O SILÊNCIO E AS PALAVRAS - E O SILÊNCIO DAS PALAVRAS NO DISCURSO BÍBLICO

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1 O SILÊNCIO E AS PALAVRAS - E O SILÊNCIO DAS PALAVRAS NO DISCURSO BÍBLICO Luana Cimatti ZAGO (UEM) 1 Introdução Há um modo de estar em silêncio que corresponde a um modo de estar no sentido e, de certa maneira, as próprias palavras transpiram silêncio (ORLANDI, 2007, p. 11). É fazendo uso das palavras de Eni Orlandi que chamo a atenção para a proposta deste artigo de refletir acerca das relações palavra/silêncio/sentido, destacando o silêncio em suas diferentes formas. É sabido que o homem, em termos de espécie, é um ser que se diferencia dos demais devido sua a capacidade racional. Ele pensa, associa, lembra, faz abstrações. Dito de outra forma, é um ser simbólico, dotado da capacidade de simbolizar, e é isso o que faz a todo momento. Dito ainda de uma forma mais linguística, no sentido disciplinar do termo, o homem significa. Ele dá sentido ao mundo ou obtém do mundo o seu sentido ou, ainda, constrói no e com o mundo os sentidos. Fato é que não é possível ser homem, ser-se, por assim dizer, enquanto ser consciente de sua existência, sem significar, sem fazer parte do mundo dos sentidos. Com vistas nisso, tomando todos os cuidados para não tropeçar em nenhuma afirmação herética do ponto de vista da Linguística, a palavra, grosso modo, pode ser entendida como a materialização ou uma das formas de dessa capacidade simbólica, haja vista linguagem e pensamento serem dois contínuos que se fundem no homem a tal ponto que fica difícil separar um do outro ou definir os limites que os cercam, se é que há limites entre um e outro. 1 Mestranda (bolsista CNPq) em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).

2 Por meio da palavra, o homem materializa seu pensamento, compartilha-o, manifesta-o, num processo que sugere um caminho de dentro para fora. É também por meio da palavra que o homem produz seu pensamento, simboliza, internaliza, significa, num processo que sugere um caminho de fora para dentro. Assim, é comum entender a palavra como o pano de fundo em que o homem atua para produzir sentidos. Quanto ao silêncio, é comum entendê-lo como o vazio da palavra, o nada, o sem sentido, o intervalo do som, o oco do sentido. Longe de pretender mergulhar em discussões filosóficas acerca da linguagem, saliento esse estado do homem de condenado a significar para tomar não só a palavra como produtora de sentido, mas também, e sobretudo, conforme elabora Orlandi (2007), o silêncio. Para cumprir a proposta deste artigo escolho por objeto de análise um discurso bíblico, uma situação de interação entre Jesus e uma mulher grega, registrado no evangelho segundo escreveu Mateus. Para este estudo, toma-se por base o que elaborou Orlandi (2007) sobre as formas do silêncio, de modo a privilegiar a forma que a autora denomina de política do silêncio, e suas subdivisões, quais sejam, o silêncio constitutivo e o silêncio local ou censura. Este artigo organiza-se da seguinte maneira: na primeira seção são feitas algumas considerações teóricas acerca da palavra e os sentidos, bem como do silêncio e os sentidos. Na segunda seção, tem-se uma breve análise do discurso bíblico registrado no capítulo quinze do evangelho de Mateus considerando as palavras e o silêncio na construção dos sentidos. Na terceira seção, são feitas as considerações finais destacando os principais pontos do movimento dos sentidos no discurso ora estudado. 1. Breves considerações teóricas 1.1 A palavra e os sentidos

