recentemente tenta-se fazer tais estudos, entretanto, quase todos realizados nas regiões central e sudeste (Pinto 999; Sluys 000). A tentativa de monitorar populações oferece a oportunidade de estimar seus tamanhos e a distribuição de seus representantes no ambiente. Com essas informações pode-se, com maior precisão, fazer afirmações quanto ao seu nível atual de conservação. O presente estudo tem como objetivo disponibilizar uma listagem das espécies de répteis encontradas na Reserva Ecológica de Gurjaú, determinar os níveis de conservação e oferecer informações que subsidiem um plano de manejo sustentável considerando as atividades realizadas na estação de tratamento de água e as populações humanas residentes na área. METODOLOGIA Área de Estudo A área de estudo está contida na Reserva Ecológica de Gurjaú, município do Cabo de Santo Agostinho (34o W; 8o 30 S). A temperatura e a pluviosidade para o município apresentam valores anuais médios, respectivamente, de 5o C e 80 mm, enquanto a altitude varia de 30 a 50 m. A reserva possui 600 ha, divididos em 5 matas, além de três rios e três represas utilizadas no abastecimento de grande parte do Recife. Foram escolhidos os maiores fragmentos de Mata para o estudo: Mata Secupema e Mata Cuxio, cujas dimensões são, aproximada e respectivamente,,0 km x 0,8 km e 0,8 km x 0,6 km. COLETA DE DADOS As atividades de campo foram realizadas no período de agosto de 00 a maio de 003. A metodologia utilizada para avaliar a biodiversidade de répteis consistiu no uso de três técnicas: procura ativa, uso de armadilhas de interceptação e queda (pit-fall) segundo a técnica de Gibbons e Semlitsch (98) e captura por terceiros. A técnica de procura ativa consistiu na realização de caminhadas lentas, em diferentes horários, desde o amanhecer até à noite, em abrigos que os lagartos e serpentes poderiam usar como refúgio. A procura de quelônios foi realizada, durante o período diurno, em trilhas e poças temporárias. A procura de crocodilianos foi realizada com embarcação, à noite, com a utilização de lanternas e laços de captura apropriados.

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