todo mundo precisa... o que é desenvolvimento sustentável?

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3 todo mundo precisa... o que é desenvolvimento sustentável? Todo mundo precisa comer. É do alimento que retiramos energia para as nossas atividades e matéria-prima para o corpo crescer, desenvolver e combater doenças. Todo mundo precisa de água. A água constitui o nosso corpo, mata a nossa sede e ainda serve para a gente se divertir. Todo mundo precisa da natureza. Ela nos fornece alimentos, substâncias para os medicamentos, energia e muitos produtos que usamos. Ela nos encanta e nos inspira. Mas como produzir alimentos para a população humana (somos mais de 7,2 bilhões hoje e seremos 9,6 bilhões em 2050!) e ainda conservar a natureza? É possível? Sim! É possível e necessário. Com planejamento e técnicas adequadas, é possível que a agricultura e a pecuária produzam de forma sustentável. Para isso, é preciso construir uma nova forma de pensar e agir, em que meio ambiente e produção de alimentos não fiquem em lados opostos. Venha pensar com a gente sobre este assunto! Contamos com sua parceria em todo livro, feito especialmente para você entender como é possível produzir alimentos e preservar a natureza. E aí, vamos começar? Todo mundo quer uma vida boa, com emprego, comida e lazer. Queremos bem-estar e não há nada de errado nisso. É notável que a vida tem melhorado nos últimos anos, o problema é que estamos fazendo isso consumindo produtos em excesso, desperdiçando água, poluindo rios, desmatando e emitindo gases que promovem o aquecimento da Terra. Por conta disso, algumas pessoas começaram a se perguntar: se continuarmos agindo dessa maneira, como será o mundo daqui a alguns anos? As respostas não foram animadoras... Todos perceberam que uma forma de vida que agride o planeta iria prejudicar aqueles que ainda vão nascer. A partir dessa preocupação surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável. Esse conceito apareceu pela primeira vez em 1987, no relatório chamado Nosso Futuro Comum, fruto de um debate internacional com a participação de pessoas realmente preocupadas com o planeta. Nesse documento, desenvolvimento sustentável foi definido como: Aquele que satisfaz as necessidades da geração atual sem comprometer as gerações futuras de satisfazerem as próprias necessidades Com sua sabedoria de homem do campo, o Seu Vicente, nosso amigo agricultor, também tem uma definição. Para ele: Desenvolvimento sustentável é quando a gente trabalha e usa a natureza, mas cuida dela para aqueles que ainda vão nascer. 4 5

4 Pelas duas definições dá para entender que para um desenvolvimento ser realmente sustentável, não basta se preocupar só com o presente. Temos que pensar no futuro, pensar no planeta que deixaremos para as próximas gerações. É necessário ter em mente que as ações de hoje podem comprometer negativamente a vida de muitos que ainda vão nascer e ninguém quer que isso aconteça, concorda?! O que cada um pode fazer? A primeira coisa é se informar, entender o problema. Ações simples, como economizar água e não desperdiçar comida, são bem vindas. Você também pode plantar hortas e pomares, pois assim terá verduras, legumes e frutas frescos, que não terão se deslocado por longas distâncias, consumindo combustíveis poluidores da atmosfera. Também é possível promover agricultura e pecuária sustentáveis. O problema é que muitas das práticas agrícolas e industriais brasileiras não se preocuparam, e ainda não se preocupam, com o uso excessivo dos recursos naturais. As consequências diretas são os impactos ambientais, como o desmatamento, as queimadas, a erosão, a poluição da água, só para citar alguns. Daí vem a percepção de que agricultura e pecuária não combinam com preservação ambiental. O problema é que se pensarmos assim, chegaremos a um impasse: ou cuidamos da natureza ou produzimos alimentos. Mas esse não é o melhor caminho para ninguém, pois todos precisamos de comida e de uma natureza conservada. Como resolver esse impasse? Fazendo planejamento! Com o uso de técnicas corretas e respeito às leis ambientais, é possível sim que a agricultura e a pecuária utilizem os recursos naturais de forma adequada. Para ajudar a gente a entender isso, teremos a ilustre participação do Seu Vicente, que sabe como ninguém produzir alimentos respeitando a natureza. o que é produção sustentável? O Seu Vicente é reconhecido na região por ter uma fazenda produtiva, por cuidar do meio ambiente e por ser um bom patrão. Como ele conseguiu isso? Buscando informação e se dedicando a fazer o que é correto, preocupando-se com o hoje e com o amanhã. O que o Seu Vicente promove é uma produção sustentável. A sua fazenda dá lucro, o meio ambiente é preservado e as pessoas, tanto de sua família como os trabalhadores, são bem cuidadas. Este livro apresenta algumas das boas práticas agropecuárias que garantem o uso adequado dos recursos naturais. Mas é importante lembrar que essas práticas incluem outros princípios, como assegurar boas condições de trabalho para os funcionários, bem estar animal e higiene durante todo o processo de produção. 6 7