3 À parte de qualquer definição de língua já elencada pela Linguística ao longo de todos esses anos de pesquisa desde o século XIX com o estudo das línguas românicas e germânicas e, depois, mais especificamente após Saussure até os dias de hoje é irrefutável que a língua é um organismo vivo sobre o qual os falantes atuam. Evidente que quando se faz tal afirmação, se privilegia determinados pontos de vistas, por exemplo, o enunciativo, em que o sujeito ganha papel preponderante. E se falamos em sujeito, falamos em subjetividade. É na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui como sujeito; porque só a linguagem fundamenta na realidade, na sua realidade que é a do ser, o conceito de ego. 2 Possenti (2001) pontua que todo uso de linguagem é subjetivo. Ao fazermos uso da palavra, não estamos apenas colocando o sistema em uso, como alguém que se apropria da língua, mas estamos nos colocando como sujeitos de uma atividade, a atividade linguageira. Estamos falando, portanto, de uma atividade não apropriativa, mas constitutiva. Assim, o produto dessa atividade não são apenas declarações, descrições ou relatos constativos, mas enunciados plenos de pressuposições, implicaturas... enfim, significações. Isso porque todo dito traz as marcas discursivas do sujeito, escolhidas em função de sua intencionalidade 3. Ao dizermos algo, dizemos para um determinado fim, dizemos para que signifique, para que se construa um sentido. Não somente o que dizemos significa, mas como dizemos, para quem dizemos, onde dizemos, quando dizemos e quem é o eu que diz. O sentido do dito não está, portanto, restrito ao sistema linguístico, mas é composto por todo o cenário que constitui o dito. E esse contexto vulgarmente aqui chamado de cenário é fator sine qua non tanto no que diz respeito às atividades de produção quanto no que concerne às de interpretação. 2 BENVENISTE, Émile. Da subjetividade da linguagem. Em Problemas de lingüística geral I. 2ª Ed. Campinas: Pontes, 1988, p Sabe-se que na Análise do Discurso não se fala em intenção, mas em intencionalidade, porque não se tem controle dos efeitos de sentidos produzidos. Ver PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi et al. 4ª ed. Campinas: Ed. Unicamp, 2009, 288p.

4 A Linguística, a fim de estudar os processos e os efeitos dos dizeres, propõe ferramentas, cuja instrumentalidade não se estriba no funcionamento linguístico em si, mas na relação recíproca que o sujeito e esse funcionamento estabelecem. Mas além da palavra e das condições de produção, há um outro elemento igualmente importante na composição dos sentidos e invariavelmente presente em todo o discurso, o silêncio. É sobre ele que falaremos a seguir. 2.2 O silêncio e os sentidos Não se pode pensar o sentido sem silêncio (ORLANDI, 2007, p. 166). Para Orlandi (2007), longe de ser um vazio, uma ausência de marca linguística, o silêncio, em sua instância primeira, é garantia do movimento de sentidos, é o fundo. A linguagem é a figura. Ele é em si, essencialmente, carregado de sentido. Por isso, ele não fala, significa. Nas palavras da autora, é matéria significante por excelência 4. No imaginário social, o silêncio não é visto sob uma perspectiva otimista, pelo contrário, ele é réprobo, incômodo por se pensar ser nada. Assim, procura-se usar a palavra para calar o silêncio, por se pensar calar o nada, porque o nada propriamente dito é, por excelência, o vazio. Esse nada, porém, é um nada que se multiplica em sentidos, quanto mais silêncio se instala, mais possibilidades de sentidos se apresentam 5. Aí jaz uma premissa do discurso, sua incompletude, a qual não se configura somente pelos muitos sentidos produzidos na trama das palavras, mas também pelos muitos sentidos produzidos pelo continuum do silêncio. O silêncio, não se deve querer interpretar, recomenda Orlandi (ibdem), e sim compreender, porque ele não é interpretável, é compreensível. Não se pode traduzi-lo em palavras. Compreender o silêncio implica explicitar o modo pelo qual ele significa 6, ou ainda, 4 Ibdem, p Ibdem, p Ibdem, p. 50.

