CURSO TÉCNICO DE ELETRÔNICA

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1 CURSO TÉCNICO DE ELETRÔNICA

2 Sumário 1 Técnicas de soldagem de componentes Limpeza do ferro de solda Manutenção do ferro de solda A solda Aplicação de solda nos circuitos eletrônicos Sugadores de solda Uso correto do sugador de solda Acessórios para soldagem Pistola de solda O Multímetro O Multímetro Analógico O Multímetro com volltímetro de tensão contínua O Multímetro com volltímetro de tensão alternada O Multímetro para medir corrente elétrica O Multímetro funcionando como ohmímetro O Multímetro Digital O Multímetro Digital na medida de tensão contínua O Multímetro Digital na medida de tensão alternada O Multímetro Digital para medir corrente elétrica O Multímetro Digital no teste de resistores O Multímetro Digital para testar transistores e diodos Classificação de Linus Pauling Física dos Semicondutores Bandas de Energia Materiais Semicondutores Corrente nos Semicondutores Semicondutores Extrínsicos O Semicondutor Diodo A junção PN Simbologia Polarização direta e reversa as junções Ruptura Resistor de limitação de corrente e Reta de carga Dissipação máxima de potência O diodo Ideal Nota Histórica... 29

3 3 1 Técnicas de soldagem de componentes Esta página é muito importante para aqueles que trabalham ou querem trabalhar com eletrônica ou mesmo para quem gosta de eletrônica por hobbie. Uma boa soldagem é o primeiro passo para o perfeito funcionamento de qualquer circuito eletrônico. Atualmente os ferros de solda mais utilizados são os de 30 e os de 40 W. Abaixo vemos estes dois tipos, assim como a estrutura interna desta importante ferramenta: O ferro de solda ou soldador é formado por um tubo de ferro galvanizado contendo uma resistência de níquel-cromo e uma ponta metálica em seu interior. Ao passar corrente elétrica pela resistência, esta aquece a ponta até chegar numa temperatura apropriada para derreter a solda. Abaixo temos vários ítens relacionados com uma boa soldagem. É só clicar: 1.1 Limpeza do ferro de solda Existem muitas marcas de ferros de solda. Algumas muito boas como "Hikary", "Weller", "Fame", etc e outras não tão boas. Porém qualquer que seja a marca do soldador, devemos tomar alguns cuidados para ele durar o máximo tempo possível: Limpeza e estanhagem da ponta - Segure o ferro pelo cabo e à medida que ele vai esquentando, derreta a solda na ponta para esta ficar brilhante e da cor do estanho. Abaixo vemos como deve ficar:

4 4 Quando a ponta já está quente, vai acumulando uma crosta de sujeira. Para limpá-la basta passar numa esponja de aço ou numa esponja vegetal úmida, daquelas que vêm no suporte do ferro. Também é possível comprar esta esponja separada. NÃO SE DEVE NUNCA LIXAR OU LIMAR A PONTA. ISTO ACABA RAPIDAMENTE COM A MESMA Manutenção do ferro de solda 1 - Troca da resistência - Os ferros mais caros podem ter a resistência trocada com certa facilidade e compensa. Desparafuse e retire a ponta. Tire os parafusos do cabo e empurre o fio da resistência para dentro. Retire o "espaguete" da emenda da resistência. Não perca estes "espaguetes" já que além de isolantes elétricos, são isolantes térmicos. Coloque a nova resistência dentro do tubo metálico. Refaça a emenda do cabo de força e recoloque os "espaguetes". Posicione a resistência até ela encostar bem perto da ponta. Recoloque os parafusos do cabo e a ponta. Abaixo vemos o procedimento:

5 5 2 - Troca da ponta - Basta retirar o parafuso que prende a mesma e retirá-la do tubo da resistência. Na colocação da ponta nova, não deixe-a muito para fora senão ela esquentará pouco. Abaixo vemos como deve ficar: 1.2 A solda Existem diversas marcas de solda para eletrônica. Uma marca de solda é considerada de boa qualidade quando, ao se fazer uma soldagem com um ferro de solda limpo e estanhado, esta soldagem ficar brilhante. Se ficar opaca (cinza) a solda não é de boa qualidade. As soldas de boa qualidade são "Best", "Cobix", "Cast", etc. Abaixo vemos um tubinho e uma cartela de solda. Ela também é vendida em rolo de 500 g e 250 g como visto:

