Opacificação de Lentes Intraoculares A Propósito de 44 Casos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Opacificação de Lentes Intraoculares A Propósito de 44 Casos"

Transcrição

1 Oftalmologia - Vol. 36: pp Artigo Original Opacificação de Lentes Intraoculares A Propósito de 44 Casos Ana Travassos 1, Dídia Proença 2, Isaura Regadas 1,2, Joaquim Mira 1, Joaquim Murta 1,2, Rui Proença 1,2, António Travassos 2 1 Centro de Responsabilidade de Oftalmologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra 2 Centro Cirúrgico de Coimbra RESUMO Objectivos: Analisar as opacificações de diferentes modelos de LIO e algumas das repercussões que as mesmas podem desencadear. Materiais e Métodos: Foram estudados 44 olhos com opacificações de LIO, distribuídos por 4 grupos, de acordo com as características da lente: Grupo I lente hidrofílica com revestimento hidrofóbico; II lente hidrofóbica; III lente hidrofílica, e IV não identificada. Foi analisada a idade média dos doentes, a existência de cirurgia vítreo-retiniana associada e o tempo médio entre as cirurgias e a opacificação da lente. 6 lentes explantadas foram analisadas por microscopia óptica, electrónica de varrimento e espectroscópica. Resultados: A idade média dos doentes foi de 59,9±13,8 anos. Dos 44 olhos estudados, o número de olhos submetidos a cirurgia de catarata e vitrectomia foi de 17, 11, 2 e 2, respectivamente nos grupos I, II, III, IV. Doze olhos foram tamponados com silicone no grupo I e um nos grupos II e III. No grupo I, observaram-se múltiplos depósitos (de fosfato de cálcio e magnésio em 6 lentes explantadas) na superfície da lente. No grupo II, as opacificações foram discretas e sugestivas de alteração do polímero da lente. O padrão de opacificação foi heterogéneo no grupo III e IV, com depósitos superficiais ou com redução da transparência. O tempo médio decorrido entre a implantação e a opacificação da LIO foi de 18,4±6,3 meses, 6,0±2,7 anos, 2,5±1,5 anos e desconhecido, nos grupos I, II, III e IV, respectivamente. Conclusões: A opacificação das LIO pode apresentar padrões morfológicos diferentes e uma importância clínica variável, devendo haver alguma precaução na utilização de lentes hidrofílicas de revestimento hidrofóbico. INTRODUção O uso de lentes intraoculares (LIO) revolucionou o mundo da cirurgia de catarata ao permitir melhorar significativamente a qualidade da visão dos doentes operados. O relato por Ridley 21, da primeira lente implantada, de polimetilmetacrilato (PMMA), data de A escolha deste biomaterial, inerte e bem tolerado, deveu-se à situação observada na II Grande Guerra em alguns pilotos de aviões militares. Estes apresentavam fragmentos intraoculares de plástico, resultantes da fragmentação do cockpit do avião, sem desenvolverem nenhuma reacção inflamatória. Avanços posteriores na área dos biomateriais permitiram o aparecimento de lentes dobráveis, como as de silicone ou as acrílicas hidrofílicas / hidrofóbicas. A opacificação de lentes intraoculares é uma Vol Nº 2 - Abril-Junho

2 Ana Travassos, Dídia Proença, Isaura Regadas, Joaquim Mira, Joaquim Murta, Rui Proença, António Travassos complicação rara, mas tem sido descrita por vários autores e com diferentes tipos de lentes. Algumas das alterações encontradas foram descolorações em lentes de silicone 22, opacificações em floco de neve nas lentes de PMMA 20, ou granulações em lentes acrílicas 4,14,6. No entanto, na maioria dos casos, a opacificação pós-operatória foi associada a calcificações nas lentes acrílicas hidrofílicas, com depósitos na superfície da zona óptica da lente, hápticos ou ambos, ou com infiltrados no polímero da lente 28,10,18. O espectro variado de apresentação destes fenómenos sugere que as causas podem ser múltiplas. Factores como a embalagem e manufactura da lente, as soluções intraoculares usadas durante a cirurgia, os produtos visco-elásticos, a técnica cirúrgica e as patologias sistémicas ou oculares associadas, têm sido estudados na tentativa de esclarecer a etiologia destas opacificações 27, 28, 3, 29. O objectivo do nosso trabalho foi analisar as opacificações de diferentes modelos de LIO, estudar aspectos comuns entre os doentes que possam ter contribuído para este problema e, ainda, realçar alguns aspectos médico-cirúrgicos e médico-legais decorrentes da manutenção ou explante destas lentes. de opacificação da lente e, sempre que possível, foi feito o registo das terapêuticas usadas pelos doentes (locais ou gerais). Os doentes foram submetidos a um exame oftalmológico completo. Todas as lentes opacificadas foram fotografadas e, nos casos mais recentes, foram feitas retinografias com Optomap (Optos PLC, Dundermline, Fife, Scotland, UK) porque, nalguns casos, se constatou que a imagem da opacificação da LIO aparece projectada sobre a retina, não deixando qualquer dúvida do prejuízo que a mesma induz na visão. Dos casos estudados, 6 lentes do grupo I foram já explantadas (devido a interferência significativa na visão dos doentes) e submetidas a análise por microscopia óptica, electrónica de varrimento e espectroscópica num laboratório de biomateriais com sede na Alemanha (BAM, Bundesanstalt für Materialforschung und prüfung, Berlin). Procedeu-se, ainda, ao levantamento do número de doentes submetidos a cirurgia de catarata ou a catarata com vitrectomia e tamponamento com silicone, realizados no Centro Cirúrgico, nos quais foi implantada uma das lentes analisadas, numa tentativa de quantificar o risco de opacificação. MATERIAIS e MéTODOS O estudo retrospectivo, realizado entre Janeiro e Agosto de 2011, no Centro Cirúrgico de Coimbra e Serviço de Oftalmologia dos HUC, envolveu 44 olhos de 43 doentes com opacificações da LIO após cirurgia de catarata. Todos os doentes foram informados da alteração da transparência da LIO e esclarecidos quanto às implicações médico-cirúrgicas da manutenção ou necessidade de explante da LIO. Aos doentes a serem submetidos a nova cirurgia foi explicada detalhadamente a sua situação clínica, as vantagens e desvantagens (riscos) de uma nova intervenção e, após compreenderem a situação, assinaram o respectivo consentimento informado. Os doentes foram distribuídos por 4 grupos, de acordo com as características físico-químicas da LIO implantada: Grupo I - lente hidrofílica com revestimento hidrofóbico; Grupo II - lente hidrofóbica; Grupo III lente hidrofílica; e Grupo IV lentes de características não identificáveis. As alterações encontradas nas LIO foram reportadas, por carta registada, aos representantes das marcas comerciais envolvidas no estudo. Foi estudada a idade média dos doentes, as patologias associadas, a medicação ocular, a existência de cirurgia vítreo-retiniana associada (com ou sem tamponamento com silicone), o tempo médio entre as cirurgias, o tempo médio ResuLTAdos Foram observados 43 doentes (44 olhos) com opacificação da LIO, dos quais 29 doentes (67,4%) eram do sexo masculino e 14 (32,6%) do sexo feminino. A idade média dos doentes foi de 59,9±13,8 anos (entre 23 e 84 anos). No Grupo I, constituído por 19 doentes, fora implantada uma lente hidrofílica com revestimento hidrofóbico. Destes, 14 eram do sexo masculino e 5 do sexo feminino e a idade média dos doentes era de 56,2±12,1 anos (26-73). Cinco doentes eram diabéticos e 2 doentes tinham hipertensão arterial, medicados com bloqueadores do canais de cálcio. Dos 19 olhos, 17 (89,5%) foram submetidos a cirurgia combinada de catarata e vitrectomia (para tratamento de descolamento da retina e/ou vitreo-retinopatia proliferativa) e, destes, 12 (70,6%) foram tamponados com silicone de 1300cs. Um doente foi submetido a cirurgia de catarata e vitrectomia em tempos operatórios diferentes, e o outro doente fez sómente cirurgia de catarata. O tempo médio decorrido entre o implante da LIO e o reconhecimento da opacificação foi de 18,4±6,31 meses. Todas as LIO apresentaram um padrão de opacificação significativo, com múltiplos depósitos corados na superfície da zona óptica (Fig.1 e 2). As LIO explantadas, num total de 6, pertenciam a este grupo de doentes e a sua análise relevou que as opacificações correspondiam a múltiplos depósitos de fosfato de 148 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