5 conhecer os modos de significação que ele põe em jogo 7, já que ele não nos oferece marcas formais, mas traços, pistas. É importante salientar que o silêncio tem suas formas. Com base em Orlandi (ibdem), registramos, aqui, duas delas. A primeira é o silêncio fundante ou fundador, trata-se do princípio de toda significação. É o real da significação, o fundo, o que torna a significação possível. É a condição para o sentido. Não se trata do silêncio físico, do oco, do vazio, da concepção vulgar de silêncio, mas dessa continuidade que é o silêncio sobre a qual o sujeito 8 se move no processo de significação. Diz respeito ao fato de que antes de ser palavra o sentido já foi silêncio 9. Em suma, o silêncio fundante está relacionado à afirmativa que abriu esta seção, de que não se pode pensar o sentido sem silêncio. A segunda forma é a política do silêncio, envolve um processo de dizer para não dizer. Essa categoria é subdivida em duas: o silêncio constitutivo e o silêncio local. No silêncio constitutivo, temos um dito tentando silenciar um não-dito. Ao dizer, estamos sempre deixando de dizer outros sentidos. É um dizer e um silenciar simultâneos. Orlandi (ibdem) explica que não se trata de uma forma de calar mas de fazer dizer uma coisa, para não deixar dizer outras. 10 Nesse sentido, toda palavra não somente diz, mas cala. Dito de outro modo, todo dizer silencia algum sentido naturalmente. No silêncio local, temos o interdito, aquilo que não se pode dizer em uma conjuntura dada. É o caso da censura por exemplo. Trata-se de um silêncio imposto não para fazer calar, mas para impedir de sustentar outro discurso. Nas palavras da autora é a interdição da inscrição do sujeito em formações discursivas determinadas 11. Por essa razão, a censura mexe diretamente com a identidade do sujeito. Sabe-se que a inscrição em uma dada formação discursiva ocorre pelo processo de identificação do sujeito. Uma vez impedido de inscrever-se em uma dada formação discursiva, o sujeito tem sua identidade afetada, está 7 Ibdem. 8 Neste estudo, o termo sujeito será usado sempre em referência ao sujeito-do-discurso, do qual nos fala Pêcheux (2009). 9 Orlandi, 2007, p Ibdem, p Ibdem, p. 76.

6 impedido de incorporar aqueles sentidos. Partindo do princípio de que a formação discursiva determina o que pode e deve ser dito 12, a censura se configura, segundo Orlandi (ibdem), pelo que não pode e não deve ser dito. Tendo isso em vista, a autora define: ela [a censura] é a interdição manifesta da circulação do sujeito, pela decisão de um poder de palavra fortemente regulado 13. Numa definição mais específica, a autora pondera: (...) a censura é um processo que não trabalha apenas a divisão entre dizer e não-dizer mas aquela que impede o sujeito de trabalhar o movimento de sua identidade e elaborar a sua história de sentidos; a censura é então entendida como o processo pelo qual se procura não deixar o sentido ser elaborado historicamente para não adquirir força identitária, realidade social etc. (ORLANDI, 2007, p. 168) Uma vez consideradas, ainda que brevemente e de maneira rasa, as palavras e o silêncio no movimento dos sentidos, partimos para a análise do objeto deste estudo. 2. As palavras e o silêncio no discurso bíblico: um recorte discursivo dos tempos de Jesus O discurso referido inicia-se no versículo vinte e um e vai até o versículo vinte e oito do capítulo quinze do evangelho de Mateus 14 : Partindo Jesus dali 15, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas 12 Pêcheux, Orlandi, 2007, p Bíblia Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Atualizada. 15 O dêitico, dali, referencia o contexto anterior, o capítulo catorze. O lugar correspondente ao dali é Genezaré. O versículo trinta e quatro do capítulo quatorze relata: Tendo passado para o outro lado, alcançaram terra em Genezaré

