UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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- Nathalie Van Der Vinne Fidalgo
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1 UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
2 INTRODUÇÃO Construção Civil Importância no desenvolvimento social e econômico. Novas moradias, indústrias, estradas... Geradora de impactos ambientais e consumo de matéria prima. Projetos desenvolvidos sem levar em contas impactos ambientais Desafio por conciliar a atividade produtiva a um desenvolvimento sustentável. Desenvolvimento Sustentável, segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU: é aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras satisfaçam as suas próprias necessidades.
3 Volume de resíduos da construção RESÍDUOS: VOLUMES E IMPACTOS Volume igual ou maior que a massa de resíduos domiciliar. Representa 42% a 80% da massa total. Estimativas mundiais, de 130 a 3000 kg/hab.ano. Grande variabilidade devido a classificação do que é resíduos alguns autores incluem solos. Eventos informais são responsáveis por 75% do volume de Resíduos de Construção e Demolição (RDC). Obras, reformas e demolições realizadas pelos próprios usuários.
4 Volume de resíduos da construção RESÍDUOS: VOLUMES E IMPACTOS Através de estimativa de Tárcisio de Paula Pinto e com dados do IBGE estima-se que das 4974 áreas urbanas, 152 apresentam geração estimada de resíduo acima de 200 toneladas por dia útil. Soluções com medidas paliativas não se mostram eficazes. Serviço de coleta, e arcando com custo de coleta e disposição. As soluções para a gestão dos RCD devem ser viabilizadas integrando: Órgão público Geradores de resíduos Transportadores
5 RESÍDUOS: VOLUMES E IMPACTOS Conseqüências Inexistência de políticas públicas, descompromisso dos geradores e má destinação final dos resíduos provocam: Degradação das áreas de manancial e de proteção permanente. Proliferação de agentes transmissores de doenças. Assoreamento de rios e córregos
6 RESÍDUOS: VOLUMES E IMPACTOS Conseqüências Obstrução dos sistemas de drenagem, tais como piscinões, galerias, sarjetas, etc. Existência e acúmulo de resíduos que podem gerar risco por sua periculosidade. Ocupação de vias e logradouros públicos causa prejuízo à circulação de pessoas e veículos, e degrada a paisagem urbana.
7 RESÍDUOS: LEGISLAÇÃO VIGENTE Resolução CONAMA Gerenciamento de RCD Diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Responsabilidade do Gerador. Responsabilidade do Município. Art. 4º - O objetivo é a não geração de resíduos, seguido das melhorias de processos de reutilização, reciclagem e destinação final.
8 RESÍDUOS: LEGISLAÇÃO VIGENTE Classificação do Resíduos pela Resolução CONAMA 307 : CLASSE A Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados. CLASSE B - Resíduos recicláveis para outras destinações. CLASSE C - Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis. CLASSE D - Resíduos perigosos oriundos do processo de construção.
9 RESÍDUOS: MEDIDAS DE REDUÇÃO Geração de RCD: Fase de construção (canteiro). Fase de manutenção e reformas. Demolição de edifícios. Manutenção e reforma gera entre 42 a 80% de RCD (PINTO 1999).
10 RESÍDUOS: FASES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS Fase de Construção: Perdas dos processos construtivos (argamassas, etc). Mudanças tecnológicas visam a redução. Treinamento de recursos humanos. Melhoria das condições de estoque. Gestão dos processos.
11 RESÍDUOS: FASES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS Fase de Manutenção: Correção de defeitos. Reformas ou modernização. Descarte de componentes. Redução através de melhoria da qualidade da construção. Projetos flexíveis. Aumento da vida útil física.
12 RESÍDUOS: FASES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS Fase de Demolição: A redução depende de fatores como: Prolongamento da vida útil. Incentivos para modernização ao invés de demolições. Desenvolvimento de tecnologias de demolição ou desmontagem. Depende de medidas de prazo longo.
13 RESÍDUOS: COMPOSIÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS Constituição dos Resíduos Solos; Materiais cerâmicos : Concreto, argamassas, cerâmica vermelha, cerâmica branca, cimento-amianto, gesso, vidro Materiais metálicos: Aço, latão, chapas de aço galvanizado etc Materiais orgânicos: Madeira, plásticos, tintas etc
14 RESÍDUOS: COMPOSIÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS
15 RESÍDUOS: COMPOSIÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS Composição típica de atividades de construção de edifícios:
16 RESÍDUOS: COMPOSIÇÃO E RECICLAGEM DE RESÍDUOS Reciclagem dos resíduos da construção Variável de acordo com a composição; Fração cerâmica pode ser beneficiada como agregado; Agregados mistos tem sua aplicação limitada à concretos de menor resistência; Produtos de gesso, solúveis em água e que apresentam reações expansivas com o cimento Portland, é um limitador importante da reciclagem da fração cerâmica; Solo misturado a materiais cerâmicos e teores baixos de gesso, podem ser recicladas na forma de sub-base e base para pavimentação.
17 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Utilização em Pavimentação Base, sub-base ou revestimento primário; Exige menor utilização de tecnologia; Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho; Economia de energia no processo de moagem do entulho; Maior eficiência do resíduo quando adicionado aos solos saprolíticos em relação a mesma adição feita com brita.