3 Opacificação de Lentes Intraoculares - A Propósito de 44 Casos cálcio e magnésio. Como intercorrências/complicações durante a substituição da lente, num doente foi necessário deixar os hápticos no saco capsular e, em dois doentes, devido à ruptura da zónula, foram implantadas lentes de PMMA de câmara anterior de suporte iridiano. Nos restantes doentes, foram colocadas lentes acrílicas hidrofóbicas no saco capsular. No Grupo II, envolvendo 17 doentes (18 olhos) tinha sido implantada uma lente hidrofóbica. Deste grupo, 9 eram do sexo masculino e 8 do sexo feminino e a idade média dos doentes era de 61,9±17,1 anos (23-84). 5 doentes eram diabéticos e nenhum doente era hipertenso. Dos 18 olhos, 11 (61,1%) foram submetidos a cirurgia de catarata e vitrectomia (para tratamento de descolamento da retina e/ou vitreo-retinopatia proliferativa) combinada em 6 casos, e sendo em 5 em tempos operatórios diferentes (2 dos quais a vitrectomia foi prévia à cirurgia de catarata), e com tamponamento com silicone num caso. O tempo médio decorrido até à opacificação da lente foi de 6,0±2,7 anos. As lentes apresentaram um padrão de opacificação discreto, tipo manchado na zona óptica da lente (Fig.2), de dimensões variáveis, alternada com pequenas áreas de lente poupada e com aspecto sugestivo de alteração do polímero da lente. O Grupo III e IV envolveu 3 e 4 doentes respectivamente. Tinha sido implantada uma lente hidrofílica no Grupo III (noutros centros) e não foi possível identificar as características das lentes no Grupo IV (pelo facto da cirurgia de catarata também ter sido realizada noutro centro e o doente não dispor de informação). No Grupo III, todos os doentes eram do sexo masculino e a sua idade média era de 61±6,1 anos. Nenhum doente era diabético e 1 doente era hipertenso. Dois olhos foram submetidos a cirurgia de catarata e vitrectomia em tempos diferentes e, num deles, procedeu-se a tamponamento com silicone. Neste grupo, o tempo médio decorrido até à opacificação da lente foi de 2,5±1,5 anos. No Grupo IV, 3 doentes eram do sexo masculino e 1 do sexo feminino com uma média de idades de 70,8±5,6 anos. Um doente era diabético e nenhum doente era hipertenso. Dois olhos foram submetidos a cirurgia de catarata e vitrectomia (1 simultaneamente e o outro em tempos diferentes). O tempo médio decorrido até à opacificação da LIO foi desconhecido no Grupo IV. As lentes apresentaram um padrão de opacificação mais heterogéneo nos dois grupos, algumas com depósitos superficiais, enquanto outras apresentavam aspecto sugestivo de alteração do polímero da lente, ou ambos (Fig. 3, 4 e 5). Fig. 1 Fotografia de lente opacificada de material hidrofílico com revestimento hidrofóbico, mostrando múltiplos depósitos superficiais. Fig. 2 Fotografias de lente opacificada de material hidrofílico com revestimento hidrofóbico, mostrando múltiplos depósitos superficiais mais marcados que no caso anterior. Vol Nº 2 - Abril-Junho

4 Ana Travassos, Dídia Proença, Isaura Regadas, Joaquim Mira, Joaquim Murta, Rui Proença, António Travassos Procedeu-se, ainda, ao levantamento do número de doentes submetidos a cirurgia de catarata ou a catarata e vitrectomia e tamponamento com silicone, realizados no Centro Cirúrgico, nos quais foram implantadas um dos tipos de lentes analisadas. De 538 lentes hidrofílicas com revestimento hidrofóbico implantadas, foram encontradas 3,5% de lentes opacificadas. Neste grupo, 202 olhos foram vitrectomizados (8,9% com opacificações) e destes, 10 foram tamponados com silicone (1,9% com opacificações detectadas). Relativamente ao Grupo II, doentes nos quais tinha sido implantada uma lente hidrofóbica, de 1725 lentes implantadas, foram detectadas 1% de lentes com opacificações. Deste grupo, 528 doentes foram vitrectomizados (2,1% com opacificações) e destes, 32 foram tamponados com silicone (0% opacificações detectadas). Quanto às lentes hidrofílicas implantadas no grupo III, não foi possível fazer essa análise porque estas lentes não têm sido implantadas por nós. Quando foram constatadas as primeiras opacificações na superfície posterior da lentes, foram realizados, fora Fig. 3 Lente hidrofóbica opacificada, com alterações sugestivas do polímero da lente. Fig. 4 Lente de material desconhecido, demonstrando opacificações centrais na superfície e interior da lente. Fig. 5 A) Lente hidrofílica opacificada, com redução central da transparência e B) retinografia obtida por Optomap demonstrando projecção da sombra das opacificações na retina. 150 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