6 6 As soldas usadas em eletrônica possuem 30 % de chumbo e 70 % de estanho, além de uma resina para a solda aderir ao circuito. Esta resina era substituída antigamente pela "pasta de solda" (breu) Aplicação da solda nos circuitos eletrônicos 1 - Segue o ferro de solda da mesma forma que o lápis para escrever; 2 - Limpe e estanhe a ponta do ferro de solda; 3 - Encoste a ponta ao mesmo tempo na trilha e no terminal do componente. Mantenha o ferro imóvel durante esta operação; 4 - Aplique solda na trilha até ela cobrir toda a ilha e o terminal do componente; 5 - Retire o ferro rapidamente. A operação da soldagem deve ser feita rapidamente para não danificar as trilhas da placa. Abaixo vemos o procedimento:

7 7 1.3 Sugadores de solda Esta ferramenta é usada para retirar a solda do circuito. É formada por um tubo de metal ou plástico com um embolo impulsionado através de uma mola. Abaixo vemos diversos modelos de sugadores de solda: Para o sugador durar o máximo de tempo possível, de vez em quando temos que desmontá-lo para fazer uma limpeza interna e colocar grafite em pó para melhorar o deslizamento do embolo. Também podemos usar uma "camisinha" para proteger o bico. A "camisinha" é um bico de borracha resistente ao calor e adquirido nas lojas de ferramentas ou componentes eletrônicos.

8 1.3.1 Uso correto do sugador de solda 8 Abaixo vemos a sequência para aplicar o sugador de solda e retirar um componente de uma placa de circuito impresso: 1 - Encoste a ponta do ferro na solda que vai ser retirada. O recomendável aqui é colocar um pouco mais de solda no terminal do componente. Isto facilita a dessoldagem; 2 - Derreta bem a solda no terminal do componente; 3 - Empurre o embolo (pistão) do sugador e coloque-o bem em cima da solda na posição vertical, sem retirar o ferro; 4 - Aperte o botão, o pistão volta para a posição inicial e o bico aspira a solda para dentro do sugador; 5 - Retire o ferro e sugador ao mesmo tempo. Agora o componente está com o terminal solto. Se ficar ainda um pouco de solda segurando o terminal, coloque mais e repita a operação. 1.4 Acessórios para soldagem Estes acessórios são basicamente uma esponja vegetal que deve ser umedecida para limpar a ponta do ferro, suportes para colocar o ferro aquecido e a pasta de solda (breu) usada quando vamos soldar numa superfície onde é difícil a aderência da solda.

9 Abaixo vemos os elementos citados: Pistola de solda É um tipo de ferro de solda que aquece a ponteira quase instantaneamente quando apertamos um botão que ele tem em forma de gatilho. Também tem uma pequena lâmpada para iluminar o local onde está sendo feita a soldagem. Este ferro é indicado para soldas mais pesadas, ou seja, componentes grandes com terminais mais grossos. Abaixo vemos um tipo de pistola:

10 2 O Multímetro 10 O multitester ou multímetro é o aparelho usado para medir corrente elétrica (DCmA) ou (DCA), tensão contínua (DCV), tensão alternada (ACV) e resistência elétrica (Ω). A função do multímetro pode ser escolhida através da chave seletora localizada abaixo do painel.existem dois tipos de multímetros: o analógico (de ponteiro) e o digital (de visor de cristal líquido). Cada um tem sua vantagem: o analógico é melhor para testar a maioria dos componentes enquanto o digital é melhor para medir tensões e testar resistores. Abaixo vemos os dois tipos citados.

11 2.1 O Multímetro Analógico 11 Possui um ponteiro no painel para indicar o valor da unidade a ser medida. É menos preciso que o digital na medida de tensões ou resistências, porém é o mais eficiente no teste de componentes eletrônicos. O ideal é que o multímetro analógico tenha a escala de X1 e X10K. Abaixo mostramos um modelo, onde basta clicar em cada função indicada em volta da chave seletora para aprender como se utiliza a mesma: DCV -TENSÃO CONTÍNUA OHM - RESISTÊNCIA DCA -CORRENTE CONTÍNUA ACV -TENSÃO ALTERNADA