7 da casa de Israel. Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã. Um aspecto bastante saliente neste texto é a referência à mulher como sendo cananéia. O mesmo episódio relatado no evangelho segundo escreveu Marcos refere-se à mulher como sendo siro-fenícia. Para compreendermos a relevância desse fato, é necessário ressaltar alguns aspectos históricos. Não pretendo ater-me a essa comparação entre os evangelistas, mas vale esclarecer a diferença para melhor compreensão do texto. A referência à mulher como cananéia indica que ela não fazia parte do povo judeu, ou seja, era gentílica. Os gentios, como são chamados os não-judeus no Novo Testamento, não gozavam de prestígios para com os judeus, já que somente os judeus eram tidos como o povo da aliança 16, o povo escolhido por Deus. Além de gentílica, a mulher era da descendência dos cananeus, inimigos ancestrais dos judeus. Por isso eram absolutamente desprezados pelos judeus. Levando em consideração seu público alvo, os judeus (cf. Tenney 2008), ao usar esse termo, Mateus deixa evidente ao leitor a posição inferior em que aquela mulher estava. Já Marcos escreve seu evangelho para os romanos (cf. Tenney 2008), logo, não teria relevância (sociocultural e religiosa) identificá-la como cananéia, por isso esse evangelista a identifica por meio de sua origem geográfica, a região da Fenícia. Ao retomarmos as premissas básicas da Análise do Discurso de orientação francesa 17, doravante AD, de que não há discurso sem sujeito e não há sujeito sem ideologia, porque que não há sujeito que não seja afetado ideologicamente; de que o discurso é o lugar onde as ideologias acontecem; de que é a ideologia que recruta sujeito entre indivíduos; de que a 16 Uma referência à aliança abraâmica, registrada no capítulo quinze do livro de Gênesis da Bíblia Hebraica ou Antigo Testamento. 17 Considera-se, aqui, como premissas da Análise do Discurso de orientação francesa, a perspectiva teórica de Michel Pêcheux, um dos principais precursores, senão o principal, da disciplina. Ver PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi et al. 4ª ed. Campinas: Ed. Unicamp, 2009.

8 interpelação ideológica envolve práticas através e sob uma ideologia, e não ideias, nota-se neste elemento linguístico, cananéia, a materialização de uma ideologia sectária. Uma ideologia com a qual os judeus se identificavam. Outro fator histórico importante é a situação da mulher no primeiro século. O historiador Daniel-Rops (2008) esclarece que a mulher tinha uma vida de anonimato, tanto social quanto culturalmente, e também diante da lei. Era absolutamente impróprio um israelita conversar com uma mulher na rua, ainda que ela fosse sua mãe. A mulher era severamente submissa ao marido, a quem devia total fidelidade, e não tinha o direito de esperar o mesmo dele. Sua posição na sociedade era inferior em todos os aspectos. Nas ruas e templos, deviam ficar a uma certa distância dos homens, ainda que fossem seus próprios maridos e familiares. De modo geral, sua vida se restringia aos limites de sua casa. As janelas deveriam ter grades para não serem vistas. Perante a lei a mulher era considerada menor e irresponsável. Alguns livros da época apócrifos retratam a mulher como um ensejo à fornicação. Muitos homens demonstravam verdadeiro desprezo ou aversão à mulher. A informação dada pelo autor, E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, evidencia a situação desprezível daquela mulher. O contexto histórico nos revela que além de todos os aspectos sociais e culturais que giravam em torno do fato de ela ser mulher, havia o fator religioso, que também a inferiorizava. Tendo isso em vista, é inevitável não recuperar mais uma premissa da AD, a saber, sua perspectiva historicista, em que as condições de produção são imprescindíveis para a compreensão do discurso. E ao recuperamos o caráter historicista da AD, evocamos, de modo automático, os conceitos de pré-construído e articulação, entendidos por Pêcheux como os dois elementos do interdiscurso 18. O primeiro, como definiu o autor, remetendo-se àquilo que todo mundo sabe ; o segundo, ao como todo mundo sabe, como todo mundo pode ver. Elementos 18 Pêcheux, 2009, p. 150.