5 Opacificação de Lentes Intraoculares - A Propósito de 44 Casos Quadro 1 Número de doentes distribuídos por grupos consoante o material da lente implantada e cirurgias realizadas. Grupos Cirurgia catarata Cirurgia cat + CVR simult Cirurgia cat + CVR tempos diferentes Tamponamento com silicone Tempo até opacificação da LIO I (n=19) ,4±6,3 meses II (n=18) ,0±2,7 anos III (n=3) ,5±1,5 anos IV (n=4) Desconhecido do eixo visual, alguns disparos com laser YAG sobre os depósitos, na tentativa de os remover, mas sem qualquer sucesso. Quanto à medicação ocular após a cirurgia os fármacos mais usados foram as quinolonas, os corticóides e os antihipertensores oculares, nas primeiras duas semanas. DISCUSSão Os biomateriais usados na produção de lentes intraoculares, apesar de estudada a sua biocompatibilidade intraocular, podem, com o decorrer do tempo, sofrer alterações da transparência ou da estrutura por razões mal conhecidas e imprevisíveis. A ocorrência de tais opacificações, fundamentalmente nas lentes acrílicas hidrofílicas, tem sido relatada por diferentes autores e com diferentes marcas comerciais 3, 20, 10, 9, 26. As alterações das lentes podem ser descritas com base no aspecto biomicroscópico ou, se possível e justificável, com base no estudo histopatológico 11,17, na análise por microscopia electrónica de varrimento ou por espectroscopia com energia dispersiva 13, 9 da lente após o seu explante, de modo a caracterizar melhor a natureza dos depósitos. Segundo vários relatos, a maioria das opacificações deve-se a processos de calcificação das lentes 13,17, 9. Neuhann 16 propôs uma nova classificação para a calcificação das lentes intraoculares, após um estudo retrospectivo de 400 lentes explantadas. Este autor considerou a existência de 3 tipos de calcificação: a primária, relacionada unicamente com a lente (como alterações no polímero da lente, no processo de fabrico ou na embalagem); a calcificação secundária, associada a circunstâncias ambientais (como modificações do ambiente envolvente da lente ou doenças em que haja alterações da barreira hemato-aquosa); e a pseudocalcificação, relacionada com artefactos e uso incorrecto de corantes na identificação dos depósitos. Como exemplos do grupo de calcificações primárias estão os casos das lentes hidrofílicas Hydroview 1,0 IOL (Bausch&Lomb Surgical), Memory Lens (Ciba Vision), SC60B-OUV (Medical Developmental Research, agora EyeKon Medical),e Aqua-Sense (Ophthalmic Innovations International Inc) 22. No primeiro caso, a adição de silicone na embalagem da lente terá estado na base da opacificação. O mecanismo proposto foi a migração de silicone da embalagem para a superfície da lente que, ao ligar-se a ácidos gordos, poderá ter acelerado processos de calcificação 10,8. Relativamente à marca Memory Lens, os grânulos detectados na superfície das lentes, em alguns lotes (modelos U940A e U940S), foram atribuídos a alterações durante a fase de polimento da lente, com aumento da ligação proteica 15. Noutros modelos comerciais, a opacificação parece dever-se à acumulação de depósitos no interior da lente, como foram exemplos as lentes SC60B-OUV e Aqua-Sense. No primeiro caso foi sugerido a existência de alterações no polímero da lente e, no segundo, a presença de compostos residuais hidrossolúveis durante o fabrico da lente, os quais poderão ter induzido a calcificação 28,10. Mas as marcas comerciais envolvidas nos múltiplos relatos de opacificação têm modificado os processos de manufactura e embalagem das suas lentes 28, 10, 22. Relativamente ao grupo de calcificações de causa secundária, não tem sido fácil a associação a factores sistémicos ou oculares que sirvam de catalisadores / substratos à calcificação. Condições como a diabetes mellitus 12, o glaucoma, a hialosis asteróide 26, as uveítes ou complicações durante cirurgia de catarata 16 foram apontadas como situações possíveis de contribuir para a opacificação, apesar de não ser conhecido o mecanismo exacto subjacente. A calcificação dita distrófica, isto é, que ocorre com níveis normais de cálcio e fosfato, pode ocorrer em meios alterados, nomeadamente em situações de alcalinização, como em situações inflamatórias 2,24,7. Relativamente aos doentes agora estudados, tentou-se analisar quais os factores comuns, dentro e entre os diferentes grupos, que pudessem contribuir para a opacificação das lentes. Quanto às doenças sistémicas, como a diabetes mellitus e a hipertensão arterial, não parece terem tido Vol Nº 2 - Abril-Junho

6 Ana Travassos, Dídia Proença, Isaura Regadas, Joaquim Mira, Joaquim Murta, Rui Proença, António Travassos relevância nos resultados já que o número de doentes com estas patologias não foi significativo. Relativamente aos factores oculares, parece importante separar os doentes submetidos unicamente a cirurgia de catarata dos que foram submetidos a cirurgia de catarata e vitrectomia. Nestes últimos, o conteúdo da cavidade vítrea é modificado, nomeadamente com o tamponamento com silicone, podendo introduzir diferentes variantes (ph, electrólitos,...) no meio envolvente da lente e capazes de favorecer a calcificação. Após levantamento dos registos dos doentes submetidos a cirurgia de catarata ou a catarata e vitrectomia e tamponamento com silicone, realizados no Centro Cirúrgico (onde foram detectadas 43 lentes opacificadas), nos 3 tipos de lentes analisados foi encontrado um valor de opacificações superior no Grupo I relativamente ao Grupo II (3,5% vs 1%), o mesmo se verificando nos doentes vitrectomizados (8,9% no Grupo I e 2,1% no Grupo II). Dos doentes vitrectomizados do Grupo I, e tamponados com silicone, 1,9% apresentaram lentes opacificadas. Não foram encontradas alterações nos doentes do Grupo II tamponados com silicone. Quanto às lentes hidrofílicas implantadas no grupo III, não foi possível fazer essa análise porque estas lentes não têm sido implantadas por nós. Face a uma percentagem pequena de lentes opacificadas no total de lentes implantadas, este estudo suscita mais dúvidas do que hipóteses relativamente aos diferentes grupos, uma vez que devem ser considerados vários parâmetros. Comparativamente aos outros grupos, a vitrectomia foi realizada num maior número de doentes do primeiro grupo (18/19), bem como o tamponamento com silicone. Não podemos afirmar qual o peso de cada um dos procedimentos na contribuição para a calcificação e porque é que ocorreu nestes doentes e não noutros com as mesmas características de lente implantada e mesmas técnicas cirúrgicas. Poderá ser uma questão de tempo de seguimento ainda insuficiente? Alguns autores referem que o tamponamento com silicone induz respostas inflamatórias retinianas, com aumento de produção de macrófagos e até reacções de corpo estranho25,19. Também já foi relatado noutros trabalhos que as células inflamatórias, ao se depositarem em biomateriais, poderão funcionar como nichos para a calcificação5. O curto intervalo de tempo entre o implante da lente e a detecção da opacificação (18,4 ±4,9 meses) até poderia sugerir uma certa incompatibilidade entre a lente (de material hidrofílico com revestimento hidrofóbico) e o silicone, mas só 12 doentes foram tamponados com este material, pelo que outros factores tiveram de contribuir para a presença de depósitos na lente. As opacificações causadas pelos múltiplos depósitos justificaram uma indicação criteriosa para o explante de 6 lentes, em 6 doentes, até à data. A análise das LIO confirmaram tratar-se de depósitos superficiais de fosfato de cálcio e magnésio. Relativamente ao segundo grupo, com lentes hidrofóbicas, 7 doentes foram submetidos sómente a cirurgia de catarata e 11 a cirurgia de catarata e vitrectomia (com número de doentes quase idêntico entre cirurgia simultânea e em tempos operatórios diferentes). Não foi possível encontrar diferenças no tempo de opacificação entre estes dois subgrupos de doentes vitrectomizados, já que em 2 dos 5 doentes submetidos a cirurgia do segmento anterior e vitreo-retiniana em tempos operatórios diferentes, a vitrectomia foi prévia à cirurgia de catarata. O tipo de opacificação encontrado em todos os doentes deste grupo foi semelhante, menos significativo, comparativamente ao Grupo I, com aspecto enevoado ou manchado da lente, e com um tempo médio de aparecimento de 6,0±2,7 anos. O aspecto biomicroscópico é mais sugestivo de se tratarem de alterações do polímero da lente/ acumulação de depósitos no interior da lente. Até à data, ainda não foi realizado nenhum explante de lente neste grupo, por não parecer ter significado na qualidade visual destes doentes. Quanto ao Grupo III e IV, face ao reduzido número de doentes incluídos, não foram realizadas tentativas de interpretação de mecanismos subjacentes, mas o seu estudo serviu para realçar que a opacificação pode ter aspectos biomicroscópicos sobreponíveis em materiais diferentes. A medicação ocular usada, idêntica em todos os grupos, não nos parece ter grande papel no aparecimento dos depósitos, já que o uso de corticóides, antibióticos e anti- -hipertensores, após a cirurgia, é limitado a períodos muito curtos (geralmente até 2 semanas), com pouca correspondência temporal com o tempo de opacificação. Algumas considerações devem ainda ser feitas. Enquanto noutros relatos a variação da acuidade visual, atribuída unicamente à opacificação da lente, foi o principal factor na decisão do seu explante 23,1, neste estudo as acuidades visuais foram muito heterogéneas e, em muitos doentes, significativamente dependentes da patologia retiniana de base e/ou influenciadas pelo tamponamento com silicone. Deste modo, ponderou-se criteriosamente as vantagens e riscos cirúrgicos inerentes ao explante das lentes opacificadas nestes doentes (especialmente o risco de edema macular, descolamento e/ou redescolamento de retina, a síndroma UGH-Uveíte-Glaucoma-Hifema e a descompensação endotelial). Até à data foram substituídas 6 lentes, todas com número significativo de depósitos, e em que pareceu haver uma correlação relevante com queixas de deslumbramento e visão enevoada. Como intercorrências/complicações 152 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