12 2.1.1 O multímetro como voltímetro de tensão contínua 12 Esta função pode ser usada para medir a tensão de pilhas, baterias ou em qualquer ponto de um circuito eletrônico como por exemplo nos terminais de um transistor ou CI. 1. Escolher a escala mais próxima acima da tensão a ser medida (DCV 2, ). Por exemplo para medir a tensão de uma pilha (1,5 V) usamos a escala de DCV 2,5; 2. Colocar a ponta preta no terra do circuito ou no ponto de menor tensão (pólo negativo das pilhas e baterias); 3. Colocar a ponta vermelho no ponto de maior tensão no circuito; 4. A leitura no painel é feita da esquerda para a direita, usando como base o fundo de escala igual ou parecido com a escala que estiver a chave seletora. Veja abaixo: O multímetro como voltímetro de tensão alternada O procedimento para a medida de tensão alternada é muito parecido com a medida de tensão contínua. As escalas são parecidas, a leitura do painel é feita da mesma forma que a função DCV. A diferença é que a tensão alternada não tem polaridade, portanto a posição das pontas do multímetro não alteram em nada a medida. Este teste é feito na rede elétrica ou nos transformadores dos circuitos eletrônicos. Abaixo vemos como é feita a medida de tensão num transformador e também na rede elétrica:

13 Multímetro para medir corrente elétrica Para este tipo de teste, devemos desligar uma parte do circuito e colocar a ponta vermelha no ponto mais próximo do +B e a preta mais próximo do terra, de tal modo que a corrente do circuito passe por dentro do multímetro. Porém este teste não é realizado em consertos de circuitos, devido à dificuldade de colocação das pontas de prova no circuito e ao fato da corrente do circuito não vir indicada nos esquemas dos circuitos. Abaixo vemos como é feito o teste:

14 2.1.4 Multímetro funcionando como ohmímetro 14 Para usar a função de ohmímetro, antes temos de tomar alguns cuidados. Para testar os componentes eletrônicos no circuito, o mesmo deve estar desligado da alimentação. Também não devemos guardar o multímetro na função de ohmímetro, em nenhuma das escalas, pois isto acaba rapidamente com as pilhas e baterias. Para saber se o ohmímetro está queimado, coloque a chave em X1 ou X10 e segure nas pontas pela parte metálica. O ponteiro não deve mexer, caso contrário, a escala está queimada (resistor interno X1 geralmente usa um de 18 ohms e X10 um de 200 ohms). 1. Coloque o multímetro na escala do ohmímetro apropriada ao componente (X1, X10, X100, X1K ou X10K); 2. Zere o multímetro (encoste as pontas e ajuste o potenciômetro do painel até o ponteiro parar no zero) 3. Coloque as pontas no componente, faça a leitura na última fileira de cima do painel e acrescente os zeros da escala que estiver a chave seletora (X1 - leitura direta, X10 - acrescenta um zero, X100 - acrescenta dois zeros e assim por diante). Abaixo vemos como zerar o multímetro:

15 2.2 O Multímetro Digital 15 Possui um visor de cristal líquido o qual já indica o valor medido diretamente. Abaixo temos um exemplo deste tipo com as funções indicadas na chave seletora. É só clicar em cada função para saber como usá-la: Multímetro digital na medida de tensão contínua Coloque a chave na escala DCV mais próxima acima da tensão a ser medida. Ponha a ponta preta no terra ou qualquer outro ponto com potencial mais baixo e a vermelha no ponto de tensão mais alta. A leitura será próxima ao valor indicado.isto dependerá da precisão mo multímetro. Veja abaixo:

16 Multímetro digital na medida de tensão alternada Coloque a chave na escala ACV mais próxima acima da tensão a ser medida. A maioria dos multímetros digitais só têm duas escalas ACV: até 200 V e até 750 V. Meça a tensão não se importando com a polaridade das pontas. A tensão alternada nos circuitos eletrônicos costuma ser medida na entrada da rede ou nos secundários do transformador de alimentação do mesmo. Abaixo vemos como é feito este tipo de teste: Multímetro digital para medir corrente elétrica Para usar o amperímetro, coloque a chave seletora na escala mais próxima acima da corrente a ser medida. Para isto é necessário saber qual a corrente que passa pelo circuito. Interrompa uma parte do circuito. Coloque a ponta vermelha no ponto mais próximo da linha de +B e a preta no ponto mais próximo do terra. Em assistência técnica quase não se usa o amperímetro devido a dificuldade da colocação das pontas de prova. Abaixo vemos como se mede a corrente num circuito simples:

17 Multímetro digital no teste de resistores Escolha uma escala do ohmímetro mais próxima acima do valor do resistor a ser medido (200, 2K, 20K, 200K, 2M, 20M se houver). Meça o componente e a leitura deve estar próxima do seu valor. Este teste pode ser feito com bobinas, fusíveis, chaves, etc. Abaixo vemos o teste: Multímetro digital para testar transistores e diodos Diodos - Coloque a chave seletora na posição com o símbolo do diodo e meça o componente nos dois sentidos. Num sentido o visor deve indicar um valor de resistência e no outro ficar apenas no número "1". Veja abaixo:

