A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 1

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1 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 1 A FALSA CONVERGÊNCIA DAS PENSÕES DA CGA E DA SEGURANÇA SOCIAL E AS JUSTIFICAÇÕES FALACIOSAS DO GOVERNO PARA CORTAR NAS PENSÕES CONCLUSÕES DESTE ESTUDO O corte das pensões, nomeadamente daquelas que já estão ser pagas, é, a nosso ver, claramente inconstitucional, criando um grave precedente para o futuro. No entanto, neste estudo não analisaremos esse aspeto até porque não é a nossa área de especialização, mas sim os argumentos falaciosos utilizados pelo governo para fazer esse corte. E as conclusões que se tiraram, e que se encontram fundamentadas no estudo, são as seguintes: (1) As alterações que o governo pretende fazer no Estatuto da Aposentação, nomeadamente o corte nas pensões, aplicam-se não só aos aposentados atuais (os que já estão a receber pensões), mas também aos que pediram a aposentação até e que aguardam despacho, bem como aos futuros aposentados; (2) O argumento da convergência utilizado pelo governo é falso, já que o governo pretende manter a divergência a nível da pensão de sobrevivência (na Segurança Social corresponde a 60% da pensão do conjugue falecido, enquanto na Função Pública corresponde apenas a 53%) e, para além disso, o governo tenciona revogar a disposição que compensava os trabalhadores com carreiras longas, a qual reduzia a penalização na aposentação antecipada em 6% por cada 3 anos que o trabalhador tivesse de contribuições para além de 30 anos no dia em que fez 55 anos de idade, enquanto na Segurança Social tal norma não foi revogada o que cria mais um desigualdade; (3) A alteração do fator de sustentabilidade que o governo pretende fazer tanto na Segurança Social como na CGA determina, em relação aos futuros reformados e aposentados, a duplicação do corte nas suas pensões, devido a este fator aumentar de 4,8% para 9,6%; (4) O recálculo do P1, que o governo pretende fazer em todas as pensões de aposentação atuais e futuras, ou seja da pensão correspondente ao tempo de serviço até 2005, determina um corte nesta pensão de 11%, e não entre 7,8% e 9,8% como consta da informação entregue pelo governo aos sindicatos e aos órgãos de informação; (5) É falsa a afirmação do governo de que a pensão na Função Pública correspondente ao tempo de serviço até 2005 é superior à da Segurança Social. Segundo cálculos que constam deste estudo, e contrariamente ao que afirma o governo para enganar e manipular a opinião pública, se se calcular essa pensão, para o mesmo trabalhador, utilizando as regras da CGA e as regras da Segurança Social conclui-se que a pensão de aposentação é já inferior à da Segurança Social, e que se o governo reduzir, como tenciona, o valor da remuneração de 2005 que é utilizada para calcular o P1, dos atuais 90% que é atualmente utilizada pela CGA para apenas 80% isso determinará que a pensão de aposentação passe a ser inferior à da Segurança Social, do mesmo período, entre 8,5% e 12%; (6) As justificações sobre a situação da CGA e da Segurança Social utilizadas pelo governo para fazer cortes nas pensões dos atuais e futuros aposentados e reduzir as pensões futuras dos reformados da Segurança Social falseiam a verdade porque omitem as verdadeiras causas das atuais dificuldades financeiras. Como mostro neste estudo as dificuldades financeiras da CGA resultam fundamentalmente da descapitalização a que esteve sujeita ao longo dos anos pelos sucessivos governos, incluindo o atual (as entidades empregadoras públicas nunca descontaram a mesma percentagem do setor privado), da transformação da CGA num sistema fechado a partir de 2006, não podendo mais nenhum trabalhador inscreverse, e do empurrar prematuramente para aposentação milhares de trabalhadores (entre 2005 e 2012, o numero de subscritores diminuiu em e o de aposentados aumentou em ), o que determinou uma quebra nas contribuições e o aumento nas despesas, e da transferência para CGA de fundos de pensões, para resolver o problema do défice orçamental, cujo valor dos ativos transferidos não são suficientes para pagar as pensões aos trabalhadores tendo de ser pagas com transferências do O.E.. Em relação à Segurança Social, a politica recessiva de destruição de emprego, em que o próprio governo dá o exemplo na Administração Pública, tem determinado uma perda gigantesca de receitas (contribuições) e um aumento grande da despesa com o subsidio de desemprego, apesar dos cortes feitos no subsidio de desemprego pelo governo (apenas 43% dos desempregados oficiais o recebem). De acordo com cálculos que fizemos, e que constam deste estudo, com base no desemprego oficial (e este representa apenas 63% do real), só nos três últimos anos a Segurança Social perdeu receitas, devido ao desemprego, que se situam entre milhões e milhões (entre e milhões por ano, o valor depende se se utilizar no cálculo a remuneração base média ou o ganho médio) e a despesa com o subsídio atingirá, no período 2011/2013, milhões. Tudo isto é omitido pelo governo nas suas justificações para enganar e manipular a opinião pública.