7 Opacificação de Lentes Intraoculares - A Propósito de 44 Casos durante a substituição da lente, só houve a salientar a necessidade de colocação de uma lente de câmara anterior de suporte iridiano em 2 doentes, por ruptura/fragilidade extensa das zónulas. Durante os 3 meses de seguimento dos doentes com lente explantada, não se verificou nenhum redescolamento de retina. Não foi encontrada qualquer referência a aspectos médico-legais em nenhum dos artigos revistos sobre opacificação de lentes, mas parece fundamental a sua discussão pela importância que têm na prática clínica. Na literatura oftalmológica, o procedimento proposto após detecção de uma lente opacificada é a sua substituição. E quem deve pagar o procedimento cirúrgico? Temos conhecimento que o custo da cirurgia foi assegurado por alguns fabricantes de lentes. E no caso de um doente que necessita que a lente seja removida/implantada, e que tenha sido vítima de um traumatismo ocular do qual resulte responsabilidade civil ou criminal? A quem assiste a responsabilidade pela opacificação da lente? Não deverá a mesma ser partilhada na avaliação do dano? E quais deverão ser os critérios major para a substituição da lente? E se o doente tiver uma boa acuidade visual, com perda progressiva atribuível à diminuição da transparência da lente e, após a nova intervenção surgir um edema macular crónico, um descolamento ou um redescolamento da retina ou uma síndroma UGH por traumatismo da ansa no corpo ciliar? Sem querer complicar estas situações médico-legais, entende-se que é fundamental escrutinar todas as opacificações de lentes observadas e comunicá-las aos doentes, aos fabricantes das lentes e a todas a entidades oficiais superintendentes nesta matéria. Foi como procedemos. ConCLusões A opacificação das lentes intraoculares pode apresentar padrões morfológicos diferentes em materiais distintos. Os mecanismos subjacentes a este problema não são conhecidos e diversos factores devem ser consideradas no seu estudo. A importância clínica das opacificações é variável e a maioria pode não justificar a substituição da lente. No entanto, é fundamental que se melhore a biocompatibilidade dos materiais usados no fabrico das lentes intraoculares e se continuem a estudar cuidadosamente todas as possíveis interacções entre estes polímeros/revestimentos e a fisiopatologia ocular. Entretanto, deverá haver alguma precaução na utilização de lentes hidrofílicas de revestimento hidrofóbico. BIBLIOGRAfIA 1. Altaie R, Loane E, O Sullivan K, Beatty S. Surgical and visual outcomes following exchange of opacified Hydroview intraocular lenses. Br J Ophthalmol 2007;91: Anderson HC. Mechanisms of pathologic calcification. Rheum Dis Clin North Am 1988;14: Apple DJ, Werner L, Escobar-Gomes M, Pandley SK. Deposits on the optical surfaces of hidroview intraocular lenses. J Cataract Refract Surg 2000;26: Apple DJ, Werner L. Complications of cataract and refractive surgery: a clinicopathological documentation. Trans Am Ophthalmol Soc. 2001;99: Brockhurst RJ, Ward RC, Lou P, et al. Dystrophic calcification of silicone scleral buckling implant materials. Am J Ophthalmol 1993;115: Buchen SY, CunananCM, Gwon A, Weinschenk JL 3rd, Gruber L, Knight PM. Assessing intraocular lens calcification in an animal model. J Cataract Refract Surg 2001;27(9): Bucher PJ, Buchi ER, Daicker BC. Dystrophic calcification of an implanted hydroxyethylmethacrylate intraocular lens. Arch Ophthalmol 1995;113: Dorey MW, Brownstein S, Hill VE, et al. Proposed pathogenesis for the delayed postoperative opacification of the Hydroview hydrogel intraocular lens. Am J Ophthalmol 2003;135: Gungel H. Scanning electron microscopy and energy dispersive spectroscopy findings in explanted PMMA and hydrophilic acrylic intraocular lenses. Eur J Ophthalmol.2009 Jan-Feb;19(1): Izak AM, Werner L, Pandley SK, Apple DJ. Calcification of modern foldable hydrogel intraoculear lens designs. Eye 2003;17: Jiraskova N, Rozsival P, Kohout A. Opacification of hydrophilic acrylic intraocular lenses. Cesk Slov Oftalmol Nov; 63(6): Lee D, Seo Y, Joo C. Progressive opacification of hydrophilic acrylic intraocular lenses in diabetic patients. J Cataract Refract Surg.2002;28: Mak ST, Wong AC, Tsui Wm, Tse RK. Calcification of a hydrophilic acrylic intraocular lens: clinicopathological report. J Cataract Refract Surg 2008 Dec; 34(12): Mamalis N. Complications of foldable intraocular lenses requiring explantation or secondary intervention-2001 survey update. J Cataract Refract Surg.2002;28(12): Neuhann IM, Werner L, Izak AM et al.late postoperative opacification of a hydrophilic acrylic (hydrogel) Vol Nº 2 - Abril-Junho

8 Ana Travassos, Dídia Proença, Isaura Regadas, Joaquim Mira, Joaquim Murta, Rui Proença, António Travassos intraocular lens. A clinicopathological analysis of 106 explants. Ophthalmology 2004;111: Neuhann IM, Kleinmann G, Apple DJ. A new classification of calcification of intraocular lenses. Ophthalmology 2008;115: Neuhann IM, Neuhann TF, Szurman P, Koerner S, Rohrbach JM, Bartz-Schmidt KU. Clinicopathological correlation of three patterns of calcification in a hydrophilic acrylic intraocular lens. J Cataract Refract Surg Mar;35(3): Pandley SK, Werner L, Apple DJ, Kaskaloglu MM. Hydrophilic acrylic intraocular lens optic and haptics opacification in a diabetic patient: bilateral case report and clinicopathological correlation. Ophthalmology 2002;109: Parmley VC, Barishak YR, Howes EL, et al. Foreign- -body giant cell reaction to liquid silicone. Am J Ophthalmol 1986;101: Peng Q, Apple DJ, Arthur SN, Merrit JH, Escobar- -Gomez M, Hoddinott DS. Snowflake opacification of polymetylmethacrylate intraocular lens optic biomaterial: a newly described syndrome. Int Ophthalmol. Clin.2001;41(3): Ridley NHL. Artificial intraocular lenses after cataract extraction. St Thomas Hosp Rep. 1951;7: Rongé L. Clinical update: cataract ; Opacification of IOLs: A problema often misdiagnosed? EyeNet Magazine, 2005 ( /cataract.cfm). 23. Salera CM, Miranda RA, Reis PP, Guimarães MR, Campolina RB, Guimarães Q. Resultados da troca de lente intra-ocular de hidrogel opacificada. Arq Bras Oftalmol 2004;67: Schoen FJ, Harasaki H, Kim KM, et al. Biomaterial- -associated calcification: pathology, mechanism, and strategies for prevention. J Biomed Mater Res 1988;22 (suppl): Shaikh S, Egbert PR, Goldblum, et al. Granulomatous local cell reaction to intravitreal silicone. Arch Ophthalmol 2000;118: Stringham J, Werner L, Monson B, Theodosis R, Mamalis N. Calcification of different designs of silicone intraocular lenses in eyes with asteroid hyalosis. Ophthalmology 2010;117: Werner L, Apple DJ, Escobar-Gomes M, Ohrstrom A, Crayford BB, Bianchi R, et al. Postoperative deposition of calcium on the surfaces of a hidrogel intraocular lens. Ophthalmology 2000;107: Werner L, Apple DJ, Kaskaloglu M, Pandley S. Dense opacification of the optical componente of a hydrophilic acrylic intraocular lens. J Cataract Refract Surg 2001:27: Yu AK, Kwan KY, Chang DH, Fong DY. Clinical features of 46 eyes with calcified hydrogel intraocular lenses. J Cataract Refract Surg 2001;27: CONTACTO Avenida Dr. Dias da Silva, nº2, 1º andar Coimbra anatravassos1@gmail.com Sem interesses comerciais a declarar. 154 Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia

Resultados da troca de lente intra-ocular de hidrogel opacificada

Resultados da troca de lente intra-ocular de hidrogel opacificada Resultados da troca de lente intra-ocular de hidrogel opacificada Outcomes of opacified hydrogel intraocular lens exchange Cristina Moreira Salera 1 Raissa Aguiar Miranda 2 Pedro Paulo Leite dos Reis 3

Leia mais

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR ESTÁGIO DE MATURAÇÃO DAS CATARATAS DE CÃES ATENDIDOS NO SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL TANISE CARBONI DA SILVA 1, MAÍRA HAASE PACHECO 1, MELINA BARBBARA

Leia mais

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção Fascículo 6 Arranjo físico e fluxo O arranjo físico (em inglês layout) de uma operação produtiva preocupa-se com o posicionamento dos recursos de transformação. Isto é, definir onde colocar: Instalações

Leia mais

Survey de Satisfação de Clientes 2009

Survey de Satisfação de Clientes 2009 Survey de Satisfação de Clientes Fevereiro de 2010 Índice 1. Sumário Executivo 4 2. Metodologia 6 3. Estratificação da Amostra 7 4. Classificação das pontuações 8 5. Apresentação de Resultados das Urgências

Leia mais

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso

Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Norma Interpretativa 2 Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso Esta Norma Interpretativa decorre da NCRF 12 - Imparidade de Activos. Sempre que na presente norma existam remissões

Leia mais

Protocolos para exames complementares em oftalmologia

Protocolos para exames complementares em oftalmologia Protocolos para exames complementares em oftalmologia Regulamentar as indicações absolutas para a requisição dos 31 exames complementares oftalmológicos. É necessário entender que cada profissional poderá

Leia mais

MANUAL DE INSTRUÇÕES

MANUAL DE INSTRUÇÕES DIRECÇÃO GERAL DOS RECURSOS HUMANOS DA EDUCAÇÃO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MANUAL DE INSTRUÇÕES (APENAS PARA ESCOLAS) MANIFESTAÇÃO DE NECESSIDADES PARA COLOCAÇÕES CÍCLICAS ANO ESCOLAR

Leia mais

RECOMENDAÇÕES DA ANVISA PARA ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS:

RECOMENDAÇÕES DA ANVISA PARA ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS: RECOMENDAÇÕES DA ANVISA PARA ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS: Estas recomendações têm por objetivo orientar o setor regulado e o agente regulador quanto às provas que poderão ser realizadas em

Leia mais

Urgente: AVISO DE SEGURANÇA

Urgente: AVISO DE SEGURANÇA A Urgente: AVISO DE SEGURANÇA Designação Comercial do Lente Fáquica Alcon AcrySof CACHET Produto Referência/Data Tipo de Ação do folheto de instruções do produto Exmo. Dr.

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL Ana Rita Ramos 1 Cristina Silva 2 1 Departamento de Análise de Riscos e Solvência do ISP 2 Departamento de Estatística e Controlo de Informação do ISP As opiniões

Leia mais

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE

Departamento de Engenharia Civil, Materiais de Construção I 3º Ano 1º Relatório INDÍCE INDÍCE 1- Introdução/ Objectivos... 2- Análise Granulométrica... 2.1- Introdução e descrição dos ensaios... 2.2- Cálculos efectuados, resultados encontrados e observações... 2.3- Conclusão... 3- Ensaio

Leia mais

Ministério das Finanças Instituto de Informática. Departamento de Sistemas de Informação

Ministério das Finanças Instituto de Informática. Departamento de Sistemas de Informação Ministério das Finanças Instituto de Informática Departamento de Sistemas de Informação Assiduidade para Calendários Específicos Junho 2010 Versão 6.0-2010 SUMÁRIO 1 OBJECTIVO 4 2 ECRÃ ELIMINADO 4 3 NOVOS

Leia mais

Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical

Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical Mobilidade na FEUP Deslocamento Vertical Relatório Grupo 515: Carolina Correia Elder Vintena Francisco Martins Salvador Costa Sara Palhares 2 Índice Introdução...4 Objectivos...5 Método...6 Dados Obtidos...7

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

CEGUEIRA E CATARATA. Perguntas e respostas

CEGUEIRA E CATARATA. Perguntas e respostas CEGUEIRA E CATARATA Perguntas e respostas Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira 14. O que torna a pessoa cega? Somado aos acidentes e defeitos

Leia mais

A consulta foi analisada pela Câmara Técnica de Oftalmologia do CFM, que emitiu seu parecer, o qual adoto na íntegra:

A consulta foi analisada pela Câmara Técnica de Oftalmologia do CFM, que emitiu seu parecer, o qual adoto na íntegra: PROCESSO-CONSULTA CFM nº 24/13 PARECER CFM nº 17/13 INTERESSADO: Dr. F.J.M.C ASSUNTO: Cirurgia bilateral no mesmo ato cirúrgico RELATOR: Cons. José Fernando Maia Vinagre EMENTA: Não há elementos definitivos

Leia mais

CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA DA NEFAB (tradução para Português)

CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA DA NEFAB (tradução para Português) CONDIÇÕES GERAIS DE VENDA DA NEFAB (tradução para Português) Válidas desde 10-10-2005 Em caso de discrepância entre a versão inglesa e a tradução portuguesa das condições gerais de venda, ou em caso de

Leia mais

Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012

Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012 Alterações ao Código do Trabalho A partir de 1 de Agosto de 2012 A Lei nº 23/2012, de 25 de Junho procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro. Principais

Leia mais

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Descrição

Leia mais

M Pesa. Mobile Banking Quénia

M Pesa. Mobile Banking Quénia M Pesa Mobile Banking Quénia Total de população do Quénia 43 Milhões 10 Milhões 22 Milhões O Quénia, apresenta actualmente uma população de 43 milhões de habitantes, dos quais cerca de 10 milhões tem acesso

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 526/XI

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 526/XI Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 526/XI 5ª ALTERAÇÃO À LEI Nº 13/99, DE 22 DE MARÇO (REGIME JURÍDICO DO RECENSEAMENTO ELEITORAL), COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA LEI Nº 3/2002, DE 8 DE JANEIRO,

Leia mais

Procedimentos de Gestão de Sinistros Automóvel

Procedimentos de Gestão de Sinistros Automóvel Procedimentos de Gestão de Sinistros Automóvel I Início e Instrução do Processo 1.1. Participação do Acidente Deve ser feita em impresso de Declaração Amigável de Acidente Automóvel (DAAA), ou através