9 que permitem o efeito de sustentação no já-dito, dando condição de existência ao interdiscurso. 19 Pode-se afirmar, então, que o efeito de sentido produzido pelo discurso, nesse momento, é garantido pelo texto em sua forma, a materialidade do signo mulher cananeia e sua historicidade, ou seja, tal efeito de sentido é produzido pelo que a palavra fala. Não se pode, contudo, deixar de considerar o que ela cala. Se todo sentido é constituído de silêncio, como vimos acima, mulher cananéia silencia qualquer possibilidade do leitor (judeu) encontrar nela alguma dignidade. Assim, podemos falar no silêncio constitutivo, aquele que correspondente à política do silêncio, em que ao dizer algo, se está, necessariamente, não dizendo outros sentidos. Atentando para o movimento das palavras e do silêncio na produção dos sentidos, nota-se que ao dizer Filho de Davi, a mulher evidencia que aquele a quem ela pede ajuda é reconhecido por ela como o messias 20 esperado, o filho prometido por Deus. Isso porque a expressão Filho de Davi ou Raiz de Davi é utilizada na Bíblia, inclusive no Antigo Testamento, justamente para se referir a Jesus, já que esse era da descendência davídica. É a palavra, a forma, o signo materializando a ideologia com a qual o sujeito se identifica, qual seja, a ideologia messiânica. Mais uma vez, temos os elementos do interdiscurso, préconstruído e articulação, permitindo que o efeito de sentido seja compreendido socialmente. Nota-se também, nesse dizer da palavra, o sentido no silêncio, o sentido naquilo que ela não diz. Ela não se dirige ao seu interlocutor pelo nome ou por algum título comum para a época dado a pessoas que faziam discípulos, como mestre ou rabi. O silêncio constitutivo de Filho de Davi impede qualquer outro sentido de ser evocado. 19 Não se pretende, aqui, ater-se a definições de conceitos-chave de Pêcheux, e consequentemente da AD, como pré-construído, articulação, interdiscurso. Parte-se do princípio de que tais conceitos são conhecidos do leitor. Se não, ver Pêcheux Tendo em vista os registros bíblicos, havia uma forte expectativa messiânica, não somente entre os judeus, mas em toda a região da Palestina. Para maiores detalhes ver DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de Jesus, 3ª ed. São Paulo, Vida Nova, 2008.

10 Após expor ao seu interlocutor (Jesus) o motivo que a leva até ele, segue-se um silêncio, o silêncio em sua forma mais clássica, o silêncio de ausência de palavras: Ele, porém, não lhe respondeu palavra. Orlandi (2007) afirma que estar em silêncio é uma das formas de estar no sentido. O que significaria esse silêncio? É improvável que o interlocutor tenha ficado em silêncio por não ter escutado, visto que a mulher falava em alta voz clamava, conforme registra o autor e aqueles que estavam próximos a ele escutaram e manifestaram-se dizendo: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. Esse seria um indicativo de que Jesus também teria escutado. É possível entender esse silêncio como rejeição, desprezo, indiferença devido aos fatores religiosos, sociais e culturais já abordados acima. Esse argumento parece ser corroborado, quando Jesus diz aos discípulos Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ao dizer isso, o sujeito Jesus Cristo demonstra ser interpelado pela ideologia que concebe apenas os judeus como dignos de receberem ajuda da parte de Deus. Em outras palavras, é como se ele dissesse eu vim para ajudar os israelitas (eles são as ovelhas perdidas), e não qualquer outro povo. Aquela mulher não era israelita, portanto não pertencia à casa de Israel, logo, não poderia receber qualquer tipo de ajuda de Jesus. Essa lhe era uma identificação interditada. Partindo do princípio da censura, de interdição do sujeito de se inscrever numa dada formação discursiva, temos aqui o que eu chamaria de traços de censura. Traços porque discursivamente ainda não houve configuração da censura propriamente dita, mas há um forte clima de censura, por assim dizer. Não se pode afirmar categoricamente que a mulher tenha escutado essa fala de Jesus, já que ele andava, geralmente, cercado de pessoas (curiosos, discípulos, doentes, religiosos, espiões políticos etc) e o autor nos dá a ideia de que ela estava a uma certa distância, vem clamando atrás de nós, Ela, porém, veio e o adorou, todavia a tradução do texto grego sobre a qual me baseio (Almeida Revista e Atualizada) traz a conjunção adversativa porém, Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me!, o que nos faz inferir que, provavelmente, ela o ouviu e, mesmo diante daquela rejeição, não se importou em pedir ajuda, agora explicitamente, utilizando a forma linguística socorre-me!. Por dizer socorre-me! ela não está apenas pedindo ajuda, mas expressando submissão e