5 Produzir de forma sustentável exige que a biodiversidade e os recursos naturais sejam protegidos e que as pessoas sejam respeitadas e tenham qualidade de vida. Para isso acontecer, o produtor rural deve adotar boas práticas agropecuárias em sua propriedade. Visite a fazenda do Seu Vicente e aprenda mais sobre as boas práticas agropecuárias! 8

6 Seu Vicente se preocupa muito com o solo da sua propriedade, pois como ele mesmo diz É da terra que retiro o sustento da minha família. Mas Seu Vicente já teve problemas no passado. Quando ele comprou a propriedade, havia várias voçorocas, aqueles grandes buracos causados por erosão. O proprietário anterior havia cortado as árvores e deixado o solo sem vegetação. Veio a chuva forte, lavou a terra e aos poucos os buracos foram aparecendo. E todo mundo sabe que lugar onde tem voçoroca, é terra perdida. Quando tem erosão no terreno, muita gente deixa para lá e desmata novas áreas, uma atitude que não contribui com o meio ambiente. Seu Vicente não fez isso! Ele agiu e recuperou as áreas degradadas, plantando mudas que cresceram e formaram uma nova cobertura vegetal. Hoje ele se orgulha e mostra para todo mundo a área recuperada, que se transformou num pasto com muitas árvores que dão sombra para o gado. Tem até um balanço para o Paulinho, filho do Vicente e da Sônia, que adora brincar lá! A erosão causa prejuízos ao produtor rural porque o solo fica mais pobre e as plantações mais vulneráveis ao ataque de pragas. Com isso, a produtividade diminui, o produtor deixa de ganhar dinheiro e perde qualidade de vida. O problema ainda se estende: o solo carregado pelas chuvas vai se acumulando no fundo dos rios e dos córregos. Como consequência, esses cursos d água suportam menos água e acabam transbordando, causando enchentes. O processo de acúmulo de solo e outros detritos nos leitos dos corpos d água é chamado de assoreamento. 11

7 E tem solução para a situação? Solução sim, mas o melhor mesmo é a prevenção. Para não ocorrer a erosão no solo da propriedade, o agricultor e o pecuarista devem adotar algumas técnicas, assim como faz o Seu Vicente: Fazer o plantio direto, com a terra protegida pelas palhas e cascas das plantações anteriores, nunca deixando o solo totalmente exposto; Plantar em curva de nível, impedindo que a água escorra com muita velocidade, o que carrega muita terra e nutrientes do solo. Essa técnica deve ser utilizada em terrenos íngremes; Fazer a rotação de culturas, pois mudar os tipos de cultivos ao longo do ano favorece o aumento de matéria orgânica. O solo fica mais estável porque a terra não fica rala, a água não passa correndo e as raízes ficam mais firmes. Há ainda uma atitude essencial para a prevenção da erosão: a preservação da vegetação natural. As áreas de Cerrado e Floresta evitam o desgaste do solo e impedem que grande quantidade de terra chegue aos cursos d água. A água é essencial para a vida. Água poluída não serve para ninguém e para nada. Seu Vicente sabe disso muito bem, tanto que é um defensor das nascentes, dos córregos e dos rios! Paulinho, que adora nadar no córrego, também já aprendeu que é preciso cuidar da água. Vicente adotou na sua propriedade medidas para minimizar a erosão e proteger as áreas de vegetação natural ao longo dos córregos. Também fez cercas ao redor das nascentes para evitar que o gado se aproxime e pisoteie a área. Outras medidas importantes são: Evitar o desperdício de água em todas as atividades da propriedade, inclusive na irrigação; Se for necessário usar os agroquímicos, aplicar de forma correta para não contaminar os cursos d água. 12