2 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 2 No dia realizou-se entre o sindicatos da Função Pública e o SE da Administração Pública mais um reunião, que o governo pretendia que fosse a última, de negociação da proposta de lei que visa alterar mais uma vez o Estatuto da Aposentação. A Exposição de Motivos desta proposta, que ocupa 18 páginas, procura claramente condicionar o Tribunal Constitucional, sendo muitas das premissas utilizadas pelo governo ou falsas ou enviesadas (apenas se refere a parte que interessa ao governo omitindo tudo o resto). Desta forma, o governo pretende também enganar e manipular a opinião pública. É isso que vamos mostrar. AS ALTERAÇÕES DA PROPOSTA DE LEI APLICAM-SE NÃO SÓ AOS ATUAIS APOSENTADOS, MAS TAMBÉM ÀQUELES QUE PEDIRAM A APOSENTAÇÃO ATÉ , E AOS TRABALHADORES QUE SE APOSENTAREM NO FUTURO Os media têm falado muito no corte nas pensões dos atuais aposentados, ou seja, daqueles que já estão a receber pensões, muitos deles há muitos anos. É verdade esse ataque brutal aos direitos consagrados na Constituição da República destes aposentados. No entanto, as medidas constantes da proposta de lei do governo também se aplicam aos trabalhadores da Função Pública que pediram a sua aposentação até esperando que a lei que se lhes aplicasse fosse a que estava em vigor até essa data como o governo tinha prometido e constava da própria lei, e as alterações também se aplicam a todos os trabalhadores que se aposentem no futuro. Aposentados e futuros aposentados, todos são o alvo, por parte deste governo, de medidas brutais contra as suas condições de vida. Para não haver dúvidas, a própria proposta de lei no nº 5 do artº 7º diz expressamente que ela se aplica às pensões de aposentação e reforma requeridas até que estejam pendentes de decisão na data de entrada em vigor da presente lei, bem como às pensões que venham a ser requeridas posteriormente ao abrigo de cláusulas de salvaguarda de fórmulas de cálculo anteriores a , produzindo nesses casos a redução da pensão com efeitos a partir do início desta. Portanto, nenhum aposentado e nenhum trabalhador escapa à fúria deste governo. Por essa razão, é importante que a oposição a estas medidas não seja feita apenas pelos aposentados porque não são apenas eles os atingidos, como os media pretendem fazer crer. A CONVERGÊNCIA QUE INTERESSA AO GOVERNO E A CONVERGÊNCIA QUE NÃO INTERESSA Na Segurança Social a pensão de sobrevivência recebida pelo cônjuge sobrevivo corresponde a 60% do valor da pensão de velhice ou de invalidez que o conjugue falecido recebia. Na Função Pública corresponde a 50% do P1 (pensão correspondente ao tempo de serviço até 2005, que é a mais importante) mais 60% do P2 (pensão correspondente ao tempo de serviço feito depois de 2005) o que representa, em média, apenas 53% da pensão do conjugue falecido. Portanto, a percentagem é inferior à da Segurança Social, valor que ainda vai ser reduzido devido ao chamado recalculo do P1 que o governo pretende fazer agora. Colocamos ao SE da Administração Pública a contradição que existe entre o falar tanto de convergência e esta situação. Revelou espanto mas não se comprometeu a resolvê-la. A única coisa que disse é que as pensões de sobrevivência superiores a 419,22 vão sofrer cortes. Mas a discriminação negativa (divergência, no lugar de convergência) dos trabalhadores da Função Pública não fica por aqui. Da 1ª versão para a 2ª versão da proposta entregue aos sindicatos, o governo acrescentou mais uma norma revogatória de uma disposição cuja eliminação ou não aplicação prejudica gravemente os trabalhadores da Função Pública. O artº 36º do Decreto-Lei 187/2007, que vigora para a Segurança Social, dispõe, no seu nº 5, que se o trabalhador tiver mais de 30 de contribuições por cada período de 3 que tiver para além dos 30 no dia em que fez 55 anos de idade reduz a taxa de penalização por reforma antecipada em 12 meses, ou seja, em 6%. Esta redução da penalização tinha sido introduzida na Função Pública, primeiro, pela Lei 11/2008 que, no seu artº 4º, alterou o artº 37-A do Estatuto da Aposentação e, depois, pela Lei 3-B/2010. A 2ª versão da proposta de lei que o governo entregou aos sindicatos da Função Pública contém uma nova norma que pretende revogar o