18 18 3 Classificação de Linus Pauling Os elétrons estão distribuídos em camadas ao redor do núcleo. Admite-se a existência de 7 camadas eletrônicas, designados pelas letras maiúsculas: K,L,M,N,O,P e Q. À medida que as camadas se afastam do núcleo, aumenta a energia dos elétrons nelas localizados. As camadas da eletrosfera representam os níveis de energia da eletrosfera. Assim, as camadas K,L,M,N,O, P e Q constituem os 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º níveis de energia, respectivamente. Por meio de métodos experimentais, os químicos concluíram que o número máximo de elétrons que cabe em cada camada ou nível de energia é: Nível de energia Camada Número máximo de elétrons 1º K 2 2º L 8 3º M 18 4º N 32 5º O 32 6º P 18 7º Q 2 Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em subcamadas ou subníveis de energia, representados pelas letras s,p,d,f, em ordem crescente de energia. O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel de energia, também foi determinado experimentalmente:

19 19 energia crescente > Subnível s p d f Número máximo de elétrons O número de subníveis que constituem cada nível de energia depende do número máximo de elétrons que cabe em cada nível. Assim, como no 1ºnível cabem no máximo 2 elétrons, esse nível apresenta apenas um subnível s, no qual cabem os 2 elétrons. O subnível s do 1º nível de energia é representado por 1s. Como no 2º nível cabem no máximo 8 elétrons, o 2º nível é constituído de um subnível s, no qual cabem no máximo 2 elétrons, e um subnível p, no qual cabem no máximo 6 elétrons. Desse modo, o 2º nível é formado de dois subníveis, representados por 2s e 2p, e assim por diante. Resumindo: Nível Camada Nº máximo de elétrons Subníveis conhecidos 1º K 2 1s 2º L 8 2s e 2p 3º M 18 3s, 3p e 3d 4º N 32 4s, 4p, 4d e 4f 5º O 32 5s, 5p, 5d e 5f 6º P 18 6s, 6p e 6d 7º Q 2 7s *7p Linus Gari Pauling ( ), químico americano, elaborou um dispositivo prático que permite colocar todos os subníveis de energia conhecidos em ordem crescente de energia. É o processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling, representado a seguir. A ordem crescente de energia dos subníveis é a ordem na seqüência das diagonais.

20 20 1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d > ordem crescente de energia 4 Física dos Semicondutores Dos materiais utilizados no campo da eletrônica, temos: CONDUTOR - Material que mantém um fluxo de carga quando uma tensão, de amplitude limitada, é aplicada em seus terminais. ISOLANTE - Material que oferece um nível muito baixo de condutividade quando se aplica uma fonte de tensão. SEMICONDUTOR - Material que mantém um nível de condutividade entre os extremos de um isolante e um condutor. BONS CONDUTORES - Cobre é um bom condutor 29 prótons e vinte nove elétrons, bem como ouro e prata. Somente um elétron na última camada força menor para anular a atração do núcleo.

21 4.1 Bandas de Energia 21 Um átomo é formado por elétrons que giram ao redor de um núcleo composto por prótons e nêutrons. Os elétrons giram em órbitas ou níveis bem definidas conhecidas como K,L,M,N,O,P E Q. Elétrons de maior energia estão situados nas órbitas mais externas. Cada órbita possui um número máximo de elétrons. N e = 2n 2 Ge Si K = (n=1) = L = (n=2) = M = (n=3) = N = (n=4) = Modelo atômico de Bohr Órbita externa = Órbita de valência ou Banda de Valência controla as propriedades elétricas do átomo. Elétrons nesta banda pode se libertar ou se ligar a outro átomo através de ligações covalentes. A quantidade de elétrons nesta camada tem influencia significativa nas características elétricas do elemento. Elétrons livres Órbita mais externa ou Banda de Condução, qualquer tensão faz com um elétron livre circule de um átomo para o outro. Banda proibida região entre uma órbita e outra onde não é possível existir elétrons. A largura dessa banda, define o comportamento elétrico do material. FATORES QUE INFLUENCIAM NA DIFERENÇA ENTRE DIVERSOS MATERIAIS: Composição química cobre, carbono, silício, etc. Ligação covalente, iônica ou metálica Forma de organização Estrutura amorfa quando estão desorganizados Estrutura cristalina quando estão organizados