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO Morrem mais brancos por causa naturais e negros por motivos externos. A s estatísticas de morbidade e mortalidade têm sido utilizadas por epidemiologistas, demógrafos

Leia mais

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO

MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO MECANISMO DE ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE NO ARMAZENAMENTO SUBTERRÂNEO DE GÁS NATURAL FEVEREIRO 2008 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS Rua Dom Cristóvão da Gama n.º 1-3.º 1400-113 Lisboa Tel.: 21

Leia mais

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Índice Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Como efectuar uma operação de confirmação de estimativas? Como aceder ao Serviço de Certificação

Leia mais

NÚMERO: 006/2011 DATA: 27/01/2011 Diagnóstico Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética

NÚMERO: 006/2011 DATA: 27/01/2011 Diagnóstico Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 006/2011 DATA: 27/01/2011 Diagnóstico Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética Conselhos Directivos das Administrações Regionais

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS

MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS Informação n.º 27/2009 22 09 2009 MEDIDAS DE PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR NA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA ASSOCIADOS AO CRÉDITO À HABITAÇÃO O Decreto Lei n.º 222/2009, de 11 de Setembro, estabelece

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

http://www3.esvilela.pt/exames-nacionais

http://www3.esvilela.pt/exames-nacionais http://www3.esvilela.pt/exames-nacionais PROVAS FINAIS DO ENSINO BÁSICO (3º CICLO) 2014 QUAL O OBJETIVO E A QUEM SE DESTINAM AS PROVAS FINAIS? As provas finais de Língua Portuguesa e Matemática do 9º ano

Leia mais

PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009

PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009 PORTARIA Nº 177, DE 14 DE SETEMBRO DE 2009 DODF de 17.09.2009 O SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o inciso X do artigo 204 do Regimento Interno,

Leia mais

Exactidão da medição

Exactidão da medição Exactidão da medição Valores energéticos e grau de rendimento dos inversores fotovoltaicos do tipo Sunny Boy e Sunny Mini Central Conteúdo Qualquer operador de um sistema fotovoltaico deseja estar o mais

Leia mais

Autoria: Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR).

Autoria: Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR). Diretriz de tratamento da Catarata Autoria: Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR). Participantes: Dr. Armando

Leia mais

- Unidade de Saúde Familiar Vimaranes

- Unidade de Saúde Familiar Vimaranes CARTA DE COMPROMISSO - Unidade de Saúde Familiar Vimaranes Modelo A A Administração Regional de Saúde (ARS), IP do Norte, representada pelo seu Presidente, Dr. Alcindo Maciel Barbosa e a Unidade de Saúde

Leia mais

CENSOS 2001 Análise de População com Deficiência Resultados Provisórios

CENSOS 2001 Análise de População com Deficiência Resultados Provisórios Informação à Comunicação Social 4 de Fevereiro de 2002 CENSOS 2001 Análise de População com Deficiência Resultados Provisórios A disponibilização destes resultados provisórios dos Censos 2001 sobre a população

Leia mais

Prescrição de Antibióticos em Medicina Dentária: estudo piloto. Ana Sofia Oliveira, MPharm MSc Mara Pereira Guerreiro, PharmD PhD PgDip

Prescrição de Antibióticos em Medicina Dentária: estudo piloto. Ana Sofia Oliveira, MPharm MSc Mara Pereira Guerreiro, PharmD PhD PgDip Prescrição de Antibióticos em Medicina Dentária: estudo piloto Ana Sofia Oliveira, MPharm MSc Mara Pereira Guerreiro, PharmD PhD PgDip 10 de Maio de 2014 INTRODUÇÃO Os an.microbianos revolucionaram o tratamento

Leia mais

Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina

Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina O Setor de Retina da Divisão de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP(HCRP-FMRP-USP) está

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 060/2012

PROJETO DE LEI Nº 060/2012 PROJETO DE LEI Nº 060/2012 Dispõe sobre a obrigatoriedade da realização do exame para diagnóstico da retinopatia da prematuridade, TESTE DO OLHINHO, nos recém-nascidos, antes da alta hospitalar, em Hospitais

Leia mais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais

Entendimento do ICP-ANACOM. Originação de chamadas nas redes móveis nacionais Entendimento do ICP-ANACOM Originação de chamadas nas redes móveis nacionais I. Enquadramento Os serviços de originação de chamadas prestados pelos operadores móveis nacionais são definidos como os serviços

Leia mais

Localização dos inquéritos de rua para Arroios e Gulbenkian

Localização dos inquéritos de rua para Arroios e Gulbenkian Project IAAPE Pedestrian Accessibility and Attractiveness Indicators: Tool for Urban Walkability Assessment and Management Working Paper No. WP-8 Localização dos inquéritos de rua para Arroios e Gulbenkian

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 300/2014 Antiangiogênicos e fotocoagulação a laser para tratamento de retinopatia diabética

RESPOSTA RÁPIDA 300/2014 Antiangiogênicos e fotocoagulação a laser para tratamento de retinopatia diabética RESPOSTA RÁPIDA 300/2014 Antiangiogênicos e fotocoagulação a laser para tratamento de retinopatia diabética SOLICITANTE DR BRENO REGO PINTO Juizado Especial da Comarca de Monte Santo de Minas/MG NÚMERO

Leia mais

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab)

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a edema macular secundário a oclusão da veia retiniana (OVR) Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis

Leia mais

Estúdio de Fotografia sala 47

Estúdio de Fotografia sala 47 Manual de Procedimentos: Estúdio de Fotografia sala 47 Descrição: O estúdio de fotografia é um espaço comum, onde poderão desenvolver trabalhos todos os alunos e docentes da ESAD.CR que pretendam fotografar

Leia mais

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011

Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião. Junho 2011 Certificado energético e medidas de melhoria das habitações Estudo de opinião Junho 2011 Objectivos Avaliar se os indivíduos que habitam em casas já certificadas, conhecem o respectivo certificado energético

Leia mais

Modelos de gestão: eficiência, acessibilidade e clinical governance. Pedro Pita Barros

Modelos de gestão: eficiência, acessibilidade e clinical governance. Pedro Pita Barros Modelos de gestão: eficiência, acessibilidade e clinical governance Pedro Pita Barros Agenda Introdução Desafios à gestão hospitalar Um aspecto concreto: acordos de partilha de risco com a indústria farmacêutica

Leia mais

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO relatório de contas 2 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS 3 4 FEUP - 2010 RELATÓRIO DE CONTAS DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009.

CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009. CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009. NOME DA INSTITUIÇÃO: COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL AUDIÊNCIA PÚBLICA Nº 010/2009 : Contribuições de 12/03/2009

Leia mais

ARTº 1º (ÂMBITO) ARTº 2º (REQUERIMENTO DE APLICAÇÃO DO ESTATUTO)

ARTº 1º (ÂMBITO) ARTº 2º (REQUERIMENTO DE APLICAÇÃO DO ESTATUTO) REGULAMENTO DO ESTATUTO APLICÁVEL AOS ESTUDANTES PORTADORES DE DEFICIÊNCIA Conselho Científico (Deliberação CC-47/2008 de 26 de junho) 11 07 2012 01 ARTº 1º (ÂMBITO) O presente regulamento aplica-se aos

Leia mais

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE

TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR PEDIÁTRICO DA REGIÃO NORTE NORMAS DE ACTIVAÇÃO E CRITÉRIOS DE TRANSPORTE O sistema de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) foi formalmente criado por protocolo entre

Leia mais

1. Quais as novas medidas de apoio para as pessoas sobreendividadas?

1. Quais as novas medidas de apoio para as pessoas sobreendividadas? Novos apoios a pessoas sobreendividadas Perguntas & Respostas 18 de Março de 2009 1. Quais as novas medidas de apoio para as pessoas sobreendividadas? As medidas hoje apresentadas visam criar novos mecanismos

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835 Directriz de Revisão/Auditoria 835 Abril de 2006 Certificação do Relatório Anual sobre os Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados (ICAE) no Âmbito da Actividade Seguradora Índice INTRODUÇÃO 1 4

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Glaucoma. O que é glaucoma? Como acontece?