18 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Agregado reciclado de resíduo sólido de construção civil
19 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Utilização como agregado para o concreto não estrutural Permite a utilização de todos os componentes minerais do entulho; Economia de energia no processo de moagem do entulho; Possibilidade de melhorias no desempenho do concreto em relação aos agregados convencionais, quando se utiliza de baixo consumo de cimento.
20 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Fração miúda Fração Graúda
21 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Utilização como agregado para a confecção de argamassa Processado por equipamentos denominados argamasseiras; Utilização do resíduo no local gerador, o que elimina custos com transporte; Efeito pozolânico apresentado pelo entulho moído; Redução no consumo do cimento e da cal; Ganho na resistência à compressão das argamassas.
22 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Outros usos Utilização de concreto reciclado com agregado; Cascalhamento de estradas; Preenchimento de vazios em construções; Preenchimento de valas de instalações e reforço de aterros. Fechamento de vala com resíduo reciclado Vinhedo - SP
23 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Indústria Cimenteira Reciclagem maciça de cinzas volantes e escórias granuladas de alto forno básicas; Calcinação de argilas e adição de filler calcário ; Redução da geração de CO2 em 29%; Economia de combustível de 28%.
24 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Escória granulada de alto-forno e cinza pozolânica Argamassas com resistência mais elevada ao longo do tempo; Durabilidade com relação à penetração de líquidos em relação ao cimento Portland comum. Pilha de escória na Usina Presidente Vargas em Volta Redonda - RJ - CSN
25 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Sílica Ativa Empregada em adição ou em substituição parcial ao cimento na produção de concretos; Maior resistência à compressão; Menor porosidade; Maior resistência à abrasão e à corrosão química; Maior adesão a outras superfícies de concreto; Melhor aderência com o aço; Efeito de preenchimento de vazios entre as partículas de cimento ( efeito filer ).
26 RESÍDUOS: APLICAÇÕES Sucata de Aço Aço destinado a reforço de concreto armado; Economia em 1997 cerca de 6 milhões de toneladas de minério de ferro ; Evitou a geração de cerca de 2,3 milhões de toneladas de resíduos; Menos 11 milhões de toneladas de CO2. Sucata reciclada por meio de arco elétrico
27 RESÍDUOS: CENTRAIS DE RECICLAGEM Centrais de Reciclagem nas Cidades Vantagens econômicas: Reduz os custos de transporte. Número de caçambas. Viabiliza a utilização dos resíduos devido a grande oferta. Diminui o volume diário depositados nos aterros. Exemplo: Uma central poderá adquirir resíduos de diversas obras do centro em que se encontra, com isso a capacidade de produção será maior.
28 RESÍDUOS: CENTRAIS DE RECICLAGEM Centrais de Reciclagem nas Cidades Vantagens técnicas: Capacidade de produzir com qualidade; EX.: Asfalto borracha, agregados reciclados em concreto, blocos mais resistente. Transforma um GRANDE problema em uma ÓTIMA solução; EX.: O entulho gerado torna matéria-prima para produção de asfalto.
29 Conscientização e Incentivos RESÍDUOS: DESENVOLVIMETO DE MERCADO Conscientizar os possíveis usuários que o nem tudo que vem do lixo é lixo - (QUALIDADE DO PRODUTO). Conscientizar os produtores de RCD a facilitar a coleta - (COLETA SELETIVA). Incentivar os possíveis usuários ao consumo dos produtos reciclados (SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL). Incentivar os produtores - (INCENTIVO FISCAL). Incentivar os estudos sobre novas tecnologias (NOVOS PROTUDOS NOVAS UTILIZAÇÕES). Controlar os produtos (NORMAS TÉCNICAS).
30 CASA ECOLOGICA
31 RESÍDUOS: USO DE PNEUS Estudo de casos O CONAMA estima um passivo ambiental de 100 milhões de carcaças Pneus inservíveis e dispostos inadequadamente: Diminuem a calha dos rios e córregos. Aumenta chance de transbordamento. Aparecimento de doenças. A reciclagem deste material (industrial) não acontece tão facilmente como, por exemplo, de latinhas e pet. Valor agregado baixo após sua utilização. Disposição em aterros pouco eficaz.
32 RESÍDUOS: USO DE PNEUS Prefeitura Municipal de Piracicaba e USP Objetivo: Combate a erosão. Pneus colocados manualmente e recobertos com uma camada de solo. Plantio de capim e o reflorestamento do local com o plantio das árvores.
33 RESÍDUOS: USO DE PNEUS Vale dos sonhos Lagoa Santa MG Objetivo: Restauração de área degradada por erosão. Área de alta degradação erosiva. Utilização de solo do próprio terreno.
34 RESÍDUOS: USO DE PNEUS Vale dos sonhos Lagoa Santa MG Contenção por pneus. Dissipação de energia de águas pluviais.
35 RESÍDUOS: CONCLUSÃO Conclusão A utilização dos resíduos de construção e demolição comprovadamente viável do ponto de vista técnico, econômico e ambiental. O desafio do próximo período é generalizar a prática e para atingir essa meta, é necessário o desenvolvimento de políticas públicas consistentes, abrangendo as áreas de legislação, pesquisa e desenvolvimento, legislação tributária e educação ambiental
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