nº4 do artº 37-A do Estatuto da Aposentação que inclui precisamente essa disposição. Coloquei esta questão diretamente ao Secretário de Estado da Administração Pública e a resposta textual que recebi foi a seguinte: No atual contexto, a convergência do regime da CGA com o regime geral da Segurança Social ao nível da aposentação antecipada passaria pela suspensão pura e simples de todo o regime durante o PAEF (só estamos a deixar de aplicar uma parte). Portanto, é intenção do governo eliminar, com carater definitivo esta disposição que compensava os trabalhadores por terem carreiras mais longas. Na sua resposta, o SE da Administração Pública esqueceu-se de dizer que a mesma norma não foi revogada na Segurança Social. E o governo não congela as aposentações antecipadas apenas porque isso interessa à sua política de forçar os trabalhadores a se aposentarem

3 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 3 antecipadamente, mas elimina aquilo que poderia reduzir o corte na pensão devido à antecipação da aposentação. É a convergência com dois pesos e medidas e de acordo com os interesses do governo. O GOVERNO PRETENDE ALTERAR O FATOR DE SUSTENTABILIDADE PARA REDUZIR AS PENSÕES DA SEGURANÇA SOCIAL E DA CGA O governo apresentou em , no Conselho Económico e Social, aos parceiros sociais uma proposta de lei que visa alterar o Fator de Sustentabilidade, com o objetivo de reduzir as pensões futuras pagas tanto pela Segurança Social como pela CGA pois, em relação a esta última, a proposta de lei enviada pelo SE da Administração Pública aos sindicatos dispõe que a a CGA aplica o fator de sustentabilidade correspondente ao ano de aposentação de acordo com o regime que sucessivamente vigorar 4 no regime geral da Segurança Social ; portanto, o fator de sustentabilidade aplicado na Segurança Social é aplicado automaticamente na CGA. Por isso, interessa explicar o que é o fator de sustentabilidade e quais as consequências da alteração que o governo pretende fazer. De acordo com a fórmula de cálculo que consta da Lei (DL 187/2007 e Lei 52/2007), o fator de sustentabilidade obtém-se dividindo a esperança média de vida aos 65 anos verificada em 2006, pela esperança de vida aos 65 anos verificada no ano anterior ao da reforma ou ao da aposentação. Em relação a 2013, o fator de sustentabilidade é 0,952 (é este valor que se multiplica pelo valor da pensão obtida, reduzindo a pensão), o que determina uma redução na pensão de 4,78%, e que foi obtido dividindo a esperança de vida aos 65 anos verificada em 2006 (17,94 anos) pela esperança de vida aos 65 anos verificada no ano anterior a 2013 (2012) que foi, segundo o INE, 18,84. O governo pretende agora alterar a fórmula de cálculo do fator de sustentabilidade, o que vai determinar uma redução ainda maior nas pensões dos futuros reformados da Segurança Social e dos futuros aposentados da CGA. O quadro 1, com dados oficiais do INE, torna claro aquilo que o governo pretende fazer e os seus efeitos nas pensões dos reformados e aposentados. Quadro 1- Cálculo do fator de sustentabilidade utilizando no numerador esperança de vida aos 65 anos verificada em anos diferentes ANOS Esperança de vida aos 65 anos Anos utilizados (esperança de vida aos 65 anos), fator de sustentabilidade obtido, e redução na pensão que determina Anos utilizados Fator de sustentabilidade obtido Redução (%) na pensão que determina , /2012 0,717-28,34% , /2012 0,780-21,97% , /2012 0,833-16,67% , /2012 0,904-9,55% , /2012 0,925-7,54% , /2012 0,932-6,85% , /2012 0,929-7,06% , /2012 0,943-5,73% , /2012 0,950-4,99% , /2012 0,952-4,78% , ,952-4,78% FONTE: : PORDATA; : INE Como consta do ofício assinado pelo ministro Pedro Mota Soares enviado em ao presidente do Conselho Económico e Social, o governo pretende fazer um ajustamento do fator de sustentabilidade, mediante modificação da sua fórmula de cálculo que consiste na alteração do ano de referência inicial da esperança de vida aos 65 anos do ano 2006 para o ano Portanto, o que o governo pretende fazer é substituir a fórmula como foi calculado o fator de sustentabilidade para 2013 (que foi dividir 17,94, que é a esperança vida aos 65 anos de 2006, por 18,84, que é a esperança de vida aos 65 anos verificada no ano anterior, que é 2012) por outra fórmula de cálculo que é a seguinte: esperança de vida aos 65 anos verificada em 2000, que era 17,04 anos, pela esperança de vida aos 65 anos verificada em 2012, que foi 18,84. Como mostram os dados do quadro 1, esta simples alteração determina que a