Glaucoma. O que é glaucoma? Como acontece? Glaucoma O que é glaucoma? Glaucoma é uma doença crônica do olho (que dura toda a vida), que ocorre quando há elevação da pressão intra-ocular (PIO), que provoca lesões no nervo ótico e, como conseqüência,

Leia mais

DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24

DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24 DC24 - Empreendimentos Conjuntos (1) Directriz Contabilística nº 24 Índice 1. Objectivo 2. Definições 3. Tipos de empreendimentos conjuntos 3.1. Operações conjuntamente controladas 3.2. Activos conjuntamente

Leia mais

Serviço Nacional de Saúde

Serviço Nacional de Saúde Informação de Custos dos Cuidados de Saúde Serviço Nacional de Saúde A Informação de custos dos Cuidados de Saúde é uma iniciativa do Ministério da Saúde, de abrangência nacional, enquadrada no Programa

Leia mais

REGULAMENTO N.º ---/SRIJ/2015 REGRAS DE EXECUÇAO DAS APOSTAS DESPORTIVAS À COTA EM QUE OS JOGADORES JOGAM UNS CONTRA OS OUTROS

REGULAMENTO N.º ---/SRIJ/2015 REGRAS DE EXECUÇAO DAS APOSTAS DESPORTIVAS À COTA EM QUE OS JOGADORES JOGAM UNS CONTRA OS OUTROS REGULAMENTO N.º ---/SRIJ/2015 REGRAS DE EXECUÇAO DAS APOSTAS DESPORTIVAS À COTA EM QUE OS JOGADORES JOGAM UNS CONTRA OS OUTROS O Regime Jurídico dos Jogos e Apostas online (RJO), aprovado pelo Decreto-Lei

Leia mais

Análise do Relatório Doing Business 2016

Análise do Relatório Doing Business 2016 CTA-CONFEDERAÇÃO DASASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE Análise do Relatório Doing Business 2016 esengo@cta.org.mz Novembro, 2015 1 O Banco Mundial divulgou recentemente o relatório Doing Business 2016,

Leia mais

SAMUO APP: MANUAL DO ADMINISTRADOR

SAMUO APP: MANUAL DO ADMINISTRADOR as novas tecnologias ao serviço do desenvolvimento de projectos w w w. i m a d i p. c o m CABO VERDE: REALIZAÇÃO DE UMA ACÇÃO- PILOTO PARA A MELHORIA DA GESTÃO NUM GABINETE TÉCNICO SELECCIONADO OFITEC

Leia mais

A conclusão do Curso de Mestrado Integrado em Medicina implica a obtenção da aprovação no Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina.

A conclusão do Curso de Mestrado Integrado em Medicina implica a obtenção da aprovação no Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina. Divisão Académica Núcleo de Gestão Curricular ANEXO NORMAS PARA A REALIZAÇÃO DO TRABALHO FINAL DO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA ARTIGO 1.º ÂMBITO A conclusão do Curso de Mestrado Integrado em Medicina

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840

Manual do Revisor Oficial de Contas. Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840 Projecto de Directriz de Revisão/Auditoria 840 PROJECTO DE DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 840 Março de 2008 Relatório Sobre os Sistemas de Gestão de Riscos e de Controlo Interno das Empresas de Seguros

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA. Sumário 1. Resumo executivo... 2. 1.1 Recomendação... 2

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE (LUCENTIS ) NA RETINOPATIA DIABÉTICA. Sumário 1. Resumo executivo... 2. 1.1 Recomendação... 2 Nota Técnica 94/2013 Data: 15/06/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Solicitante: Dr. José Hélio da Silva 4ª Vara Cível da Comarca de PousoAlegre - MG Processo número:0103076-29.2013 TEMA:

Leia mais

Deliberação n.º 939/2014, de 20 de março (DR, 2.ª série, n.º 75, de 16 de abril de 2014)

Deliberação n.º 939/2014, de 20 de março (DR, 2.ª série, n.º 75, de 16 de abril de 2014) (DR, 2.ª série, n.º 75, de 16 de abril de 2014) Aprova o formulário de notificação, a efetuar ao INFARMED, I. P., e orientações sobre a prática de reprocessamento de dispositivos médicos de uso único pelo

Leia mais

Como proceder à renovação ou à confirmação de dados estimados

Como proceder à renovação ou à confirmação de dados estimados Como proceder à renovação ou à confirmação de dados estimados Para efectuarem qualquer operação de certificação (ex: confirmação de dados estimados, renovação da certificação), as empresas devem aceder

Leia mais

Dr. Renato Neves CATARATA

Dr. Renato Neves CATARATA Dr. Renato Neves CATARATA O cristalino é uma lente natural localizada no interior dos olhos, atrás da íris, e, juntamente com a córnea, é responsável pela convergência dos raios de luz para retina, formando

Leia mais

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 029/2014 PORTAL FPT Abertura aos atletas

OFICIAL DA ORDEM MILITAR DE CRISTO MEDALHA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E BONS SERVIÇOS. Circular n.º 029/2014 PORTAL FPT Abertura aos atletas Circular n.º 029/2014 PORTAL FPT Abertura aos atletas Exmo. Sr. Presidente, Após muitos meses de desenvolvimento e melhorias contínuas na nova plataforma informática onde se inclui o amplamente divulgado

Leia mais

ISO 9001:2008. A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000:

ISO 9001:2008. A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000: A International Organization for Standardization (ISO) publicou em 2008-11- 14 a nova edição da Norma ISO 9000: ISO 9001:2008 Esta nova edição decorre do compromisso da ISO em rever e actualizar as Normas,

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 701 Directriz de Revisão/Auditoria 701 RELATÓRIO DE AUDITORIA ELABORADO POR AUDITOR REGISTADO NA CMVM SOBRE INFORMAÇÃO ANUAL Fevereiro de 2001 ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1-4 OBJECTIVO 5-6 RELATÓRIO DE AUDITORIA

Leia mais

Figurativa: aquela constituída por desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e número, isoladamente.