11 reconhecimento de que ele pode ajudá-la. O termo adorou, de certo modo, reforça essa ideia, pois nos remete a uma situação de servo e senhor. Ela se coloca em posição inferior elevando seu interlocutor a uma posição superior. No discurso, Jesus representa a cura, aquele que tem o poder de curar. No entanto, a resposta para o seu pedido é uma negação, Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos, e chega a parecer uma negação ofensiva. Infere-se que (1) ela não é filha para poder comer o pão; (2) ele é quem está sob o controle da situação, quem obtém o poder, pois ele é quem dá o pão, isto é, concede dádivas; (3) ela não é digna de receber o que ele tem para dar, seria um desperdício. Conforme já mencionado, paira sobre esse discurso uma ideologia que discrimina judeus de cananeus, sendo esses últimos marginalizados e considerados não dignos de receber qualquer tipo de ato de benevolência. Aqui, o locutor, um judeu, aquele de quem a mulher esperava, e não somente esperava, mas clamava por uma ação benevolente, qual seja, a cura de sua filha, deixa evidente a situação marginalizada dos cananeus, uma vez que ele os compara a cachorrinhos, enquanto que os judeus são chamados de filhos. A fala dos discípulos a Jesus Despede-a, pois vem clamando atrás de nós também transparece tal ideologia discriminatória. A partir dessa fala de Jesus, Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos, acentua-se a interdição da mulher cananeia na formação discursiva que lhe permita obter uma dádiva. Eis a censura. Ela, enquanto sujeito interpelado por uma ideologia que a inscreve na formação discursiva dos cananeus, os cachorrinhos, não pode, não deve inscrever-se na formação discursiva dos filhos, dos da casa de Israel, ou seja, ela não tem direito a nenhuma bênção. O termo cachorrinhos era com frequência usado pelos judeus para se referirem aos gentios, que eram designados como os cães gentios, os cães infiéis. Tanto é assim, que a mulher não tem dificuldade para compreender o que Jesus está dizendo. A resposta Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos indica que ela sabe bem a que Jesus se refere e seleciona adequadamente os componentes linguísticos para responder-lhe.

12 Em sua resposta, a mulher evidencia que, em certa medida, há identificação com tal ideologia, pois ela não a repudia, não se ofende, antes se reconhece desprezível. A censura não lhe permite ocupar um lugar diferente desse. Ser digna de receber alguma dádiva lhe é uma identidade e realidade social impedidas. Essa não é apenas uma resposta que reconhece e aceita sua posição inferior, é ainda uma insistência. Mesmo a sobra do que ele tem, para ela, será suficiente. A resposta de Jesus Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã revela que, nesse momento, ela obtém o pretendido a dádiva esperada, a cura da filha. Surpreendentemente, Jesus, que outrora parecia rejeitá-la e tratá-la com indiferença, agora, com alguma intensidade, lança mão de palavras elogiosas para com ela Ó mulher, grande é a tua fé!. Diante do exposto, ficam algumas questões a se pensar. Seria, de fato, o sujeito Jesus Cristo interpelado pela ideologia discriminatória dos judeus? Pensava ele, desde o início, em conceder à mulher o desejado, porém não quis demonstrar, só para que se testemunhasse o quão grande era a sua fé? Talvez. Ele que antes a desprezava publicamente, agora a elogia publicamente. Teria ele feito isso para que os ali presentes (judeus, em sua maioria) tomassem a atitude daquela mulher (que era cananéia) como exemplo de fé e humildade? Quiçá. Estaria ele, em vez de interpelado, contra-identificado 21 com essa ideologia de acepção de pessoas, de modo a mostrar que outros, além dos judeus, também podem ser participantes de suas dádivas? É possível. Essas são apenas inferências, dentre outras tantas inferências que se pode ter desse discurso. Considerações finais Tendo em vista a proposta deste trabalho de refletir sobre as relações palavra/silêncio/sentido, destacando o silêncio em suas diferentes formas, com vistas em um discurso bíblico, foi possível verificar esse jogo de silêncio e palavras significando e produzindo efeitos de sentidos específicos. 21 Lembrando que, segundo Pêcheux (2009), há três modalidades de subjetivação: a) a identificação, quando o indivíduo assume o papel de sujeito pela interpelação ideológica, inscrevendo-se numa dada formação discursiva; b) a contra-identificação, quando o sujeito contesta ou questiona a formação discursiva na qual está inserido; e c) a desidentificação, quando o sujeito rompe com a formação discursiva em que está inserido.