22 ION POSITIVO Quando um átomo neutro perde um ou mais elétrons. ION NEGATIVO Quando um átomo ganha elétrons ele fica negativamente carregado Materiais Semicondutores Os semicondutores possuem 4 elétrons na camada de valência e precisam de mais 4 para se tornaram estáveis, e o fazem com a participação dos átomos vizinhos => todos entre si => formando uma ligação firme e estável chamada de cristal. LIGAÇÃO COVALENTE Cada átomo compartilha um par de elétrons com os vizinhos. Obs.: Existem também materiais conhecidos como semicondutores III-V que são formados a partir da ligação entre um elemento trivalente e um pentavalente. Os mais comuns são o arseneto de gálio (GaAs) e o fosfeto de índio (InP). O Silício (Si) por ser o mais abundante na natureza é o material mais utilizado (pode ser obtido a partir de quartzo que é encontrado na areia da praia e na terra) e portanto, é mais barato. ESTRUTURA ATÔMICA DO ÁTOMO DE SILÍCIO

23 23 Quando átomos de silício se combinam para formar um sólido, cada átomo cede dois elétrons para o seu vizinho (ligação covalente), de tal forma que cada um fica com oito elétrons na ultima camada, tonando-se, portanto estável, segundo um padrão ordenado chamado de Cristal. 4.3 Corrente dos Semicondutores Dois tipos de fluxo de corrente quando há ruptura de uma ligação covalente em um semicondutor, será deixada uma lacuna na estrutura do cristal em virtude da perda de um elétron. Como as lacunas são preenchidas por elétrons próximos, deixando em seu lugar uma outra lacuna, o efeito total é de uma unidade de carga positiva deslocando-se do primeiro para o segundo átomo, corrente de lacunas e em sentido oposto corrente de elétrons. Obs.: A Energia térmica pode causar uma Corrente no cristal pela agitação dos elétrons, quanto maior a temperatura, maior será as vibrações mecânicas. Corrente de deriva quando se aplica uma diferença de potencial em um semicondutor, o campo elétrico estabelecido no material faz com que os elétrons livres desloquem-se numa direção e as lacunas em outra oposta, essas duas componentes somam-se em vez de cancelarem-se. Os elétrons livres e as lacunas são muitas vezes chamados de portadores.

24 SEMICONDUTOR INTRÍNSECO é um semicondutor puro, ou seja, todos os átomos do cristal são de silício (Si), ou germânio (Ge) ou arseneto de gálio (GaAs) ou fosfeto de índio. Obs.: A 273 o C o semicondutor intrínseco se comporta como um isolante perfeito Semicondutor Extrínsico Forma de se aumentar a condutibilidade de um semicondutor, isso significa adicionar impurezas aos átomos. Um condutor dopado é chamado de semicondutor extrínseco. Para aumentar o número de elétrons livres, adiciona-se átomos pentavalentes ao silício em fusão, ex.: arsênio (As), antimônio(sb) e fósforo (P) este processo é chamado de dopagem. Por possuírem elétrons livres em excesso são chamados de material tipo N. Num material tipo N os elétrons livres são chamados de portadores majoritários e as lacunas de portadores minoritários. Tipo N Tipo P Para aumentarmos o número de lacunas, utilizamos impurezas trivalentes, cujos átomos possuem apenas três elétrons de valência, ex.: alumínio (Al), boro (Bo) e gálio (Ga). Por possuírem lacunas em excesso são chamados de material tipo P. Num material tipo P as lacunas são os portadores majoritários e os elétrons os portadores minoritários.

25 5 O Semicondutor Diodo A junção PN O diodo semicondutor é formado juntando-se um bloco de material tipo P com um bloco de material tipo N Junção PN Diodo não polarizado No momento da junção haverá uma corrente de difusão, criando uma região de íons negativos e positivos não combinados chamado de Região de Depleção e a distribuição da carga nessa área é chamado de Carga Espacial. A largura da região de depleção dependente dos níveis de dopagem dos materiais P e N. O Campo elétrico que aparece na região de depleção devido aos íons positivos e negativos é chamada de Barreira de potencial. À temperatura de 25 o C, a barreira de potencial é aproximadamente 0,3 V para o Ge e 0,7 V para o Si. Formação da Junção PN A= átomos aceitadores; h = lacunas associadas; D = átomos doadores; e = elétrons associados; + = íons positivos e - = íons negativos.