Figurativa: aquela constituída por desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e número, isoladamente. MARCA O que é marca? É um sinal visualmente perceptível, usado para identificar e distinguir certos bens e serviços produzidos ou procedentes de uma específica pessoa ou empresa. As marcas podem ser: Nominativa:

Leia mais

MATRÍCULA ELECTRÓNICA. Manual do Utilizador

MATRÍCULA ELECTRÓNICA. Manual do Utilizador MATRÍCULA ELECTRÓNICA Manual do Utilizador ÍNDICE 1 PREÂMBULO... 2 2 UTILIZAÇÃO PELOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO... 3 2.1 Matrícula Electrónica - Acesso através do Portal das Escolas... 3 2.2 Registo de

Leia mais

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas OBJECTVOS: Avaliar a capacidade do/a professor(a) de integrar esta abordagem nas actividades quotidianas. sso implicará igualmente uma descrição

Leia mais

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 300 ÍNDICE

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 300 ÍNDICE Directriz de Revisão/Auditoria 300 PLANEAMENTO Junho de 1999 ÍNDICE Parágrafos Introdução 1-4 Planeamento do Trabalho 5-8 Plano Global de Revisão / Auditoria 9-10 Programa de Revisão / Auditoria 11-12

Leia mais

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Projecto Mexa-se em Bragança Organização: Pedro Miguel Queirós Pimenta Magalhães E-mail: mexaseembraganca@ipb.pt Web: http://www.mexaseembraganca.ipb.pt

Leia mais

PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA LIGA DE OFTALMOLOGIA EM CIDADE DO INTERIOR GOIANO

PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA LIGA DE OFTALMOLOGIA EM CIDADE DO INTERIOR GOIANO PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA LIGA DE OFTALMOLOGIA EM CIDADE DO INTERIOR GOIANO CREPALDI JÚNIOR, Luís Carlos 1 ; BARBOSA, Camila Caetano de Almeida 1 ; BERNARDES, Guilherme Falcão 1 ; GODOY NETO, Ubiratan

Leia mais

1 Introdução. 2 Exemplo de aplicação

1 Introdução. 2 Exemplo de aplicação Os problemas da utilização de métodos de simulação de cargas térmicas e consumo energético na auditoria energética para verificação dos Requisitos Energéticos dos edifícios por Luís Roriz e Alexandre Gonçalves

Leia mais

Madeira. Bens e serviços. Açores. Taxa Taxa intermédia. Observações / Legislação reduzida

Madeira. Bens e serviços. Açores. Taxa Taxa intermédia. Observações / Legislação reduzida F i s c a l i d a d e TOC 86 - Maio 2007 Para determinar a taxa aplicável nas operações relacionadas com as Regiões Autónomas são chamados os critérios constantes do artigo 6. do Código do IVA, por força

Leia mais

Extinção da empresa por vontade dos sócios

Extinção da empresa por vontade dos sócios Extinção da empresa por vontade dos sócios A dissolução de uma sociedade por deliberação dos sócios pode fazer-se de várias formas, designadamente de forma imediata, com liquidação simultânea, com partilha,

Leia mais

GLAUCOMA APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÉNITA

GLAUCOMA APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÉNITA GLAUCOMA APÓS CIRURGIA DE CATARATA CONGÉNITA Catarina Pedrosa, Inês Coutinho, Cristina Santos, Mário Ramalho, Susana Pina, Isabel Prieto Estágio de Glaucoma Dr. Esperancinha, Dr. Fernando Vaz, Dr. Paulo

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados

CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DOS AGREGADOS FAMILIARES PORTUGUESES COM MENORES EM IDADE ESCOLAR Alguns resultados Os dados apresentados resultam do estudo: "Caracterização Social dos Agregados Familiares Portugueses

Leia mais

Jornal Oficial da União Europeia

Jornal Oficial da União Europeia 6.2.2003 L 31/3 REGULAMENTO (CE) N. o 223/2003 DA COMISSÃO de 5 de Fevereiro de 2003 que diz respeito aos requisitos em matéria de rotulagem relacionados com o modo de produção biológico aplicáveis aos

Leia mais

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015

Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015. Amélia Estevão 10.05.2015 Radiology: Volume 274: Number 2 February 2015 Amélia Estevão 10.05.2015 Objetivo: Investigar a vantagem da utilização da RM nos diferentes tipos de lesões diagnosticadas na mamografia e ecografia classificadas

Leia mais

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PAVIMENTO NO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO.

AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PAVIMENTO NO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO. AVALIAÇÃO DO EFEITO DO PAVIMENTO NO RUÍDO DE TRÁFEGO RODOVIÁRIO. CARLOS GUERRA AUTO-ESTRADAS DO ATLANTICO, S.A.. FERNANDO PALMA RUIVO DIRECTOR TÉCNICO, CERTIPROJECTO, Lda. DIVISÃO DE ACÚSTICA APLICADA

Leia mais

NCRF 19 Contratos de construção

NCRF 19 Contratos de construção NCRF 19 Contratos de construção Esta Norma Contabilística e de Relato Financeiro tem por base a Norma Internacional de Contabilidade IAS 11 - Contratos de Construção, adoptada pelo texto original do Regulamento

Leia mais

CÂMARA TÉCNICA - 4ª REUNIÃO: QUALIFICAÇÃO DA ENTRADA DE BENEFICIÁRIOS EM PLANOS DE SAÚDE: DOENÇAS OU LESÕES PREEXISTENTES

CÂMARA TÉCNICA - 4ª REUNIÃO: QUALIFICAÇÃO DA ENTRADA DE BENEFICIÁRIOS EM PLANOS DE SAÚDE: DOENÇAS OU LESÕES PREEXISTENTES CÂMARA TÉCNICA - 4ª REUNIÃO: QUALIFICAÇÃO DA ENTRADA DE BENEFICIÁRIOS EM PLANOS DE SAÚDE: DOENÇAS OU LESÕES PREEXISTENTES A fraude prevista em lei é saber que está doente e não declarar, e não ter a doença

Leia mais

Telerrastreio Dermatológico Dermatologia. Teleconsulta Médicos do Serviço Nacional de Saúde Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs.

Telerrastreio Dermatológico Dermatologia. Teleconsulta Médicos do Serviço Nacional de Saúde Departamento da Qualidade na Saúde (dqs@dgs. NÚMERO: 005/2014 DATA: 08/04/2014 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: Telerrastreio Dermatológico Dermatologia. Teleconsulta Médicos do Serviço Nacional de Saúde Departamento da Qualidade na Saúde

Leia mais

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010

Classes sociais. Ainda são importantes no comportamento do consumidor? Joana Miguel Ferreira Ramos dos Reis; nº 209479 17-10-2010 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Ciências da Comunicação Pesquisa de Marketing Docente Raquel Ribeiro Classes sociais Ainda são importantes no comportamento

Leia mais

Acordo ibero-americano sobre o uso da videoconferência na cooperação internacional entre sistemas de justiça

Acordo ibero-americano sobre o uso da videoconferência na cooperação internacional entre sistemas de justiça Acordo ibero-americano sobre o uso da videoconferência na cooperação internacional entre sistemas de justiça Os Estados ibero-americanos signatários este Acordo, doravante designados por as Partes, Manifestando

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

COMUNICAÇÃO AOS MEMBROS

COMUNICAÇÃO AOS MEMBROS PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão das Petições 22.4.2010 COMUNICAÇÃO AOS MEMBROS Assunto: Petição 0434/2006, apresentada por Marco Neves da Silva, de nacionalidade portuguesa, sobre normas de segurança

Leia mais

Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos

Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos Maria João Valente Rosa* Análise Social, vol. xxxiii (145), 1998 (1. ), 183-188 Notas sobre a população a propósito da evolução recente do número de nascimentos O número de nascimentos em Portugal tem

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 3 Gestão de capital de giro Introdução Entre as aplicações de fundos por uma empresa, uma parcela ponderável destina-se ao que, alternativamente, podemos chamar de ativos correntes, ativos circulantes,

Leia mais

Relatório Final de Actividade. Ano Lectivo 2010/2011

Relatório Final de Actividade. Ano Lectivo 2010/2011 Relatório Final de Actividade Ano Lectivo 2010/2011 A) DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE DESIGNAÇÃO: (+) APOIAR_MEDIAÇÃO DE CONFLITOS RESPONSÁVEIS: LICÍNIO PEREIRA E MARTHA FERNANDES LOCAL: ESCOLA EB 2,3 DIOGO

Leia mais