8 Colocar fogo sem autorização para renovar pastagem e queimar lixo são atos extremamente prejudiciais ao meio ambiente e às pessoas. Além de perigoso, o fogo diminui a fertilidade do solo e a produtividade, pode causar grandes incêndios florestais, polui o ar, causa a morte de bichos e plantas e pode queimar a propriedade de vizinhos. Há muito tempo Seu Vicente não promove uma queimada, mas quando fez, adotou todas essas medidas. Ele ainda continua mantendo os aceiros para se proteger das queimadas naturais, aquelas provocadas pelos raios e que ocorrem nas regiões de Cerrado. Se for realmente necessário usar fogo na propriedade, cuidados devem ser tomados para que a queimada seja controlada. Fazer aceiros ao redor da área a ser queimada: os aceiros são porções de terra sem material que pega fogo e que evita a propagação do incêndio; Solicitar à Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA) a autorização para a queimada, assim como treinamento e equipamento; Avisar a brigada de incêndio mais próxima do município e solicitar a participação; Avisar a comunidade e reunir vizinhos e amigos para ajudarem no controle do fogo; Usar luvas, botas e abafadores de fogo para proteger as pessoas; Fazer a queimada em horários mais frescos do dia e a favor do vento. O IBAMA orienta que o aceiro deve ser feito com no mínimo três metros de largura. Se o aceiro for destinado a proteger a vegetação nativa ou imóveis de vizinhos, deve ser feito com largura mínima de seis metros. A SEMA disponibiliza um roteiro para a solicitação da queima controlada. Basta acessar e ir no link Queimada. 14 Em caso de queimadas avise a brigada de incêndio

9 Os agricultores temem que suas plantações sejam atacadas por pragas ou doenças. Com Seu Vicente não é diferente, pois ele sabe que isso é prejuízo na certa. Atento como ele é, fica de olho nos cultivos, sempre monitorando as pragas. Seu Vicente utiliza uma estratégia chamada Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP) que usa técnicas para aumentar a morte natural das pragas que causam prejuízos econômicos. Ao adotar o MIP, menos agroquímicos são utilizados. Seu Vicente diminui os problemas causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente e ainda faz economia. Na propriedade, o Seu Vicente adota as seguintes técnicas: Faz a rotação de culturas, quebrando o ciclo das pragas ao eliminar a fonte de alimento durante um período; Compra sementes resistentes ao ataque de pragas e doenças; Planeja o plantio e a colheita para épocas em que há menos infestação; Verifica a principal praga da plantação e incentiva a reprodução de inimigos naturais, atraindo-os ou introduzindo-os na plantação; Faz uso de armadilhas plásticas para controlar as pragas. Somente quando as técnicas ao lado não geram os efeitos esperados, o Seu Vicente faz uso dos agroquímicos. Para isso, consulta um agrônomo para comprar o produto adequado. Ele fez um curso para aprender a aplicar os agroquímicos e possui todos os equipamentos de segurança individual (EPIs) necessários para se proteger. No curso, Seu Vicente aprendeu que: Não se pode fumar, beber ou comer durante a diluição do agroquímico; O aplicador nunca deve mexer o produto com as mãos desprotegidas; O trabalhador rural nunca deve aplicar o agroquímico sem os EPIs; É necessário retirar os EPIs com cuidado para que as partes contaminadas não toquem no corpo; É obrigatório tomar banho depois da aplicação; Nunca se deve usar EPIs danificados, como calças e jalecos rasgados; É necessário lavar os EPIs com sabão em água corrente e secar à sombra. 16

10 Esses cuidados são necessários para que o agroquímico não entre em contato com o corpo, evitando intoxicações e doenças. Vicente sabe que também é preciso cuidar do meio ambiente, das pessoas e dos animais de sua propriedade. Por isso, ele: Só usa agroquímicos quando necessário; Nunca aplica os agroquímicos próximo aos cursos d água e da casa; Não permite que crianças e animais fiquem na área durante e depois da aplicação dos agroquímicos; Armazena o agroquímico de forma adequada, lava as embalagens vazias e leva até o ponto de coleta da cidade. Alguns dos EPIs são: luvas, óculos, avental, botas, respirador, calça e jaleco. Eles devem ser utilizados pelo aplicador e variam de acordo com o agroquímico. Para verificar qual equipamento usar, basta consultar as instruções no produto. 19