4 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 4 redução da pensão dos futuros reformados e aposentados, só devida ao fator de sustentabilidade, passe dos atuais 4,78% para 9,55%, ou seja, que praticamente duplique. Mas a proposta de lei do governo não fica por aqui. De acordo com o texto que enviou ao Conselho de Concertação Social, contém ainda a seguinte disposição. a lei pode alterar o ano de referência da esperança de vida previsto, sempre que a situação demográfica e a sustentabilidade das pensões justificadamente o exija. Portanto, agora pretende mudar o ano de referência de 2006 para 2000, o que determinará a duplicação do corte que o fator de sustentabilidade já determina nas pensões, mas quer ficar também com as mãos livres para poder alterar no futuro quando quiser e como quiser. Como mostra o quadro 1 se o ano de referência passar de 2006 para 1970, o corte nas pensões futuras da Segurança Social e da CGA passará dos atuais 4,78% para 28,34%, ou seja, aumentará em 5,9 vezes. O RECÁLCULO DA PENSÃO DE APOSENTAÇÃO (P1) QUE O GOVERNO PRETENDE IMPOR À FUNÇÃO PÚBLICA DETERMINA UM CORTE DE 11% E NÃO APENAS ENTRE 7,8% E 9,8% COMO DIVULGOU O recalculo do P1 (pensão correspondente ao tempo de serviço até ao fim de 2005), que o governo pretende fazer em toda a Administração Pública, e que atingirá não só os que já estão aposentados, mas também os que pediram a aposentação até , e os que se aposentarem no futuro, determina um corte na pensão superior à que consta da informação escrita que o governo entregou aos sindicatos da Função Pública e aos órgãos de informação. No quadro 2, os cálculos foram feitos, para o caso de 8 trabalhadores com remunerações diferentes em 2005 e que se aposentaram em ano diferentes. Apenas se considerou que os trabalhadores tinham o mesmo tempo de serviço até No entanto, está disponível no site nas pastas Ultimo Estudo e na CGA, uma folha de cálculo (Excel) que permite ao leitor determinar o valor do corte que o governo pretende fazer na sua pensão, portanto para o seu caso concreto. Tem apenas de introduzir a sua remuneração em 2005, e os anos completos de serviço que tinha no fim de No Q2 tem uma simulação. Ano em que trabalhador se aposentou Quadro 2- Redução nas pensões dos aposentados atuais e futuros devido ao recalculo do P1 que o governo pretende fazer Nº anos Pensão (P1) Pensão (P1) 90% da 80% da Redução Remuneração de serviço base em 90% da base em 80% da de calculada com calculada com Remuneração de ração de mensal remune- Pensão 2005 até remuneração de remuneração de em euros Redução da pensão em % ,1% ,1% ,1% ,1% ,1% ,1% ,1% ,1% Contrariamente ao que consta da informação escrita distribuída aos sindicatos e aos órgãos de informação o corte na pensão de aposentação resultante da substituição de 90% da remuneração de 2005 por 80% dessa remuneração não varia entre 7,8% e 9,8% como afirma o governo nessa informação, mas sim de 11%. Mais uma vez a manipulação de dados é utilizada para enganar os trabalhadores da Função Pública e a opinião pública. É FALSO COMO AFIRMA O GOVERNO NA EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DA PROPOSTA DE LEI QUE, MESMO COM AS ALTERAÇÕES O VALOR DA PENSÃO DE APOSENTAÇÃO É SUPERIOR À DA SEGURANÇA SOCIAL. ELA É JÁ INFERIOR Para mostrar isso, vamos imaginar a situação, mas que pode ser real, de dois trabalhadores, um do setor privado e outro da Função Pública que têm 30 anos de descontos até 2006 (setor privado) ou até 2005 (Função Pública), com as mesmas remunerações nominais e vamos calcular a pensão correspondente a estes 30 anos de contribuições utilizando a formula de cálculo da pensão da Segurança Social e a formula de cálculo da pensão de aposentação da CGA (esta última utilizando a formula que está em vigor e aquela que governo pretende agora impor aos aposentados atuais e futuros). Desta forma ficará claro para todos a mentira utilizada pelo governo para enganar e manipular a opinião pública contra os trabalhadores da Função Pública.