26 Simbologia O lado P da junção PN é conhecido como anodo (A) do diodo e o lado N como catodo (K). 6 Polarização direta e reversa das junções Uma junção PN polarizada diretamente, os elétrons livres do lado N são atraídos pelo pólo positivo da fonte externa e as lacunas são forçadas a entrar na região P. Elétrons difundem-se pela região de depleção e recombinam-se com as lacunas do material P. A região de depleção estreita-se com a polarização direta. A tensão direta aplicada tem que ser maior do que a diferença de potencial que aparece na junção, que para o semicondutor de silício, está compreendida ente 0,5 e 0,8 V (valor normalmente utilizado 0,7 V) Uma junção PN polarizada reversamente a fonte de tensão está invertida aumentando a barreira de potencial na junção.

27 27 Nesse tipo de polarização, o pólo positivo atrairá os elétrons e o pólo negativo as lacunas, aumentando assim a barreira de potencial, não havendo, portanto condução de corrente elétrica devido aos portadores majoritários, existindo apenas uma corrente devido aos portadores minoritários corrente de Saturação (I s ), que para o Silício é da ordem de nanoamperes (na), tornando-se desprezível e muito menor que a do Germânio, daí o silício ser muito mais utilizado. Corrente de Fuga da superfície corrente que circula na superfície do cristal devido as ligações covalente quebradas.

28 6.1 Ruptura 28 Valor de tensão reversa que um diodo pode suportar. Ao se aumentar a tensão reversa os portadores minoritários são acelerados e colidem com os átomos do cristal liberando elétrons de valencia, ou seja, produzem elétrons livres, que por sua vez colidem com outros átomos liberando mais elétrons livres, que vão se somando aos já existentes até que a corrente se torne muito alta e o diodo conduz intensamente. A tensão de ruptura depende do nível de dopagem. Diodos retificadores possuem tensão de ruptura geralmente maior que 50V.. O EFEITO ZENER Diodos fortemente dopados a camada de depleção é muito estreita fazendo com que a tensão de ruptura ocorra para valores de tensão mais baixos, significa dizer que a tensão permanece constante independente da corrente (reversa) que circule por ele. Diodos que utilizam esta propriedade são chamados de diodo Zener, muito utilizados como referencia de tensão. 6.2 Resistor de limitação de corrente e Reta de carga A corrente no diodo será: Vs Vd I = R R é chamado de resistor de limitação de corrente, pois a corrente que circula nele é a mesma que circula no diodo.

29 6.3 Dissipação máxima de potência 29 O produto da corrente pela tensão direta determinará a potência máxima, no entanto, uma vez respeitada a corrente nominal máxima o diodo não queimará. 6.4 O diodo Ideal e as aproximações do diodo O diodo ideal funciona como uma chave; (Primeira aproximação do diodo) Considerando que o diodo só conduz após ter vencido a barreira de potencial de 0,7V; (Segunda aproximação do diodo) Considerando a resistência de corpo r B do diodo; (Terceira aproximação do diodo) 7 Nota Histórica Em 1880 Thomas Edison observou que o vidro das lâmpadas escurecia com o tempo, o que o levou a suspeitar de que algo se deslocava no interior das lâmpadas que usava. Em 1904 Ambrose Fleming utilizou este chamado efeito Edison para fabricar o primeiro diodo um dispositivo com dois eletrodos ao qual ele chamou válvula. O primeiro diodo foi construído num invólucro de vidro "fechado a vácuo", tal como a lâmpada elétrica de filamento inventada por Edison. Um dos eletrodos denomina-se catodo e é aquecido de tal modo que liberta elétrons. O outro eletrodo denominado anodo, ou placa, capta os elétrons emitidos pelo catodo.

30 30 Esta passagem de corrente elétrica só se verifica se o sinal da carga no anodo for positivo. Caso a carga do anodo seja negativa não existe passagem de corrente elétrica. Embora o diodo tenha sido construído inicialmente para detectar ondas hertzianas de alta frequência, foi também utilizado como retificador de corrente. John Ambrose Fleming usou uma lâmpada como esta, com um eletrodo de fio extra no seu interior. Fleming lembrou-se disso em 1904, quando procurava um detector para ondas de rádio. No diodo é possível analisar um sistema binário 0 e 1 através da detecção da passagem ou não de corrente elétrica. Por este fato foi o primeiro dispositivo eletrônico utilizado na construção dos computadores. Com vários diodos foi possível construir a memória binária.

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