11 O Seu Vicente integrou lavoura e pecuária em sua propriedade, utilizando uma mesma área para o plantio de grãos e para o gado. Na época da chuva ele plantou milho, enquanto o gado comeu ração e silagem de mandioca. Depois da colheita do milho ele plantou pastagem. Na época da seca, o gado já tinha pasto verdinho para comer. Com a integração do milho com a pastagem, o Seu Vicente observou muitas vantagens: Aumento na produtividade da pastagem e, consequentemente, melhor engorda do gado; Melhoria da fertilidade do solo; Controle da erosão; Recuperação da pastagem, que antes estava degradada. O nosso amigo Vicente aprendeu a criar gado com o seu pai, que aprendeu a criar com o pai dele. A pecuária está na família há muitos anos, e deve continuar por muitos outros, pois Paulinho já está aprendendo esse ofício. Mas a criação de gado nem sempre gerou bons rendimentos. Vicente lembra que nas épocas mais secas seu pai ficava muito triste, pois faltava pasto para o gado. Ele não queria passar por isso. Também não queria fazer como outros proprietários da região que exploravam o pasto até ele ficar improdutivo, depois largavam e abriam novas áreas. Isso sempre incomodou o Vicente. Se a terra é boa, por que as pastagens ficam sem qualidade? Ele pesquisou e pediu ajuda de alguns técnicos para entender a questão. O problema é que na forma tradicional de criar o gado, o produtor rural deixa os animais por um longo período na mesma área. As gramíneas que formam a pastagem não conseguem se recuperar e muitas vezes acontece até erosão. Vicente aprendeu que com a técnica de Manejo Sustentável de Pastagem ele conseguiria recuperar o pasto e ganhar mais dinheiro. Para isso, é importante: O Seu Vicente ficou bastante satisfeito com a técnica, pois teve aumento nos lucros. Houve também a recuperação da pastagem e, com isso, não houve a necessidade de desmatar e abrir novas áreas. Com menos desmatamento, mais natureza preservada, mais casa para os bichos, mais água de qualidade, mais vida! Analisar o número de cabeças adequado para o pasto, para não haver muito nem pouco gado; Selecionar o capim que melhor se adapta à região; Fazer rotação de pastagem: ele divide o pasto em área de uso e área de descanso. Enquanto uma área é usada, o capim da outra se recupera. 21

12 Vicente tem orgulho da recuperação ambiental que fez em sua propriedade. Mas o xodó dele é o cerradinho, como ele mesmo gosta de chamar. Lá tem pequizeiro, baru, pé de cagaita, buriti, murici, mangaba... Trata-se de uma área dentro da propriedade do Seu Vicente, a Reserva Legal, que por lei não pode ser alterada. Na propriedade passa um córrego e ao lado dele o Vicente deixou a mata intacta, assim como manda a lei. Essa floresta é uma Área de Preservação Permanente e também não pode sofrer alterações. O Seu Vicente e a família sabem que o Cerrado e a Floresta embelezam a fazenda, ajudam a manter a qualidade do solo e da água e ainda são a casa de muitos bichos. Como não cuidar de algo tão importante?! E tem mais: Dona Sônia, esposa do Seu Vicente, colhe frutos e semente e faz muitas coisas gostosas: galinhada com pequi, broa de baru, geleia de murici, doce de buriti... Deu até água na boca! Paulinho adora as gostosuras feitas pela mãe! Paulinho aprendeu na escola que no Brasil há uma lei, o Código Florestal Brasileiro, que trata da proteção da vegetação nativa. Nesse documento há normas que definem as áreas a serem protegidas, como as Áreas de Preservação Permanente e a Reserva Legal, que não podem ser desmatadas nem queimadas. Elas são protegidas por lei e devem ser respeitadas. Muitas pessoas nem entram nas áreas protegidas porque pensam ser proibido. Mas não é bem assim. Nessas áreas é permitido realizar algumas atividades, como o extrativismo sustentável. No extrativismo sustentável é permitido retirar frutos e parte das plantas, desde que isso não cause a morte delas. Caso os produtos sejam comercializados, é preciso obter uma autorização do governo. Dona Sônia, por exemplo, retira frutos do cerradinho para fazer coisas gostosas. Prendada como ela só, também usa a palmeira de buriti para fazer cestos, bolsas, vassouras, brinquedos e muito mais, sempre com planejamento para não prejudicar as plantas. 22