5 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 5 Quadro 3 Calculo da pensão de 30 anos de contribuições utilizando as regras da Segurança Social Remuneração média Coeficientes de mensal calculada utilizando uma remuneração de Remunerações Remunerações As 10 melhores revalorização das remunerações na ANO 1000 em 1999 e mensais anuais remunerações Segurança Social (1) aumentando com base revalorizadas revalorizadas dos últimos 15 (Portaria nos aumentos salariais da (4) =(2) X (3) (5) = (4) X 14 anos 281/2013) Função Pública (3) (2) , , , , , , , , , , , , , , , RR (Remuneração de referencia para cálculo da pensão da Segurança Social correspondente ao tempo de serviço (período contributivo)s até artº 28 e 34 do Decreto Lei 187/2007) Pensão considerando 40 anos de carreira contributiva e utilizando RR (taxa de formação de formação de pensão utilizada = 2% ao ano) - artº 34º do Decreto-Lei 187/ Pensão da Segurança Social correspondente a 30 anos de contribuições até artº 33º do DL 187/ Portanto, utilizando as regras atuais da Segurança Social um trabalhador do setor privado que tenha descontado 30 anos para a Segurança Social até 2006 com as remunerações constantes da coluna (2) do quadro 2 tem direito, de acordo com as regras da Segurança Social, a uma pensão de 819 relativa a esse período contributivo. Vejamos agora qual a pensão a que tem direito um trabalhador da Função Pública que tenha descontado com base em remunerações idênticas e também durante 30 anos de contribuições até 2005 para a CGA. No cálculo desta pensão vamos utilizar tanto as regras atuais da CGA como aquelas que o governo pretende impor agora à Função Pública de acordo com a proposta que apresentou aos sindicatos. Os resultados constam do quadro 4. Quadro 4 Calculo da pensão de 30 anos de contribuições utilizando as regras da CGA (as atualmente em vigor e as que o governo pretende impor de acordo com a proposta apresentada aos sindicatos ANO Remuneração nominal do trabalhador da Função Pública em 2005 Coeficiente de revalorização da remuneração de 2005 na Função Pública (artº 80ºda Lei 66-B/2012) Remuneração de 2005 revalorizada , Pensão atual na Função correspondente a 30 anos de serviço feitos até 2005 = 90% da remuneração de 2005 revalorizada vezes 30 a dividir por 40 (artº 5º da Lei 60/2005) Pensão na Função Pública correspondente a 30 anos de serviço feitos até 2005 com base em 80% da remuneração revalorizada de 2005 = 80% da remuneração de 2005 VEZES 30 a dividir por 40 (Proposta apresentada pelo governo aos sindicatos ) Utilizando as regras atuais da CGA, a pensão correspondente a 30 anos de serviço feitos até 2005 é apenas 2,9% (24 ) superior à obtida utilizando as regras da Segurança Social, portanto

6 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 6 uma diferença muito inferior àquela que o governo tem procurado fazer passar junto da opinião pública. No entanto, mesmo esta diferença não é real pois é, na prática, anulada pelo facto de que, em relação à Função Pública até 2005, são apenas considerados anos completos (por ex., se um trabalhador num ano tem 11 meses de contribuições para CGA esse ano não é considerado), enquanto na Segurança Social basta ter 120 dias de contribuições para ser considerado como um ano completo para cálculo da pensão de reforma. Isto determina que, na maioria das situações, em relação aos trabalhadores abrangidos pela Segurança Social seja considerado mais um ano de serviço, enquanto em relação à Função Pública os mesmos meses que não correspondam a anos completos não são considerados no cálculo da pensão. Por outro lado, se se utilizar as regras que o governo pretende agora impor à Função Pública (utilização apenas de 80% da remuneração de 2005 no cálculo de P1 ) a aplicar tanto aos atuais aposentados, portanto com carater retroativo, como aos futuros aposentados, o valor da pensão que se obtém é já inferior à que se obteve para o setor privado em 8,5% (-70 ). E se entrarmos em conta com o facto de na Segurança Social ser suficiente 120 dias de contribuições para esse ano ser considerado como ano completo, enquanto na Função Pública no cálculo do P1 são desprezados os meses que não correspondam a anos completos, a diferença para menos da pensão de aposentação correspondente ao tempo de serviço feito até 2005, em relação pensão da Segurança Social do período contributivo até 2006, poderá atingir -12%; repetindo, a substituição no cálculo do P1 da Função Pública de 90% da remuneração de 2005 por apenas 80% da mesma remuneração poderá determinar que a pensão de aposentação deste período seja inferior à da Segurança Social em 12%, já que o fosso poderá aumentar com o valor