13 No discurso realizado pela mulher, Jesus e os discípulos, sob a narrativa de Mateus, além do silêncio fundante, aquele que produz um estado significativo para que o sujeito se inscreva no processo de significação 22, está envolvida também na produção dos sentidos a política do silêncio e suas duas subdivisões. O silêncio constitutivo, exemplificado em termos como mulher cananeia, Filho de Davi, cachorrinhos em que se diz algo para que, necessariamente, não se diga outra coisa senão essa mesma. E o silêncio local ou a censura, demonstrado na interdição da mulher cananeia à formação discursiva de filha ou de digna de receber ajuda divina. Conforme postulado por Orlandi (2007), o silêncio não se resume à ausência de palavras, pois essas mesmas, as palavras, são carregadas de silêncio. Para se compreender o que o discurso ora estudado fala, é necessário compreender o que ele cala, já que é ele, o silêncio, que fundamenta o movimento da interpretação. Nota-se que a seleção das formas linguísticas pelos sujeitos é um fator bastante importante que evidencia a relação entre as palavras e os aspectos sociais, garantindo assim seus sentidos. Pêcheux e Fuchs apud Gregolim (2003) afirmam que o sentido de uma palavra, expressão ou proposição é determinado pelas posições ideológicas colocadas em jogo no processo sócio-histórico em que são produzidas. Assim sendo, o uso de termos como cananeia, Filho de Davi, cachorrinhos, casa de Israel estão imbuídos de ideologias que constituem o contexto da época e interpelam os sujeitos do discurso, de modo a determinar a interação dos sujeitos, perfazendo a prática social dada. O que faz com que o discurso aconteça e tenha sentido. Com vistas no processo de significação e na sina humana de significar, procurei refletir nesse entrelaçado de silêncio e palavras que tece os sentidos e, assim, forma os discursos. As palavras, sempre já repletas de sentidos em sua historicidade. O silêncio, nunca vazio em qualquer de suas formas. Finaliza-se este estudo com a perspectiva de que onde há palavra, há silêncio. Onde há silêncio, há palavra. De outro modo, num discurso há sempre o silêncio das palavras e as palavras do silêncio. 22 Orlandi, 2007, p. 86.

14 O silêncio não são as palavras silenciadas que se guardam no segredo, sem dizer. O silêncio guarda um outro segredo que o movimento das palavras não atinge. (M. LE BOT apud ORLANDI, 2007, p. 69). De modo conclusivo, vê-se, com este trabalho, que o discurso bíblico, à parte de qualquer tendenciosidade religiosa, é um vasto campo a ser explorado pela linguística. Referências BENVENISTE, Émile. Da subjetividade da linguagem. In Problemas de lingüística geral I. 2ª Ed. Campinas: Pontes, Bíblia Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Atualizada DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de Jesus. 3ª ed. São Paulo, Vida Nova, GREGOLIM, Maria do Rosário (org). Discurso e mídia: a cultura do espetáculo. São Carlos: Claraluz, ORLANDI, Eni Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6 ed. Campinas: Editora da Unicamp, ORLANDI, Eni. Exterioridade e ideologia. In: Cad. Est. Ling., Campinas, (30):27-33, Jan/Jun PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Tradução: Eni Puccinelli Orlandi et al. 4ª ed. Campinas: Ed. Unicamp, POSSENTI, Sírio. Pragmática na Análise do Discurso. In: Cad. Est. Ling., Campinas, (30):71-84, Jan/Jun

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