13 Paulinho aprendeu que existem maneiras de aproveitar a Reserva Legal e as Áreas de Preservação Permanente sem prejudicar a natureza. Ele adora brincar com seus amigos de pique-esconde no Cerradinho e chupar murici no pé. Usos permitidos e não permitidos das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal* Usos Permitidos Coletar produtos florestais não madeireiros, como frutos, sementes, folhas, flores e raízes; Coletar frutos, óleos, resinas, cipós, bambus e cascas; Fazer uso recreativo que não cause dano ao meio ambiente, como trilhas ou nadar em córregos e rios; Realizar pesquisa científica. Usos Não Permitidos Matar e caçar animais nativos do Brasil, incluindo o consumo de ovos; Pescar espécies de peixes não permitidas ou em tamanho menor do que o estipulado; Cortar árvores de Floresta e de Cerrado; Provocar incêndios. Por que implementar as boas práticas agropecuárias? A fazenda do Seu Vicente é um excelente modelo de como é possível produzir certo, promovendo a produção de alimentos, a conservação do meio ambiente e a responsabilidade social. Aprendemos com ele e sua família que as boas práticas agropecuárias conservam o solo e a água, aumentam a produtividade e o lucro, respeitam o meio ambiente e promovem o bem-estar das pessoas. Nos últimos tempos, Seu Vicente começou a escutar sobre o REDD+, uma proposta internacional para a Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal. A ideia é que os produtores que mantiverem a vegetação nativa de pé recebam incentivos, inclusive financeiros. Tudo isso porque a Floresta e o Cerrado conservados retiram da atmosfera o dióxido de carbono, o principal gás envolvido nas mudanças climáticas globais. O REDD+ é mais uma iniciativa que visa o desenvolvimento sustentável. Seu Vicente, que é antenado, já percebeu que o REDD+ um dia pode vir a beneficiar a sua família. Viu?! Nada como estar informado! *Em caso de dúvida, consulte o órgão ambiental competente antes de exercer qualquer atividade nessas áreas protegidas. 24

14 muito a aprender... e a ensinar! Neste livro contamos com a presença especial do Seu Vicente, que nos ofereceu uma aula sobre as boas práticas agropecuárias e conservação do meio ambiente. Com sua sabedoria de homem do campo, ele deixou uma carta para todos nós: Baixo Araguaia, 05 de junho de 2014 caça-palavras Chegou a hora de mostrar o que você aprendeu com o Seu Vicente e sua família! Abaixo estão escondidas 10 palavras importantes que apareceram ao longo da cartilha. Ajude o Seu Vicente a encontrá-las! Querido leitor, Não importa se você mora na cidade, no campo ou perto dele. Todo mundo é responsável pelo meio ambiente. São nossas ações do dia a dia que causam impactos ou ajudam a melhorar o nosso planeta. Nestes muitos anos na lida no campo, aprendi muito com o meu pai, com meu trabalho diário e com os cursos que fiz. Sim! Sou da roça, mas também gosto de estudar, pois como diria minha mãe Aprender não ocupa espaço, meu filho. Eu aprendi que, como tudo na vida, o trabalho no campo exige planejamento. Planejando definimos de forma adequada a Reserva Legal e as Áreas de Preservação Permanente. É por conta do planejamento que escolho técnicas corretas e minha propriedade produz mais, dá mais lucro. O solo fica conservado, não tenho problemas de erosão e contaminação de água. Com isso, é mais dinheiro para a família. A natureza também agradece, pois não preciso abrir mais áreas para fazer plantações e nem pasto. O planejamento está até no cuidado que tenho comigo, com minha família e com meus funcionários. E tem mais uma coisa que aprendi desde menino com os meus pais: o respeito. Pensar que as ações que tomo em minha propriedade podem afetar a vida das pessoas, é respeito. Pensar que tenho que cuidar da minha família, mas que não posso esquecer que logo chegarão as futuras gerações, é respeitar quem ainda vai nascer. Cuidar da natureza, do planeta Terra é mais do que respeito. É sabedoria! E aí, meus amigos e amigas? Vamos juntos cuidar do nosso planeta? Você pode começar divulgando tudo o que aprendeu ao ler os livros desta coleção. Quem ensina, aprende em dobro. Pode ter certeza! Com carinho, Seu Vicente e r s i f j h U g p n a s c e n t e q f p c a s b c e r z L b e v o ç o r o c a u i t r l g r s e r r r q s h r a ã r x i o u j b z i o r e t n a t u r e z a s i p g f a z e n d a f l o r e s t a o r 26

15 o passeio de francisco Francisco precisava ir à fazenda do Seu Vicente para trocar umas ideias sobre técnicas agrícolas. Claro que ele também iria aproveitar para tomar aquele cafezinho especial da Dona Sônia. Reúna seus amigos, separe um dado e alguns grãos diferentes para jogar. Bom jogo! 29

16 respostas caça-palavras Horizontal: nascente voçoroca natureza fazenda floresta Vertical: buriti aceiro terra erosão cerrado 30

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