corresponde à taxa de formação da pensão de dois anos que as regras diferentes (anos completos VS 120 dias) podem causar. Foi isto que mostramos ao SE da Administração Pública durante a reunião de , e que ele não conseguiu rebater. Para o governo, o que conta não é a força da razão, mas sim a razão da força. Até quando? Certamente apenas enquanto os trabalhadores, aposentados e os reformados o permitirem. O GOVERNO PRETENDE CRIAR NOVAS DESIGUALDADES ENTRE OS APOSENTADOS COM BASE NA IDADE Segundo o projeto de cortes nas pensões dos aposentados que o governo entregou aos sindicatos aposentados e pensionistas que recebem pensões de sobrevivência não são atingidos pelos cortes de pensões. Os abrangidos pelos cortes seriam apenas os que constam do quadro 5 Quadro 5 Aposentados e pensionistas com pensões de sobrevivência que sofreriam um corte de cerca de 10% nas pensões que já recebem Os valores a considerar são as pensões ilíquidas antes do desconto para o IRS e ADSE APOSENTADOS ATUAIS - FUNÇÃO PÚBLICA IDADE VALOR DA PENSÃO Nº aposentados que sofrem cortes na pensão PENSIONISTAS A RECEBER PENSÕES DE SOBREVIVÊNCIA - FUNÇÃO PÚBLICA IDADE Menos 75 anos Superior a Menos 75 anos De 75 a menos de 80 anos De 80 a menos de 85 anos De 85 a menos de 90 anos Igual ou superior a 90 anos Superior a Superior a Superior a 1050e Superior a De 75 a menos de 80 anos De 80 a menos de 85 anos De 85 a menos de 90 anos Igual ou superior a 90 anos VALOR DA PENSÃO Superior a 300 Nº pensionistas que sofrem corte de cerca de 10% na pensão Superior a Superior a Superior a Superior a 600e SOMA SOMA FONTE: Documento entregue pelo governo aos sindicatos Segundo o governo, aposentados e pensionistas com pensões de sobrevivência sofreriam, retroativamente, um corte nas suas pensões entre 7,9% e 10% (já mostramos que é mais elevado, atinge, em média, 11,1%) correspondendo a mais um corte nos seus rendimentos estimado, pelo próprio governo, de 700 milhões. Assim, todos os aposentados que tivesse menos de 75 anos e mais de 600 de pensão sofreriam um corte nas pensões de cerca de 10% (com a garantia que ficariam com um mínimo de 600 ), mas quem

7 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 7 tiver mais de 75 anos e menos de 80 anos já não sofre o corte no caso da sua pensão não ser superior a 750 (segundo o governo, estão nesta situação); se tiver de 80 a menos de 85 anos não sofre corte se pensão se ela não for superior a 900 (são ); se tiver de 85 a menos de 90 anos não sofre corte se a pensão não for superior a (são ); e se tiver idade igual ou superior a 90 anos a pensão não sofre corte se não ultrapassar os (são apenas segundo o governo). A mesma situação em relação aos pensionistas com pensões de sobrevivência, embora com valores muito mais baixos. A criação de desigualdades entre os próprios aposentados é evidente. Um aposentado com 74 anos e com pensão ilíquida de 680 sofre um corte de 68, ficando a sua pensão, antes de qualquer desconto, reduzida a 612. Mas um aposentado com uma pensão de 750 e com 75 anos de idade já não leva qualquer corte. A VERDADE SOBRE AS DIFICULDADES FINANCEIRAS ATUAIS DA SEGURANÇA SOCIAL O argumento utilizado pelo governo para justificar estas medidas contra os reformados e os aposentados (atuais e futuros) são as dificuldades financeiras tanto da Segurança Social como da CGA, falando mesmo da insustentabilidade financeira destes dois sistemas públicos. No entanto, esquece-se de esclarecer como foram e estão a ser criadas essas dificuldades. Vamos apenas utilizar um exemplo para cada um dos sistemas para ficar claro para os leitores a razão das dificuldades que eles enfrentam atualmente. Em relação à Segurança Social, por onde começaremos, vamos analisar a receita contributiva perdida devido ao desemprego oficial (e só este), pois se calculássemos em relação ao desemprego efetivo, ela seria muito mais elevada e mais que suficiente para resolver as dificuldades atuais do sistema. No quadro 5 constam os resultados obtidos utilizando dados do INE e do Ministério da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social. Quadro 6 Receita perdida pela Segurança Social devido apenas ao desemprego oficial ANO Desemprego oficial Mil RECEITA PERDIDA DEVIDO AO DESEMPREGO Contribuições anuais calculadas com base na remuneração base média Milhões RECEITA PERDIDA DEVIDO DESEMPREGO Contribuições anuais calculas com base no ganho médio Milhões , , , , , , , , , , , , , SOMA FONTE: Estatísticas de Emprego INE; Boletim Estatístico Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MSSS) Tomando com base os dados do desemprego oficial referente aos 12 últimos anos (2000/2012) conclui-se que a perda média anual de receita pela Segurança Social, devido ao desemprego, variou entre milhões (tomando como base de cálculo a remuneração base média) e milhões (tomando como base de cálculo o ganho médio) por ano. No entanto, verificase um agravamento desta situação devido ao disparar do desemprego (em 2012, por ex., varia entre milhões e milhões ), sendo ainda mais grave em 2013 porque, neste ano, o desemprego, mesmo o oficial, subiu muito mais. No entanto, se se tiver presente que o desemprego oficial representa 64% do desemprego total efetivo, conclui-se rapidamente que a perda de receita pela Segurança Social, só devido ao desemprego, é ainda muito superior à constante do quadro 5. Se juntarmos a esta perda de receita, a despesa que tem de suportar devido ao desemprego só no período 2011/2013 a despesa com o pagamento de subsídios de desemprego atinge milhões, apesar dos elevados cortes feitos por este governo que lançou na miséria

8 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 8 centenas de milhares de desempregados é fácil de concluir que a politica recessiva do governo e da troika de destruição de emprego que fez disparar o desemprego é a causa mais importante das dificuldades financeiras atuais da Segurança Social. No entanto, tudo isto é omitido pelo governo com o objetivo de enganar e manipular a opinião pública. A VERDADE SOBRE AS DIFICULDADES FINANCEIRAS ATUAIS DA CGA Em relação à CGA, um dos argumentos utilizados pelo governo para o corte nas pensões dos aposentados é também as dificuldades financeiras atuais desta entidade. No entanto também se esquece de explicar que essas dificuldades foram, e estão a ser criadas pelo próprio governo, que depois as utiliza para justificar as medidas que toma contra os aposentados e contra os trabalhadores. No site da CGA estão os Relatórios e Contas de 1993 a Quem se dê ao trabalho de os analisar conclui rapidamente que, entre 1993 e 2002, a contribuição média das entidades empregadoras públicas correspondeu apenas a 1,58% das remunerações pagas, representando em média apenas 15,8% da dos trabalhadores, e que somada às transferências do Orçamento de Estado para a CGA, designadamente subsídios, corresponderam em média 17,4%, portanto uma percentagem bastante inferior à paga pelas empresas à Segurança Social que era e é de 23,75%. Só em 2004/2005, devido à maturidade atingida pelo sistema; repetindo, só nestes anos é que a soma da contribuição das entidades empregadoras públicas mais as transferências do Orçamento do Estado para a CGA corresponderam a cerca de 24% das remunerações. E é nesse ano precisamente que o governo de Sócrates se lembra de mudar a fórmula de cálculo das pensões para reduzir as pensões aos trabalhadores. Enquanto o sistema da CGA, comparado com a Segurança Social, determinava que o Estado contribuísse para ele menos do que as entidades privadas, criando assim uma espécie de excedente que, à semelhança do que acontece com o Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social, devia ter sido acumulado para fazer face a dificuldades futuras da CGA, os sucessivos governos desviaram esse dinheiro para pagar outras despesas do Estado, descapitalizando a CGA. De acordo com cálculos que realizamos, os excedentes só referentes ao período 1993/2003 (e nos períodos anteriores também se registaram porque o número de aposentados, devido à juventude do sistema, era muito reduzido); repetindo, os excedentes, ou seja, aquilo que o Estado não entregou mas devia ter entregue, rentabilizados à taxa anual de 4%, que é taxa fixada pelo governo na negociata de transferência dos fundos de pensões da PT e da banca para a responsabilidade do Estado, correspondia no fim de 2012 a mais de milhões. Portanto, uma das causas das dificuldades atuais da CGA é precisamente a sua descapitalização levada a cabo pelos sucessivos governos. Mas não é a única como vamos já provar. Uma outra causa importante das dificuldades financeiras da CGA, que o governo tem procurado ocultar, porque é da sua inteira responsabilidade foi, por um lado, a transformação da CGA num sistema fechado e, por outro lado, o estar a empurrar dezenas de milhares de trabalhadores prematuramente para a aposentação através da insegurança generalizada criada com as continuas alterações no Estatuto de Aposentação e devido também ao ambiente de pressão criado com os cortes nas remunerações, confisco de subsídios, ameaças de transferências para outras zonas geográficas, colocação de trabalhadores na prateleira através da mobilidade com a consequente redução de remunerações, ameaças de despedimentos de dezenas milhares de trabalhadores, ataques contínuos procurando apresenta-los à opinião pública como privilegiados, etc., etc. Todo um clima de terror psicológico, de desconsideração, de chantagem, de insegurança tem sido criado pelos sucessivos governos e, em particular pelo atual, que tem empurrado milhares e milhares de trabalhadores para a aposentação prematura. No período 2005/2012, o numero de trabalhadores subscritores da CGA diminuiu em e o número de aposentados aumentou em Tudo isto agravou tremendamente as dificuldades financeiras da CGA, já que reduziu as contribuições e aumentou significativamente a despesa com o pagamento de pensões. O quadro 7, construído com dados da CGA, apresenta de uma forma quantificada, as consequências desta politica

9 A falsa convergência: pensões de aposentação inferiores às do setor privado, é o objetivo do governo Pág. 9 Quadro 7- A evolução da situação da CGA em número de subscritores e de aposentados e em receita no período 2005/2012 Remunerações Transferên Quotizações Contribuições sobre as quais -cias do Subscritorelhadores empregadoras tados dos traba- das entidades Aposen- ANOS descontou OE para a para a CGA CGA Milhões Milhões Milhões Milhões Var FONTE: Relatórios e Contas - CGA Entre 2005 e 2012, como consequência da transformação da CGA num sistema fechado e da aposentação prematura de milhares de trabalhadores, devido à insegurança generalizada criada pelas contínuas e significativas alterações do Estatuto da Aposentação (praticamente todos os anos) verificou-se uma redução importante do número de subscritores, que diminuiu em (-28,2%), o que determinou uma quebra no total de remunerações sobre as quais são feitos os descontos ( milhões, ou seja, -28,5%) o que significou uma redução importante das receitas da CGA em 326 milhões (-23,1%). O número de aposentados, durante o mesmo período (2005/2012) aumentou em (+22,2%), o que é significativo. E apesar da taxa contributiva das entidades empregadoras públicas ter aumentado de 11% em 2005 para 20% em 2012 (um valor que ainda continuou inferior ao do setor privado, que é 23,75%, e só será atingido em 2014), as dificuldades financeiras da CGA aumentaram, tendo sido ainda agravadas pelo facto dos ativos dos fundos de pensões transferidos para a CGA terem perdido valor (- 331,6 milhões no fim de 2012) e já serem insuficientes para pagar as pensões aos respetivos trabalhadores. Portanto, é o próprio governo que, com as suas decisões, cria à CGA graves dificuldades financeiras, e depois utiliza as dificuldades que ele próprio criou para atacar os aposentados e os trabalhadores da Função Pública. Em tudo isto, o governo ainda omite um outro aspeto muito importante que é o seguinte: é que se as transferências do O.E. para a CGA aumentaram (e mais 949 milhões para pagar as pensões dos trabalhadores das Administrações Públicas entre 2005 e 2012), no entanto, durante o mesmo período, as despesas com pessoal dos trabalhadores das Administrações Públicas sobre as quais são calculadas as contribuições para a CGA diminuíram em milhões devido à redução do numero de trabalhadores e aos cortes e congelamentos das suas remunerações; portanto o aumento do custo para o Estado devido ao crescimento das transferências foi mais que compensado pela redução das despesas com os trabalhadores. Falar das transferências do OE para a CGA e omitir a redução das despesas com pessoal é uma clara e clássica operação de manipulação e engano da opinião pública (fala-se do que interessa, e omite-se o que não convém). Tudo isto é deliberadamente omitido pelo governo na Exposição de motivos da proposta de lei que apresentou o que só pode ser entendido que se procura enganar e manipular a opinião pública e pressionar o Tribunal Constitucional. Para terminar interessa ainda referir uma nova norma que foi introduzida na 2ª versão da proposta de lei e que visa a protecção de situações de alguns existentes (aqui a retroatividade já não funciona como acontece nas pensões), em clara contradição com a forma como são tratadas as pensões dos aposentados. Na última versão da proposta de lei foi introduzido um novo número (o nº3 do artº 9º), que estabelece que o regime de suspensão da pensão (que determina que o aposentado que esteja em funções públicas tem de suspender a pensão e optar obrigatoriamente pela remuneração do cargo que ocupa) só se aplica às situações de exercício de funções constituídas e renovadas a partir da entrada em vigor da presente lei. Desta forma, Cavaco Silva, por ex., poderá continuar a receber as suas pensões em vez da remuneração de Presidente da República. Uma politica clara de dois pesos e duas medidas. Eugénio Rosa Economista, edr2@netcabo.pt,

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